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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI

DISCIPLINA: DIREITO CIVIL


PROFESSORA: MARILIA MARTINS

ATIVIDADE DISCENTE – N2

DÁGILA DE SOUSA SILVA NASCIMENTO


GUSTAVO PEREIRA DA SILVA ALENCAR
MERCIA NATALIA MONTEIRO PORTELA
RAFAEL VICTOR LIMA PERRUCI ARRUDA
VANESSA SABRINA SANTOS DA SILVA

TERESINA-PI
2022
QUESTÃO 1. Bruce, filho de Oseas e Valéria, com 11 anos de idade perdeu
seus dois genitores em um acidente de carro. Contudo, Bruce possuía
alguns parentes, tanto na linha materna quanto na linha paterna. São eles:
Dona Estrela, avó materna de Bruce, com 66 anos de idade; Seu Dejoces,
avô materno de Bruce, 73 anos de idade; Emílio, irmão de Oseas, contando
com 32 anos de idade e cinco filhos menores, e Luís, irmão de Valéria, com
trinta e oito anos e dois filhos menores. Todos eles gozam de boa saúde,
todos moram na mesma cidade e na mesma região. Além disso, nenhum
deles já exerceu qualquer tipo de tutela ou curatela antes. Com base na
narrativa e no código civil brasileiro responda:
a) Quem dos parentes pode escusar-se da tutela? Faça o
enquadramento legal.
Podem escusar - se dá tutela os avós maternos Dona Estrela e Seu Dejoces e
também o irmão de Oséas, Emílio, isso porque, o Código Civil de 2022, no artigo
1.736 traz os critérios de escusa de tutela, que são:
ART. 1.736 CC ll- Os maiores de sessenta anos
lll- aqueles que tiverem sob autoridade mais de três filhos.

b) Considerando-se que a designação do tutor competente se deu em


10 de maio de 2021, até que dia mês e ano pode-se pedir a escusa
da tutela?
Pode- se pedir a escusa até o dia 20 de maio de 2021, ou seja, nós próximos dez
dias subsequentes à designação, pois de acordo com o artigo 1.738 do Código
Civil de 2002 , o prazo é de dez dias para que haja a manifestação de escusa pelo
titular. ART. 1.738 CC: a escusa apresentar-se-á nos dez dias subsequentes à
designação, sob pena de entender-se renunciado o direito de alega-la; se o motivo
escusatorio ocorrer depois de aceita a tutela , os dez dias contar-se-ão do em que
ele sobreviver.

QUESTÃO 2. Marília, filha de dona Nonata e do senhor Benedito casou-se


com Roberto em 1983. Juntos tiveram dois filhos: Robert, atualmente com 36
anos e Natália, que hoje tem 30 anos de idade. De uns dois anos para cá
Marília passou a apresentar um comportamento patológico caracterizado
pelo hábito irrefreável de gastar e dilapidar todo o patrimônio da família,
deixando a todos muito preocupados. Tendo sido consultada por um
psiquiatra renomado, constatou-se a presença de uma patologia prevista em
lei e, por essa razão, Marília foi regularmente interditada em razão da sua
incapacidade relativa de exercer certos atos da vida civil.
Com base no caso narrado e na lei civil brasileira responda:
a) Qual o fundamento legal para o pedido de interdição de Marília?
Cite o artigo.
De acordo com o código civil em seu artigo 1.767 inciso I estão sujeitos a curatela:
aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua
vontade. Além disso, no art. 749 do CPC incumbe ao autor, na petição inicial,
especificar os fatos que demonstram a incapacidade do interditando para
administrar seus bens e, se for o caso, para praticar atos da vida civil, bem como o
momento em que a incapacidade se revelou.
b) Quem será de direito seu curador? Cite o artigo.
Nos termos da lei, o cônjuge ou companheiro será preferencialmente o curador do
outro, desde que não estejam separados judicialmente ou de fato, ou seja, nesse
caso Roberto seu atual cônjuge sera seu curador de direito.
Se não houver cônjuge ou companheiro, dá-se preferência ao pai ou mãe. E, na
falta dos genitores, será nomeado curador o descendente mais apto e mais
próximo ao curatelado. Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a
escolha do curador (art. 1.775 do Código Civil).
QUESTÃO 3. A Lei 13.146/2015 garantiu às pessoas com deficiência o direito
de casar ou constituir união estável e exercer direitos sexuais e reprodutivos
em igualdade de condições com as demais pessoas. Também lhes foi aberta
a possibilidade de aderir ao processo de tomada de decisão apoiada. Fonte:
Agência Senado. Sobre esse novel instituto denominado “TOMADA DE
DECISÃO APOIADA”, responda as questões propostas, fazendo o devido
enquadramento legal.
a) A quem compete a iniciativa da escolha de pessoas de confiança para
auxiliar o deficiente e quantas pessoas deverão ser escolhidas para
esse ofício?
A própria pessoa com deficiência irá eleger pelo menos 2 (duas) pessoas idôneas,
que mantêm vínculos e que gozem de sua confiança.
b) O que deve constar obrigatoriamente no termo formulado entre
deficiente e apoiadores?
Deve estar contido nos termos os limites do apoio a ser oferecido e os
compromissos dos apoiadores, inclusive o prazo de vigência do acordo e o
respeito à vontade, aos direitos e aos interesses da pessoa que devem apoiar.

c) Em que sede deverá se deliberar sobre tal termo, na via judicial ou


administrativa?
A Lei 13.146/2015 (LBI), introduziu o art. 1.783-A no nosso Código Civil,
consagrando o instituto da tomada de decisão e seu rito especial.
Na prática, trata-se de um procedimento judicial no qual a própria pessoa com
deficiência irá indicar dois apoiadores de sua confiança para que esses possam
lhe auxiliar, fornecendo o apoio que for necessário para determinados atos de sua
vida civil.
d) Como fica a questão da validade dos atos praticados com base e nos
limites do acordo de tomada de decisão apoiada?
A decisão tomada por pessoa apoiada terá validade e efeitos sobre terceiros, sem
restrições, desde que esteja inserida nos limites do apoio acordado. Assim
desaparece toda a discussão a respeito da validade e eficácia dos atos praticados
por incapazes, como vendas de imóveis, perante terceiros de boa-fé. Havendo
uma tomada de decisão apoiada, não se cogitará mais sua nulidade absoluta,
relativa ou ineficácia.

e) Que medida o terceiro que negocie com apoiado pode requerer dos
apoiadores a fim de lhe dar maior segurança?
O terceiro que vir a negociar com o apoiado, poderá requisitar a assinatura dos
apoiantes no contrato, discriminando, por escrito, suas funções e limites para com
o apoiado, assim existirá uma proteção do terceiro, uma vez que garante não ter
vício no negócio.

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