Você está na página 1de 7

ESTUDO ESQUEMATIZADO DO DECRETO 70.

235/72, QUE REGULA O


PROCESSOS FISCAIS FEDERAIS

Início do
processo
UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ- UNOCHAPECÓ

Curso: Direito Tributário 2

Professor: Luciane Aparecida Filipini Stobe

Acadêmica: Janete R. Hartmann

ESTUDO ESQUEMATIZADO DO DECRETO 70.235/72 QUE REGULA O PROCESSO


ADMINISTRATIVO FISCAL FEDERAL

O decreto 70.235/72, rege o processo administrativo fiscal na esfera federal. Assim, o


procedimento administrativo começa a partir dos atos e termos processuais nos artigos 2 ao 4º as
formas de como são realizados os atos, ou seja o início do processo.

DOS ATOS INICIAIS

No artigo 2 dispõe sobre os termos processuais, quando a lei não prescrever. Assim, o processo
administrativo tributário inclui tanto os atos relativos à fiscalização para constatação da
ocorrência da obrigação tributária como também o lançamento tributário a autuação fiscal
seguida de impugnações e recursos. Conforme o estudo esquematizado sobre o decreto
70.235/72, tem-se o seguinte entendimento:

DOS PRAZOS

Inicialmente cabe destacar o artigo 5 e 6 do decreto os prazos serão contínuos


excluindo-se na contagem dia do início e incluindo-se o dia do vencimento, portanto os prazos
só se iniciam ou vencem no dia de expediente normal no órgão em que corra o processo ou deva
ser praticado o ato.

Poderá a autoridade preparadora, atendendo a circunstâncias especiais, , em despacho


fundamentado, determinar Acrescer de metade o prazo para a impugnação da exigência, e
prorrogar, pelo tempo necessário, o prazo para a realização de diligência.

DO PROCEDIMENTO
O procedimento começa efetivamente com o ato de ofício, escrito, praticado por
servidor competente cientificado o sujeito passivo da obrigação tributária ou seu preposto, este
dispositivo consta no artigo 7º. Incisos I, II, III. E parágrafos 1º e 2º

DO AUTO DE INFRAÇÃO

O artigo 10 menciona que o auto de infração, onde a autoridade administrativa


identifica o sujeito passivo que praticou infração tributária lavrado por servidor competente, no
local da verificação da falta.

DA NOTIFICAÇÃO E LANÇAMENTO

Em seguida a notificação e lançamento que é expedida pelo órgão que administra o


tributo e necessariamente deverá constar os termos do artigo 11.

DA IMPUGNAÇÃO

A Impugnação é a peça de defesa apresentada pelo notificado conforme o artigo 15, que
reza que a impugnação deve ser formalizada por escrito e instruída com documentos que
fundamentam o alegado e será apresentada ao órgão preparador no prazo de 30 (trinta dias,
contados da data em que for feita a intimação da exigência

Ainda há que destacar que a impugnação deverá conter os termos do art. 16 do decreto.
Caso houver a necessidade de diligências ou perícias, a autoridade preparadora determinará, de
ofício ou a requerimento do sujeito passivo, a realização de diligências, inclusive perícias,
quando entendê-las necessárias, indeferindo as que considerar prescindíveis ou impraticáveis.
Será reaberto o prazo para impugnação se da realização de diligência resultar agravada a
exigência inicial e quando o sujeito passivo for declarado reincidente na hipótese prevista no
artigo 13.

Ainda dispõe o Art. 21 e seguintes sobre a possibilidade de cobrança amigável caso não
seja cumprida as disposições legais, ou seja: , em não sendo cumprida nem impugnada a
exigência, será declarada à revelia e permanecerá o processo no órgão preparador, pelo prazo de
trinta dias, para cobrança amigável do crédito tributário.
DA INTIMAÇÃO

A intimação será efetuada nos termos do artigo 23 do decreto.

DA COMPETÊNCIA

Quanto à competência, o preparo do processo será competente à autoridade local do


órgão encarregado da administração do tributo artigo 24. Entretanto, o julgamento do processo
conforme o Art. 25. compete em primeira instância aos aos Delegados da Receita Federal,
quanto aos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda, e
às autoridades mencionadas na legislação de cada um dos demais tributos ou, na falta dessa
indicação, aos chefes da projeção regional ou ainda o local da entidade que administra o tributo,
conforme for por ela estabelecido.

Na segunda instância aos Conselhos de Contribuintes do Ministério da Fazenda, com a


ressalva prevista no inciso III do § 1º. Na instância Especial Compete ao Ministro da Fazenda,
artigo 26.

Assim, no julgamento de primeira instância conforme artigo 27, processo será julgado no
prazo de trinta dias, a partir de sua entrada no órgão incumbido do julgamento.

O artigo 29, dispõe que na apreciação da prova, a autoridade julgadora formará


livremente sua convicção, podendo determinar as diligências que entender necessárias.

Da decisão caberá recurso voluntário, total ou parcial, com efeito suspensivo, dentro dos
trinta dias seguintes à ciência da decisão artigo 33. O decreto em seu artigo 35. dispõe também
que o recurso, mesmo perempto, será encaminhado ao órgão de segunda instância, que julgará a
perempção, e da Decisão de primeira instância não cabe pedido de reconsideração.

O julgamento de segunda instância está disposto no art.37 e seguintes, onde o


julgamento nos Conselhos de Contribuintes far-se-á conforme dispuserem seus regimentos
internos.

No julgamento de segunda instância, caberá pedido de reconsideração, com efeito


suspensivo, no prazo de trinta dias, contados da ciência, e ainda no parágrafo 3º incisos I e II
desse artigo , reza que da decisão que der provimento a recurso de ofício; De decisão que negar
provimento, total ou parcialmente, a recurso voluntário.

Em se tratando de recurso especial o artigo 39, dispõe que não cabe pedido de
reconsideração de ato do Ministro da Fazenda que julgar ou decidir as matérias de sua
competência.

DA EFICÁCIA E EXECUÇÕES

O decreto ainda esclarece em seu artigo 42, sobre a Eficácia e Execução das Decisões,
que são definitivas as que de primeira instância esgotado o prazo para recurso voluntário sem
que este tenha sido interposto; de segunda instância de que não caiba recurso ou, se cabível,
quando decorrido o prazo sem sua interposição e de De instância especial.

O artigo 45 assim dispõe que no caso de decisão definitiva favorável ao sujeito passivo,
cumpre à autoridade preparadora exonerá-lo, de ofício, dos gravames decorrentes do litígio.

DOS PROCESSOS DE CONSULTA

Nos processos de consulta o artigo 46 do decreto estabelece que o sujeito passivo poderá
formular consulta sobre dispositivos da legislação tributária aplicáveis a fato determinado, bem
como os órgãos da administração pública e as entidades representativas de categorias
econômicas ou profissionais também poderão formular consulta. Em relação a consulta esta
deverá ser apresentada por escrito, no domicílio tributário do consulente, ao órgão local da
entidade incumbida de administrar o tributo sobre que versa artigo 47 do decreto.

Ainda sobre processo de consulta o artigo 59 estabelece que a decisão de segunda


instância não obriga ao recolhimento de tributo que deixou de ser retido ou auto lançado após a
decisão reformada e de acordo com a orientação desta, no período compreendido entre as datas
de ciência das duas decisões.

Entretanto não produzirá efeito a consulta formulada nos termos do artigo 52 e


seguintes do decreto 70.235/72.

Assim dispõe o art.53, que o preparo do processo compete ao órgão local da entidade
encarregada da administração do tributo, mas os julgamentos competem em primeira instância
aos Superintendentes Regionais da Receita Federal, e em segunda instância ao Coordenador do
Sistema de Tributação, da Secretaria da Receita Federal, salvo quanto aos tributos incluídos na
competência julgadora de outro órgão da administração federal e em instância única, ao
Coordenador do Sistema de Tributação, quanto às consultas relativas aos tributos administrados
pela Secretaria da Receita Federal e formuladas.

DA NULIDADE

Quanto a nulidade do processo, é importante mencionar que o artigo 59, estabelece que é
nulo o processo quando os atos e termos lavrados por pessoa incompetente e Despachos e
decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa.

O artigo 61 dispõe que a nulidade será declarada pela autoridade competente para
praticar o ato ou julgar a sua legitimidade.

E finalmente o Art. 62. traduz que a vigência de medida judicial que determinar a
suspensão da cobrança do tributo não será instaurado procedimento fiscal contra o sujeito
passivo favorecido pela decisão, relativamente à matéria sobre que versar a ordem de suspensão,
enquanto que o artigo 64, esclarece que os documentos que instruem o processo poderão ser
restituídos, em qualquer fase, a requerimento do sujeito passivo, desde que a medida não
prejudique a instrução e deles fique cópia autenticada no processo.
ESTUDO ESQUEMATIZADO DO DECRETO 70.235/72, QUE REGULA O
PROCESSOS FISCAIS FEDERAIS

Início do
processo

Você também pode gostar