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4ª AULA: 30 de janeiro

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1º Simulado
DIA 12 DE FEVEREIRO – SÁBADO
Local: ______________
13:00 às 18:00

2º Simulado
DIA 5 DE MARÇO - SÁBADO
Local: ______________
13:00 às 18:00
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10 → 10 QUESTÕES
→ 4 QUESTÕES
→ 4 QUESTÕES
→ 6 QUESTÕES
→ 6 QUESTÕES
→ 5 QUESTÕES
→ 5 QUESTÕES
→ 4 QUESTÕES
→ 3 QUESTÕES
→ 3 QUESTÕES

SIMULADOS
→ 10 QUESTÕES
→ 15 QUESTÕES
→6 QUESTÕES
→6 QUESTÕES
→3 QUESTÕES
→ 6 QUESTÕES
→ 4 QUESTÕES
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→ 6 QUESTÕES
→ 6 QUESTÕES
→ 5 QUESTÕES
→ 5 QUESTÕES

→ 3 QUESTÕES

SEMANALMENTE → 25 questões

→ 6 QUESTÕES
→ 6 QUESTÕES
→ 3 QUESTÕES
→ 6 QUESTÕES
→ 4 QUESTÕES
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→ 5 QUESTÕES
→ 5 QUESTÕES

SEMANA III: 5 de janeiro

→ 6 QUESTÕES
→ 6 QUESTÕES
→ 3 QUESTÕES

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→ 6 QUESTÕES
→ 6 QUESTÕES

→ 3 QUESTÕES

SEMANA IV: 30 de janeiro

→ 6 QUESTÕES
→ 4 QUESTÕES
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Controle Externo

TCE/AM - 2021
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16 21. Maria, servidora do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas, questionou Joana,
sua colega, sobre os efeitos da publicação das decisões do Tribunal. Joana informou
que: (I) em se tratando de contas regulares, constitui certificado de quitação parcial do
responsável para com o erário; (II) em se tratando de contas regulares com ressalva,
constitui certificado de quitação, condicionado ao cumprimento das determinações
previstas na ordem jurídica; e (III) em se tratando de contas irregulares, constitui
apenas obrigação de recolhimento do débito que foi imputado ao responsável.
À luz da sistemática vigente, é correto afirmar que:
(A) as informações I, II e III estão erradas;
(B) as informações I, II e III estão certas;

D
(C) apenas a informação III está certa;
(D) apenas a informação II está certa;
(E) apenas a informação I está certa.

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17 LEI Nº 8.443/1992 – LEI ORGÂNICA DO TCU

TÍTULO II - JULGAMENTO E FISCALIZAÇÃO


Capítulo I - Julgamento de Contas
Seção II - Decisões em Processo de Tomada ou Prestação de Contas

Art. 10. A decisão em processo de tomada ou prestação de contas pode ser


preliminar, definitiva ou terminativa.
§ 1° Preliminar é a decisão pela qual o Relator ou o Tribunal, antes de pronunciar-
se quanto ao mérito das contas, resolve sobrestar o julgamento, ordenar a citação ou a
audiência dos responsáveis ou, ainda, determinar outras diligências necessárias ao
saneamento do processo.
§ 2° Definitiva é a decisão pela qual o Tribunal julga as contas regulares, regulares
com ressalva, ou irregulares.
§ 3° Terminativa é a decisão pela qual o Tribunal ordena o trancamento das contas
que forem consideradas iliquidáveis, nos termos dos arts. 20 e 21 desta Lei.

Art. 20. As contas serão consideradas iliquidáveis quando caso fortuito ou de força maior,
maior
comprovadamente alheio à vontade do responsável, tornar materialmente impossível o julgamento de
mérito a que se refere o art. 16 desta Lei.
Art. 21. O Tribunal ordenará o trancamento das contas que forem consideradas iliquidáveis e o
conseqüente arquivamento do processo.
§ 1° Dentro do prazo de cinco anos contados da publicação da decisão terminativa no Diário
Oficial da União, o Tribunal poderá, à vista de novos elementos que considere suficientes, autorizar o
desarquivamento do processo e determinar que se ultime a respectiva tomada ou prestação de
contas.
contas
§ 2º Transcorrido o prazo referido no parágrafo anterior sem que tenha havido nova decisão, as
99 contas serão consideradas encerradas,
encerradas com baixa na responsabilidade do administrador.
18 LEI Nº 8.443/1992 – LEI ORGÂNICA DO TCU
TÍTULO II - JULGAMENTO E FISCALIZAÇÃO
Capítulo I - Julgamento de Contas
Seção II - Decisões em Processo de Tomada ou Prestação de Contas
Art. 16. As contas serão julgadas:
I - regulares,
regulares quando expressarem, de forma clara e objetiva, a exatidão dos
demonstrativos contábeis, a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos de
gestão do responsável;
II - regulares com ressalva,
ressalva quando evidenciarem impropriedade ou qualquer outra falta
de natureza formal de que não resulte dano ao Erário;
III - irregulares,
irregulares quando comprovada qualquer das seguintes ocorrências:
a) omissão no dever de prestar contas;
b) prática de ato de gestão ilegal, ilegítimo, antieconômico, ou infração à norma legal
ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou
patrimonial;
c) dano ao Erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ao antieconômico;
d) desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos.
§ 1° O Tribunal poderá julgar irregulares as contas no caso de reincidência no descumprimento de
determinação de que o responsável tenha tido ciência, feita em processo de tomada ou prestarão de contas.
§ 2° Nas hipóteses do inciso III, alíneas c e d deste artigo, o Tribunal, ao julgar irregulares as contas,
fixará a responsabilidade solidária:
a) do agente público que praticou o ato irregular, e
b) do terceiro que, como contratante ou parte interessada na prática do mesmo ato, de qualquer modo haja
concorrido para o cometimento do dano apurado.
§ 3° Verificada a ocorrência prevista no parágrafo anterior deste artigo, o Tribunal providenciará a
imediata remessa de cópia da documentação pertinente ao Ministério Público da União, para ajuizamento das
99 civis e penais cabíveis.
ações
19 LEI Nº 8.443/1992 – LEI ORGÂNICA DO TCU

TÍTULO II - JULGAMENTO E FISCALIZAÇÃO


Capítulo I - Julgamento de Contas
Seção II - Decisões em Processo de Tomada ou Prestação de Contas

Subseção I -Contas Regulares


Art. 17. Quando julgar as contas regulares, o Tribunal dará quitação
plena ao responsável.
Subseção II - Contas Regulares com Ressalva
Art. 18. Quando julgar as contas regulares com ressalva, o Tribunal dará quitação
ao responsável e lhe determinará,
determinará ou a quem lhe haja sucedido, a adoção de medidas
necessárias à correção das impropriedades ou faltas identificadas, de modo a prevenir
a ocorrência de outras semelhantes.

Subseção III - Contas Irregulares


Art. 19. Quando julgar as contas irregulares, havendo débito, o Tribunal condenará
o responsável ao pagamento da dívida atualizada monetariamente, acrescida dos juros
de mora devidos, podendo, ainda, aplicar-lhe a multa prevista no art. 57 desta Lei,
sendo o instrumento da decisão considerado título executivo para fundamentar a
respectiva ação de execução.
Parágrafo único. Não havendo débito, mas comprovada qualquer das ocorrências
previstas nas alíneas a, b e c do inciso III, do art. 16, o Tribunal aplicará ao responsável
a multa prevista no inciso I do art. 58, desta Lei.
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20 LEI Nº 8.443/1992 – LEI ORGÂNICA DO TCM/PA

TÍTULO III - DA FISCALIZAÇÃO, DA PRESTAÇÃO E TOMADA DE CONTAS


CAPÍTULO II - DA PRESTAÇÃO E TOMADA DE CONTAS
Seção V - Da Decisão em Processo de Prestação ou Tomada de Contas

Art. 31. A decisão em processo de prestação ou tomada de contas pode ser


preliminar, definitiva ou terminativa.
§ 1° Preliminar quando o Tribunal, antes de pronunciar-se quanto ao mérito
das contas, resolve sobrestar o julgamento, ordenar a citação dos responsáveis ou,
ainda, determinar as diligências necessárias ao saneamento do processo.
§ 2° Definitiva quando o Tribunal julga regulares, regulares com ressalva ou
irregulares as contas.
§ 3° Terminativa quando o Tribunal ordena o trancamento das contas que
forem consideradas iliquidáveis.

Art. 29. As contas serão consideradas iliquidáveis quando caso fortuito ou de força maior,
maior
comprovadamente alheio à vontade do responsável, tornar materialmente impossível o julgamento de
mérito a que se refere o art. 16 desta Lei.
Art. 30. O Tribunal ordenará o trancamento das contas que forem consideradas iliquidáveis e o
conseqüente arquivamento do processo.
§ 1° Dentro do prazo de cinco anos contados da publicação da decisão terminativa no Diário
Oficial da União, o Tribunal poderá, à vista de novos elementos que considere suficientes, autorizar o
desarquivamento do processo e determinar que se ultime a respectiva tomada ou prestação de
contas.
contas
§ 2º Transcorrido o prazo referido no parágrafo anterior sem que tenha havido nova decisão, as
99 contas serão consideradas encerradas,
encerradas com baixa na responsabilidade do administrador.
21 22. O Tribunal de Contas do Estado Alfa recebeu, poucos meses após a sua ultimação,
o processo administrativo de concessão de aposentadoria a Ana, servidora do Poder
Executivo estadual.
À luz da sistemática constitucional vigente, o Tribunal:

B
(A) apenas deve tomar ciência da decisão;
(B) pode registrar a decisão, ou não, mas não alterar o título de aposentadoria;
(C) pode registrar a decisão, ou não, bem como alterar o título de aposentadoria;
(D) pode anular a decisão e determinar que Ana retorne ao trabalho, não precisando
ouvi-la;
(E) pode anular a decisão e determinar que Ana retorne ao trabalho, devendo ouvi-la
previamente.

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22 LEI Nº 8.443/1992 – LEI ORGÂNICA DO TCU
TÍTULO II - JULGAMENTO E FISCALIZAÇÃO
Capítulo II - Fiscalização a Cargo do Tribunal
Seção III - Atos Sujeitos a Registro

Art. 39. De conformidade com o preceituado nos arts. 5°, inciso XXIV, 71, incisos II
e III, 73 in fine, 74, § 2°, 96, inciso I, alínea a, 97, 39, §§ 1° e 2° e 40, § 4°, da
Constituição Federal, o Tribunal apreciará, para fins de registro ou reexame,
reexame os atos de:
I - admissão de pessoal,
pessoal a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas
as fundações instituídas e mantidas pelo poder público, executadas as nomeações para
cargo de provimento em comissão;
II - concessão inicial de aposentadoria, reformas e pensões,
pensões bem como de melhorias
posteriores que tenham alterado o fundamento legal do respectivo concessório inicial.
Parágrafo único. Os atos a que se refere este artigo serão apreciados pelo Tribunal
na forma estabelecida no Regimento Interno.

Art. 40. O Relator presidirá a instrução do processo, determinando, mediante


despacho singular, por sua ação própria e direta, ou por provocação do órgão de
instrução ou do Ministério Público junto ao Tribunal, a adoção das providências
consideradas necessárias ao saneamento dos autos, fixando prazo, na forma
estabelecida no Regimento Interno, para o atendimento das diligências, após o que
submeterá o feito ao Plenário ou à Câmara respectiva para decisão de mérito.

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23 23. Ana, ordenadora de despesas no Município Alfa, situado no Estado do Amazonas,
vinha praticando uma gestão sabidamente temerária e prejudicial ao interesse público.
Além de já ter causado danos ao erário, havia grande probabilidade de que viesse a
causar outros danos. Existiam sólidos indícios desses fatos, devidamente comprovados
em documentos em poder do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas.
Ao ser consultado sobre a possibilidade de o Tribunal de Contas determinar o
afastamento de Ana, um Conselheiro respondeu, corretamente, que isto:
(A) não é possível, em razão da autonomia política do Município Alfa;
(B) não é possível, mas o Tribunal pode sugerir o afastamento, o que pode não ser
acolhido pelo gestor;
(C) somente é possível ao fim do processo administrativo, desde que haja requerimento
do Ministério Público;
(D) somente é possível ao fim da instrução processual, de ofício ou a requerimento de

E
qualquer interessado;
(E) pode ocorrer no início do processo administrativo, em caráter cautelar, de ofício ou
a requerimento do Ministério Público.

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24 LEI Nº 8.443/1992 – LEI ORGÂNICA DO TCU
TÍTULO II - JULGAMENTO E FISCALIZAÇÃO
Capítulo II - Fiscalização a Cargo do Tribunal
Seção IV - Fiscalização de Atos e Contratos

Art. 44. No início ou no curso de qualquer apuração, o Tribunal, de ofício ou a


requerimento do Ministério Público, determinará, cautelarmente, o afastamento
temporário do responsável,
responsável se existirem indícios suficientes de que, prosseguindo no
exercício de suas funções, possa retardar ou dificultar a realização de auditoria ou
inspeção, causar novos danos ao Erário ou inviabilizar o seu ressarcimento.
§ 1° Estará solidariamente responsável a autoridade superior competente que, no
prazo determinado pelo Tribunal, deixar de atender à determinação prevista no caput
deste artigo.
§ 2° Nas mesmas circunstâncias do caput deste artigo e do parágrafo anterior,
poderá o Tribunal, sem prejuízo das medidas previstas nos arts. 60 e 61 desta Lei,
decretar, por prazo não superior a um ano, a indisponibilidade de bens do responsável,
tantos quantos considerados bastantes para garantir o ressarcimento dos danos em
apuração.

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25 LEI Nº 8.443/1992 – LEI ORGÂNICA DO TCU
TÍTULO II - JULGAMENTO E FISCALIZAÇÃO
Capítulo II - Fiscalização a Cargo do Tribunal
Seção IV - Fiscalização de Atos e Contratos

Art. 45. Verificada a ilegalidade de ato ou contrato, o Tribunal, na forma


estabelecida no Regimento Interno, assinará prazo para que o responsável adote as
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, lei fazendo indicação expressa dos
dispositivos a serem observados.
§ 1° No caso de ato administrativo, o Tribunal, se não atendido:
I - sustará a execução do ato impugnado;
II - comunicará a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;
III - aplicará ao responsável a multa prevista no inciso II do art. 58 desta Lei.
§ 2° No caso de contrato, o Tribunal, se não atendido, comunicará o fato ao
Congresso Nacional, a quem compete adotar o ato de sustação e solicitar, de imediato,
ao Poder Executivo, as medidas cabíveis.
§ 3° Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não
efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito da
sustação do contrato.

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26 26. O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas julgou regulares, com ressalva, as
contas prestadas por determinado ordenador de despesas.
À luz da sistemática legal, a decisão assim proferida é considerada:
(A) transitada em julgado;
(B) terminativa;
(C) preliminar;

E
(D) apreciativa;
(E) definitiva.

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27 LEI Nº 8.443/1992 – LEI ORGÂNICA DO TCU

TÍTULO II - JULGAMENTO E FISCALIZAÇÃO


Capítulo I - Julgamento de Contas
Seção II - Decisões em Processo de Tomada ou Prestação de Contas

Art. 10. A decisão em processo de tomada ou prestação de contas pode ser


preliminar, definitiva ou terminativa.
§ 1° Preliminar é a decisão pela qual o Relator ou o Tribunal, antes de pronunciar-
se quanto ao mérito das contas, resolve sobrestar o julgamento, ordenar a citação ou a
audiência dos responsáveis ou, ainda, determinar outras diligências necessárias ao
saneamento do processo.
§ 2° Definitiva é a decisão pela qual o Tribunal julga as contas regulares, regulares
com ressalva, ou irregulares.
§ 3° Terminativa é a decisão pela qual o Tribunal ordena o trancamento das contas
que forem consideradas iliquidáveis, nos termos dos arts. 20 e 21 desta Lei.

Art. 20. As contas serão consideradas iliquidáveis quando caso fortuito ou de força maior,
maior
comprovadamente alheio à vontade do responsável, tornar materialmente impossível o julgamento de
mérito a que se refere o art. 16 desta Lei.
Art. 21. O Tribunal ordenará o trancamento das contas que forem consideradas iliquidáveis e o
conseqüente arquivamento do processo.
§ 1° Dentro do prazo de cinco anos contados da publicação da decisão terminativa no Diário
Oficial da União, o Tribunal poderá, à vista de novos elementos que considere suficientes, autorizar o
desarquivamento do processo e determinar que se ultime a respectiva tomada ou prestação de
contas.
contas
§ 2º Transcorrido o prazo referido no parágrafo anterior sem que tenha havido nova decisão, as
99 contas serão consideradas encerradas,
encerradas com baixa na responsabilidade do administrador.
28 29. Por circunstâncias comprovadamente alheias à vontade de Pedro, que atuou como
ordenador de despesas no Município Alfa, situado no Estado do Amazonas, as quais
decorreram de caso fortuito, tornou-se materialmente impossível o julgamento de
mérito das contas que apresentou.
Nesse caso, o Tribunal de Contas deve:
(A) proceder à tomada de contas, de modo a obter as informações necessárias ao seu
julgamento;
(B) notificar Pedro para que proceda à regularização das contas, apresentando

C
documentos complementares;
(C) considerar as contas iliquidáveis e determinar o seu trancamento, com o
arquivamento do processo;
(D) notificar Pedro para que firme declaração de regularidade, sujeitando-se às penas
da lei na hipótese de falsidade;
(E) reconhecer a existência de circunstância impeditiva de análise, publicando edital
para ciência dos interessados.

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29 LEI Nº 8.443/1992 – LEI ORGÂNICA DO TCU

TÍTULO II - JULGAMENTO E FISCALIZAÇÃO


Capítulo I - Julgamento de Contas
Seção II - Decisões em Processo de Tomada ou Prestação de Contas

Art. 10. A decisão em processo de tomada ou prestação de contas pode ser


preliminar, definitiva ou terminativa.
§ 1° Preliminar é a decisão pela qual o Relator ou o Tribunal, antes de pronunciar-
se quanto ao mérito das contas, resolve sobrestar o julgamento, ordenar a citação ou a
audiência dos responsáveis ou, ainda, determinar outras diligências necessárias ao
saneamento do processo.
§ 2° Definitiva é a decisão pela qual o Tribunal julga as contas regulares, regulares
com ressalva, ou irregulares.
§ 3° Terminativa é a decisão pela qual o Tribunal ordena o trancamento das contas
que forem consideradas iliquidáveis, nos termos dos arts. 20 e 21 desta Lei.

Art. 20. As contas serão consideradas iliquidáveis quando caso fortuito ou de força maior,
maior
comprovadamente alheio à vontade do responsável, tornar materialmente impossível o julgamento de
mérito a que se refere o art. 16 desta Lei.
Art. 21. O Tribunal ordenará o trancamento das contas que forem consideradas iliquidáveis e o
conseqüente arquivamento do processo.
§ 1° Dentro do prazo de cinco anos contados da publicação da decisão terminativa no Diário
Oficial da União, o Tribunal poderá, à vista de novos elementos que considere suficientes, autorizar o
desarquivamento do processo e determinar que se ultime a respectiva tomada ou prestação de
contas.
contas
§ 2º Transcorrido o prazo referido no parágrafo anterior sem que tenha havido nova decisão, as
99 contas serão consideradas encerradas,
encerradas com baixa na responsabilidade do administrador.
30 30. Joana, servidora do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas, foi designada para
atuar na Secretaria de Controle Externo do Tribunal, para o desempenho de funções
específicas de controle externo.
Em razão dessa designação, o acesso de Joana, em órgãos e entidades sujeitos à
jurisdição do Tribunal de Contas do Estado, é:
(A) condicionado à solicitação de auxílio por um auditor;
(B) livre, decorrendo das prerrogativas do cargo que ocupa;

D
(C) condicionado à determinação de diligências pelo Tribunal Pleno;
(D) condicionado ao credenciamento pelo Presidente do Tribunal ou por agente
delegado;
(E) condicionado à prolação de decisão, por qualquer órgão deliberativo do Tribunal,
que exija esse acesso.

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31 LEI Nº 8.443/1992 – LEI ORGÂNICA DO TCU

TÍTULO III - ORGANIZAÇÃO DO TRIBUNAL


Capítulo VII - Secretaria do Tribunal
Seção I - Objetivo e Estrutura

Art. 85. A secretaria incumbe a prestação de apoio técnico e a execução dos


serviços administrativos do Tribunal de Contas da União.
§ 1° A organização, atribuições e normas de funcionamento da secretaria são as
estabelecidas no Regimento Interno.
§ 2º O Tribunal poderá manter unidades integrantes de sua secretaria nos estados
federados.

Art. 86. São obrigações do servidor que exerce funções específicas de controle
externo no Tribunal de Contas da União:
I - manter, no desempenho de suas tarefas, atitude de independência, serenidade e
imparcialidade;
II - representar à chefia imediata contra os responsáveis pelos órgãos e entidades sob
sua fiscalização, em casos de falhas e/ou irregularidades;
III - propor a aplicação de multas, nos casos previstos no Regimento Interno;
IV - guardar sigilo sobre dados e informações obtidos em decorrência do exercício de
suas funções e pertinentes aos assuntos sob sua fiscalização, utilizando-os,
exclusivamente, para a elaboração de pareceres e relatórios destinados à chefia
imediata.

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32 LEI Nº 8.443/1992 – LEI ORGÂNICA DO TCU

TÍTULO III - ORGANIZAÇÃO DO TRIBUNAL


Capítulo VII - Secretaria do Tribunal
Seção I - Objetivo e Estrutura

quando credenciado pelo


Art. 87. Ao servidor a que se refere o artigo anterior,
Presidente do Tribunal ou, por delegação deste, pelos dirigentes das
unidades técnicas da secretaria do Tribunal, para desempenhar funções de
auditoria, de inspeções e diligências expressamente determinadas pelo Tribunal ou por
sua Presidência, são asseguradas as seguintes prerrogativas:
prerrogativas
I - livre ingresso em órgãos e entidades sujeitos à jurisdição do Tribunal de Contas da
União;
II - acesso a todos os documentos e informações necessários à realização de seu
trabalho;
III - competência para requerer, nos termos do Regimento Interno, aos responsáveis
pelos órgãos e entidades objeto de inspeções, auditorias e diligências, as informações
e documentos necessários para instrução de processos e relatórios de cujo exame
esteja expressamente encarregado por sua chefia imediata.

99
33
Administração Financeira e Orçamentária

TCE/AM - 2021
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34 33. Ao final de um dado exercício, as receitas correntes de um estado da federação,
para fins de apuração da Receita Corrente Líquida (RCL), somaram R$ 14 bilhões.
Considere, além disso, as informações do quadro a seguir.

De acordo com as orientações da LRF para apuração da Receita Corrente Líquida de


entes estaduais, a RCL do ente no referido período soma:
(A) R$ 10.445.000.000,00;
(B) R$ 10.625.000.000,00;

D
(C) R$ 10.715.000.000,00;
(D) R$ 11.390.000.000,00;
99 (E) R$ 11.570.000.000,00.
35 RECEITAS CORRENTES 14.000.000.000,00
Contribuição para custeio das pensões militares (Art 2º, IV, "c") - 22.500.000,00
Contribuições dos serv. para sist. de prev. social (Art 2º, IV, "c") - 450.000.000,00
FUNDEB (Art 2º, §1) - 270.000.000,00
Compensações financeiras entre regimes (Art 2º, IV, "c") - 67.500.000,00
Transferências constitucionais aos municípios (Art 2º, IV, "b") - 1.800.000.000,00
RECEITA CORRENTE LÍQUIDA 11.390.000.000,00

99
36 34. Sob a perspectiva do orçamento, as receitas são disponibilidades de recursos
financeiros que ingressam durante o exercício e que aumentam o saldo financeiro da
instituição. No entanto, nem sempre todos os ingressos orçamentários têm impacto
positivo no patrimônio.
São um exemplo das chamadas receitas por mutação patrimonial:
(A) rendimentos de aplicação financeira;
(B) receitas de aluguéis de bens imóveis;
(C) receitas de compensações financeiras;
(D) receitas de transferências correntes;
E (E) receitas de alienação de bens imóveis.

99
37 Parte I – Procedimentos Contábeis Orçamentários

3. RECEITA ORÇAMENTÁRIA
3.4. RELACIONAMENTO DO REGIME ORÇAMENTÁRIO COM O REGIME CONTÁBIL

Ocorrido o fato gerador, pode-se proceder ao registro contábil do direito a receber


em contrapartida de variação patrimonial aumentativa,
aumentativa o que representa o registro da
variação patrimonial aumentativa por competência.

99
38

99
39 - Resultado patrimonial do exercício

VPA VPD
Ativas Passivas
Independentes Independentes
da Execução VPD da Execução
VPA
Receita Despesa
Efetiva Efetiva

Jund, Sérgio. Administração, orçamento e contabilidade pública: teoria e questões:


99 estilo ESAF, UnB e outras bancas examinadoras / Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
40 35. A despesa pública é apresentada no orçamento sob diferentes critérios de
classificação, com o objetivo de subsidiar o controle do processo orçamentário.
A classificação funcional da despesa pública:
(A) apresenta a realização dos objetivos estratégicos definidos no Plano Plurianual;

C
(B) está organizada em categoria econômica, grupo e elemento de despesa;
(C) permite a consolidação nacional dos gastos do setor público, pois tem aplicação
comum e obrigatória;
(D) reflete a estrutura de alocação dos créditos orçamentários em níveis hierárquicos;
(E) se desdobra em atividades, projetos ou operações especiais.

99
41

99
42 36. A despesa pública é processada em estágios legalmente definidos que permitem
um acompanhamento minucioso do processo orçamentário.
O primeiro estágio da despesa pública conhecido como fixação:
(A) é concluído com o processo de descentralizações interna e externa de créditos
orçamentários;
(B) é de competência exclusiva do Poder Executivo, a partir das demandas
apresentadas pelas unidades orçamentárias;
(C) não pode ser afetado por eventuais aberturas de créditos adicionais no decorrer da
vigência do orçamento;
(D) consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico, sendo
limitado pelo volume de recursos disponíveis;
E (E) compreende a adoção de medidas em direção a uma situação idealizada,
considerando os recursos disponíveis e as diretrizes e prioridades traçadas pelo
governo.

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99
44

99
45

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46 37. O processo orçamentário no Brasil é revestido de formato legal, principalmente em
decorrência dos chamados instrumentos de planejamento.
Um desses instrumentos é a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que tem entre os
seus objetivos:
(A) operacionalizar o planejamento estratégico do governo;
(B) evidenciar as escolhas políticas de gestores na alocação de recursos;

D
(C) estabelecer diretrizes relativas aos programas de duração continuada;
(D) contribuir com parâmetros para o acompanhamento da gestão fiscal;
(E) definir os objetivos das despesas de capital e outras delas decorrentes.

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47 TRIBUTAÇÃO
Art. 165. LeisORÇAMENTO
E de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: CF88

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as


metas e prioridades da administração pública federal,
estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas
metas, em consonância com trajetória sustentável da
dívida pública,
pública orientará a elaboração da lei orçamentária
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária
e estabelecerá a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento.
§ 12. Integrará a lei de diretrizes orçamentárias, para o exercício a que se refere e, pelo menos,
para os 2 (dois) exercícios subsequentes, anexo com previsão de agregados fiscais e a proporção
dos recursos para investimentos que serão alocados na lei orçamentária anual para a continuidade
daqueles em andamento. (EC 102/2019)
§ 16. As leis de que trata este artigo devem observar, no
que couber, os resultados do monitoramento e da
avaliação das políticas públicas previstos no § 16 do art.
37
99 desta Constituição."
48 Capítulo II - Do Planejamento
Seção II -Da Lei de Diretrizes Orçamentárias

Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da


Constituição e:
I - disporá também sobre:
a) equilíbrio entre receitas e despesas;
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas
na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9o e no inciso II do § 1o do art. 31;
c) (VETADO)
d) (VETADO)
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas
financiados com recursos dos orçamentos;
f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas
e privadas;
II - (VETADO)
III - (VETADO)

99
49 Capítulo II - Do Planejamento
Seção II -Da Lei de Diretrizes Orçamentárias

Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição


e:
§ 1o “Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas
Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes,
relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida
pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes”.
§ 2º “O Anexo conterá, ainda:
I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;
II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo
que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três
exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os
objetivos da política econômica nacional;
III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a
origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;
IV - avaliação da situação financeira e atuarial:
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo
de Amparo ao Trabalhador;
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;
V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de
expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.
99
50 Capítulo II - Do Planejamento
Seção II -Da Lei de Diretrizes Orçamentárias

Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição


e:
§ 3º “A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão
avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas
públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem”.
§ 4º A mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo
específico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os
parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, e ainda as
metas de inflação, para o exercício subseqüente.

99
51 CF88 LDO LRF
1. compreenderá as metas e 1. equilíbrio entre receitas e
prioridades; despesas;
2. orientará a elaboração da LOA 2. critérios e forma de limitação de
anual; empenho
3. disporá sobre as alterações na 3. normas relativas ao controle de
legislação tributária; custos e à avaliação dos
4. estabelecerá a política de resultados;
aplicação das agências financeiras 4. condições e exigências para
oficiais de fomento. transferências de recursos a
5. Anexo de Agregados Fiscais e a entidades públicas e privadas;
proporção dos recursos para 5. Anexos de Metas Fiscais e
investimentos que serão alocados na Anexo de Riscos Fiscais.
LOA para a continuidade daqueles em
andamento. (EC 102/2019)
6. estabelecerá as Diretrizes de
Política Fiscal e respectivas metas,
em consonância com trajetória
sustentável da dívida pública. (EC
99109/2021)
52 38. Alterações recentes na Constituição da República de 1988 em matéria
orçamentária introduziram as chamadas emendas impositivas à Lei Orçamentária
Anual. A execução obrigatória de tais emendas no âmbito federal tem como base um
percentual do montante:

B
(A) da RCL prevista para o exercício corrente;
(B) da RCL realizada no exercício anterior;
(C) da RCL realizada no exercício anterior, corrigido pelo IPCA;
(D) de emendas executadas no exercício anterior, corrigido pela variação da RCL;
(E) de emendas executadas no exercício anterior, corrigido pelo IPCA.

99
53 CF88 - PROCESSO LEGISLATIVO ESPECIAL

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às


diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso
Nacional, na forma do regimento comum.
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão
aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por
cento) da receita corrente líquida prevista no projeto
encaminhado pelo Poder Executivo,
Executivo sendo que a metade deste
percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde.

§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços


públicos de saúde previsto no § 9º, inclusive custeio,
custeio será
computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art.
198,
198 vedada a destinação para pagamento de pessoal ou
encargos sociais.
99
54 CF88 - PROCESSO LEGISLATIVO ESPECIAL
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos
créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das


programações a que se refere o § 9º deste artigo, em montante
correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da
receita corrente líquida realizada no exercício anterior,
anterior conforme
os critérios para a execução equitativa da programação definidos
na lei complementar prevista no § 9º do art. 165.
§ 12. A garantia de execução de que trata o § 11 deste artigo
aplica-se também às programações incluídas por todas as
emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou
do Distrito Federal, no montante de até 1% (um por cento) da
receita corrente líquida realizada no exercício anterior.

99
55
Administração Pública

TCE/BA - 2013
99
56 47. Assinale a alternativa que apresenta uma característica comum à gestão pública e
à gestão privada.
(A) existem para prestar serviços de interesse coletivo.
(B) são regidas pela competitividade e pela conquista de mercados.
(C) estão sujeitas aos princípios da legalidade, da impessoalidade e da publicidade.
(D) têm o dever de promover a satisfação do cidadão.
E (E) são passíveis de responsabilidade social.

99
48. Quanto ao orçamento público, assinale a afirmativa correta.
A
57
(A) Visa à efetivação de políticas públicas definidas pelo Estado, em sua dimensão
política.
(B) Tem a finalidade de alcançar a satisfação social, independente do equilíbrio fiscal.
(C) Apresenta apenas os enfoques político e jurídico para sua execução e controle.
(D) Tem como objetivo o superávit da execução orçamentária para futura abertura de
créditos adicionais.
(E) Apresenta a reserva de contingência para possíveis coberturas com gastos de
pessoal e investimentos.

99
58 49. O conceito “a busca da qualidade, primando pela adoção dos critérios legais e
morais necessários para melhor utilização possível dos recursos públicos, de maneira a
evitar‐se desperdícios e garantir‐se uma maior rentabilidade social ” refere‐se ao

A
seguinte princípio constitucional da Administração Pública:
(A) eficiência.
(B) razoabilidade.
(C) legalidade.
(D) efetividade.
(E) eficácia.

99
59
Direito Administrativo
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988
TÍTULO III - Da Organização do Estado
Princípios
Capítulo VII – Da Administração Pública
Seção I – Disposições Gerais → ideias centrais de um
sistema.
Artigo 37 A administração pública → estabelecem diretrizes e
direta e indireta de qualquer dos conferem um sentido
lógico, harmonioso e
Poderes da União, dos Estados, do racional ao sistema.
Distrito Federal e dos Municípios → determinam o alcance e
obedecerá aos princípios de legalidade, sentido das regras de um
impessoalidade, moralidade, publicidade determinado ordenamento
e eficiência e, também, ao seguinte: jurídico.
... → estão previstos na
Constituição e citados ou
Observância obrigatória: enumerados em muitas
→ todos os Poderes leis.
→ todas as esferas
→ alcança a Administração
Direta e Indireta.

99
60
Princípios
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988
Art. 37
EFICIÊNCIA
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e
financeira dos órgãos e entidades da → dois aspectos visando
administração direta e indireta poderá melhores resultados
ser ampliada mediante contrato, a ser firmado a) forma de atuação do
entre seus administradores e o poder público, agente público
que tenha por objeto a fixação de metas de (desempenho);
desempenho para o órgão ou entidade… b) modo de organizar,
estruturar e disciplinar a
Art. 39 Administração (racional).
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal → aproxima-se da idéia de
manterão escolas de governo para a formação e economicidade (relação
o aperfeiçoamento dos servidores públicos, custo/benefício).
constítuindo-se a participação nos cursos um → tem como corolário a boa
dos requisitos para a promoção na carreira... qualidade.

99
61 50. As alternativas a seguir representam uma característica da gestão pública
empreendedora no Brasil, à exceção de uma. Assinale‐a.
(A) Oposição às práticas burocráticas
(B) Gestão por resultados
(C) Promoção da transparência e do controle social

E
(D) Foco no cliente cidadão
(E) Centralização com menor autonomia

99
62 Alianças
Burguesia industrial e a
nova classe média profissional
1821 1930 1985 1995

Estamento patrimonial Progressiva substituição


com a burguesia das classes por camadas
mercantil rural e urbana. ou estratos sociais cujo
poder e renda derivam do
controle do conhecimento
técnico e organizacional.

Estamento: constitui uma forma de estratificação social com camadas mais fechadas
do que as classes sociais, e mais abertas do que as castas, ou seja, possui maior
mobilidade social que no sistema de castas, e menor mobilidade social do que no
99 sistema de classes sociais.
63 3ª REFORMA → GERENCIAL (1995)
· Governo Fernando Henrique Cardoso: no sentido de promover uma reforma da
administração pública, a Câmara da Reforma do Estado aprova, em novembro de
1995, o documento Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, pela que
apresenta um diagnóstico da “crise do Estado” e da Administração Pública Federal,
define objetivos e formula diretrizes para as intervenções.
· Pretende tal documento, simultaneamente, “criar condições para a reconstrução
da administração pública em bases modernas e racionais” e preparar a
administração pública brasileira para “a magnitude e os desafios que o País passou
a enfrentar diante da globalização econômica”.
O projeto reformista insere-se na perspectiva maior da globalização,
globalização especialmente
porque adota as concepções neoliberais.
neoliberais E o neoliberalismo opta pelo "Estado Mínimo".
Mínimo
A “obsolescência da forma burocrática” de administração, portanto, estaria vinculada à
crise fiscal e de suas formas de intervenção. A resposta para esta crise seria, sob
a ótica neoliberal, a adoção do “Estado Mínimo”
Mínimo e do pleno controle da economia
pelo mercado, e para tanto seria necessário privatizar, liberalizar, desregular,
flexibilizar os mercados de trabalho de forma radical; a solução estaria na adoção
de políticas de ajuste fiscal e a realização de reformas orientadas para o mercado.
· Ressurge a questão da autonomia autárquica (reconhecida pela doutrina mas
tornada letra morta, na prática administrativa, pela exacerbação do controle
político exercido pela administração pública). Uma alternativa é a criação das
agências executivas, a partir da adoção de mecanismos de administração
gerencial decalcados da experiência implementada na Nova Zelândia, Suécia,
99 Holanda e, de modo especial, no Reino Unido a partir de 1988.
64 PDRAE

99
65 3ª REFORMA → GERENCIAL (1995)

· Esta reforma tem como objetivos:

1. a curto prazo,
prazo facilitar o ajuste fiscal, particularmente nos Estados e
municípios, onde existe um claro problema de excesso de quadros (três medidas:
exoneração de funcionários por excesso de quadros, definição clara de teto
remuneratório para os servidores e modificação do sistema de aposentadorias);

2. a médio prazo,
prazo tornar mais eficiente e moderna a administração pública,
voltando-a para o atendimento dos cidadãos (duas medidas: fortalecer a administração
pública direta ou o “núcleo estratégico do Estado” e descentralizar a administração
pública através da implantação de “agências autônomas” e de “organizações sociais”
controladas por contratos de gestão).
gestão

99
66 ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL

Lógica de que o Estado deve funcionar melhor e custar menos, buscar “fazer mais com
menos recursos”.
- A premissa da busca da eficiência estatal é importada das idéias e iniciativas
adotadas em países como os Estados Unidos, a partir de 1993, e em outros países
de maneira ainda mais profunda, como o Reino Unido (a partir de 1979), Nova
Zelândia (1985) e Austrália (1983), onde reformas promovidas por governos de
diferentes matizes ideológicos promoveram radicais transformações no desenho da
administração pública e em sua forma de funcionamento.

Características:
Características
1. flexibilização do regime jurídico administrativo;
2. maior aproximação de procedimentos entre o setor público e o setor privado;
3. implantação de relações contratuais em substituição ao modelo racional-legal
weberiano;
4. redução dos gastos públicos e do “tamanho” do aparelho estatal.

- Segundo o Banco Mundial, naqueles países as reformas contribuíram para converter o


déficit público de cerca de 9% do Produto Interno Bruto em superávit, e para a
redução de despesas, em certos casos, superior a 20%.
99
67 ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL

Tais propostas têm sido as classificadas, genericamente, de Nova Gerência


Pública - NGP, ou Nova Administração Pública – NAP, ou New Public Management -
NPM. Contudo, não têm sido consideradas, unanimemente, como solução única ou
mesmo adequada às necessidades dos países em desenvolvimento.

- Esse modelo responde também pelo nome de Managerialism: modelo gerencial puro,
que às vezes aparece grafado como Managerialism, focalizado no incremento da
eficiência e tendo o usuário do serviço público como financiador da mudança de
paradigma do modelo burocrático em busca da eficiência – fazer mais por menos.

- O Mangerialism congrega duas correntes: Consumerism (o usuário passa a ser


considerado cliente, consumidor, e administração deixa de ser auto-referenciada,
burocrática e busca a satisfação do “seu consumidor” com qualidade)
qualidade e Public
Service Orientation – PSO (o usuário é percebido como cidadão, busca-se não mais
a satisfação do cliente mas a do bem-comum,
bem-comum busca-se a equidade).

99
68 52. Assinale a alternativa que apresenta o critério da Gestão Pública que examina a
governança e a governabilidade da organização, incluindo os aspectos relativos à
transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa.

B
(A) Estratégias e planos.
(B) Liderança.
(C) Cidadãos.
(D) Sociedade.
(E) Informações e conhecimento.

99
69 TCU - Referencial para Avaliação de Governança em Políticas Públicas

2. REFERENCIAL CONCEITUAL

2.2.4 Governança x Governabilidade x Gestão
A governabilidade está ligada, entre outras ideias, à existência de “condições
políticas” para a sustentação de políticas públicas em ambiente democrático (SANTOS,
1997). No Brasil, em particular, em ambiente de “presidencialismo de coalizão”
(ABRANCHES, 1988).
Ainda de acordo com Santos (1997), em referência à linha de argumentação
desenvolvida por Melo (1995) e Diniz (1995; 1996), a governabilidade pode ser
compreendida como “condições sistêmicas e institucionais sob as quais se dá o
exercício do poder, tais como as características do sistema político, a forma de
governo, as relações entre os Poderes, o sistema de intermediação de interesses”.
Nessa esteira, Bresser Pereira (1998) propõe a seguinte diferenciação conceitual:
“A governabilidade e a governança são conceitos mal definidos, frequentemente
confundidos. Para mim, governabilidade é uma capacidade política de governar
derivada da relação de legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade;
governança é a capacidade financeira e administrativa, em sentido amplo, de um
governo implementar políticas”.

99
70 TCU - Referencial para Avaliação de Governança em Políticas Públicas

2. REFERENCIAL CONCEITUAL

2.2.4 Governança x Governabilidade x Gestão
Adverte Santos (1997), todavia, que a distinção estanque dos conceitos de
governança e governabilidade é pouco relevante no contexto atual, sobretudo na
medida em que o primeiro conceito passa a incorporar princípios democráticos,
voltados à promoção de novos padrões de articulação e cooperação entre atores
sociais e políticos. Por essa razão, a autora sugere a realização de uma análise mais
ampla em torno de “capacidade governativa”,
governativa expressão esta que engloba, em resumo,
as “noções sistêmicas e operacionais contidas nos conceitos de governabilidade e
governança”, além de destacar a interação da capacidade operacional e financeira do
Estado com as instâncias da política democrática.
Em sentido semelhante, após a análise de diferentes tipologias que servem como
quadro de referência para a avaliação da relação governabilidade/governança, Araújo
(2002) conclui ser quase consensual o entendimento de que “as variáveis de
governabilidade e governança mantêm entre si uma relação muito forte, sendo
complementares e o seu vínculo instável, dinâmico e indissolúvel, cabendo a
separação apenas para fins didáticos analíticos”.

99
71 TCU - Referencial para Avaliação de Governança em Políticas Públicas

2. REFERENCIAL CONCEITUAL

2.2.4 Governança x Governabilidade x Gestão
Registra o referido autor, contudo, que, de acordo com a visão de Bresser Pereira
(1998), “sem governabilidade plena é impossível obter a governança, mas esta pode ser
muito deficiente em situações satisfatórias de governabilidade, como a presente no
Brasil”.
Em face dessas interpretações, este referencial considera consistente, além de
oportuno, o esforço endereçado ao aprimoramento da governança de políticas públicas,
nos termos aqui propostos, sem que esse esforço seja necessariamente dependente do
equacionamento de desafios políticos mais afetos à dimensão de governabilidade da
capacidade governativa.

99
72

99
73 55. A respeito da descentralização do processo decisório em uma organização, analise
as afirmativas a seguir.
I. A descentralização permite decisões mais ágeis, fazendo com que as respostas aos
clientes sejam mais rápidas.
II. A descentralização estimula à criatividade das pessoas, preparando candidatos para
posições mais elevadas.
III. A descentralização, graças às novas tecnologias, permite que a autoridade seja
delegada aos níveis inferiores, enquanto a alta administração recebe informações em
tempo real.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

E
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas

99
74
Sistema Normativo Anticorrupção

PC/RN - 2021
99
75 29. João, fiscal de um Município do Estado Alfa, passava por uma rua de comércio
popular com a família, quando seu filho avistou um comerciante vendendo balões de
personagens infantis e insistiu que queria um. João, então, se dirigiu ao vendedor e
exigiu que ele lhe desse o balão pretendido pelo filho, que estava sendo vendido para
outro casal, dizendo que trabalhava para a Prefeitura e que, se não fosse atendido,
chamaria a guarda municipal para apreender os objetos e lavrar o auto próprio.
Ao proceder da forma narrada, João praticou, em tese, a conduta tipificada como:
(A) extorsão;
B (B) concussão;
(C) corrupção passiva;
(D) exercício arbitrário das próprias razões;
(E) corrupção passiva, mas João terá sua tipicidade afastada pelo princípio da
insignificância.

CORRUPÇÃO PASSIVA → SOLICITAR OU RECEBER

CORRUPÇÃO ATIVA → OFERECER OU PROMETER

CONCUSSÃO → EXIGIR

PREVARICAÇÃO → RETARDAR OU DEIXAR DE PRATICAR COM INTERESSE PESSOAL

PECULATO – APROPRIAR-SE DE DINHEIRO OU BEM, OU DESVIÁ-LO

DESACATO → ACHINCALHAR, MENOSPREZAR, HUMILHAR, DESPRESTIGIAR O SERVIDOR


99
76 CÓDIGO PENAL

TÍTULO XI - DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


CAPÍTULO I - DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A
ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

Concussão
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la,
mas em razão dela, vantagem indevida:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

Excesso de exação
§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe
ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio
vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.
§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que
recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

99
77 CÓDIGO PENAL

TÍTULO XI - DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


CAPÍTULO III - DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

Exercício arbitrário das próprias razões


Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer
pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena
correspondente à violência.
Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se
procede mediante queixa.

99
78 55. A Lei nº 12.850/2013 define o crime de organização criminosa e dispõe sobre a
investigação criminal e os meios de obtenção da prova.
Tal diploma legal estabelece que:
(A) a intervenção policial poderá ser retardada, mediante ação controlada, reclamando

B
prévia autorização judicial; [COMUNICAÇÃO JUDICIAL]
(B) a infiltração de agentes exige prévia autorização judicial, assim como oitiva do
Ministério Público em caso de representação da autoridade policial;
(C) poderá ser realizada colaboração premiada, participando das negociações do
acordo o juiz, o Ministério Público e o acusado assistido por advogado;
(D) o sigilo da investigação poderá ser determinado pela autoridade policial para
garantia da celeridade e eficácia das diligências investigatórias, impedindo, nessa
hipótese, acesso da defesa aos elementos produzidos;
(E) o crime de organização criminosa se configura quando quatro ou mais pessoas se
associam de forma estruturada e com divisão de tarefas para a prática de crimes que
exijam pena mínima igual ou superior a quatro anos.

99
79 Lei nº 12.850/2013 – ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

CAPÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

Art. 1º Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a investigação


criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o
procedimento criminal a ser aplicado.
§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais
pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas,
ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente,
vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais
cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de
caráter transnacional.
§ 2º Esta Lei se aplica também:
I - às infrações penais previstas em tratado ou convenção internacional quando,
iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no
estrangeiro, ou reciprocamente;
II - às organizações terroristas, entendidas como aquelas voltadas para a
prática dos atos de terrorismo legalmente definidos.

99
80 Lei nº 12.850/2013 – ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

CAPÍTULO II - DA INVESTIGAÇÃO E DOS MEIOS DE OBTENÇÃO DA PROVA


Seção I - Da Colaboração Premiada

Art. 3º-A. O acordo de colaboração premiada é negócio jurídico processual


e meio de obtenção de prova, que pressupõe utilidade e interesse públicos.
públicos

Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial,
reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por
restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente
com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração
advenha um ou mais dos seguintes resultados:

§ 6º O juiz não participará das negociações realizadas entre as
partes para a formalização do acordo de colaboração, que ocorrerá entre o
delegado de polícia, o investigado e o defensor, com a manifestação do
Ministério Público, ou, conforme o caso, entre o Ministério Público e o
investigado ou acusado e seu defensor.

99
81 Lei nº 12.850/2013 – ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

CAPÍTULO II - DA INVESTIGAÇÃO E DOS MEIOS DE OBTENÇÃO DA PROVA


Seção II - Da Ação Controlada

Art. 8º Consiste a ação controlada em retardar a intervenção policial ou


administrativa relativa à ação praticada por organização criminosa ou a ela
vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a
medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e
obtenção de informações.
§ 1º O retardamento da intervenção policial ou administrativa
será previamente comunicado ao juiz competente que, se for o
caso, estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério
Público.
Público
§ 2º A comunicação será sigilosamente distribuída de forma a não conter
informações que possam indicar a operação a ser efetuada.
§ 3º Até o encerramento da diligência, o acesso aos autos será restrito ao
juiz, ao Ministério Público e ao delegado de polícia, como forma de garantir o
êxito das investigações.
§ 4º Ao término da diligência, elaborar-se-á auto circunstanciado acerca da
ação controlada.

99
82 Lei nº 12.850/2013 – ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

CAPÍTULO II - DA INVESTIGAÇÃO E DOS MEIOS DE OBTENÇÃO DA PROVA


Seção III - Da Infiltração de Agentes

Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação,


representada pelo delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público,
após manifestação técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso
de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa
autorização judicial, que estabelecerá seus limites.
limites
§ 1º Na hipótese de representação do delegado de polícia, o
juiz competente, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público.
§ 2º Será admitida a infiltração se houver indícios de infração penal de que
trata o art. 1º e se a prova não puder ser produzida por outros meios
disponíveis.
§ 3º A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) meses, sem
prejuízo de eventuais renovações, desde que comprovada sua necessidade.
§ 4º Findo o prazo previsto no § 3º , o relatório circunstanciado será
apresentado ao juiz competente, que imediatamente cientificará o Ministério
Público.
§ 5º No curso do inquérito policial, o delegado de polícia poderá determinar
aos seus agentes, e o Ministério Público poderá requisitar, a qualquer tempo,
relatório da atividade de infiltração.
99
83 Lei nº 12.850/2013 – ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

CAPÍTULO III - DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 22. Os crimes previstos nesta Lei e as infrações penais conexas serão
apurados mediante procedimento ordinário previsto no Decreto-Lei nº 3.689,
3.689 de
3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), observado o disposto no
parágrafo único deste artigo.
Parágrafo único. A instrução criminal deverá ser encerrada em prazo
razoável, o qual não poderá exceder a 120 (cento e vinte) dias quando o réu
estiver preso,
preso prorrogáveis em até igual período, por decisão fundamentada,
devidamente motivada pela complexidade da causa ou por fato procrastinatório
atribuível ao réu.

Art. 23. O sigilo da investigação poderá ser decretado pela autoridade


judicial competente, para garantia da celeridade e da eficácia das diligências
investigatórias,
investigatórias assegurando-se ao defensor, no interesse do representado,
amplo acesso aos elementos de prova que digam respeito ao exercício do
direito de defesa, devidamente precedido de autorização judicial, ressalvados
os referentes às diligências em andamento.
Parágrafo único. Determinado o depoimento do investigado, seu defensor
terá assegurada a prévia vista dos autos, ainda que classificados como
sigilosos, no prazo mínimo de 3 (três) dias que antecedem ao ato, podendo ser
99 ampliado, a critério da autoridade responsável pela investigação.
84 66. A Lei nº 12.846/2013 dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de
pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou
estrangeira.
De acordo com a citada Lei Anticorrupção, o acordo de leniência:
(A) pode ser celebrado pela autoridade policial com as pessoas jurídicas responsáveis
pela prática dos atos previstos na referida lei, que colaborem efetivamente com as

B
investigações com a necessária identificação dos demais envolvidos na infração;
(B) pode ser celebrado se preenchidos, cumulativamente, alguns requisitos, como, por
exemplo, que a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em
cooperar para a apuração do ato ilícito;
(C) exige que a pessoa jurídica cesse completamente seu envolvimento na infração
investigada a partir da data da homologação judicial do acordo, sob pena de revogação
e multa;
(D) exige que os sócios da pessoa jurídica identifiquem os demais envolvidos na
infração, forneçam céleres informações e documentos que comprovem o ilícito sob
apuração, assim como iniciem o cumprimento de pena privativa de liberdade
em regime fechado;
(E) exige que a pessoa jurídica promova o integral ressarcimento ao erário e que seus
sócios forneçam céleres informações e documentos que comprovem o ilícito sob
apuração, assim como iniciem o cumprimento de pena privativa de liberdade em regime
semiaberto.

99
85 LEI ANTICORRUPÇÃO

Lei nº 12.846/2013

Dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela


prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira, e dá outras
providências.

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a responsabilização objetiva administrativa e civil de


pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou
estrangeira.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto nesta Lei às sociedades empresárias e às
sociedades simples, personificadas ou não, independentemente da forma de
organização ou modelo societário adotado, bem como a quaisquer fundações,
associações de entidades ou pessoas, ou sociedades estrangeiras, que tenham sede,
filial ou representação no território brasileiro, constituídas de fato ou de direito, ainda
que temporariamente.

Art. 2º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetivamente,


nos âmbitos administrativo e civil, pelos atos lesivos previstos nesta Lei
praticados em seu interesse ou benefício, exclusivo ou não.
não
99
86 LEI ANTICORRUPÇÃO - Lei nº 12.846/2013

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 3º A responsabilização da pessoa jurídica não exclui a responsabilidade


individual de seus dirigentes ou administradores ou de qualquer pessoa natural, autora,
coautora ou partícipe do ato ilícito.
§ 1º A pessoa jurídica será responsabilizada independentemente da
responsabilização individual das pessoas naturais referidas no caput .
§ 2º Os dirigentes ou administradores somente serão responsabilizados por atos
ilícitos na medida da sua culpabilidade.

Art. 4º Subsiste a responsabilidade da pessoa jurídica na hipótese de alteração


contratual, transformação, incorporação, fusão ou cisão societária.
§ 1º Nas hipóteses de fusão e incorporação, a responsabilidade da sucessora será
restrita à obrigação de pagamento de multa e reparação integral do dano causado, até
o limite do patrimônio transferido, não lhe sendo aplicáveis as demais sanções
previstas nesta Lei decorrentes de atos e fatos ocorridos antes da data da fusão ou
incorporação, exceto no caso de simulação ou evidente intuito de fraude, devidamente
comprovados.
§ 2º As sociedades controladoras, controladas, coligadas ou, no âmbito do
respectivo contrato, as consorciadas serão solidariamente responsáveis pela prática
dos atos previstos nesta Lei, restringindo-se tal responsabilidade à obrigação de
99 pagamento de multa e reparação integral do dano causado.
87 LEI ANTICORRUPÇÃO - Lei nº 12.846/2013

CAPÍTULO V - DO ACORDO DE LENIÊNCIA

autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública


Art. 16. A
poderá celebrar acordo de leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela
prática dos atos previstos nesta Lei que colaborem efetivamente com as investigações
e o processo administrativo,
administrativo sendo que dessa colaboração resulte:
I - a identificação dos demais envolvidos na infração,
infração quando couber; e
II - a obtenção célere de informações e documentos que comprovem o
ilícito sob apuração.

§ 1º O acordo de que trata o caput somente poderá ser celebrado se preenchidos,


cumulativamente,
cumulativamente os seguintes requisitos:
I - a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse
em cooperar para a apuração do ato ilícito;
II - a pessoa jurídica cesse completamente seu envolvimento na infração investigada a
partir da data de propositura do acordo;
III - a pessoa jurídica admita sua participação no ilícito e coopere plena e
permanentemente com as investigações e o processo administrativo, comparecendo,
sob suas expensas, sempre que solicitada, a todos os atos processuais, até seu
encerramento.
99
88 CAPÍTULO V - DO ACORDO DE LENIÊNCIA
Art. 16. ...
2º A celebração do acordo de leniência isentará a pessoa jurídica das sanções
previstas no inciso II do art. 6º e no inciso IV do art. 19 e reduzirá em até 2/3 (dois
terços) o valor da multa aplicável.
§ 3º O acordo de leniência não exime a pessoa jurídica da obrigação de reparar
integralmente o dano causado.
§ 4º O acordo de leniência estipulará as condições necessárias para assegurar a
efetividade da colaboração e o resultado útil do processo.
§ 5º Os efeitos do acordo de leniência serão estendidos às pessoas jurídicas que
integram o mesmo grupo econômico, de fato e de direito, desde que firmem o acordo
em conjunto, respeitadas as condições nele estabelecidas.
§ 6º A proposta de acordo de leniência somente se tornará pública após a
efetivação do respectivo acordo, salvo no interesse das investigações e do processo
administrativo.
§ 7º Não importará em reconhecimento da prática do ato ilícito investigado a
proposta de acordo de leniência rejeitada.
§ 8º Em caso de descumprimento do acordo de leniência, a pessoa jurídica ficará
impedida de celebrar novo acordo pelo prazo de 3 (três) anos contados do
conhecimento pela administração pública do referido descumprimento.
§ 9º A celebração do acordo de leniência interrompe o prazo prescricional dos atos
ilícitos previstos nesta Lei.
§ 10. A Controladoria-Geral da União - CGU é o órgão competente para celebrar os
acordos de leniência no âmbito do Poder Executivo federal, bem como no caso de atos
99 lesivos praticados contra a administração pública estrangeira.
89
Economia do Setor Público

TCE/RJ - 2015
99
90 67. As movimentações de capital do Brasil com os outros países do mundo são
retratadas dentro da Balança de Pagamentos. Esses movimentos exercem impacto
direto na economia brasileira.
Utilizando o modelo de contas nacionais e de balanço de pagamentos, e considerando
as outras variáveis constantes, na hipótese de que tenha havido um grande aumento
nos bens exportados, é correto afirmar que:
(A) a conta haveres no exterior aumentará, acompanhando o aumento nas exportações,
enquanto o investimento reduzirá, pois a poupança externa brasileira diminui, levando a
um menor valor disponível para ser investido;
(B) a conta haveres no exterior aumentará, pois ela é uma conta de sinal inverso às
exportações, enquanto o investimento aumentará, pois a poupança do governo reduz
quando as exportações aumentam;
(C) a conta haveres no exterior diminuirá, pois ela é uma conta compensatória às
exportações, enquanto o investimento aumentará, pois a poupança externa brasileira
aumenta;
(D) a conta haveres no exterior não será alterada, enquanto o investimento aumentará,
dado o aumento na poupança externa brasileira;
(E) dado um aumento nas exportações, e todas as outras variáveis constantes, nem a
conta haveres no exterior nem o investimento se alteram.

ANULADA
99
91 68. Considerando o modelo IS-LM, suponha que o governo faça uma grande expansão

A
em seus gastos. Esse aumento dos gastos governamentais configura:
(A) um aumento da demanda. Isso leva ao crescimento tanto da taxa de juros quanto do
produto;
(B) uma redução da demanda. Isso leva ao aumento da taxa de juros e à queda do
produto;
(C) um aumento da oferta monetária. Isso leva à queda tanto da taxa de juros quanto do
produto;
(D) um aumento da oferta monetária. Isso leva à queda da taxa de juros e ao aumento
do produto;
(E) uma redução da oferta monetária. Isso leva ao aumento da taxa de juros e à
redução do produto.

99
92 69. As expectativas são responsáveis por efeitos diretos na economia. Entre os
modelos que buscam compreender essa relação, encontra-se o chamado efeito Fisher,
que modela a relação entre a expectativa de inflação e os juros real e nominal.
Com base nesse modelo, é correto afirmar que:
(A) a alta na expectativa de inflação, tudo o mais constante, leva ao aumento na taxa

B
de juros real;
(B) a queda na expectativa de inflação, tudo o mais constante, leva à redução na taxa
de juros nominal;
(C) a alta na taxa de juros real, tudo o mais constante, leva à queda na taxa de juros
nominal;
(D) a queda na expectativa de inflação e na taxa de juros real leva ao aumento na taxa
de juros nominal;
(E) o aumento de mesma magnitude nas taxas de juros real e nominal leva à queda na
expectativa de inflação.

99
93 70. Em relação à teoria das firmas, é correto afirmar que:
(A) caso a receita esteja abaixo do custo total médio, a firma deverá encerrar as suas
atividades;
(B) uma firma com custos marginais crescentes e receita marginal decrescente terá
dois pontos ótimos para produção;
(C) o ponto onde a curva de custo marginal intercepta a curva de custo variável médio
é o ponto de custo variável médio máximo;
(D) a diferença entre o custo marginal e o custo total médio é o custo fixo médio;
E (E) uma firma minimiza seu custo total médio ao produzir uma quantidade de bens que
iguala seu custo total médio e seu custo marginal.

99
94 72. Em relação aos conceitos de externalidade e bens públicos na economia, é correto
afirmar que:
(A) bens públicos são bens rivais alocados de forma igualitária;
(B) caso a atividade de uma empresa privada esteja gerando uma externalidade sobre
outras empresas, é fundamental a atuação do governo na negociação de um acordo;
(C) a regulação ótima de uma externalidade consiste em eliminar completamente seus

D
efeitos prejudiciais;
(D) bens públicos só são providos de forma ótima pelo governo, ou por meio de alguma
atuação governamental;
(E) bens públicos devem ser providos apenas pelo governo.

99
95 ALOCATIVA

DECISÃO
POLÍTICA
alocar bens público
ESTABILIZADORA
FUNÇÕES CLÁSSICAS

POLÍTICA DECISÃO
FISCAL POLÍTICA
equilibrar e
FUNÇÕES
fomentar
DO ESTADO

DISTRIBUTIVA

DECISÃO
POLÍTICA
99 tributar e transferir
96 ALOCATIVA

DECISÃO
POLÍTICA
alocar bens público

Por que esses bens devem ser alocados?


Para quem devem ser alocados?
Quem deve produzi-los?
Quem deve financiá-los (qual setor da sociedade deverá ser responsável pelo
fornecimento)? - oferece (ou estimula a oferta) de bens públicos
e bens que produzem externalidades positivas;
Quais bens devem ser alocados? ou
Qual a quantidade desses bens? - desestimula ou inviabiliza a produção de bens
Quanto devem custar esses bens? que produzem externalidades negativas.
- BENS PÚBLICOS: bens que não podem ser fornecidos de modo eficiente por meio do
sistema de mercado, isto é, mediante transações voluntárias entre consumidores
individuais e produtores.
- FALHAS DE MERCADO: apesar de haver demanda para alguns bens (iluminação de
ruas, por exemplo), os consumidores não estariam dispostos a pagar por eles; o
resultado é que os produtores não os ofertariam, gerando a chamada “falha de
99 mercado”
RIVALIDADE
97

Situação na qual o consumo de um bem por uma pessoa reduz a quantidade disponível
do bem para as demais pessoas (sociedade).

- BEM RIVAL: seu consumo por alguém reduz a quantidade disponível para os demais da
sociedade.

EXCLUSIVIDADE
Possibilidade de impedir o acesso de uma pessoa a determinado bem ou serviço
(jurídica, econômica, política ou naturalmente).

- BEM EXCLUSIVO: seu consumo pode ser impedido.

- BEM PRIVADO: simultaneamente rival e exclusivo.

- BEM PÚBLICO: simultaneamente não-rival (seu custo de


inclusão é nulo ou muito baixo) e não-exclusivo (o custo de
exclusão é muito alto ou infinito). Não se caracterizam
pela gratuidade,
gratuidade mas sim pela não-rivalidade e não-
exclusividade
99
98
Qual deve ser a distribuição ideal da renda na sociedade?
Quem seriam os beneficiários de uma redistribuição da renda?
Qual renda deve ser distribuída? tributa mais os que ganham mais
O quanto de renda deve ser distribuída? ou
Quem deve ter suas rendas redistribuídas? realiza “transferências” para os grupos
menos favorecidos da sociedade.
INSTRUMENTOS
- tributação da renda ou da propriedade, que pode ser progressiva ou não (dizemos que
um tributo é progressivo quando ele aumenta proporcionalmente ao valor da base
tributável, que pode ser a renda ou o patrimônio; nesse caso, tributa-se mais a quem
tem mais e menos a quem tem menos);
- transferências e subsídios, que podem ser diretos ou indiretos;
- disponibilização de rendas mínimas ou de serviços e bens públicos.

DISTRIBUTIVA

DECISÃO
POLÍTICA
tributar e transferir
99
99

Qual deve ser o nível de emprego na sociedade? Em


quais setores?
Qual deve ser o nível dos preços na sociedade? Em ESTABILIZADORA
quais setores?
Qual deve ser o nível de dispêndios e de poupança de DECISÃO
POLÍTICA
uma sociedade?
Qual deve ser o nível do crescimento econômico?

QUESTÃO-CHAVE equilibrar e
- equilíbrio entre gastos governamentais e o fomento ao fomentar
crescimento econômico.
atua sobre a demanda agregada
DA = C + I + G + X ou
reduz ou aumenta impostos, amplia ou
corta gastos, elevando ou restringindo a
demanda agregada e, assim, gerando
mais ou menos atividade econômica.

99

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