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CONSULTORIA-GERAL DA UNIÃO
CONSULTORIA JURÍDICA JUNTO AO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
COORDENAÇÃO-GERAL DE LICITAÇÕES E CONTRATOS
JULHO 2020
Revisada e atualizada
CONSULTORIA-GERAL DA UNIÃO
Consultor Jurídico
SUMÁRIO
Orientação Geral nº 01 4
Contrato administrativo. Análise da vantagem da contratação. Pesquisa de mercado para
estimativa de preços e preços referenciais.
Orientação Geral nº 02 21
Decreto n. 10.193, de 27 de dezembro de 2019. Limites e instâncias de governança do
Poder Executivo Federal.
Orientação Geral nº 03 25
Decreto n. 9.507, de 21 de setembro de 2018. Entrada em vigor de novo normativo que
dispõe sobre execução indireta, mediante contratação, de serviços da administração
pública federal.
Orientação Geral nº 04 28
Contrato administrativo e instrumentos congêneres. Recomendações quanto à vigência,
à eficácia e à contagem de prazos.
Orientação Geral nº 05 32
Sistema de Registro de Preços. Intenção de Registro de Preços. Art. 4º do Decreto n. 7.892,
de 23 de janeiro de 2013.
Orientação Geral nº 06 37
Licitação. Adequada especificação do objeto. Descrição precisa e suficiente da real
necessidade da Administração Pública.
Orientação Geral nº 07 44
Parcelamento do objeto. Art. 23, § 1º, da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Súmula
247 do TCU.
Orientação Geral nº 08 51
Instrução, regularidade e qualificação dos atos processuais. Art. 22 da Lei nº 9.784, de 29
de janeiro de 1999. ON/AGU nº 02, de 2009. Enunciado BPC nº 06.
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COORDENAÇÃO-GERAL DE ANÁLISE JURÍDICA DE LICITAÇÃO E CONTRATOS
COORDENAÇÃO DE ESTUDOS, CONVÊNIOS E ATUAÇÃO PROATIVA
Parecer n. 01738/2017/CONJUR-MJ/CGU/AGU
“Sobre o assunto, é importante registrar a impossibilidade de prosseguimento
do procedimento licitatório e da análise das minutas do Edital e do Contrato.
Isto porque a pesquisa mercadológica é indispensável para estabelecer o preço
aproximado de referência de que a Administração está disposta a contratar,
além de fixar parâmetros para os critérios de aceitabilidade dos preços unitários
e global em um pregão eletrônico.
Ademais, é pela pesquisa de preços que definimos se o pregão será limitado às
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, uma vez que para contratações
de até R$ 80.000,00, somente poderão participar as citadas entidades
empresariais, nos termos do art. 6º do Decreto nº 8.538/2015.
Insta registrar que no caso de licitação por itens ou lotes, o limite de R$
80.000,00 (oitenta mil reais) deve ser aferido em relação a cada item/lote/grupo
licitado e não pelo valor geral do certame (Parecer nº 01/2013/GT/Portaria nº
11, de 10 de agosto de 2012 e Despacho CGU nº 286/2013.
Outras questões importantes que envolvem a pesquisa de preços são: a) impede
que a Administração restrinja a competitividade porque permite que ela utilize
como valor estimado ou máximo valores reais de mercado; b) possibilita um
julgamento adequado, ois pode-se avaliar quando um preço é excessivo ou
inexequível; c) influencia a execução do contrato, uma vez que problemas na
execução podem decorrer de preços inexequíveis ou pode-se realizar
contratação desvantajosa se o preço contratado foi acima do que praticado no
mercado; d) permite a avaliação adequada de possíveis pedidos de reajustes,
repactuações ou revisão de preços; f) a ausência de pesquisa de mercado
poderá conduzir a licitações desertas em razão da utilização de preços
estimados abaixo da realidade do mercado”.
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Como se vê, a pesquisa poderá ser realizada com a combinação ou não dos diferentes
critérios, devendo ser, contudo, priorizados os parâmetros indicados nos incisos I e II
reproduzidos anteriormente.
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Fórmula:
Me= x1 + x2 + x3+ .... + xn / N
Em que:
Me:média
x1, x2, x3,..., xn: valores dos dados
/: dividido
N: número de elementos do conjunto de dados
Fórmula:
Md = 27 + 32 / 2 = 59/2 = 29,5
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Sabe-se previamente que os preços constantes nas propostas comerciais são maiores que
os praticados nas condições de competição. Isto porque, pode ser dispendioso preparar uma
proposta comercial de boa qualidade (detalhada e confiável), pois para tal fim, exige-se a análise
de diversos elementos do planejamento da contratação. Assim, é plausível inferir que os
fornecedores não incorrerão em tempo e dinheiro com propostas comerciais prévias à licitação.
Portanto, sugere-se que o gestor tenha cautela ao justificar a razoabilidade de preços com
base apenas em propostas comerciais, não sendo por outra razão que as normatizações que
versam sobre o tema trazem esta metodologia como a última a ser adotada na escala de
preferência, em verdadeira posição subsidiária.
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Ressalte-se que a pesquisa deve ser efetuada nos moldes do Termo de Referência/Projeto
Básico, considerando-se exatamente os quantitativos e as especificações do objeto, a fim de
preservar a fidelidade dos preços pesquisados em relação à aquisição almejada.
Com efeito, a necessidade de análise técnica dos preços está prevista tanto na
normatização da SLTI/MP como do MJSP, sendo este também o entendimento do Tribunal de
Contas da União:
“Não é admissível que a pesquisa de preços de mercado feita pela entidade seja destituída de juízo
crítico acerca da consistência dos valores levantados, máxime quando observados indícios de preços
destoantes dos praticados no mercado” (Acórdão 403/2013-Primeira Câmara, TC 013.319/2011-6).
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As dificuldades para obtenção de preços, por qualquer dos meios válidos, devem ser
expressamente registradas e justificadas, de forma circunstanciada nos autos, o que evidencia o
zelo do gestor no cumprimento desta importante tarefa e o necessário prestígio aos princípios da
motivação e da transparência.
Lembre-se que o pregoeiro deve sempre buscar redução no preço final (art. 24, §§ 8º e 9º,
do Decreto nº 5.450/05), tendo como finalidade a obtenção de preços melhores dos que os
cotados na fase competitiva e, consequentemente, a proposta mais vantajosa para a
Administração. Embora não haja também uma previsão legal expressa, é de bom alvitre assinalar
que o TCU reconhece à comissão de licitação uma "prerrogativa implícita" de negociar a redução
do preço final em toda e qualquer modalidade licitatória (Acórdão 1401/2014-Segunda Câmara).
Quanto aos serviços e obras de engenharia, nos termos do art. 3º, do Decreto nº 7.983,
de 2013, o SINAPI é o sistema de referência para a fixação dos custos unitários no âmbito da
Administração Pública Federal:
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A utilização do SINAPI não se aplica com relação aos itens caracterizados como montagem
industrial ou que não possam ser considerados como de construção civil (art. 3º).
Em caso de inviabilidade da definição dos custos conforme o disposto nos arts. 3º, 4º e 5º,
a estimativa de custo global poderá ser apurada por meio da utilização de dados contidos em
tabela de referência formalmente aprovada por órgãos ou entidades da administração pública
federal em publicações técnicas especializadas, em sistema específico instituído para o setor ou
em pesquisa de mercado.
Ademais, no que toca à precificação dos serviços de engenharia consultiva, alertamos para
que sejam observadas as orientações do E. TCU, inclusive, o trabalho publicado por aquela Corte
de Controle de Contas, intitulado “Orientações para Elaboração de Planilhas Orçamentárias de
Obras Públicas” (http://portal.tcu.gov.br/biblioteca-digital/orientacoes-para-elaboracao-de-
planilhas-orcamentarias-de-obras-publicas.htm).
Conforme se afirma nas Orientações elaboradas pelo TCU, a utilização simultânea de mais
de uma metodologia possibilita o cotejo e a aferição dos resultados obtidos, e a seleção criteriosa
do orçamento mais apropriado.
Na hipótese de inviabilidade da definição dos custos, nos moldes do disposto nos arts. 3º,
4º e 5º do Decreto n° 7.983, de 2013, desde que justificada circunstanciadamente nos autos, é
possível a estimativa do custo da contratação com base na pesquisa de preço nos moldes da IN
SLTI/MP n. 05/2014 e atualizações e Portaria 804/2018 do Ministério da Justiça.
Em relação aos serviços continuados com dedicação exclusiva de mão de obra, algumas
recomendações complementares devem ser feitas.
Para os serviços com dedicação exclusiva de mão de obra, o item 2.9 do Anexo V da IN Nº
05, de 2017, esclarece que o custo estimado da contratação deve contemplar o valor máximo
global e mensal estabelecido em decorrência da identificação dos elementos que compõem o
preço dos serviços, definidos da seguinte forma:
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- previsão de regras claras quanto à composição dos custos que impactam no valor global
da proposta dos licitantes, principalmente no que se refere a regras de depreciação de
equipamentos a serem utilizados no serviço.
Nota-se que, nos serviços com mão de obra exclusiva, a estimativa de preços e preços
referenciais envolve a atividade de preencher adequadamente a planilha de custos e formação de
preços, bem como a de pesquisar os preços de mercado.
b) o contrato contiver previsões de que os reajustes dos itens envolvendo insumos (exceto
quanto a obrigações decorrentes de Acordo, Convenção, Dissídio Coletivo de Trabalho e de lei) e
materiais serão efetuados com base em índices oficiais, previamente definidos no contrato, que
guardem a maior correlação possível com o segmento econômico em que estejam inseridos tais
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insumos ou materiais ou, na falta de qualquer índice setorial, o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA/IBGE); e
Por seu turno, para as prorrogações de vigências dos contratos de serviço contínuos sem
dedicação de mão de obra, a pesquisa de preços será facultativa quando exista nos autos
manifestação técnica fundamentado no sentido de que o índice de reajuste adotado no
instrumento convocatório e no contrato acompanha a variação de preços do objeto contrato. Será,
lado outro, necessária e obrigatória nos casos em que não for tecnicamente possível atestar que
a variação dos preços do objeto contratado tende a acompanhar a variação do índice de reajuste
estabelecido no edital.
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Sob outro giro, no que pertine ao sistema de registro de preços, é recomendável que na
realização da pesquisa de preço sejam consideradas também as quantidades mínima e máxima do
objeto, de maneira que os orçamentos contemplem os possíveis ganhos decorrentes de economia
de escala.
Caso se trate de licitação pelo Sistema de Registro de Preços com previsão de execução
em locais distintos, deverá ser observado o disposto no parágrafo 6º, do artigo 6º do Decreto nº
7.892, de 2013:
Ainda que não se cuide especificamente de pesquisa de preços, é pertinente lembrar que
em sua estimativa se faz necessária o cômputo de possíveis adesões para se aferir a
obrigatoriedade ou não de audiência pública. Registre-se o referido raciocínio contido no Acórdão
1.968/2015-Plenário, no sentido de que “em licitações pelo Sistema de Registro de Preços deve ser
computado o valor previsto das adesões de órgãos e entidades não participantes (adesões tardias)
para aferição do limite que torna obrigatória a realização de audiência pública, disposta na Lei
8.666/1993, art. 39, caput”. O Acórdão 248/2017-Plenário, manteve o mesmo entendimento para
considerar irregular o valor estimado de pregão que não considerou as quantidades para órgãos
não participantes.
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O laudo técnico de avaliação lavrado por responsável habilitado no CREA ou CAU considera
a realidade do mercado sob a ótica da singularidade do imóvel e atenta-se para os critérios de
avaliação estipulados pela Instrução Normativa n. 5, de 28.11.2018 da Secretaria de Patrimônio da
União (SPU), notadamente as prescrições contidas na NBR 14.653 e suas partes e NBR 12.721.
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Quanto à esta específica temática, esclarece-se que a citada IN n. 05/2018 da SPU dispõe
que laudos e os relatórios de valor de referência terão prazo de validade de 1 (um) ano, contado a
partir da data de sua realização, sendo possível sua revalidação em até 2 (dois) anos da elaboração,
mediante nota técnica fundamentada, caso a variação dos preços no mercado imobiliário não
supere 8% .
Por fim, entende-se pertinente reiterar aos órgãos assessorados que todo
o iter procedimental da pesquisa de preços seja objeto de expressa referência e motivação nos
autos, o que permite circunstanciar aos órgãos de controle o esforço e eventuais dificuldades em
se atingir com plenitude todas as recomendações normativas sobre o assunto, não sendo incomum
a imprescindibilidade desta motivação para demonstrar que determinado objeto, ante as
peculiaridades do mercado, ainda não foi suficientemente analisado e tratado pelo legislador, cuja
capacidade de abordagem por vezes não consegue acompanhar o dinamismo dos fatos.
Tem-se ciência de que, por muitas vezes, o trabalho para a apuração do valor de mercado
é árduo, sendo tarefa que requer imensa dedicação e esforço da equipe técnica. Todavia, essas
dificuldades devem ser enfrentadas para evitar contratações antieconômicas, que além de gerar
prejuízos ao erário e, consequentemente, à sociedade, podem acarretar a responsabilização do
gestor
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b) Justificar nos autos qual a metodologia utilizada para obtenção do preço de referência
do certame (se a média, a mediana ou o menor dos valores obtidos) e se a opção feita é aquela
que melhor resguarda os interesses da Administração no certame;
e) Após a conclusão da pesquisa de preço, deverá ser elaborado mapa comparativo das
cotações, devendo a área técnica fazer a respectiva análise crítica de forma a averiguar e atestar
expressamente a vantajosidade dos preços obtidos, descartando-se motivadamente aqueles
inexequíveis e os excessivamente elevados;
f) As dificuldades para obtenção de preços, por qualquer dos meios válidos, devem ser
expressamente registradas e justificadas, de forma circunstanciada nos autos, demonstrando o
zelo e o esforço do gestor na execução da tarefa e na tentativa de completo atendimento aos
normativos que regem a questão;
g) Rememora-se que o pregoeiro deve sempre buscar redução no preço final (art. 24, §§
8º e 9º, do Decreto nº 5.450/05), tendo como finalidade a obtenção de preços melhores dos que
os cotados na fase competitiva e, consequentemente, a proposta mais vantajosa para a
Administração.
h) Quanto aos serviços e obras de engenharia, nos termos do art. 3º, do Decreto nº 7.983,
de 2013, o SINAPI é o sistema de referência para a fixação dos custos unitários no âmbito da
Administração Pública Federal. Na hipótese de justificada inviabilidade da definição dos custos nos
moldes do disposto nos arts. 3º, 4º e 5º do Decreto n° 7.983, de 2013, é possível a estimativa do
custo da contratação mediante o procedimento de pesquisa de preços consagrado na IN SLTI/MP
n. 05/2014 e atualizações e Portaria MJ n. 804/2018.
i) Nos serviços com mão de obra exclusiva, a estimativa de preços e preços referenciais
envolve a atividade de preencher adequadamente a planilha de custos e formação de preços, bem
como a de pesquisar os preços de mercado. Especificamente quanto aos serviços de limpeza e
conservação e vigilância, atentar-se para os valores máximos, por Estado, trazidos por atos do
Ministério do Planejamento (função atualmente assumida pelo Ministério da Economia).
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Quanto à definição dos valores de alçada, importantes previsões constam do art. 5º e seus
parágrafos, os quais assim podem ser resumidos:
1. Para fins de incidência dos valores de alçada definidos nos §§ 1º a 3º do art. 3º do
Decreto n. 10.193, de 2019, pode ser considerado o valor estimado da contratação ou
o valor apurado ao final do procedimento de contratação;
2. Nos casos em que a autorização for realizada com base no valor estimado, não haverá
necessidade de retorno do processo à autoridade competente para nova autorização,
quando o valor apurado ao final do procedimento estiver dentro do limite de alçada
daquele que autorizou a contratação;
3. Quando o valor apurado ao final do procedimento for superior ao limite de alçada
daquele que autorizou a contratação, será necessária nova autorização, por parte da
autoridade superior competente, segundo os valores de alçada definidos nos §§ 1º a
3º do art. 3º do Decreto n. 10.193, de 2019;
4. Nas contratações de prestação de serviços continuados com prazo igual ou inferior a
doze meses, deve ser considerado o valor anualizado do contrato;
5. Nas contratações de prestação de serviços continuados com prazo superior a doze
meses, deve ser considerado o valor constante no termo contratual;
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Do arcabouço normativo acima transcrito e que traça as diretrizes quanto aos limites de
contratação e as autoridades com atribuição para tal, orienta-se o Assessorado no seguinte
sentido:
1. Quando do início do processo de contratação, ante as características do serviço
prestado e as atribuições do órgão contratante, analisar e, se o caso, atestar nos autos
seu enquadramento como atividade de custeio;
2. Utilizando-se dos parâmetros trazidos no parágrafo acima, definir o valor (ainda que
estimado) de alçada da contratação;
3. Definido o valor de alçada da contratação, atentar-se para as instâncias de governança
trazidas no segundo parágrafo desta Orientação, devendo constar nos autos cópia do
ato que demonstra a atribuição regimental da autoridade que está empreendendo a
contratação;
4. No caso de ser imprescindível a autorização do Ministro de Estado para se proceder a
contratação, recomenda-se colhê-la ainda na fase inicial do processo, pois não tem sido
incomum verificar em processos deste tipo que eventual mora em sua obtenção a
posteriori acaba por interferir na validade de outros atos presentes no procedimento,
como pesquisa de preços e declaração de viabilidade orçamentária;
Deve-se atentar ainda o gestor pela eventual vigência de ato normativo que esteja
contemplando medidas de racionalização e contingenciamento de custos públicos que acabam
impondo limites e balizas para a atividade de contratação da Administração Pública.
É possível que a medida seja de efeitos temporários ou até atingimento das metas, como
se deu exemplificativamente com o Decreto n. 8540/2015, ou então que a precariedade do ato
esteja condicionada à edição de novo ato revogando-a, ainda que parcialmente, como por
exemplo a Portaria n. 179, de 2019, do Ministério da Economia.
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Por fim, cabe aos Assessorados observar os atos então vigentes que tratam dos limites de
empenho de despesa e suas exceções para cada exercício, estando atualmente em vigor o Decreto
n. 9.711/2019 e seus 17 (dezessete) anexos com alterações pelo Decreto n. 9.741/2019.
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Chama-se atenção ao gestor para que sempre ateste nos autos do processo de
contratação que o objeto pretendido não envolve serviços cuja execução indireta está proibida
pelo art. 3º do Decreto n. 9.507/2018, a saber:
a. serviços que envolvam a tomada de decisão ou posicionamento institucional nas áreas
de planejamento, coordenação, supervisão e controle;
b. serviços estratégicos cuja terceirização possa colocar em risco o controle de processos
e de conhecimento e tecnologias;
c. serviços relacionados ao poder de polícia, de regulação, de outorga de serviços
públicos e de aplicação de sanção;
d. serviços que sejam inerentes às categorias funcionais abrangidas pelo plano de cargos
do órgão ou entidade, exceto quando se tratar de cargo já extinto, total ou
parcialmente, no âmbito do quadro geral de pessoal.
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Embora o §1º do mesmo art. 3º autorize que estes serviços possam ser executados de
forma indireta desde que expressamente vedada a transferência de responsabilidade para a
realização de atos administrativos ou a tomada de decisão para o contratado, trata-se de medida
de exceção, que deve vir acompanhada de estudos e justificativas promovidos pela área técnica
de que não há risco para o controle de processos, de conhecimentos e de tecnologias do órgão.
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Deve-se evitar a consulta mediante sítios eletrônicos de pesquisa, haja vista ter sido
bastante comum o direcionamento para endereços desatualizados.
Por fim, é de relevo mencionar que, regulamentando referido decreto, o então Ministério
do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (hoje com atribuições exercidas pelo Ministério da
Economia), editou a Portaria n. 443, de 27 de dezembro de 2018, elencando os serviços que serão
preferencialmente executados de forma indireta, dentre os quais se destacam: alimentação,
armazenamento, comunicação social, copeiragem, elaboração de projetos de arquitetura e
engenharia e acompanhamento de execução de obras, limpeza, manutenção predial, reprografia,
segurança e vigilância patrimonial, serviços de tecnologia da informação, transporte e visitação
comunitária para execução de atividades relacionadas a programas e projetos públicos.
Trata-se de rol não exaustivo de serviços, ou seja, é possível que haja execução indireta de
outros serviços que não os listados na portaria acima citada, desde que atendidas as vedações
constantes no Decreto n. 9.507, de 2018.
b) Atestar expressamente nos autos que a contratação pretendida não envolve execução
indireta de serviços vedada pelo art. 3º do Decreto n. 9.507/2018;
e) Acessar os modelos da AGU por meio do sítio eletrônico oficial www.agu.gov.br, aba
“Modelo de Licitações e Contratos” no menu inferior da página, evitando-se a busca por meio de
sítios eletrônicos de pesquisa.
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A presente Orientação-Geral tem por objetivo recomendar aos Assessorados uma simples
prática na elaboração de minutas contratuais e de congêneres mas que se revela um importante
instrumento a diminuir substancialmente os riscos de solução de continuidade dos ajustes
firmados no âmbito do órgão.
Não se deve confundir vigência com eficácia. Aquela tem por finalidade determinar o
período de tempo durante o qual um contrato administrativo se apresenta como obrigatório para
as partes, enquanto esta consiste na potencialidade de produção de efeitos do ajuste.
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Assim, a publicação no diário oficial é medida que condiciona a eficácia dos termos dos
contratos e convênios firmados pelos órgãos, mas não é necessária para determinar a vigência ou
então a sua prorrogação.
Sabe-se que a prorrogação de ajustes envolve outros elementos que por si sós demandam
tempo e trabalho da Administração, como ateste da manutenção das condições de habilitação, da
regularidade do objeto prestado, da vantajosidade do preço entre outros, não sendo racional
trazer para as coordenações competentes mais esta atribuição, cujo cumprimento integral
depende, por vezes, do bom funcionamento de outras coordenações ou até mesmo de outros
órgãos.
Caso o início da prestação dos serviços seja imprescindível para o normal funcionamento
da Administração Pública, havendo risco concreto à necessária continuidade do serviço público
caso se aguarde a publicação do extrato no Diário Oficial, é possível o seu início antes de sua
concretização (Parecer n. 06/2014/CPCL/DEPCONSU/PGF/AGU), mas trata-se de medida
excepcional, que demanda justificativa do gestor nos autos.
Outro ponto que se entende por bem esclarecer, embora tenha se percebido maior
uniformidade nos últimos tempos, é o critério para contagem de prazos.
Assim, um contrato assinado no dia 1º de fevereiro de 2019 e com prazo de vigência fixado
em 12 meses, vigorará até o dia 1º de fevereiro de 2020. Caso haja possibilidade de prorrogação,
esta deve ser ajustada entre as partes e assinada no máximo até tal data (1º de fevereiro de 2020),
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sob pena de solução de continuidade, haja vista na data de 02 de fevereiro de 2020 a avença já ter
expirado.
Lado outro, a antiga controvérsia quanto à data de vigência a constar do termo aditivo foi
solucionada por meio do Parecer n. 00085/2019/DECOR/CGU/AGU, do Advogado da União, Sr.
João Paulo Chaim da Silva, aprovado pelo Despacho nº 388/2020/DECOR/CGU/AGU, do
Coordenador de Orientação, Sr. Antônio dos Santos Neto, pelo Despacho n.
390/2020/DECOR/CGU/AGU, de 03/06/2020, do Diretor do DECOR, Sr. Victor Ximenes Nogueira,
e pelo Despacho nº 00497/2020/GAB/CGU/AGU, do Consultor-Geral da União, Sr. Arthur
Cerqueira Valério.
Logo, caso um contrato tenha sido originariamente previsto para viger de 1º de fevereiro
de 2018 a 1º de fevereiro de 2019, o seu aditivo de prorrogação de vigência deve prever, como
início, o dia 2 de fevereiro de 2019 e, como final, o dia 1º de fevereiro de 2020.
b) fixação de vigência deve se dar indicando expressamente o dia de início e o dia de fim,
ou, alternativamente, “contados da assinatura do presente instrumento”;
d) Nada obstante a vigência esteja assegurada com assinatura do termo (desde que este
não contemple indevidamente a expressão “contados a partir da publicação”), recomenda-se que,
em regra, atos materiais decorrentes dos ajustes sejam realizados somente após publicação;
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e) Caso haja necessidade de se dar início ao contrato administrativo antes que haja
publicação de seu extrato no D.O.U., deve ser atestado nos autos que tal medida foi adotada para
se resguardar o normal funcionamento da Administração Pública;
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Como é cediço, o registro formal de preços pela Administração Pública Federal relativos à
prestação de serviços e à aquisição de bens, para possíveis futuras contratações, deve respeito ao
conjunto de procedimentos trazido pelo Decreto n. 7.892/2013, conhecido normativamente como
“Sistema de Registro de Preços”.
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Essa publicidade tem por finalidade compartilhar o procedimento com diversos órgãos e
tornar mais célere o processo de contratação pública, além de auferir os benefícios oriundos da
economia de escala.
Conforme lição de Jorge Ulysses Jacoby Fernandes (Sistema de Registro de Preços e Pregão
Presencial e Eletrônico. 6º ed. Editora Fórum: Belo Horizonte, 2015. p. 295):
Nota-se que o atual Decreto que regulamenta o registro de preços (Decreto n° 7.892, de
2013), com as alterações promovidas pelo Decreto n° 8.250, de 2014, dispõe que a adesão dos
órgãos participantes, por ocasião da Intenção de Registro de Preços - IRP, deverá ser concluída
previamente à publicação do Edital. Confira-se, in verbis:
Art. 4º (...).
§ 3° Caberá ao órgão gerenciador da Intenção de Registro de Preços - IRP:
(Incluído pelo Decreto n" 8.250. de 2.014)
I - estabelecer, quando for o caso, o número máximo de participantes na IRP em
conformidade com sua capacidade de gerenciamento; (Incluído pelo Decreto n"
8.250, de 2.014)
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De se destacar, por outro lado, que a publicação da Intenção de Registro de Preços (IRP)
pode ser dispensada pelo órgão gerenciador, mediante justificativa expressa, a teor do § 1º, do
art. 4º do Decreto n. 7.892/2013, o que comumente se dá quando se veda a participação e a
adesão à ata de registro de preços.
O art. 6º, do Decreto n. 7.892/13, preceitua ainda que o órgão participante deve
encaminhar ao órgão gerenciador sua estimativa de consumo, local de entrega do objeto e,
quando couber, o cronograma de contratação.
Cumpre alertar que a conclusão da cotação dos preços, sem considerar as quantidades dos
supostos órgãos participantes, trará reflexos na instrução dos autos, já que resultará na
necessidade de reformulação da pesquisa, uma vez que, com a participação de órgãos
interessados, a quantidade a ser licitada sofrerá impacto importante, talvez com melhor economia
nos preços, diante da provável economia de escala, conforme já discorrido.
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e) quando figurar como órgão participante, deve demonstrar sua intenção em participar
do registro de preço, providenciando o encaminhamento ao órgão gerenciador de sua estimativa
de consumo, local de entrega, respectivas especificações ou termo de referência ou projeto básico
e, quando couber, cronograma de contratação;
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Nos termos da Súmula TCU n° 177, “a definição precisa e suficiente do objeto licitado
constitui regra indispensável da competição, até mesmo como pressuposto do postulado de
igualdade entre os licitantes, do qual é subsidiário o princípio da publicidade, que envolve o
conhecimento, pelos concorrentes potenciais das condições básicas da licitação, constituindo, na
hipótese particular da licitação para compra, a quantidade demandada em uma das especificações
mínimas e essenciais à definição do objeto do pregão.”
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Especificamente quanto ao pregão eletrônico, por sua vez, será observada a elaboração
de termo de referência pelo órgão requisitante, com indicação do objeto de forma precisa,
suficiente e clara (art. 9º, inciso I, Decreto n. 5.450/2005).
A mesma preocupação fundamental vem traduzida no art. 3°, II, da Lei n° 10.520/2002 (“a
definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara, vedadas especificações que, por
excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem a competição”) e no art. 9º, inciso I, parte final
do Decreto n. 5.450/2005 (“elaboração de termo de referência pelo órgão requisitante, com
indicação do objeto de forma precisa, suficiente e clara, vedadas especificações que, por excessivas,
irrelevantes ou desnecessárias, limitem ou frustrem a competição ou sua realização”).
Nesta mesma toada, a Instrução Normativa nº 5/2017 SEGES-MP, que dispõe sobre a
execução indireta de serviços por empresas contratadas pelos órgãos e entidades integrantes da
Administração Pública Federal, preconiza em seu Anexo V:
Sob outro giro, a princípio, a lei veda a preferência por marca – art. 15, §7º, inc. I, Lei n.
8.666/1993, por representar restrição à ampla competitividade do certame. Todavia, não se pode
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olvidar que a própria lei, em seu art. 7º, parágrafo 5, admite a indicação de marca, características
ou especificações exclusivas, desde que tecnicamente justificável, o que também é sustentado
pela doutrina.
Nesse sentido o resumo sintético de decisão proferida pelo Colegiado do TCU, publicado
no Informativo de Licitações e Contratos nº 272:
Desta forma, a proibição deve ser interpretada no sentido de que a marca não poderá ser
indicada como o objeto da contratação em si. A referência à marca deve ser consequência das
características específicas do objeto e não pressuposto, sob pena de indevida restrição da licitação
e quebra da isonomia dos licitantes.
Registre-se que a Súmula nº 270/2012 do TCU admite, desde que previamente justificada,
a indicação de marca para licitação de compras (inclusive softwares), para fins exclusivos da
padronização.
Pelo exposto, pode-se concluir que a indicação de marca é permitida quando presente
justificativa técnica sólida que demonstre a sua imprescindibilidade para a satisfação do objeto da
contratação, inclusive para fins de padronização; ou quando necessária como referência de
qualidade ou facilitação da descrição do objeto, caso em que deverá ser seguida das expressões
"ou equivalente", "ou similar" e "ou de melhor qualidade".
Isso posto, entende-se por necessário, nos termos da normatização incidente, que deve o
gestor justificar se o presente caso se amolda à questão, devendo ser apresentada de forma
pormenorizada as justificativas atinentes à escolha da marca/fabricante, nos termos expostos nos
itens antecedentes, além da explicitação da imprescindibilidade da renovação do objeto
paradigma para a continuidade dos trabalhos na área de TI, se for o caso; bem como a exposição
da vantajosidade da utilização da solução, posto que, somente assim, restará devidamente
aclarada o enquadramento da hipótese na exceção trazida pelo Tribunal de Contas da União – TCU,
em Súmula nº 270/2012.
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A divisão deve ser avaliada em função de serviços distintos, aquisição conjugada, bem
como da unidade de medida adotada para a aferição dos produtos e resultados, devendo ser
observada a demanda específica do órgão.
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Portanto, caso haja viabilidade técnica e econômica, qualquer contratação deve ser
dividida em contratações menores, de forma a possibilitar maior competitividade e melhor
aproveitamento das oportunidades do mercado, decorrendo daí, ao menos presumivelmente,
mais vantagem para a Administração.
Além disso, nas hipóteses em que concluir pela indivisibilidade do objeto, a Administração
deverá avaliar, sempre que possível, a pertinência e a possibilidade de adoção de medidas para
amenizar a restrição de competitividade decorrente do não parcelamento do objeto.
Diante dessas considerações, forçoso concluir que, sendo divisível o objeto, a contratação
conjunta somente restará autorizada se a Administração demonstrar que tem por fundamento
a inviabilidade técnica ou econômica do parcelamento, pois, caso contrário, deverá proceder-se
à divisão do objeto.
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c) nas hipóteses em que concluírem pela indivisibilidade do objeto, avaliem, sempre que
possível, a pertinência e a possibilidade de adoção de medidas para amenizar a restrição de
competitividade decorrente do não parcelamento;
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f) zelem para que a divisibilidade do objeto não seja utilizada para o ilícito fracionamento
de despesa com vistas a alterar a modalidade de licitação inicialmente exigida para a execução de
todo o objeto da contratação;
Indexação: Artigo 23, §1º, da Lei nº 8.666, de 1993. IN SEGES/MPDG nº 05, de 2017.
Súmula 247 do TCU.
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Nesse sentido, ainda, a Orientação Normativa AGU nº 02, 01º de abril de 2009:
Isso significa dizer que não é correta a abertura de novos processos com nova
numeração, outro processo dentro do em andamento e novos volumes para cada ocorrência
verificada na história daquela contratação, a exemplo de um novo processo para eventual aditivo
ou novo processo para a prorrogação. Repita-se, todos os incidentes, e os documentos a eles
relativos, devem integrar um único processo com os eventos dispostos em ordem contínua e
cronológica.
De par disso, como forma de facilitar a identificação do conteúdo dos atos processuais
genéricos que compõem a marcha procedimental, sugere-se aos órgãos assessorados a adoção
das seguintes nomenclaturas a partir das funcionalidades do sistema SEI[1], considerando sempre
a característica preponderante do ato:
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É importante, também, que o órgão assessorado zele pela correta categorização dos atos
processuais específicos, como estudos preliminares, termos de referência, editais, planos de
trabalho, dentre outros. Ainda, os elementos que compõem o planejamento da contratação
deverão obedecer às diretrizes firmadas no Roteiro para Padronização dos Procedimentos de
Planejamento da Contratação (NUP 00734.002245/2019-13). A propósito, recomenda-se aos
consulentes que observem, preencham e juntem aos autos as declarações que constam no
Roteiro: "Declaração de Utilização de Modelos AGU" e "Declaração de Adequação ao
Planejamento Estratégico do Órgão".
Por fim, reforça-se que incumbe exclusivamente à área técnica a adequada e completa
instrução processual, atestando estarem preenchidos todos os requisitos legais necessários à
consecução das contratações e/ou convênios pretendidos, após exame detido da documentação
e certidões coligidas aos autos, sobretudo no que concerne à regularidade e validade.
Nesse particular, com o intuito de auxiliar uma melhor instrução dos autos, sugere-se aos
consulentes o preenchimento completo e adequado das “lista de verificação” pertinentes à
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A Lista de verificação é instrumento que deve ser utilizado pelos consulentes para
averiguar e atestar que todas as etapas, tarefas e condições foram observadas nos autos.
Induvidosamente, é ferramenta de grande importância para diminuição de erros e esquecimentos,
contribuindo para celeridade dos procedimentos e, consequentemente, aumento de
produtividade e eficiência. Assim, orienta-se que a remessa de expedientes para exame jurídico
tão-somente ocorra no momento em que o assessorado perceba o atendimento satisfatório da
lista de verificação.
Além disso, a adoção de listas de verificação pela Advocacia Geral da União (AGU) como
forma de assessoramento prévio aos Consulentes consiste em recomendação do Tribunal de
Contas da União (TCU) (Acórdão nº 2328/2015 - Plenário TCU), ciente do seu grande potencial de
auxílio para sanar deficiências na gestão de contratações/repasses.
Enunciado BPC nº 06
A atuação consultiva na análise de processos de contratação pública deve
fomentar a utilização das listas de verificação documental (check lists), do Guia
Nacional de Licitações Sustentáveis e das minutas de editais, contratos,
convênios e congêneres, disponibilizadas nos sítios eletrônicos da Advocacia-
Geral da União e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
No intuito de padronização nacional, incumbe aos Órgãos Consultivos
recomendar a utilização das minutas disponibilizadas pelos Órgãos de Direção
Superior da AGU, cujas atualizações devem ser informadas aos assessorados.
Convém ainda que os Órgãos Consultivos se articulem com os assessorados, de
modo a que edições de texto por estes produzidas em concreto a partir das
minutas-padrão sejam destacadas, visando a agilizar o exame jurídico posterior
pela instância consultiva da AGU.
Para consecução dos fins pretendidos pela Advocacia-Geral da União (AGU), orienta-se
fortemente que a lista de verificação de documentos seja devida e completamente preenchida
(inclusive, reitere-se, no que "não aplicável" no entender da área técnica), com indicação do
servidor responsável pela diligência, na forma do artigo 22, §1º, da Lei nº 9.784, de 1999.
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b) evitem a abertura de novos processos com nova numeração e novos volumes para cada
ocorrência verificada na história daquela contratação, sendo recomendável a utilização do mesmo
processo licitatório para dar continuidade a contratações, convênios e outros instrumentos
congêneres. A necessidade de desmembramento deve ser justificada e o novo processo deve ser
instruído com cópia das principais peças do processo licitatório;
c) zelem pela utilização da categorização dos atos processuais propostas pela Consultoria
Jurídica nesta Orientação-Geral. Embora o emprego de nomenclatura ou categorização
equivocada dos atos processuais não afete sua validade (princípio da instrumentalidade), a
observância dos padrões acima sugeridos pelos órgãos assessorados proporciona o melhor
manuseio e compreensão do expediente por esta Consultoria Jurídica, reduzindo potencialmente
o tempo de resposta das consultas submetidas à sua análise;
Indexação: artigo 22 da Lei nº 9.784, de 1999. ON/AGU nº 02, de 2009. Portaria Normativa
SLTI/MPOG nº 05, de 2002. Enunciado BPC n° 06.
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