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Análise do edital

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3

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4

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5

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6 → 10 QUESTÕES
→ 4 QUESTÕES
→ 4 QUESTÕES
→ 6 QUESTÕES
→ 6 QUESTÕES
→ 5 QUESTÕES
→ 5 QUESTÕES
→ 4 QUESTÕES
→ 3 QUESTÕES
→ 3 QUESTÕES

SIMULADOS
→ 10 QUESTÕES
→ 15 QUESTÕES
→6 QUESTÕES
→6 QUESTÕES
→3 QUESTÕES
→ 6 QUESTÕES
→ 4 QUESTÕES
149
7

→ 6 QUESTÕES
→ 6 QUESTÕES
→ 5 QUESTÕES
→ 5 QUESTÕES

→ 3 QUESTÕES

SEMANALMENTE → 25 questões

→ 6 QUESTÕES
→ 6 QUESTÕES
→ 3 QUESTÕES
→ 6 QUESTÕES
→ 4 QUESTÕES
149
8

→ 6 QUESTÕES
→ 6 QUESTÕES

→ 3 QUESTÕES

SEMANA II: 30 de dezembro

→ 6 QUESTÕES
→ 4 QUESTÕES
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9

→ 5 QUESTÕES
→ 5 QUESTÕES

SEMANA III: 5 de janeiro

→ 6 QUESTÕES
→ 6 QUESTÕES
→ 3 QUESTÕES

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1º Simulado
DIA 15 DE JANEIRO - SÁBADO
Local: ______________
13:00 às 18:00

2º Simulado
DIA 12 DE FEVEREIRO - SÁBADO
Local: ______________
13:00 às 18:00
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Direito Constitucional

TCE/PI - 2021
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14 21. O Chefe do Poder Executivo do Estado Alfa encaminhou ao Poder Legislativo o
projeto de lei orçamentária anual. Enquanto o projeto estava em discussão na
Comissão competente da Assembleia Legislativa, o Governador do Estado propôs a
modificação do projeto. Além disso, foram posteriormente apresentadas emendas, no
âmbito da Comissão, nas quais era proposta a anulação de despesas relacionadas à
amortização de empréstimos contraídos em exercícios pretéritos, com a sua
redistribuição para outros programas orçamentários relacionados aos direitos sociais e
que eram compatíveis com o plano plurianual.
À luz dessa narrativa e da sistemática constitucional, é correto afirmar que:

B
(A) não há qualquer irregularidade na narrativa apresentada;
(B) a única irregularidade existente é a proposta de anulação de dotações destinadas à
amortização de empréstimos;
(C) a única irregularidade existente é a proposta de modificação, pelo Governador do
Estado, do projeto já apresentado;
(D) tanto a proposta de modificação do projeto já apresentado como a de anulação das
despesas indicadas são irregulares;
(E) não há irregularidade na narrativa apresentada, desde que as ações estejam
autorizadas na lei de diretrizes orçamentárias.

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15 CF88 - PROCESSO LEGISLATIVO ESPECIAL

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes


orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do
regimento comum.
§ 1º - Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e
Deputados:
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e
sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da
República;
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais,
regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o
acompanhamento e a fiscalização orçamentária,
orçamentária sem prejuízo da
atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas,
criadas de acordo com o art. 58.
§ 2º - As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre
elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário
das duas Casas do Congresso Nacional.
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16 CF88 - PROCESSO LEGISLATIVO ESPECIAL
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados
pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos


que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes
orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os
provenientes de anulação de despesa,
despesa excluídas as que incidam sobre:
sobre
a) dotações para pessoal e seus encargos;
encargos
b) serviço da dívida;
dívida
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e
o Distrito Federal; ou
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
149 b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
17 CF88 - PROCESSO LEGISLATIVO ESPECIAL
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do
regimento comum.

§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não


poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.
plurianual

§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso


Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este
artigo enquanto não iniciada a votação, na comissão mista, da parte
cuja alteração é proposta.
proposta

§ 6º - Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes


orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo Presidente
da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar a
que se refere o art. 165, § 9º.
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18 22. A Lei nº XX/2021, do Município Beta, autorizou a criação da sociedade de economia
mista Alfa, com capital majoritário do Município, que tem por objeto exclusivo a
atividade de policiamento de trânsito e autuação de infrações, o que se dá em
regime não concorrencial.
Por entender que a Lei nº XX/2021 era contrária ao interesse público, o Partido Político
Gama solicitou que sua assessoria jurídica se manifestasse sobre a
constitucionalidade desse diploma normativo, considerando a interpretação
prevalecente dos comandos constitucionais aplicáveis à temática.
A assessoria respondeu, corretamente, que a Lei nº XX/2021 é:
(A) constitucional quanto à delegação do poder de polícia e inconstitucional na parte
em que outorga à sociedade de economia mista a atividade descrita;
(B) constitucional na parte em que outorga à sociedade de economia mista a atividade

C
descrita e inconstitucional quanto à delegação do poder de polícia;
(C) constitucional tanto na parte em que outorga à sociedade de economia mista a
atividade descrita, como em relação à delegação do poder de polícia;
(D) inconstitucional tanto na parte em que outorga à sociedade de economia mista a
atividade descrita, como em relação à delegação do poder de polícia;
(E) inconstitucional apenas em relação à forma de criação da sociedade de economia
mista, considerando a atividade a ser desempenhada.
STF - Informativo 996 - RE 633782/MG
É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado
integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem
exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial.

ATIVIDADES DA CONSECUÇÃO DO PODER DE POLÍCIA


149 Quatro grupos: (i) legislação; (ii) consentimento; (iii) fiscalização; e (iv) sanção.
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Federação Brasileira

ESTADO FEDERADO
→ REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
- Pessoa jurídica de direito público internacional
- Única titular da soberania

ENTES FEDERADOS
→ UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E
MUNICÍPIOS
- Pessoas jurídicas de direito público interno
- Gozam de autonomia

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Administração Pública
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988 TÍTULO III - Da Organização do Estado
TÍTULO VII - Ordem Econômica e CAPÍTULO VII - DA ADMINISTRAÇÃO
Financeira PÚBLICA
CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS GERAIS
DA ATIVIDADE ECONÔMICA Art. 84, VI, a
Art. 37.
...
Art. 173. Ressalvados os casos previstos
XIX – somente por lei específica
nesta Constituição, a exploração direta
de atividade econômica pelo Estado só poderá ser criada autarquia e
será permitida quando necessária aos autorizada a instituição de empresa
imperativos da segurança nacional ou a pública, de sociedade de economia
relevante interesse coletivo,
coletivo conforme mista e de fundação, cabendo à lei
definidos em lei. complementar, neste último caso,
… definir as áreas de sua atuação;
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na XX - depende de autorização
forma da lei, diretamente ou sob regime legislativa, em cada caso, a criação de
de concessão ou permissão,
permissão sempre subsidiárias das entidades
através de licitação, a prestação de mencionadas no inciso anterior, assim
serviços públicos.
públicos como a participação de qualquer delas
em empresa privada;

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21nº 13.303/2016
Lei
Administração Pública Indireta
EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA
- São denominadas de empresas estatais ou governamentais, ao lado de suas
subsidiárias e de outras entidades sob controle do Poder Público. Personalidade
jurídica de direito privado, independentemente da atividade desempenhada, a qual
pode consistir na exploração de atividade econômica ou na prestação de serviços
públicos.

- Sociedades de economia mista:


mista pessoas jurídicas de direito privado, integrantes
da Administração Indireta, criadas pelo registro de seu ato constitutivo,
constitutivo após
autorização em lei específica, com capital majoritariamente público e sempre sob a
forma de sociedade anônima,
anônima para o desempenho de atividade econômica de
produção ou comercialização de bens, ou para a prestação de serviços públicos.
Exemplos: PETROBRÁS, Banco do Brasil e Banco da Amazônia.
- Empresas públicas:
públicas pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da
Administração Indireta, criadas pelo registro de seu ato constitutivo após
autorização em lei específica, com capital exclusivamente público e sob qualquer
forma jurídica admitida em Direito, para o desempenho de atividade econômica de
produção ou comercialização de bens, ou para a prestação de serviços públicos.
- Exemplos: Caixa Econômica Federal, Empresa Brasileira de Correio e Telégrafos,
SERPRO e BNDES.
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22
Administração Pública Indireta
EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA
- A aplicação do regime (direito privado -> atividade econômica; direito público ->
serviços públicos) não deve ser compreendida de forma absoluta, pois em ambas as
situações há derrogação parcial de um regime jurídico em prol de outro, conforme a
matéria de que se trate.

- Sujeitam-se sempre a regime jurídico híbrido:


híbrido se explorarem atividade econômica
de produção ou comercialização de bens, predominantemente privado; se
prestarem serviços públicos, preponderantemente público.

- Serviço público: vincula-se sobretudo às normas de direito público, em alguns


pontos é alcançada por normas de natureza privada, como as referentes à sua
criação,
criação que se efetiva com o registro de seus atos constitutivos, de modo idêntico
às empresas em geral.

- STF:
STF mesmo que a empresa estatal explore atividade econômica, se houver o
monopólio da atividade (Petrobrás, por exemplo), poderá ser estabelecido para a
entidade um regime jurídico diferenciado,
diferenciado tipicamente de direito público,
público o qual
poderá prever prerrogativas e privilégios exclusivos.
exclusivos
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Administração Pública Indireta
EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA
- A natureza da atividade exercida – prestação de serviços públicos – legitima a
adoção precípua do regime de direito público. Frente a um silêncio normativo em
certo caso, a solução aqui é oposta àquela que desenvolve atividade econômica:
qualquer derrogação ao direito público deve estar prevista expressamente na
legislação (ou na própria Constituição), e é o regime de direito público que se
presume aplicável quando silente a lei.
lei

- Atividade econômica:
econômica rege-se predominantemente pelo direito privado; entretanto,
sujeita-se a algumas normas de caráter público, como a obrigatoriedade de
concurso público para o ingresso no seu quadro e a proibição de acumulação de
cargos, empregos ou funções públicas pelos seus empregados. Devem ser
analisadas sob dois aspectos básicos: a natureza da atividade desempenhada
(aplica-se o direito privado -> Civil e Empresarial) e o fato de serem controladas
pelo Estado (aplica-se o direito público -> regras constitucionais sobre concurso
público, controle pelo Poder Legislativo, auxiliado pelo Tribunal de Contas,
obrigatoriedade de licitação, etc).

149
24 23. No âmbito do Estado Alfa, a empresa pública W era destinatária de dotações
orçamentárias a serem utilizadas para o pagamento de despesas de custeio em geral,
geral
não de pessoal; a sociedade de economia mista Y, de dotações a serem utilizadas para
o pagamento de pessoal;
pessoal e Z, subsidiária integral da empresa pública W, recebia
dotações para fins de investimentos.
investimentos Todas estavam vinculadas à Secretaria Estadual
de Infraestrutura e Modernização Logística.
Considerando o teto remuneratório estabelecido pelo Art. 37, XI, da Constituição da

A
República de 1988, é correto afirmar que ele:
(A) somente se aplica a W e a Y;
(B) não se aplica a W, Y e Z;
(C) é aplicável a W, Y e Z;
(D) somente se aplica a Y;
(E) somente se aplica a Z.

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25 CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988
TÍTULO III - Da Organização do Estado
Servidor público
Capítulo VII – Da Administração Pública
Seção I – Disposições Gerais
Artigo 37 A administração pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
VI - é garantido ao servidor público civil o
direito à livre associação sindical;
VII - o direito de greve será exercido nos
termos e nos limites definidos em lei específica;
específica
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e
empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação
por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse
público;
público
X - a remuneração dos servidores públicos e o
subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente
poderão ser fixados ou alterados por lei específica,
observada a iniciativa privativa em cada caso,
assegurada revisão geral anual, sempre na mesma
data e sem distinção de índices;
149
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ESPÉCIES REMUNERATÓRIAS SERVIDOR PÚBLICO
- A partir da entrada em vigor da EC nº 19/98, o sistema remuneratório dos agentes
públicos passou a abranger três categorias diferenciadas: vencimentos (ou
remuneração em sentido estrito), salário e subsídio.
- Vencimentos: espécie remuneratória aplicável aos servidores públicos, os agentes
sujeitos ao regime estatutário. Os vencimentos (no plural) são decompostos em
duas parcelas: o vencimento (no singular), que corresponde ao valor básico fixado
em lei que o servidor tem direito a perceber pelo desempenho do cargo; e as
vantagens pecuniárias de natureza remuneratória, valores também estabelecidos
em lei, que acrescem ao vencimento, como as gratificações e adicionais (adicional
noturno, gratificação natalina, adicional por serviços extraordinários, adicional de
férias etc).
- Salário: é a contraprestação pecuniária paga aos empregados públicos,
contratados sob o regime celetista pelas pessoas jurídicas de direito privado
(empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas de direito
privado) ou mesmo de direito público (entidades políticas, autarquias e fundações
de direito público).
- Subsídio: trata-se de modalidade remuneratória acrescida ao texto constitucional
pela EC 19/98. Aplicável obrigatoriamente apenas aos agentes políticos e a algumas
carreiras do serviço público, apresenta como diferencial com relação às demais
espécies de estipêndio (salários e vencimentos) dos agentes públicos o fato de ser
fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer outra vantagem
149 pecuniária de natureza remuneratória.
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CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988
Servidor público
TÍTULO III - Da Organização do Estado
Capítulo VII – Da Administração Pública
Seção I – Disposições Gerais
Artigo 37 A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções
e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional,
dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e
dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie
remuneratória,
remuneratória percebidos cumulativamente ou não, incluídas as
vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão
exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal,
Federal aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio
do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do
Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados
Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos
Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e
vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie,
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder
Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos
149 Procuradores e aos Defensores Públicos;
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Remuneração - resumo dos limites
- Teto geral e absoluto: subsídio dos - Esfera estadual: além do teto geral e
Ministros do STF (que atinge a todos os absoluto (subsídio dos Ministros do STF),
Poderes e a todas as esferas de há subtetos por Poder, definidos nos
Governo). É o único limite na esfera seguintes termos:
federal. • no Poder Executivo, corresponde ao
subsídio do Governador;
- Esfera municipal: além do teto geral, • no Poder Legislativo, corresponde ao
há um subteto, aplicável aos Poderes subsídio dos deputados estaduais e
Executivo e Legislativo, que distritais (não pode ser fixado em valor
corresponde ao subsídio do Prefeito. idêntico ao dos Ministros do STF -> CF
São dois limites impostos aos agentes 88 § 2º do art. 27 e § 3º do art. 32: no
dos Poderes Legislativo e máximo 75% do subsídio dos deputados
Executivo municipal: o teto geral federais);
(subsídio dos Ministros do STF) e um • no Poder Judiciário, corresponde ao
limite de caráter local (subsídio do subsídio dos desembargadores do
Prefeito). Tribunal de Justiça (não podem
ultrapassar a 90,25% do subsídio dos
Ministros do STF, aplicável o limite aos
membros do Ministério Público estadual,
aos procuradores estaduais e aos
149 defensores públicos estaduais).
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CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988
TÍTULO III - Da Organização do Estado

Isonomia
Capítulo VII – Da Administração Pública
Seção I – Disposições Gerais
Artigo 37 A administração pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: - CF 88 - Art. 39, § 1º
...
XII - os vencimentos dos cargos do Poder - Foi retirada do texto
Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser constitucional a regra
superiores aos pagos pelo Poder Executivo; XIII - expressa, constante do
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de art. 39, § 1º, que
quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de assegurava isonomia de
remuneração de pessoal do serviço público; vencimentos aos
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidores dos Três
servidor público não serão computados nem Poderes, subsistindo
acumulados para fins de concessão de acréscimos apenas a regra posta no
ulteriores; inciso XII do art. 37, que
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes determina como limite
de cargos e empregos públicos são irredutíveis, remuneratório dos
ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste servidores os
artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § vencimentos pagos pelo
2º, I; Poder Executivo.
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30 CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988 A remuneração e o subsídio e os
TÍTULO III - Da Organização do Estado
Capítulo VII – Da Administração Pública proventos, pensões ou outra
Seção I – Disposições Gerais espécie remuneratória,
remuneratória percebidos
Artigo 37 cumulativamente ou não, incluídas
...
§ 9º O disposto no inciso XI
as vantagens pessoais ou de
aplica-se às empresas públicas qualquer outra natureza, não
e às sociedades de economia poderão exceder o subsídio
mista, e suas subsidiárias,
subsidiárias que mensal,
mensal em espécie, dos Ministros
receberem recursos da União,
dos Estados, do Distrito
do Supremo Tribunal Federal.
Federal ou dos Municípios para
pagamento de despesas de
pessoal ou de custeio em geral.
geral Aplica-se às empresas públicas
...
§ 11. Não serão computadas,
e às sociedades de economia
para efeito dos limites mista,
mista e suas subsidiárias.
remuneratórios de que trata o
inciso XI do caput deste artigo,
as parcelas de caráter Não serão computadas as
indenizatório previstas em lei.
parcelas de caráter
149 indenizatório previstas em lei.
31 24. João, servidor público do Estado Alfa, foi aposentado por incapacidade permanente
para o trabalho. Pouco menos de dois anos depois, foi notificado a comparecer ao
departamento médico do ente a que estava vinculado para fins de realização de
avaliação periódica. Foi desde logo informado de que tal procedimento estava previsto
na lei estadual, sendo obrigatório, ainda que não houvesse notícia de qualquer
alteração do quadro que motivou a aposentadoria, bem como que eventuais alterações
poderiam ensejar a sua readaptação para o exercício de funções diversas daquelas que
exercia quando estava na ativa.
Irresignado com a notificação recebida e com os efeitos que poderiam advir da
avaliação, João procurou um advogado, que lhe informou, corretamente, à luz da ordem
constitucional, que:
(A) a avaliação periódica e os efeitos apregoados são ilícitos, pois afrontam a garantia

B
do ato jurídico perfeito;
(B) a avaliação periódica e os efeitos apregoados são lícitos, já que previstos em lei
estadual e amparados pela Constituição da República de 1988;
(C) a avaliação periódica é ilícita, mas, caso João comunique alterações na causa da
incapacidade, será possível a readaptação;
(D) a avaliação periódica é lícita, mas não a readaptação, que viola o princípio do
concurso público, sendo possível apenas a reversão, caso desapareça a causa da
incapacidade;
(E) a avaliação periódica é ilícita, mas, mediante representação fundamentada, João
será convocado e, detectada a supressão da causa de incapacidade, é possível a
readaptação.

149
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CF88
Previdência dos servidores
TÍTULO III - Da Organização do Estado
CAPÍTULO VII - DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção II - DOS SERVIDORES PÚBLICOS

Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá
caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de
servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial.
§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado:
I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido,
quando insuscetível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de
avaliações periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram
a concessão da aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente federativo;
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta)
anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar;
III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e
cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
na idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas,
observados o tempo de contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar do
respectivo ente federativo.
§ 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor mínimo a que se refere
o § 2º do art. 201 ou superiores ao limite máximo estabelecido para o Regime Geral de Previdência
Social, observado o disposto nos §§ 14 a 16.

149
33
CF88
Previdência dos servidores
TÍTULO III - Da Organização do Estado
CAPÍTULO VII - DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção II - DOS SERVIDORES PÚBLICOS

Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário,
mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.
§ 3º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria serão disciplinadas em lei do
respectivo ente federativo.
§ 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de
benefícios em regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto nos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C
e 5º.
§ 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade
e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência,
deficiência
previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e
interdisciplinar.
§ 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade
e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de agente
penitenciário, de agente socioeducativo ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do
caput do art. 51, o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144.
§ 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade
e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades sejam
exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde,
ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação.

149
34 25. João e Maria travaram intenso debate a respeito das teorias afetas às restrições
aos direitos fundamentais. João defendia que no direito brasileiro é preponderante o
entendimento de que esses direitos ensejam o surgimento de posições jurídicas
definitivas,
definitivas o que implica adesão à denominada teoria interna. Maria, por sua vez,
refutava esse argumento, afirmando que o entendimento preponderante é o de que os
direitos apresentam contornos prima facie, se afeiçoando à teoria externa.

A
À luz dessa narrativa, é correto afirmar que o(s) entendimento(s) de:
(A) Maria está certo, já que direito e restrição formam individualidades distintas;
(B) Maria está parcialmente certo, pois o conteúdo prima facie, por ser avesso à
segurança jurídica, é incompatível com esses direitos;
(C) João está certo, já que o nível de proteção oferecido por um direito fundamental é
incontrastável;
(D) João está parcialmente certo, pois as posições jurídicas definitivas são
incompatíveis com a natureza principiológica desses direitos;
(E) Maria e João estão parcialmente certos, já que suas explicações se ajustam,
respectivamente, às teorias interna e externa.

149
35 - A doutrina aponta a contemporaneidade da idéia de Poder Constituinte com a do
surgimento de Constituições escritas, visando à limitação do poder estatal (direitos
negativos) e a preservação dos direitos e garantias individuais.
individuais

- DIREITOS:
DIREITOS disposições meramente declaratórias, que são as que imprimem existência
legal aos direitos reconhecidos.

- GARANTIAS:
GARANTIAS disposições assecuratórias, que são as que, em defesa dos direitos,
limitam o poder.

- Ocorre não raro juntar-se, na mesma disposição constitucional, ou legal, a fixação da


garantia com a declaração do direito.

TEORIA INTERNA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS


Direitos fundamentais não podem ser restringidos por outros direitos.
→ todas as possibilidades de restrição/delimitação aos direitos fundamentais
estariam presentes na própria Constituição, expressos no Texto Constitucional.
Constitucional
→ assumem o contorno de regras, ou seja, normas jurídicas que delimitam de
forma definitiva determinada situação jurídica.

TEORIA EXTERNA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS


Ocorrência de conflitos entre normas de direito fundamental.
→ primeiro momento: há a necessidade de se identificar os direitos prima facie
(categorização).
→ segundo momento: ponderação dos direitos para se identificar qual a solução
149 adequada para o caso concreto (proteção definitiva do direito”).
36 EVOLUÇÃO/CLASSIFICAÇÃO (GERAÇÕES OU DIMENSÕES)
- Uma nova geração de direitos fundamentais não significa supressão, substituição das
gerações anteriores.

PRIMEIRA DIMENSÃO: Os direitos fundamentais de primeira dimensão foram os


primeiros reconhecidos pelos ordenamentos constitucionais.
- Características:
• período: finais do século XVIII e dominaram todo o século XIX;
• surgiram no Estado liberal, em oposição ao Estado absoluto;
• estão ligados ao ideal de liberdade;
• são direitos negativos, que exigiam uma abstenção do Estado em favor da esfera de
liberdade do indivíduo;
• correspondem aos direitos civis e políticos (direito de locomoção, direito de
manifestação, direito de propriedade, entre outros).

SEGUNDA DIMENSÃO: Constituições começaram a expressar a preocupação com os


desamparados, com a necessidade de se assegurar o mínimo de igualdade entre os
homens.
- Características:
• período: século XX;
• surgiram no Estado social, em oposição ao Estado liberal;
• estão ligados ao ideal de igualdade;
• são direitos positivos, que passaram a exigir uma atuação positiva do Estado, no
sentido de assegurar o mínimo de igualdade entre os homens;
• correspondem aos direitos sociais, culturais e econômicos (direito à previdência e
149 assistência social, à habitação, ao lazer, à sindicalização, entre outros).
37 TERCEIRA DIMENSÃO: Preocupação deixa de ser com os bens jurídicos da pessoa
humana individualmente considerada, e passa a ser com os bens coletivos, com os
interesses difusos (pertencentes a um grupo indeterminado de pessoas).
- Características:

período: século XX;

estão ligados ao ideal de fraternidade, que deve nortear o convívio dos diferentes
povos, em defesa dos bens da coletividade;

são direitos positivos, a exigir do Estado uma firme atuação no tocante à
preservação dos bens de interesse coletivo;

correspondem ao direito de preservação do meio ambiente, da paz e do progresso da
humanidade, do patrimônio, entre outros.

QUARTA DIMENSÃO: Não consolidados nos ordenamentos constitucionais modernos,


sem uma unanimidade sobre a matéria, isto é, sobre quais seriam os direitos
fundamentais de quarta dimensão.
- Paulo Bonavides: são aqueles ligados à globalização política, fenômeno mundial, que
atinge, em maior ou menor grau, todas as nações, correspondendo ao direito de
informação, de democracia e
de pluralismo.
- Norberto Bobbio: decorrem dos avanços no campo da engenharia genética, ao
colocarem em risco a própria existência humana, através da manipulação do
patrimônio genético.

QUINTA DIMENSÃO
- Paulo Bonavides: direito à paz, como axioma da democracia participativa ou supremo
149 direito da humanidade.
38 DESTINATÁRIOS / TITULARES
- Originalmente: as pessoas naturais.
naturais
- Evoluiram e passaram a reconhecer direitos fundamentais, também, às pessoas
jurídicas.
jurídicas
- Atualmente: constituições asseguram direitos fundamentais às pessoas estatais,
estatais isto
é, o próprio Estado passou a ser considerado titular de direitos fundamentais.
- Nem todos os direitos fundamentais podem ser usufruídos por todos os titulares
(pessoas naturais, pessoas jurídicas e pessoas estatais).
- Exclusivamente para a pessoa natural: direito de locomoção.
- Exclusivamente para a pessoa jurídica: direito de existência das associações.
- Exclusivamente para o Estado: direito de requisição administrativa.

RELAÇÕES PRIVADAS
- Originalmente: surgiram para regular as relações entre o Estado e o particular –
relações verticais.
- STF vem reconhecendo a aplicação direta dos direitos fundamentais nas relações
privadas – relações horizontais.

RENÚNCIA E CONFLITO
- Em regra, os direitos fundamentais são irrenunciáveis: a pessoa não dispõe do poder
de renunciar direitos fundamentais que lhe foram outorgados pela Constituição.
- Excepcionalmente, admite-se a renúncia temporária a direito fundamental diante de
um caso concreto.
- Também em um caso concreto pode haver conflito entre direitos fundamentais.
Entretanto, em abstrato não se pode falar na existência de conflito entre direitos
149 fundamentais.
39 ORGANIZAÇÃO
Cap. I - Direitos e deveres individuais e coletivos (art. 5º);
Cap. II - Direitos sociais (art. 6º ao 11);
Cap. III - Direitos de nacionalidade (art. 12 e 13);
Cap. IV - Direitos políticos (art. 14 ao 16);
Cap. V - Direitos dos partidos políticos (art. 17).

- Constituem o que a doutrina denomina “catálogo dos direitos fundamentais”, pois é a


parte da Constituição em que estão catalogados, relacionados os direitos
fundamentais.

- Mas nem todos os direitos fundamentais estão disciplinados nesses artigos. Existem
direitos fundamentais previstos em outros dispositivos da Constituição (direito
fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, de terceira dimensão)
Esses direitos fundamentais que estão fora do catálogo (fora do intervalo do art. 5º ao
17) são chamados de direitos fundamentais não-catalogados.

149
40
Aplicabilidade
CF88
TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais
HÁ CONSENSO DE QUE A GARANTIA CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E
ALCANÇA TODO ESTRANGEIRO QUE COLETIVOS
ESTEJA NO TERRITÓRIO NACIONAL,
RESIDENTE OU NÃO.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
CINCO DIREITOS FUNDAMENTAIS
BÁSICOS, DOS QUAIS DECORREM OS
DEMAIS.

- MAIOR EFICÁCIA AOS DIREITOS § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias


- EXISTEM DIREITOS DE EFICÁCIA fundamentais têm aplicação imediata.
LIMITADA

§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta


- FORMALMENTE CONSTITUCIONAIS Constituição não excluem outros decorrentes do regime e
- MATERIALMENTE CONSTITUCIONAIS dos princípios por ela adotados, ou dos tratados
internacionais em que a República Federativa do Brasil
seja parte.
149
41
Liberdade de expressão
CF88
TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
...
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da


indenização por dano material, moral ou à imagem;

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de


comunicação, independentemente de censura ou licença;

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o


sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;

149
42
CF88
TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
PODE SER CUMULATIVA: DANO MORAL E
MATERIAL SIMULTANEAMENTE.
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a
honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a
indenização pelo dano material ou moral decorrente de
INVIOLABILIDADE DOMICILIAR sua violação;
CASA: QUALQUER RECINTO
FECHADO, NÃO ABERTO AO XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém
PÚBLICO (RESIDÊNCIA, nela podendo penetrar sem consentimento do morador,
ESCRITÓRIO, CONSULTORIO…). salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação
LIBERDADE DE ATIVIDADE judicial;
PROFISSIONAL
ENQUANTO NÃO ESTABELECIDAS XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício
EM LEI AS QUALIFICAÇÕES ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que
PROFISSIONAIS PARA O a lei estabelecer;
EXERCÍCIO DE DETERMINADA
PROFISSÃO, O SEU EXERCÍCIO
SERÁ AMPLO.
149
149
43
CF88
TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais
LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
PODERÁ SER RESTRINGIDO NA Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
VIGÊNCIA DO ESTADO DE SÍTIO (ART. garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
139, I) direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:

XV - é livre a locomoção no território nacional em


tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da
lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
DIREITO DE REUNIÃO
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem
armas, em locais abertos ao público, independentemente
de autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo
apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

149
44
Direito Administrativo

TCE/PI - 2021
149
45 28. O Estado Alfa deseja proceder à contratação de serviços de publicidade e
divulgação para campanhas de caráter educativo, informativo e de orientação social na
área de assistência social. A Secretaria Estadual solicitante alega que os serviços a
serem contratados são técnicos e de natureza singular, razão pela qual deve ser
contratada, sem prévia licitação, a sociedade empresária Beta, de inquestionável e
notória especialização.
De acordo com a Lei nº 8.666/1993, a contratação pretendida deve ser feita mediante:
(A) dispensa de licitação, desde que com prévia publicação no Diário Oficial;
(B) inexigibilidade de licitação, desde que observado o valor de mercado;
C (C) licitação, na modalidade compatível com o valor estimado da contratação;
(D) licitação, necessariamente na modalidade tomada de preços, pela natureza da
contratação;
(E) licitação, necessariamente na modalidade concorrência, pela natureza da
contratação.

149
46 Lei nº 8.666/1993
Capítulo II – DA LICITAÇÃO
Seção I - Das Modalidades, Limites e Dispensa

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de


competição,
competição em especial:
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam
ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo,
vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade
ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio
do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo
Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades
equivalentes;
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta
Lei, de natureza singular,
singular com profissionais ou empresas de notória
especialização,
especialização vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e
divulgação;
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico,
diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado
pela crítica especializada ou pela opinião pública.

149
47 Lei nº 8.666/1993
Capítulo II – DA LICITAÇÃO
Seção I - Das Modalidades, Limites e Dispensa

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de


competição,
competição em especial:
...
§ 1º Considera-se de notória especialização o profissional ou
empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de
desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização,
aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com
suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e
indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do
contrato.
§ 2º Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa,
se comprovado superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano
causado à Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o
agente público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais
cabíveis.

149
48 Lei nº 14.133/2021
TÍTULO II - DAS LICITAÇÕES
CAPÍTULO VIII - DA CONTRATAÇÃO DIRETA
Seção II - Da Inexigibilidade de Licitação

Art. 74. É inexigível a licitação quando inviável a competição,


competição em especial nos casos
de:
I - aquisição de materiais, de equipamentos ou de gêneros ou contratação de serviços que
só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivos;
II - contratação dos seguintes serviços técnicos especializados de natureza
predominantemente intelectual com profissionais ou empresas de notória especialização,
vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação:
a) estudos técnicos, planejamentos, projetos básicos ou projetos executivos;
b) pareceres, perícias e avaliações em geral;
c) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;
d) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
e) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
g) restauração de obras de arte e de bens de valor histórico;
h) controles de qualidade e tecnológico, análises, testes e ensaios de campo e
laboratoriais, instrumentação e monitoramento de parâmetros específicos de obras e do
meio ambiente e demais serviços de engenharia que se enquadrem no disposto neste
inciso;
...

149
49 29. O Estado do Piauí, visando a atender ao interesse público, realizou obra de
engenharia, consistente na construção de um viaduto numa rodovia estadual. A obra
realizada, de fato, melhorou consideravelmente o trânsito na região, mas causou
danos ao cidadão João, não pela má execução da obra (que atendeu às normas
técnicas de regência), mas pelo simples fato da obra em si, uma vez que seu comércio
ficou abaixo do nível da rua e sem fácil acesso à clientela.
No caso narrado, em tese, João:
(A) não tem direito à indenização, eis que o Estado não praticou qualquer ato ilícito;
(B) não tem direito à indenização, eis que não há nexo causal entre a conduta do
Estado e os prejuízos sofridos;
(C) não tem direito à indenização, eis que não houve má execução ou falha técnica na

D
obra;
(D) tem direito à indenização, com base na responsabilidade civil objetiva do Estado,
sendo desnecessária a comprovação do dolo ou culpa dos agentes públicos
responsáveis pela obra;
(E) tem direito à indenização, com base na responsabilidade civil subjetiva do Estado,
sendo necessária a comprovação do dolo ou culpa dos agentes públicos responsáveis
pela obra.

149
50
Responsabilidade Civil do Estado
RESPONSABILIDADE OBJETIVA → CF, Artigo 37, § 6º
- Responsabilidade pode surgir para as pessoas jurídicas nele referidas mesmo em
virtude de atos lícitos de seus agentes -> a responsabilidade objetiva prescinde de
qualquer idéia de atuação dolosa ou culposa, restando plenamente configurada
quando presentes os seguintes elementos:
elementos ato comissivo de um agente público +
dano a particular + nexo causal entre o ato praticado pelo agente e o dano
suportado pelo particular.

- O Estado e demais entidades arroladas no dispositivo em questão só podem ser


alcançados pelos atos de seus agentes quando estes atuarem na qualidade de
agentes públicos.

- A responsabilidade do Estado independe de ação dolosa ou culposa de seu


agente -> a responsabilidade do agente só surge quando se conduzir com dolo ou
culpa. É possível que, em uma situação em concreto, o Estado tenha o dever de
indenizar o particular e não obtenha sucesso na ação regressiva de ressarcimento
movida contra seu agente.

- O Estado só pode mover ação regressiva contra seu agente após ter efetivamente
indenizado o particular. Não basta para tanto, pois, a condenação do Estado ao
pagamento, mesmo transitada em julgado.
149
51
Responsabilidade Civil do Estado
RESPONSABILIDADE OBJETIVA → CF, Artigo 37, § 6º
- É excluída a responsabilidade do ente público quando ficar comprovada culpa
exclusiva do particular no evento lesivo. Se ficar provado que é situação de culpa
concorrente,
concorrente reparte-se a responsabilidade pela indenização, na proporção da
culpa de cada um.

- STF: definiu que há responsabilidade civil objetiva (dever de indenizar danos


causados independente de culpa) das empresas que prestam serviço público
mesmo em relação a terceiros, ou seja, aos não-usuários. (RE 591874).

- A responsabilidade civil do Estado por ato dos delegatários de seus serviços,


incluindo aí as concessionárias e permissionárias,
permissionárias é subsidiária,
subsidiária razão por que o
Estado só responderá quando o acervo patrimonial destas não for bastante para
reparar o dano que provocaram.

149
52
Responsabilidade Civil do Estado
- A responsabilidade civil decorre de ato doloso, culposo, omissivo
ou comissivo.

- Ato doloso: quando o servidor causa intencionalmente o prejuízo.


Ele, ao praticar o ato, tem por intento causar o dano.
- Ato culposo: quando o servidor não age com a intenção de causar
o dano, mas dá margem à sua ocorrência ao atuar de forma
negligente, imprudente ou com imperícia.
- Conduta comissiva: quando o servidor pratica um ato.
- Conduta omissiva: quando não é o servidor que pratica o ato
danoso, mas ele dá ensejo a que o dano ocorra ao não agir para
evitá-lo, quando era seu dever legal fazê-lo.

- Exemplo: servidor danifica um bem público.


Esfera penal -> processado por conduta dolosa.
dolosa Se inocentado, tal
decisão não impede que venha a ser reconhecida sua
responsabilidade nas esferas civil e administrativa
Esfera cível e administrativa -> não é necessária a comprovação
da conduta dolosa, sendo a culpa suficiente para a condenação.

149
53
Responsabilidade Civil do Estado
RESPONSABILIDADE OBJETIVA → CF, Artigo 37, § 6º

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO

- Uma vez havido o dano caberá reparação do mesmo pela Administração, se


houver nexo de causalidade entre este e uma ação estatal,
estatal afastadas a culpa do
particular e a força maior.

- Ações: Administrativa e Judicial


I – Administrativa: se reconhecido o dano pelo Poder Público, e havendo acordo
entre as partes, pode haver indenização diretamente pela via administrativa.
II – Judicial: não havendo acordo entre as partes, o particular pode interpor ação
de reparação de danos, junto ao Judiciário, contra a pessoa jurídica causadora do
dano. Esta tem direito de regresso contra o servidor que ocasionou o prejuízo, se
houver dolo ou culpa. A regra, então, é que a ação seja contra a pessoa jurídica.
No entanto, entende-se que o particular pode propor a ação em litisconsórcio
passivo facultativo, ou seja, se quiser, pode ir contra o Estado e o agente público,
na mesma ação (RE 90.071-3 STF, 18.06.1980).

149
54
Responsabilidade Civil do Estado
RESPONSABILIDADE OBJETIVA → CF, Artigo 37, § 6º

AÇÃO REGRESSIVA

- Ação usada para que a Administração Pública, após indenizar o particular em


face da ação de um agente seu, possa reaver o valor desembolsado com tal
ressarcimento.

- Requisitos fundamentais:
I – que haja dano ao particular indenizado pela Administração Pública com base
em sua responsabilidade objetiva;
II – que o agente tenha agido com dolo ou culpa no surgimento desse dano.

- Não pode a Administração Pública exigir primeiro o pagamento pelo agente para
depois repassá-lo ao particular. Deve pagar o particular, em face de sua
responsabilidade objetiva e, depois, buscar ressarcimento junto ao agente, se
conseguir provar que agiu com dolo ou com culpa.

149
55 30. Márcia, ao sagrar-se vencedora em processo licitatório, firmou com o Município Alfa
contrato administrativo para utilização de bem público, consistente em um box num
mercado municipal, por prazo determinado.
Assim, Márcia obteve consentimento do poder público para utilização especial de bem
público mediante:
(A) autorização de uso, cuja extinção antes do prazo fixado lhe garante, em tese,
direito à indenização;
(B) permissão de uso, cuja extinção antes do prazo fixado não lhe garante, em tese,
direito à indenização;
C (C) concessão de uso, cuja extinção antes do prazo fixado lhe garante, em tese, direito
à indenização;
(D) concessão de direito real de uso, cuja extinção antes do prazo fixado não lhe
garante, em tese, direito à indenização;
(E) cessão de uso, cuja extinção antes do prazo fixado não lhe garante, em tese, direito
à indenização.
CESSÃO DE USO
- Lei nº 9.636, de 15 de maio de 1998: contrato de natureza pessoal;
pessoal somente se aplica aos bens de
domínio privado do Estado, apesar de ser um título de direito público. A cessão se fará quando
interessar à União concretizar a permissão da utilização GRATUITA de imóvel seu, auxílio ou
colaboração que entenda prestar.
CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO
- Decreto-Lei n. 271, de 28 de fevereiro de 1967: contrato pelo qual o Estado transfere o uso
remunerado ou gratuito de terreno público ou do espaço aéreo que o recobre. É instituto de direito
real resolúvel, para fins específicos de regularização fundiária de interesse social, urbanização,
industrialização, edificação, cultivo da terra, aproveitamento sustentável das várzeas, preservação
das comunidades tradicionais e seus meios de subsistência ou outras modalidades de interesse social
em149
áreas urbanas.
56
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS

ATOS NEGOCIAIS

- A manifestação de vontade da Administração coincide com determinado interesse


do particular.
Não se faz presente imperatividade ou autoexecutoriedade,
autoexecutoriedade já que não há nada a
ser imposto ao administrado ou contra ele executado. O administrado deseja a
produção do ato negocial, manifestando sua pretensão à Administração.

- O administrado requer à Administração ->


-> a Administração defere a pretensão (sendo de seu interesse, ou seja, do
interesse público).

- Os atos negociais não são contratos (atos bilateriais), mas sim manifestações
unilaterais de vontade da Administração, que neste caso coincidem com
determinado interesse do particular.

- Podem ser vinculados ou discricionários e definitivos ou precários.

149
57
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS

ATOS NEGOCIAIS

- Atos negociais vinculados:


vinculados há para o administrado direito à sua obtenção. Uma vez
preenchidos os requisitos legais, a Administração é obrigada a deferir o pedido.

- Atos negociais discricionários:


discricionários há direito para o particular. Este, mesmo
preenchendo os requisitos legais, pode ter sua pretensão negada pela
Administração, a partir de seu exclusivo juízo de conveniência e oportunidade.

- Atos negociais precários:


precários o interesse preponderante é o do particular.
particular Há
necessariamente o interesse público, mas o interesse do particular, manifestado
por meio do seu requerimento, predomina sob o administrativo. Constituem uma
liberalidade da Administração, e em função disso não geram direito adquirido.
Podem a qualquer tempo ser revogados, sem haver, em regra, qualquer direito do
particular à indenização.

- Atos negociais definitivos:


definitivos o interesse que predomina é o da coletividade.
coletividade Também
são passíveis de revogação pela Administração, em virtude de interesse público
superveniente, mas a regra geral é o cabimento de indenização pelos prejuízos
diretamente decorrentes da revogação.
149
ATOS NEGOCIAIS
58
Principais espécies de atos negociais:
1) Licença:
Licença ato vinculado e definitivo,
definitivo salvo em função de falta do administrado ou vício
de legalidade em sua constituição.
2) Autorização:
Autorização ato discricionário e precário,
precário em que prepondera o interesse do
particular. Maria Sylvia Di Pietro elenca três modalidades de autorização:
- ato mediante o qual a Administração faculta ao particular o exercício de atividade de
seu exclusivo interesse (autorização para porte de arma);
- ato pelo qual se permite a utilização de um bem público (autorização para instalar
quiosques em praça pública);
- ato pelo qual se delega ao particular a exploração de algum serviço de utilidade
pública (a autorização para explorar o serviço de táxi).
3) Permissão:
Permissão é ato discricionário e precário,
precário produzido com base em interesse
preponderantemente público.
Em face de sua precariedade são suscetíveis de revogação em virtude de interesse
público superveniente,
superveniente mas se onerosas ou concedidas por prazo certo geram para o
administrado direito à indenização, uma vez que na permissão prepondera o interesse
público.
Pode também ser cassada a permissão, por falta do administrado, ou anulada, por vício
de legalidade.
A permissão, como ato unilateral,
unilateral atualmente apenas pode ter por objeto apenas o uso
de bens públicos ou o exercício de atividades que não representem serviços públicos.
- A permissão de serviços públicos, a partir da Constituição de 1988, tem natureza
149 contratual.
59 CARACTERÍSTICAS DA CONCESSÃO

- Delegação de serviço público, obra ou uso de bem público, feita pelo poder
concedente (União, Estados-membros, Distrito Federal ou Municípios) em cuja
competência se encontra o serviço delegado;
Em regra, é necessária lei autorizativa para a execução indireta de serviços mediante
concessão.
- Não transfere a titularidade, somente a execução ou uso;
- Efetivada através de contrato bilateral, precedido de licitação, na modalidade
concorrência (art. 175, CF/88);
- Contrato é de natureza administrativa, ou seja, sujeito às regras do direito público;
- Cabe à União fixar normas gerais de contratação, em todas as modalidades (art. 22,
XXVII, CF/88);
- Execução do serviço pelo concessionário é por sua conta e risco, e é paga mediante
tarifa, com natureza de preço público;
- Concedente fixa normas de prestação do serviço ou uso do bem público, fiscaliza,
impõe sanções e reajusta tarifas;
- Concessionário tem direito à manutenção do equilíbrio econômico-financeiro da
concessão;
- Concessionário se sujeita às obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributárias;
- Subcontratação é possível desde que prevista no edital e no contrato, e com prévia
anuência da Administração Pública concedente, que não se obriga a tal, ainda que haja
previsão no edital e no contrato
149
60 31. Como estava atrasado para chegar ao cinema, o cidadão Antônio estacionou seu
veículo em calçada com alto fluxo de circulação de transeuntes. O agente público
competente, portanto, procedeu ao guincho e remoção do veículo ao depósito público.
No caso em tela, o poder público praticou diretamente o ato que seria obrigação do
particular, sem a necessidade de participação deste e sem intervenção do Poder
Judiciário, calcado no atributo do ato administrativo da:
(A) imperatividade, que assegura direito de indenização ao poder público e à

B
coletividade;
(B) autoexecutoriedade, que consiste em meio direto de execução do ato
administrativo;
(C) exigibilidade, que consiste em meio direto de execução do ato administrativo;
(D) presunção de legitimidade, que assegura direito de indenização ao poder público e à
coletividade;
(E) presunção de veracidade, que assegura direito de indenização ao poder público e à
coletividade.

149
61

ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO

- São as qualidades dos atos administrativos.

- Elementos/requisitos -> condições de validade.

- Atributos -> características inerentes.

- Os quatro atributos dos atos administrativos são: presunção de legitimidade,


imperatividade, auto-executoriedade e tipicidade.

- Nem todos os atos têm todos os atributos. A imperatividade e auto-executoriedade


são observáveis apenas em determinadas espécies de atos administrativos.

149
62
ATRIBUTOS - PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE

- É a necessidade que possui o Poder Público de exercer com agilidade suas


atribuições, especialmente na defesa do interesse público.

- Autoriza a imediata execução de um ato administrativo, mesmo se eivado de


vícios ou defeitos aparentes; enquanto não pronunciada sua nulidade, ou sustados
temporariamente seus efeitos (recursos suspensivos ou liminares), deverá ser
cumprido.

- Inversão do ônus da prova: faz com que a obrigação de provar a existência de vício
no ato seja de quem aponta esse vício.

- Presunção relativa (iuris tantum): admite prova em contrário. Tem como real
conseqüência a transferência do ônus da prova para quem invoca e ilegitimidade do
ato.

- O Judiciário não pode apreciar ex officio a validade do ato. A nulidade só pode ser
decretada pelo Judiciário a pedido da pessoa interessada.

149
63

ATRIBUTOS - IMPERATIVIDADE

- É a qualidade dos atos administrativos para cuja execução faz-se presente a força
coercitiva do Estado. Poder extroverso.

- Esta presente apenas nos atos que sujeitam o administrado ao seu fiel
atendimento, como por exemplo os atos normativos, atos punitivos e atos de
polícia.

- Não está presente nos atos do interesse do administrado, como a expedição de


certidão.

- Da mesma forma que ocorre relativamente à presunção de legitimidade (e em


decorrência dela), os atos caracterizados pela imperatividade podem ser
imediatamente impostos aos particulares a partir de sua edição, mesmo que
estejam sendo questionados administrativa ou judicialmente quanto à sua validade.

149
64

ATRIBUTOS – AUTO-EXECUTORIEDADE

- Hely Lopes Meirelles: “a auto-executoriedade consiste na possibilidade que certos


atos administrativos ensejam de imediata e direta execução pela própria
Administração, independentemente de ordem judicial”.

- Nunca afasta a apreciação judicial do ato; apenas dispensa a Administração de


obter autorização judicial prévia para sua prática.

149
65

ATRIBUTOS – AUTO-EXECUTORIEDADE

- Celso Antônio Bandeira de Mello e Maria Sylvia Di Pietro prelecionam que a auto-
executoriedade existe em duas situações: quando a lei expressamente a prevê e,
mesmo quando não expressamente prevista, em situações de urgência.

- Maria Sylvia Di Prieto: “No Direito Administrativo, a auto-executoriedade não


existe, também, em todos os atos administrativos; ela só é possível:
1. quando expressamente prevista em lei. Em matéria de contrato, por exemplo, a
Administração Pública dispõe de várias medidas auto-executórias, como a retenção
da caução, a utilização dos equipamentos e instalações do contratado para dar
continuidade à execução do contrato, a encampação etc.; também em matéria de
polícia administrativa, a lei prevê medidas auto-executórias, como a apreensão de
mercadorias, o fechamento de casas noturnas, a cassação de licença para dirigir;

149
66

ATRIBUTOS – AUTO-EXECUTORIEDADE

- Maria Sylvia Di Prieto:“No Direito Administrativo, a auto-executoriedade não


existe, também, em todos os atos administrativos; ela só é possível:

2. quando se trata de medida urgente que, caso não adotada de imediato, possa
ocasionar prejuízo maior para o interesse público; isso acontece, também, no
âmbito da polícia administrativa, podendo-se citar, como exemplo, a demolição de
prédio que ameaça ruir, o internamento de pessoa com doença contagiosa, a
dissolução de reunião que ponha em risco a segurança de pessoas e coisas.”

149
67

ATRIBUTOS – AUTO-EXECUTORIEDADE

- Exemplo tradicional de ato que não é auto-executório é o ato de cobrança de


multa, quando não paga espontaneamente pelo particular (nos contratos
administrativos temos uma situação que é exceção a essa regra: quando há
garantia prestada pelo contratado, a Administração pode, por ato próprio, executar
a garantia para obter os valores de multas e outros prejuízos sofridos).

- Celso Antônio B. Mello aponta como atributos distintos exigibilidade e


executoriedade. A exigibilidade seria caracterizada pela obrigação do administrado
de cumprir o ato, ao passo que a executoriedade seria a possibilidade de a
Administração, ela própria, praticar o ato (coação material).

149
68

ATRIBUTOS – AUTO-EXECUTORIEDADE

- Se a Administração intima o particular a construir uma calçada defronte sua casa,


esse ato é exigível (descumprido, a Administração imporá multa sem que necessite
ir ao Judiciário para lhe ser reconhecido o direito de multar). Não é, entretanto,
executório, porquanto ela não pode coagir materialmente o particular a construir a
calçada. A própria imposição de multa seria ato exigível e não executório. Atos
executórios seriam:
seriam a destruição de alimentos impróprios para consumo, a
apreensão de mercadorias desacompanhadas de documentos fiscais, a dissolução
de uma passeata, a demolição de um prédio que ameaçasse desabar, a destruição
de barracos em terreno invadido etc.

- Todo ato imperativo é exigível, mas nem sempre será executório.

149
69

ATRIBUTOS – TIPICIDADE

- Maria Sylvia: “é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a


figuras definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados
resultados.”.

- Afasta a possibilidade de prática de atos inominados.

- Fundamento (segurança jurídica: para cada finalidade, um ato típico definido em


lei).

149
70 32. O Estado do Piauí, sob a égide da Lei nº 8.666/1993, após regular processo
licitatório, celebrou com a sociedade empresária Beta contrato administrativo, no qual
constaram cláusulas disciplinando a prerrogativa da Administração Pública contratante
de alteração unilateral do acordo e a possibilidade de aplicação de penalidades
contratuais.
Trata-se de cláusulas:
(A) abusivas, que viciam o contrato, eis que geram desequilíbrio entre as partes
contratantes;
(B) abusivas, que viciam o contrato, eis que ferem o princípio da isonomia entre as
partes contratantes;
(C) exorbitantes, que viciam o contrato, pois ferem o equilíbrio econômico e financeiro

D
entre as partes contratantes;
(D) exorbitantes, que não viciam o contrato e decorrem da supremacia do interesse
público sobre o privado;
(E) abusivas, que não viciam o contrato, desde que o contratante ofereça garantia para
manutenção do equilíbrio econômico e financeiro do contrato.

149
71 Lei nº 8.666/1993
Capítulo III - DOS CONTRATOS
Seção I - Disposições Preliminares

Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei
confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse
público, respeitados os direitos do contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei;
III - fiscalizar-lhes a execução;
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis,
pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de
acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na
hipótese de rescisão do contrato administrativo.
§ 1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos
administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.
§ 2o Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do
contrato deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual.

Art. 59. A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente


impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de
desconstituir os já produzidos.
Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o
contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por
outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável,
149 promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.
72 Lei nº 14.133/2021
TÍTULO II - DAS LICITAÇÕES
CAPÍTULO IV - DAS PRERROGATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO

Art. 104. O regime jurídico dos contratos instituído por esta Lei confere à
Administração, em relação a eles, as prerrogativas de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse
público, respeitados os direitos do contratado;
II - extingui-los, unilateralmente, nos casos especificados nesta Lei;
III - fiscalizar sua execução;
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;
V - ocupar provisoriamente bens móveis e imóveis e utilizar pessoal e serviços vinculados
ao objeto do contrato nas hipóteses de:
a) risco à prestação de serviços essenciais;
b) necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo
contratado, inclusive após extinção do contrato.
§ 1º As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos não poderão ser
alteradas sem prévia concordância do contratado.
§ 2º Na hipótese prevista no inciso I do caput deste artigo, as cláusulas econômico-
financeiras do contrato deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual.

149
73
Auditoria Governamental

TCE/PI - 2021
149
74 46. Durante um trabalho de auditoria, o responsável pela equipe, após analisar as
competências de cada um, atribuiu a um dos componentes da equipe o procedimento
técnico de inspeção que deve ser aplicado para:
(A) acompanhar a execução de processos;

C
(B) conferir a exatidão de cálculos;
(C) examinar o conteúdo de documentos;
(D) obter informações com terceiros;
(E) verificar o comportamento de valores extremos.

149
75 NBC TA 500 – EVIDÊNCIA DE AUDITORIA

Aplicação e outros materiais explicativos

Evidência de auditoria apropriada e suficiente (ver item 6)


A4. A suficiência e adequação da evidência de auditoria estão inter-relacionadas.
inter-relacionadas
A suficiência é a medida da quantidade de evidência de auditoria. A quantidade da
evidência de auditoria necessária é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de
distorção (quanto mais elevados os riscos avaliados, maior a probabilidade de que seja
exigida mais evidência de auditoria) e também pela qualidade de tal evidência de
auditoria (quanto maior a qualidade, menos evidência pode ser exigida). A obtenção de
mais evidência de auditoria, porém, não compensa a sua má qualidade.
A5. Adequação é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, sua
relevância e sua confiabilidade para fornecer suporte às conclusões em que se
fundamenta a opinião do auditor. A confiabilidade da evidência é influenciada pela sua
fonte e sua natureza e depende das circunstâncias individuais em que é obtida.

149
76 NBC TA 500 – EVIDÊNCIA DE AUDITORIA

Aplicação e outros materiais explicativos

Procedimentos de auditoria para obtenção de evidência de auditoria


A10. Como exigido e explicado adicionalmente pela NBC TA 315 e pela NBC TA 330, a
evidência de auditoria para a obtenção de conclusões para fundamentar a opinião do
auditor é conseguida pela execução de:
(a) procedimentos de avaliação de riscos; e
(b) procedimentos adicionais de auditoria, que abrangem:
(i) testes de controles,
controles quando exigidos pelas normas de auditoria ou quando o auditor
assim escolheu; e
(ii) procedimentos substantivos,
substantivos inclusive testes de detalhes e procedimentos
analíticos substantivos.

149
77 DENOMINAÇÃO ATUAL

Testes de Observância
→ TESTES DE CONTROLE: avalia a efetividade operacional dos
controles na prevenção ou detecção e correção de distorções
relevantes no nível de afirmações.

Testes Substantivos
→ PROCEDIMENTOS SUBSTANTIVOS:
SUBSTANTIVOS detecta distorções
relevantes no nível de afirmações.
Incluem testes de detalhes (fatos contábeis: classes de
transações, saldos de contas e divulgações) e procedimentos
analíticos substantivos (valores significativos/tendências:
índices, quocientes, quantidades absolutas e outras).

149
78 NBC TA 500 – EVIDÊNCIA DE AUDITORIA
Aplicação e outros materiais explicativos

Inspeção
A14. A inspeção envolve o exame de registros ou documentos,
documentos internos ou externos,
em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um
ativo.
ativo A inspeção de registros e documentos fornece evidência de auditoria com graus
variáveis de confiabilidade, dependendo de sua natureza e fonte e, no caso de registros
internos e documentos, da eficácia dos controles sobre a sua produção. Um exemplo
de inspeção utilizada como teste é a inspeção de registros em busca de evidência de
autorização.

Observação
A17. A observação consiste no exame de processo ou procedimento executado por
outros,
outros por exemplo, a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos
empregados da entidade ou da execução de atividades de controle. A observação
fornece evidência de auditoria a respeito da execução de processo ou procedimento,
mas é limitada ao ponto no tempo em que a observação ocorre e pelo fato de que o ato
de ser observado pode afetar a maneira como o processo ou procedimento é
executado. Ver NBC TA 501 – Evidência de Auditoria – Considerações Específicas para
Itens Selecionados para orientação adicional sobre a observação da contagem de
149 estoque.
79 NBC TA 500 – EVIDÊNCIA DE AUDITORIA

Aplicação e outros materiais explicativos

Confirmação externa
A18. Uma confirmação externa representa evidência de auditoria obtida pelo auditor
como resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor,
auditor em forma escrita,
eletrônica ou em outra mídia. Os procedimentos de confirmação externa
frequentemente são relevantes no tratamento de afirmações associadas a certos
saldos contábeis e seus elementos. Contudo, as confirmações externas não precisam
se restringir apenas a saldos contábeis. Por exemplo, o auditor pode solicitar
confirmação de termos de contratos ou transações da entidade com terceiros; a
solicitação de confirmação pode ser planejada para perguntar se foram efetuadas
quaisquer modificações no contrato e, em caso afirmativo, quais são os detalhes
relevantes.
Os procedimentos de confirmação externa também são utilizados para a obtenção de
evidência de auditoria a respeito da ausência de certas condições, por exemplo, a
ausência de acordo paralelo (side agreement) que possa influenciar o reconhecimento
da receita. Ver NBC TA 505 para orientação adicional.

149
80

149
81 NBC TA 500 – EVIDÊNCIA DE AUDITORIA

Aplicação e outros materiais explicativos

Recálculo
A19. O recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou
registros. O recálculo pode ser realizado manual ou eletronicamente.

Reexecução
A20. A reexecução envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou
controles que foram originalmente realizados como parte do controle interno da
entidade.

149
82 NBC TA 500 – EVIDÊNCIA DE AUDITORIA

Aplicação e outros materiais explicativos

Procedimentos analíticos
A21. Os procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas por
meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros.
financeiros Os
procedimentos analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações
identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se
desviem significativamente dos valores previstos. Ver NBC TA 520 para orientação
adicional.

Indagação
A22. A indagação consiste na busca de informações junto a pessoas com
conhecimento,
conhecimento financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade. A indagação é
utilizada extensamente em toda a auditoria, além de outros procedimentos de
auditoria. As indagações podem incluir desde indagações escritas formais até
indagações orais informais. A avaliação das respostas às indagações é parte integral
do processo de indagação.

149
83 47. Durante um trabalho de auditoria, um auditor executou um procedimento para
avaliar se a atividade de recepção e conferência de itens adquiridos para estoque era
realizada por um funcionário adequado.
O procedimento executado pelo auditor foi um teste:
(A) de abrangência;

C
(B) de inspeção;
(C) de observância;
(D) de revisão analítica;
(E) documental.

149
84 DENOMINAÇÃO ATUAL

Testes de Observância
→ TESTES DE CONTROLE: avalia a efetividade operacional dos
controles na prevenção ou detecção e correção de distorções
relevantes no nível de afirmações.

Testes Substantivos
→ PROCEDIMENTOS SUBSTANTIVOS:
SUBSTANTIVOS detecta distorções
relevantes no nível de afirmações.
Incluem testes de detalhes (fatos contábeis: classes de
transações, saldos de contas e divulgações) e procedimentos
analíticos substantivos (valores significativos/tendências:
índices, quocientes, quantidades absolutas e outras).

149
85 48. Uma das atividades imprescindíveis no trabalho de auditoria é a elaboração de
papéis de trabalho, que têm entre as suas finalidades:
(A) auxiliar a empresa no alcance dos objetivos organizacionais;
(B) auxiliar o auditor a assegurar os controles internos da organização;

D
(C) fornecer dados para a entidade elaborar seu relatório de gestão;
(D) registrar as evidências e o cumprimento do trabalho;
(E) servir de base para o cálculo dos honorários do auditor.

149
86 NBC TA 230 (R1) – DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA

Natureza e finalidade da documentação de auditoria

2. A documentação de auditoria, que atende às exigências desta Norma e às


exigências específicas de documentação de outras normas de auditoria relevantes,
fornece:

(a) evidência da base do auditor para uma conclusão quanto ao cumprimento do


objetivo global do auditor (NBC TA 200); e

(b) evidência de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as


normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis.

149
87 NBC TA 230 (R1) – DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA

Natureza e finalidade da documentação de auditoria

3. A documentação de auditoria serve para várias finalidades adicionais,


adicionais que incluem:
- assistir a equipe de trabalho no planejamento e execução da auditoria;
- assistir aos membros da equipe de trabalho responsáveis pela direção e supervisão do
trabalho de auditoria e no cumprimento de suas responsabilidades de revisão em
conformidade com a NBC TA 220 – Controle de Qualidade da Auditoria de
Demonstrações Contábeis;
- permitir que a equipe de trabalho possa ser responsabilizada por seu trabalho;
- manter um registro de assuntos de importância recorrente para auditorias futuras;
- permitir a condução de revisões e inspeções de controle de qualidade em
conformidade com a NBC PA 01 – Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas
e Físicas) de Auditores Independentes que executam exames de auditoria e revisões de
informação financeira histórica, e outros trabalhos de asseguração e de serviços
correlatos (NBC TA 220, item 2);
- permitir a condução de inspeções externas em conformidade com as exigências
legais, regulamentares e outras exigências aplicáveis.

149
88 NBC TA 230 (R1) – DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA

Definições
6. Para fins das normas de auditoria, os seguintes termos possuem os significados
atribuídos abaixo:
(a) Documentação de auditoria é o registro dos procedimentos de auditoria
executados, da evidência de auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas
pelo auditor (usualmente também é utilizada a expressão “papéis de trabalho”).
(b) Arquivo de auditoria compreende uma ou mais pastas ou outras formas de
armazenamento, em forma física ou eletrônica que contêm os registros que
constituem a documentação de trabalho específico.

ARQUIVO CORRENTE ←→ ARQUIVO PERMANENTE


PERÍODO DA AUDITORIA PERÍODO DE VÁRIOS ANOS
Questionários, planos Manuais, Estatuto Social
(c) Auditor experiente é um indivíduo (interno ou externo à firma de auditoria) que
possui experiência prática de auditoria e conhecimento razoável de:
(i) processos de auditoria;
(ii) normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis;
(iii) ambiente de negócios em que opera a entidade; e
(iv) assuntos de auditoria e de relatório financeiro relevantes ao setor de atividade da
149 entidade.
89 NBC TA 230 (R1) – DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA

REQUISITOS
Elaboração tempestiva da documentação de auditoria
7. O auditor deve preparar tempestivamente a documentação de auditoria (ver item
A1).

Aplicação e outros materiais explicativos


Elaboração tempestiva da documentação de auditoria (ver item 7)

A1. A elaboração tempestiva de documentação de auditoria suficiente e


apropriada aprimora a qualidade da auditoria e facilita a revisão e a
avaliação eficazes da evidência de auditoria e das conclusões obtidas antes
da finalização do relatório do auditor. A documentação elaborada após a
execução do trabalho de auditoria tende a ser menos precisa do que aquela
elaborada no momento em que o trabalho é executado.

149
90 NBC TA 230 (R1) – DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA

REQUISITOS
Documentação dos procedimentos de auditoria executados e da evidência de
auditoria obtida
Forma, conteúdo e extensão da documentação de auditoria
8. O auditor deve preparar documentação de auditoria que seja
suficiente para permitir que um auditor experiente, sem nenhum
envolvimento anterior com a auditoria, entenda (ver itens A2 a A5 e
A16 e A17):
(a) a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria
executados para cumprir com as normas de auditoria e exigências
legais e regulamentares aplicáveis (ver itens A6 e A7);
(b) os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a
evidência de auditoria obtida; e
(c) assuntos significativos identificados durante a auditoria, as
conclusões obtidas a respeito deles e os julgamentos profissionais
significativos exercidos para chegar a essas conclusões (ver itens A8
a A11).
149
91 49. Em um trabalho de auditoria, um auditor precisou solicitar informações a um
fornecedor da entidade auditada. A solicitação indicava a necessidade de uma
resposta, em concordância ou não com o conteúdo informado.
Esse procedimento corresponde a uma:
(A) confirmação externa;
(B) circularização aberta;

D
(C) circularização fechada;
(D) solicitação de confirmação positiva;
(E) solicitação de confirmação negativa.

149
92 NBC TA 500 – EVIDÊNCIA DE AUDITORIA

Aplicação e outros materiais explicativos

Confirmação externa
A18. Uma confirmação externa representa evidência de auditoria obtida pelo auditor
como resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor,
auditor em forma escrita,
eletrônica ou em outra mídia. Os procedimentos de confirmação externa
frequentemente são relevantes no tratamento de afirmações associadas a certos
saldos contábeis e seus elementos. Contudo, as confirmações externas não precisam
se restringir apenas a saldos contábeis. Por exemplo, o auditor pode solicitar
confirmação de termos de contratos ou transações da entidade com terceiros; a
solicitação de confirmação pode ser planejada para perguntar se foram efetuadas
quaisquer modificações no contrato e, em caso afirmativo, quais são os detalhes
relevantes.
Os procedimentos de confirmação externa também são utilizados para a obtenção de
evidência de auditoria a respeito da ausência de certas condições, por exemplo, a
ausência de acordo paralelo (side agreement) que possa influenciar o reconhecimento
da receita. Ver NBC TA 505 para orientação adicional.

149
93

149
94 50. Em geral, os relatórios de auditoria apresentam a opinião do auditor. Quando o
relatório é utilizado para transmitir o nível de asseguração, a opinião deve ser
apresentada em um formato padronizado.
Assim, quando o auditor for incapaz de obter evidência de auditoria suficiente e
apropriada acerca de certos itens do objeto auditado, que podem ser relevantes, mas
não generalizados, ele deve emitir uma opinião:
(A) modificada adversa;

C
(B) modificada com abstenção;
(C) modificada qualificada (exceto por);
(D) não modificada;
(E) não modificada qualificada.

149
95 NBC TA 700 – Formação da Opinião e Emissão do Relatório do Auditor Independente
sobre as Demonstrações Contábeis.

Objetivo
6. Os objetivos do auditor são:
(a) formar uma opinião sobre as demonstrações contábeis com base na avaliação
das conclusões atingidas pela evidência de auditoria obtida; e
(b) expressar claramente essa opinião por meio de relatório de auditoria por escrito
que também descreve a base para a referida opinião.

Definição
8. Para fins das NBCs TA, a expressão abaixo tem o seguinte significado:
Principais assuntos de auditoria são assuntos que, segundo o julgamento profissional
do auditor, foram os mais significativos na auditoria das demonstrações contábeis
do período corrente. Os principais assuntos de auditoria são selecionados entre os
assuntos comunicados aos responsáveis pela governança.

149
96 NBC TA 705 – Modificações na Opinião do Auditor Independente.

Alcance
1. Esta Norma trata da responsabilidade do auditor de emitir um relatório
apropriado nas circunstâncias em que, ao formar uma opinião sobre as
demonstrações contábeis de acordo com a NBC TA 700, o auditor conclui que é
necessária uma modificação na sua opinião sobre as demonstrações contábeis.

Tipos de opinião modificada


2. Esta Norma estabelece três tipos de opinião modificada, a saber, opinião com
ressalva,
ressalva opinião adversa e abstenção de opinião.
opinião A decisão sobre que tipo de
opinião modificada é apropriada depende da (ver item A1):
(a) natureza do assunto que deu origem à modificação, ou seja, se as
demonstrações contábeis apresentam distorção relevante ou, no caso de
impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente, podem
apresentar distorção relevante; e
(b) opinião do auditor sobre a disseminação dos efeitos ou possíveis efeitos do
assunto sobre as demonstrações contábeis.

149
97 NBC TA 705 – Modificações na Opinião do Auditor Independente.

Requisitos
Circunstâncias em que é necessário modificar a opinião do auditor independente
6. O auditor deve modificar a opinião no seu relatório quando:
(a) ele conclui, com base na evidência de auditoria obtida, que as demonstrações
contábeis, como um todo, apresentam distorções relevantes (ver itens A2 a A7); ou
(b) o auditor não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para
concluir que as demonstrações contábeis como um todo não apresentam distorções
relevantes (ver itens A8 a A12).
Determinação do tipo de modificação na opinião do auditor independente
Opinião com ressalva
7. O auditor deve expressar uma opinião com ressalva quando:
(a) ele, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as
distorções,
distorções individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas
nas demonstrações contábeis; ou
(b) ele não consegue obter evidência apropriada e suficiente de auditoria para
suportar sua opinião, mas ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não
detectadas,
detectadas se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes,
mas não generalizados.
generalizados
149
98 NBC TA 705 – Modificações na Opinião do Auditor Independente.

Requisitos

Determinação do tipo de modificação na opinião do auditor independente


Opinião adversa
8. O auditor deve expressar uma opinião adversa quando, tendo obtido evidência de
auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções,
distorções individualmente ou em
conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis.

Abstenção de opinião
9. O auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando não consegue obter
evidência de auditoria apropriada e suficiente para suportar sua opinião e ele
conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas,
detectadas se houver, sobre as
demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generalizadas.
generalizadas
10. O auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando, em circunstâncias
extremamente raras envolvendo diversas incertezas,
incertezas o auditor conclui que,
independentemente de ter obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente
sobre cada uma das incertezas, não é possível expressar uma opinião sobre as
demonstrações contábeis devido à possível interação das incertezas e seu possível
efeito cumulativo sobre essas demonstrações contábeis.
149
99 NBC TA 705 – Modificações na Opinião do Auditor Independente.

Requisitos
Determinação do tipo de modificação na opinião do auditor independente
Consequência da impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e
suficiente devido a uma limitação imposta pela administração depois da aceitação
do trabalho pelo auditor
11. Se, depois de aceitar o trabalho, o auditor tomar conhecimento que a
administração impôs uma limitação ao alcance da auditoria que tem, segundo ele,
probabilidade de resultar na necessidade de expressar uma opinião com ressalva ou
abster-se de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis, o auditor
deve solicitar que a administração retire a limitação.
limitação
12. No caso de a administração se recusar a retirar a limitação mencionada no item
11, o auditor deve comunicar o assunto aos responsáveis pela governança,
governança a menos
que todos aqueles responsáveis pela governança estejam envolvidos na
administração da entidade (NCB TA 260, item 13), assim como determinar se é
possível executar procedimentos alternativos para obter evidência de auditoria
apropriada e suficiente.

149
100 NBC TA 705 – Modificações na Opinião do Auditor Independente.

Requisitos
Determinação do tipo de modificação na opinião do auditor independente
Consequência da impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e
suficiente devido a uma limitação imposta pela administração depois da aceitação
do trabalho pelo auditor
13. Se o auditor não conseguir obter evidência apropriada e suficiente de auditoria,
o auditor deve determinar as implicações como segue:
(a) se ele concluir que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver,
sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes,
relevantes mas não generalizados,
generalizados
o auditor deve emitir uma opinião com ressalva;
ressalva ou
(b) se ele concluir que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver,
sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generalizados de
modo que uma ressalva na opinião seria não adequada para comunicar a gravidade
da situação, o auditor deve (ver itens A13 e A14):
(i) renunciar ao trabalho de auditoria,
auditoria quando praticável e possível de
acordo com as leis ou regulamentos aplicáveis; ou
(ii) se a renúncia ao trabalho de auditoria antes da emissão do seu relatório
de auditoria independente não for viável ou possível, abster-se de expressar uma
opinião sobre as demonstrações contábeis.
149
101 NBC TA 705 – Modificações na Opinião do Auditor Independente.

Requisitos
Determinação do tipo de modificação na opinião do auditor independente
Consequência da impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e
suficiente devido a uma limitação imposta pela administração depois da aceitação
do trabalho pelo auditor
14. Se o auditor renunciar conforme previsto no item 13(b)(i), antes da renúncia,
renúncia ele
deve comunicar aos responsáveis pela governança quaisquer assuntos relativos a
distorções identificadas durante a auditoria que dariam origem a uma opinião
modificada (ver item A15).

149
102 NBC TA 705 – Modificações na Opinião do Auditor Independente.

Forma e conteúdo do relatório do auditor independente com opinião modificada


Parágrafo contendo a base para a modificação
20. Quando o auditor modifica a opinião sobre as demonstrações contábeis, ele
deve, além dos elementos específicos requeridos pela NBC TA 700 (ver item A21):
(a) alterar o título “Base para opinião” requerido pelo item 28 da NBC TA 700 para
“Base para opinião com ressalva”, “Base para opinião adversa” ou “Base para
abstenção de opinião”, conforme apropriado; e
(b) nessa seção, incluir a descrição do assunto que deu origem à modificação.

Comunicação com os responsáveis pela governança


30. Quando o auditor prevê modificar a opinião no seu relatório, ele deve comunicar
aos responsáveis pela governança as circunstâncias que levaram à modificação
prevista e o texto proposto da modificação (ver item A27).

149
103 NBC TA 705 – Modificações na Opinião do Auditor Independente.

Tipos de opinião modificada (ver item 2)


A1. A tabela a seguir mostra como a opinião do auditor sobre a natureza do assunto
que gerou a modificação, e a disseminação de forma generalizada dos seus efeitos
ou possíveis efeitos sobre as demonstrações contábeis, afeta o tipo de opinião a ser
expressa.

MODIFICADA QUALIFICADA
(EXCETO POR)

MODIFICADA QUALIFICADA
(EXCETO POR)

149
104
Contabilidade do Setor Público

TJ/RO - 2021
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105 38. Uma equipe de analistas financeiros estava realizando um processo de análise para
conceder fiança a uma entidade requerente. A equipe usou como fontes de informações
as demonstrações contábeis individuais e consolidadas dos últimos cinco anos. Na
opinião da equipe de analistas, a demonstração dos fluxos de caixa e o balanço
patrimonial da entidade foram o que mais influenciou a decisão tomada pela equipe.
No caso narrado, a característica qualitativa da informação contábil em destaque no
trabalho da equipe de analistas foi:
(A) comparabilidade;
(B) compreensibilidade;
C (C) relevância;
(D) representação fidedigna;
(E) tempestividade.

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106 MCASP NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL

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107 NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL

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NBC T SP EC

RESTRIÇOES
INERENTES

CARACTERÍSTICAS
QUALITATIVAS

RESTRIÇOES
INERENTES
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111 NBC T SP EC - Capítulo 3 – Características Qualitativas

Introdução

3.1 Os RCPGs apresentam informações financeiras e não financeiras sobre fenômenos


econômicos, além de outros fenômenos. As características qualitativas da informação
incluída nos RCPGs são atributos que tornam a informação útil para os usuários e dão
suporte ao cumprimento dos objetivos da informação contábil. O objetivo da elaboração
e divulgação da informação contábil é fornecer informação para fins de prestação de
contas e responsabilização (accountability) e tomada de decisão.
3.2 As características qualitativas da informação incluída nos RCPGs são a relevância,
a representação fidedigna, a compreensibilidade, a tempestividade, a comparabilidade
e a verificabilidade.
verificabilidade
3.3 As restrições inerentes à informação contida nos RCPGs são a materialidade, o
custo-benefício e o alcance do equilíbrio apropriado entre as características
qualitativas.

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NBC T SP EC - Capítulo 3 – Características Qualitativas
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Relevância

3.6 As informações financeiras e não financeiras são relevantes caso sejam capazes de
influenciar significativamente o cumprimento dos objetivos da elaboração e da
divulgação da informação contábil. As informações financeiras e não financeiras são
capazes de exercer essa influência quando têm valor confirmatório, preditivo ou
ambos. A informação pode ser capaz de influenciar e, desse modo, ser relevante,
mesmo se alguns usuários decidirem não considerá-la ou já estiverem cientes dela.
3.7 As informações financeiras e não financeiras têm valor confirmatório se
confirmarem ou alterarem expectativas passadas (ou presentes). Por exemplo, a
informação é relevante,
relevante para fins de prestação de contas e responsabilização
(accountability) e tomada de decisão, se confirmar as expectativas sobre questões,
questões
tais como: a extensão na qual os gestores cumpriram as suas responsabilidades pelo
uso eficiente e eficaz dos recursos; a realização dos objetivos especificados da
prestação de serviços; e o cumprimento da legislação e de regulamentos
orçamentários, além de outros.

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113 NBC T SP EC - Capítulo 3 – Características Qualitativas

Representação fidedigna

3.10 Para ser útil como informação contábil, a informação deve corresponder à
representação fidedigna dos fenômenos econômicos e outros que se pretenda
representar. A representação fidedigna é alcançada quando a representação do
fenômeno é completa, neutra e livre de erro material.
material A informação que representa
fielmente um fenômeno econômico ou outro fenômeno retrata a substância da
transação, a qual pode não corresponder, necessariamente, à sua forma jurídica.
jurídica

3.11 Na prática, pode não ser possível ter certeza ou saber se a informação
apresentada nos RCPGs está completa, neutra e livre de erro material. Entretanto, a
informação deve estar completa, neutra e livre de erro material tanto quanto possível.

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114 NBC T SP EC - Capítulo 3 – Características Qualitativas

Compreensibilidade

3.17 A compreensibilidade é a qualidade da informação que permite que os usuários


compreendam o seu significado. Os RCPGs devem apresentar a informação de maneira
que corresponda às necessidades e à base do conhecimento dos usuários,
usuários bem como a
natureza da informação apresentada. Por exemplo, as explicações acerca das
informações financeiras e não financeiras e as informações adicionais acerca da
prestação de serviços e outros resultados durante o exercício, além das expectativas
para os períodos futuros, devem ser escritas em linguagem simples e apresentadas de
maneira que sejam prontamente compreensíveis pelos usuários. A compreensão é
aprimorada quando a informação é classificada e apresentada de maneira clara e
sucinta. A comparabilidade pode também aprimorar a compreensibilidade.

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115 NBC T SP EC - Capítulo 3 – Características Qualitativas

Tempestividade

3.19 Tempestividade significa ter informação disponível para os usuários antes que ela
perca a sua capacidade de ser útil para fins de prestação de contas e
responsabilização (accountability) e tomada de decisão. Ter informação disponível
mais rapidamente pode aprimorar a sua utilidade como insumo para processos de
avaliação da prestação de contas e responsabilização (accountability) e a sua
capacidade de informar e influenciar os processos decisórios. A ausência de
tempestividade pode tornar a informação menos útil.

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116 NBC T SP EC - Capítulo 3 – Características Qualitativas

Comparabilidade

3.21 Comparabilidade é a qualidade da informação que possibilita aos usuários


identificar semelhanças e diferenças entre dois conjuntos de fenômenos. A
comparabilidade não é uma qualidade de item individual de informação, mas, antes, a
qualidade da relação entre dois ou mais itens de informação.

3.22 A comparabilidade difere da consistência. A consistência se refere à utilização


dos mesmos princípios ou políticas contábeis e da mesma base de elaboração, seja de
período a período dentro da entidade ou de um único período entre duas ou mais
entidades. A comparabilidade é o objetivo, enquanto que a consistência auxilia a atingi-
lo. Em alguns casos, os princípios ou políticas contábeis adotados pela entidade podem
ser revisados para melhor representar determinada transação ou evento nos RCPGs.
Nesses casos, a inclusão de evidenciação ou explicação adicional pode ser necessária
para satisfazer às características da comparabilidade.

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117 NBC T SP EC - Capítulo 3 – Características Qualitativas

Verificabilidade

3.26 A verificabilidade é a qualidade da informação que ajuda a assegurar aos usuários


que a informação contida nos RCPGs representa fielmente os fenômenos econômicos
ou de outra natureza que se propõe a representar. A suportabilidade, ou seja, a
qualidade referente àquilo que dá suporte a algo, algumas vezes é utilizada para
descrever esta qualidade, quando aplicada em relação à informação explicativa e à
informação quantitativa financeira e não financeira prospectiva divulgada nos RCPGs.
Quer referida como verificabilidade ou como suportabilidade, a característica implica
que dois observadores esclarecidos e independentes podem chegar ao consenso geral,
mas não necessariamente à concordância completa, em que:
(a) a informação representa os fenômenos econômicos e de outra natureza,
natureza os quais se
pretende representar sem erro material ou viés; ou
(b) o reconhecimento apropriado, a mensuração ou o método de representação foi
aplicado sem erro material ou viés.
viés

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118 39. Um dos requisitos definidos no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público
(MCASP) para reconhecimento de um elemento patrimonial é que ele satisfaça a
definição do referido elemento.
No caso do reconhecimento de um ativo no âmbito das entidades da administração
pública, é correto afirmar que:
(A) deve ser reconhecido apenas após o registro da execução orçamentária;
(B) deve ser reconhecido apenas quando se originar da execução de uma despesa de

C
capital;
(C) pode decorrer de depósitos caracterizados como entradas compensatórias;
(D) não admite incerteza relacionada à existência ou à mensuração do elemento;
(E) não admite recursos decorrentes de transações extraorçamentárias.

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121 40. A necessidade de autorização legislativa para realização e movimentação de
valores registrados no ativo e no passivo é um requisito que caracteriza a classificação
em:
(A) circulante e não circulante;
(B) efetivo e não efetivo;
C (C) financeiro e não financeiro;
(D) individual e consolidado;
(E) operacional e não operacional.

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122 Lei 4.320/64
TÍTULO IX - Da Contabilidade
CAPÍTULO IV - Dos Balanços

Art. 101. Os resultados gerais do exercício serão demonstrados no Balanço


Orçamentário, no Balanço Financeiro, no Balanço Patrimonial, na Demonstração das
Variações Patrimoniais, segundo os Anexos números 12, 13, 14 e 15 e os quadros
demonstrativos constantes dos Anexos números 1, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 16 e 17.
Art. 105. O Balanço Patrimonial demonstrará:
I - O Ativo Financeiro;
II - O Ativo Permanente;
III - O Passivo Financeiro;
IV - O Passivo Permanente;
V - O Saldo Patrimonial;
VI - As Contas de Compensação.
§ 1º O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis
independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários.
§ 2º O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou
alienação dependa de autorização legislativa.
§ 3º O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outras pagamento
independa de autorização orçamentária.
§ 4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam
de autorização legislativa para amortização ou resgate.
§ 5º Nas contas de compensação serão registrados os bens, valores, obrigações e
situações não compreendidas nos parágrafos anteriores e que, imediata ou indiretamente,
149 possam vir a afetar o patrimônio.
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128 41. Com o objetivo de estabelecer alguns controles para preservar a integridade das
informações de natureza orçamentária e patrimonial, que são geradas em bases
diferentes, foi criado o registro de uma etapa chamada “em liquidação”.
O registro dessa etapa:
(A) deve ser feito entre as etapas do empenho e da liquidação apenas para despesas

B
inscritas em restos a pagar;
(B) está associado à ocorrência do fato gerador da variação patrimonial diminutiva;
(C) não deve ser feito quando o fato gerador do passivo exigível ocorrer antes do
empenho;
(D) não se aplica a casos de lacuna temporal significativa entre a entrega do bem e a
efetiva liquidação do crédito;
(E) pode implicar duplicidade no saldo passivo financeiro utilizado para fins de cálculo
do superávit financeiro.

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130 42. O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) denominou a receita
sob o enfoque patrimonial de variação patrimonial aumentativa (VPA), enfatizando que
essa não deve ser confundida com o conceito de receita orçamentária.
Dos casos a seguir, o que NÃO dá suporte ao reconhecimento de uma variação
patrimonial aumentativa por uma entidade é:

B
(A) recebimento efetivo de doações e subvenções;
(B) assinatura de contrato de longo prazo para prestação de serviços a terceiros;
(C) geração natural de novos ativos, independentemente da intervenção de terceiros;
(D) transações com terceiros que geram fruição de serviços prestados pela entidade;
(E) extinção de um passivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor
igual ou maior.

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132 43. Uma entidade pública elaborou um plano de alienação de quatro imóveis de
propriedade da entidade que não estavam mais atendendo aos seus propósitos. O plano
de alienação inclui, entre outras coisas, a definição de uma base adequada de
mensuração dos imóveis, considerando as características da região onde estão
localizados, e a divulgação pública das condições para alienação.
Uma base de mensuração considerada adequada para apuração e divulgação do valor
dos imóveis a serem alienados é:
(A) custo histórico;
(B) custo de reposição;
(C) preço presumido;

D (D) valor líquido de venda;


(E) valor em uso.

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Análise das Demonstrações Contábeis

PREF. NITERÓI - 2018


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138 79. Em 31/12/2017, uma entidade apresentava o balanço patrimonial a seguir.

O ativo circulante era composto por R$ 30.000 em Caixa e R$ 70.000 em Estoque.


Sobre os índices de liquidez e de endividamento da entidade, em 31/12/2017, assinale a
afirmativa correta.

B
(A) A liquidez corrente era de 0,50.
(B) A liquidez seca era de 0,21.
(C) A liquidez geral era de 2,73.
(D) O endividamento geral era de 0,58.
(E) A composição das exigibilidades era de 0,17.

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139 Liquidez Geral. → Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo
Passivo Circulante + Passivo Não Circulante
Liquidez Geral = (100.000 + 120.000) / (140.000 + 160.000) = 0.7333

Liquidez Geral. → Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo - Despesas antecipadas


Passivo Circulante + Passivo Não Circulante

Liquidez Corrente → Ativo circulante / Passivo Circulante


Liquidez Corrente = 100.000 / 140.000 = 0.71

Liquidez Seca → Ativo Circulante - Estoques / Passivo Circulante


Liquidez Seca = (100.000 – 70.000) / 140.000 = 0,21428

Liquidez Seca → Ativo Circulante – Estoques - Despesas antecipadas / Passivo Circulante

Endividamento Geral → (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante)


Ativo
Endividamento Geral = (140.000 + 160.000) / (100.000 + 720.000) = 0.365

Composição de exegibilidade → Passivo Circulante


(Passivo Circulante + Passivo Não Circulante)
Liquidez Corrente = 140.000 / (140.000 + 160.000) = 0.46
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140 80. Uma entidade apresentou, em 2017, um aumento em sua margem líquida, que
passou de 10% para 15%.
O motivo para o fato registrado foi o aumento
(A) das despesas financeiras.
(B) das despesas operacionais.
(C) da alíquota do imposto sobre a renda.

E
(D) da participação de capital próprio.
(E) do resultado com equivalência patrimonial.

Margem Líquida (ML) → Lucro Líquido / Vendas Líquidas

Para aumentar a ML → AUMENTO no Lucro Líquido em função de fato posterior às vendas


→ Variação patrimonial positiva: receita ou ganho

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Módulo de discursivas

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CGU

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