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11ª AULA: 9 de março

2° SIMULADO GERAL

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1º Simulado
DIA 13 DE FEVEREIRO - DOMINGO
Local: Casinha
8:00 às 13:00

2º Simulado
DIA 6 DE MARÇO - DOMINGO
Local: Escritório Lyfson
8:00 às 13:00
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16 MÊS DIA AULA MÓDULO
7 QUA 1 AFO
21 QUA 2 AFO
OUTUBRO
22 QUI 3 AFO
28 QUA 4 AFO
4 QUA 5 AFO
11 QUA 6 DIREITO FINANCEIRO
16 SEG 7 DIREITO FINANCEIRO
NOVEMBRO 18 QUA 8 1º SIMULADO
19 QUI 9 CONT. PÚBLICA
23 SEG 10 CONT. PÚBLICA
24 TER 11 CONT. PÚBLICA
2 QUA 12 CONT. PÚBLICA
4 SEX 13 CONT. PÚBLICA
9 QUA 14 2º SIMULADO
19 SÁB 15 AUDITORIA
21 SEG 16 AUDITORIA
DEZEMBRO 22 TER 17 AUDITORIA
23 QUA 18 AUDITORIA
26 SÁB 19 3º SIMULADO
28 SEG 20 CONTROLE EXTERNO
29 TER 21 CONTROLE EXTERNO
30 QUA 22 CONTROLE EXTERNO
4 SEG 23 CONTROLE EXTERNO
5 TER 24 CONTROLE EXTERNO
6 QUA 25 4º SIMULADO
JANEIRO
11 SEG 26 CONTABILIDADE GERAL
12 TER 27 DIREITO MUNICIPAL
178 14 QUI 28 SIMULADO FINAL
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Controle Externo

CÂMARA DE ARACAJU 2021


178 TCE/BA 2013
18 21. A Câmara Municipal de Aracaju, após regular processo licitatório, celebrou com
sociedade empresária contrato administrativo de compra de equipamentos de
informática, tendo a contratada entregue os bens no prazo acordado. Maria é a
servidora ocupante do cargo de analista administrativo da Câmara responsável pelos
trâmites administrativos necessários para o recebimento e conferência dos bens
adquiridos. De acordo com a Lei nº 8.666/93, executado o contrato, Maria providenciará
o recebimento de seu objeto:
(A) integralmente, após a conferência das especificações técnicas e funcionalidade dos
bens adquiridos e mediante parecer prévio da Procuradoria da Câmara Municipal;
(B) integralmente, após parecer do corpo técnico da Câmara Municipal e decisão final
administrativa do Tribunal de Contas aprovando o contrato;
(C) precariamente (com a mera conferência quantitativa dos bens entregues) e
integralmente (mediante parecer do corpo técnico da Câmara Municipal atestando a
adequação qualitativa dos equipamentos);
(D) preliminarmente (em até 24h da entrega dos equipamentos) e definitivamente (após
a aprovação do contrato pelo Tribunal de Contas, com conhecimento e arquivamento
do processo administrativo);
E (E) provisoriamente (para efeito de posterior verificação da conformidade do material
com a especificação) e definitivamente (após a verificação da qualidade e quantidade
do material e consequente aceitação).

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19 LEI Nº 8.666/93
Capítulo III - DOS CONTRATOS
Seção IV - Da Execução dos Contratos

Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido:

I - em se tratando de obras e serviços:


a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização,
mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes em até 15 (quinze) dias da
comunicação escrita do contratado;
b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela autoridade competente,
mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após o decurso do prazo de
observação, ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos contratuais,
observado o disposto no art. 69 desta Lei;

II - em se tratando de compras ou de locação de equipamentos:


a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação da conformidade do material
com a especificação;
b) definitivamente, após a verificação da qualidade e quantidade do material e
conseqüente aceitação.

§ 1o Nos casos de aquisição de equipamentos de grande vulto, o recebimento far-


se-á mediante termo circunstanciado e, nos demais, mediante recibo.
§ 2o O recebimento provisório ou definitivo não exclui a responsabilidade civil pela
solidez e segurança da obra ou do serviço, nem ético-profissional pela perfeita
178 execução do contrato, dentro dos limites estabelecidos pela lei ou pelo contrato.
20 22. A Câmara Municipal de Aracaju, em matéria de controle da Administração Pública,
está sujeita, por excelência, a controle financeiro de seus gastos públicos por parte do:

B
(A) Tribunal de Contas do Município de Aracaju;
(B) Tribunal de Contas do Estado de Sergipe;
(C) Tribunal de Justiça do Município de Aracaju;
(D) Ministério Público do Município de Aracaju;
(E) Ministério Público Federal.

TCM para todos os municípios do Estado → Pará, Bahia e Goiás

TCM nos respectivos municípios (recepcionados pela CF/880 → Rio de Janeiro e São Paulo

TCE com função de TCM → demais Estados da Federação

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21 23. O prefeito do Município Beta apresentou suas contas anuais de governo, que foram
submetidas à análise do Tribunal de Contas, o qual concluiu pela existência de diversas
irregularidades que apontavam para a sua rejeição.
À luz da sistemática constitucional, o entendimento do Tribunal de Contas:
(A) é definitivo, acarretando a rejeição das contas, independentemente do
pronunciamento de outro órgão;
(B) deve ser submetido à apreciação da Assembleia Legislativa, que pode confirmá-lo,
ou não, por maioria simples;
(C) deve ser submetido à apreciação do Poder Judiciário, que poderá acolhê-lo ou
rejeitá-lo administrativamente;
(D) deve ser submetido à apreciação da Câmara Municipal de Beta, que pode confirmá-

E
lo, ou não, por maioria simples;
(E) deve ser submetido à apreciação da Câmara Municipal de Beta, que só pode deixar
de confirmá-lo pelo voto de dois terços dos seus membros.

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22 CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República,


República mediante
parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu
recebimento;
recebimento

FUNÇÃO OPINATIVA
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens
e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles
que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao
erário público;

FUNÇÃO DE JULGAMENTO - possível de ser revista apenas pelo


PJ (legalidade e formalidade)

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23 TÍTULO III - Da Organização do Estado
CAPÍTULO IV - Dos Municípios

Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal,
mediante controle externo,
externo e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo
Municipal, na forma da lei.
§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos
Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de
Contas dos Municípios, onde houver.
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as
contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer
por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.
§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à
disposição de qualquer contribuinte,
contribuinte para exame e apreciação, o qual poderá
questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.

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24 24. Após o preenchimento dos requisitos legais, Maria teve a sua aposentadoria
voluntária, por tempo de contribuição, deferida pela autoridade competente do
Município Beta. À luz da sistemática constitucional, o reconhecimento da legalidade do
ato de concessão de aposentadoria de Maria:
(A) deve ser apreciado pelo Poder Judiciário em ação declaratória;
(B) independe da apreciação por qualquer outro órgão;

D
(C) deve ser apreciado pela Câmara Municipal de Beta;
(D) deve ser apreciado pelo Tribunal de Contas;
(E) deve ser apreciado pelo Ministério Público.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional,


será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao
qual compete:

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de


admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta
e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de
provimento em comissão,
comissão bem como a das concessões de
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias
posteriores que não alterem o fundamento legal do ato
concessório;

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JURISPRUDÊNCIA APLICÁVEL AO TCU

STF – Súmula Vinculante 3

“Nos processos perante o Tribunal de Contas da


União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa
quando da decisão puder resultar anulação ou
revogação de ato administrativo que beneficie o
interessado excetuada a apreciação da
interessado,
legalidade do ato de concessão inicial de
aposentadoria, reforma e pensão.”
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JURISPRUDÊNCIA TCU

AC-1200-12/08-1. Sessão: 22/04/08.


22/04/08 Relator: Ministro AUGUSTO NARDES - Registro
de Atos - Representação
[VOTO] 6. Para ilustrar o entendimento aplicável ao caso presente, cabe transcrever
parte da ementa do Acórdão nº 3.314/2006-TCU-1ª Câmara,
Câmara em que foi apreciada
situação semelhante à deste processo:
[...]
2. O ato de aposentadoria é ato complexo, que somente se aperfeiçoa com o exame,
constitucionalmente exigido, pela Corte de Contas.
Contas A recusa de registro pelo TCU de
ato de concessão não pode configurar ofensa ao princípio da segurança jurídica, pois,
anteriormente ao registro, não há ato jurídico perfeito e acabado capaz de gerar
direitos adquiridos.
adquiridos

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PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL - Lei nº 9.784/1999

Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício
de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos.

Art. 54. O direito da Administração de anular os atos


administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários
decai em cinco anos,
anos contados da data em que foram praticados, salvo
comprovada má-fé.

§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á


da percepção do primeiro pagamento.

§ 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade


administrativa que importe impugnação à validade do ato.

Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse


público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão
ser convalidados pela própria Administração.
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29 25. O parecer prévio circunstanciado do Tribunal de Contas sobre a prestação de
contas de uma Prefeitura é o resultado do controle do tipo
(A) Interno.
(B) Preventivo.

D
(C) Concomitante.
(D) Subsequente.
(E) Independente.

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CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


CLASSIFICAÇÃO

Quanto à origem: Quanto ao momento em que se realiza:


I – interno; I – prévio;
II – externo; II – concomitante;
III – popular. III – posterior.

Quanto ao aspecto controlado: Com relação ao órgão que o exerce:


I - legalidade; I – administrativo;
II - mérito. II – legislativo, ou parlamentar;
III – judiciário.

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Quanto à origem (interno, externo e popular)

- Controle externo:
externo exercido por um Poder sobre outro, relativamente a atos
administrativos.

- Maria Sylvia Z. Di Pietro acrescenta: “o controle da Administração Direta sobre a


Indireta”.

- Exemplos: tomada de contas do Presidente da República pela Câmara dos Deputados,


quando não apresentadas ao Congresso Nacional (art. 49, IX, e 51, II, CF/88) e uma
decisão judicial anulando um ato do Poder Executivo.

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32 TÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

FUNÇÕES FREIOS E
GOVERNAMENTAIS CONTRAPESOS

Art. 2º São Poderes da União, PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES


CLÁUSULA PÉTREA

independentes e harmônicos entre si,

o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

ESPECIALIZAÇÃO FUNCIONAL
- CADA PODER EXERCITA AS 3 FUNÇÕES
INDEPENDÊNCIA ORGÂNICA
- UMA TÍPICA, OUTRAS SUBSIDIÁRIAS
(INICIATIVA DE PL)

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33 26. Quanto ao controle externo, analise as afirmativas a seguir.
I. A natureza jurídica da decisão do Tribunal de Contas é administrativa e por essa
razão poderá ser objeto de controle por parte do Poder Judiciário.
II. A decisão do Tribunal de Contas, de que resulta imputação de débito ou multa, terá
eficácia de título executivo.
III. Se o parecer prévio definitivo do Tribunal de Contas aponta irregularidade das
contas por grave infração à norma legal, de natureza contábil, cabe ao Poder
Legislativo apenas a ratificação do parecer pela reprovação das contas analisadas.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa II estiver correta.

C
(B) se somente a afirmativa III estiver correta.
(C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

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34 TÍTULO III - Da Organização do Estado
CAPÍTULO IV - Dos Municípios

Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal,
mediante controle externo,
externo e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo
Municipal, na forma da lei.
§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos
Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de
Contas dos Municípios, onde houver.
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as
contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer
por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.
§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à
disposição de qualquer contribuinte,
contribuinte para exame e apreciação, o qual poderá
questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.

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Administração Pública

TCE/BA - 2013
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36 27. A teoria dos três poderes foi elaborada com o intuito de criar um equilíbrio entre as
forças do Estado, evitando que o poder se concentrasse nas mãos de uma pessoa ou
instituição. No Brasil, país que adota esse modelo, existe uma divisão entre o
Legislativo, o Executivo e o Judiciário, os quais
(A) detêm, cada um, exclusividade das funções típicas normativa, administrativa e

B
jurisdicional.
(B) exercem paralelamente funções típicas e atípicas.
(C) compartilham a missão de evitar a ocorrência do sistema de pesos e contrapesos.
(D) desempenham as funções de forma dependente e harmônica entre si.
(E) estão vinculados à forma unitária de Estado.

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38 TÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

FUNÇÕES FREIOS E
GOVERNAMENTAIS CONTRAPESOS

Art. 2º São Poderes da União, PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES


CLÁUSULA PÉTREA

independentes e harmônicos entre si,

o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

ESPECIALIZAÇÃO FUNCIONAL
- CADA PODER EXERCITA AS 3 FUNÇÕES
INDEPENDÊNCIA ORGÂNICA
- UMA TÍPICA, OUTRAS SUBSIDIÁRIAS
(INICIATIVA DE PL)

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40 28. Próximo do término da construção de um túnel que passa sob um morro onde existe
uma grande comunidade, os peritos verificam que, em função do peso das casas, a
construção desabaria. O governador do Estado, tomando ciência do fato, decide
realizar a desapropriação de 100 casas que se localizavam na encosta do morro,
mesmo sofrendo duras críticas de grupos da população. Ao agir, pautando-se nos
princípios da Administração Pública, o governador teve a sua decisão motivada,
especificamente, pelo princípio
(A) da autotutela.
(B) da legalidade.
(C) da especialidade.
D (D) da supremacia do interesse público sobre o privado.
(E) da segurança jurídica.

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41 29. No processo de reestruturação do Estado, ocorrido no século passado, alguns
serviços que eram exercidos pela administração pública foram transferidos para o
setor privado. Com o intuito de regular essas atividades, objetivando garantir um
padrão de qualidade, foram criadas as agências reguladoras para essa função.
Em relação a essas agências e ao seu funcionamento, assinale a afirmativa correta.
(A) Possuem uma função meramente consultiva, não possuindo qualquer poder
normativo.
(B) São dependentes e subordinadas ao Poder Legislativo, atuando em consonância
com suas orientações.
(C) São instituídas por meio de contratos de gestão, podendo perder a qualificação
caso ajam em desacordo com as normas previstas. [AGÊNCIAS EXECUTIVAS]
(D) Podem receber esse status apenas as autarquias enquadradas como agências

E
executivas.
(E) Podem ser criadas no âmbito das três esferas do governo.

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Administração Pública
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988 TÍTULO III - Da Organização do Estado
TÍTULO VII - Ordem Econômica e CAPÍTULO VII - DA ADMINISTRAÇÃO
Financeira PÚBLICA
CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS GERAIS
DA ATIVIDADE ECONÔMICA Art. 84, VI, a
Art. 37.
...
Art. 173. Ressalvados os casos previstos
XIX – somente por lei específica
nesta Constituição, a exploração direta
de atividade econômica pelo Estado só poderá ser criada autarquia e
será permitida quando necessária aos autorizada a instituição de empresa
imperativos da segurança nacional ou a pública, de sociedade de economia
relevante interesse coletivo,
coletivo conforme mista e de fundação, cabendo à lei
definidos em lei. complementar, neste último caso,
… definir as áreas de sua atuação;
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na XX - depende de autorização
forma da lei, diretamente ou sob regime legislativa, em cada caso, a criação de
de concessão ou permissão,
permissão sempre subsidiárias das entidades
através de licitação, a prestação de mencionadas no inciso anterior, assim
serviços públicos.
públicos como a participação de qualquer delas
em empresa privada;

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Administração Pública Indireta
AUTARQUIAS
- A aplicação do regime (direito privado -> atividade econômica; direito público ->
serviços públicos) não deve ser compreendida de forma absoluta, pois em ambas as
situações há derrogação parcial de um regime jurídico em prol de outro, conforme a
matéria de que se trate.

- Sujeitam-se sempre a regime jurídico híbrido:


híbrido se explorarem atividade econômica
de produção ou comercialização de bens, predominantemente privado; se
prestarem serviços públicos, preponderantemente público.

- Serviço público: vincula-se sobretudo às normas de direito público, em alguns


pontos é alcançada por normas de natureza privada, como as referentes à sua
criação,
criação que se efetiva com o registro de seus atos constitutivos, de modo idêntico
às empresas em geral.

- STF:
STF mesmo que a empresa estatal explore atividade econômica, se houver o
monopólio da atividade (Petrobrás, por exemplo), poderá ser estabelecido para a
entidade um regime jurídico diferenciado,
diferenciado tipicamente de direito público,
público o qual
poderá prever prerrogativas e privilégios exclusivos.
exclusivos
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Administração Pública Indireta
AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS
- Autarquias e fundações públicas de direito público: instituídas diretamente
por lei específica (lei ordinária que só trate da criação da entidade) regulando
sua forma de atuação e, eventualmente, normas aplicáveis à atividade cuja
titularidade lhe foi outorgada. Adquire personalidade jurídica com a entrada
em vigor da lei (não depende de qualquer outra medida complementar).

- Fundações públicas de direito privado, empresas públicas e sociedades de


economia mista: autorizada por lei específica, pressuposto para a edição de
outro ato (um decreto: Poder Executivo). Uma vez inscrito no registro
competente, constituirá a entidade e será o termo inicial de sua
personalidade jurídica.

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Administração Pública Indireta
AUTARQUIAS
- Decreto-lei 200/67, Artigo 5º, I: “... o serviço autônomo, criado por lei, com
personalidade jurídica, patrimônio e receitas próprios, para executar
atividades típicas da Administração Pública, para seu melhor funcionamento,
gestão administrativa e financeira descentralizada .”
- Pessoas jurídicas de direito público da Administração Pública Indireta,
instituídas diretamente por lei específica, exclusivamente com capacidade
de auto-administração, para o desempenho de atividades típicas de Estado,
gozando de todas as prerrogativas e sujeitando-se a todas as restrições
estabelecidas para a Administração Pública Direta.
- Regime jurídico preponderante (aplicável à maioria dos atos praticados) é o
regime jurídico-administrativo.
- Principal diferença perante os entes políticos é a falta de capacidade de
fazer suas próprias leis (capacidade política), limitando-se à capacidade de
auto-administrar-se, nos limites impostos pela lei.
- Detém, em nome próprio, direitos e obrigações, poderes e deveres,
prerrogativas e responsabilidades.
- Exemplos: IBAMA, CVM, BACEN e INCRA.
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Administração Pública Indireta
AUTARQUIAS - Espécies
- Outras espécies de autarquias: Territorial, em Regime Especial, Agência
Reguladora e Executiva.
- Autarquia Territorial: divisão geográfica, com personalidade jurídica própria,
criada para prestar serviços genéricos à sociedade, como saúde, educação,
segurança, justiça etc. Assim, foge à regra da especialização das autarquias.
Exemplos desse tipo de autarquia são os territórios federais, que atualmente
não existem no Brasil mas podem vir a ser criados (art. 33, CF/88). Não faz
parte da federação, não possuem autonomia legislativa, e são subordinados
ao poder central.
- Autarquia em Regime Especial: característica dada a certas autarquias pela
lei que as cria, correspondendo apenas a presença de um maior número de
privilégios concedidos a ela. A doutrina ainda pouco se refere a ela, mas
indica exemplos,
como a USP, UNESP, Banco Central do Brasil.

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47Nº 13.848/2019
LEI
Administração Pública Indireta
AUTARQUIAS - Espécies
- Outras espécies de autarquias: Territorial, em Regime Especial, Agência
Reguladora e Executiva.
- Agência Reguladora: autarquia criada sob regime especial, com a atribuição de
exercer o poder normativo das concessões e permissões de serviços públicos,
competência essa que, originalmente, é do Poder Público. Exerce o poder de
polícia, fiscalizando e controlando a atuação dos concessionários e
permissionários. Exemplos: ANEEL, ANA, ANATEL, ANVS.
- São entidades administrativas com alto grau de especialização técnica, com a
função de regular um setor específico de atividade econômica, ou de intervir de
forma geral sobre relações jurídicas decorrentes destas atividades. Devem atuar
com a maior independência possível perante o Poder Executivo e com
imparcialidade em relação às partes interessadas (Estado, setores regulados e
sociedade).
- Regulação econômica: facilita, limita ou intensifica os fluxos e trocas de
mercado
- Regulação social: intervém na provisão dos bens públicos e na proteção do
interesse público
- Regulação administrativa: intervenção nos procedimentos administrativos e
178 burocráticos.
48

Administração Pública Indireta


AUTARQUIAS - Espécies
- Agência Executiva: uma qualidade ou atributo de pessoa jurídica de direito
público que celebre contrato de gestão. Tal qualidade pode ser atribuída
tanto às autarquias quanto às fundações, desde que cumpram os requisitos
legais.

- A agência executiva tem maiores privilégios que as demais autarquias ou


fundações sem essa qualidade, mas fica adstrita a um contrato de gestão.
Trata-se de entidade já existente que, temporariamente, tem essa
característica. O aspecto transitório refere-se à duração de dito contrato de
gestão.

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49 30. A Administração Pública vem adotando numerosas ações que usam a tecnologia da
informação para estimular a interação entre governo e população, dando origem ao
conceito de egovern (governo eletrônico).
Nesse contexto, as atividades listadas a seguir são consideradas finalidades do e-
govern, à exceção de uma. Assinale-a.
(A) Minimizar a burocracia pública.
(B) Incentivar a participação do cidadão.
(C) Eliminar custos e reduzir a ineficiência administrava.
(D) Promover a prestação de contas da Administração Pública.
E (E) Garantir a confidencialidade das ações governamentais.

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50
Direito Constitucional

MPE/GO 2022
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51 31. O Estado federado Alfa, em medida muito comemorada pela população carente,
editou a Lei nº XX, que dispôs sobre regras simplificadas para a realização do Registro
Civil das Pessoas Naturais, reduzindo formalidades e aumentando o nível de acesso,
tudo com o objetivo de reduzir o sub-registro. A comemoração, no entanto, cedeu lugar
à decepção, já que diversos órgãos jurisdicionais de primeira instância estavam
decidindo pela inconstitucionalidade do referido diploma normativo, que não mais
estava sendo aplicado em diversos quadrantes do Estado.

A
À luz dessa narrativa, é correto afirmar que a Lei nº XX:
(A) é inconstitucional, sendo corretas as decisões proferidas pelos órgãos
jurisdicionais no sentido de não aplicá-la;
(B) embora fosse inconstitucional, não poderiam os órgãos de primeira instância deixar
de aplicá-la sem prévia decisão do tribunal competente; [CONTROLE DIFUSO]
(C) é constitucional, sendo cabível o ajuizamento, por um legitimado, da ação
declaratória de constitucionalidade, em razão da negativa de aplicação;
(D) é inconstitucional, por ser direcionada apenas à população carente, o que permite o
ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade por omissão;
(E) é constitucional, mas, em razão da negativa de aplicação, somente é possível o
ajuizamento da ação de descumprimento de preceito fundamental.

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52
Federação Brasileira
CF88, Art. 22
Estados → questões UNIÃO
específicas
- Representa o Estado Federado por intermédio da Presidência da República

- Bens – artigo 20

- Competências constitucionais:
 exclusivas (artigo 21 – administrativas e indelegáveis);
 privativas (artigo 22 – legislativas e delegáveis aos estados e ao distrito
federal por lei complementar);
 comuns (artigo 23 – administrativas com os demais entes, sem
subordinação); e
 concorrentes (artigo 24 – legislativas com os estados e distrito federal:
normas gerais, competências suplementar e plena)

COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR
a) competência complementar
178 b) competência supletiva.
53 TÍTULO III - Da Organização do Estado
CAPÍTULO II - DA UNIÃO

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre [LEGISLATIVAS E DELEGÁVEIS


AOS ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL POR LEI COMPLEMENTAR] :
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico,
espacial e do trabalho;
II - desapropriação;
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
V - serviço postal;

XXIII - seguridade social;
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
XXV - registros públicos;
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
...
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre
questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.

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54 32. O governador do Estado-membro Alfa apresentou o projeto de lei orçamentária
anual. Por ocasião de sua análise no âmbito da comissão permanente com
competência na matéria, foi apresentada emenda parlamentar que ampliava a dotação
direcionada a um programa específico de assistência social. Para tanto, foram
indicados, como recursos a serem utilizados para cobrir a referida dotação, aqueles
decorrentes da anulação parcial de despesas com (1) os juros a serem pagos em razão
da dívida pública; (2) as transferências voluntárias que seriam realizadas a municípios
situados no Estado-membro Alfa; e (3) o programa de construção de residências
populares.
Mostra-se compatível com a sistemática constitucional a anulação das despesas
referidas:

B
(A) em 1, 2 e 3;
(B) apenas em 2 e 3;
(C) apenas em 1;
(D) apenas em 2;
(E) apenas em 3.

178
55 CF88 - PROCESSO LEGISLATIVO ESPECIAL

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao


orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso
Nacional, na forma do regimento comum.
...
§ 2º - As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá
parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso
Nacional.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o
modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de
despesa,
despesa excluídas as que incidam sobre:
sobre
a) dotações para pessoal e seus encargos;
encargos
b) serviço da dívida;
dívida
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e o Distrito Federal; ou
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
178
56 33. A República Federativa do Brasil celebrou tratado internacional, direcionado à
proteção de determinado grupo minoritário. Nesse ajuste, os Estados-partes assumiram
a obrigação de adotar medidas internas voltadas ao reconhecimento de direitos de
liberdade e de direitos prestacionais.
À luz da sistemática vigente, mais especificamente do entendimento do Supremo
Tribunal Federal, esse tratado internacional, após a aprovação do Congresso Nacional,
pode ser incorporado à ordem interna:
(A) como norma constitucional, emenda constitucional, norma supralegal ou lei
ordinária;
(B) apenas como emenda constitucional, norma supralegal ou lei ordinária;
C (C) apenas como emenda constitucional ou norma supralegal;
(D) apenas como emenda constitucional;
(E) apenas como norma supralegal.

178
57
Aplicabilidade
CF88
TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais
HÁ CONSENSO DE QUE A GARANTIA CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E
ALCANÇA TODO ESTRANGEIRO QUE COLETIVOS
ESTEJA NO TERRITÓRIO NACIONAL,
RESIDENTE OU NÃO.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
CINCO DIREITOS FUNDAMENTAIS
BÁSICOS, DOS QUAIS DECORREM OS
DEMAIS.

- MAIOR EFICÁCIA AOS DIREITOS § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias


- EXISTEM DIREITOS DE EFICÁCIA fundamentais têm aplicação imediata.
LIMITADA

§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta


- FORMALMENTE CONSTITUCIONAIS Constituição não excluem outros decorrentes do regime e
- MATERIALMENTE CONSTITUCIONAIS dos princípios por ela adotados, ou dos tratados
internacionais em que a República Federativa do Brasil
seja parte.
178
58
CF88
TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E
COLETIVOS

DIREITOS HUMANOS: MESMA NATUREZA Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
JURÍDICA DAS EMENDAS direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
CONSTITUCIONAIS seguintes:

§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre


direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos
PARIDADE NORMATIVA COM AS votos dos respectivos membros, serão equivalentes às
NORMAS CONSTITUCIONAIS
emendas constitucionais.
→ SUPRALEGALIDADE
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal
Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado
adesão.
PRINCÍPIO DA
COMPLEMENTARIDADE:
COMPLEMENTAR ÀS JURISDIÇÕES
PENAIS NACIONAIS
178
59

Pedro Lenza
Direito constitucional esquematizado® – 23. ed.
178 Saraiva Educação, 2019. (Coleção esquematizado ®)
60 34. Maria requereu o recebimento de pensão tão logo ocorreu o falecimento de João,
servidor público ocupante de cargo de provimento efetivo no Estado-membro Alfa, sob o
argumento de que eram companheiros. O pedido foi indeferido administrativamente, já
que João era casado, o que era do conhecimento de Maria, sendo a pensão deferida a
Joana, sua viúva, que com ele coabitou até sua morte. Irresignada, Maria ajuizou ação
em face do ente federativo, obtendo sentença favorável em primeira instância, sendo
reconhecido o seu direito à divisão da pensão, de modo igualitário, com Joana. Assim
ocorreu porque Maria demonstrou a relação duradoura que manteve com João, com a
correlata convivência e dependência econômica. A sentença foi objeto de recurso não
recebido em seu efeito suspensivo, tendo Maria promovido o seu cumprimento, daí
resultando a determinação, pelo juízo, de imediata implementação do benefício. À luz
da sistemática vigente, é correto afirmar que:
(A) não poderia ter sido reconhecido o direito de Maria à pensão, já que João era
casado, e a execução somente poderia ocorrer após o trânsito em julgado, aplicando-se

B
o sistema de precatórios;
(B) não poderia ter sido reconhecido o direito de Maria à pensão, já que João era
casado, mas foi correta a execução provisória da sentença de primeira instância, não
se aplicando o sistema de precatórios;
(C) foi corretamente reconhecido o direito de Maria à pensão, pois a companheira é
equiparada à esposa, e é possível a execução provisória da sentença, não se aplicando
o sistema de precatórios;
(D) foi corretamente reconhecido o direito de Maria à pensão, pois a companheira é
equiparada à esposa, mas a execução somente poderia ocorrer após o trânsito em
julgado, aplicando-se o sistema de precatórios;
(E) foi corretamente reconhecido o direito de Maria à pensão, pois a companheira é
178 equiparada à esposa, mas a execução somente poderia ocorrer após o trânsito em
61
STF - RE 1045273
A preexistência de casamento ou de união estável de um dos conviventes,
ressalvada a exceção do artigo 1.723, § 1º, do Código Civil, impede o
reconhecimento de novo vínculo referente ao mesmo período,
período inclusive para fins
previdenciários, em virtude da consagração do dever de fidelidade e da monogamia
pelo ordenamento jurídico-constitucional brasileiro.

STF - 573872/RS
A execução provisória de obrigação de fazer em face da Fazenda Pública não
atrai o regime constitucional dos precatórios.
precatórios Assim, em caso de “obrigação de
fazer”, é possível a execução provisória contra a Fazenda Pública, não havendo
incompatibilidade com a Constituição Federal.

178
62 35. O governador do Estado-membro Alfa editou o Decreto nº XX, regulamentando a Lei
estadual nº YY. Por entender que o referido decreto avançara em espaço reservado à
lei, tendo extrapolado, portanto, o exercício do poder regulamentar, a Assembleia
Legislativa do Estado Alfa editou o Decreto Legislativo nº ZZ, suspendendo diversos
dos seus preceitos. Irresignado com o ocorrido, já que, a seu ver, o Decreto nº XX
limitara-se a regulamentar a Lei estadual nº YY, o governador questionou sua
assessoria sobre a possibilidade de o Decreto Legislativo nº ZZ ser submetido à
apreciação do Supremo Tribunal Federal, sendo-lhe respondido, corretamente, que o
decreto legislativo:
(A) pode ser submetido ao controle concentrado de constitucionalidade, a exemplo de
todos os atos emanados das estruturas estatais de poder;
(B) é ato de efeitos concretos, não tendo, portanto, conteúdo normativo, logo, não é
possível submetê-lo ao controle concentrado de constitucionalidade;
(C) não pode ser submetido ao controle concentrado de constitucionalidade, pois, para
tanto, será preciso realizar o juízo de legalidade do regulamento, o que não é permitido

D
nessa seara;
(D) por ostentar generalidade e abstração negativa, contrapondo-se à positiva do ato
sustado, possui caráter normativo e pode ser submetido ao controle concentrado de
constitucionalidade;
(E) pode ser submetido ao controle concentrado de constitucionalidade, mas apenas se
a suspensão de preceitos do Decreto nº XX tiver ocorrido por vício de
inconstitucionalidade objetivamente verificável.

178
63
Controle externo
CF88
TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
CAPÍTULO I - DO PODER LEGISLATIVO

Seção II - DAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:



V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem
do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
...
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e
apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo;

Seção III - DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:


...
II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não
apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura
178 da sessão legislativa;
64 CF88 Controle externo
TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
CAPÍTULO I - DO PODER LEGISLATIVO
Seção IX - DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Art. 71. O controle externo,


externo a cargo do Congresso Nacional, será exercido
com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se
verificada ilegalidade;
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado,
comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado
Federal;
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou
abusos apurados.
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo
Congresso Nacional,
Nacional que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas
cabíveis.
§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa
dias,
dias não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal
178 decidirá a respeito.
65
STF - ADI 748/RS
O exame de constitucionalidade do decreto legislativo que suspende a eficácia
de ato do Poder Executivo impõe a análise, pelo Supremo Tribunal Federal, dos
pressupostos legitimadores do exercício dessa excepcional competência deferida à
instituição parlamentar.
parlamentar Cabe à Corte Suprema, em conseqüência, verificar se os
atos normativos emanados do Executivo ajustam-se, ou não, aos limites do poder
regulamentar ou aos da delegação legislativa. A fiscalização estrita desses
pressupostos justifica-se como imposição decorrente da necessidade de preservar,
hic et nunc, a integridade do princípio da separação de poderes.

STF - ADI n. 5.740-DF


AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. DECRETO LEGISLATIVO
DISTRITAL N. 2.146/2017. SUSPENSÃO DOS EFEITOS DO DECRETO DISTRITAL N.
38.923/2017. REGULAMENTAÇÃO DA LEI DISTRITAL N. 2.615/2000: PREVISÃO DE
SANÇÕES ADMINISTRATIVAS A ATOS DISCRIMINATÓRIOS EM RAZÃO DA
ORIENTAÇÃO SEXUAL DAS PESSOAS. AUSÊNCIA DE ABUSO DE PODER
REGULAMENTAR PELO GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL. IMPOSIÇÃO DE
ÓBICE, PELA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, À PROTEÇÃO CONTRA
CONDUTAS DISCRIMINATÓRIAS EM RAZÃO DA ORIENTAÇÃO SEXUAL DAS
PESSOAS. OFENSA AO INC. III DO ART. 1º, AO ART. 2º, AO INC. IV DO ART. 3º AO
CAPUT E AO INC. XLI DO ART. 5º, AO INC. V DO ART. 49 E AO INC. IV DO ART. 84 DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AÇÃO DIRETA JULGADA PROCEDENTE.
178
66 CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
UM ÚNICO TRIBUNAL - STF

Ação Direta de Inconstitucionalidade Genérica


OBJETO: Lei ou ato normativo Federal, CAUTELAR
estadual ou distrital (natureza Possível: CF88 → Art. 102, I, p
Estadual), contestados em face ADIN Regra geral: maioria absoluta
da CF/88 (via de ação, controle (no período de recesso,
abstrato, em tese). o Presidente do Tribunal)

COMPETÊNCIA LEGITIMAÇÃO ATIVA


STF → competência originária CF88 → Art. 103

QUÓRUM EFEITOS DA DECISÃO


- Regra geral: maioria absoluta (6),
presentes 8 Ministros. - Cautelar: erga omnes, ex nunc e
- Para dar efeito ex nunc ou prospectivo: vinculante (Lei 9.868/99 permite eficácia
desde que haja manifestação de 2/3 (8), retroativa, ex tunc – Art. 11, § 1º).
presentes 8 Ministros (Art. 27 da Lei - Mérito: erga omnes, ex tunc ou
9.868/99). prospecto e vinculante (Lei 9.868/1999
permite eficácia prospectiva, ex nunc –
Art. 27, 2/3 dos Ministros).
178
67 CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
UM ÚNICO TRIBUNAL - STF

Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental


OBJETO: Evitar ou reparar lesão a CAUTELAR
preceito Fundamental, resultante Possível
de ato do Poder Público e quando ADPF Maioria absoluta (no recesso,
for relevante o fundamento extrema urgência, perigo lesão
da controvérsia constitucional grave, relator)
sobre lei ou ato normativo
Federal, estadual, municipal,
Distrital, incluídos os anteriores à LEGITIMAÇÃO ATIVA
Constituição. CF88 → Art. 103

EFEITOS DA DECISÃO
COMPETÊNCIA - Cautelar: erga omnes, ex tunc e
STF → competência originária vinculante (STF pode determinar
suspensão dos julgamentos).
QUÓRUM - Mérito: erga omnes, ex tunc e vinculante
- Regra geral: maioria absoluta (6), (Lei 9.882/99 permite efeito ex nunc – Art.
presentes 8 Ministros; Art. 11 da Lei 11, 2/3 dos Ministros).
9.882/1999 para dar efeito ex nunc ou
178 prospectivo (8), presentes 8 Ministros.
68
Direito Administrativo

CÂMARA DE SALVADOR 2018


178
69 36. Márcia obteve do Município de Salvador licença para funcionamento de uma
pousada. Ocorre que, durante o prazo de validade da licença, Márcia modificou a
finalidade do empreendimento, que passou a funcionar como uma casa de festas, sem
comunicação, ciência e autorização do poder público. Após regular processo
administrativo, a autoridade municipal competente extinguiu o ato administrativo de

A
licença, mediante sua:
(A) cassação, eis que houve ilegalidade superveniente praticada por Márcia, que deixou
de cumprir os requisitos de quando teve o ato deferido;
(B) caducidade, eis que Márcia deixou de cumprir os requisitos legais para manutenção
da eficácia do ato administrativo;
(C) revogação, eis que ocorreu ilegalidade superveniente praticada por Márcia, que
deveria cumprir as condicionantes da licença;
(D) anulação, eis que o ato deixou de ser conveniente e oportuno, diante da conduta
ilícita praticada por Márcia;
(E) convalidação, eis que Márcia inobservou os requisitos de validade e eficácia do ato
administrativo que originariamente a favoreceu.

178
70

DESFAZIMENTO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

- Desfazimento é gênero que comporta três principais modalidades:

- Anulação: desfazimento do ato em virtude de ilegalidade nele existente desde sua


formação;

- Revogação : desfazimento do ato por motivos de conveniência e oportunidade


surgidos em momento posterior à produção do ato;

- Cassação: desfazimento do ato como sanção ao particular que, após a sua


produção, passou a descumprir os requisitos para a manutenção de seus efeitos.

178
71

DESFAZIMENTO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

CASSAÇÃO

- Desfazimento de um ato válido em virtude do descumprimento pelo seu


beneficiário das condições para sua manutenção em vigor. É a extinção de um ato
válido em virtude de falta do administrado.

- Por exemplo: permissão para instalação de ponto de táxi que tem a continuidade
de sua vigência condicionada ao pagamento mensal pelo beneficiário de R$ 100,00.
Se este não efetuar a quitação mensal, estará descumprindo a condição imposta
para o gozo da permissão, sujeitando-se, pois, à cassação do ato.

178
72
DESFAZIMENTO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

CASSAÇÃO - CARACTERÍSTICAS

1º) porque recai sobre atos válidos, a cassação é exercício de competência


discricionária pela Administração. A Administração, perante a falta do administrado,
tem que sujeitá-lo a alguma sanção, mas esta não será necessariamente a cassação, a
extinção do ato que o beneficia.

2º) porque recai sobre atos válidos, os efeitos da cassação são ex nunc, da data em
diante.

3º) em virtude de sua discricionariedade, o Poder Judiciário não pode cassar os atos da
Administração. Poderá referido Poder, se for o caso, determinar a cassação somente
dos atos por ele próprio produzidos no exercício da função administrativa.

178
73

OUTRAS FORMAS DESFAZIMENTO DOS ATOS

1º) Caducidade: verifica-se quando a edição de legislação superveniente à produção


do ato administrativo impede a manutenção da situação jurídica dele oriunda.
Extinção do ato em virtude da superveniência de lei com ele incompatível.

2º) Extinção natural: ocorre quando o ato é extinto pelo fato de ter produzido
regularmente seus efeitos. Uma licença de 15 dias para tratamento da própria
saúde extingue-se naturalmente após o transcurso desse período;

3º) Extinção objetiva: verifica-se quando o objeto sobre o qual recaia o ato
administrativo vem por qualquer forma a desaparecer. Por exemplo, uma permissão
para instalação de quiosque em certa praça pública é extinta se a referida praça é
destruída, dando lugar a um viaduto;

4º) Extinção subjetiva: ocorre quando o sujeito atingido pelo ato vem a desaparecer.
Por exemplo, se é concedida licença para exercício de atividade política a um
servidor, mas este vem a falecer durante o gozo da licença, é ela automaticamente
extinta.

178
74 37. A Lei de Acesso à Informação dispõe que é dever dos órgãos e entidades públicas
promover, independentemente de requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso,
no âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou geral por
eles produzidas ou custodiadas.
Para viabilizar o cumprimento dessa obrigação, tais órgãos deverão:
(A) publicar o registro de suas competências e estrutura organizacional, sendo
facultativo o registro de quaisquer repasses ou transferências de recursos financeiros;
(B) manter guichê com computador contendo ferramenta de pesquisa de conteúdo que
permita o acesso à informação, que pode ser substituído por sítio eletrônico na
internet;
(C) fazer publicar no diário oficial, ao menos uma vez por mês, extrato de suas receitas

D
e despesas, estas últimas obrigatórias quando o valor ultrapassar cinco mil reais;
(D) utilizar todos os meios e instrumentos legítimos de que dispuserem, sendo
obrigatória a divulgação em sítios oficiais da rede mundial de computadores na
internet;
(E) realizar, de forma obrigatória, ao menos uma vez por mês, audiências ou consultas
públicas, com incentivo à participação popular e a outras formas de divulgação.

178
75 LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO - LAI

Lei nº 12.527/2011

Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º , no inciso II do § 3º


do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei nº 8.112, de 11 de
dezembro de 1990; revoga a Lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei
nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências.

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela União,
Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações
previsto no inciso XXXIII do art. 5º , no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216
da Constituição Federal.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei:
I - os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo,
Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público;
II - as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de
economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União,
Estados, Distrito Federal e Municípios.

178
76 LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO – LAI - Lei nº 12.527/2011

Art. 4º Para os efeitos desta Lei, considera-se:


I - informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e
transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato;
II - documento: unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou
formato;
III - informação sigilosa: aquela submetida temporariamente à restrição de acesso
público em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do
Estado;
IV - informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural identificada ou
identificável;
V - tratamento da informação: conjunto de ações referentes à produção, recepção,
classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão, distribuição,
arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação, destinação ou controle da
informação;
VI - disponibilidade: qualidade da informação que pode ser conhecida e utilizada por
indivíduos, equipamentos ou sistemas autorizados;
VII - autenticidade: qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida,
recebida ou modificada por determinado indivíduo, equipamento ou sistema;
VIII - integridade: qualidade da informação não modificada, inclusive quanto à origem,
trânsito e destino;
IX - primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de
178 detalhamento possível, sem modificações.
77 LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO – LAI - Lei nº 12.527/2011

Art. 8º É dever dos órgãos e entidades públicas promover, independentemente de


requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso, no âmbito de suas competências,
de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas.

§ 1º Na divulgação das informações a que se refere o caput, deverão constar, no


mínimo:
mínimo
I - registro das competências e estrutura organizacional, endereços e telefones das
respectivas unidades e horários de atendimento ao público;
II - registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos financeiros;
III - registros das despesas;
IV - informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os respectivos
editais e resultados, bem como a todos os contratos celebrados;
V - dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras de
órgãos e entidades; e
VI - respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.

§ 2º Para cumprimento do disposto no caput, os órgãos e entidades


públicas deverão utilizar todos os meios e instrumentos legítimos de que
dispuserem, sendo obrigatória a divulgação em sítios oficiais da rede
mundial de computadores (internet).
178
78 38. João, servidor público municipal, ocupando o cargo de provimento efetivo de
auxiliar de escritório, após anos de estudo, logrou êxito em ser aprovado em concurso
público de provas e títulos para o cargo público federal de auxiliar de almoxarife. Ao
comparecer à repartição federal, requereu que fosse reconhecido o seu direito a
acumular os cargos públicos, bem como que o tempo de contribuição previdenciária
municipal fosse computado no plano federal.
À luz da sistemática constitucional, o requerimento de João deve ser:
(A) acolhido, pois ele pode acumular os cargos em razão da aprovação em concurso
público, bem como contar o tempo de contribuição previdenciária em outro ente
federativo;
(B) parcialmente rejeitado, pois ele pode acumular os cargos, mas não contar o tempo
de contribuição previdenciária em outro ente federativo;
(C) parcialmente rejeitado, pois ele somente poderia contar o tempo de contribuição

D
previdenciária no cargo municipal no período em que acumulasse o cargo federal;
(D) parcialmente rejeitado, pois ele não pode acumular os cargos, mas pode contar o
tempo de contribuição previdenciária em outro ente federativo;
(E) rejeitado, pois não é possível acumular cargo público ou contar o tempo de
contribuição previdenciária em outro ente federativo.

178
79
Acumulação remunerada
TÍTULO III - Da Organização do Estado
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988 Capítulo VII – Da Administração Pública
Seção I – Disposições Gerais
Artigo 37 A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto,
exceto quando
houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no
inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a de dois cargos
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com
profissões regulamentadas;
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange
autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder
público;

§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria
decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo,
emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta
Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de
178 livre nomeação e exoneração.
80
ARE 0801990.322014
STF - Jurisprudência
EMENTA: DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ACUMULAÇÃO. PROVENTOS E VENCIMENTOS.
REGIMES DISTINTOS. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES.

1. O acórdão do Tribunal de origem alinha-se à jurisprudência


do Supremo Tribunal Federal no sentido de que é possível a
cumulação de vencimentos de cargo público e proventos de
aposentadoria oriunda do regime geral de previdência.
2. Nos termos do art. 85, § 11, do CPC/2015, fica majorado em 25% o valor da
verba honorária fixada anteriormente, observados os limites legais do art. 85, §§
2º e 3º, do CPC/2015. 3. Agravo interno a que se nega provimento.” (ARE 1148213-
AgR, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, DJe 5.4.2019).

178
81 39. Após ter o muro de sua casa destruído por um trator da Prefeitura Municipal, no
momento em que era feito o recapeamento de via asfáltica, Antônio obteve êxito na
ação de indenização que ajuizou. O Juiz de Direito reconheceu o nexo de causalidade
entre a conduta do motorista do trator e o dano causado e condenou o Município a
indenizar o prejuízo, embora não tivesse sido reconhecida a culpa do motorista. À luz
da sistemática constitucional, a narrativa acima oferece um exemplo de
responsabilidade:

B
(A) subjetiva;
(B) objetiva;
(C) contratual;
(D) civilista;
(E) social.

178
82
Responsabilidade Civil do Estado
RESPONSABILIDADE OBJETIVA → CF, Artigo 37, § 6º
- Responsabilidade pode surgir para as pessoas jurídicas nele referidas mesmo em
virtude de atos lícitos de seus agentes -> a responsabilidade objetiva prescinde de
qualquer idéia de atuação dolosa ou culposa, restando plenamente configurada
quando presentes os seguintes elementos:
elementos ato comissivo de um agente público +
dano a particular + nexo causal entre o ato praticado pelo agente e o dano
suportado pelo particular.

- O Estado e demais entidades arroladas no dispositivo em questão só podem ser


alcançados pelos atos de seus agentes quando estes atuarem na qualidade de
agentes públicos.

- A responsabilidade do Estado independe de ação dolosa ou culposa de seu


agente -> a responsabilidade do agente só surge quando se conduzir com dolo ou
culpa. É possível que, em uma situação em concreto, o Estado tenha o dever de
indenizar o particular e não obtenha sucesso na ação regressiva de ressarcimento
movida contra seu agente.

- O Estado só pode mover ação regressiva contra seu agente após ter efetivamente
indenizado o particular. Não basta para tanto, pois, a condenação do Estado ao
pagamento, mesmo transitada em julgado.
178
83
Responsabilidade Civil do Estado
RESPONSABILIDADE OBJETIVA → CF, Artigo 37, § 6º
- É excluída a responsabilidade do ente público quando ficar comprovada culpa
exclusiva do particular no evento lesivo. Se ficar provado que é situação de culpa
concorrente,
concorrente reparte-se a responsabilidade pela indenização, na proporção da
culpa de cada um.

- STF: definiu que há responsabilidade civil objetiva (dever de indenizar danos


causados independente de culpa) das empresas que prestam serviço público
mesmo em relação a terceiros, ou seja, aos não-usuários. (RE 591874).

- A responsabilidade civil do Estado por ato dos delegatários de seus serviços,


incluindo aí as concessionárias e permissionárias,
permissionárias é subsidiária,
subsidiária razão por que o
Estado só responderá quando o acervo patrimonial destas não for bastante para
reparar o dano que provocaram.

178
84 RECURSO EXTRAORDINÁRIO 841.526/RS
7. A responsabilidade civil estatal resta conjurada nas hipóteses em
que o Poder Público comprova causa impeditiva da sua atuação protetiva
do detento, rompendo o nexo de causalidade da sua omissão com o
resultado danoso.
em
8. Repercussão geral constitucional que assenta a tese de que:
caso de inobservância do seu dever específico de
proteção previsto no artigo 5º, inciso XLIX, da
Constituição Federal, o Estado é responsável pela morte
do detento.
9. In casu, o tribunal a quo assentou que inocorreu a comprovação do
suicídio do detento, nem outra causa capaz de romper o nexo de
causalidade da sua omissão com o óbito ocorrido, restando escorreita a
decisão impositiva de responsabilidade civil estatal.

Omissão específica → quando o Estado tem a obrigação de evitar o dano.


Por exemplo: bueiros destampados que ensejam a queda de uma pessoa,
causando-lhe danos.
Omissão genérica → situações que não há possibilidade de o Estado
impedir, através de seus agentes, danos eventuais aos seus administrados.
Por exemplo: lesões sofridas por atos de vandalismo de terceiros, em
estádios de futebol.
178
85 40. João, servidor público estável ocupante de cargo efetivo no Município de Salvador,
acaba de se eleger Vereador no mesmo Município. De acordo com as normas
constitucionais aplicáveis:
(A) independentemente de haver compatibilidade de horários, João deverá se afastar
do cargo efetivo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
(B) independentemente de haver compatibilidade de horários, João deverá se afastar
do cargo efetivo, auferindo a remuneração pelo cargo eletivo;
(C) se houver compatibilidade de horários, João poderá acumular os dois cargos, mas
perceberá apenas a remuneração de um dos cargos, facultando-lhe a escolha;
D (D) se houver compatibilidade de horários, João perceberá as vantagens de seu cargo
efetivo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;
(E) se houver compatibilidade de horários, João poderá acumular os dois cargos, mas
perceberá apenas a remuneração do cargo eletivo.

178
86
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988
Mandato eletivo
TÍTULO III - Da Organização do Estado
Capítulo VII – Da Administração Pública
Seção I – Disposições Gerais

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e


fundacional, no exercício de mandato eletivo,
eletivo aplicam-se as seguintes
disposições:
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital,
distrital ficará
afastado de seu cargo, emprego ou função;
II - investido no mandato de Prefeito,
Prefeito será afastado do cargo, emprego
ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador,
Vereador havendo compatibilidade de
horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função,
sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo
compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
anterior
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de
mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os
efeitos legais,
legais exceto para promoção por merecimento;
V - na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência
social, permanecerá filiado a esse regime, no ente federativo de
origem.

178
87

Sistema Normativo Anticorrupção

POLÍCIA CIVIL/RN - 2021


178
88 48. A Lei nº 12.850/2013 define o crime de organização criminosa e dispõe sobre a
investigação criminal e os meios de obtenção da prova.
Tal diploma legal estabelece que:
(A) a intervenção policial poderá ser retardada, mediante ação controlada, reclamando
prévia autorização judicial; [COMUNICAÇÃO JUDICIAL]
B (B) a infiltração de agentes exige prévia autorização judicial, assim como oitiva do
Ministério Público em caso de representação da autoridade policial;
(C) poderá ser realizada colaboração premiada, participando das negociações do
acordo o juiz, o Ministério Público e o acusado assistido por advogado;
(D) o sigilo da investigação poderá ser determinado pela autoridade policial para
garantia da celeridade e eficácia das diligências investigatórias, impedindo, nessa
hipótese, acesso da defesa aos elementos produzidos;
(E) o crime de organização criminosa se configura quando quatro ou mais pessoas se
associam de forma estruturada e com divisão de tarefas para a prática de crimes que
exijam pena mínima igual ou superior a quatro anos.

178
89 Lei nº 12.850/2013 – ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

CAPÍTULO II - DA INVESTIGAÇÃO E DOS MEIOS DE OBTENÇÃO DA PROVA


Seção III - Da Infiltração de Agentes

Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação,


representada pelo delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público,
após manifestação técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso
de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa
autorização judicial, que estabelecerá seus limites.
limites
§ 1º Na hipótese de representação do delegado de polícia, o
juiz competente, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público.
§ 2º Será admitida a infiltração se houver indícios de infração penal de que
trata o art. 1º e se a prova não puder ser produzida por outros meios
disponíveis.
§ 3º A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) meses, sem
prejuízo de eventuais renovações, desde que comprovada sua necessidade.
§ 4º Findo o prazo previsto no § 3º , o relatório circunstanciado será
apresentado ao juiz competente, que imediatamente cientificará o Ministério
Público.
§ 5º No curso do inquérito policial, o delegado de polícia poderá determinar
aos seus agentes, e o Ministério Público poderá requisitar, a qualquer tempo,
relatório da atividade de infiltração.
178
90 49. A fim de obter informações sobre o funcionamento e identificar os demais
integrantes de organização estruturalmente ordenada, contendo ao menos cinco
membros, que praticava crimes de roubo de carga dentro do Estado do Rio Grande do
Norte, a autoridade policial decidiu infiltrar um agente na referida organização. Diante
de indícios que comprovavam as infrações e inexistindo outros meios para produção da
referida prova, a realização de tal técnica de investigação por representação do
delegado de polícia, prevista na Lei de Crime Organizado:
(A) será admitida, podendo ser realizada por prazo indeterminado;
(B) não será admitida, pois o delegado de polícia não possui legitimidade para
representação;
C (C) será admitida, respondendo o agente infiltrado por eventuais excessos praticados
com desvio de finalidade da investigação;
(D) será admitida, somente podendo o agente infiltrado abandonar a investigação
mediante autorização judicial;
(E) não será admitida, pois a ausência de caráter transnacional da infração afasta a
aplicação da Lei de Crime Organizado. semiaberto.

178
91 Lei nº 12.850/2013 – ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

CAPÍTULO II - DA INVESTIGAÇÃO E DOS MEIOS DE OBTENÇÃO DA PROVA


Seção III - Da Infiltração de Agentes

Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação,


representada pelo delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público,
após manifestação técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso
de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa
autorização judicial, que estabelecerá seus limites.
limites
§ 1º Na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz
competente, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público.
§ 2º Será admitida a infiltração se houver indícios de infração penal de que
trata o art. 1º e se a prova não puder ser produzida por outros meios
disponíveis.
§ 3º A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) meses, sem
prejuízo de eventuais renovações, desde que comprovada sua necessidade.

Art. 13 - O agente que não guardar, em sua atuação, a devida
proporcionalidade com a finalidade da investigação, responderá
pelos excessos praticados.

178
92 50. A Lei nº 12.846/2013 dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de
pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou
estrangeira.
De acordo com a citada Lei Anticorrupção, o acordo de leniência:
(A) pode ser celebrado pela autoridade policial com as pessoas jurídicas responsáveis
pela prática dos atos previstos na referida lei, que colaborem efetivamente com as

B
investigações com a necessária identificação dos demais envolvidos na infração;
(B) pode ser celebrado se preenchidos, cumulativamente, alguns requisitos, como, por
exemplo, que a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em
cooperar para a apuração do ato ilícito;
(C) exige que a pessoa jurídica cesse completamente seu envolvimento na infração
investigada a partir da data da homologação judicial do acordo, sob pena de revogação
e multa;
(D) exige que os sócios da pessoa jurídica identifiquem os demais envolvidos na
infração, forneçam céleres informações e documentos que comprovem o ilícito sob
apuração, assim como iniciem o cumprimento de pena privativa de liberdade
em regime fechado;
(E) exige que a pessoa jurídica promova o integral ressarcimento ao erário e que seus
sócios forneçam céleres informações e documentos que comprovem o ilícito sob
apuração, assim como iniciem o cumprimento de pena privativa de liberdade em regime
semiaberto.

178
93 LEI ANTICORRUPÇÃO - Lei nº 12.846/2013

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 3º A responsabilização da pessoa jurídica não exclui a responsabilidade


individual de seus dirigentes ou administradores ou de qualquer pessoa natural, autora,
coautora ou partícipe do ato ilícito.
§ 1º A pessoa jurídica será responsabilizada independentemente da
responsabilização individual das pessoas naturais referidas no caput .
§ 2º Os dirigentes ou administradores somente serão responsabilizados por atos
ilícitos na medida da sua culpabilidade.

Art. 4º Subsiste a responsabilidade da pessoa jurídica na hipótese de alteração


contratual, transformação, incorporação, fusão ou cisão societária.
§ 1º Nas hipóteses de fusão e incorporação, a responsabilidade da sucessora será
restrita à obrigação de pagamento de multa e reparação integral do dano causado, até
o limite do patrimônio transferido, não lhe sendo aplicáveis as demais sanções
previstas nesta Lei decorrentes de atos e fatos ocorridos antes da data da fusão ou
incorporação, exceto no caso de simulação ou evidente intuito de fraude, devidamente
comprovados.
§ 2º As sociedades controladoras, controladas, coligadas ou, no âmbito do
respectivo contrato, as consorciadas serão solidariamente responsáveis pela prática
dos atos previstos nesta Lei, restringindo-se tal responsabilidade à obrigação de
178 pagamento de multa e reparação integral do dano causado.
94 LEI ANTICORRUPÇÃO - Lei nº 12.846/2013

CAPÍTULO V - DO ACORDO DE LENIÊNCIA

autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública


Art. 16. A
poderá celebrar acordo de leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela
prática dos atos previstos nesta Lei que colaborem efetivamente com as investigações
e o processo administrativo,
administrativo sendo que dessa colaboração resulte:
I - a identificação dos demais envolvidos na infração,
infração quando couber; e
II - a obtenção célere de informações e documentos que comprovem o
ilícito sob apuração.

§ 1º O acordo de que trata o caput somente poderá ser celebrado se preenchidos,


cumulativamente,
cumulativamente os seguintes requisitos:
I - a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse
em cooperar para a apuração do ato ilícito;
II - a pessoa jurídica cesse completamente seu envolvimento na infração investigada a
partir da data de propositura do acordo;
III - a pessoa jurídica admita sua participação no ilícito e coopere plena e
permanentemente com as investigações e o processo administrativo, comparecendo,
sob suas expensas, sempre que solicitada, a todos os atos processuais, até seu
encerramento.
178
95

178
96
Auditoria Governamental

PREFEITURA DE NITERÓI - 2018


178
97 26. Assinale a opção que indica o instrumento de Auditoria Governamental que deve ser
adotado quando se examina a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos de
gestão, quanto ao aspecto contábil, financeiro, orçamentário, patrimonial e
operacional.
(A) Auditoria Operacional.

C
(B) Auditoria de Demonstrações Contábeis.
(C) Auditoria de Conformidade.
(D) Auditoria Orçamentária.
(E) Auditoria de Sistemas Contábeis e Financeiros Informatizados.

178
98 NBASP 100 (ISSAI 100)
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE AUDITORIA DO SETOR PÚBLICO

MARCO REFERENCIAL PARA A AUDITORIA DO SETOR PÚBLICO


Mandato
A auditoria do setor público e seus objetivos
Tipos de auditoria do setor público

Tipos de auditoria do setor público


22. Os três tipos principais de auditoria do setor público são definidos como segue:
Auditoria financeira foca em determinar se a informação financeira de uma entidade é
apresentada em conformidade com a estrutura de relatório financeiro e o marco regulatório
aplicável. Isso é alcançado obtendo-se evidência de auditoria suficiente e apropriada para
permitir o auditor expressar uma opinião quanto a estarem as informações financeiras livres
de distorções relevantes devido a fraude ou erro.
Auditoria operacional foca em determinar se intervenções, programas e instituições estão
operando em conformidade com os princípios de economicidade, eficiência e efetividade,
bem como se há espaço para aperfeiçoamento. O desempenho é examinado segundo
critérios adequados, e as causas de desvios desses critérios ou outros problemas são
analisados. O objetivo é responder a questões-chave de auditoria e apresentar
recomendações para aperfeiçoamento.
Auditoria de conformidade foca em determinar se um particular objeto está em conformidade
com normas identificadas como critérios. A auditoria de conformidade é realizada para
avaliar se atividades, transações financeiras e informações cumprem, em todos os aspectos
relevantes, as normas que regem a entidade auditada. Essas normas podem incluir regras,
leis, regulamentos, resoluções orçamentárias, políticas, códigos estabelecidos, acordos ou
os princípios gerais que regem a gestão financeira responsável do setor público e a conduta
178 dos agentes públicos.
99 NORMAS DE AUDITORIA DO TCU - NAT

CLASSIFICAÇÃO DAS AUDITORIAS


Quanto à natureza, as auditorias classificam-se em:
- Auditorias de regularidade,
regularidade que objetivam examinar a legalidade e a legitimidade dos
atos de gestão dos responsáveis sujeitos à jurisdição do Tribunal, quanto aos aspectos
contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial. Compõem as auditorias de
regularidade as auditorias de conformidade e as auditorias contábeis.
- Auditorias operacionais,
operacionais que objetivam examinar a economicidade, eficiência,
eficácia e efetividade de organizações, programas e atividades governamentais, com a
finalidade de avaliar o seu desempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão
pública.
O sistema de contabilidade pública brasileiro incorpora, além do próprio sistema
contábil, os sistemas orçamentário, financeiro e patrimonial. Desse modo, considera-se
também auditoria contábil a realizada sobre as demonstrações contábeis,
orçamentárias, financeiras e patrimoniais produzidas pela administração de entidades
públicas, a partir desses sistemas e dos respectivos lançamentos neles realizados,
mediante técnica contábil, bem como sobre a documentação e os registros que lhes
dão suporte.
A classificação das auditorias como de regularidade ou operacional dependerá do
objetivo prevalecente em cada trabalho de auditoria,
auditoria já que elas constituem parte de
um mesmo todo da auditoria governamental e, às vezes, integram o escopo de um
178 mesmo trabalho de auditoria.
100 27. Em relação aos papéis de trabalho, assinale a afirmativa correta.
(A) São cópias de documentos utilizados anteriormente, que dão suporte ao trabalho

B
desenvolvido pelo auditor.
(B) Devem permitir que um auditor experiente e sem envolvimento na auditoria
verifique o trabalho realizado para fundamentar as conclusões.
(C) São classificados, segundo a natureza da informação, como correntes, quando
utilizados por mais de um período.
(D) Devem ser preparados pelo auditor responsável pelo trabalho de auditoria.
(E) Devem ser detalhados, contendo o máximo de palavras possíveis.

178
101 NBC TA 230 (R1) – DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA

REQUISITOS
Documentação dos procedimentos de auditoria executados e da evidência de
auditoria obtida
Forma, conteúdo e extensão da documentação de auditoria
8. O auditor deve preparar documentação de auditoria que seja
suficiente para permitir que um auditor experiente, sem nenhum
envolvimento anterior com a auditoria, entenda (ver itens A2 a A5 e
A16 e A17):
(a) a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria
executados para cumprir com as normas de auditoria e exigências
legais e regulamentares aplicáveis (ver itens A6 e A7);
(b) os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a
evidência de auditoria obtida; e
(c) assuntos significativos identificados durante a auditoria, as
conclusões obtidas a respeito deles e os julgamentos profissionais
significativos exercidos para chegar a essas conclusões (ver itens A8
a A11).
178
102 NBC TA 230 (R1) – DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA

REQUISITOS
Documentação dos procedimentos de auditoria executados e da evidência de
auditoria obtida
Forma, conteúdo e extensão da documentação de auditoria
9. Ao documentar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria
executados, o auditor deve registrar:
(a) as características que identificam os itens ou assuntos específicos testados (ver
item A12);
(b) quem executou o trabalho de auditoria e a data em que foi concluído; e
(c) quem revisou o trabalho de auditoria executado e a data e extensão de tal revisão
(ver item A13).
10. O auditor deve documentar discussões de assuntos significativos com a
administração, os responsáveis pela governança e outros, incluindo a natureza dos
assuntos significativos discutidos e quando e com quem as discussões ocorreram
(ver item A14).
11. Se o auditor identificou informações referentes a um assunto significativo que são
inconsistentes com a sua conclusão final, ele deve documentar como tratou essa
inconsistência (ver item A15).
178
103 NBC TA 230 (R1) – DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA

REQUISITOS
Documentação dos procedimentos de auditoria executados e da evidência de
auditoria obtida

Não atendimento de exigência relevante


12. Se, em circunstâncias excepcionais, o auditor julgar necessário não atender um
requisito relevante de uma norma, ele deve documentar como os procedimentos
alternativos de auditoria executados cumprem a finalidade desse requisito, e as
razões para o não atendimento (ver itens A18 e A19).

Assuntos surgidos após a data do relatório do auditor


13. Se, em circunstâncias excepcionais, o auditor executar procedimentos novos ou
adicionais ou chegar a outras conclusões após a data do relatório, o auditor deve
documentar (ver item A20):
(a) as circunstâncias identificadas;
(b) os procedimentos novos ou adicionais executados, a evidência de auditoria obtida
e as novas conclusões alcançadas, e seu efeito sobre o relatório do auditor; e
(c) quando e por quem as modificações resultantes da documentação de auditoria
178 foram executadas e revisadas.
104 28. A observação direta é uma técnica de coleta de dados ou informações que utiliza os
sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Entre as formas mais
utilizadas de observação direta está a observação identificada. Nessa forma de

A
observação, o pesquisador
(A) observa os fatos que ocorrem no ambiente e procura registrar as ocorrências que
interessam ao seu trabalho, evitando o mínimo de alterações no ambiente.
(B) observa os fatos que ocorrem no ambiente, registra as ocorrências que interessam
ao seu trabalho e comunica ao auditado, ao término da visita, o trabalho em
andamento.
(C) elabora um plano de observação baseado no conhecimento dos aspectos que são
significativos para alcançar os objetivos da observação.
(D) precisa ter conhecimento prévio do problema em estudo para permitir estabelecer
as categorias que correspondem à inspeção física dos fatos ocorridos.
(E) tem liberdade e não utiliza fichas ou listas de registro, não havendo necessidade de
registros formais.

178
105 MANUAL PROAUDI - TCU

178
106 MANUAL PROAUDI - TCU

178
107 29. O exame documental é a análise de documentos relacionados ao objeto da
auditoria em busca de dados ou informações que poderão servir de subsídio ao
planejamento da auditoria ou como evidências dos achados. Assinale a opção que
indica as duas verificações que devem ser realizadas, obrigatoriamente.
(A) Tempestividade e confiabilidade.
(B) Tempestividade e coerência.
(C) Autenticidade e concisão.

E
(D) Bases e metodologia de elaboração e coerência.
(E) Autenticidade e bases e metodologia de elaboração.

178
108 MANUAL PROAUDI - TCU

178
109 MANUAL PROAUDI - TCU

178
110 30. A matriz de planejamento é o papel de trabalho em que são registrados os passos e
procedimentos a serem realizados na fase de execução para que o objetivo da auditoria
seja alcançado.
As opções a seguir listam funções da matriz de planejamento, à exceção de uma.
Assinale-a.
(A) Ampliar a possibilidade de alcançar bons resultados com o trabalho.
(B) Dar foco ao trabalho de fiscalização.
(C) Minimizar riscos de prorrogações na duração dos trabalhos e desgastes com as
chefias.
(D) Equacionar expectativas, facilitando a discussão do trabalho com as chefias em

E
bases objetivas.
(E) Estabelecer e categorizar as conclusões que serão alcançadas.
[MATRIZ DE ACHADOS]

178
111 AUDITORIA GOVERNAMENTAL – PROAUDI DO TCU
O processo de desenvolvimento de um achado de auditoria

Matriz de achados
A matriz de achados é o principal papel de trabalho da fase de execução da auditoria. É
o instrumento no qual será lançada a essência dos resultados da fiscalização. Sua
utilização permitirá que qualquer pessoa que revise o trabalho, tenha a exata noção do
que foi constatado e do que se propõe com vistas a sanear as ocorrências verificadas
e, quando for o caso, responsabilizar quem lhes deu causa.

178
112 31. A fase de execução da auditoria governamental é marcada como o principal
momento em que são obtidos os achados de auditoria, em consequência da aplicação
dos procedimentos de auditoria, da utilização das técnicas e da análise da
documentação comprobatória dos atos de gestão.
O achado de auditoria deve atender, necessariamente, a alguns requisitos básicos,
entre os quais está a consistência. A consistência implica que o achado deve ser
(A) apresentado de modo objetivo, de modo a proporcionar a mesma conclusão a todos
os envolvidos.
(B) comprovado com documentação probatória de que a situação descrita realmente
ocorreu.

D
(C) consistente, para respaldar as propostas de encaminhamento dele resultantes.
(D) convincente, para quem não participou da auditoria.
(E) relevante para os objetivos da auditoria, de modo a causar efeito concreto na área
ou processo auditado.

178
113 MANUAL PROAUDI - TCU

178
114 AUDITORIA GOVERNAMENTAL – PROAUDI DO TCU
O processo de auditoria

178
115 AUDITORIA GOVERNAMENTAL – PROAUDI DO TCU
O processo de desenvolvimento de um achado de auditoria

A fase de execução da auditoria governamental é marcada como o principal momento


em que, como consequência da aplicação dos procedimentos de auditoria, da utilização
das técnicas e da análise da documentação comprobatória dos atos de gestão, são
obtidos os achados de auditoria.
auditoria
Os achados são descobertas feitas pelos auditores que caracterizam, como regra geral,
impropriedades e irregularidades praticadas pelos agentes da unidade auditada.
Embora não se possa afirmar que uma auditoria é fracassada quando a equipe não
consegue encontrar achados, a verdade é que os achados dão mais significância aos
resultados do trabalho de auditoria. Isso porque as propostas de melhoria de
procedimentos administrativos, de controles internos etc., serão formuladas como
consequência dos achados obtidos. Além do mais, é a partir da perfeita caracterização
dos achados de auditoria que se procederá à investigação sobre as responsabilidades
dos agentes públicos ou privados que deram causa à discrepância observada. Portanto,
podemos dizer que não existe trabalho de auditoria com consequência, sem achado.

178
116 AUDITORIA GOVERNAMENTAL – PROAUDI DO TCU
O processo de desenvolvimento de um achado de auditoria

Achado de auditoria - requisitos básicos (NAT, 102):


• Relevância:
Relevância o achado de auditoria deve ser relevante para os objetivos da auditoria,
pois, na Administração Pública, é difícil que o gestor não descumpra uma das múltiplas
regras e normas que ele tem que seguir. Fundamentalmente, a equipe de auditoria tem
que se focar em achados relevantes, em questões que tenham consequências, que
sejam graves, e não sejam falhas meramente formais, sem impacto ou efeito concreto
na área, processo ou contrato auditado;
• Fundamentação em evidências:
evidências para um achado ser considerado robusto, devemos
comprová-lo com evidências, documentação probatória de que a situação descrita
realmente ocorreu. Costumamos dizer que não há achado sem evidência e não há
evidência sem achado;
• Objetividade:
Objetividade o achado tem que ser apresentado de forma objetiva para que, com a
sua leitura, todos cheguem à mesma conclusão;
• Dar respaldo às propostas de encaminhamento dele resultantes;
• Consistência:
Consistência tem que ter a consistência metodológica de todos os atributos de modo
a mostrar-se convincente a quem não participou da auditoria.

178
117 AUDITORIA GOVERNAMENTAL – PROAUDI DO TCU
O processo de desenvolvimento de um achado de auditoria

Indício x Evidência

Os órgãos de controle se valem muito das notícias de imprensa, e por sua vez a
imprensa se vale muito das conclusões, dos relatórios, dos achados dos órgãos de
controle.

Qual é a principal diferença entre as informações da imprensa e dos órgãos de


controle?
Fundamentalmente, os jornais, revistas, emissoras de televisão se caracterizam pela
revelação de fatos sem a obrigatoriedade de provar o que dizem, de dizer a fonte ou
revelar quem forneceu a informação. A imprensa dá a notícia, revela o fato, atribuem
responsabilidades, mas não tem a obrigação de provar. Mais do que isso, à imprensa é
garantido o direito do sigilo da fonte. A rigor, na maioria dos casos, os órgãos de
imprensa, ao divulgar suas versões dos fatos, dispõem apenas de indícios.
Isso é incabível no trabalho de auditoria.
178
118 AUDITORIA GOVERNAMENTAL – PROAUDI DO TCU
O processo de desenvolvimento de um achado de auditoria

Atributos
O achado de auditoria deve ser desenvolvido contemplando, no mínimo, os cinco
atributos a seguir, que o caracterizam (NAT, 103):

1. Situação encontrada (ou condição);

2. Critério de auditoria;

3. Causa;

4. Efeitos reais e potenciais (ou consequência);

5. Evidências.

178
119 AUDITORIA GOVERNAMENTAL – PROAUDI DO TCU
O processo de desenvolvimento de um achado de auditoria

Matriz de achados
A matriz de achados é o principal papel de trabalho da fase de execução da auditoria. É
o instrumento no qual será lançada a essência dos resultados da fiscalização. Sua
utilização permitirá que qualquer pessoa que revise o trabalho, tenha a exata noção do
que foi constatado e do que se propõe com vistas a sanear as ocorrências verificadas
e, quando for o caso, responsabilizar quem lhes deu causa.

178
120 AUDITORIA GOVERNAMENTAL – PROAUDI DO TCU
O processo de desenvolvimento de um achado de auditoria

Tipo de evidência e técnica mais utilizada

178
121 AUDITORIA GOVERNAMENTAL – PROAUDI DO TCU
O processo de desenvolvimento de um achado de auditoria
Matriz de responsabilização
A matriz de responsabilização fecha o ciclo das apurações realizadas no decorrer da
auditoria na medida em que objetiva a formulação de conclusões sobre as
responsabilidades individuais dos gestores e agentes públicos que contribuíram ou
deram causa ao ato administrativo objeto do achado.

178
122 AUDITORIA GOVERNAMENTAL – PROAUDI DO TCU
O processo de desenvolvimento de um achado de auditoria

178
123 AUDITORIA GOVERNAMENTAL – PROAUDI DO TCU
O processo de desenvolvimento de um achado de auditoria

178
124
Contabilidade do Setor Público

TJ/RO - 2021
178
125 32. Com o objetivo de estabelecer alguns controles para preservar a integridade das
informações de natureza orçamentária e patrimonial, que são geradas em bases
diferentes, foi criado o registro de uma etapa chamada “em liquidação”. O registro
dessa etapa:
(A) deve ser feito entre as etapas do empenho e da liquidação apenas para despesas
inscritas em restos a pagar;

B (B) está associado à ocorrência do fato gerador da variação patrimonial diminutiva;


(C) não deve ser feito quando o fato gerador do passivo exigível ocorrer antes do
empenho;
(D) não se aplica a casos de lacuna temporal significativa entre a entrega do bem e a
efetiva liquidação do crédito;
(E) pode implicar duplicidade no saldo passivo financeiro utilizado para fins de cálculo
do superávit financeiro.

178
126

178
127 33. O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) denominou a receita
sob o enfoque patrimonial de variação patrimonial aumentativa (VPA), enfatizando que
essa não deve ser confundida com o conceito de receita orçamentária. Dos casos a
seguir, o que NÃO dá suporte ao reconhecimento de uma variação patrimonial
aumentativa por uma entidade é:
(A) recebimento efetivo de doações e subvenções;
B (B) assinatura de contrato de longo prazo para prestação de serviços a terceiros;
(C) geração natural de novos ativos, independentemente da intervenção de terceiros;
(D) transações com terceiros que geram fruição de serviços prestados pela entidade;
(E) extinção de um passivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor
igual ou maior.

178
128

178
129 34. Uma entidade pública elaborou um plano de alienação de quatro imóveis de
propriedade da entidade que não estavam mais atendendo aos seus propósitos. O plano
de alienação inclui, entre outras coisas, a definição de uma base adequada de
mensuração dos imóveis, considerando as características da região onde estão
localizados, e a divulgação pública das condições para alienação.
Uma base de mensuração considerada adequada para apuração e divulgação do valor
dos imóveis a serem alienados é:
(A) custo histórico;
(B) custo de reposição;

D
(C) preço presumido;
(D) valor líquido de venda;
(E) valor em uso.

178
130

178
131

178
132

178
133

178
134 35. Sob a perspectiva dos procedimentos contábeis patrimoniais, ativos descritos como
bens do patrimônio cultural são assim chamados devido a sua significância histórica,
cultural ou ambiental.
Quanto às características dispostas no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor
Público para orientar a gestão do patrimônio público no tocante a esses bens, é correto
afirmar que:
(A) a sua vida útil deve ser estimada a partir de parâmetros objetivos, tal como padrão
de uso;
(B) não deve haver obstáculos legais ou sociais para usá-los na geração de caixa;
(C) o reconhecimento desses ativos é obrigatório na lógica de consumo de recursos
públicos;
(D) o seu valor cultural deve estar adequadamente refletido no valor financeiro baseado

E
no preço de mercado;
(E) seus valores podem aumentar ao longo do tempo mesmo se sua condição física se
deteriorar.

178
135

178
136 Texto 2
Uma entidade pública elaborou um plano de melhoria da gestão do seu patrimônio que
incluía a reavaliação de ativos imobilizados. O ativo de valor mais relevante da
entidade foi adquirido há sete anos por R$ 72.000,00 e tem vida útil estimada de dez
anos. O ativo foi depreciado pelo método linear, considerando o valor residual nulo.
Após o processo de reavaliação, foi definido o valor de R$ 32.000,00 para o ativo.

36. Nesse caso, a valorização do ativo decorrente do processo de reavaliação deverá


ser:
(A) deduzida da depreciação acumulada;

C
(B) reconhecida no resultado do período;
(C) reconhecida em conta de reserva no patrimônio líquido;
(D) mantida apenas em contas de controle para fins de gestão patrimonial;
(E) divulgada apenas em notas explicativas, se a entidade julgar o valor relevante.

178
137

178
138

178
139

178
140 Texto 2
Uma entidade pública elaborou um plano de melhoria da gestão do seu patrimônio que
incluía a reavaliação de ativos imobilizados. O ativo de valor mais relevante da
entidade foi adquirido há sete anos por R$ 72.000,00 e tem vida útil estimada de dez
anos. O ativo foi depreciado pelo método linear,
considerando o valor residual nulo. Após o processo de reavaliação, foi definido o valor
de R$ 32.000,00 para o ativo.

37. A partir do caso relatado no texto 2 quanto ao plano de melhoria da gestão do


patrimônio de uma entidade pública, no tocante à reavaliação de ativos imobilizados, a
entidade deve considerar também que:
(A) pode optar por reavaliar ativos de forma individual ou por classes de contas do ativo

B
imobilizado;
(B) o valor de reposição de um bem imóvel pode ser utilizado como parâmetro do valor
justo para fins de reavaliação;
(C) os itens de uma classe de contas do ativo imobilizado podem ser reavaliados em
diferentes momentos, de forma a refletir melhor o valor de mercado de cada item;
(D) se não for possível estabelecer o valor de mercado de ativo, esse não poderá ser
reavaliado;
(E) uma vez adotada a política de reavaliação de ativos, deve realizar reavaliações
anuais de seus ativos imobilizados.

178
141

178
142

Análise das Demonstrações Contábeis

IMBEL - 2021
178
143 38. Em relação à entidade que reporta, pode-se presumir, por meio da premissa de
continuidade operacional, que
(A) não tem a necessidade de entrar em liquidação ou deixar de negociar, podendo
haver a intenção.
(B) não tem a intenção e nem a necessidade de entrar em liquidação ou deixar de

C
negociar.
(C) não apresentou prejuízo no período corrente.
(D) apresenta perspectiva de lucros futuros.
(E) não tem a intenção de comprar novas empresas.

178
144 NBC TA 570 – PARTES RELACIONADAS

Eventos ou condições que podem levantar dúvida significativa quanto à capacidade de


continuidade operacional da entidade (ver item 10)
A3. Seguem exemplos de eventos ou condições que, individual ou coletivamente, podem
levantar dúvida significativa quanto à capacidade da entidade de manter sua
continuidade operacional. Essa relação não inclui todos os eventos e condições e a
existência de um ou mais itens nem sempre significa que existe incerteza relevante.
Financeiro
 patrimônio líquido negativo ou capital circulante líquido negativo;
 empréstimos com prazo fixo, próximos do vencimento, sem previsões realistas de
renovação ou liquidação; ou utilização excessiva de empréstimos de curto prazo para
financiar ativos de longo prazo;
 indicativos de retirada de suporte financeiro por credores;
 fluxos de caixa operacionais negativos indicados por demonstrações contábeis históricas
ou prospectivas;
 principais índices financeiros adversos;
 prejuízos operacionais significativos ou deterioração significativa do valor dos
ativos usados para gerar fluxos de caixa;
 atraso ou suspensão de dividendos;
 incapacidade de pagar credores nas datas de vencimento;
...
178
145 39. Na elaboração de um parecer sobre a situação contábil de uma entidade, um
analista realizou a análise horizontal e a análise vertical do balanço patrimonial e da
demonstração do resultado do exercício e calculou indicadores de análise. O analista
observou que as mesmas conclusões da análise vertical da demonstração do resultado
do exercício podem ser obtidas pela análise

B
(A) vertical do balanço patrimonial.
(B) horizontal da demonstração do resultado do exercício.
(C) dos indicadores de rentabilidade.
(D) dos indicadores de lucratividade.
(E) dos indicadores dos prazos médios.

178
146 ANÁLISE DAS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

$
FINANCEIRA

$ $$
INFORMAÇÃO CONTÁBIL

$
Vertical ou de estrutura
Horizontal ou de evolução
Por quocientes ou índices

178
ECONÔMICA
$$
147

CONTÁBIL
Análise contábil

Permitir a decomposição, a comparação e a interpretação das demonstrações


contábeis ou gerenciais, a fim de avaliar o desempenho e as tendências da entidade
sob determinadas óticas.

Pode ser:
Análise vertical ou de estrutura

Análise horizontal ou de evolução


Análise por quocientes ou índices


178
148 Análise contábil

Análise horizontal ou de evolução

Objetivo: exame da evolução histórica de cada uma das contas que compõem as
diversas demonstrações contábeis, em uma determinada série histórica de
exercícios.

AH em 20Xi
=
__Conta em análise em 20Xi__
Conta em análise no Ano-Base

178
149 Análise contábil
Análise vertical ou de estrutura
Objetivo: demonstrar as participações relativas de cada item de uma demonstração
contábil em relação a determinado referencial.
AVn (% de Participação) = Valor do Elemento/Valor Total x 100

Tipos: Sintética e analítica.


Análise vertical sintética: no Balanço Patrimonial,
Patrimonial quando é calculada a relação entre
o valor do grupo de contas e o valor total da classe.
Análise vertical analítica: no Balanço Patrimonial,
Patrimonial é a relação percentual de cada
elemento do ativo em relação ao ativo total e também a relação percentual entre
cada elemento do passivo e o passivo total. Pode ser:
- do subgrupo de contas em relação ao grupo;
- da conta em relação ao subgrupo, grupo ou classe;
- da subconta em relação à conta, ao subgrupo, grupo ou classe.

178
150

Administração Financeira e Orçamentária

PREFEITURA DE NITERÓI - 2018


178
151 41. A edição do Decreto Federal nº 2.829/98, que disciplinou o plano plurianual, tornou o
orçamento-programa uma realidade no país. Sobre o orçamento-programa, assinale a
afirmativa correta.
(A) É elaborado a partir de ajustes incrementais nas receitas e despesas, com base nos

B
orçamentos anteriores.
(B) Integra o orçamento com o planejamento, quantificando objetivos e fixando metas.
(C) Contempla a participação direta da população no processo decisório sobre a
alocação dos recursos públicos.
(D) Enfatiza a legalidade das ações do gestor e a aquisição dos meios.
(E) Evidencia o objeto dos gastos, pautando-se nas necessidades financeiras de cada
unidade.

178
CONTROLE
152

Orçamento tradicional ou clássico


- Orçamento que se estrutura apenas com
a informação de elemento de despesa ou
objeto de gasto (o que será gasto ou
adquirido), além, naturalmente, do
aspecto institucional. Por apresentar
somente uma dimensão, isto é, o objeto
de gasto, também é conhecido como um
orçamento unidimensional.
- Os órgãos eram contemplados no orçamento, sobretudo de
acordo com o que gastavam no exercício anterior e não em
função do que se pretendia realizar (inercialidade).
178
153
GERÊNCIA
Orçamento de desempenho ou funcional

- Orçamento em que, além do objeto de


gasto, encontra-se presente a
explicitação do programa de trabalho,
representado pelas ações desenvolvidas
(em que serão gastos os recursos).
Corresponde a um orçamento
bidimensional.
- O orçamento de desempenho, embora já ligado aos objetivos,
não poderia, ainda, ser considerado um orçamento-programa,
visto que lhe faltava uma característica essencial, que era a
178 vinculação ao Sistema de Planejamento.
Planejamento
154
PLANEJAMENTO
Orçamento-programa

- Orçamento que agrega ao tipo anterior


uma outra dimensão, que seria o objetivo
da ação governamental (para que serão
gastos os recursos). Corresponde a um
orçamento tridimensional.
- O Orçamento-programa pode ser definido como
sendo “um plano de trabalho expresso por um
conjunto de ações a realizar e pela identificação
dos recursos necessários à sua execução”.
178
155

EVOLUÇÃO DO ORÇAMENTO
Orçamento tradicional
CONTROLE

Orçamento de desempenho
GERÊNCIA

Orçamento-programa
178 PLANEJAMENTO
156

CONTROLE
Orçamento tradicional
Pergunta: o que será gasto?

GERÊNCIA
Orçamento de desempenho
Pergunta: em que será gasto?

PLANEJAMENTO
Orçamento-programa
Pergunta: para que será gasto?
178
157 Tabela-Resumo de técnicas e práticas orçamentárias

178 https://repositorio.enap.gov.br/
158 Tabela-Resumo de técnicas e práticas orçamentárias

178 https://repositorio.enap.gov.br/
159 Tabela-Resumo de técnicas e práticas orçamentárias

178 https://repositorio.enap.gov.br/
160 Tabela-Resumo de técnicas e práticas orçamentárias

178 https://repositorio.enap.gov.br/
161 42. A Lei Orçamentária Anual (LOA) é o orçamento propriamente dito, com vigência de
1 (um) ano, e compreende três orçamentos: o fiscal, o de investimento de empresas
estatais e o da seguridade social, tendo, cada um deles, uma função específica. Sobre
o orçamento fiscal, assinale a opção que indica sua função específica.
A (A) Distributiva, a qual visa à redução das desigualdades.
(B) Alocativa, a qual visa à produção de bens e serviços não providos pelo mercado.
(C) Distributiva, a qual visa a garantir o pleno emprego e manter a economia aquecida.
(D) Estabilizadora, a qual visa à produção de bens e serviços não providos pelo
mercado.
(E) Estabilizadora, a qual visa a garantir o pleno emprego e manter a economia
aquecida.

178
162 CF88 - TÍTULO VI - Da Tributação e do Orçamento
CAPÍTULO II - DAS FINANÇAS PÚBLICAS
Seção II - DOS ORÇAMENTOS

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I - o plano plurianual;
plurianual
II - as diretrizes orçamentárias;
orçamentárias
III - os orçamentos anuais.
anuais

§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades
da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo Poder Público.

178
163 CF88 - TÍTULO VI - Da Tributação e do Orçamento
CAPÍTULO II - DAS FINANÇAS PÚBLICAS
Seção II - DOS ORÇAMENTOS

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I - o plano plurianual;
plurianual
II - as diretrizes orçamentárias;
orçamentárias
III - os orçamentos anuais.
anuais

§ 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado
do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões,
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
§ 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o
plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais,
segundo critério populacional.
§ 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e
à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de
créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei.

178
164 ALOCATIVA

DECISÃO
POLÍTICA
alocar bens público
ESTABILIZADORA
FUNÇÕES CLÁSSICAS

POLÍTICA DECISÃO
FISCAL POLÍTICA
equilibrar e
FUNÇÕES
fomentar
DO ESTADO

DISTRIBUTIVA

DECISÃO
POLÍTICA
178 tributar e transferir
165 ALOCATIVA

DECISÃO
POLÍTICA
alocar bens público

Por que esses bens devem ser alocados?


Para quem devem ser alocados?
Quem deve produzi-los?
Quem deve financiá-los (qual setor da sociedade deverá ser responsável pelo
fornecimento)? - oferece (ou estimula a oferta) de bens públicos
e bens que produzem externalidades positivas;
Quais bens devem ser alocados? ou
Qual a quantidade desses bens? - desestimula ou inviabiliza a produção de bens
Quanto devem custar esses bens? que produzem externalidades negativas.
- BENS PÚBLICOS: bens que não podem ser fornecidos de modo eficiente por meio do
sistema de mercado, isto é, mediante transações voluntárias entre consumidores
individuais e produtores.
- FALHAS DE MERCADO: apesar de haver demanda para alguns bens (iluminação de
ruas, por exemplo), os consumidores não estariam dispostos a pagar por eles; o
resultado é que os produtores não os ofertariam, gerando a chamada “falha de
178 mercado”
RIVALIDADE
166

Situação na qual o consumo de um bem por uma pessoa reduz a quantidade disponível
do bem para as demais pessoas (sociedade).

- BEM RIVAL: seu consumo por alguém reduz a quantidade disponível para os demais da
sociedade.

EXCLUSIVIDADE
Possibilidade de impedir o acesso de uma pessoa a determinado bem ou serviço
(jurídica, econômica, política ou naturalmente).

- BEM EXCLUSIVO: seu consumo pode ser impedido.

- BEM PRIVADO: simultaneamente rival e exclusivo.

- BEM PÚBLICO: simultaneamente não-rival (seu custo de


inclusão é nulo ou muito baixo) e não-exclusivo (o custo de
exclusão é muito alto ou infinito). Não se caracterizam
pela gratuidade,
gratuidade mas sim pela não-rivalidade e não-
exclusividade
178
167
Qual deve ser a distribuição ideal da renda na sociedade?
Quem seriam os beneficiários de uma redistribuição da renda?
Qual renda deve ser distribuída? tributa mais os que ganham mais
O quanto de renda deve ser distribuída? ou
Quem deve ter suas rendas redistribuídas? realiza “transferências” para os grupos
menos favorecidos da sociedade.
INSTRUMENTOS
- tributação da renda ou da propriedade, que pode ser progressiva ou não (dizemos que
um tributo é progressivo quando ele aumenta proporcionalmente ao valor da base
tributável, que pode ser a renda ou o patrimônio; nesse caso, tributa-se mais a quem
tem mais e menos a quem tem menos);
- transferências e subsídios, que podem ser diretos ou indiretos;
- disponibilização de rendas mínimas ou de serviços e bens públicos.

DISTRIBUTIVA

DECISÃO
POLÍTICA
tributar e transferir
178
168

Qual deve ser o nível de emprego na sociedade? Em


quais setores?
Qual deve ser o nível dos preços na sociedade? Em ESTABILIZADORA
quais setores?
Qual deve ser o nível de dispêndios e de poupança de DECISÃO
POLÍTICA
uma sociedade?
Qual deve ser o nível do crescimento econômico?

QUESTÃO-CHAVE equilibrar e
- equilíbrio entre gastos governamentais e o fomento ao fomentar
crescimento econômico.
atua sobre a demanda agregada
DA = C + I + G + X ou
reduz ou aumenta impostos, amplia ou
corta gastos, elevando ou restringindo a
demanda agregada e, assim, gerando
mais ou menos atividade econômica.

178
169 43. Durante a realização da reforma de uma escola pública municipal, foi editada uma
lei que obrigava os estabelecimentos públicos de ensino a ter aparelhos de ar
condicionado em cada uma das salas.
Em função da edição dessa lei, surgiu a necessidade de aquisição de 20 aparelhos de
ar condicionado para a escola, compra para a qual não havia dotação orçamentária
específica na Lei Orçamentária Anual.
Em decorrência dessa situação, foi necessário(a)
(A) a abertura de créditos adicionais suplementares.
(B) a reabertura de créditos adicionais especiais, abertos no exercício anterior.
(C) um decreto executivo para a utilização do contingenciamento.
(D) o remanejamento de dotação orçamentária, oriunda de cancelamento de

E
transferências constitucionais.
(E) a abertura de créditos adicionais especiais.

178
LEI Nº 4.320, DE 17 DE MARÇO DE 1964
170
TÍTULO V – Dos Créditos Adicionais

Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou


insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:


I - suplementares,
suplementares os destinados a refôrço de dotação orçamentária;
II - especiais,
especiais os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica;
III - extraordinários,
extraordinários os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de
guerra, comoção intestina ou calamidade pública.

Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos
por decreto executivo.

Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo,
que dêles dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.
Legislativo

Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em


que forem abertos, salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais
e extraordinários.
extraordinários

Art. 46. O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a espécie do
178 mesmo e a classificação da despesa, até onde fôr possível.
171 LEI Nº 4.320, DE 17 DE MARÇO DE 1964

TÍTULO V – Dos Créditos Adicionais

Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência


de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição
justificativa.
§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não
comprometidos:
I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
II - os provenientes de excesso de arrecadação;
III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de
créditos adicionais, autorizados em Lei;
IV - o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente
possibilite ao poder executivo realiza-las.
§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo
financeiro e o passivo financeiro,
financeiro conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos
adicionais transferidos e as operações de credito a eles vinculadas.
§ 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo
positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a
realizada,
realizada considerando-se, ainda, a tendência do exercício.
§ 4° Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de
arrecadação, deduzir-se-a a importância dos créditos extraordinários abertos no
178 exercício.
172 CF88 - VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS
Art. 167. São vedados:
...
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e
sem indicação dos recursos correspondentes;

§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro
em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos
quatro meses daquele exercício,
exercício caso em que, reabertos nos limites de seus saldos,
serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente.
§ 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a
despesas imprevisíveis e urgentes,
urgentes como as decorrentes de guerra, comoção interna ou
calamidade pública, observado o disposto no art. 62.

178
173 44. A Lei Complementar nº 101, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal,
provocou mudanças substanciais na Administração Pública, nas três esferas do
governo. Sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal, assinale a afirmativa correta.
(A) Impõe restrições às estatais independentes, visto que recebem recursos

B
governamentais para despesas de custeio em geral ou com pessoal.
(B) Tem como princípios o planejamento, o controle, a transparência e a
responsabilidade.
(C) Precisou, por ser uma lei federal, de suplementação pelas outras esferas do
governo.
(D) Foi aprovada, por meio de uma reforma constitucional, em maio de 2000.
(E) Foi editada para reger todo o processo orçamentário, revogando a defasada Lei nº
4.320/65.

178
174
Capítulos I e II Capítulo IV
Princípios, Despesa Pública
objetivos, conceitos Seção I
e planejamento Geração da despesa
Seção II Capítulo VII
Capítulos V e VI Despesas com pessoal Dívida e endividamento
Transferências e Seção I
destinações Definições Básicas
Seção II
Lei
Complementar

Capítulos VIII e IX
LR
nº 101/2000 Limites
Gestão patrimonial, Seção III
Recondução da Dívida
transparência,
controle e F Seção IV
Operações de Crédito
fiscalização Seção V
Garantia e Contragarantia
Capítulo X Capítulo III Seção VI
Prazos iniciais, Receita Pública Restos a Pagar
Fundo para o RGPS,
situação de
calamidade e outros
178
175 PRINCÍPIOS, OBJETIVOS E ABRANGÊNCIA
Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas
para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da
Constituição.
§ 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e
transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o
equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre
receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de
receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas
consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita,
concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.
§ 2º As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios.
§ 3º Nas referências:
I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compreendidos:
a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de
Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público;
b) as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e
empresas estatais dependentes;
II - a Estados entende-se considerado o Distrito Federal;
III - a Tribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de Contas da União, Tribunal
de Contas do Estado e, quando houver, Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de
Contas do Município.
178
176 45. Com relação às despesas públicas, assinale (V) para a afirmativa verdadeira e (F)
para a falsa.
( ) A amortização das dívidas e os respectivos juros serão classificados na categoria de
despesas correntes.
( ) A compra de um imóvel pela prefeitura para a instalação de um órgão, sem aumento
de capital, é considerada um investimento.
( ) Embora os gastos com inativos sejam considerados despesas de custeio, as
despesas com pensionistas são consideradas transferências correntes.
As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente:
(A) V – V – V.
(B) F – V – V.
(C) V – F – V.
(D) F – F – V.
E (E) F – F – F.

178
177 46. Avalie a situação descrita a seguir.
O Prefeito do Município de Águas Turvas informa que há, na lei orçamentária anual,
autorização para abertura de créditos adicionais, de natureza suplementar, até o limite
de 25% (vinte e cinco por cento) do orçamento. Esclarece, ainda, que obteve
autorização do Poder Legislativo, por meio de Projeto de Lei de sua iniciativa, para
nova suplementação de crédito. Com base na hipótese apresentada, assinale a opção
que indica se a nova suplementação é válida e se deverá ser contabilizada dentro de
limite de 25% (vinte e cinco por cento), que é o limite estabelecido na Lei Orçamentária
Anual.
(A) A autorização para nova suplementação tem vício de legalidade, já que não pode
haver suplementação de crédito, sem o esgotamento daquele já autorizado.
(B) A abertura dos créditos suplementares e especiais depende tão somente da
manifestação do chefe do Poder Executivo e se dá por decreto, não havendo que se

C
falar em autorização.
(C) A autorização concedida pelo Poder Legislativo é válida e eficaz, não integrando o
limite autorizado pela Lei Orçamentária.
(D) A autorização resguarda a prevalência do princípio da legalidade, basilar na
Administração Pública, e deve ser inserida no limite de 25% do orçamento.
(E) A abertura do crédito deve estar vinculada à previsão específica na própria Lei
Orçamentária, bem como ser autorizada por resolução do Legislativo.

178
178 CF88 - TÍTULO VI - Da Tributação e do Orçamento
CAPÍTULO II - DAS FINANÇAS PÚBLICAS
Seção II - DOS ORÇAMENTOS

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I - o plano plurianual;
plurianual
II - as diretrizes orçamentárias;
orçamentárias
III - os orçamentos anuais.
anuais

§ 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado
do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões,
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
§ 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o
plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais,
segundo critério populacional.

§ 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à


previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na
proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de
receita, nos termos da lei.
178

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