Você está na página 1de 41

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria de Controle Externo no Estado do Acre - SECEX/AC

Processo no Tribunal de Contas da


União
(Lei n.º 8.443, de 16/07/1992 - Lei Orgânica do TCU)

Cláudio Fernandes de Almeida


Secretário de Controle Externo
24 de maio de 2005
Processo no TCU
SUMÁRIO

Noções gerais Audiência


Definição de relatoria Citação
Fluxo de processos Apresentação de defesa
Origem das fiscalizações Pauta de julgamento
Fiscalizações Recursos
Resultado das fiscalizações
FINALIZAR
Noções Gerais
• Fato  Processo

Relator (designado entre os 9 ministros e os 3 auditores,


ias
nc

que são ministros-substitutos)


etê
mp

 presidir a instrução do processo, determinando a adoção de


Co

medidas preliminares (diligência, audiência, citação ou


sobrestamento);
 submeter o processo ao Colegiado competente (Plenário ou
uma das duas Câmaras) com proposta de mérito (voto).
Definição de Relatoria

• A relatoria dos processos envolvendo os municípios do país é


sorteada a cada dois anos dentre os ministros e auditores.
– Exceção: processos que tratem de recursos. A relatoria de
recurso é definida a partir da realização de sorteio dentre
todos os ministros e auditores que integrem o Colegiado
que deverá julgar o recurso.
Definição de Relatoria
• Os processos relacionados aos municípios do
Estado do Acre possuem os seguintes relatores,
observando-se o ano de autuação do processo:

 2001/2002  ministro Benjamin Zymler


 2003/2004  ministro Augusto Sherman Cavalcnti
 2005/2006  ministro Marcos Bemquerer Costa
Fluxo Simplificado dos Processos
ACE Instrução

C
çã o
ra
l i be
De colegiado
X /A
assessor

C E
Voto
SE secretário
Parecer

ministro-relator Fiscaliz. contr. ext.


Parecer

Parecer ministério público Parecer


junto ao TCU
Fiscalizações (Origem)
Tribunal de
TCU CGU
Contas do
•Dúvidas em Estado
processo
Ministério
•Trabalho de Fiscalização Público
rotina;
amostragem
Congresso
Denúncias
Nacional
Fiscalizações

• O município fiscalizado deve disponibilizar à equipe do TCU


total acesso a locais e documentos solicitados.
• A negativa de acesso enseja a aplicação de multa no valor,
atualmente, de até R$ 23.103,92 (art. 267, V, do RI/TCU).
• Constatada a obstrução ao livre exercício de auditorias e
inspeções o TCU pode determinar o afastamento
temporário do responsável (art. 245, § 3°, c/c art. 273 do
RI/TCU).
Fiscalizações (Resultado)

 Ausência de transgressão a 
norma legal ou regulamentar arquivamento do processo

 Falhas de natureza formal  determinação e arquivamento do


processo
 Irregularidades decorrentes de ato 
audiência do responsável
ilegal, ilegítimo ou antieconômico
Audiência
Prazo p/
INABILI
sustação do
TAÇÃO CADIN
ato adm.
MULTA
INIDONEI
DADE
Não acolhimento do licitante
fraudador
das justificativas
Fiscalizações (Resultado)

 Ausência de transgressão a 
norma legal ou regulamentar arquivamento do processo

 Falhas de natureza formal  determinação e arquivamento do


processo
 Irregularidades decorrentes de ato 
audiência do responsável
ilegal, ilegítimo ou antieconômico
 Omissão das contas, desfalque, desvio de bens ou outra irregulari-
dade de que resulte dano ao erário  conversão do processo em
tomada de contas especial
Tomada de Contas Especial (TCE)
Citação

• Não pressupõe prejulgamento, pois os responsáveis


são citados pelo valor do débito presumido, devida-
mente apurado no processo de TCE.
• Possibilita que os responsáveis apresentem suas
alegações de defesa e/ou recolham o valor que é
imputado.
Tomada de Contas Especial (TCE)
• Os responsáveis podem ser citados em caráter individual ou
solidário.
• Será solidária a citação quando o Tribunal entender que
mais de um agente tenha concorrido para a existência do
dano.
• Na citação solidária todos os agentes citados são
igualmente responsáveis pelo recolhimento integral do
débito, ou seja, o débito é único, não podendo ser
“dividido” entre os responsáveis.
Tomada de Contas Especial (TCE)
• O acolhimento das alegações de defesa => o julgamento das contas
pela regularidade ou regularidade com ressalvas, dando-se quitação ao
responsável.
• Se não for acolhida a defesa,
• se reconhecida a boa-fé do responsável  15 dias para recolher
débito, atualizado monetariamente.
– Neste caso, a liquidação tempestiva do débito, e não havendo
outras irregularidades, conduzirá ao julgamento pela regulari-
dade com ressalvas, dando-se quitação ao responsável.
• se não reconhecida a boa-fé  julgamento das contas pela
irregularidade, condenando o responsável ao recolhimento do débito
atualizado monetariamente e acrescido do juros de mora.
TCE
Nome para
Justiça Eleitoral
(inelegibilidade) INIDONEI
MULTA INABILI DADE
até 100% débito
e CADIN TAÇÃO do licitante
fraudador

Irregularidade MPU
(ações civil
das contas e penal)
Apresentação de defesa
• O TCU não exige que os responsáveis se façam
representar por advogados.
• Os documentos podem ser protocolados pelos
responsáveis em qualquer unidade do TCU, desde que
façam referência ao número do processo pertinente.
Apresentação de defesa
• Sempre por escrito e dirigida à unidade expedidora do ofício do
TCU.
• Os esclarecimentos devem ser apresentados no prazo fixado no
ofício. Caso entenda necessário, o responsável pode solicitar a
prorrogação do prazo.
• As defesas apresentadas devem abordar todos os aspectos
relacionados à irregularidade apontada (questões de fato e de
direito).
• Todos os fatos alegados devem ser comprovados mediante a
apresentação de documentos hábeis.
Apresentação de defesa
• Havendo mais de um responsável relacionado pelo TCU, as
defesas podem ser apresentadas em conjunto.
• Para melhor elaborarem suas defesas os interessados
poderão solicitar vista dos autos.
• Os responsáveis podem acompanhar a tramitação de seus
processos mediante acesso à página do TCU na Internet
(www.tcu.gov.br)
– O cadastramento no Sistema Push possibilita o recebimento de
informações por e-mail a cada nova tramitação do processo.
Pauta de Julgamento

• Os processos são julgados após inclusão na pauta


de um dos Colegiados.
• As pautas do TCU podem ser acompanhadas pela
Internet na página do TCU. (www.tcu.gov.br)
Recursos

• As deliberações do TCU podem ser alteradas mediante a


interposição de recurso.
• São modalidades de recursos:
• Recurso de Reconsideração (Art. 285/RI-TCU)
• Pedido de Reexame (Art. 286/RI-TCU)
• Embargos de Declaração (Art. 287/RI-TCU)
• Recurso de Revisão (Art. 288/RI-TCU)

• Agravo (Art. 289/RI-TCU)


Recurso de Reconsideração

• Legitimidade Ativa: Parte(s) e Ministério Público junto ao


TCU.

• Cabimento: Visa a impugnar decisão de mérito proferida


em processo de tomada e prestação de contas, inclusive,
em tomada de contas especial.
Recurso de Reconsideração

• Prazo de Interposição: 15 dias, contados a partir do


recebimento da notificação acerca da decisão que se
pretende impugnar. Caso a parte não seja localizada, o
marco inicial para contagem do prazo é a publicação do
edital no D.O.U.
Recurso de Reconsideração

• Contagem de Prazo (Regramento): Art. 183 do RI/TCU.

• Efeito: Suspensivo. O efeito suspensivo desobriga o


responsável do cumprimento das imposições constantes do
Acórdão que forem objeto do recurso, mas não o autoriza a
praticar novos atos que contrariem essas imposições,
sujeitando-se o infrator à multa (Decisão n.º 188/95 - Plenário).
Pedido de Reexame

• Legitimidade Ativa: Parte(s) e Ministério Público junto ao


TCU.

• Cabimento: Visa a impugnar decisão de mérito proferida


em processo relativo a ato sujeito a registro (concessão de
aposentadoria e pensão) e a fiscalização de atos e
contratos.
Pedido de Reexame

• Prazo de Interposição: 15 dias, contados a partir do


recebimento da notificação acerca da decisão que se
pretende impugnar. Caso a parte não seja localizada, o
marco inicial para contagem do prazo é a publicação do
edital no D.O.U.

• Contagem de Prazo (Regramento): Art. 183, do RI/TCU.


Embargos de Declaração

• Legitimidade Ativa: Parte(s) e Ministério Público junto ao


TCU.
• Cabimento: Tem por objetivo suprir obscuridade, omissão
ou contradição em acórdão do Tribunal.
Embargos de Declaração

• Prazo de Interposição: 10 dias, contados a partir do


recebimento da notificação acerca da decisão que se
pretende impugnar. Caso a parte não seja localizada, o
marco inicial para contagem do prazo é a publicação do
edital no D.O.U.
Embargos de Declaração

• Contagem de Prazo (Regramento): Art. 183 do RI/TCU.


• Efeito: Suspensivo. O efeito suspensivo desobriga o
responsável do cumprimento das imposições constantes do
Acórdão que forem objeto do recurso, mas não o autoriza a
praticar novos atos que contrariem essas imposições,
sujeitando-se o infrator à multa (Decisão n.º 188/95 - Plenário).
Recurso de Revisão

• Legitimidade Ativa: Parte(s) e Ministério Público junto ao


TCU.

• Cabimento: Visa a rescindir acórdão prolatado pelo TCU e


deve-se fundar em:
– erro de cálculo nas contas;
– falsidade ou insuficiência de documentos novos com eficácia
sobre a prova produzida; e
– superveniência de documentos novos com eficácia sobre a prova
produzida.
Recurso de Revisão

• Prazo de Interposição: 5 anos, contados da publicação do


acórdão rescidendo no Diário Oficial da União.

• Contagem de Prazo: Art. 183, inciso IV, do RI/TCU

• Efeito: Não possui efeito suspensivo.


Agravo
• Legitimidade Ativa: Parte(s) e Ministério Público
junto ao TCU.

• Cabimento: Impugnar despacho com carga


decisória (decisão interlocutória).
Agravo

• Prazo de Interposição: 5 dias, contados a partir do


recebimento da notificação acerca da decisão interlocutória
que se pretende impugnar. Caso a parte não seja
localizada, o marco inicial para contagem do prazo é a
publicação do edital no D.O.U.
Agravo

• Contagem: Art. 183 do RI/TCU.

• Efeito: Em regra, não possui efeito suspensivo. No


entanto, o Relator pode conceder o efeito
suspensivo ao agravo.
E-mail: secex-ac@tcu.gov.br

Você também pode gostar