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5ª AULA: 2 de fevereiro

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2

→ 6 QUESTÕES
→ 6 QUESTÕES
→ 5 QUESTÕES
→ 5 QUESTÕES

→ 3 QUESTÕES

SEMANALMENTE → 25 questões

→ 6 QUESTÕES
→ 6 QUESTÕES
→ 3 QUESTÕES
→ 6 QUESTÕES
→ 4 QUESTÕES
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3

→ 6 QUESTÕES
→ 6 QUESTÕES

→ 3 QUESTÕES

SEMANA IV: 30 de janeiro

→ 6 QUESTÕES
→ 4 QUESTÕES
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4

→ 5 QUESTÕES
→ 5 QUESTÕES

SEMANA V: 2 de fevereiro

→ 6 QUESTÕES
→ 6 QUESTÕES
→ 3 QUESTÕES

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6

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8

1º Simulado
DIA 13 DE FEVEREIRO – DOMINGO
Local: ______________
8:00 às 13:00

2º Simulado
DIA 5 DE MARÇO - SÁBADO
Local: ______________
13:00 às 18:00
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Direito Constitucional

TCE/RJ - 2015
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10 1. Determinada Constituição Estadual, com o objetivo de assegurar padrões mínimos de
eficiência na organização político-administrativa dos municípios situados no respectivo
território, dispõe que:
I - as secretarias municipais devem ter a sua eficiência aferida junto à população e, no
caso de pontuação insuficiente por três anos consecutivos, a respectiva secretaria
será extinta;
II - as leis orçamentárias municipais devem destinar 5% (cinco por cento) da receita
corrente líquida a programas sociais voltados ao amparo dos moradores de rua;
III - a convocação de Secretário Municipal, para prestar esclarecimentos ao Poder
Legislativo Municipal, somente pode ser aprovada pelo Plenário, não pelas comissões,
efetivas ou temporárias.
Considerando o teor desses comandos e a funcionalidade da Constituição Estadual, é
correto afirmar que:
A) somente o comando (I) poderia ter sido nela inserido;
B) somente o comando (II) poderia ter sido nela inserido;

D
C) somente o comando (III) poderia ter sido nela inserido;
D) nenhum dos comandos poderia ter sido nela inserido;
E) todos os comandos poderiam ter sido nela inseridos.

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Federação Brasileira
ESTADOS
- Bens – artigo 26

- Autonomia: capacidade de auto-organização e autolegislação, de


autogoverno e auto-administração
 auto-organização e autolegislação (artigo 25 – poder constituinte
derivado decorrente, observados os princípios da CF; COMPETÊNCIAS
REMANESCENTES);
 autogoverno (artigos 27, 28 e 125);
 auto-administração (competências administrativas, inclusive,
mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões,
microrregiões constituídas por agrupamentos
de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e
a execução de funções públicas de interesse comum.).

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12 Federação Brasileira
MUNICÍPIOS
- Autonomia: capacidade de auto-organização e autolegislação, de
autogoverno e auto-administração
 auto-organização e autolegislação (artigo 29 –Lei orgânica,
observados os princípios das constituições federal e estadual e
preceitos da CF);
- Competência legislativa exclusiva (artigos 30, I);
- Competência legislativa suplementar (artigos 30, II)

- Artigo 18, § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o


desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual,
estadual dentro do
período determinado por Lei Complementar Federal,
Federal e dependerão de
consulta prévia,
prévia mediante plebiscito, às populações dos Municípios
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal,
Municipal
apresentados e publicados na forma da lei. (Redação dada pela EC nº
15/96 → EC 57/2008:
57/2008 convalida os atos de criação, fusão, incorporação
e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31
de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na
legislação do respectivo Estado à época de sua criação)

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13 TÍTULO III - Da Organização do Estado
CAPÍTULO IV - Dos Municípios

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica,


orgânica votada em dois turnos, com o
interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara
Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição,
Constituição
na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
preceitos
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro
anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro
do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do
art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores;
III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subseqüente ao
da eleição;
IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo
de: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes;

n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e
duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil)
habitantes;

x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito
107 milhões) de habitantes;
14 2. Determinada lei estadual, de iniciativa do Chefe do Poder Executivo, criou o “Fundo
Estadual de Combate às Desigualdades Sociais”, com finalidades definidas, e
reconheceu, como crédito presumido do ICMS, os valores efetivamente depositados
pelos respectivos contribuintes junto ao referido Fundo. À luz da sistemática
constitucional, é correto afirmar que essa lei é:
(A) inconstitucional, pois concedeu uma forma de incentivo ou benefício fiscal, em
matéria de ICMS, sem o consenso dos demais Estados e do Distrito Federal;
(B) constitucional, pois o Estado possui competência para legislar sobre direito
financeiro e pode definir a origem das receitas e os fins a serem alcançados pelo
Fundo;
(C) inconstitucional, pois a União tem competência privativa para legislar sobre matéria
orçamentária, direito financeiro e normas gerais de direito tributário;
(D) constitucional, pois o combate às desigualdades regionais é um objetivo
fundamental da República Federativa do Brasil, de modo que o Estado pode editar leis

E
com esse fim;
(E) inconstitucional, pois a lei não pode criar mecanismo que permita o direcionamento
da receita do ICMS para a satisfação de finalidades específicas e determinadas.

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CF88 - VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS
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Art. 167. São vedados:
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os
créditos orçamentários ou adicionais;
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de
capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com
finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a
repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e
159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para
manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da
administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212
e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de
receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e
sem indicação dos recursos correspondentes;
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria
de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização
legislativa;
TRANSPOSIÇÃO:
TRANSPOSIÇÃO realocações no âmbito dos programas de trabalho, dentro MESMO ÓRGÃO.
REMANEJAMENTO:
REMANEJAMENTO realocações na organização de um ente público, com destinação de recursos de UM ÓRGÃO PARA OUTRO.
TRANSFERÊNCIA:
TRANSFERÊNCIA
107 realocações recursos entre categorias econômicas de despesa, dentro do MESMO ÓRGÃO E DO MESMO
PROGRAMA DE TRABALHO.
16 3. O Chefe do Poder Executivo de determinado município nordestino formulou consulta
à sua assessoria jurídica solicitando que fosse esclarecido para qual órgão deveriam
ser encaminhadas as contas a respeito da aplicação dos recursos repassados pela
União, em razão da participação do município no resultado da exploração de gás
natural realizada em seu território. De acordo com a sistemática constitucional, é
correto afirmar que as contas devem ser analisadas:
A) pelo Tribunal de Contas do respectivo município, pois a receita auferida se
incorporou ao patrimônio municipal;
B) exclusivamente pela Câmara Municipal, órgão competente para emitir parecer e
julgar as contas de governo apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo do município;
C) pelo Tribunal de Contas da União, pois os recursos minerais, inclusive os do subsolo,
são de propriedade da União;
D) exclusivamente pelo Congresso Nacional, órgão competente para apreciar a correta

E
aplicação de bens e receitas da União;
E) pelo Tribunal de Contas do Estado, pois pertencem a cada ente federativo as
receitas recebidas a título de participação, sendo tão somente repassadas pela União.

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17 TÍTULO III - Da Organização do Estado
CAPÍTULO II - DA UNIÃO

Art. 20. São bens da União:


União
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e
construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental,
definidas em lei;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que
banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a
território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias
fluviais;
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias
marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras,
costeiras excluídas, destas, as que contenham a
sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade
ambiental federal, e as referidas no art. 26, II(DOS ESTADOS);
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
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18 Art. 20. São bens da União:
União
...
§ 1º - É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União,
participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural,
natural de
recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos
minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona
econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.
§ 2º - A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras
terrestres,
terrestres designada como faixa de fronteira,
fronteira é considerada fundamental para defesa
do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.

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19 TÍTULO III - Da Organização do Estado
CAPÍTULO IV - Dos Municípios

Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal,
mediante controle externo,
externo e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo
Municipal, na forma da lei.
§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o
auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos
Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o
Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços
dos membros da Câmara Municipal.
§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à
disposição de qualquer contribuinte,
contribuinte para exame e apreciação, o qual poderá
questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.

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20 4. Em razão da morte do governador, fato ocorrido quatro meses antes do término do
seu mandato, Eustáquio, vice-governador, terminou por sucedê-lo. Nas eleições
realizadas no mesmo ano, Eustáquio concorreu ao cargo de governador e teve
expressiva votação, iniciando o respectivo mandato no ano seguinte. Apesar do êxito,
Eustáquio, político ambicioso, já iniciou o planejamento a respeito do seu futuro e o do
seu filho Eustaquinho, que completará vinte e um anos exatamente no dia da próxima
eleição para cargos eletivos federais e estaduais. De acordo com a sistemática
constitucional de inelegibilidades, é correto afirmar que, na próxima eleição, acima

A
referida:
A) Eustaquinho não poderá concorrer a qualquer cargo eletivo no âmbito do território
de jurisdição do seu pai;
B) Eustáquio não precisará renunciar ao mandato de governador para que possa
concorrer ao mesmo cargo na próxima eleição;
C) Eustaquinho somente poderá concorrer ao cargo de Senador, no mesmo Estado,
caso seu pai renuncie ao mandato de governador até seis meses antes do pleito;
D) Eustáquio somente poderá concorrer ao cargo de governador, na próxima eleição,
caso renuncie seis meses antes do pleito;
E) Eustaquinho somente não poderá concorrer a cargos estaduais, inexistindo óbice a
que concorra para cargos federais.

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CF88
TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO IV - DOS DIREITOS POLÍTICOS

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e


pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da
lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.

§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:


I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do


serviço militar obrigatório, os conscritos.

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CF88
TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO IV - DOS DIREITOS POLÍTICOS

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual
para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
...
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária; Regulamento
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito,
Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.

§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.


...

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CF88
TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO IV - DOS DIREITOS POLÍTICOS
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual
para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.

§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal,
os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos
poderão ser reeleitos para um único período subseqüente.

§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os


Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos
respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.

§ 7º São inelegíveis,
inelegíveis no território de jurisdição do titular, o cônjuge
e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por
adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou
Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja
substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já
titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
reeleição
...
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STF - Jurisprudência

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 637.485


I. REELEIÇÃO. MUNICÍPIOS. INTERPRETAÇÃO DO ART. 14, § 5º, DA
CONSTITUIÇÃO. PREFEITO. PROIBIÇÃO DE TERCEIRA ELEIÇÃO EM CARGO DA
MESMA NATUREZA, AINDA QUE EM MUNICÍPIO DIVERSO. O instituto da reeleição
tem fundamento não somente no postulado da continuidade administrativa, mas
também no princípio republicano, que impede a perpetuação de uma mesma
pessoa ou grupo no poder. O princípio republicano condiciona a interpretação e a
aplicação do próprio comando da norma constitucional, de modo que a reeleição é
permitida por apenas uma única vez. Esse princípio impede a terceira eleição não
apenas no mesmo município, mas em relação a qualquer outro município da
federação. Entendimento contrário tornaria possível a figura do denominado
“prefeito itinerante” ou do “prefeito profissional”, o que claramente é incompatível
com esse princípio, que também traduz um postulado de temporariedade
/alternância do exercício do poder. Portanto, ambos os princípios – continuidade
administrativa e republicanismo – condicionam a interpretação e a aplicação
teleológicas do art. 14, § 5º, da Constituição. O cidadão que exerce dois mandatos
consecutivos como prefeito de determinado município fica inelegível para
o cargo da mesma natureza em qualquer outro município da federação.

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25 5. Considerando a sistemática de incorporação, na ordem jurídica interna, dos tratados
internacionais de proteção dos direitos humanos, bem como a posição que podem
ocupar no escalonamento das normas, é correto afirmar, de acordo com o
entendimento prevalecente no âmbito do Supremo Tribunal Federal, que:
A) sempre terão natureza supralegal, mas infraconstitucional;
B) podem ter natureza infralegal ou constitucional;

D
C) sempre terão natureza legal e infraconstitucional;
D) podem ter natureza supralegal ou constitucional;
E) sempre terão natureza constitucional.

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Aplicabilidade
CF88
TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais
HÁ CONSENSO DE QUE A GARANTIA CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E
ALCANÇA TODO ESTRANGEIRO QUE COLETIVOS
ESTEJA NO TERRITÓRIO NACIONAL,
RESIDENTE OU NÃO.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
CINCO DIREITOS FUNDAMENTAIS
BÁSICOS, DOS QUAIS DECORREM OS
DEMAIS.

- MAIOR EFICÁCIA AOS DIREITOS § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias


- EXISTEM DIREITOS DE EFICÁCIA fundamentais têm aplicação imediata.
LIMITADA

§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta


- FORMALMENTE CONSTITUCIONAIS Constituição não excluem outros decorrentes do regime e
- MATERIALMENTE CONSTITUCIONAIS dos princípios por ela adotados, ou dos tratados
internacionais em que a República Federativa do Brasil
seja parte.
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Aplicabilidade
CF88
TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:

LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo,


administrativo são
assegurados a razoável duração do processo e os meios
que garantam a celeridade de sua tramitação.
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação
imediata.

§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros


decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre


direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos
votos dos respectivos membros, serão equivalentes às
emendas constitucionais.
constitucionais

§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal


Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.
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Pedro Lenza
Direito constitucional esquematizado® – 23. ed.
107 Saraiva Educação, 2019. (Coleção esquematizado ®)
29
Direito Administrativo

TCE/RJ - 2015
107
30 13. Determinado ente público celebra contrato com escritório de advocacia para o
patrocínio de causa específica, que requer notória especialização. Satisfeito com o
serviço prestado, resolve prorrogar o contrato, para incluir assessoria jurídica ordinária
na prestação dos serviços. Tendo em vista a situação hipotética apresentada, é correto

A
afirmar que:
(A) a contratação de escritório de advocacia com notória especialização é uma
hipótese de inexigibilidade de licitação, sendo imprescindível haver prévio processo
administrativo justificando a escolha do fornecedor, como condição de eficácia do ato;
(B) havendo regular processo administrativo de dispensa de licitação, a inexistência de
forma escrita do contrato não ofende a lei de regência, eis que o instrumento de
contrato só é obrigatório nas contratações precedidas de licitação;
(C) conforme reiterada jurisprudência do STJ, o contrato nulo não obriga a
administração pública mesmo quando esta nulidade é imputável a ela, pois é exigível
do particular o conhecimento das regras atinentes a licitações e contratos
administrativos;
(D) se não for comprovada a lesão efetiva ao erário, a simples dispensa indevida de
licitação não impõe a condenação do agente público nas penas por improbidade
administrativa, por ser hipótese de responsabilidade subjetiva;
(E) o mesmo limite existente à alteração quantitativa do objeto do contrato
administrativo é aplicável à alteração do prazo de vigência.

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31 Lei nº 8.666/1993
Capítulo II – DA LICITAÇÃO
Seção I - Das Modalidades, Limites e Dispensa

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição,


competição em
especial:
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por
produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca,
devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão
de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo
Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza
singular,
singular com profissionais ou empresas de notória especialização,
especialização vedada a inexigibilidade
para serviços de publicidade e divulgação;
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de
empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião
pública.
§ 1º Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no
campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências,
publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos
relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e
indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.
§ 2º Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, se comprovado
superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado à Fazenda Pública o
fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público responsável, sem prejuízo de
107
outras sanções legais cabíveis.
32 Lei nº 8.666/1993
Capítulo II – DA LICITAÇÃO
Seção I - Das Modalidades, Limites e Dispensa

Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17 e no inciso


III e seguintes do art. 24, as situações de inexigibilidade
inexigibilidad referidas no art.
25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do
parágrafo único do art. 8o desta Lei deverão ser comunicados, dentro de
3 (três) dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação na
imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a
eficácia dos atos.
Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de
retardamento, previsto neste artigo, será instruído,
instruído no que couber, com
os seguintes elementos:
I - caracterização da situação emergencial, calamitosa ou de grave e
iminente risco à segurança pública que justifique a dispensa, quando for
o caso;
II - razão da escolha do fornecedor ou executante;
III - justificativa do preço.
IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens
serão alocados.

107
33 15. O Brasil já vivenciou inúmeros casos envolvendo corrupção em diversas esferas de
poder, o que levou à promulgação de leis com o intuito de desestimular a prática de
atos de corrupção.
Acerca do tema, é correto afirmar que:
A) promovida a ação civil pública por improbidade administrativa, o processo
administrativo de apuração de responsabilidade previsto na Lei anticorrupção será
suspenso, ante a existência de prejudicialidade externa; [PROCESSO ADMINISTRATIVO

B
NÃO IMPEDE A PERSECUÇÃO JUDICIAL]
B) o ato de improbidade administrativa pode ser reconhecido em âmbito administrativo,
com o intuito de aplicação de pena disciplinar de demissão ao servidor público
ímprobo;
C) dado o caráter sancionatório da lei anticorrupção, a responsabilidade da pessoa
jurídica é de natureza subjetiva, isto é, para aplicação das sanções, é imprescindível a
demonstração da culpa; [RESPONSABILIDADE DA PESSOA JURÍDICA → OBJETIVA, E
PRESCINDE DE CULPA]
D) a tentativa de prática de ato de improbidade administrativa não pode ser punida, por
ausência de norma de extensão que a torne típica;
E) a ação civil por improbidade administrativa pode ser ajuizada somente em face do
particular, que se beneficiou do ato ímprobo.

107
34 LEI ANTICORRUPÇÃO

Lei nº 12.846/2013

Dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela


prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira, e dá outras
providências.

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a responsabilização objetiva administrativa e civil de


pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou
estrangeira.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto nesta Lei às sociedades empresárias e às
sociedades simples, personificadas ou não, independentemente da forma de
organização ou modelo societário adotado, bem como a quaisquer fundações,
associações de entidades ou pessoas, ou sociedades estrangeiras, que tenham sede,
filial ou representação no território brasileiro, constituídas de fato ou de direito, ainda
que temporariamente.

Art. 2º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetivamente,


nos âmbitos administrativo e civil, pelos atos lesivos previstos nesta Lei
praticados em seu interesse ou benefício, exclusivo ou não.
não
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35 LEI ANTICORRUPÇÃO - Lei nº 12.846/2013

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 3º A responsabilização da pessoa jurídica não exclui a responsabilidade


individual de seus dirigentes ou administradores ou de qualquer pessoa natural, autora,
coautora ou partícipe do ato ilícito.
§ 1º A pessoa jurídica será responsabilizada independentemente da
responsabilização individual das pessoas naturais referidas no caput .
§ 2º Os dirigentes ou administradores somente serão responsabilizados por atos
ilícitos na medida da sua culpabilidade.

Art. 4º Subsiste a responsabilidade da pessoa jurídica na hipótese de alteração


contratual, transformação, incorporação, fusão ou cisão societária.
§ 1º Nas hipóteses de fusão e incorporação, a responsabilidade da sucessora será
restrita à obrigação de pagamento de multa e reparação integral do dano causado, até
o limite do patrimônio transferido, não lhe sendo aplicáveis as demais sanções
previstas nesta Lei decorrentes de atos e fatos ocorridos antes da data da fusão ou
incorporação, exceto no caso de simulação ou evidente intuito de fraude, devidamente
comprovados.
§ 2º As sociedades controladoras, controladas, coligadas ou, no âmbito do
respectivo contrato, as consorciadas serão solidariamente responsáveis pela prática
dos atos previstos nesta Lei, restringindo-se tal responsabilidade à obrigação de
107 pagamento de multa e reparação integral do dano causado.
36 LEI ANTICORRUPÇÃO - Lei nº 12.846/2013

CAPÍTULO IV - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE RESPONSABILIZAÇÃO

Art. 8º A instauração e o julgamento de processo administrativo para apuração da


responsabilidade de pessoa jurídica cabem à autoridade máxima de cada órgão ou
entidade dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, que agirá de ofício ou
mediante provocação, observados o contraditório e a ampla defesa.
...
Art. 10. O processo administrativo para apuração da responsabilidade de pessoa
jurídica será conduzido por comissão designada pela autoridade instauradora e
composta por 2 (dois) ou mais servidores estáveis.
§ 1º O ente público, por meio do seu órgão de representação judicial, ou
equivalente, a pedido da comissão a que se refere o caput , poderá requerer as medidas
judiciais necessárias para a investigação e o processamento das infrações, inclusive
de busca e apreensão.
§ 2º A comissão poderá, cautelarmente, propor à autoridade instauradora que
suspenda os efeitos do ato ou processo objeto da investigação.
§ 3º A comissão deverá concluir o processo no prazo de 180 (cento e oitenta) dias
contados da data da publicação do ato que a instituir e, ao final, apresentar relatórios
sobre os fatos apurados e eventual responsabilidade da pessoa jurídica, sugerindo de
forma motivada as sanções a serem aplicadas.
§ 4º O prazo previsto no § 3º poderá ser prorrogado, mediante ato fundamentado da
107 autoridade instauradora.
37 LEI ANTICORRUPÇÃO - Lei nº 12.846/2013

CAPÍTULO VII - DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 30. A aplicação das sanções previstas nesta Lei não afeta os processos de
responsabilização e aplicação de penalidades decorrentes de:
I - ato de improbidade administrativa nos termos da Lei nº 8.429, de 2 de junho de
1992 ; e
II - atos ilícitos alcançados pela Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, ou outras normas
de licitações e contratos da administração pública, inclusive no tocante ao Regime
Diferenciado de Contratações Públicas - RDC instituído pela Lei nº 12.462, de 4 de
agosto de 2011.

107
38
Lei de Improbidade Administrativa
LEI Nº 8.429/1992 → Atualizada pela Lei nº 14.230/2021
CAPÍTULO III - Das Penas

Art. 12. Independentemente do ressarcimento integral do dano patrimonial, se


efetivo, e das sanções penais comuns e de responsabilidade, civis e administrativas
previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade
sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou
cumulativamente,
cumulativamente de acordo com a gravidade do fato:

I - na hipótese do art. 9º desta Lei [ENRIQUECIMENTO ILÍCITO], perda dos bens ou


patrimônio perda da função pública,
valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio,
suspensão dos direitos políticos até 14 (catorze) anos,
anos pagamento de multa civil
equivalente ao valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o poder
público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios,
creditícios direta ou
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio
majoritário, pelo prazo não superior a 14 (catorze) anos;
anos
...

107
39
Lei de Improbidade Administrativa
LEI Nº 8.429/1992 → Atualizada pela Lei nº 14.230/2021
CAPÍTULO III - Das Penas
Art. 12. Independentemente do ressarcimento integral do dano patrimonial, se efetivo, e das sanções penais
comuns e de responsabilidade, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de
improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a
gravidade do fato:
...
II - na hipótese do art. 10 desta Lei [PREJUÍZO AO ERÁRIO], perda dos bens ou
valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância,
perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até 12 (doze) anos, anos
pagamento de multa civil equivalente ao valor do dano e proibição de contratar com
o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios,
creditícios direta
ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio
majoritário, pelo prazo não superior a 12 (doze) anos;
anos
...

107
40
Lei de Improbidade Administrativa
LEI Nº 8.429/1992 → Atualizada pela Lei nº 14.230/2021
CAPÍTULO III - Das Penas
Art. 12. Independentemente do ressarcimento integral do dano patrimonial, se efetivo, e das sanções penais
comuns e de responsabilidade, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de
improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a
gravidade do fato:
...
III - na hipótese do art. 11 desta Lei [CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA], pagamento de multa civil de até 24 (vinte e quatro) vezes o valor da
remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o poder público ou
de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios,
creditícios direta ou indiretamente,
ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo
prazo não superior a 4 (quatro) anos;
anos
IV - (revogado).
§ 1º A sanção de perda da função pública,
pública nas hipóteses dos incisos I e II do
caput deste artigo, atinge apenas o vínculo de mesma qualidade e natureza que o
agente público ou político detinha com o poder público na época do cometimento da
infração, podendo o magistrado, na hipótese do inciso I do caput deste artigo, e em
caráter excepcional, estendê-la aos demais vínculos, consideradas as
circunstâncias do caso e a gravidade da infração.

107
41 16. A licitação é o procedimento que concretiza determinados princípios
constitucionais, tais como os da impessoalidade e eficiência. Considerando a
jurisprudência dominante acerca do tema, é correto afirmar que:
(A) cada ente deve editar as suas normas gerais de licitação e contratos, em vista da

B
autonomia dos entes federados;
(B) é válida a cláusula de edital que exige, para fins de qualificação técnica, que o
licitante já tenha atuado em execução de obra similar àquela objeto da contratação;
(C) é necessário que a administração já disponha dos recursos orçamentários
pertinentes ao contrato no momento da realização da licitação;
(D) em vista do princípio da economicidade, é ilícita licitação que se destina a
contratar, exclusivamente, microempresa ou empresa de pequeno porte;
(E) o sistema de registro de preços obriga a administração pública a adquirir os
produtos conforme os limites indicados no processo licitatório.

107
42 Lei nº 8.666/1993
Capítulo II – DA LICITAÇÃO
Seção II - Da Habilitação

Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:


I - registro ou inscrição na entidade profissional competente;
II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e
compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação,
e indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico
adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da
qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se
responsabilizará pelos trabalhos;
III - comprovação,
comprovação fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os
documentos, e, quando exigido, de que tomou conhecimento de todas as
informações e das condições locais para o cumprimento das obrigações objeto
da licitação;
IV - prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o
caso.
...
§ 3o Será sempre admitida a comprovação de aptidão através
de certidões ou atestados de obras ou serviços similares de
complexidade tecnológica e operacional equivalente ou superior.
superior

107
43 17. De acordo com a Lei do Processo Administrativo Federal (Lei nº 9.784/1999):
(A) as competências administrativas podem ser delegadas somente a órgãos
hierarquicamente subordinados ao órgão delegante;
(B) as competências administrativas suscetíveis de delegação incluem a edição de
atos normativos e a decisão de recursos administrativos;
(C) o ato de delegação pode ser veiculado por qualquer forma idônea, dispensada, nos
termos da lei, a sua publicação no meio oficial;
(D) as competências administrativas são indelegáveis, tendo em vista o princípio da

E
indisponibilidade do interesse público;
(E) as competências administrativas de um órgão hierarquicamente inferior podem ser
avocadas, em caráter excepcional e temporário, por motivo justificado.

107
44 PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL - Lei nº 9.784/1999

CAPÍTULO VI - DA COMPETÊNCIA

Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a


que foi atribuída como própria,
própria salvo os casos de delegação e avocação legalmente
admitidos.

Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento
legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes
não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de
circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de
competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes.

Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:


I - a edição de atos de caráter normativo;
II - a decisão de recursos administrativos;
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos


relevantes devidamente justificados,
justificados a avocação temporária de
competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.
107
18. Acerca da responsabilidade civil extracontratual do Estado, é correto afirmar que:
A
45
(A) há responsabilidade do Estado por danos causados a particulares decorrentes de lei
declarada inconstitucional pelo Poder Judiciário;
(B) a responsabilidade civil das concessionárias e permissionárias de serviço público
pressupõe a existência de falha na prestação do serviço;
(C) o Estado é solidariamente responsável por quaisquer danos decorrentes de
condutas das concessionárias e permissionárias de serviços públicos;
(D) o direito de regresso é exercido pelo Estado contra seus agentes que, agindo no
horário de trabalho, tenham intencionalmente dado causa a danos a terceiros;
(E) a indenização devida pelo Estado à vítima deve ser proporcional ao grau de
culpabilidade do agente estatal causador do dano.

107
46
Responsabilidade Civil do Estado
RESPONSABILIDADE OBJETIVA → CF, Artigo 37, § 6º

LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO

- A regra é a inexistência de responsabilidade civil objetiva do Estado por atos


legislativos e por atos judiciais.

- Admite-se a responsabilidade civil por atos legislativos exclusivamente no caso


de: lei inconstitucional (danos decorrentes da aplicação de leis que venham a ser
declaradas inconstitucionais) e leis de efeitos concretos (danos decorrentes de
sua aplicação);

- Admite-se a responsabilidade civil do Estado por ato jurisdicional exclusivamente


no caso de erro judiciário na área criminal (CF, art, 5º, LXXV – “o Estado indenizará
o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo
fixado na sentença;”).

- Não alcança a esfera cível, autorizando apenas a chamada revisão criminal.

107
47
Responsabilidade Civil do Estado
RESPONSABILIDADE OBJETIVA → CF, Artigo 37, § 6º

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO

- Uma vez havido o dano caberá reparação do mesmo pela Administração, se


houver nexo de causalidade entre este e uma ação estatal,
estatal afastadas a culpa do
particular e a força maior.

- Ações: Administrativa e Judicial


I – Administrativa: se reconhecido o dano pelo Poder Público, e havendo acordo
entre as partes, pode haver indenização diretamente pela via administrativa.
II – Judicial: não havendo acordo entre as partes, o particular pode interpor ação
de reparação de danos, junto ao Judiciário, contra a pessoa jurídica causadora do
dano. Esta tem direito de regresso contra o servidor que ocasionou o prejuízo, se
houver dolo ou culpa. A regra, então, é que a ação seja contra a pessoa jurídica.
No entanto, entende-se que o particular pode propor a ação em litisconsórcio
passivo facultativo, ou seja, se quiser, pode ir contra o Estado e o agente público,
na mesma ação (RE 90.071-3 STF, 18.06.1980).

107
48
Responsabilidade Civil do Estado
RESPONSABILIDADE OBJETIVA → CF, Artigo 37, § 6º

AÇÃO REGRESSIVA

- Ação usada para que a Administração Pública, após indenizar o particular em


face da ação de um agente seu, possa reaver o valor desembolsado com tal
ressarcimento.

- Requisitos fundamentais:
I – que haja dano ao particular indenizado pela Administração Pública com base
em sua responsabilidade objetiva;
II – que o agente tenha agido com dolo ou culpa no surgimento desse dano.

- Não pode a Administração Pública exigir primeiro o pagamento pelo agente para
depois repassá-lo ao particular. Deve pagar o particular, em face de sua
responsabilidade objetiva e, depois, buscar ressarcimento junto ao agente, se
conseguir provar que agiu com dolo ou com culpa.

107
49
Análise das Demonstrações Contábeis

TCE/BA - 2013
107
50 Observe o balanço patrimonial a seguir e responda as questões 52 , 53 e 54.

52. O grau de imobilização do capital próprio e o índice de liquidez geral são,


respectivamente,
(A) 62% e 0,92.
(B) 62% e 1,84.

D
(C) 67% e 1,11.
(D) 109% e 0,92.
107 (E) 109% e 1,84.
51 ATIVO PERMANENTE → INVESTIMENTO + IMOBILIZADO + INTANGÍVEL

GRAU DE IMOBILIZAÇÃO DO CAPITAL PRÓPRIO = ATIVO PERMANENTE / PL


= (50 + 200 + 100) / 320
= 109,37 %

ÍNDICE DE LIQUIDEZ GERAL → ILG

= ATIVO CIRCULANTE + ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO = 200 + 150


PASSIVO CIRCULANTE + PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 180 + 200

= 0,92

107
52 Observe o balanço patrimonial a seguir e responda as questões 52 , 53 e 54.

53. O grau do passivo oneroso sobre o ativo e o valor da necessidade de capital de giro
são, respectivamente,
(A) 7% e ($40).
(B) 25% e ($120).

D
(C) 28% e $80.
(D) 36% e $60.
107 (E) 54% e $40.
53 PASSIVO ONEROSO → ENDIVIDAMENTO = PASSIVO ONEROSO / ATIVO

PASSIVO QUE GERA DESPESA FINANCEIRA


→ EMPRÉSTIMO + FINANCIAMENTO + DEBÊNTURES
→ NÃO SÃO CONSIDERADOS OS PASSIVOS RELACIONADOS AO CICLO OPERACIONAL

= PASSIVO ONEROSO / ATIVO


250 / 700 = 0,3571 → 36%

NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO → NCG = ACO ‐ PCO


EXCLUI FINANCEIRO → APENAS O OPERACIONAL

NCG = (AC - AF) - (PC - PF)


NCG = (200 - 10) - (180 – 50) = 60

107
54 Observe o balanço patrimonial a seguir e responda as questões 52 , 53 e 54.

54. Considerando uma receita líquida de $2.000 e o lucro bruto de $1.200, o ciclo
operacional em dias foi de

B
(A) 71 dias.
(B) 62 dias.
(C) 46 dias.
(D) 37 dias.
107 (E) 9 dias.
55 CMV = RECEITA DE VENDAS – LUCRO BRUTO
= 2.000 – 1.200 = 800

PRAZO MÉDIO DO ESTOQUE = (ESTOQUE / CMV) x 360


= (100 / 800) x 360 = 45 DIAS

PRAZO MÉDIO DE CLIENTES = (CLIENTES/VENDAS) x 360


= (90 / 2.000) x 360 = 16,2 DIAS

CICLO TOTAL → TEMPO NO ESTOQUE + TEMPO NO CLIENTE


45 + 16,2 = 61,2 DIAS

107
56
Auditoria Governamental

TCE/BA - 2013
107
57 60. O auditor analisa a autenticidade documental das notas fiscais de despesas
emitidas por terceiros e contratadas pela Administração Pública.
Esse procedimento da auditoria é denominado
(A) teste de observação.

C
(B) teste de circularização.
(C) teste de inspeção.
(D) teste de amostragem.
(E) teste de inventário.

107
58 NBC TA 500 – EVIDÊNCIA DE AUDITORIA

Aplicação e outros materiais explicativos

Evidência de auditoria apropriada e suficiente (ver item 6)


A2. A maior parte do trabalho do auditor para formar sua opinião consiste na obtenção
e avaliação da evidência de auditoria. Os procedimentos de auditoria para obter
evidência de auditoria podem incluir a inspeção, observação, confirmação, recálculo,
reexecução e procedimentos analíticos,
analíticos muitas vezes em combinação, além da
indagação.
indagação Embora a indagação possa fornecer importante evidência de auditoria e
possa produzir evidência de distorção, a indagação, sozinha, geralmente não fornece
evidência de auditoria suficiente da ausência de distorção relevante no nível da
afirmação nem da eficácia operacional dos controles.
A3. Como explicado na NBC TA 200, item 5, obtém-se segurança razoável quando o
auditor obtiver evidência de auditoria apropriada e suficiente para a redução do risco
de auditoria (isto é, o risco de que o auditor expresse uma opinião não apropriada
quando as demonstrações contábeis apresentam distorção relevante) a um nível
aceitavelmente baixo.
baixo

107
59 DENOMINAÇÃO ATUAL

Testes de Observância
→ TESTES DE CONTROLE: avalia a efetividade operacional dos
controles na prevenção ou detecção e correção de distorções
relevantes no nível de afirmações.

Testes Substantivos
→ PROCEDIMENTOS SUBSTANTIVOS:
SUBSTANTIVOS detecta distorções
relevantes no nível de afirmações.
Incluem testes de detalhes (fatos contábeis: classes de
transações, saldos de contas e divulgações) e procedimentos
analíticos substantivos (valores significativos/tendências:
índices, quocientes, quantidades absolutas e outras).

107
60 NBC TA 500 – EVIDÊNCIA DE AUDITORIA
Aplicação e outros materiais explicativos

Inspeção
A14. A inspeção envolve o exame de registros ou documentos,
documentos internos ou externos,
em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um
ativo.
ativo A inspeção de registros e documentos fornece evidência de auditoria com graus
variáveis de confiabilidade, dependendo de sua natureza e fonte e, no caso de registros
internos e documentos, da eficácia dos controles sobre a sua produção. Um exemplo
de inspeção utilizada como teste é a inspeção de registros em busca de evidência de
autorização.

Observação
A17. A observação consiste no exame de processo ou procedimento executado por
outros,
outros por exemplo, a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos
empregados da entidade ou da execução de atividades de controle. A observação
fornece evidência de auditoria a respeito da execução de processo ou procedimento,
mas é limitada ao ponto no tempo em que a observação ocorre e pelo fato de que o ato
de ser observado pode afetar a maneira como o processo ou procedimento é
executado. Ver NBC TA 501 – Evidência de Auditoria – Considerações Específicas para
Itens Selecionados para orientação adicional sobre a observação da contagem de
107 estoque.
61 61. Quanto às evidências apropriadas e suficientes da estrutura conceitual de
certificação de auditoria, analise as afirmativas a seguir.
I. A confiabilidade da evidência é influenciada pela sua fonte de obtenção, sendo a
confirmação de fonte externa ou independente um fator que aumenta o grau de
confiabilidade.
II. A evidência gerada internamente é mais confiável quando os controles internos são
eficazes.
III. A declaração subsequente do que foi discutido é mais confiável do que a evidência
documental.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

D
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

107
62 NBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL

Trabalho de asseguração razoável e trabalho de asseguração limitada


14. No trabalho de asseguração razoável, o auditor independente reduz o risco do trabalho
para um nível aceitavelmente baixo nas circunstâncias do trabalho como base para a sua
conclusão. A conclusão do auditor independente é expressa de forma que transmita a sua
opinião sobre o resultado da mensuração ou avaliação de determinado objeto de acordo
com os critérios aplicáveis.
15. No trabalho de asseguração limitada, o auditor independente reduz o risco do trabalho
para um nível que é aceitável nas circunstâncias do trabalho, mas que ainda é maior do
que para um trabalho de asseguração razoável.
razoável Dessa forma, sua conclusão deve
transmitir se, com base nos procedimentos realizados e evidências obtidas, algum
assunto chegou ao seu conhecimento de forma a levá-lo a acreditar que a informação do
objeto está relevantemente distorcida. A natureza, a época e a extensão dos
procedimentos executados no trabalho de asseguração limitada são restritos (menos
extensos), quando comparados com os que são necessários no trabalho de asseguração
razoável, mas são planejados para obter um nível de segurança que seja, no julgamento
profissional do auditor independente, significativo. Para que seja significativo, o nível de
segurança obtido pelo auditor deve ser capaz de aumentar a confiança dos usuários
previstos sobre a informação do objeto em nível que seja mais do que rrelevante.

107
63 NBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL

Evidência suficiente e apropriada


63. A confiabilidade da evidência é influenciada por sua fonte e sua natureza e
depende das circunstâncias particulares sob as quais são obtidas. Generalizações
sobre a confiabilidade de vários tipos de evidências podem ser feitas; contudo, tais
generalizações estão sujeitas a exceções importantes. Mesmo quando a evidência é
obtida de fontes externas, podem existir circunstâncias que poderiam afetar sua
confiabilidade. Por exemplo, evidência obtida de fonte externa pode não ser
confiável se a fonte não for conhecida ou objetiva. Enquanto se reconhece que
possam existir exceções, as seguintes generalizações sobre a confiabilidade da
evidência podem ser úteis:
 a evidência é mais confiável quando é obtida de fontes externas às partes
apropriadas;
 a evidência que é gerada internamente é mais confiável quando os controles
relacionados são efetivos;
 a evidência obtida diretamente pelo auditor independente (por exemplo, na
observação da efetividade de controle) é mais confiável do que a evidência obtida
indiretamente ou por dedução (por exemplo, indagação sobre a efetividade do
controle);
 a evidência formal é mais confiável, seja em papel, de forma eletrônica ou outra
mídia (por exemplo, a ata de reunião geralmente é mais confiável do que a
107 representação verbal do que foi discutido).
64 62. A finalidade de comunicar o risco e o controle para as áreas apropriadas da
organização à alta administração, examinando, avaliando e monitorando a adequação e
efetividade do controle interno de forma contínua e com maior volume de testes, é
competência da

B
(A) Auditoria Independente.
(B) Auditoria Interna.
(C) Auditoria Operacional.
(D) Auditoria Contábil.
(E) Auditoria de Gestão.

107
65

107
66

107
67 NORMAS DE AUDITORIA DO TCU - NAT

CLASSIFICAÇÃO DAS AUDITORIAS


Quanto à natureza, as auditorias classificam-se em:
- Auditorias de regularidade,
regularidade que objetivam examinar a legalidade e a legitimidade dos
atos de gestão dos responsáveis sujeitos à jurisdição do Tribunal, quanto aos aspectos
contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial. Compõem as auditorias de
regularidade as auditorias de conformidade e as auditorias contábeis.
- Auditorias operacionais,
operacionais que objetivam examinar a economicidade, eficiência,
eficácia e efetividade de organizações, programas e atividades governamentais, com a
finalidade de avaliar o seu desempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão
pública.
O sistema de contabilidade pública brasileiro incorpora, além do próprio sistema
contábil, os sistemas orçamentário, financeiro e patrimonial. Desse modo, considera-se
também auditoria contábil a realizada sobre as demonstrações contábeis,
orçamentárias, financeiras e patrimoniais produzidas pela administração de entidades
públicas, a partir desses sistemas e dos respectivos lançamentos neles realizados,
mediante técnica contábil, bem como sobre a documentação e os registros que lhes
dão suporte.
A classificação das auditorias como de regularidade ou operacional dependerá do
objetivo prevalecente em cada trabalho de auditoria,
auditoria já que elas constituem parte de
um mesmo todo da auditoria governamental e, às vezes, integram o escopo de um
107 mesmo trabalho de auditoria.
68 AUDITORIA GOVERNAMENTAL DA GESTÃO PÚBLICA
NAG 1000 – NORMAS GERAIS
1100 – Conceitos Básicos
1102 – AUDITORIA:
AUDITORIA exame independente, objetivo e sistemático de dada matéria,
baseado em normas técnicas e profissionais, no qual se confronta uma condição com
determinado critério com o fim de emitir uma opinião ou comentários.
comentários
1102.1 – AUDITORIA GOVERNAMENTAL:
GOVERNAMENTAL exame efetuado em entidades da
administração direta e indireta,
indireta em funções, subfunções, programas, ações (projetos,
atividades e operações especiais), áreas, processos, ciclos operacionais, serviços,
sistemas e sobre a guarda e a aplicação de recursos públicos por outros responsáveis,
em relação aos aspectos contábeis, orçamentários, financeiros, econômicos,
patrimoniais e operacionais, assim como acerca da confiabilidade do sistema de
controle interno (SCI). É realizada por profissionais de auditoria governamental,
governamental por
intermédio de levantamentos de informações, análises imparciais, avaliações
independentes e apresentação de informações seguras, devidamente consubstanciadas
em evidências, segundo os critérios de legalidade, legitimidade, economicidade,
eficiência, eficácia, efetividade, equidade, ética, transparência e proteção do meio
ambiente, além de observar a probidade administrativa e a responsabilidade social dos
gestores da coisa pública.

107
69 AUDITORIA GOVERNAMENTAL DA GESTÃO PÚBLICA

1102.1.1 – AUDITORIA DE REGULARIDADE:


REGULARIDADE exame e avaliação dos registros; das
demonstrações contábeis; das contas governamentais; das operações e dos sistemas
financeiros; do cumprimento das disposições legais e regulamentares; dos sistemas de
controle interno; da probidade e da correção das decisões administrativas adotadas
pelo ente auditado, com o objetivo de expressar uma opinião.
1102.1.1.1 – AUDITORIA CONTÁBIL:
CONTÁBIL exame das demonstrações contábeis e outros
relatórios financeiros com o objetivo de expressar uma opinião – materializada em um
documento denominado relatório de auditoria – sobre a adequação desses
demonstrativos em relação a estas NAGs, aos Princípios de Contabilidade (PCs), às
Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs), sejam elas profissionais ou técnicas, e à
legislação pertinente. Em uma auditoria contábil o profissional de auditoria
governamental deverá verificar se as demonstrações contábeis e outros informes
representam uma visão fiel e justa do patrimônio envolvendo questões orçamentárias,
financeiras, econômicas e patrimoniais, além dos aspectos de legalidade.
1102.1.1.2 – AUDITORIA DE CUMPRIMENTO LEGAL:
LEGAL exame da observância das
disposições legais e regulamentares aplicáveis.

107
70

AUDITORIA GOVERNAMENTAL DA GESTÃO PÚBLICA

NAG 1000 – NORMAS GERAIS


1100 – Conceitos Básicos

1102.1.2 – AUDITORIA OPERACIONAL:


OPERACIONAL exame de funções, subfunções, programas,
ações (projetos, atividades, operações especiais), áreas, processos, ciclos
operacionais, serviços e sistemas governamentais com o objetivo de se emitir
comentários sobre o desempenho dos órgãos e das entidades da Administração Pública
e o resultado das políticas, programas e projetos públicos, pautado em critérios de
economicidade, eficiência, eficácia, efetividade, equidade, ética e proteção ao meio
ambiente, além dos aspectos de legalidade.

107
71 Manual do Sistema de Controle Interno - CGU
Classificação
5. A auditoria classifica-se em:
I. Auditoria de Avaliação da Gestão:
Gestão esse tipo de auditoria objetiva emitir opinião com
vistas a certificar a regularidade das contas,
contas verificar a execução de contratos,
acordos, convênios ou ajustes, a
probidade na aplicação dos dinheiros públicos e na guarda ou administração de valores
e outros bens da União ou a ela confiados, compreendendo, entre outros, os seguintes
aspectos: exame das peças que instruem os processos de tomada ou prestação de
contas; exame da documentação comprobatória dos atos e fatos administrativos;
verificação da eficiência dos sistemas de controles administrativo e contábil;
verificação do cumprimento da legislação pertinente; e avaliação dos resultados
operacionais e da execução dos programas de governo quanto à economicidade,
eficiência e eficácia dos mesmos.
II. Auditoria de Acompanhamento da Gestão:
Gestão realizada ao longo dos processos de
gestão, com o objetivo de se atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos
potenciais positivos e negativos de
uma unidade ou entidade federal, evidenciando melhorias e economias existentes no
processo ou prevenindo gargalos ao desempenho da sua missão institucional.

107
72 Manual do Sistema de Controle Interno - CGU

Classificação
5. A auditoria classifica-se em:

III. Auditoria Contábil:


Contábil compreende o exame dos registros e documentos e na coleta de
informações e confirmações, mediante procedimentos específicos, pertinentes ao
controle do patrimônio de uma unidade, entidade ou projeto. Objetivam obter elementos
comprobatórios suficientes que permitam opinar se os registros contábeis foram
efetuados de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e se as
demonstrações deles originárias refletem, adequadamente, em seus aspectos mais
relevantes, a situação
econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo
examinado e as demais situações nelas demonstradas. Tem por objeto, também,
verificar a efetividade e a aplicação de recursos externos, oriundos de agentes
financeiros e organismos internacionais, por unidades ou entidades públicas
executoras de projetos celebrados com aqueles organismos com vistas a emitir opinião
sobre a adequação e fidedignidade das demonstrações financeiras.

107
73 Manual do Sistema de Controle Interno - CGU
Classificação
5. A auditoria classifica-se em:
IV. Auditoria Operacional:
Operacional consiste em avaliar as ações gerenciais e os procedimentos
relacionados ao processo operacional, ou parte dele, das unidades ou entidades da
administração pública federal,
programas de governo, projetos, atividades, ou segmentos destes, com a finalidade de
emitir uma opinião sobre a gestão quanto aos aspectos da eficiência, eficácia e
economicidade, procurando auxiliar a administração na gerência e nos resultados, por
meio de recomendações, que visem aprimorar os procedimentos, melhorar os controles
e aumentar a responsabilidade gerencial. Este tipo de procedimento auditorial,
consiste numa atividade de assessoramento ao gestor público, com vistas a aprimorar
as práticas dos atos e fatos administrativos, sendo desenvolvida de forma tempestiva
no contexto do setor público, atuando sobre a gestão, seus programas governamentais
e sistemas informatizados.
V. Auditoria Especial:
Especial objetiva o exame de fatos ou situações consideradas relevantes,
de natureza incomum ou extraordinária, sendo realizadas para atender determinação
expressa de autoridade
competente. Classifica-se nesse tipo os demais trabalhos auditoriais não inseridos em
outras classes de atividades.

107
74 63. Determinada unidade gestora entregou ao auditor o balanço patrimonial encerrado
do ano de 2012 a seguir.

No parecer da demonstração contábil analisada, o auditor, com base nas NBC T SP 16,
emitiu sua opinião como “adversa” em razão da
(A) inclusão dos estoques como ativo “não circulante” quando o correto é “circulante”,
alterando assim o índice de liquidez geral. [LIQUIDEZ GERAL = (AC + ANC) / (PC + PNC)]
(B) falta de reclassificação da conta “Direitos a receber do ano” para a conta “Dívida
Ativa de curto prazo”.
(C) falta de identificação de quais são os terceiros da conta “Depósitos de Terceiros”, o
que dificulta sua restituição no prazo de vencimento. [CONTA SINTÉTICA NO BP]
(D) inclusão indevida da conta retificadora do Ativo por se tratar de uma administração
pública, o que provocou uma variação patrimonial diminutiva alterando assim o
resultado patrimonial.
E (E) inclusão da conta “Restos a Pagar Não Processados” no passivo circulante, o que
gerou a superavaliação do passivo, em contrapartida de uma despesa que subavaliou
107 significativamente o resultado patrimonial. [SISTEMÁTICA ALTERADA]
75

107
76

107
77

107
78 64. Quanto às transações e eventos subsequentes, analise as afirmativas a seguir.
I. A decisão ou pagamento em processo judicial após o final do período contábil a que
se referem as demonstrações contábeis, confirmando que a entidade já tinha a
obrigação presente ao final daquele período contábil, é um exemplo de evento
subsequente que origina ajuste.
II. A falência do cliente ocorrida após o período contábil a que se referem as
demonstrações contábeis, confirmando que já existia uma inadimplência na conta a
receber ao final daquele período, não habilita o ajuste no valor contábil da conta a
receber.
III. O evento subsequente à redução do valor de mercado de investimentos ocorrida no
período entre a data do balanço e a data de autorização de conclusão da elaboração
das demonstrações contábeis, não é passível de ajuste.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

D
(C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

107
79 NBC TA 560 – EVENTOS SUBSEQUENTES

Definições
5. Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir possuem os significados a eles
atribuídos abaixo:
(a) Data das demonstrações contábeis é a data de encerramento do último período coberto
pelas demonstrações contábeis.
(b) Data de aprovação das demonstrações contábeis é a data em que todos os quadros que
compõem as demonstrações contábeis foram elaborados e que aqueles com autoridade
reconhecida afirmam que assumem a responsabilidade por essas demonstrações
contábeis (ver item A2).
(c) Data do relatório do auditor independente é a data do relatório do auditor independente
sobre as demonstrações contábeis de acordo com a NBC TA 700 (ver item A3).
(d) Data de divulgação das demonstrações contábeis é a data em que o relatório do auditor
independente e as demonstrações contábeis auditadas são disponibilizados para
terceiros (ver itens A4 e A5).
(e) Eventos subsequentes são eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis
e a data do relatório do auditor independente e fatos que chegaram ao conhecimento do
auditor independente após a data do seu relatório.

107
80 NBC TA 560 – EVENTOS SUBSEQUENTES

Eventos subsequentes
AUDITOR: OBTER EVIDÊNCIAS


Data das Data de Data do Data de
demonstrações aprovação das relatório do divulgação das
contábeis demonstrações auditor demonstrações
contábeis independente contábeis

Fatos que chegaram ao conhecimento


AUDITOR: RESPONDER AOS FATOS

107
81 NBC TA 560 – EVENTOS SUBSEQUENTES

Fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório,
mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis
10. O auditor independente não tem obrigação de executar nenhum procedimento de
auditoria em relação às demonstrações contábeis após a data do seu relatório.
Entretanto, se, após a data do seu relatório, mas antes da data de divulgação das
demonstrações contábeis, o auditor tomar conhecimento de fato que, se fosse do seu
conhecimento na data do relatório, poderia ter levado o auditor a alterar seu relatório, ele
deve (ver item A12):
(a) discutir o assunto com a administração e, quando apropriado, com os responsáveis pela
governança;
(b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e, caso afirmativo;
(c) indagar como a administração pretende tratar o assunto nas demonstrações contábeis.

11. Caso a administração altere as demonstrações contábeis, o auditor independente deve:


(a) aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias da alteração;
(b) exceto se as circunstâncias no item12 forem aplicáveis:
(i) estender os procedimentos de auditoria mencionados nos itens 6 e 7 até a data do novo
relatório do auditor independente; e
(ii) fornecer novo relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis
alteradas. O novo relatório do auditor independente não deve ter data anterior
107 à data de aprovação das demonstrações contábeis alteradas.
82 NBC TA 560 – EVENTOS SUBSEQUENTES

Fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório,
mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis
13. Pode ser que não haja exigência da legislação ou, regulamentação para que
a administração reapresente demonstrações contábeis e, portanto, o auditor
não precisa fornecer novo relatório de auditoria ou alterar o relatório.
Entretanto, se a administração não alterar as demonstrações contábeis nas
circunstâncias em que o auditor considerar necessário (ver itens A14 e A15):
(a) se o relatório do auditor independente ainda não tiver sido fornecido à entidade, o
auditor independente deve modificá-lo conforme exigido pela NBC TA 705 – Modificações
na Opinião do Auditor Independente, e depois fornecê-lo; ou
(b) se o relatório do auditor independente já tiver sido fornecido à entidade, o auditor
independente deve notificar a administração e, a menos que todos os responsáveis pela
governança façam parte da administração da entidade, os responsáveis pela governança,
para que não divulguem as demonstrações contábeis para terceiros antes de serem feitas
as alterações necessárias. Se mesmo assim, as demonstrações contábeis forem
divulgadas posteriormente sem as modificações necessárias, o auditor independente
deve tomar medidas para procurar evitar o uso por terceiros daquele relatório de
auditoria (ver itens A16 e A17).

107
83 CPC 24 – EVENTO SUBSEQUENTE

Definições
3. Os termos abaixo são usados neste Pronunciamento com os seguintes significados:
Evento subsequente ao período a que se referem as demonstrações contábeis é
aquele evento, favorável ou desfavorável, que ocorre entre a data final do período a
que se referem as demonstrações contábeis e a data na qual é autorizada a
emissão dessas demonstrações. Dois tipos de eventos podem ser identificados:
(a) os que evidenciam condições que já existiam na data final do período a que se
referem as demonstrações contábeis (evento subsequente ao período contábil a
que se referem as demonstrações que originam ajustes);
(b) os que são indicadores de condições que surgiram subsequentemente ao período
contábil a que se referem as demonstrações contábeis (evento subsequente ao
período contábil a que se referem as demonstrações que não originam ajustes).

107
84 CPC 24 – EVENTO SUBSEQUENTE

Reconhecimento e mensuração
Evento subsequente ao período contábil a que se referem as demonstrações contábeis que
originam ajustes

8. A entidade deve ajustar os valores reconhecidos em suas demonstrações contábeis para


que reflitam os eventos subsequentes que evidenciem condições que já existiam na data
final do período contábil a que se referem as demonstrações contábeis.

9. A seguir são apresentados exemplos de eventos subsequentes ao período contábil a que


se referem as demonstrações contábeis que exigem que a entidade ajuste os valores
reconhecidos em suas demonstrações ou reconheça itens que não tenham sido previamente
reconhecidos:
(a) decisão ou pagamento em processo judicial após o final do período
contábil a que se referem as demonstrações contábeis, confirmando que
a entidade já tinha a obrigação presente ao final daquele período
contábil. A entidade deve ajustar qualquer provisão relacionada ao processo anteriormente
reconhecida de acordo com o CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos
Contingentes ou registrar nova provisão. A entidade não divulga meramente um passivo
contingente porque a decisão proporciona provas adicionais que seriam consideradas de
acordo com o item 16 do CPC 25;

107
85 CPC 24 – EVENTO SUBSEQUENTE

Reconhecimento e mensuração
Evento subsequente ao período contábil a que se referem as demonstrações contábeis que
originam ajustes

9. A seguir são apresentados exemplos de eventos subsequentes ao período contábil a que


se referem as demonstrações contábeis que exigem que a entidade ajuste os valores
reconhecidos em suas demonstrações ou reconheça itens que não tenham sido previamente
reconhecidos:
...
(b) obtenção de informação após o período contábil a que se referem as demonstrações
contábeis, indicando que um ativo estava desvalorizado ao final daquele período contábil ou
que o montante da perda por desvalorização previamente reconhecido em relação àquele
ativo precisa ser ajustado. Por exemplo:
(i) falência de cliente, ocorrida após o período contábil a que se
referem as demonstrações contábeis, normalmente confirma que houve
perda por redução ao valor recuperável no crédito no final do período de
relatório; e (Alterado pela Revisão CPC 12)
(ii) venda de estoque após o período contábil a que se referem as demonstrações
contábeis pode proporcionar evidência sobre o valor de realização líquido desses estoques
ao final daquele período;

107
86 CPC 24 – EVENTO SUBSEQUENTE

Evento subsequente ao período contábil a que se referem as demonstrações contábeis que


originam ajustes
9. A seguir são apresentados exemplos de eventos subsequentes ao período contábil a que
se referem as demonstrações contábeis que exigem que a entidade ajuste os valores
reconhecidos em suas demonstrações ou reconheça itens que não tenham sido previamente
reconhecidos:

(c) determinação, após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis, do


custo de ativos comprados ou do valor de ativos recebidos em troca de ativos vendidos antes
do final daquele período;

(d) determinação, após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis, do


valor referente ao pagamento de participação nos lucros ou referente às gratificações, no
caso de a entidade ter, ao final do período a que se referem as demonstrações, uma
obrigação presente legal ou construtiva de fazer tais pagamentos em decorrência de eventos
ocorridos antes daquela data (ver CPC 33 – Benefícios a Empregados); e
(e) descoberta de fraude ou erros que mostram que as demonstrações contábeis estavam
incorretas.

107
87 CPC 24 – EVENTO SUBSEQUENTE

Reconhecimento e mensuração
Evento subsequente ao período contábil a que se referem as demonstrações contábeis que
não originam ajustes

10. A entidade não deve ajustar os valores reconhecidos em suas demonstrações contábeis
por eventos subsequentes que são indicadores de condições que surgiram após o período
contábil a que se referem as demonstrações.

11. Um exemplo de evento subsequente ao período contábil a que se referem as


demonstrações contábeis que não origina ajustes é o declínio do valor justo de investimentos
ocorrido no período compreendido entre o final do período contábil a que se referem as
demonstrações e a data de autorização de emissão dessas demonstrações. O declínio do
valor justo não se relaciona normalmente à condição dos investimentos no final do período
contábil a que se referem as demonstrações contábeis, mas reflete circunstâncias que
surgiram no período seguinte. Portanto, a entidade não deve ajustar os valores reconhecidos
para os investimentos em suas demonstrações contábeis. Igualmente, a entidade não deve
atualizar os valores divulgados para os investimentos na data do balanço, embora possa
necessitar dar divulgação adicional conforme o item 21.

107
88 65. Sobre auditoria governamental, analise as afirmativas a seguir.
I. O exame da legitimidade é mais importante no tipo de auditoria de conformidade.
II. A auditoria de avaliação de programas de governo é adequada para avaliar os
processos licitatórios de compras e serviços com a finalidade do cumprimento do
projeto ou da atividade aprovada no orçamento.
III. A forma mais adequada de auditoria governamental é a indireta integrada, por
oferecer maior isenção ou neutralidade no parecer.

A
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

107
IN SFC Nº 1/2001 (Revogada em 2017)
89
Formas de execução
6. As auditorias serão executadas das seguintes formas:
I. Direta – trata-se das atividades de auditoria executadas diretamente por servidores em
exercício nos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal,
sendo subdividas em:
a) centralizada – executada exclusivamente por servidores em exercício nos Órgão Central
ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.
b) descentralizada – executada exclusivamente por servidores em exercício nas unidades
regionais ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.
c) integrada – executada conjuntamente por servidores em exercício nos Órgãos Central,
setoriais, unidades regionais e/ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo Federal.
II. Indireta – trata-se das atividades de auditoria executadas com a participação de
servidores não lotados nos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo Federal, que desempenham atividades de auditoria em quaisquer instituições da
Administração Pública Federal ou entidade privada.
a) compartilhada – coordenada pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal
com o auxílio de órgãos/instituições públicas ou privada.
b) terceirizada – executada por instituições privadas, ou seja, pelas denominadas empresas
de auditoria externa.
III. Simplificada – trata-se das atividades de auditoria realizadas, por servidores em exercício
nos Órgãos Central, setoriais, unidades regionais ou setoriais do Sistema de Controle Interno
do Poder Executivo Federal, sobre informações obtidas por meio de exame de processos e
por meio eletrônico, específico das unidades ou entidades federais, cujo custo-benefício não
justifica o deslocamento de uma equipe para o órgão. Essa forma de execução de auditoria
107 pressupõe a utilização de indicadores de desempenho que fundamentam a opinião do agente
90
Contabilidade do Setor Público

TCE/AM - 2021
107
91 46. Com a convergência aos padrões internacionais de Contabilidade Aplicada ao Setor
Público, alguns conceitos mais associados a disposições legais têm se aproximado da
Teoria da Contabilidade.
O conceito de Ativo, por exemplo, está associado à ideia de controle de um recurso.
Considerando o escopo desse conceito, é correto afirmar que:
(A) a capacidade de negar ou restringir o acesso a um recurso não é um indicador de
controle;

C
(B) a propriedade legal do recurso não é um indicador de controle;
(C) a propriedade legal do recurso não é uma característica essencial de um ativo;
(D) o recebimento de fluxos de caixa é uma característica essencial para definir um
ativo;
(E) o direcionamento de um recurso para o cumprimento dos objetivos da entidade é
uma característica essencial para definir um ativo.

107
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107
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107
94

107
95 47. O registro patrimonial da contratação de uma operação de crédito por uma entidade
pública implica um lançamento:
(A) a crédito na conta Receita a Realizar;
(B) a crédito na conta Receita Realizada;
(C) a débito na conta Crédito Disponível;

E
(D) a débito na conta Empréstimos a pagar;
(E) a débito na conta Caixa e Equivalentes de Caixa.

Banco Conta Movimento XX.XXX,XX


a Empréstimos a pagar

107
96 48. Um dos critérios de mensuração de estoques abordados no Manual de
Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) é o valor realizável líquido.
Esse critério de mensuração:
(A) apura o custo em que a entidade incorreria para adquirir o mesmo ativo na data da
demonstração contábil;
(B) deve ser aplicado a estoques adquiridos por meio de transação sem
contraprestação;
(C) equivale ao valor justo deduzido dos gastos necessários para vender;

D (D) implica a dedução dos custos estimados de venda, troca ou distribuição;


(E) reflete a quantia pela qual o estoque pode ser trocado entre compradores e
vendedores bem informados e dispostos.

107
97

107
98

107
99

107
100 49. No final do exercício financeiro de 2019, o governo de um Estado da Federação,
após aprovação legislativa, extinguiu um órgão da sua estrutura administrativa. O
pessoal lotado no órgão foi remanejado para outras entidades, e o imóvel onde
funcionava o órgão extinto será alugado a uma entidade privada. A prática contábil
adotada pelo governo do ente para avaliação de propriedades para investimento é o
modelo do custo. O valor contábil líquido do imóvel ao final daquele exercício era
R$ 480.000,00.
Para fins de evidenciação nas demonstrações contábeis do ente, o imóvel em questão
deverá ser:
(A) mantido no Ativo Imobilizado, no grupo Bens Imóveis, após teste de redução ao
valor recuperável;
(B) mantido no Ativo Imobilizado, no grupo Bens Imóveis, sem alteração em seu valor;
(C) reclassificado para estoque, a valor justo na data da alteração de uso;
(D) reclassificado para propriedade para investimento pelo seu valor justo;
E (E) reclassificado para propriedade para investimento, sem alteração em seu valor.

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101

107
102

107
103 50. Para fins de elaboração do Demonstrativo da Receita Corrente Líquida (RCL), que
compõe o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) dos entes estaduais,
os valores das transferências da União relativas às emendas impositivas individuais e

A
de bancada devem ser:
(A) excluídos do cálculo da RCL para fins de limites da despesa com pessoal;
(B) excluídos do cálculo da RCL para fins de limites de endividamento;
(C) excluídos do cálculo da RCL para fins de limites da despesa com pessoal e de
endividamento;
(D) incluídos no cálculo da RCL para fins de limites da despesa com pessoal;
(E) incluídos no cálculo da RCL para fins de limites de endividamento.

107
104 CF88 - PROCESSO LEGISLATIVO ESPECIAL

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às


diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso
Nacional, na forma do regimento comum.
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária
serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos
por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto
encaminhado pelo Poder Executivo,
Executivo sendo que a metade deste
percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde.

§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços


públicos de saúde previsto no § 9º, inclusive custeio,
custeio será
computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art.
198,
198 vedada a destinação para pagamento de pessoal ou
encargos sociais.
107
105 CF88 - PROCESSO LEGISLATIVO ESPECIAL
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às
diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso
Nacional, na forma do regimento comum.
§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das
programações a que se refere o § 9º deste artigo, em montante
correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento)
da receita corrente líquida realizada no exercício anterior,
anterior
conforme os critérios para a execução equitativa da
programação definidos na lei complementar prevista no § 9º do
art. 165.
§ 12. A garantia de execução de que trata o § 11 deste artigo
aplica-se também às programações incluídas por todas as
emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado
ou do Distrito Federal, no montante de até 1% (um por cento)
da receita corrente líquida realizada no exercício anterior.
107
106
CF88 - PROCESSO LEGISLATIVO ESPECIAL
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às
diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso
Nacional, na forma do regimento comum.

§ 13. As programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12


deste artigo não serão de execução obrigatória nos casos dos
impedimentos de ordem técnica.
técnica

§ 14. Para fins de cumprimento do disposto nos §§ 11 e 12


deste artigo, os órgãos de execução deverão observar,
observar nos
termos da lei de diretrizes orçamentárias,
orçamentárias cronograma para
análise e verificação de eventuais impedimentos das
programações e demais procedimentos necessários à
viabilização da execução dos respectivos montantes.
107
107 CF88 - PROCESSO LEGISLATIVO ESPECIAL
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao
orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso
Nacional, na forma do regimento comum.

§ 15. REVOGADO

§ 16. Quando a transferência obrigatória da


União, para a execução da programação prevista
no §11 deste artigo, for destinada a Estados, ao
Distrito Federal e a Municípios, independerá da
adimplência do ente federativo destinatário e
não integrará a base de cálculo da receita
corrente líquida para fins de aplicação dos
limites de despesa de pessoal de que trata o
107 caput do art. 169.

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