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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR

CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV - PRÁTICA JURÍDICA,


FISCAL, ADMINISTRATIVA E AÇÕES COLETIVAS

LUÍS FELIPE DÓREA MUTTI FIGUEIRÊDO

VICTOR DE SANTANA PINTO

MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO

Salvador/BA

2022
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DESEMBARGADOR(A) PRESIDENTE DO DO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

SINDICATO REGIONAL DE ADMINISTRAÇÃO, entidade sindical, inscrita no


CNPJ/MF sob o nº X, sediada na Rua X, nº X, X/MG, representada por meio de seu
advogado, que esta subscreve, com escritório profissional situado à Avenida X,
endereço eletrônico X, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com
fundamento no art. 5º, LXX, 13 da Constituição Federal e na Lei n. 12.016/2009,
impetrar o presente

MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO COM PEDIDO DE LIMINAR

em face do Secretário X, autoridade coatora, com endereço X, vinculado ao


Estado de Minas Gerais, pessoa jurídica de direito público, CNPJ, com endereço
na X, endereço eletrônico, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:

I) DOS FATOS

O Estado de Minas Gerais, por ato do Secretário da Pasta competente, abriu


concurso público para o preenchimento de 50 cargos de Técnico de Administração.
O Edital prescreve que o cargo é de nível superior, podendo concorrer às vagas os
interessados formados em Direito,em Administração, em Economia e em Ciências
Contábeis.
No entanto, o Sindicato Regional de Administração entende que o cargo
objeto do concurso é privativo dos diplomados em Administração. Por esse motivo, o
Presidente da entidade recorreu ao Secretário de Estado responsável pelo concurso,
visando anular o respectivo Edital.
O Secretário, por seu turno, não acolheu os argumentos deduzidos pelo
Presidente do Sindicato, sob o argumento de que a legislação de pessoal do Estado
não contempla a restrição alegada.
Com essa decisão, manteve o Edital do Concurso, cujo prazo de inscrição
termina em dez dias contados da data do desprovimento do recurso administrativo.

II) DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS


O Mandado de Segurança Coletivo, para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica
no exercício de atribuições do Poder Público, nos termos do art. 5º, LXIX, da
CRFB/88.
O foro competente para processar e julgar o presente mandado de segurança
coletivo é a Presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
No tocante a legitimidade ativa do Sindicato Regional de Administração
decorre do fato de ser uma organização sindical legalmente constituída e em
funcionalmente há mais de um ano, estando em defesa de direitos líquidos e certos
de parte dos trabalhadores da categoria, conforme é da essência dos sindicatos
profissionais, tal qual autorizado pelo Art. 21 da Lei nº 12.016/09 e pelo Art. 5º, inciso
LXX, alínea b, da CRFB/88.
A legitimidade passiva do comandante do Secretário X decorre do fato de ter
exarado decisão dando prosseguimento ao Concurso Público, mesmo sendo
cristalino o impedimento de outras áreas em cargo privativo dos diplomados em
Administração, o que violaria direito líquido e certo dos trabalhadores sindicalizados,
daí a incidência do Art. 1º da Lei nº 12.016/12.
A Constituição da República ampara os princípios fundamentais da Igualdade,
Razoabilidade, Proporcionalidade, Finalidade, além da eficiência e legalidade. O que
não estão sendo observados com a conduta do supracitado Secretário.
Portanto, como o prosseguimento do Concurso Público possui tal vício que
não fora sanado pelo Secretário X, violando o direito líquido e certo do Sindicato
Regional de Administração. Como estamos perante direitos coletivos, é cabível a
impetração do mandado de segurança coletivo, nos termos do Art. 21, parágrafo
único, da Lei nº 12.016/09, sendo certo que há prova pré-constituída, consistente na
decisão publicada no diário oficial contendo o Edital.

III - DA TUTELA DE URGÊNCIA

A medida liminar em mandado de segurança está fundamentada no art. 7º, III,


da Lei 12.016/09 e tem natureza de medida cautelar
O fumus boni iuris está configurado no fundamento relevante do direito dos
trabalhadores sindicalizados, e o periculum in mora está no risco de ineficácia da
medida final se a liminar não for deferida, tendo em vista a urgência da situação, já
que o Edital contém vícios que podem causar danos irreparáveis ao Erário, pois os
cargos podem ser ocupados por pessoas que não possuam a legalidade para
exercer as funções que são privativas dos diplomados em Administração.

IV - DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer-se:

a) a concessão da liminar, para que a autoridade coatora retifique o Edital,


delimitando que os cargos de técnicos em administração devem ser destinados aos
diplomados em Administração, nos termos do 2º e 14 da Lei nº 4.769/65.

b) ao final, a procedência do pedido, com confirmação da retificação ao Edital,


atribuindo-se caráter definitivo à tutela liminar;

c) a notificação do comandante do Secretário X para que preste as informações que


entender pertinentes do caso, nos termos do art. 7º, I, da Lei nº 12.016/09;

d) a ciência do feito ao Estado de Minas Gerais, nos termos do art. 7º, II, da Lei nº
12.016/09;

e) a condenação do Impetrado em custas processuais, nos termos Art. 82, § 2º c/c


art. 84 do CPC/15;

f) a intimação do Representante do Ministério Público Estadual, nos termos do art.


12 da Lei nº 12.016/09;

g) a juntada dos documentos anexos, nos termos do art. 6º da Lei nº 12.016/09.

V - DO VALOR DA CAUSA

Valor da causa de R$ X, de acordo com o art. 292 do CPC/15.


Nestes termos,

Pede deferimento.

Cidade- MG, DATA

Advogado
OAB nº X

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