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Processo do Trabalho

Gabryel Cortez Gomes


Bibliografia
Princípios
• Normas = Regras e Princípios (Dworkin; Alexy).
• Art. 1º O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme
os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da
República Federativa do Brasil , observando-se as disposições deste Código.
(CPC)
• Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais,
trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão
aplicadas supletiva e subsidiariamente. (CPC)
• Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte
subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for
incompatível com as normas deste Título. (CLT)
Devido Processo Legal
• É a base sobre a qual todos os outros princípios se sustentam. É o
gênero do qual todos os demais princípios constitucionais do
processo são espécies.
• Art. 5º, LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem
o devido processo legal;
Igualdade ou Isonomia
• Em âmbito processual, remete-se à paridade de armas.
• Art. 7º É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao
exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa,
aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais,
competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório. (CPC)
• Prazos diferenciados para Fazenda Pública e MP (Prerrogativas).
Contraditório e Ampla Defesa
• Art. 5º, LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados
em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e
recursos a ela inerentes; (CF/88)
• Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em
fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se
manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
(CPC)
• Art. 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua
defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas
as partes.
• Parágrafo único. A parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de
processo judicial eletrônico até a audiência. (CLT)
Imparcialidade do Juiz
• Garantias de vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de
subsídios (art. 95 da CF/88).
• Impedimento e suspeição (arts. 144 a 148 do CPC; art. 801 da CLT)
Fundamentação das decisões
• Art. 93, IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão
públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade,
podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias
partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a
preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não
prejudique o interesse público à informação; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
• Art. 832 - Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo
do pedido e da defesa, a apreciação das provas, os fundamentos da
decisão e a respectiva conclusão. (CLT)
Fundamentação das decisões
Art. 489, § 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória,
sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação
com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência
no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a
conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos
determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem
demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
Juiz Natural
• Art. 5º, LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela
autoridade competente;
• Proibição de tribunais ad hoc ou de exceção.
• Tribunais especializados (eleitorais, trabalhistas, militares) não
afrontam o princípio, pois previstos na própria CF/88.
• Art. 285. A distribuição, que poderá ser eletrônica, será alternada e
aleatória, obedecendo-se rigorosa igualdade. (CPC).
Inafastabilidade de Jurisdição
• Art. 5º, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
lesão ou ameaça a direito;
• Art. 3º Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a
direito. (CPC)
Razoabilidade da Duração do Processo
• Art. 5º, LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são
assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam
a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004)
•  Art. 4º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução
integral do mérito, incluída a atividade satisfativa. (CPC)
• Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste
Código, incumbindo-lhe: II - velar pela duração razoável do processo;
(CPC)
Princípio dispositivo (Inércia da
Jurisdição)
• Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes,
sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo
respeito a lei exige iniciativa da parte. (CPC)
• Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da
pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em
objeto diverso do que lhe foi demandado. (CPC)
• No processo do trabalho, há exceção: execução de ofício por parte do
magistrado ou Presidente do Tribunal quando as partes não estiverem
representadas por advogados (Art. 878, CLT).
Princípio inquisitivo (impulso oficial)
• Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por
impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. (CPC)
• Art. 765 - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na
direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas,
podendo determinar qualquer diligência necessária ao
esclarecimento delas. (CLT)
Princípio da Instrumentalidade
(Finalidade)
• O processo é meio, instrumento, método de realização do direito
material.
• Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz
considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a
finalidade. (CPC)
Irrecorribilidade imediata das decisões
interlocutórias
• Cabe agravo de instrumento contra decisões listadas exclusivamente
no art. 1.015 do CPC (rol taxativo).
• Art. 893, § 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio
Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das
decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva.
(CLT).
• OBS: Não há impedimento, em regra, de impugnações autônomas
contra decisões interlocutórias (Mandado de segurança, HC).
Busca da verdade real
• Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o
objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos
contidos na presente Consolidação. (CLT)
• Art. 765 - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na
direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas,
podendo determinar qualquer diligência necessária ao
esclarecimento delas.
Princípio da Conciliação
Art. 764 - Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação
da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação.
§ 1º - Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais do Trabalho
empregarão sempre os seus bons ofícios e persuasão no sentido de
uma solução conciliatória dos conflitos.
§ 2º - Não havendo acordo, o juízo conciliatório converter-se-á
obrigatoriamente em arbitral, proferindo decisão na forma prescrita
neste Título.
§ 3º - É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo,
ainda mesmo depois de encerrado o juízo conciliatório.
Princípio da Conciliação
Art. 831 - A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a
proposta de conciliação.

Parágrafo único. No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá


como decisão irrecorrível, salvo para a Previdência Social quanto às
contribuições que lhe forem devidas. (Redação dada pela Lei nº 10.035,
de 2000)
Princípio da Conciliação
Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a
conciliação. (Redação dada pela Lei nº 9.022, de 5.4.1995)

Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais,


em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em
seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não
se realizando esta, será proferida a decisão.
Princípio da Normatização Coletiva
• “A Justiça do Trabalho brasileira é a única que pode exercer o chamado poder
normativo, que consiste no poder de criar normas e condições gerais e abstratas
(atividade típica do Poder Legislativo), proferindo sentença normativa (rectius,
acórdão normativo) com eficácia ultra partes, cujos efeitos irradiarão para os
contratos individuais dos trabalhadores integrantes da categoria profissional
representada pelo sindicato que ajuizou o dissídio coletivo” (BEZERRA LEITE)

• Art. 114, § 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à


arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de
natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as
disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas
anteriormente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Organização da Justiça do Trabalho
Organização da Justiça do Trabalho
Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho:
I - o Tribunal Superior do Trabalho;
II - os Tribunais Regionais do Trabalho;
III - Juízes do Trabalho.  (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
24, de 1999)
Competência da Justiça do Trabalho
• A competência é a medida da jurisdição de cada órgão judicial.
• A competência, na Justiça do Trabalho, dá-se primordialmente em
razão da matéria (ratione materiae).

• Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:


• I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública
federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou
oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as
sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
Relação de trabalho
• Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
• I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de
direito público externo e da administração pública direta e indireta da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
• Relação de Trabalho: “Qualquer trabalho prestado, com ou sem
vínculo empregatício, por pessoa física a um tomador do seu serviço”
(LEITE, Bezerra).
• Relação de Emprego: Hipóteses dos arts. 2º e 3º da CLT (FGTS,
seguro-desemprego)
Relação de trabalho
• Servidor estatutário x Servidor celetista;
• Controvérsia a respeito do regime jurídico único (art. 39, caput, da CF, com
redação da EC 19/98);
• Suspensão da eficácia do art. 39, caput, com redação da EC 19/98, com
efeitos ex nunc, proferida na ADI nº 2.135, em 06/03/2008.
• Lei nº 9.962/2000: Disciplina o regime de emprego público do pessoal da
Administração federal direta, autárquica e fundacional.
• ADI nº 3.395: “O disposto no inciso I do art. 114 da Constituição Federal não
abrange causas ajuizadas para discussão de relação jurídico-estatutária
entre o Poder Público dos Entes da Federação e seus Servidores”
Relação de trabalho
• Em relação aos empregados públicos das empresas públicas e sociedades
de economia mista, são submetidos ao regime estatutário ou ao regime
celetista? CLT, de acordo com art. 173, §1º, inciso II, da CF/88.
• OBS – Agências reguladoras: Servidores submetidos ao regime
estatutário (Lei nº 10.871/2004, art. 6º).
• Cumulação de competências no mesmo processo: “Compete ao juízo
onde primeiro for intentada a ação envolvendo acumulação de pedidos,
trabalhista e estatutário, decidi-la nos limites da sua jurisdição, sem
prejuízo do ajuizamento de nova causa, com o pedido remanescente,
no juízo próprio.” (Súmula nº 170/STJ).
Greve
• Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
• II as ações que envolvam exercício do direito de greve;  
• Art. 8º A Justiça do Trabalho, por iniciativa de qualquer das partes ou
do Ministério Público do Trabalho, decidirá sobre a procedência, total
ou parcial, ou improcedência das reivindicações, cumprindo ao Tribunal
publicar, de imediato, o competente acórdão (Lei nº 7.783/89).
• Dissídio coletivo: art. 114, §3º - “Em caso de greve em atividade
essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o
Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo,
competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito”.
Greve
• Art. 15 A responsabilidade pelos atos praticados, ilícitos ou crimes
cometidos, no curso da greve, será apurada, conforme o caso, segundo a
legislação trabalhista, civil ou penal.
• Parágrafo único. Deverá o Ministério Público, de ofício, requisitar a abertura
do competente inquérito e oferecer denúncia quando houver indício da
prática de delito. (Lei nº 7.783/89)
• OBS: A Justiça do Trabalho não é competente para julgar crimes.
• Ação de interdito proibitório (art. 567/CPC): “A Justiça do Trabalho é
competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em
decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da
iniciativa privada.” (SV nº 23)
Greve
• E quando houver greve de servidores públicos?
• Competência da Justiça Comum, federal ou estadual, ainda que
envolvam servidores públicos celetistas.
• RE nº 846.854/SP: “A justiça comum, federal ou estadual, é
competente para julgar a abusividade de greve de servidores públicos
celetistas da Administração pública direta, autarquias e fundações
públicas"
Ações envolvendo sindicatos
• Art. 114, III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos,
entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
a) Ações que tenham por objeto a disputa sobre representação sindical;
b) As ações entre sindicatos;
c) As ações entre sindicatos e trabalhadores;
d) As ações entre sindicatos e empregadores;
• OBS: A JT é competente, igualmente, para julgar lides que envolvam
contribuições confederativas, assistenciais e sindicais.
• OBS: Aqui, o critério é em razão da pessoa (sindicatos).
MS, HC e HD
• Art. 114, IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas
data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua
jurisdição;
• EX: Impugnação à decisão interlocutória que prejudique direito
líquido e certo (MS); Apreensão de passaporte e CNH (HC); Interesse
de empresa em informações a respeito de processo administrativo
fiscalizatório por órgão público (HD)
Conflitos de competência
• Art. 114, V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição
trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;
• Podem ocorrer entre:
a) Juízos do Trabalho e Juízes de Direito investidos na jurisdição
trabalhista;
b) Tribunais Regionais do Trabalho;
c) Juízos e Tribunais do Trabalho e órgãos da Justiça Ordinária;
• OBS: “Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional
do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada” (súmula nº 420/TST).
Conflitos de competência
• A quem compete julgar conflitos de competência entre...
a) Juízes do trabalho da mesma região? O TRT respectivo.
b) Tribunais Regionais do Trabalho? O TST.
c) Juízes do trabalho de regiões diferentes? O TST.
• Art. 102, I, o/CF 88: Compete ao STF julgar os conflitos de
competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer
tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer
outro tribunal;
Danos morais e patrimoniais
• Art. 114, VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial,
decorrentes da relação de trabalho;
• Súmula Vinculante nº 22: “A Justiça do Trabalho é competente para processar e
julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de
acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive
aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando
da promulgação da Emenda Constitucional 45/2004.”
• Súmula nº 392 do TST: “Nos termos do art. 114, VI, da CF/88, a Justiça do
Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano
moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de
acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos
dependentes ou sucessores do trabalhador falecido.
Danos morais e patrimoniais
• E os danos morais coletivos? Também devem ser julgados pela JT.
• Atribuição do Ministério Público do Trabalho em intentar Ação Civil
Público para proteger direitos difusos e coletivos dos trabalhadores
(EX: trabalho análogo à escravidão, discriminação em ambiente
laboral, etc).
•  Art. 83. Compete ao Ministério Público do Trabalho o exercício das
seguintes atribuições junto aos órgãos da Justiça do Trabalho:  III -
promover a ação civil pública no âmbito da Justiça do Trabalho, para
defesa de interesses coletivos, quando desrespeitados os direitos
sociais constitucionalmente garantidos; (LC 75/93)
Penalidades administrativas
• Art. 114, VII - as ações relativas às penalidades administrativas
impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações
de trabalho; 
• Em caso de inadimplemento, as multas serão inscritas em dívida ativa
e posteriormente cobradas através de execução fiscal.
• Multas de órgãos de fiscalização profissional: Como não há relação
de trabalho, competência da Justiça Federal.
• Contribuições ao FGTS: “Compete à Justiça Federal ou aos juízes com
competência delegada o julgamento das execuções fiscais de
contribuições devidas pelo empregador ao FGTS.” (súmula nº 349/STJ)
Execução de ofício de contribuições
previdenciárias
• Art. 114, VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais
previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes
das sentenças que proferir; 
• As contribuições sociais são tributos federais, do gênero
contribuições especiais.
Execução de ofício de contribuições
previdenciárias
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,
incidentes sobre: 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo
empregatício;    
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas
alíquotas progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo
contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de
Previdência Social;  
Execução de ofício de contribuições
previdenciárias
• Para que haja a execução, necessário que seja sentença condenatória
ou homologatória de cunho pecuniário, e não meramente
declaratório.
• Súmula 368, I, TST: “A Justiça do Trabalho é competente para
determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência
da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições
previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia
que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que
integrem o salário-de-contribuição.

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