Você está na página 1de 62

Cícero Alessandro T Barbosa

OBJETIVOS

Tecer considerações gerais sobre as Providências


Administrativas e Tomada de Contas Especial (TCE) –
fixar conceitos, especificidades, prazos;

Diferenciar Processo x Procedimento;

Processos de ressarcimento alternativos à TCE;

Processos disciplinares x TCE

Resposta às dúvidas/consultas
Processo x Procedimento

Processo é o instrumento utilizado para se conseguir a prestação


jurisdicional, com uma sucessão de atos processuais específicos,
tanto por parte do sujeito processante, como do processado. O
“processo” é o instrumento para a aplicação do direito material ao
caso prático.

Procedimento é o modo pelo qual esses atos processuais devem ser


cumpridos, ou seja, qual rito seguirão. O “procedimento” é o
componente formal do instrumento.
Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa
Fundamento legal no art. 5º, LV, CF.

A oitiva da parte contrária, obrigatoriamente, há que ocorrer em


igualdade de condições. A efetiva ciência bilateral dos atos e termos
do processo, seja administrativo, seja judicial, bem como a
possibilidade de contrariá-los, figuram como os limites impostos pelo
contraditório e pela ampla defesa com a finalidade de que seja
concedida às partes ocasião e possibilidade de intervirem no
processo, apresentando provas, oferecendo alegações, recorrendo
das decisões e tudo o que for de direito e estiver em consonância
com o devido processo legal.
CONSIDERAÇÕES (DECRETO nº1886/2013)
Disciplina a instauração e a organização da fase interna do procedimento de tomada de
contas especial e estabelece outras providências.

Art. 1º (...)

Parágrafo único. Para fins do disposto neste Decreto, considera-se:

VIII – fase interna da tomada de contas especial: procedimento no âmbito dos


órgãos e das entidades do Poder Executivo que se inicia com a publicação da
portaria de designação de servidor ou comissão;

IX – fase externa da tomada de contas especial: fase em que serão garantidos o


contraditório e a ampla defesa e se inicia com o recebimento dos autos pelo
Tribunal de Contas;
CONSIDERAÇÕES (DECRETO nº1977/2008 - revogado)
Disciplina a instauração e a organização dos processos de tomada de contas especial e
estabelece outras providências.

Art. 3º Para fins deste Decreto, considera-se:

VI - fase interna da tomada de contas especial: a que ocorre entre a


instauração do processo e a conclusão para remessa ao Tribunal de Contas
do Estado - TCE;

VII - fase externa da tomada de contas especial: tem início no Tribunal de


Contas do Estado – TCE e segue até o julgamento;
CONCLUSÃO:

A Tomada de Contas Especial, ainda que na fase interna,


deve ser tratada como PROCESSO (concedidos, portanto, o
contraditório e a ampla defesa ao processado), pois
dependendo das constatações obtidas no curso das
apurações, poderá haverá decisão terminativa no âmbito
do próprio Poder Executivo.
Comunicação de irregularidade ou ilegalidade à
Autoridade administrativa
Art. 4º TODO AGENTE PÚBLICO deverá dar ciência imediata e formal à autoridade
administrativa e ao responsável pelo controle interno sobre a ocorrência de
irregularidade ou ilegalidade que dê ensejo à adoção de providências administrativas
ou instauração de tomada de contas especial, conforme o caso.

§ 1º O responsável pelo controle interno, ao tomar conhecimento da ocorrência da


irregularidade ou ilegalidade de que trata os incisos I, II e III do art. 2º deste Decreto,
dará ciência imediata e formal à autoridade administrativa, indicando as providências
a serem adotadas, sob pena de responsabilidade solidária.

§ 2º A comunicação à autoridade administrativa deverá ser autuada em processo


específico, ao qual serão juntados, oportunamente, os documentos que comprovem a
adoção de providências administrativas e, quando for o caso, da tomada de contas
especial.
Providências Administrativas que antecedem à TCE
§ 1º A autoridade administrativa dará início às providências administrativas no
prazo de 5 (cinco) dias, a contar da data:

I - em que deveria ter sido apresentada a prestação de contas qdo houver


omissão no dever de prestar contas de recursos de adiantamento ou de recursos
concedidos pelo Estado a título de subvenção, auxílio e contribuição, por meio de
convênio, acordo, ajuste ou instrumento congênere);

II - do conhecimento das hipóteses previstas nos incisos II e III do art.2º do


Decreto nº 1.886-2013 (desfalque, desvio de dinheiro, de bens ou de valores
públicos; ou prática de ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico ou omissão no
cumprimento de dever legal que resultem prejuízo ao erário);

III - do recebimento da comunicação da determinação do Tribunal de Contas; ou

IV - do recebimento de recomendação da DIAG.


Providências Administrativas
§ 2º As providências administrativas deverão ser concluídas no prazo
improrrogável de 60 (sessenta) dias, contados da data dos fatos previstos no § 1º
deste artigo.

Art. 5º

(...)

§ 8º O responsável pelo controle interno controlará os prazos previstos nos §§ 1º


e 2º deste artigo, devendo comunicar imediatamente à DIAG, por meio de
Relatório de Controle Interno Específico,
Específico se descumpridos.

§ 9º Constatado o descumprimento do prazo previsto no § 1º deste artigo, a DIAG


determinará à autoridade administrativa a imediata adoção de providências
administrativas, sob pena de representação ao Tribunal de Contas.
Providências Administrativas – Consistem em:

Reunião de provas;
Diligências;
Documentos;
Comprovantes de despesas;
Pareceres;
Depoimentos;
Notificações;
Comunicações ou
Depoimentos, etc
Providências Administrativas – Visam:

Apuração dos fatos;


Identificação dos responsáveis;
Quantificação do dano e
Obtenção do ressarcimento ao erário.
Parecer do Controle Interno, após as Providências
Administrativas
• O Parecer de Controle Interno deve conter manifestação acerca das apurações
realizadas, especialmente quanto à:

a)adequada apuração dos fatos, com a indicação das normas ou dos regulamentos
eventualmente infringidos;
b)correta identificação dos responsáveis;
c)precisa quantificação do dano, das parcelas eventualmente recolhidas e dos critérios para
atualização do valor do débito;
d)conclusão sobre a regularidade, regularidade com ressalva, ou irregularidade das contas
tomadas;
e)informações individualizadas sobre as ações realizadas no âmbito da unidade gestora e os
respectivos resultados, relativas às decisões do Tribunal de Contas que tenham determinado à
autoridade administrativa a adoção de providências relacionadas ao objeto da tomada de contas
em análise, bem como às recomendações emanadas pela DIAG;
PROVIDÊNCIAS ADMINISTRATIVAS NOTORIAMENTE INÓCUAS

• Em relação ao prazo de 5 dias para início e de 60 dias para a conclusão de


providências administrativas, a autoridade administrativa competente
poderá determinar, a qualquer tempo, a instauração de TCE, motivando
sua decisão nos autos do processo quando concluir que, por meio das
providências administrativas, não se possa atingir o fim colimado
(ressarcimento ao erário).

• Sabedor de que as providências administrativas não suprirão a


irregularidade ou não viabilizarão o ressarcimento ao erário, desnecessário
aguardar os prazos para a instauração de TCE.
Reposição do bem/ressarcimento
• A qualquer tempo, em decorrência das medidas administrativas adotadas ou
mesmo já no curso dos trabalhos da Comissão de TCE, poderá ocorrer a reposição do
bem ou a indenização correspondente ao dano causado.

• Nesse caso, deverá ser lavrado Termo de Responsabilidade e Composição, com


cópias para o servidor e para os responsáveis pelos registros contábil, financeiro e
patrimonial.

• A administração deverá documentar adequadamente o procedimento, anexando


aos autos do processo, além do Termo de Responsabilidade e Composição, cópias de
Notas Fiscais, termos de recebimento de material atestando as condições de uso e
conservação, cópias dos registros contábil, financeiro e patrimonial, a fim de que não
restem dúvidas ao gestor ou ao órgão de controle interno, bem como ao TCE/SC.
Reposição do bem ou a indenização correspondente
ao dano/prejuízo causado por servidor
• As reposições ou indenizações ao erário, serão previamente comunicadas ao
servidor ativo, aposentado ou pensionista, para pagamento no prazo máximo
de 30 (trinta) dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado, exceto
quando se tratar de ajuda de custo e diárias. (art. 95 da Lei 6.745/85)

• Na hipótese do servidor beneficiário ou responsável não mais possuir vínculo


funcional com a Administração Pública Estadual, deverá ser instaurada a TCE
visando o ressarcimento ao erário.

• No caso de pagamentos indevidos ocorridos no mês anterior ao do


processamento da folha, as reposições serão feitas imediatamente, em uma
única parcela.
Providências Administrativas - SÍNTESE
 Abertura de processo específico contendo a comunicação
da irregularidade;
 Designação de servidor(es) para dar início às Providências
(Art. 5º §3º, do Decreto nº 1.886/13); PRAZO

 Possui prazo de 60 dias para conclusão; 5 DIAS

 Parecer do CI
 Volta à Comissão
 Pronunciamento

 Reposição/indenização
Despacho Reunir provas, realizar
diligências,  Autorização de
depoimentos, etc. desconto
 Saneamento das irreg.
 Impugnação dos fatos
Providências Administrativas - SÍNTESE

Dano atualizado
*INEXISTÊNCIA de
IGUAL OU INFERIOR
dano ao erário
a R$ **50.000,00

 A autoridade administrativa poderá deixar de


 Parecer do Controle Interno (Art. 7º, inciso I
instaurar a TCE (art. 10);
e III);
 Controle interno emite parecer;
 Pronunciamento da Autoridade (Art. 8º);
 Pronunciamento da autoridade;
 Arquivo (Art. 8º, §1º).
 Registros Contábeis; e
 Encaminhamento para inscrição em dívida ativa.

A ausência de adoção das Providências Administrativas, sujeita a autoridade administrativa omissa à


responsabilização solidária e às sanções cabíveis. ( Art. 5º, §10).

* Não há previsão de remessa à DIAG


**Caso o somatório de um mesmo responsável exceder o valor, instaura-se a TCE.
Da responsabilidade do Gestor pela instauração da TCE

• Art. 9º Esgotadas (DEVEM TER SIDO REALIZADAS) as


providências administrativas sem a apresentação da prestação
de contas, sem a restituição de recurso repassado e não
aplicado, ou sem a reparação do dano ao erário, a autoridade
administrativa, sob pena de responsabilidade solidária, deverá
providenciar, no prazo de 10 (dez) dias, a instauração de
tomada de contas especial.
TCE - Conceito
A tomada de contas especial é o procedimento devidamente
formalizado por órgão ou entidade competente, que visa à apuração
dos fatos, identificação dos responsáveis e quantificação do dano,
quando constatada:

I – omissão no dever de prestar contas de recursos de adiantamento


ou de recursos concedidos pelo Estado a título de subvenção, auxílio e
contribuição, por meio de convênio, acordo, ajuste ou instrumento
congênere;

II – ocorrência de desfalque, desvio de dinheiro, de bens ou de valores


públicos; ou

III – prática de ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico ou omissão no


cumprimento de dever legal que resultem prejuízo ao erário.
Ocorrência de desfalque, desvio de dinheiro, bens
ou valores públicos – Ações do Gestor

Quando se configurar a ocorrência de desfalque, desvio de


dinheiro, bens ou valores públicos deverão ser realizados
todos os esforços para o esclarecimento dos fatos, inclusive,
podendo a autoridade administrativa competente determinar
apurações preliminares ou mesmo valer-se de apurações
concluídas em sede de Sindicância ou Processo Administrativo
Disciplinar, resguardado o sigilo das informações.

Provas Emprestadas ????


Elementos de Informação ????
Objetivos

O objetivo precípuo da instauração de TCE é a obtenção


do ressarcimento ao erário.

O processo de TCE é medida de exceção, devendo ser


adotado apenas quando as providências administrativas
ou outros meios legais e idôneos não se mostrarem
suficientes para a recomposição do erário.
PRESSUPOSTOS PARA A INSTAURAÇÃO DA TCE

•1º Pressuposto: Exaurimento das providências


administrativas (art. 9º do Decreto nº 1.886/13).

•Art. 9º Esgotadas as providências administrativas (prazo máx. 60


dias) sem a apresentação da prestação de contas, sem a
restituição de recurso repassado e não aplicado, ou sem a
reparação do dano ao erário, a autoridade administrativa, sob
pena de responsabilidade solidária, deverá providenciar, no
prazo de 10 (dez) dias, a instauração de tomada de contas
especial.
PRESSUPOSTOS PARA A INSTAURAÇÃO DA TCE

•2º Pressuposto: existência de dano ao erário


caracterizado pelas condutas irregulares descritas nos
incisos I, II e III do art. 2º do Decreto nº 1.886/13.
PRESSUPOSTOS PARA A INSTAURAÇÃO DA TCE

•3º Pressuposto: dano ao erário com significativo valor


econômico (princípio da economicidade).

Art. 10. A Lei nº 3.938, de 26 de dezembro de 1966, passa a vigorar acrescida


do art. 142-A, com a seguinte redação:

"Art. 142-A. Ato do Procurador-Geral do Estado estabelecerá o valor mínimo


para ajuizamento de ação de cobrança da dívida ativa do Estado e de suas
autarquias e fundações de direito público.”

Portaria 58/2021, art. 1º - Fica estabelecido em R$ 50.000,00 o valor mínimo


para o ajuizamento de ação de cobrança da dívida ativa do Estado e de suas
autarquias e fundações de direito público.
DA COMISSÃO DA TCE

O servidores deverão ser aqueles que atuaram nas


providências administrativas ( § 2° art. 9º)
Ao servidor é assegurada independência ( § 2° art. 9º)
Preferencialmente deverão ser ocupantes de cargo efetivo e
ter afinidade com o objeto em análise (§ 4º, art. 5º)
Não poderão estar envolvidos com os fatos a serem
apurados, nem possuir qualquer interesse no resultado (§ 5º,
art. 5º)
COMPETÊNCIAS DA COMISSÃO DA TCE (art. 6º)

•APURAR OS FATOS: reunir provas e realizar diligências


necessárias à elucidação dos supostos fatos que ensejam dano
ao erário;
•QUANTIFICAR O DANO - jm 1% + am (CGJ);
•IDENTIFICAR OS RESPONSÁVEIS; e
•DEMAIS ATOS DE INSTRUÇÃO.
O iter para o cumprimento dos objetivos da TCE

AUTORIA
{

{ identificação e qualificação dos agentes causadores ou


responsáveis pelo dano (quem?); e

{
apuração dos fatos que resultaram em prejuízo ao erário com a
demonstração da relação de causalidade entre a conduta dos
MATERIALIDADE responsáveis e o resultado (o que ocorreu? e como se deu?);

quantificação do prejuízo sofrido pelos cofres públicos


(quanto?).
Inovações do Decreto 1886/13

O parágrafo único do art. 2º define: O exame de regularidade


da aplicação de recursos concedidos a título de adiantamento,
subvenção, auxílio e contribuição será realizado no processo
específico de prestação de contas quando esta for
apresentada, ainda que parcialmente, sendo vedada a sua
conversão em tomada de contas especial.
Importante!

Art. 3º No caso de omissão no dever de prestar contas de uma ou


mais parcelas, todas as eventuais prestações de contas de
parcelas repassadas pelo concedente deverão ser objeto de
análise conjunta nas providências administrativas ou no
procedimento de tomada de contas especial, conforme o caso, e
deverão, juntamente com o processo de concessão dos recursos,
compor os autos para encaminhamento ao Tribunal de Contas.
Importante!

No caso de tomada de contas especial instaurada em face da


omissão no dever de prestar contas, os prazos ficam reduzidos à
metade (Art. 11, § 1º)
TOMADA DE CONTAS ESPECIAL (SÍNTESE)

O OBJETIVO DA TCE É O RESSARCIMENTO AO ERÁRIO


 Autoridade tem 10 dias para instauração da TCE contados da emissão do Relatório Conclusivo das
Providências Administrativas;
 Servidor ou comissão tem o prazo de 90 dias para emitir o Relatório Conclusivo e encaminhar os
autos ao responsável pelo controle interno ou à CGE, conforme o caso. (prazo reduzido pela metade no
caso de omissão no dever de prestar contas. (Art. 11, §1º)
TOMADA DE CONTAS ESPECIAL (Decreto n.º 1.886/2013)
CASOS EM QUE É ENCAMINHADA À CGE:

 Comissão ou servidor conclui pela inexistência de dano;


 Houver o recolhimento do débito no âmbito interno, a apresentação e aprovação da prestação de contas ou outra
situação em que o débito seja descaracterizado; ou ;
 Valor do dano, atualizado monetariamente, for superior ao dobro ao valor de alçada do Trib. Contas - R$ 150.000,00

Encaminhamento à CGE: emissão Relatório e Certificado de


Auditoria

 Prazo de 30 dias para emissão do Certificado ou do Parecer do responsável pelo Controle Interno (prazo
reduzido pela metade no caso de omissão no dever de prestar contas. (Art. 11, (§1º)
 Prazo de 180 dias para conclusão da tomada fica suspenso por até 30 dias para correção ou
complementação. (prazo reduzido pela metade no caso de omissão no dever de prestar contas. (Art. 11, §1º)
TRÂMITE DA TOMADA DE CONTAS ESPECIAL
(Art. 12 do Decreto n.º 1.886/2013)
Encaminhamentos à CGE (fase interna)

Valor IGUAL ou SUPERIOR a R$ Emissão de Relatório e


150.000,00 Certificado de
Auditoria pela CGE

Parecer emitido pelo


Valor MENOR que R$ 150.000,00 responsável do Controle
Interno.

Encaminhamentos ao Tribunal de Contas (fase externa)

Valor IGUAL ou SUPERIOR a R$ 75.000,00 Encaminha a TCE para o Tribunal de Contas.

Valor MENOR que *R$ 75.000,00 Encaminha a TCE para inscrição em dívida ativa e medidas
judiciais cabíveis. Ajuizamento da ação de execução fiscal.

* Caso o somatório de um mesmo responsável exceder o valor, encaminha-se ao Trib. de Contas


Da Prescrição da Pretensão Ressarcitória

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636886 (Repercussão Geral Tema 899)


Relator: MIN. ALEXANDRE DE MORAES

O Supremo Tribunal Federal, por unanimidade, apreciando o tema 899 da


repercussão geral, negou provimento ao recurso extraordinário, mantendo-se a
extinção do processo pelo reconhecimento da prescrição, nos termos do voto do
Relator. Foi fixada a seguinte tese:

"É prescritível a pretensão de ressarcimento ao


erário fundada em decisão de Tribunal de Contas".
(20/04/2020)
Da Prescrição da Pretensão Ressarcitória
PARECER Nº 491/20-PGE
Processo SEA 9207/2020

Assunto: Tomada de Contas Especial. Consulta. Incidência do fenômeno da prescrição. Prazo.


Termo Inicial e Final. Precedentes do STF. Repercussão Geral.

(...)

“Voltando-se ao caso em concreto, o cotejo entre os fatos processuais relevantes (data dos
fatos a serem apurados, ocorridos entre março de 2011 e maio de 2016) e a data das
notificações aos envolvidos (05 a 16/06/2020 - pgs. 480/558 processo CGE 00000628/2019)
evidencia, com clareza, a ocorrência de prescrição parcial da pretensão ressarcitória, diante da
inércia estatal na condução dos processos administrativos.

De fato, explica-se, a título didático: se a notificação ao investigado se deu em 1 de junho de


2020, os fatos anteriores a 1 de junho de 2015 estão fulminados pela prescrição. Já os fatos
praticados após esta data (01/06/2015) ainda podem ser objeto de análise e julgamento.”
PARA FIXAR: INICIATIVAS E PRAZOS
5 DIAS: início das Prov. Adm.
60 DIAS: conclusão das Prov. Adm.
10 DIAS:
DIAS instauração da TCE
90 DIAS: trabalhos da Comissão
30 DIAS: parecer do controle interno/relatório e certificado de auditoria
30 DIAS: pronunciamento do Gestor
Até 180 DIAS: para término do da TCE e remessa dos autos ao Tribunal de
Contas, quando for o caso (fixado em 90 DIAS no caso de omissão no dever
de prestar contas)
O controle interno poderá suspender por até 30 dias o prazo para
conclusão da TCE quando necessária correção ou complementação (§ 4º do
art. 11).
DA ANTINOMIA JURÍDICA
O que é?
A antinomia é a presença de duas normas conflitantes, válidas e emanadas de
autoridade competente, sem que se possa dizer qual delas merecerá aplicação em
determinado caso concreto (lacunas de colisão).

Como solucionar?
Tal conflito (aparente) de normas pode ser solucionado através da aplicação
de três critérios:
a) Hierárquico - é o primeiro e mais relevante critério solucionador de antinomias,
pois não há o que se falar em norma jurídica inferior contrária à superior. Tal fato
ocorre em face de que “a norma superior que representa, a priori, o fundamento
de validade de outra norma”, por exemplo, a Constituição Federal de 1988 tem
caráter supralegal, na qual, as demais leis (ordinárias, complementares, etc.)
devem estar em consonância aos princípios estabelecidos por ela, caso contrário
será considerada inconstitucional perdendo sua efetividade.

b) Cronológico – encontra-se alicerçado no artigo 2º, § 1º, da Lei de Introdução às


Normas do Direito Brasileiro (LICC): “A lei posterior revoga a anterior quando
expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule
inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior”.

c) Especialidade – este critério (artigo 2º, § 2o da Lei de Introdução às Normas do


Direito Brasileiro) prescreve que a norma especial prevalece sobre a geral.
Alertando que a “a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par
das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior”.
DECRETO Nº 1.244, DE 25 DE JULHO DE 2017

Dispõe sobre o procedimento simplificado de apuração de responsabilidade


pelo extravio ou dano a bem móvel no âmbito dos órgãos e das entidades
autárquicas e fundacionais do Poder Executivo estadual.
Art. 1º (...)

§ 1º Para fins deste Decreto, considera-se:

I – prejuízo de pequeno valor: o valor residual ou o valor de mercado, considerando o que for maior, calculado
na forma dos incisos I e II do § 2º do art. 6º deste Decreto, que, no momento da instauração do procedimento
simplificado, for igual ou inferior a 50% (cinquenta por cento) do valor de alçada da Tomada de Contas Especial
fixado em Decisão Normativa pelo Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina; (N.TC-0015/2019, art. 1º)
II – Termo Circunstanciado Administrativo (TCA): documento formal, composto por 3 (três) notificações,
conforme modelos constantes dos Anexos I, II e III deste Decreto, que deverá ser lavrado em caso de extravio ou
dano a bem móvel, no qual constará, necessariamente, a qualificação do agente público envolvido, a descrição
sucinta dos fatos que deram ensejo ao extravio ou dano ao bem móvel e o parecer conclusivo do responsável
pela sua emissão;
III – bem móvel: além dos devidamente patrimoniados nos órgãos e nas entidades, incluem-se também os que
estejam provisoriamente sob a guarda da Administração Pública, como os retidos, apreendidos, sob regime de
comodato ou de particulares, os que ainda não foram tombados, independentemente do motivo, os de posse e
aqueles sob a responsabilidade do responsável pelo setor ou unidade administrativa desconcentrada regional
ou isolada;
IV – bem móvel portátil: aqueles de posse e responsabilidade direta de servidor, empregado ou agente político,
como notebooks, celulares, câmaras fotográficas, filmadoras, veículos, equipamentos em geral, automotores
ou não;
V – responsável pelo patrimônio: o Gerente de Patrimônio, se houver, ou o Gerente de Apoio Operacional ou
ocupante de cargo ou função equivalente, com atribuição legal, regimental ou delegada de gestão, controle e
guarda dos bens móveis;
§ 2º Não se aplica este Decreto quando:

I – não for possível, de imediato, identificar o agente público potencialmente envolvido ou quando este
não for mais servidor, empregado ou agente político, casos em que a apuração dos fatos será efetivada
mediante processo de Tomada de Contas Especial, nos termos do Decreto nº 1.886, de 2 de dezembro de
2013;

II – constatados indícios de conduta dolosa ou de fato tipificado como crime, praticado por agente
público ou particular, exceto se decorrente de conduta culposa do primeiro, hipóteses em que será
instaurada sindicância ou processo administrativo disciplinar, conforme dispõe a Lei Complementar nº
491, de 20 de janeiro de 2010; e

III – se tratar de responsabilidade de pessoa jurídica decorrente de contrato, convênio ou instrumento


equivalente celebrado com órgãos e entidades do Poder Executivo estadual, derivados de ato ou fato
praticado por seus empregados ou prepostos, caso em que caberá ao fiscal do contrato administrativo ou,
na inexistência deste, ao gerente da área de competência legal, regimental ou delegada sobre a matéria a
adoção das providências necessárias ao ressarcimento do valor do bem móvel danificado ou extraviado,
de acordo com a forma avençada no instrumento contratual e na legislação pertinente.
DECRETO Nº 2.037, DE 24 DE FEVEREIRO DE
2014

Dispõe sobre o procedimento simplificado de responsabilização pelo


pagamento de multas de trânsito e o controle sobre os autos de infração
aplicados aos veículos oficiais dos órgãos e das entidades da
administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo
estadual.
LEI COMPLEMENTAR Nº 491,
DE 20 DE JANEIRO DE 2010
Cria o Estatuto Jurídico Disciplinar no âmbito da Administração Direta e Indireta do
Estado de Santa Catarina.

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas sobre procedimento


administrativo disciplinar, no âmbito da Administração Direta e Indireta do Estado de
Santa Catarina, visando à uniformização dos procedimentos processuais
administrativos disciplinares.

Parágrafo único. As disposições desta Lei Complementar aplicam-se a todos os


servidores da administração direta e indireta incluindo-se os servidores em estágio
probatório, com vínculo celetista e em cargo comissionado.
AJUSTAMENTO DE CONDUTA ADMINISTRATIVO
Art. 9º A autoridade poderá optar pelo ajustamento de conduta nas infrações puníveis com repreensão
verbal ou escrita, advertência ou suspensão de até 15 (quinze) dias, a ser adotado como medida
alternativa de procedimento disciplinar e de punição, visando à reeducação do servidor, e este, ao firmar o
termo de compromisso de ajuste de conduta, deve estar ciente dos deveres e das proibições,
comprometendo-se, doravante, em observá-los no seu exercício funcional.

§1º Para a adoção do instituto do ajustamento de conduta são competentes os Diretores, Gerentes e Chefia
imediata de modo geral.

§ 2º Em sindicâncias e processos em curso, presentes os pressupostos, a respectiva comissão poderá propor


o ajustamento de conduta como medida alternativa à eventual aplicação da pena.

Art. 10. Constituem requisitos para o ajustamento de conduta:


I - inexistência de dolo ou má-fé na conduta do servidor infrator;
II - inexistência de dano ao erário ou prejuízo às partes, ou uma vez verificado, ter sido prontamente
reparado pelo servidor;
III - que o histórico funcional do servidor lhe abone a conduta precedente; e
IV - o servidor não poderá estar em estágio probatório.
Parágrafo único. Não se admitirá o ajustamento de conduta caso tenha sido o servidor beneficiado
anteriormente, no prazo de 3 (três) anos, com a medida alternativa de procedimento disciplinar e de
punição.
PROCEDIMENTO SUMÁRIO

Art. 12. Observar-se-á o procedimento sumário para a apuração e


regularização das seguintes infrações disciplinares:

I - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

II - abandono de cargo; e

III - inassiduidade.
SINDICÂNCIA

O que é?

Art. 16. A sindicância é o meio de que se utiliza a Administração Pública para, sigilosa ou
publicamente, com sindicados ou não, proceder à apuração de ocorrências anômalas, ocorrentes
no serviço público.

Art. 17. A sindicância se divide nas seguintes espécies:

I - investigativa ou preparatória;
II - acusatória ou punitiva com penalidade de suspensão de até 30 (trinta) dias; e
III - patrimonial;
I – Sindicância Investigativa ou Preparatória

§ 1º A sindicância investigativa será instaurada quando o fato ou a autoria não se mostrarem


evidentes ou não estiver suficientemente caracterizada a infração.

§ 2º Na portaria de sindicância investigativa constará a identificação da autoridade instauradora


e dos membros que compõem a comissão, a denúncia ou descrição das eventuais
irregularidades ocorridas e o prazo para conclusão dos trabalhos.

§ 3º A sindicância investigativa ou preparatória, será conduzida por um ou mais servidores


efetivos e estáveis pertencentes a categoria funcional compatível com o objeto da apuração.
II – Sindicância Acusatória ou Punitiva

§ 4º A sindicância acusatória ou punitiva será conduzida por comissão composta por 2


(dois) ou mais servidores ocupantes de cargo efetivo e estável, superior ou de mesmo nível
na categoria funcional do sindicado, preferencialmente, bacharéis em direito.

§ 5º Na portaria de sindicância acusatória ou punitiva constará a identificação da


autoridade instauradora, dos membros da comissão e dos prováveis servidores
responsáveis, que poderá ser na forma do disposto no parágrafo único do art. 37, o
resumo circunstanciado dos fatos irregulares e a capitulação legal, caso seja possível.
Art. 20. Da sindicância poderá resultar:

I - arquivamento do processo;
II - aplicação de penalidade de repreensão verbal ou escrita, ou suspensão de até 30 (trinta)
dias; e
III - instauração de processo disciplinar.

Art. 21. Na sindicância não há necessariamente defesa, salvo no caso de sindicância acusatória
ou punitiva.

Art. 22. A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a


prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.
II – Sindicância Patrimonial

Art. 18. Ao tomar conhecimento de fundada notícia ou de indícios de enriquecimento ilícito,


inclusive evolução patrimonial incompatível com os recursos e disponibilidades do servidor
público, a autoridade competente determinará a instauração de sindicância patrimonial,
destinada à apuração dos fatos.

Parágrafo único. Na portaria de sindicância patrimonial constará a identificação da autoridade


instauradora, dos membros da comissão, o resumo dos fatos objeto da investigação e prazo
para conclusão dos trabalhos.

Art. 19. O procedimento da sindicância patrimonial será conduzido por comissão composta por
2 (dois) ou mais servidores, ocupantes de cargo efetivo e estável superior ou de mesmo nível da
categoria funcional do sindicado, preferencialmente, bacharéis em direito.
§ 1º A sindicância patrimonial constituir-se-á em procedimento sigiloso e meramente
investigatório, não tendo caráter punitivo.
§ 2º Concluídos os trabalhos da sindicância patrimonial, a comissão responsável por sua
condução fará relatório sobre os fatos apurados, opinando pelo seu arquivamento ou, se for o
caso, por sua conversão em processo administrativo disciplinar.
PROCESSO DISCIPLINAR

O que é?

Art. 25. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor estável, em
estágio probatório, com vínculo celetista e em cargos comissionados, por infração praticada no exercício de
suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre investido.

§ 1º O período do estágio probatório ficará suspenso com a instauração de qualquer procedimento


administrativo disciplinar.

§ 2º Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de
30 (trinta) dias, demissão, cassação de aposentadoria, disponibilidade e destituição de cargo em comissão, será
obrigatória a instauração de processo disciplinar.

Art. 26. Verificando-se necessária a aplicação da penalidade, o processo disciplinar será instaurado
independentemente de sindicância, quando houver confissão lógica ou forem evidentes a autoria e a
materialidade da infração.
Decreto Nº 1.106 DE 31/03/2017
Regulamenta, no âmbito do Poder Executivo estadual, a Lei Federal nº 12.846, de 2013, que
dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos
contra a administração pública, nacional ou estrangeira, e dá outras providências.

O que é?
Art. 3º A fim de apurar a responsabilidade de pessoa jurídica pela prática de ato lesivo tipificado na Lei
Federal nº 12.846, de 2013, a instauração e o julgamento do PAR, observados o contraditório e a ampla
defesa, cabem à autoridade máxima de cada órgão ou entidade da Administração Pública Estadual Direta e
Indireta onde tiver sido praticado o ato lesivo, podendo ser:
I - delegados por meio de portaria ao substituto legal da autoridade citada no caput deste artigo, vedada a
subdelegação; e
II - exercidos de forma concorrente com o titular do órgão central do Sistema Administrativo de Controle
Interno.
§ 1º Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, a autoridade que primeiro instaurar o PAR se tornará
preventa.
§ 2º O órgão central do Sistema Administrativo de Controle Interno poderá avocar o PAR, a fim de verificar a
sua regularidade ou corrigir-lhe o andamento processual, inclusive promovendo a aplicação da penalidade
administrativa cabível.
Sanções passíveis de aplicação:
-Advertência
-Multa
-Suspensão temporária de participação em licitação
-Impedimento de contratar
-Declaração de inidoneidade para licitar e contratar com a Administração Pública

A aplicação de sanções às pessoas jurídicas na esfera administrativa deve ser


precedida da instauração e instrução de processos administrativos em que sejam
observados os princípios que regem o Direito Administrativo Sancionador e o
devido processo legal.
Perguntas:
COMPETÊNCIAS DO CONTROLE INTERNO

1. Temos uma consulta de mérito da Consultoria Jurídica a Comissão de Controle Interno sobre Tomada de
Contas Especial. Como podemos discutir o mérito, somos um órgão consultivo?
2. Quais são os prazos que o Controle Interno deverá controlar?
3. Quais são as situações em que o Controle Interno deverá emitir Parecer?
4. Existe Prazo para encaminhar o processo de TCE ao Controle Interno?
5. Quais São As Situações em que o controle interno deverá emitir parecer ou encaminhar para a Auditoria Geral
do Estado?
6. Devolução do débito na fase interna encerra a TCE?
7. O lançamento contábil do valor do débito” descrito no artigo 18º do Decreto nº 1886/2013 é realizado
por solicitação à SEF ou na próprio órgão? Após a determinação da autoridade do órgão que se cumpram os
procedimentos elencados no Relatório – Certificado de Auditoria da CGE referente ao lançamento contábil do
valor do débito, inclusão dos responsáveis no cadastro de inadimplentes e a remessa dos autos ao Tribunal de
Conta do Estado para julgamento, cabe ao CONTROLE INTERNO à instrumentalização para o seu cumprimento ou
o acompanhamento? Não sendo atribuição do CIOUV, os procedimentos ainda seriam da Comissão responsável
pela TCE?
8. A solicitação da Autoridade Administrativa para inclusão dos responsáveis e a dívida correspondente no
cadastro de dívida ativa ou cadastro de inadimplentes, descrito no artigo 18º do Decreto nº 1886/2013 se dá
ANTES do julgamento da Tomada de Contas Especial pelo Tribunal de Contas do Estado?
9. Tendo os responsáveis identificados no Relatório da Comissão (Processo SEA 12102/2020), notificados da
conclusão dos trabalhos referente à fase interna da TCE, indicando a possibilidade de acesso ao referido
processo, é necessário que seja realizada nova notificação dando ciência do procedimento de inclusão no
cadastro de inadimplentes (dívida Ativa)?
10. O encaminhamento dos autos do processo ao Tribunal de Contas do Estado deverá ser diretamente pela
a Secretaria ou através da Controladoria Geral do Estado?
11. Após o parecer do controle interno e pronunciamento da autoridade administrativa nos danos abaixo de
R$ 50.000,00, quem deve encaminhar para a inscrição da dívida ativa?
12. Na fase do relatório nesse momento os responsáveis já devem efetuar o pagamento do ressarcimento?
Um documento para desconto na folha é suficiente? Ou essa etapa da comprovação do recolhimento dos
valores a serem ressarcidos fica a cargo da controladoria interna?
13. Foi instaurado a TCE sem ter instaurado as Providências Administrativas como deve proceder?
SINDICÂNCIA x PAD X TCE X MULTA

14. Deverão ser instauradas as providências administrativas e Tomada de Conta Especial para Multa de
Transito?
15. Sindicância e processo administrativo disciplinar - PAD substituem as providências administrativas que
precedem a TCE?
16. Houve o furto de equipamento no órgão que foi realizado por um funcionário de empresa terceirizada/
por um servidor público, a consultoria jurídica orientou que deveria ser aberta as providências
administrativa que antecede a Tomada de contas a fim de apurar a responsabilidade, não Seria caso de
sindicância?
17. Após a providência administrativa que antecede a Tomada de Contas Especial, posso instaurar uma
TOMADA DE CONTAS ESPECIAL independe do valor do dano?
18. Há contraditório e ampla defesa na fase interna do procedimento de Tomada de Contas ou nas
providências administrativas que antecedem a TCE?
COMISSÃO

19. Havendo devolução ao erário no transcurso da Tomada de Contas, pode a Comissão parcelar o valor do
dano?
20. Solicito informação quanto à possibilidade de dilação de prazo para Providências Administrativas e
Tomadas de Contas Especiais no caso de alteração no membro da comissão?
21. O Contraditório e a ampla defesa na fase interna da TCE são necessários?
22. É Possível que membros do Controle interno participem da Comissão de Tomada de Contas?
23. O artigo 149 da Lei 8.112/1990 diz que os procedimentos de apuração das condutas consideradas
indevidas deve ser composta por três servidores estáveis designados pela autoridade competente. Um dos
integrantes será o presidente da comissão, que deve ser ocupante de cargo efetivo superior ou do mesmo
nível do servidor investigado, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao indiciado, mas no decreto
1886 não diz nada. Essa regra se aplica?
CÁLCULO

24. Quando a análise da TCE está muito distante temporalmente do dano ao erário, exemplos já se passaram
mais de dez anos do repasse do recurso, no momento de se fazer o cálculo sabe-se que o dano ao erário é
imprescritível, portanto, será computada ao valor glosado a atualização monetária, mas com relação aos juros
de mora, não entra na prescrição decenal?
25. P,A: Um dano de 24.000,00, sendo duas pessoas responsáveis, o ofício de notificação o valor deve se de
12.000 para cada um ou 24.000,00 haja vista a responsabilidade solidária existente
26. O valor do dano ao erário é de 26.000,00. A trilogia (fato, dano e responsáveis) foi identificada. Há
necessidade ainda sim de instaurar a TCE haja vista esse valor? Devemos considerar aquele valor de 20.000 ou
75.000?
RESPONSABILIDADE

27. A Comissão apurou o dano, contudo descaracterizou a responsabilidade do autor, em razão de ser um acidente
com viatura, cujas provas amealhadas dão conta que não agiu com dolo ou culpa?
28. Quando há apresentação de comprovantes fiscais rasgados não indicando plenamente o nome da empresa
prestadora do serviço, mas indicando o CNPj da mesma e o endereço e consultando o site da Receita Federal,
consegue-se ver o nome da empresa e o pagamento da despesa coincide com o beneficiário do cheque, o
documento rasgado poderá ser considerado válido?
29. Comprovantes fiscais que não forem apresentados na 1a via, mas que indicarem a despesa corretamente,
poderão ser considerados como válidos, constituindo um erro formal e não uma irregularidade que levaria à glosa
da despesa?
30. quando há inúmeras notas fiscais a serem glosadas, pode-se fazer um cálculo sobre o geral ou deverá ser
aplicada a correção monetária e juros para cada uma das despesas glosadas?
31. Em relação ao calculo da atualização monetária e Juros de mora e a prescrição decenal?
32. Providências Administrativas e Tomadas de Contas Especiais - ao tomar conhecimento de irregularidades que
resultaram em dano ou prejuízo ao erário, dará conhecimento formal ao titular do órgão ou entidade.
33. A PMSC atualmente está realizando procedimento de providências administrativo anterior a TCE, cujo valor
será ressarcido ao Fundo de Melhoria da policia Militar? É Possível que esse valor seja ressarcido ao fundo ou
deve ser ressarcido à fazenda pública?

Você também pode gostar