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Excelentíssimo Senhor Desembargador Presidente do Egrégio

Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.

Agravo de Instrumento nº: 2003 00 2 011476-8

GM LEASING S/A – ARENDMENTO MERCANTIL,


pessoa jurídica de direito privado, estabelecida com sede na Avenida Goiás
n.º 1.805, São Caetano do Sul, São Paulo, inscrita no CGC/MF. sob o n.º
59.274.605/0001-13, via de sua procuradora e advogada ao fim assinado,
s.j., estabelecida com escritório no SRTVS, Quadra 701, Conjunto L, nº:
38, Centro Empresarial Assis Chateaubriand, Sala 501, Asa Sul, CEP:
70.340-000, telefone 321-6363, nesta Capital, que indica para os fins do
artigo 39, I do Código de Processo Civil, vem, à digna presença de Vossa
Excelência, na forma do artigo 527, V do CPC, apresentar CONTRA-
RAZÕES AO AGRAVO DE INSTRUMENTO em anexo, interposto por JOSÉ
LUIZ DA SILVA.

Requer, pois, a juntada das mesmas aos autos para o


fim que se destina.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Brasília-DF, 30 de janeiro de 2004.
Cristiane Borges Arantes Ayres
OAB/DF 13.318

CONTRA-RAZÕES DO AGRAVADO

Egrégia Turma Julgadora.


Eminente Relator.

EXPOSIÇÃO DO FATO.

1. O agravante interpôs o presente Agravo de


Instrumento com o intuito de ver deferida os benefícios da justiça gratuita,
nos termos da Lei 1.060/50.

2. Com efeito, trata-se de irresignação injustificável e


que não merece acolhida para modificação da r. decisão interlocutória
prolatada pelo M.M. Juiz a quo.

3. É que o agravante firmou um contrato de


arrendamento no valor de R$78.00,00 (Setenta e oito mil reais) e ainda
constituiu advogado nos autos da rescisão contratual, motivo pelo qual,
evidentemente, não é pobre nos termos da Lei supra mencionada
4. Segundo disposição legal, deve somente ser
dispensado do pagamento das custas e emolumentos, nos atos judiciais, o
juridicamente necessitado, sempre que assistido pela Defensoria Pública

5. Transcrevemos também a ementa do acórdão de


15.02.1995, lavrado por decisão unânime da Quinta Câmara do Tribunal de
Alçada Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, sendo relator o
Exmo. Juiz Jair Pinto de Almeida, no Agravo de Instrumento n.º
1.344/93, confirmando decisão do Juízo da 4ª Vara Cível, que possui o
seguinte teor:

" Agravo de Instrumento. Assistência judiciária. Não


tendo a Constituição Federal de 1988 recepcionado
integralmente a Lei n.º 1060/50, a isenção do
recolhimento de custas e da taxa judiciária só cabe
quando a parte beneficiada é assistida pela Defensoria
pública.
Decisão Confirmada. "

6. Mais ainda o pronunciamento da Procuradoria do


estado do Rio de Janeiro, nos autos do Agravo de Instrumento de n.º
19.493/95. Entre outros de lavra da Ilmª. Procuradora do Estado Dra.
Vanilda F. M. Hin, nos seguintes termos :

" Embora o interesse do Estado seja econômico, não


tenho dúvida quanto à absoluta correção da r. decisão
agravada, vez que ao deferir parcialmente a assistência
judiciária gratuita, esse juízo não pôs termo ao
processo.
Por outro lado, se o requerente não é assistido pela
defensoria pública, não cabe isenção de custas ou taxas
judiciárias ".

Ex Positis:
Ante o exposto, pugna pelo provimento da presente
impugnação, afim de que seja reconsiderada a parte da
r. decisão que concedeu à autora os benefícios da
gratuidade de justiça, determinando-se que a mesma
proceda o recolhimento das custas judiciais inerentes
aos autos principais, sob pena de extinção, uma vez
que encontra-se assistida por advogado não integrante
da Defensoria Pública do estado, e, sendo assim há de
ser este o entendimento adotado, por interpretação e
aplicação da legislação Federal e Estadual específica
sobre a dispensa das custas e emolumentos.

7. Evidente, pois, o acerto da r. decisão agravada, a


qual deve, data maxima venia, ser confirmada por todos os seus termos.

ISTO POSTO, requer seja o presente agravo de


instrumento improvido para confirmar a r. decisão de fls. 53 da Ação de
Rescisão Contratual nº 2003.01.1.083714-5, por todos os seus termos.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Brasília-DF, 30 de janeiro de 2004.

Cristiane Borges Arantes Ayres


OAB/DF 13.318

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