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contra ato do Exmo. Sr. ILMO. SECRETÁRIO DE MINAS GERAIS, com endereço
para notificação situada na XXXX de Minas Gerais, CEP: XXXXXXX, autoridade
vinculada à estrutura da administração do MINAS GERAIS, pessoa jurídica de
direito público interno, que, consoante o art. 75, I, do NCPC, pode ser citado
através de um de seus Ilustres Procuradores na sede da sua Procuradoria nesta
capital, em face dos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos:
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1. DA LEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA
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Por outro lado, o Estado de Minas Gerais é a pessoa jurídica de direito
público que suportará as consequências financeiras da presente lide, quando da
concessão da segurança pleiteada, devendo, por força do art. 7º, II, da Lei nº
12.016/2009, ser citado, para ingressar no feito na qualidade litisconsórcio ativo.
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Administração, concorram aqueles que tenham formação em Direito, em
Economia e em Ciências Contábeis.
3. DOS FATOS
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Atento a tal ilegalidade, uma vez o cargo de Técnico de Administração só
pode ser ocupado por bacharel em administração, a Impetrante, por meio do seu
presidente, recorreu ao Secretário de Estado responsável pelo concurso, ora
designada de autoridade coatora, visando anular o respectivo Edital, tendo em
vista a patente violação ao quanto disposto na Lei n. 5.769/1965, artigos 3° e 4°.
4. DO DIREITO
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Consoante disposto no art. 3º da Lei Federal 4.769/65 o exercício da
profissão de Técnico de Administração é privativo dos bacharéis em
Administração Pública ou de Empresas. Senão vejamos:
c) dos que, embora não diplomados nos termos das alíneas anteriores, ou
diplomados em outros cursos superiores e de ensino médio, contem, na data
da vigência desta lei, cinco anos, ou mais, de atividades próprias no campo
profissional de Técnico de Administração definido no art. 2º. (Parte
vetada e mantida pelo Congresso Nacional)
Parágrafo único. A aplicação deste artigo não prejudicará a situação dos que,
até a data da publicação desta Lei, ocupem o cargo de Técnico de
Administração, VETADO, os quais gozarão de todos os direitos e prerrogativas
estabelecidos neste diploma legal.
Sob tal ótica, tem-se que o edital, ao permitir que formados nos cursos de
Direito, Economia e Ciências Contábeis, concorram ao cargo cuja formação é
privativa de administração viola, frontalmente, o quanto disposto no cotejado
dispositivo.
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§ 1º Os cargos técnicos a que se refere este artigo serão definidos no
regulamento da presente Lei, a ser elaborado pela Junta Executiva, nos termos
do artigo 18.
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Administração, segundo o estabelecido na Lei n. 4.769/65, que dispõe
sobre o exercício da profissão de Administrador, não podem ser ampliados
pelo seu decreto regulamentar (Decreto n. 61.934/67).
2. Agravo de instrumento a que se dá provimento.
(TRF-1 - AG: 15800 DF 2006.01.00.015800-8, Relator: DESEMBARGADORA
FEDERAL MARIA ISABEL GALLOTTI RODRIGUES, Data de Julgamento:
04/12/2006, SEXTA TURMA, Data de Publicação: 29/01/2007 DJ p.53)
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Note-se que a dita “verossimilhança das alegações” se alcança com a
produção de prova inequívoca – que, como se observa, foi amplamente produzida
- no momento em que tal comprovação permite uma formulação de um
entendimento de direito não duvidoso ou equívoco. Não se está falando aqui em
prova contundente à certeza, vez que esta somente ocorrerá quando do juízo de
cognição exauriente.1
1
ALVIM, Arruda; DE ASSIS, Araken; e ALVIM, Eduardo Arruda. Comentários ao Código de
Processo Civil. GZ Editora. 2012. 1ª Edição. Pág. 418.
2
ALVIM, Arruda; DE ASSIS, Araken; e ALVIM, Eduardo Arruda. Comentários ao Código de Processo Civil. GZ
Editora. 2012. 1ª Edição. Pág. 420.
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colidentes no caso in concreto, avultar que mal maior se produzirá pelo seu
indeferimento.3. (grifos nossos)
6. DOS PEDIDOS
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TRF 4ª R., AI n. 1998.04.01.025110-0/RS, Rel. Des. Federal Wellington Mendes de Almeida, Sexta Turma,
DJU 09/12/98.
4
TRF 4ª R., AgRg-AC n. 96.04.00112-4/SC. Rel. Des. Federal Carlos Sobrinho, Sexta Turma, DJU
12/08/98.
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trânsito em julgado do presente mandamus.
Termos em que,
Pede Deferimento.
Salvador, 24 de outubro de 2022.
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