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Direito Civil - Parte Geral

Iniciado em segunda, 1 abr 2024, 14:13

Estado Finalizada

Concluída em segunda, 1 abr 2024, 14:44

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Questão 1

Correto

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Texto da questão

Texto I

Em geral, a parada do sistema cardiorrespiratório com a cessação das funções vitais indica o falecimento
do indivíduo. Tal aferição, permeada de dificuldades técnicas, deverá ser feita por médico, com base em
seus conhecimentos clínicos e de tanatologia, sendo mais utilizada, nos dias de hoje, dado o seu caráter
irreversível, como critério científico para a constatação do perecimento, a morte encefálica.

A morte deverá ser atestada por profissional da Medicina, ressalvada a possibilidade de duas
testemunhas o fazerem se faltar o especialista, sendo o fato levado a registro, nos termos dos arts. 77 a
88 da Lei de Registros Públicos.

Dentre os efeitos da morte, apontam-se: a extinção do poder familiar, a dissolução do vínculo conjugal, a
abertura da sucessão, a extinção de contrato personalíssimo etc. Vale notar, ainda, que existem direitos
da personalidade cujo raio de atuação e eficácia projeta-se post mortem.

Fonte: FILHO, R. P; GAGLIANO, P. S. Novo curso de direito civil: parte geral. 24. ed. São Paulo: Saraiva,
2022. E-book. p. 308-209.
A partir das informações apresentadas e de seu conhecimento, julgue as afirmativas a seguir em (V)
Verdadeiras ou (F) Falsas.

( ) A morte real extingue a personalidade civil da pessoa natural, impedindo-a de titularizar direitos ou
obrigações.

( ) A morte presumida enseja, a partir do requerimento do interessado, a extinção imediata da


personalidade civil.

( ) A morte simultânea, quanto à extinção da personalidade civil, guarda enorme relevância para fins
sucessórios.

( ) A morte civil, quando declarada para a pessoa natural, enseja a extinção da sua personalidade civil.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.

Escolha uma:

a.

V – F – V – F. Correto

b.

V – V – V – F.

c.

F – F – V – V.

d.

V – F – V – V.

e.

V – V – F – F.

Questão 2

Correto
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Texto da questão

Texto I

A norma, de forma geral, traz a regulamentação dos comportamentos humanos, mas seria extremamente
impossível exigir que o legislador, ao criar uma norma, pudesse esgotar e tratar de todo conflito possível
sujeito a ela. Podemos verificar na vida prática que, em diversos casos concretos, a lei não é suficiente
para, isoladamente, resolver o conflito. A simples leitura da norma não está apta a resolver todas as
questões da vida civil, sobretudo na esfera privada.

Fonte: Saraiva Educação

Martina é brasileira e namora com Marcelo, estrangeiro, de nacionalidade canadense. Martina e Marcelo
residem ambos, conjuntamente, no Canadá, mantendo forte desejo de residirem no Brasil.

Recentemente, o casal decidiu celebrar seu casamento, ainda pendente a definição sobre o local a ser
celebrado, bem como sobre as normas incidentes sobre tal ato, especialmente considerando-se a
nacionalidade de ambos e o desejo de residência no Brasil.

A partir das informações apresentadas, analise as afirmativas a seguir:


I. Caso o casamento entre Marcelo e Martina seja levado à apreciação do Judiciário Brasileiro, existindo
omissão ou lacuna na lei que rege tal união, deverá o julgador decidir a questão de acordo com a
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito, obedecendo essa hierarquia.

II. Ao interpretar a norma aplicável ao casamento de Marcelo e Martina, o magistrado brasileiro, existindo
dúvida sobre o alcance e sentido da norma, adotará os meios interpretativos gramatical (literal), lógico,
sistemático, histórico ou sociológico (teleológico), devendo atentar aos fins sociais da lei e às exigências
do bem comum.

III. Caso o casamento entre Martina e Marcelo seja celebrado no Brasil, entrando em vigência lei posterior
ao matrimônio que revoga a lei em que este se lastreou, deverá o ato nupcial ser anulado, tendo em vista
a incompatibilidade do vínculo conjugal com a nova norma vigente.

IV. Caso o casamento entre Martina e Marcelo seja celebrado no Brasil e sigam eles residindo no
Canadá, deverá ser aplicada a norma matrimonial Canadense; todavia, na hipótese do casal já possuir
domicílio no Brasil, será aplicada exclusivamente a norma brasileira.

Considerando o contexto apresentado, é correto o que se afirma em:

Escolha uma:

a.

I e III, apenas.

b.

I, II e IV, apenas. Correto

c.

I, II e III, apenas.

d.

I, II, III e IV.

e.

II e IV, apenas.

Questão 3

Incorreto

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Texto da questão

Texto I
Sendo a lei uma ordem dirigida à vontade geral, uma vez em vigor, torna-se obrigatória para todos.

(...)

Tal dispositivo visa garantir a eficácia global da ordem jurídica, que estaria comprometida se se admitisse
a alegação de ignorância da lei vigente. Como consequência, não se faz necessário provar em juízo a
existência da norma jurídica invocada, pois se parte do pressuposto de que o juiz conhece o direito (iura
novit curia). Esse princípio não se aplica, todavia, ao direito municipal, estadual, estrangeiro ou
consuetudinário (CPC, art. 376). Embora o juiz tenha o dever de conhecer o direito vigente em todo o
país, não está obrigado a saber quais princípios são adotados no direito alienígena, nem as regras
especiais a determinado município ou a um Estado federativo, nem ainda como é o costume.

Fonte: GONÇALVES, C. R.; LENZA, P. Direito civil esquematizado. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 2022. E-
book. p. 139.

Texto II

No conflito temporal de leis, deverá ser aplicada a lei nova ou a lei velha às situações cujos efeitos
invadirem o âmbito temporal da lei revogadora mais recente?

Em prol da segurança jurídica, o art. 6.º da LINDB dispõe que as leis em vigor terão ‘efeito imediato e
geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada’.

Fonte: FILHO, R. P.; GAGLIANO, P. S. Novo curso de direito civil - parte geral. 24. ed. São Paulo:
Saraiva, 2022. E-book. P. 183.
De acordo com as informações apresentadas na tabela a seguir, faça a associação da Coluna A com a
Coluna B.

Coluna A

Coluna B

1. Integração

I. aquele já incorporado a esfera de personalidade do indivíduo, ainda que não tenha sido exercido.

2. Ato Jurídico Perfeito

II. aquela decisão da qual não se cabe mais recursos, encontrando-se assim em estado de imutabilidade.

3. Coisa Julgada

III. aquele que consumou na vigência de uma determinada lei e não cabe modificações posteriores.

4. Direito Adquirido

IV. é o processo de complementação da lei, seja pela aplicação de analogia ou das demais fontes do
Direito.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.

Escolha uma:

a.

I - 4; II - 1; III - 2; IV - 3. Incorreto

b.

I - 2; II - 1; III - 4; IV - 3.

c.
I - 4; II - 3; III - 2; IV - 1.

d.

I - 3; II - 4; III - 1; IV - 2.

e.

I - 1; II - 3; III - 2; IV - 4.

Questão 4

Correto

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Texto da questão

Texto I

Cristóvão e Jacira são casados pelo regime de comunhão universal de bens e pais de 3 filhos: a) Alberto,
de 17 anos de idade; b) Bernardo, de 14 anos de idade; c) Cláudia, de 20 anos de idade.

Alberto namora Fabiana, de mesma idade, existindo entre o casal o desejo de casamento imediato, ainda
antes da maioridade de ambos.

Bernardo, recentemente, recebeu a herança de um parente, devendo, contudo, ingressar com medida
judicial para assegurar a defesa de seu quinhão.

Cláudia, por sua vez, é portadora de doença raríssima, cujo único tratamento se constitui em
procedimento cirúrgico com enorme risco de vida (elevado índice de letalidade).

Finalmente, Cristóvão, vislumbrando os cenários acima, objetiva vender para sua filha Cláudia bem de
propriedade do casal, sem dar qualquer ciência aos demais integrantes do núcleo familiar.

Fonte: Saraiva Educação.


A partir das informações apresentadas, analise as afirmativas a seguir:

I. O casamento de Alberto e Fabiana, ambos com 17 anos de idade, é permitido, independentemente de


autorização de seus pais, na medida em que, conforme o artigo 5, parágrafo único, inciso II, da Lei
10.406, a incapacidade dos menores de idade cessa pelo casamento, possuindo os nubentes capacidade
plena.

II. A defesa da herança de Bernardo em juízo deverá ser feita via representação por seus pais, Cristóvão
e Jacira, tendo em vista que o herdeiro em questão é menor de idade – possui apenas capacidade de
direito, carecendo-lhe capacidade de fato.

III. O tratamento cirúrgico de altíssimo risco, cabível à patologia de Cláudia, deverá ser adotado pelos
médicos independentemente de autorização prévia da paciente, sob pena de violação do dever médico e
de direitos de personalidade (direito à saúde).

IV. A venda de bem familiar pretendida por Cristóvão a sua filha Cláudia sem o consentimento dos demais
descendentes e da cônjuge Jacira, caso concretizada, poderá ser anulada pois, apesar de Cristóvão
possuir capacidade plena, carece de legitimidade para sua prática.

Considerando o contexto apresentado, é correto o que se afirma em:

Escolha uma:

a.

I, II e III, apenas.

b.

I, II e IV, apenas.

c.

II e IV, apenas. Correto

d.

I, II, III e IV.

e.

I e III, apenas.

Questão 5
Correto

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Texto da questão

Texto I

Historicamente, vigiam, no período colonial brasileiro, as Ordenações Filipinas, legislação portuguesa


que, apesar da independência brasileira, em 1822, seguiu sendo aplicada, ressalvada a edição futura de
um Código Civil. Após tentativas, com a Proclamação da República, foi o Projeto de Código Civil de Clóvis
Beviláqua encaminhado ao Presidente da República que, em 1900, o repassou ao Congresso Nacional,
ensejando sua aprovação em 1916.

O Código Civil de 1916 compunha-se por 1.807 artigos, sendo antecedido pelo Decreto-Lei 4.657 (Lei de
Introdução ao Código Civil Brasileiro). Estruturalmente, apresentava uma “Parte Geral”, em que
relacionava conceitos, categorias e princípios essenciais aplicáveis a todo o direito civil. Em seu bojo, a
parte geral tratava de pessoas (titulares de relações jurídicas), dos bens (objeto de relações jurídicas) e
dos fatos (forma de exteriorização da relação jurídica). Criadas tais premissas, seguia-se à “Parte
Especial”, dividida em quatro livros: Direito de Família, Direito das Coisas, Direito das Obrigações e
Direito das Sucessões.

Contudo, tal código, apesar de elogiado pela precisão conceitual e técnica, tornou-se rapidamente
ultrapassado diante do individualismo que lhe marcava, o que ensejou diversas tentativas de sua
modificação. Não por outro motivo, a própria evolução social ensejou a edição de uma série de leis
extravagantes regulamentando relações civis (processo de descodificação). Inclusive, a CRFB/88 dispôs
fortemente sobre institutos conceitualmente civilistas, como a família e a propriedade, ensejando o
fenômeno da Constitucionalização do Direito Civil (Direito Civil-Constitucional).

Por tal motivo, em 2002 foi aprovado pelo Congresso Nacional a Lei 10.406 - o Código Civil de 2002
(Projeto de Lei 634/75, elaborado por uma comissão de juristas sob a supervisão de Miguel Reale), que
atualizou e unificou o direito privado. Estruturalmente, a Lei 10.406 apresenta 2.046 artigos e divide-se,
assim como o anterior, em “Parte Geral”, que trata das pessoas, dos bens e dos fatos jurídicos, e em
“Parte Especial”, dividida em cinco livros: Direito das Obrigações, Direito de Empresa, Direito das Coisas,
Direito de Família e Direito das Sucessões.

Essencialmente, o atual código buscou atualizar a técnica jurídica do código anterior, tendo em vista sua
incompatibilidade decorrente dos progressos da Ciência Jurídica e descolamento das práticas sociais.
Ademais, afastou-se das concepções individualistas que marcavam o diploma anterior para se voltar à
orientação social do direito moderno, em consonância com a CRFB/88. Apesar disso, a Lei 10.406 (cujo
projeto remonta a 1975), já nasceu, em alguma medida, desatualizado, sendo modificado por leis
extravagantes recentes e pela própria evolução Constitucional.

Conforme se verifica, o Direito Civil tem sido objeto de forte interação com a Constituição Federal,
ensejando a criação do “Direito Civil-Constitucional” e da “Teoria da Aplicação Direta dos Direitos
Fundamentais às Relações Privadas” (Eficácia Horizontal dos Direitos Fundamentais). A
constitucionalização do Direito Civil, portanto, determina que
Escolha uma:

a.

seja obedecida uma visão unitária do sistema jurídico, passando o Direito Civil a ter como fonte primária a
Lei 10.406 e secundária a CRFB/88, seguida por leis especiais.

b.

a CRFB/88 deve ser interpretada a partir da Lei 10.406, não o oposto, na medida em que, apesar dela
dispor sobre institutos civilistas, estes são originados no direito privado.

c.

ao realizar a atividade jurisdicional, poderá o magistrado observar a incidência/eficácia horizontal de


direitos fundamentais, não restando vinculado a aplicá-los ou protegê-los.

d.

seja afastada a aplicação dos princípios gerais norteadores da Lei 10.406 às relações privadas, a saber,
os princípios da socialidade, da eticidade e da operabilidade.

e.

a CRFB/88 abandona a concepção de mera carta programática, assumindo ela evidente e inafastável
caráter normativo, a ser observado nas relações privadas. Correto

Questão 6

Correto

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Texto da questão

Texto II

Enquanto o objeto das leis em geral é o comportamento humano, o da Lei de Introdução às Normas do
Direito Brasileiro é a própria norma, pois disciplina a sua elaboração e vigência, a sua aplicação no tempo
e no espaço, as suas fontes etc. Contém normas de direito, podendo ser considerada um Código de
Normas, por ter a lei como tema central.

Como se depreende do Decreto-Lei 4.657 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro - LINDB), as
leis se submetem a um ciclo de vida: nascem, são aplicadas, permanecem vigorando e, finalmente, são
revogadas. Logo, à vigência da norma jurídica

Escolha uma:

a.
cessa-se via revogação total (ab-rogação) ou parcial (derrogação), na hipótese de normas de vigência
permanente (não temporária). Correto

b.

inicia-se com a promulgação do ato normativo, sendo este o atestado de existência válida da lei e de sua
executoriedade.

c.

cessa-se pelo não uso da lei ou pela adoção de novos costumes, conforme disciplina o princípio da
continuidade.

d.

não pode ser temporária, sendo necessária a revogação da norma para o encerramento da vigência legal.

e.

restaura-se caso a lei posterior, que a revogou, tenha perdido a vigência ou tenha sido objeto de
revogação (repristinação automática).

Questão 7

Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

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Texto da questão

Texto I

Com o advento da Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015 — Estatuto da Pessoa com Deficiência — uma
verdadeira reconstrução jurídica se operou.

Com efeito, de maneira inédita, o Estatuto retira a pessoa com deficiência da categoria de incapaz.Trata-
se de uma mudança paradigmática, senão ideológica.

Em outras palavras, a pessoa com deficiência — aquela que tem impedimento de longo prazo, de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, nos termos do art. 2º — não deve ser mais tecnicamente
considerada civilmente incapaz, na medida em que os arts. 6º e 84 do mesmo diploma deixam claro que a
deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa: (...)

Em verdade, o que o Estatuto pretendeu foi, homenageando o princípio da dignidade da pessoa humana,
fazer com que a pessoa com deficiência deixasse de ser “rotulada” como incapaz, para ser considerada
— em uma perspectiva constitucional isonômica — dotada de plena capacidade legal, ainda que haja a
necessidade de adoção de institutos assistenciais específicos, como a tomada de decisão apoiada e,
extraordinariamente, a curatela, para a prática de atos na vida civil.

Fonte: GAGLIANO, P. S.; FILHO, R. P. Manual de direito civil. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2022. E-book. P.
66-72.

A partir das informações apresentadas e de seu conhecimento, julgue as afirmativas a seguir em (V)
Verdadeiras ou (F) Falsas.

( ) A maioridade e a emancipação são causas de cessação da incapacidade relativa dos maiores de


dezesseis anos e menores de dezoito anos, podendo a última se dar de forma voluntária, judicial ou legal.

( ) Os alcoólatras / toxicômanos que sofrerem redução de sua capacidade de entendimento ou de


autodeterminação poderão, excepcionalmente, ser classificados judicialmente como deficientes,
graduando-se sua curatela conforme o grau de comprometimento mental.

( ) O ato praticado pela pessoa que, por causa transitória (como embriaguez não habitual, paralisia,
hipnose ou uso eventual de entorpecentes) ou permanente (como doença mental), não tenha exprimido a
sua vontade livremente, será passível de anulação.

( ) A classificação de um indivíduo como pródigo apenas pode ser feita pela via judicial da interdição,
caso provados atos de dilapidação patrimonial. Formalizada a sua curatela, esta atingirá tanto os atos
patrimoniais como pessoais do curatelado.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.


Escolha uma:

a.

F – F – V – V.

b.

V – F – V – V.

c.

V – V – F – F.

d.

V – V – V – F. Correto

e.

V – F – V – F.

Questão 8

Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

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Texto da questão

Texto I

As pessoas portadoras da capacidade de direito ou de aquisição de direitos, mas não possuidoras da de


fato ou de ação, têm capacidade limitada e são chamadas de incapazes. Com o intuito de protegê-las,
tendo em vista as suas naturais deficiências, decorrentes, na maior parte, da idade, da saúde e do
desenvolvimento mental e intelectual, a lei não lhes permite o exercício pessoal de direitos, exigindo que
sejam representadas ou assistidas nos atos jurídicos em geral. No direito brasileiro, não existe
incapacidade de direito, porque todos se tornam, ao nascer, capazes de adquirir direitos (CC, art. 1º). Há,
portanto, somente incapacidade de fato ou de exercício. Incapacidade, destarte, é a restrição legal ao
exercício dos atos da vida civil, imposta pela lei somente aos que, excepcionalmente, necessitam de
proteção, pois a capacidade é a regra.

Sobre a incapacidade absoluta, prevista no artigo 3, da Lei 10.406, com redação dada pela Lei 13.146,
qual alternativa se apresenta correta?

Escolha uma:

a.
A pessoa absolutamente incapaz deve ser assistida por seu representante legal.

b.

A cessação da incapacidade absoluta ocorre com a maioridade do agente.

c.

A única hipótese legal de incapacidade absoluta é a pessoa menor de dezesseis anos Correto

d.

O negócio jurídico praticado por pessoa absolutamente incapaz é anulável.

e.

A pessoa absolutamente incapaz não responde pelos atos ilícitos que praticar.

Questão 9

Correto

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Texto da questão

Texto I

João e Maria são casados, residindo com seus 3 filhos, Enzo (15 anos de idade), Valentina (17 anos de
idade) e Patrick (24 anos de idade) na cidade de São Gabriel da Cachoeira, no Estado do Amazonas.

O filho Enzo (15 anos de idade) conduziu o carro de seu pai sem a autorização ou ciência deste, colidindo
o veículo, que não tinha seguro, contra o portão de um terceiro. Para o ressarcimento dos prejuízos, o
terceiro lesado moveu ação indenizatória contra Enzo, restando em curso o prazo para apresentação de
defesa.

Valentina (16 anos de idade), por sua vez, deseja casar-se com Erick (20 anos de idade), união contra a
qual se opõem João e Maria.

Patrick (24 anos de idade), em uma incursão na mata, localizou uma comunidade indígena isolada,
conhecendo Anauêra, indígena isolado com o qual, naquela data, sem qualquer participação de terceiros,
firmou contrato em que este entregaria para Patrick todos os seus pertences, por preço irrisório.
Fonte: Saraiva Educação.

A partir das informações apresentadas, analise as afirmativas a seguir:

I. A defesa de Enzo no processo judicial indenizatório movido por terceiro deverá ser feita por seus pais,
tendo em vista ser Enzo absolutamente incapaz (menor de 16 anos de idade), através da representação
legal.

II. O casamento entre Valentina e Erick, por ser aquela relativamente incapaz, demandará a autorização
de seus pais, salvo se ocorrer alguma causa de cessação de sua incapacidade, como o atingimento da
maioridade ou a obtenção da emancipação.

III. O casamento entre Valentina e Erick, caso estes se arrependam e se divorciem antes daquela atingir a
maioridade, será considerado nulo quanto aos efeitos emancipatórios, retornando Valentina à posição de
relativamente incapaz.

IV. O contrato entre Patrick e Anauêra, indígena isolado, é nulo, eis que este é absolutamente incapaz,
sendo obrigatória a assistência de Anauêra pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), órgão tutelar
competente para defesa dos interesses dos indígenas.

Considerando o contexto apresentado, é correto o que se afirma em:

Escolha uma:

a.

I, II e III, apenas.

b.

I, II, III e IV.

c.

I e III, apenas.

d.

I, II e IV, apenas. Correto


e.

II e IV, apenas.

Questão 10

Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

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Texto da questão

Texto I

Alexandre e Mariana são casados, residindo em Florianópolis/SC juntamente com seus dois filhos: Carlos
Alberto (25 anos de idade) e Fabifanha (18 anos de idade).

Alexandre, recentemente, foi empossado em cargo público, tornando-se servidor público da cidade de
Tubarão/SC.

Mariana, por sua vez, na data de ontem, deu à luz ao terceiro filho do casal, ainda pendente a
formalização do registro civil do recém-nascido.

Fabifanha, desde criança, sempre sofreu enorme constrangimento com seu nome, resultado de um erro
gráfico no momento do registro.

Carlos Alberto é formalmente casado com Liziana. Todavia, há muitos meses, separou-se de fato, não
mais existindo qualquer relação conjugal.

Fonte: Saraiva Educação.

A partir das informações apresentadas, analise as afirmativas a seguir:


I. O filho recém-nascido de Alexandre e Mariana possui direito ao registro público civil de seu nascimento,
com designação de seu nome – prenome e sobrenome – eis que se trata de direito de personalidade
inafastável.

II. Alexandre, enquanto servidor público do Município de Tubarão/SC, terá seu domicílio necessário/legal
fixado nesta cidade, devendo providenciar, dentro do prazo legal, a alteração de sua residência familiar
para ela.

III. Fabifanha, cujo nome escolhido pelos seus pais era Fabiana (erro gráfico do Cartório Civil), poderá
requerer a alteração de seu prenome, tanto por conta do erro relatado como em razão do
constrangimento que vivencia.

IV. Carlos Alberto possui duplo estado familiar (separado e casado), tendo em vista sua situação fática de
separação e a vigência do vínculo matrimonial formal, o que é permitido pelo atributo da divisibilidade do
estado civil.

Considerando o contexto apresentado, é correto o que se afirma em:

Escolha uma:

a.

I, II e III, apenas.

b.

I, II, III e IV.

c.

II e IV, apenas.

d.

I, II e IV, apenas.

e.

I e III, apenas. Correto

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