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10ª AULA: 2 de março

7° CADERNO DE QUESTÕES

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1º Simulado
DIA 13 DE FEVEREIRO - DOMINGO
Local: Casinha
8:00 às 13:00

2º Simulado
DIA 6 DE MARÇO - DOMINGO
Local: Escritório Lyfson
8:00 às 13:00
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Auditoria Governamental

TJ/RO - 2021
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5 60. O acompanhamento das metas de arrecadação disposto na Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF) com o intuito de promover, se necessário, limitação de empenho e
movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela Lei de Diretrizes

A
Orçamentárias:
(A) deverá ser realizado bimestralmente;
(B) deverá ser realizado quadrimestralmente;
(C) é de competência do chefe do Poder Executivo;
(D) deverá ser realizado pelo respectivo tribunal de contas;
(E) se aplica a todas as despesas autorizadas no orçamento.

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6 Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000
Capítulo II - Do Planejamento
Seção III - Da Execução Orçamentária e do Cumprimento das Metas

Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá


não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal
estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público
promoverão,
promoverão por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias
subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira,
financeira segundo os critérios
fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.

§ 1o No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a


recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma
proporcional às reduções efetivadas.

§ 2o Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações


constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço
da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.

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7 61. As informações que fundamentam os resultados da Auditoria Interna denominam-se
evidências, as quais fornecem a base sólida para as conclusões e recomendações à
administração da entidade.
Quando um auditor, em seu trabalho, obtém uma informação que auxilia a entidade a
atingir suas metas, trata-se de uma evidência:
(A) fidedigna;
(B) objetiva;
(C) relevante;
(D) suficiente;

E (E) útil.

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NBC TI 01 - Da Auditoria Interna.


Interna

12.1 – CONCEITUAÇÃO E DISPOSIÇÕES GERAIS

12.2 – NORMAS DE EXECUÇÃO DOS TRABALHOS

12.3 – NORMAS RELATIVAS AO RELATÓRIO DA AUDITORIA INTERNA

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10 NBC TI 01 – Da auditoria interna (RESOLUÇÃO CFC Nº. 986/2003).

12.3 – NORMAS RELATIVAS AO RELATÓRIO DA AUDITORIA INTERNA

12.3.1 – O relatório é o documento pelo qual a Auditoria Interna apresenta o resultado


dos seus trabalhos, devendo ser redigido com objetividade e imparcialidade, de forma a
expressar, claramente, suas conclusões, recomendações e providências a serem
tomadas pela administração da entidade.

12.3.2 – O relatório da Auditoria Interna deve abordar, no mínimo, os seguintes


aspectos:
a) o objetivo e a extensão dos trabalhos;
b) a metodologia adotada;
c) os principais procedimentos de auditoria aplicados e sua extensão;
d) eventuais limitações ao alcance dos procedimentos de auditoria;
e) a descrição dos fatos constatados e as evidências encontradas;
f) os riscos associados aos fatos constatados; e
g) as conclusões e as recomendações resultantes dos fatos constatados.

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11 NBC TI 01 – Da auditoria interna (RESOLUÇÃO CFC Nº. 986/2003).

12.3 – NORMAS RELATIVAS AO RELATÓRIO DA AUDITORIA INTERNA

12.2.3 – Procedimentos da Auditoria Interna


12.2.3.1 – Os procedimentos da Auditoria Interna constituem exames e investigações,
incluindo testes de observância e testes substantivos, que permitem ao auditor interno
obter subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à
administração da entidade.
12.2.3.2 – Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os
controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento,
inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade.
Na sua aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos:
a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis;
b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua
execução; e
c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou
jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade.
12.2.3.3 – Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência,
exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade.
12.2.3.4 – As informações que fundamentam os resultados da Auditoria Interna são
denominadas de “evidências”, que devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e
úteis, de modo a fornecer base sólida para as conclusões e recomendações à
108 administração da entidade.
12 NBC TI 01 – Da auditoria interna (RESOLUÇÃO CFC Nº. 986/2003).

12.3 – NORMAS RELATIVAS AO RELATÓRIO DA AUDITORIA INTERNA

12.2.3 – Procedimentos da Auditoria Interna

12.2.3.5 – O processo de obtenção e avaliação das informações compreende:

I – a obtenção de informações sobre os assuntos relacionados aos objetivos e ao


alcance da Auditoria Interna, devendo ser observado que:
a) a informação suficiente é aquela que é factual e convincente, de tal forma que uma
pessoa prudente e informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor interno;
b) a informação adequada é aquela que, sendo confiável, propicia a melhor evidência
alcançável, por meio do uso apropriado das técnicas de Auditoria Interna;
c) a informação relevante é a que dá suporte às conclusões e às recomendações da
Auditoria Interna;
d) a informação útil é a que auxilia a entidade a atingir suas metas.

II – a avaliação da efetividade das informações obtidas, mediante a aplicação de


procedimentos da Auditoria Interna, incluindo testes substantivos, se as circunstâncias
assim o exigirem.

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13 62. As técnicas de auditoria podem ser classificadas de acordo com o tipo de evidência
obtida com sua aplicação. Os principais tipos de evidências são: física, documental,
testemunhal e analítica. Nas auditorias, a técnica da observação direta é um método
de coleta de informação contextualizada sobre a forma de funcionamento do objeto
auditado. Essa técnica deve ser aplicada para:
(A) apurar o estado de conservação de equipamentos;

C
(B) atestar a veracidade de notas fiscais junto ao Fisco;
(C) averiguar a adequação da execução de processos;
(D) corroborar obrigações assumidas pelo auditado junto a terceiros;
(E) verificar se os alegados licitantes participaram efetivamente do processo.

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14 EVIDÊNCIAS EM AUDITORIA

EVIDÊNCIA FÍSICA:
FÍSICA é obtida a partir de inspeção física ou observação,
geralmente é uma das mais confiáveis e persuasivas, decorre da
existência física de elemento patrimonial

EVIDÊNCIA DOCUMENTAL:
DOCUMENTAL é obtida a partir da análise de documentos,
contratos, notas fiscais, recibos, extratos bancários e outros.

EVIDÊNCIA TESTEMUNHAL:
TESTEMUNHAL obtida por meio de entrevistas a
funcionários e à administração, ou terceiros.

EVIDÊNCIA ANALÍTICA:
ANALÍTICA colhida a partir de recálculo e reprocessamento
de transações pelo auditor, comparações.

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15 DENOMINAÇÃO ATUAL

Testes de Observância
→ TESTES DE CONTROLE: avalia a efetividade operacional dos
controles na prevenção ou detecção e correção de distorções
relevantes no nível de afirmações.

Testes Substantivos
→ PROCEDIMENTOS SUBSTANTIVOS:
SUBSTANTIVOS detecta distorções
relevantes no nível de afirmações.
Incluem testes de detalhes (fatos contábeis: classes de
transações, saldos de contas e divulgações) e procedimentos
analíticos substantivos (valores significativos/tendências:
índices, quocientes, quantidades absolutas e outras).

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16 NBC TA 500 – EVIDÊNCIA DE AUDITORIA
Aplicação e outros materiais explicativos

Inspeção
A14. A inspeção envolve o exame de registros ou documentos,
documentos internos ou externos,
em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um
ativo.
ativo A inspeção de registros e documentos fornece evidência de auditoria com graus
variáveis de confiabilidade, dependendo de sua natureza e fonte e, no caso de registros
internos e documentos, da eficácia dos controles sobre a sua produção. Um exemplo
de inspeção utilizada como teste é a inspeção de registros em busca de evidência de
autorização.

Observação
A17. A observação consiste no exame d processo ou procedimento executado por
outros,
outros por exemplo, a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos
empregados da entidade ou da execução de atividades de controle. A observação
fornece evidência de auditoria a respeito da execução de processo ou procedimento,
mas é limitada ao ponto no tempo em que a observação ocorre e pelo fato de que o ato
de ser observado pode afetar a maneira como o processo ou procedimento é
executado. Ver NBC TA 501 – Evidência de Auditoria – Considerações Específicas para
Itens Selecionados para orientação adicional sobre a observação da contagem de
108 estoque.
17 63. Durante o trabalho de auditoria em uma agência de investimentos, um auditor
constatou que a empresa não tinha registrado, a partir do ano de 2016, as receitas
relativas aos títulos públicos federais remunerados pelo IPCA acrescido de 7,83% ao
ano, o que provocou uma redução da rentabilidade dos investidores.
A técnica de auditoria mais adequada para esse tipo de constatação feita pelo auditor
é:
(A) inspeção;
(B) observação;
(C) circularização;
(D) revisão analítica;
E (E) conferência de cálculos.

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18 DENOMINAÇÃO ATUAL

Testes de Observância
→ TESTES DE CONTROLE: avalia a efetividade operacional dos
controles na prevenção ou detecção e correção de distorções
relevantes no nível de afirmações.

Testes Substantivos
→ PROCEDIMENTOS SUBSTANTIVOS:
SUBSTANTIVOS detecta distorções
relevantes no nível de afirmações.
Incluem testes de detalhes (fatos contábeis: classes de
transações, saldos de contas e divulgações) e procedimentos
analíticos substantivos (valores significativos/tendências:
índices, quocientes, quantidades absolutas e outras).

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19 NBC TA 500 – EVIDÊNCIA DE AUDITORIA

Aplicação e outros materiais explicativos

Recálculo
A19. O recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou
registros. O recálculo pode ser realizado manual ou eletronicamente.

Reexecução
A20. A reexecução envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou
controles que foram originalmente realizados como parte do controle interno da
entidade.

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20 64. Nos trabalhos de auditoria, a amostragem consiste na aplicação de procedimentos
de auditoria em uma amostra que represente as características gerais da população
analisada. Na definição do tipo de amostragem, o auditor deve evitar:
A) repetição de métodos de amostragem;

C
B) seleção aleatória, que pode deixar de fora itens relevantes;
C) seleção de itens por critério de facilidade de acesso; [NÃO PROBABILÍSTICA]
(D) seleção randômica, que não pode não representar as especificidades do objeto
auditado;
(E) seleção sistemática, pois pode direcionar a formação de estratos por conveniência.

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21 NBC TA 530 – AMOSTRAGEM EM AUDITORIA
Requisitos
Definição da amostra, tamanho e seleção dos itens para teste
6. Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade do
procedimento de auditoria e as características da população da qual será retirada a
amostra (ver itens A4 a A9).
7. O auditor deve determinar o tamanho de amostra suficiente para reduzir o risco de
amostragem a um nível mínimo aceitável (ver itens A10 e A11).
8. O auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade de
amostragem da população tenha a mesma chance de ser selecionada (ver itens A12 e
A13).
Execução de procedimentos de auditoria
9. O auditor deve executar os procedimentos de auditoria, apropriados à finalidade,
para cada item selecionado.
10. Se o procedimento de auditoria não for aplicável ao item selecionado, o auditor
deve executar o procedimento em um item que substitua o anteriormente selecionado
(ver item A14).
11. Se o auditor não puder aplicar os procedimentos de auditoria definidos ou
procedimentos alternativos adequados em um item selecionado, o auditor deve tratar
esse item como um desvio do controle previsto,
previsto no caso de testes de controles ou uma
108 distorção,
distorção no caso de testes de detalhes (ver itens A15 e A16).
22 NBC TA 530 – AMOSTRAGEM EM AUDITORIA

Seleção dos itens para teste (ver item 8)


A12. Pela amostragem estatística, os itens da amostra são selecionados
de modo que cada unidade de amostragem tenha uma probabilidade
conhecida de ser selecionada.
selecionada Pela amostragem não estatística, o
julgamento é usado para selecionar os itens da amostra. Como a finalidade
da amostragem é a de fornecer base razoável para o auditor concluir quanto à
população da qual a amostra é selecionada, é importante que o auditor selecione uma
amostra representativa,
representativa de modo a evitar tendenciosidade mediante a escolha de itens
da amostra que tenham características típicas da população.

A13. Os principais métodos para selecionar amostras correspondem ao uso de seleção


aleatória, seleção sistemática e seleção ao acaso. Cada um desses métodos é
discutido no Apêndice 4.4

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23 NBC TA 530 – AMOSTRAGEM EM AUDITORIA
Requisitos

Projeção de distorções
14. Para os testes de detalhes, o auditor deve projetar, para a população, as distorções
encontradas na amostra (ver itens A18 a A20).
Avaliação do resultado da amostragem em auditoria
15. O auditor deve avaliar:
(a) os resultados da amostra (ver itens A21 e A22); e
(b) se o uso de amostragem de auditoria forneceu uma base razoável
para conclusões sobre a população que foi testada (ver item A23).

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24 65. Entre os instrumentos de transparência da gestão fiscal previstos na Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF), aos quais deve ser dada ampla divulgação, inclusive em
meios eletrônicos de acesso público, um item de elaboração e divulgação obrigatória
por parte de órgãos do Poder Judiciário, como os Tribunais de Justiça, é:
(A) anexo de riscos e metas fiscais do órgão;
(B) parecer prévio emitido pelo tribunal de contas;

D
(C) programação de despesas do órgão autorizadas no orçamento;
(D) relatório de gestão fiscal;
(E) relatório resumido da execução orçamentária.

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25 Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000
Capítulo IX - Da Transparência, Controle e Fiscalização

Seção IV - Do Relatório de Gestão Fiscal

Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos Poderes e
órgãos referidos no art. 20 Relatório de Gestão Fiscal,
Fiscal assinado pelo:

I - Chefe do Poder Executivo;

II - Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório equivalente,


conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Legislativo;

III - Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Administração ou órgão


decisório equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Judiciário;

IV - Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados.

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26 Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000
Capítulo IX - Da Transparência, Controle e Fiscalização

Seção IV - Do Relatório de Gestão Fiscal

Art. 55. O relatório conterá:

I - comparativo com os limites de que trata esta Lei Complementar, dos seguintes
montantes:

a) despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas;

b) dívidas consolidada e mobiliária;

c) concessão de garantias;

d) operações de crédito, inclusive por antecipação de receita;


e) despesas de que trata o inciso II do art. 4o; (VETADO)

II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer


dos limites;

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27 Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000
Capítulo IX - Da Transparência, Controle e Fiscalização
Seção IV - Do Relatório de Gestão Fiscal
Art. 55. O relatório conterá:

III - demonstrativos, no último quadrimestre:


quadrimestre

a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro;

b) da inscrição em Restos a Pagar,


Pagar das despesas:
1) liquidadas;
2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por atenderem a uma das condições do
inciso II do art. 41 (VETADO);
3) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade
de caixa;
caixa
4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram
cancelados;
cancelados

c) do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do inciso IV do art. 38 ( ARO).

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28 Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000
Capítulo IX - Da Transparência, Controle e Fiscalização

Seção IV - Do Relatório de Gestão Fiscal

Art. 55. O relatório...

§ 1o O relatório dos titulares dos órgãos mencionados nos incisos II, III e IV do art.
54 (exceto chefe do Executivo) conterá apenas as informações relativas à alínea a do
inciso I (despesa total com pessoal), e os documentos referidos nos incisos II e III
(comparativo com os limites e medidas corretivas).

§ 2o O relatório será publicado até trinta dias após o encerramento do período a


que corresponder, com amplo acesso ao público,
público inclusive por meio eletrônico.

§ 3o O descumprimento do prazo a que se refere o § 2o sujeita o ente à sanção


prevista no § 2o do art. 51 (receba transferências voluntárias e contrate operações de
crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida
mobiliária).

§ 4o Os relatórios referidos nos arts. 52 e 54 (RREO e RGF) deverão ser elaborados


de forma padronizada, segundo modelos que poderão ser atualizados pelo conselho de
que trata o art. 67.

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Contabilidade do Setor Público

IMBEL - 2021
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30 54. De acordo com a NBC TSP Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual para
Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do
Setor Público, a principal razão das entidades do setor público manterem ativos
imobilizados é

B
(A) a capacidade de geração de fluxos de caixa.
(B) o potencial de serviços.
(C) a expectativa de rentabilidade.
(D) o atendimento do mercado consumidor.
(E) a contribuição para o bem-estar da população.

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31 NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL

Natureza e propósito dos ativos e passivos no setor público


14. No setor público, a principal razão de se manterem ativos imobilizados e outros ativos é
voltada para o potencial de serviços desses ativos e, não, para a sua capacidade de gerar
fluxos de caixa. Em razão dos tipos de serviços prestados, uma parcela significativa dos
ativos utilizados pelas entidades do setor público é especializada, como, por exemplo, os
ativos de infraestrutura e os ativos militares. Pode existir mercado limitado para esses
ativos e, mesmo assim, eles podem necessitar de uma considerável adaptação para
serem utilizados por outros operadores. Esses fatores têm implicações para a
mensuração desses ativos. O Capítulo 7, intitulado Mensuração de Ativos e Passivos nas
Demonstrações Contábeis, discute as bases de mensuração dos ativos no setor público.
15. Governos e outras entidades do setor público podem manter itens que contribuam para
o legado cultural e histórico da nação ou da região, como, por exemplo, obras de arte,
prédios históricos e outros artefatos. Os entes públicos também podem ser responsáveis
por parques nacionais e outras áreas naturais relevantes com fauna e flora nativas. Esses
itens geralmente não são mantidos para serem vendidos, mesmo que o mercado para eles
exista. Além disso, os governos e as entidades do setor público, normalmente, têm a
responsabilidade de preservá-los e mantê-los para as gerações atuais e futuras.

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32 55. Quando uma entidade do setor público opta por reconhecer, em suas
demonstrações contábeis, provisões para benefícios sociais para os quais ela não
recebe compensação aproximadamente igual ao valor dos bens e serviços prestados,
diretamente em retorno dos beneficiários, deve prestar algumas informações em
relação a essas provisões. Em relação a essas informações, analise as afirmativas a
seguir.
I. Descrevem a natureza da obrigação e o prazo esperado para as saídas resultante de
benefícios econômicos ou potencial de serviços.
II. Indicam as incertezas relacionadas ao valor ou prazo das saídas.
III. Apresentam os valores de reembolsos previstos e de ativos que tenham sido
reconhecidos na forma do reembolso.
A entidade deve prestar informações sobre o que se afirma em
(A) I, somente.
(B) II, somente.
(C) III, somente.

E
(D) I e II, somente.
(E) I, II e III.

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33 NBC TSP 03 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes.

Divulgação
97. Para cada tipo/classe de provisão, a entidade deve divulgar:
(a) o valor contábil no início e no final do período;
(b) provisões adicionais realizadas no período, incluindo aumentos nas provisões existentes;
(c) valores utilizados (ou seja, incorridos e baixados contra a provisão) durante o período;
(d) valores não utilizados revertidos durante o período; e
(e) o aumento no período do valor descontado decorrente do transcurso do tempo e os
efeitos de qualquer alteração na taxa de desconto.
Informação comparativa não é necessária.

98. A entidade deve divulgar os seguintes pontos para cada tipo/classe de provisão:
(a) breve descrição da natureza da obrigação e do prazo esperado para qualquer saída
resultante de benefícios econômicos ou potencial de serviços;
(b) indicativo das incertezas relacionadas ao valor ou prazo dessas saídas. Quando for
necessário fornecer informação adequada, a entidade deve divulgar as principais premissas
realizadas acerca dos futuros eventos, conforme apresentado no item 58; e
(c) valores de algum reembolso previsto, apresentando o valor de qualquer ativo que tenha
sido reconhecido na forma do reembolso.

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34 56. Uma agência do governo tem uma responsabilidade legal com um funcionário,
devendo constituir provisão para contingências. A agência estima que a perda seja de
R$ 100.000, sendo praticamente certo que ela poderá recuperar R$ 60.000 por meio
do seguro de perdas e danos, se a entidade tiver que liquidar o passivo.
Assinale a opção que indica a contabilização correta desses fatos de acordo com a
NBC TSP 03 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes.
(A) Reconhecimento de provisão para Contingências de R$ 40.000 no passivo
(B) Reconhecimento de provisão para Contingências de R$ 40.000 e de contas a pagar
de R$ 60.000 no passivo.
(C) Reconhecimento de provisão para Contingências de R$ 100.000 e de retificador da
provisão de –R$ 60.000 no passivo.
D (D) Reconhecimento de provisão para contingências de R$ 100.000 no passivo e do
montante de R$ 60.000 no ativo.
(E) Reconhecimento de provisão para contingências de R$ 100.000 no passivo e do
montante de R$ 60.000 no
patrimônio líquido.

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35 PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS

Perda estimada → 100.000 (PASSIVO)


→ praticamente certo que ela poderá recuperar 60.000 (ATIVO)

NBC TSP 03
Reembolso
63. Quando se espera que o desembolso efetuado para se liquidar a
obrigação, parte ou todo o valor seja reembolsado por um terceiro, tal
reembolso deve ser reconhecido quando, e apenas quando, for
virtualmente certo que será recebido se a entidade liquidar a
obrigação. O reembolso deve ser tratado como ativo a parte. O valor
reconhecido para o reembolso não pode exceder o montante da
provisão.
64. Na demonstração de desempenho do exercício, as despesas
relacionadas a provisões devem ser apresentadas líquidas dos
valores reconhecidos como reembolsos.

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36 57. De acordo com a NBC TSP 13 – Apresentação de Informação Orçamentária nas
Demonstrações Contábeis, o Orçamento Final é

B
(A) aprovado para o período a que se refere.
(B) ajustado por todas as reservas, transferências, alocações, créditos adicionais e
outras mudanças autorizadas pelo Poder Legislativo, aplicáveis ao período a que ele se
refere.
(C) aprovado para período maior do que um ano e não inclui a publicação de
estimativas ou projeções futuras para períodos posteriores ao período a que ele se
refere.
(D) autorizado para realizar a despesa oriunda de lei ou outro instrumento que contenha
decisões relacionadas à alocação das receitas orçamentárias estimadas, relativas a
determinado período.
(E) original e não separa os valores orçados para cada período anual e requer um
julgamento para identificar os valores que devem ser atribuídos a cada período.

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37 NBC TSP 13 - Apresentação de Informação Orçamentária nas Demonstrações Contábeis.
Definições
7. Os termos a seguir são utilizados nesta norma com os seguintes significados:
Regime contábil refere-se ao regime de competência ou de caixa.
Orçamento anual significa o orçamento aprovado para um ano. Não inclui estimativas futuras
ou projeções divulgadas para períodos além daquele a que se refere o orçamento.
Dotação orçamentária é a autorização concedida pelo Poder Legislativo ou autoridade com
prerrogativa semelhante para alocar recursos para os fins por eles especificados.
Orçamento aprovado corresponde à autorização para realização de despesa oriunda de lei ou
outro instrumento que contenha decisões relacionadas à alocação das receitas
orçamentárias estimadas relativas a determinado período.
Regime orçamentário refere-se ao regime adotado no orçamento (de competência, de caixa
ou outro) que foi aprovado pelo Poder Legislativo ou outra autoridade com prerrogativa
semelhante.
Base comparável significa os valores realizados apresentados sob o mesmo regime, mesma
base de classificação, para as mesmas entidades e para o mesmo período para o qual o
orçamento foi aprovado.
Orçamento final é o orçamento original ajustado por todas as reservas, transferências,
alocações, créditos adicionais e outras mudanças autorizadas pelo Poder Legislativo ou
autoridade com prerrogativa semelhante, aplicáveis ao período a que se refere o orçamento.
Orçamento plurianual é o orçamento aprovado para período maior do que um ano. Não inclui
a publicação de estimativas ou projeções futuras para períodos posteriores ao período a que
se refere o orçamento.
108 Orçamento original é o orçamento inicialmente aprovado para o período a que se refere.
38 58. Os estoques em uma entidade do setor público, de acordo com a NBC TSP 04 –
Estoques, podem ser representados pelos modos listados a seguir, à exceção de um.
Assinale-o.
(A) Em processo de produção para venda ou distribuição.

C
(B) Mantidos para venda ou distribuição no curso normal das operações.
(C) Mantidos como apoio para o processo de produção ou para a prestação de serviços.
(D) Na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos no processo de
produção.
(E) Na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou distribuídos na
prestação de serviços.

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39 NBC TSP 04 - Estoques
Definições
9. Os termos a seguir são usados nesta norma com os significados específicos:

Custo corrente de reposição é o custo que a entidade incorreria para adquirir o ativo na data
da demonstração contábil.

Estoques são ativos:


(a) na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos no processo de produção;
(b) na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou distribuídos na prestação
de serviços;
(c) mantidos para venda ou distribuição no curso normal das operações; ou
(d) em processo de produção para venda ou distribuição.

Valor realizável líquido é o preço estimado de venda no curso normal das operações, menos
os custos estimados para a conclusão e os gastos estimados necessários para ocorrer a
venda, a troca ou a distribuição.

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40 59. Uma agência de ajuda internacional comunica ao Brasil que vai realizar uma
doação de medicamentos para hospitais públicos. O valor justo dos medicamentos, na
data do comunicado, era de R$ 20.000. Na data de recebimento dos medicamentos no
país, o valor justo era de R$ 30.000. Assinale a opção que indica o custo do estoque
contabilizado pelos hospitais que os receberam.
(A) Zero.
(B) R$ 10.000.
(C) R$ 20.000.

D (D) R$ 30.000.
(E) R$ 50.000.

108
41

108
42

108
43 60. Com relação ao tratamento contábil das receitas de transação com
contraprestação de uma entidade do setor público, analise as afirmativas a seguir e
assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.
( ) Os juros devem ser reconhecidos pro rata tempore, com base na taxa efetiva de
juros.
( ) Os royalties devem ser reconhecidos à medida que forem gerados, conforme a
essência do acordo.
( ) Os dividendos devem ser reconhecidos quando for
estabelecido o direito de recebimento por parte do acionista ou da entidade.

A
As afirmativas são, segundo a ordem apresentada, respectivamente,
(A) V – V – V.
(B) V – F – V.
(C) F – V – V.
(D) V – V – F.
(E) F – F – F.

108
44

108
45

108
46
Análise das Demonstrações Contábeis

IMBEL - 2021
108
47 45. Uma empresa comprou R$ 30.000 em estoques à vista. Assinale a opção que indica
o impacto dessa compra nos indicadores de liquidez da empresa.

B
(A) Aumento na liquidez corrente e na liquidez geral.
(B) Diminuição na liquidez seca e na liquidez imediata.
(C) Diminuição na liquidez imediata e na liquidez corrente.
(D) Diminuição na liquidez corrente e aumento na liquidez seca.
(E) Diminuição na liquidez imediata e aumento na liquidez geral.

108
48 ESTOQUE = 30.000 à vista → REDUZ DISPONIBILIDADES

- Liquidez Imediata. → Disponível / Passivo Circulante

- Liquidez Geral. → Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo


Passivo Circulante + Passivo Não Circulante

- Liquidez Corrente. → Ativo circulante / Passivo Circulante

- Liquidez Seca. → Ativo Circulante - Estoques / Passivo Circulante

Liquidez Imediata → DIMINUIÇÃO


Liquidez Seca → DIMINUIÇÃO

108
49 46. Uma empresa apresentou os seguintes indicadores em X0 e em X1.

Assinale a opção que indica uma possível causa para a variação dos indicadores
apresentados.
(A) Aumento de capital social em dinheiro.
(B) Reconhecimento e pagamento de despesas de salários.
(C) Contração de empréstimo bancário, para pagamento em cinco anos.
D (D) Compra de terreno destinado à valorização, para pagamento em três anos.
(E) Aumento de capital social por meio de computador a ser utilizado no negócio da
empresa.

- Liquidez Imediata (LI) → Disponível / Passivo Circulante

- Liquidez Geral (LG) → Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo


Passivo Circulante + Passivo Não Circulante

- Liquidez Corrente (LC) → Ativo circulante / Passivo Circulante

- Liquidez Seca (LS) → Ativo Circulante - Estoques / Passivo Circulante

108
50 (A) Aumento de capital social em dinheiro.
AUMENTA O AC → AUMENTA A LC
→ AUMENTA A LG

(B) Reconhecimento e pagamento de despesas de salários.


DIMINUI O AC → DIMINUI A LC
→ DIMINUI A LG

(C) Contração de empréstimo bancário, para pagamento em cinco anos.


AUMENTA O AC & AUMENTA O PNC (EM MESMO VALOR) → AUMENTA A LC
→ NÃO ALTERA A LG

(D) Compra de terreno destinado à valorização, para pagamento em três anos.


NÃO ALTERA O AC & AUMENTA O PNC → NÃO ALTERA LC
→ DIMINUI LG

(E) Aumento de capital social por meio de computador a ser utilizado no negócio da
empresa.
NÃO ALTERA LC & NÃO ALTERA LG

108
51 47. Sobre a análise das demonstrações contábeis, por meio dos indicadores de
rentabilidade em uma empresa, assinale a afirmativa correta.
(A) Revelam a capacidade de geração de lucros. LUCRATIVIDADE
(B) Revelam a política de obtenção de recursos. ENDIVIDAMENTO

D
(C) Medem a capacidade de pagamento das obrigações. LIQUIDEZ
(D) Avaliam a capacidade de remuneração do capital aplicado.
(E) Avaliam a segurança oferecida em relação ao capital de terceiros. ESTRUTURA DE
CAPITAIS

108
52

10ª AULA: 2 de março

8° CADERNO DE QUESTÕES

108
53
Controle Externo

TCE/AM - 2021
108
54 26. Consoante a sistemática estabelecida no Regimento Interno do Tribunal de Contas
do Estado do Amazonas, a Auditoria Interna, para tomar as contas do responsável pelo

A
almoxarifado do Tribunal:
(A) pode agir de ofício, independentemente de provocação;
(B) somente pode agir por determinação do Pleno do Tribunal;
(C) somente pode agir por determinação da Presidência do Tribunal;
(D) somente pode agir por determinação do Secretário-Geral do Tribunal;
(E) somente pode agir por determinação de Conselheiro ou colegiado do Tribunal.

108
55 27. João atuara como ordenador de despesas no Município Alfa e, em razão da
ausência de prestação de contas, passou a responder a processo administrativo no
âmbito do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas. Após apresentar sua
manifestação inaugural nos autos, constituindo, inclusive, advogado, não foi mais
encontrado, sendo certificado nos autos que se encontrava em lugar incerto e não
sabido.
Na situação descrita na narrativa:
(A) o processo e o fluxo do prazo prescricional devem ser suspensos até que João seja
encontrado;
B (B) João será notificado por edital apenas para a prática de atos personalíssimos;
(C) João deve ser notificado por correspondência, com aviso de recebimento;
(D) João sempre será notificado na pessoa do seu advogado;
(E) João sempre será notificado por edital.

108
56 Lei Nº 8.443/1992 - Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União

TÍTULO II - JULGAMENTO E FISCALIZAÇÃO


Capítulo I - Julgamento de Contas

Seção III - Execução das Decisões

Art. 22. A citação, a audiência, a comunicação de diligência ou a notificação far-se-


á:
I - mediante ciência do responsável ou do interessado, na forma estabelecida no
Regimento Interno;
II - pelo correio, mediante carta registrada, com aviso de recebimento;
III - por edital publicado no Diário Oficial da União quando o seu
destinatário não for localizado.
Parágrafo único. A comunicação de rejeição dos fundamentos da defesa ou das
razões de justificativa será transmitida ao responsável ou interessado, na forma
prevista neste artigo.

108
57 29. José, ordenador de despesas na autarquia estadual ZZ, ao tomar conhecimento de
que suas contas do exercício pretérito seriam apreciadas pelo Tribunal de Contas do
Estado do Amazonas, procurou orientação de um advogado para saber se, além de
eventual imputação de débito, poderia sofrer a aplicação da sanção de multa.
O advogado respondeu, corretamente, que José:
(A) somente pode sofrer a sanção de multa de 100% do valor do dano causado ao
erário, caso suas contas sejam julgadas irregulares;
(B) somente pode sofrer a sanção de multa de até 100% do valor do dano causado ao
erário, caso suas contas sejam julgadas irregulares;
C (C) pode sofrer a sanção de multa, caso suas contas sejam julgadas regulares com
ressalva, em razão de impropriedade ou faltas identificadas;
(D) pode sofrer a sanção de multa, mesmo com o julgamento da regularidade das
contas, caso a decisão seja tomada pelo voto de dois terços do Tribunal de Contas;
(E) somente pode sofrer a sanção de multa caso o julgamento das contas, consideradas
regulares com ressalva ou irregulares, tenha resultado em imputação de débito.

108
58 LEI Nº 8.443/1992 – LEI ORGÂNICA DO TCU

TÍTULO II - JULGAMENTO E FISCALIZAÇÃO


Capítulo I - Julgamento de Contas
Seção II - Decisões em Processo de Tomada ou Prestação de Contas

Art. 10. A decisão em processo de tomada ou prestação de contas pode ser


preliminar, definitiva ou terminativa.
§ 1° Preliminar é a decisão pela qual o Relator ou o Tribunal, antes de pronunciar-
se quanto ao mérito das contas, resolve sobrestar o julgamento, ordenar a citação ou a
audiência dos responsáveis ou, ainda, determinar outras diligências necessárias ao
saneamento do processo.
§ 2° Definitiva é a decisão pela qual o Tribunal julga as contas regulares, regulares
com ressalva, ou irregulares.
§ 3° Terminativa é a decisão pela qual o Tribunal ordena o trancamento das contas
que forem consideradas iliquidáveis, nos termos dos arts. 20 e 21 desta Lei.

Art. 20. As contas serão consideradas iliquidáveis quando caso fortuito ou de força maior,
maior
comprovadamente alheio à vontade do responsável, tornar materialmente impossível o julgamento de
mérito a que se refere o art. 16 desta Lei.
Art. 21. O Tribunal ordenará o trancamento das contas que forem consideradas iliquidáveis e o
conseqüente arquivamento do processo.
§ 1° Dentro do prazo de cinco anos contados da publicação da decisão terminativa no Diário
Oficial da União, o Tribunal poderá, à vista de novos elementos que considere suficientes, autorizar o
desarquivamento do processo e determinar que se ultime a respectiva tomada ou prestação de
contas.
contas
§ 2º Transcorrido o prazo referido no parágrafo anterior sem que tenha havido nova decisão, as
108 contas serão consideradas encerradas,
encerradas com baixa na responsabilidade do administrador.
59 LEI Nº 8.443/1992 – LEI ORGÂNICA DO TCU
TÍTULO II - JULGAMENTO E FISCALIZAÇÃO
Capítulo I - Julgamento de Contas
Seção II - Decisões em Processo de Tomada ou Prestação de Contas
Art. 16. As contas serão julgadas:
I - regulares,
regulares quando expressarem, de forma clara e objetiva, a exatidão dos
demonstrativos contábeis, a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos de
gestão do responsável;
II - regulares com ressalva,
ressalva quando evidenciarem impropriedade ou qualquer outra falta
de natureza formal de que não resulte dano ao Erário;
III - irregulares,
irregulares quando comprovada qualquer das seguintes ocorrências:
a) omissão no dever de prestar contas;
b) prática de ato de gestão ilegal, ilegítimo, antieconômico, ou infração à norma legal
ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou
patrimonial;
c) dano ao Erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ao antieconômico;
d) desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos.
§ 1° O Tribunal poderá julgar irregulares as contas no caso de reincidência no descumprimento de
determinação de que o responsável tenha tido ciência, feita em processo de tomada ou prestarão de contas.
§ 2° Nas hipóteses do inciso III, alíneas c e d deste artigo, o Tribunal, ao julgar irregulares as contas,
fixará a responsabilidade solidária:
a) do agente público que praticou o ato irregular, e
b) do terceiro que, como contratante ou parte interessada na prática do mesmo ato, de qualquer modo haja
concorrido para o cometimento do dano apurado.
§ 3° Verificada a ocorrência prevista no parágrafo anterior deste artigo, o Tribunal providenciará a
imediata remessa de cópia da documentação pertinente ao Ministério Público da União, para ajuizamento das
108 civis e penais cabíveis.
ações
LEI Nº 8.443/1992 – LEI ORGÂNICA DO TCU
60
TÍTULO II - JULGAMENTO E FISCALIZAÇÃO
Capítulo I - Julgamento de Contas
Seção II - Decisões em Processo de Tomada ou Prestação de Contas

Subseção I -Contas Regulares


Art. 17. Quando julgar as contas regulares, o Tribunal dará quitação plena ao
responsável.

Subseção II - Contas Regulares com Ressalva


Art. 18. Quando julgar as contas regulares com ressalva, o Tribunal
dará quitação ao responsável e lhe determinará,
determinará ou a quem lhe haja
sucedido, a adoção de medidas necessárias à correção das
impropriedades ou faltas identificadas, de modo a prevenir a ocorrência
de outras semelhantes.
Subseção III - Contas Irregulares
Art. 19. Quando julgar as contas irregulares, havendo débito, o Tribunal condenará
o responsável ao pagamento da dívida atualizada monetariamente, acrescida dos juros
de mora devidos, podendo, ainda, aplicar-lhe a multa prevista no art. 57 desta Lei,
sendo o instrumento da decisão considerado título executivo para fundamentar a
respectiva ação de execução.
Parágrafo único. Não havendo débito, mas comprovada qualquer das ocorrências
108 previstas nas alíneas a, b e c do inciso III, do art. 16, o Tribunal aplicará ao responsável
61 LEI Nº 8.443/1992 – LEI ORGÂNICA DO TCM/PA

TÍTULO III - DA FISCALIZAÇÃO, DA PRESTAÇÃO E TOMADA DE CONTAS


CAPÍTULO II - DA PRESTAÇÃO E TOMADA DE CONTAS
Seção V - Da Decisão em Processo de Prestação ou Tomada de Contas

Art. 31. A decisão em processo de prestação ou tomada de contas pode ser


preliminar, definitiva ou terminativa.
§ 1° Preliminar quando o Tribunal, antes de pronunciar-se quanto ao mérito
das contas, resolve sobrestar o julgamento, ordenar a citação dos responsáveis ou,
ainda, determinar as diligências necessárias ao saneamento do processo.
§ 2° Definitiva quando o Tribunal julga regulares, regulares com ressalva ou
irregulares as contas.
§ 3° Terminativa quando o Tribunal ordena o trancamento das contas que
forem consideradas iliquidáveis.

Art. 29. As contas serão consideradas iliquidáveis quando caso fortuito ou de força maior,
maior
comprovadamente alheio à vontade do responsável, tornar materialmente impossível o julgamento de
mérito a que se refere o art. 16 desta Lei.
Art. 30. O Tribunal ordenará o trancamento das contas que forem consideradas iliquidáveis e o
conseqüente arquivamento do processo.
§ 1° Dentro do prazo de cinco anos contados da publicação da decisão terminativa no Diário
Oficial da União, o Tribunal poderá, à vista de novos elementos que considere suficientes, autorizar o
desarquivamento do processo e determinar que se ultime a respectiva tomada ou prestação de
contas.
contas
§ 2º Transcorrido o prazo referido no parágrafo anterior sem que tenha havido nova decisão, as
108 contas serão consideradas encerradas,
encerradas com baixa na responsabilidade do administrador.
62 32. O Tribunal de Contas do Estado Alfa recebeu as contas de governo do Prefeito do
Município Gama. Após regular análise, considerou que não foram aplicados os
percentuais mínimos da receita pública nas áreas de saúde e educação.
Nesse caso, o Tribunal de Contas deve:
(A) emitir parecer e encaminhá-lo à Câmara Municipal de Gama, que o apreciará
livremente;
(B) julgar as contas irregulares, determinando a devida compensação no exercício
financeiro seguinte;
(C) julgar as contas irregulares, sendo o resultado revisto assim que complementado o
valor direcionado a essas áreas;
(D) emitir parecer e encaminhá-lo à Câmara Municipal de Gama, que somente pode
decidir em sentido diverso pelo voto da metade de seus membros;
E (E) emitir parecer e encaminhá-lo à Câmara Municipal de Gama, que somente pode
decidir em sentido diverso pelo voto de dois terços de seus membros.

108
63 TÍTULO III - Da Organização do Estado
CAPÍTULO IV - Dos Municípios

Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal,
mediante controle externo,
externo e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo
Municipal, na forma da lei.
§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o
auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos
Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o
Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços
dos membros da Câmara Municipal.
§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à
disposição de qualquer contribuinte,
contribuinte para exame e apreciação, o qual poderá
questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.

108
64 33. Ana, servidora pública municipal e ordenadora de despesas no Município Alfa,
deixou de apresentar as contas correspondentes ao último exercício financeiro findo.
Por tal razão, o Tribunal de Contas decidiu apurar a sua responsabilidade.
Nesse caso, deve ser instaurado(a):
A (A) tomada de contas;
(B) tomada de contas especial;
(C) incidente de prestação de contas;
(D) procedimento de requisição de contas;
(E) procedimento de comunicação de omissão.

108
65 PRESTAÇÃO DE CONTAS
- quando está obrigada a apresentar contas → faz espontaneamente, no prazo

TOMADA DE CONTAS
- órgão de controle (interno ou externo) toma as contas → estava obrigada a apresentar
contas, não o faz no prazo

TOMADA DE CONTAS ESPECIAL


- processo administrativo com rito próprio → apurar responsabilidade por ocorrência de
danos, irregularidades, ilegalidades ao patrimônio da Administração Pública, com a
finalidade de apurar os fatos, quantificar o prejuízo, identificar os responsáveis e obter
o respectivo ressarcimento.

108
66
Administração Pública

CÂMARA DE ARACAJU - 2021


108
67 56. O planejamento público envolve duas dimensões.

A
São elas:
(A) técnica e política;
(B) técnica e administrativa;
(C) social e econômica;
(D) política e econômica;
(E) jurídica e política.

108
68 57. A ação pública desenvolve-se por intermédio de políticas, programas, projetos e
atividades.
Os projetos são:
(A) incorporados à rotina das organizações e exigem modelos gerenciais
hierarquizados;

C
(B) atividades com data de início e término e não têm restrição de tempo ou de custos;
(C) finitos no tempo, esforços singulares e exigem modelos gerenciais orgânicos;
(D) esforços permanentes para criar um produto ou serviço exclusivo;
(E) parte da atividade operacional de uma organização.

108
69

108
70

108
71 58. A Constituição do Estado de Sergipe estabelece que o governador deverá remeter à
Assembleia Legislativa, por ocasião da abertura da sessão legislativa, uma peça de
planejamento expondo a situação do Estado e solicitando as providências que julgar
necessárias.
Essa peça é denominada:
(A) Plano Plurianual;
(B) Lei de Diretrizes Orçamentárias;
(C) Lei Orçamentária Anual;
(D) Plano de Governo;
(E) Plano de Desenvolvimento Sustentável do Estado

ANULADA

108
72 59. O conceito de política pública modificou-se ao longo das últimas décadas.
Atualmente considera-se que as políticas públicas têm uma natureza bastante
complexa e controversa. O ciclo clássico de políticas públicas que englobava três
etapas foi ampliado, no sentido de se compreender melhor seu processo.
Considerando essa nova perspectiva, as fases e a respectiva ordem de
desenvolvimento das políticas públicas são:
(A) agenda, formulação, estratégia, execução, implementação e monitoramento;

C
(B) formação da agenda, decisão de implementação, execução e monitoramento;
(C) agenda, elaboração, formulação, implementação, execução, acompanhamento e
avaliação;
(D) formulação, execução, implementação, acompanhamento e avaliação;
(E) agenda, formulação, execução, monitoramento e avaliação.

108
73 Ciclo de Políticas Públicas

“éo conjunto articulado das macroetapas de formulação,


implementação e avaliação”.

108 REFERENCIAL PARA AVALIAÇÃO DE GOVERNANÇA EM POLÍTICAS PÚBLICAS - TCU


74 Ciclo de políticas públicas

O ciclo de políticas públicas é um modelo, uma simplificação de


realidade complexa, composto por vários estágios e fases, não
necessariamente sequenciais, que orientam a formulação, a
implementação e a avaliação de políticas públicas.
O ciclo de políticas públicas, adotado neste referencial, consiste basicamente
em três estágios (formulação, implementação e avaliação) e de nove fases:
diagnóstico do problema, formação da agenda, análise de alternativas, tomada
de decisão, desenho e institucionalização da política, estruturação da
governança e gestão, alocação e gestão de recursos orçamentários e
financeiros, operação e monitoramento, avaliação e extinção.

108 REFERENCIAL DE CONTROLE DE POLÍTICAS PÚBLICAS - Tribunal de Contas da União


75

RAQUEL SERRUYA ELMESCANY


108 ANÁLISE DOS ESTÁGIOS E PROPOSTAS PARA A POLÍTICA PÚBLICA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DO PARÁ
76

RAQUEL SERRUYA ELMESCANY


108 ANÁLISE DOS ESTÁGIOS E PROPOSTAS PARA A POLÍTICA PÚBLICA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DO PARÁ
77 60. Relacione os termos a seguir com os respectivos conceitos.
I. Governança
II. Governabilidade
III. Accountability
A. Capacidade de mobilização social e controle participativo, divisão de poder.
B. Capacidade política para legitimar as políticas públicas do país.
C. Capacidade técnica para viabilizar e implementar políticas públicas.
A relação correta é:

B
(A) I – A; II – B; III – C;
(B) I – C; II – B; III – A;
(C) I – C ; II – A; III – B;
(D) I – B; II – C; III – A;
(E) I – B ; II – A; III – C.

108
78

TCU - SECRETARIA-GERAL DE CONTROLE EXTERNO


GLOSSÁRIO DE TERMOS DO CONTROLE EXTERNO
SEGECEX / ADSUP / ADPLAN - SETEMBRO/2012

Accountability pública - obrigação que têm as pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou


privadas, às quais se tenham confiado recursos públicos, incluídos os órgãos, as
entidades e organizações de qualquer natureza, de assumir as responsabilidades de
ordem fiscal, gerencial e programática que lhes foram conferidas, e de informar a quem
lhes delegou essas responsabilidades. E, ainda, obrigação imposta, a uma pessoa ou
entidade auditada de demonstrar que administrou ou controlou os recursos que lhe
foram confiados em conformidade com os termos segundo os quais lhe foram
entregues.

108
79 TCU - Referencial para Avaliação de Governança em Políticas Públicas

2. REFERENCIAL CONCEITUAL

2.2.4 Governança x Governabilidade x Gestão
A governabilidade está ligada, entre outras ideias, à existência de “condições
políticas” para a sustentação de políticas públicas em ambiente democrático (SANTOS,
1997). No Brasil, em particular, em ambiente de “presidencialismo de coalizão”
(ABRANCHES, 1988).
Ainda de acordo com Santos (1997), em referência à linha de argumentação
desenvolvida por Melo (1995) e Diniz (1995; 1996), a governabilidade pode ser
compreendida como “condições sistêmicas e institucionais sob as quais se dá o
exercício do poder, tais como as características do sistema político, a forma de
governo, as relações entre os Poderes, o sistema de intermediação de interesses”.
Nessa esteira, Bresser Pereira (1998) propõe a seguinte diferenciação conceitual:
“A governabilidade e a governança são conceitos mal definidos, frequentemente
confundidos. Para mim, governabilidade é uma capacidade política de governar
derivada da relação de legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade;
governança é a capacidade financeira e administrativa, em sentido amplo, de um
governo implementar políticas”.

108
80 TCU - Referencial para Avaliação de Governança em Políticas Públicas

2. REFERENCIAL CONCEITUAL

2.2.4 Governança x Governabilidade x Gestão
Adverte Santos (1997), todavia, que a distinção estanque dos conceitos de
governança e governabilidade é pouco relevante no contexto atual, sobretudo na
medida em que o primeiro conceito passa a incorporar princípios democráticos,
voltados à promoção de novos padrões de articulação e cooperação entre atores
sociais e políticos. Por essa razão, a autora sugere a realização de uma análise mais
ampla em torno de “capacidade governativa”,
governativa expressão esta que engloba, em resumo,
as “noções sistêmicas e operacionais contidas nos conceitos de governabilidade e
governança”, além de destacar a interação da capacidade operacional e financeira do
Estado com as instâncias da política democrática.
Em sentido semelhante, após a análise de diferentes tipologias que servem como
quadro de referência para a avaliação da relação governabilidade/governança, Araújo
(2002) conclui ser quase consensual o entendimento de que “as variáveis de
governabilidade e governança mantêm entre si uma relação muito forte, sendo
complementares e o seu vínculo instável, dinâmico e indissolúvel, cabendo a
separação apenas para fins didáticos analíticos”.

108
81 TCU - Referencial para Avaliação de Governança em Políticas Públicas

2. REFERENCIAL CONCEITUAL

2.2.4 Governança x Governabilidade x Gestão
Registra o referido autor, contudo, que, de acordo com a visão de Bresser Pereira
(1998), “sem governabilidade plena é impossível obter a governança, mas esta pode ser
muito deficiente em situações satisfatórias de governabilidade, como a presente no
Brasil”.
Em face dessas interpretações, este referencial considera consistente, além de
oportuno, o esforço endereçado ao aprimoramento da governança de políticas públicas,
nos termos aqui propostos, sem que esse esforço seja necessariamente dependente do
equacionamento de desafios políticos mais afetos à dimensão de governabilidade da
capacidade governativa.

108
82 AUDITORIA GOVERNAMENTAL – PROAUDI DO TCU

108
83 AUDITORIA GOVERNAMENTAL – PROAUDI DO TCU

108
84 61. A evolução da administração pública brasileira pode ser compreendida por
intermédio de diferentes paradigmas.
Relacione as características a seguir com os paradigmas correspondentes.
I. Direito Administrativo e Administração Pública são equivalentes
II. Ênfase na mobilização social
III. Racionalização dos procedimentos
IV. Capacidade política aliada à competência técnica
A. Paradigma da Administração Pública como Ciência Política
B. Paradigma da Administração Pública como Ciência Jurídica
C. Paradigma da Administração Pública como Administração Pública
D. Paradigma da Administração Pública como Ciência Administrativa

A
A relação correta é:
(A) I – B; II – A; III – D; IV – C;
(B) I – A; II – B; III – D; IV – C;
(C) I – B; II – A; III – C; IV – D;
(D) I – D; II – A; III – C; IV – B;
(E) I – C; II – A; III – D; IV – B.

108
85
Sistema Normativo Anticorrupção

TJ/RS - 2020
108
86 46. João, oficial de justiça, solicita o pagamento de dois mil reais para não cumprir
rapidamente um mandado de citação, o que acaba ocorrendo.
Nessa situação, João sujeita-se às penas previstas para o crime de:
(A) concussão;
(B) corrupção passiva simples;

D
(C) prevaricação;
(D) corrupção passiva com aumento de pena;
(E) tráfico de influência.

CORRUPÇÃO PASSIVA → SOLICITAR OU RECEBER

CORRUPÇÃO ATIVA → OFERECER OU PROMETER

CONCUSSÃO → EXIGIR

PREVARICAÇÃO → RETARDAR OU DEIXAR DE PRATICAR COM INTERESSE PESSOAL

PECULATO – APROPRIAR-SE DE DINHEIRO OU BEM, OU DESVIÁ-LO

DESACATO → ACHINCALHAR, MENOSPREZAR, HUMILHAR, DESPRESTIGIAR O SERVIDOR


108
87 CÓDIGO PENAL

TÍTULO XI - DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


CAPÍTULO I - DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A
ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

Corrupção passiva
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em
razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou
promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o
pratica infringindo dever funcional.
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com
infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
outrem
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

108
88 47. Oficial de justiça que deixa de dar cumprimento integral a mandado de penhora em
razão de sentir pena do proprietário do bem penhorado comete, em tese, o crime de:
(A) corrupção passiva privilegiada;
(B) abandono de função;
(C) violação de sigilo profissional;

E
(D) corrupção passiva simples;
(E) prevaricação.

CORRUPÇÃO PASSIVA → SOLICITAR OU RECEBER

CORRUPÇÃO ATIVA → OFERECER OU PROMETER

CONCUSSÃO → EXIGIR

PREVARICAÇÃO → RETARDAR OU DEIXAR DE PRATICAR COM


INTERESSE PESSOAL
PECULATO – APROPRIAR-SE DE DINHEIRO OU BEM, OU DESVIÁ-LO

DESACATO → ACHINCALHAR, MENOSPREZAR, HUMILHAR, DESPRESTIGIAR O SERVIDOR

SENTIMENTO OU INTERESSE PESSOAL → Prevaricação

FAVOR GRATUITO → Corrupção passiva privilegiada


108
89 CÓDIGO PENAL

TÍTULO XI - DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


CAPÍTULO II - DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A
ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

Prevaricação
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício,
ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse
ou sentimento pessoal:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

108
90 48. Ao receber a intimação para efetuar pagamento decorrente de condenação judicial,
o réu, pessoa de baixa instrução, entrega o valor pertinente ao oficial de justiça
Roberto, que o utiliza para o pagamento de uma dívida própria.
Sobre a conduta praticada por Roberto, é correto afirmar que:

B
(A) o fato é atípico porque o Código Penal não pune o chamado peculato de uso;
(B) foi cometido o crime de peculato mediante erro de outrem, já que o oficial de
justiça não colaborou para o erro do sujeito passivo;
(C) Roberto deve responder pelo crime de peculato na modalidade apropriação, definido
no art. 312 do Código Penal;
(D) Roberto cometeu o crime de corrupção passiva porque recebeu vantagem indevida
em razão do cargo;
(E) não há crime devido ao exercício regular de um direito.

108
91 CÓDIGO PENAL

TÍTULO XI - DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


CAPÍTULO I - DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A
ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
Peculato
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro
bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-
lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a
posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em
proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade
de funcionário.
Peculato culposo
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à
sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a
pena imposta.
Peculato mediante erro de outrem
Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no
exercício do cargo, recebeu por erro de outrem:
108 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
92 49. A respeito dos crimes praticados por funcionário público contra a Administração
Pública, é correto afirmar que:
(A) no crime de concussão, o funcionário público solicita a vantagem indevida à vítima;
(B) na corrupção passiva, o funcionário público sempre toma a iniciativa de propor o
pagamento da vantagem ilícita;
(C) no crime de advocacia administrativa, o funcionário público patrocina interesse
próprio e ilícito perante a administração pública;
(D) responde por prevaricação, e não corrupção passiva, o funcionário público que
deixa de praticar ato de ofício sem ser remunerado, atendendo a pedido de outra
pessoa;
E (E) no crime de inserção de dados falsos em sistema de informação, o funcionário
público autorizado exclui ou altera dados corretos nos sistemas informatizados ou em
banco de dados da Administração Pública.

108
93
Administração Financeira e Orçamentária

TJ/RO - 2021
108
94 52. Desde os primórdios da prática orçamentária na administração pública, registra-se
a existência de princípios norteadores desse processo, com contribuições relevantes
da França. Nos diferentes cenários com os quais se deparam os entes públicos, alguns
princípios podem ganhar maior destaque, como, por exemplo, na estrutura
descentralizada do governo federal, com órgãos espalhados por todo o território
nacional.
Nesse contexto, o princípio que possibilita a coexistência de vários orçamentos
autônomos, mas que podem ser vistos de forma consolidada, permitindo-se assim uma
visão ao mesmo tempo segregada e geral das finanças públicas, é o da:
(A) exatidão;
(B) especialização;
(C) exclusividade;

E
(D) regionalização;
(E) totalidade.

108
95 PARTE I - Procedimentos Contábeis Orçamentários

1. INTRODUÇÃO

2. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
Os Princípios Orçamentários visam estabelecer diretrizes norteadoras básicas, a fim
de conferir racionalidade, eficiência e transparência para os processos de
elaboração, execução e controle do orçamento público.
público Válidos para os Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário de todos os entes federativos – União, estados,
Distrito Federal e municípios – são estabelecidos e disciplinados por normas
constitucionais, infraconstitucionais e pela doutrina.
Nesse ínterim, integram este Manual os princípios orçamentários cuja existência e
aplicação derivem de normas jurídicas,
jurídicas como os seguintes:

2.1. Unidade ou Totalidade


Previsto, de forma expressa, pelo caput do art. 2º da Lei nº 4.320/1964, determina
existência de orçamento único para cada um dos entes federados – União, estados,
Distrito Federal e municípios – com a finalidade de se evitarem múltiplos
orçamentos paralelos dentro da mesma pessoa política.
Dessa forma, todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício
financeiro, devem integrar um único documento legal dentro de cada esfera
federativa: a Lei Orçamentária Anual (LOA).

108
96 53. Na classificação da receita orçamentária segundo a natureza, a categoria Tipo,
correspondente ao último dígito, tem a finalidade de identificar o tipo de arrecadação a
que se refere aquela natureza.
Uma diferenciação permitida por meio dessa categoria é entre receitas:
(A) financeira e não financeira;

C
(B) originária e derivada;
(C) principal e de multa e juros;
(D) própria e de transferências;
(E) vinculada e ordinária.

108
97

108
98

108
99 55. Considere um programa governamental na área de transporte urbano em que uma
das ações prevê a construção de trecho para circulação de veículo leve sobre trilho
(VLT) para promover integração de pontos da região central de uma cidade.
Sob a perspectiva da classificação programática da despesa pública, essa ação deve

A
ser classificada como:
(A) projeto;
(B) atividade;
(C) investimento;
(D) aplicação direta;
(E) operação especial.

108
100

108
57. Quando governos executam
101
orçamentos em períodos de cenário
econômico favorável, por mais criterioso
que seja o processo de estimação de
receitas, é comum a ocorrência do
chamado excesso de arrecadação. Essa
situação propicia a geração de recursos
para abertura de créditos adicionais
durante a execução orçamentária, caso
se faça necessário. Nesse contexto,
considere os dados a seguir de uma
entidade pública, apurados ao final do
terceiro bimestre de um determinado
exercício financeiro:

Considerando os dados apresentados e


as disposições da Lei nº 4.320/1964 no
que tange aos recursos para abertura de
créditos adicionais, o valor do excesso Receita realizada 1.790,00
de arrecadação líquido utilizável para Receita prevista - 1.600,00
essa finalidade, em milhares de reais, é Tendência do exercício - 30,00
de: Créditos extraordinários abertos - 15,00
(A) 100,00; EXCESSO DE ARRECADAÇÃO LÍQUIDO 145,00

C
(B) 120,00;
(C) 145,00;
108 (D) 160,00;
102 58. Na literatura sobre planejamento orçamentário na administração pública costuma-
se dizer que o orçamento nasce nas bases operacionais dos governos, porém está
sujeito a uma série de regras que ordenam e também limitam a execução de despesas
públicas. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), por exemplo, estabelece vedações e
limites para as despesas dos Poderes.
Uma dessas disposições refere-se a estabelecer:

B
(A) áreas prioritárias para investimentos das empresas estatais;
(B) limites para elaboração das propostas orçamentárias dos órgãos do Poder
Judiciário;
(C) parâmetros para fixação das remunerações de pessoal no âmbito das empresas
públicas;
(D) parâmetros para fixação das remunerações de pessoal no âmbito do Poder
Judiciário;
(E) regras para a proposição de emendas parlamentares impositivas.

CF88 → Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e


financeira.
§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites
estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.

108
103 59. A despesa total com pessoal dos Poderes e órgãos com autonomia administrativa,
orçamentária e financeira está sujeita a limites estabelecidos em relação ao montante
apurado periodicamente da Receita Corrente Líquida (RCL).
Considere que ao final do último quadrimestre de um dado exercício financeiro, um
Estado da federação apurou uma RCL de R$ 9,5 bilhões.
A partir desse parâmetro e dos limites estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal
(LRF), a despesa total com pessoal no âmbito do Poder Judiciário do referido ente NÃO
poderá exceder, em reais, a:
(A) R$ 1.045.000.000,00;

C
(B) R$ 760.000.000,00;
(C) R$ 570.000.000,00; 6% da RCL → 0,06 x 9,5 Bilhões = 570.000.000
(D) R$ 541.500.000,00;
(E) R$ 513.000.000,00.

108
104 Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000
Seção II - Das Despesas com Pessoal
Subseção I - Definições e Limites
Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa total
com pessoal:
pessoal o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos,
ativos os inativos e
os pensionistas relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis,
militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como
vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria,
reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens
pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas
pelo ente às entidades de previdência.
§ 1o Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à
substituição de servidores e empregados públicos serão contabilizados como “Outras
Despesas de Pessoal”.
Pessoal
§ 2o A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em
referência com as dos onze imediatamente anteriores, adotando-se o regime de
competência.
competência

Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa
total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não
poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida,
líquida a seguir discriminados:
I - União: 50% (cinqüenta por cento);
II - Estados: 60% (sessenta por cento);
108 III - Municípios: 60% (sessenta por cento).
Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de
105 apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida,
líquida a seguir discriminados:
I - União: 50% (cinqüenta por cento);
II - Estados: 60% (sessenta por cento);
III - Municípios: 60% (sessenta por cento).
§ 1º Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, não serão
computadas as despesas:
I - de indenização por demissão de servidores ou empregados;
II - relativas a incentivos à demissão voluntária;
voluntária
III - derivadas da aplicação do disposto no inciso II do § 6o do art. 57 da
Constituição (convocação extraordinária do Congresso) ;
IV - decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior ao da
apuração a que se refere o § 2o do art. 18;
V - com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Roraima,
Roraima custeadas
com recursos transferidos pela União na forma dos incisos XIII e XIV do art. 21 da
Constituição e do art. 31 da Emenda Constitucional no 19;
VI - com inativos,
inativos ainda que por intermédio de fundo específico, custeadas por
recursos provenientes: (fontes específicas)
a) da arrecadação de contribuições dos segurados;
b) da compensação financeira de que trata o § 9o do art. 201 da Constituição;
c) das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a tal
finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, bem como seu
superávit financeiro.
§ 2º Observado o disposto no inciso IV do § 1º, as despesas com pessoal
decorrentes de sentenças judiciais serão incluídas no limite do respectivo Poder ou
108 órgão referido no art. 20.
106 Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000
Seção II - Das Despesas com Pessoal
Subseção I - Definições e Limites

Art. 20. A repartição dos limites globais do art. 19 não poderá


exceder os seguintes percentuais:
I - na esfera federal:
federal
a) 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) para o Legislativo,
incluído o Tribunal de Contas da União;
b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;
c) 40,9% (quarenta inteiros e nove décimos por cento) para o
Executivo, destacando-se 3% (três por cento) para as despesas com pessoal
decorrentes do que dispõem os incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição
e o art. 31 da Emenda Constitucional no 19(DF, Territórios e ex-teritórios),
repartidos de forma proporcional à média das despesas relativas a cada um
destes dispositivos, em percentual da receita corrente líquida, verificadas
nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação
desta Lei Complementar;
108 d) 0,6% (seis décimos por cento) para o Ministério Público da União;
Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000
107
Seção II - Das Despesas com Pessoal
Subseção I - Definições e Limites

Art. 20. A repartição dos limites globais do art. 19 não poderá


exceder os seguintes percentuais:
II - na esfera estadual:
estadual III - na esfera municipal:
municipal
a) 3% para o Legislativo, a) 6% para o Legislativo, incluído
incluído o Tribunal de Contas do o Tribunal de Contas do
Estado; Município, quando houver;
b) 6% para o Judiciário; b) 54% para o Executivo.
c) 49% para o Executivo;
d) 2% para o Ministério Público
dos Estados;

108
108 Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000
Seção II - Das Despesas com Pessoal
Subseção I - Definições e Limites

Art 20, § 4o Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos


Municípios, os percentuais definidos nas alíneas “a” e “c” do
inciso II do caput serão, respectivamente, acrescidos e
reduzidos em 0,4% (quatro décimos por cento).
- No Estado do Pará o limite é repartido da seguinte forma:
- 3,40% (+0,40%) para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas
do Estado e o Tribunal de Contas dos Municípios;
- 6% para o Judiciário;
- 48,60% (-0,40%) para o Executivo; e
- 2% para o Ministério Público.
Art. 20, § 5º Para os fins previstos no art. 168 da Constituição, a entrega dos
recursos financeiros correspondentes à despesa total com pessoal por Poder e
órgão será a resultante da aplicação dos percentuais definidos neste artigo, ou
108 aqueles fixados na lei de diretrizes orçamentárias.

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