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Professor Valcir Spanholo

Juiz Federal da 21ª Vara Federal do foro nacional de Brasília


Mestre em Direito Constitucional
Professor de Constitucional, Tributário e Financeiro para cursos preparatórios
Professor de Constitucional e Financeiro para cursos de pós-graduação
Professor multidisciplinar de Informativos do STF e do STJ
@prof.valcir.spanholo.novo (Instagram)
Prof. Valcir Spanholo (YouTube)
ROLANDO VALCIR SPANHOLO (Valcir): Juiz Federal Substituto do foro nacional de Brasília (com
lotações anteriores em Anápolis-GO e na Turma Recursal de Goiânia). Foi borracheiro, lavador de carros,
costureiro, vendedor, estagiário da advocacia, advogado (por 15 anos, com foco nas áreas do Direito
Administrativo, Tributário, Previdenciário e Empresarial), assessor jurídico municipal e Procurador-
Geral de Município. Mestre em Direito Constitucional pelo IDP/DF e com especialização latu sensu pela
AJURIS/RS. Alcançou o 1º lugar na prova oral do concurso para Conselheiro Substituto do Tribunal de
Contas do Rio Grande do Sul (94,11 pontos). Desempenhou as funções de presidente da turma dos
aprovados no XV Concurso de Juiz Federal do TRF1 (no qual obteve a 13ª colocação dentre os 58
aprovados), bem como integrou a equipe de Juízes Federais Orientadores (módulo prático) do Curso de
Formação dos aprovados no XVI Concurso de Juiz Federal do TRF1. Já, no campo dos concursos
públicos, obteve aprovações parciais (fases) ou finais em certames relacionados aos seguintes
cargos: 1) de Promotor de Justiça do RS; 2) de Procurador do Estado do RS; 3) de Juiz do Trabalho
Substituto do TRT4 (RS); 4) de Juiz de Direito do TJSC; 5) de Juiz de Direito do TJMS; 6) de Conselheiro
Substituto do Tribunal de Contas do MS; 7) de Auditor Externo do Tribunal de Contas do RS; 8) de
Conselheiro Substituto do Tribunal de Contas do RS; 09) de Procurador da Fazenda Nacional; 10) de Juiz
Federal Substituto do TRF5; 11) de Juiz Federal Substituto do TRF3; 12) de Juiz Federal Substituto do
TRF4; 13) de Juiz Federal Substituto do TRF1.
RESUMO DO SEGMENTO DA PRINCIPIOLOGIA:

I) PRINCÍPIOS DO DIREITO FINANCEIRO (não confundir com os Princípios


Orçamentários):

a) PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (processo legislativo regular);


b) PRINCÍPIO DA ECONOMICIDADE (custo X benefício);
c) PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA (publicidade e participação popular);
d) PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE FISCAL (probidade com o patrimônio da
coletividade);
II) PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS:

a) PRINCÍPIO DA UNIDADE (não uma lei, mas uma legislação interdependente e sistêmica);
b) PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE (todas as receitas e todas as despesas);
c) PRINCÍPIO DA ANUALIDADE (periodicidade);
d) PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO ESTORNO de verbas (ajustes marginais apenas com autorização
legal);
e) PRINCÍPIO DA NÃO AFETAÇÃO DA RECEITA de IMPOSTOS (não vinculação – mas tem exceções,
como os Fundos Constitucionais);
f) PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE (apenas receita e despesa – não pode ter os “rabilongos”);
g) PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE (conhecimento e participação da coletividade);
h) PRINCÍPIO DA especialização, especificação ou DISCRIMINAÇÃO (receitas e despesas
detalhadas e não globais);
i) PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO-BRUTO (em números nominais, sem decotes);
j) PRINCÍPIO DA PRECEDÊNCIA (normas aprovadas com antecedência);
l) PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO (despesa não pode ser superior à receita);
m) PRINCÍPIO DA PROGRAMAÇÃO (ferramenta de planejamento e eficiência);
=> Leis Orçamentárias (PPA, LDO e LOA) são leis ORDINÁRIAS, especiais e temporárias, mas de
INICIATIVA privativa do Executivo (art. 165 da CF/88); Obs.: como regra, não pode por MP (CF/88,
art. 62).

=> PLANO PLURIANUAL (PPA): a) vigora por 4 anos; b) elaborada no 1º ano do mandato do Executivo;
c) base obrigatória para as demais leis orçamentárias; d) obrigatório para todas despesas de capital
(gastos que aumentam o patrimônio) e dos programas de duração continuada (mais de 1 ano -
programas de governo que terão continuidade); e) pode ter veto, mas não pode ser rejeitado ;

Art. 165 (CF/88) - Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I - o plano plurianual;
(...)
§ 1º A lei que instituir o plano PLURIANUAL estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes,
objetivos e metas da administração pública federal para as DESPESAS DE CAPITAL (gasto que
aumenta o patrimônio) e outras delas decorrentes e para as relativas aos PROGRAMAS de duração
continuada (mais de 1 ano - programas de governo que terão continuidade).
=> LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO) teve alteração recente para
incluir a previsão de TRAJETÓRIA SUSTENTÁVEL DA DÍVIDA PÚBLICA:

Art. 165 (CF/88) – (...).


§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as METAS E PRIORIDADES
da administração pública federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e
respectivas metas, em consonância com TRAJETÓRIA SUSTENTÁVEL DA
DÍVIDA PÚBLICA, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre
as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das
agências financeiras oficiais de fomento. (Redação dada pela EC nº 109, de 2021)
=> LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA): São VEDADOS (CF/88, art. 167): a) o início de
programas ou projetos não incluídos na LOA; b) realizar despesas que excedam os
créditos orçamentários ou ADICIONAIS; c) abrir crédito suplementar ou especial sem
prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes; d)
TRANSPOR recursos SEM PRÉVIA autorização legislativa, salvo exceções legais; e)
conceder ou utilizar créditos ilimitados; f) destinar recursos para de empresas, fundações
e fundos, salvo casos legais; g) criar fundos especiais desnecessários (EC 109/21).

Art. 165 (CF/88) - Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
(...)
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento FISCAL referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público;
II - o orçamento de INVESTIMENTO das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da SEGURIDADE SOCIAL, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo Poder Público.
(...)
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de
receita, nos termos da lei.
Art. 166 (CF/88) – (...).
§ 3º As EMENDAS ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso:

I - sejam COMPATÍVEIS com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;


II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de ANULAÇÃO
de despesa, EXCLUÍDAS as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal;
ou

III - sejam relacionadas:


a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
=> Na área de CIÊNCIA, TECNOLOGIA e INOVAÇÃO é possível transpor dotação
sem necessidade de autorização legislativa (é exceção, junto com a RESERVA
DE CONTINGÊNCIA);

Art. 5o (LRF) - O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma


compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e
com as normas desta Lei Complementar:
(...) III - conterá RESERVA DE CONTINGÊNCIA, cuja forma de utilização e
montante, definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na
lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao:
a) (VETADO)
b) Atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais
imprevistos.
=> ORÇAMENTO INCREMENTAL ajustes marginais feitos nas leis orçamentárias (aberturas de créditos,
alterações de programas, metas etc.);

=> Ajustes marginais (CRÉDITOS ADICIONAIS - autorizações do Legislativo para efetivação de


despesas não previstas ou insuficientemente previstas na LOA – art. 14 da Lei 4.320/64): I) crédito
suplementar (REFORÇO, ABERTO POR DECRETO após autorização); II) crédito especial (não havia
dotação específica, autorização e decreto); III) crédito extraordinário (despesas urgentes e
imprevistas, pode MP, autorizado nos últimos 4 meses se transfere para a LOA seguinte – guerra,
comoção interna ou calamidade pública art. 167, §3º, da CF).

=> Serve de lastro para abrir ou ampliar crédito orçamentário: a) o superávit financeiro apurado em
balanço patrimonial do exercício anterior; b) o excesso de arrecadação; c) a ANULAÇÃO de
dotações; d) operações de crédito autorizadas;

=> As EMENDAS ao projeto da LOA (CF/88, art. 166, §3º): a) não podem envolver a anulação de
dotações relativas a despesas de pessoal, dívida (amortização e encargos) e transferências
constitucionais (FPE, FPM etc.); b) podem melhorar redação de dispositivo (emendas de redação) ou
corrigir erros e omissões ou reestimativa da receita;
=> Os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público e a Defensoria Pública
receberão seus créditos até o dia 20 de cada mês, em DUODÉCIMOS (CF/88, art. 168);

=> ORÇAMENTO IMPOSITIVO: a) emendas parlamentares INDIVIDUAIS (2% da receita


corrente líquida, sendo metade destinado à saúde, permitida a transferência direta de
até 50% dos recursos sem vinculação a uma finalidade específica, desde que pelo menos
70% obrigatoriamente sejam destinados a obras); b) emendas de BANCADA (1% da receita
corrente líquida, sendo metade destinado a obras); c) o repasse das emendas
INDEPENDERÁ DA ADIMPLÊNCIA do ente federativo destinatário e os valores não
integrarão a sua base de cálculo para fins de aplicação dos limites de despesa de
pessoal;

Obs.: o “ORÇAMENTO SECRETO” (emendas do relator) não é impositivo.


=> O art. 163-A da CF/88 passou a amparar o COMPARTILHAMENTO DE INFORMAÇÕES
(concentradas nas mãos de órgão federal – ADIs);

Art. 163-A. (CF/88) - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disponibilizarão suas
informações e dados contábeis, orçamentários e fiscais, conforme periodicidade, formato e sistema
estabelecidos pelo órgão central de contabilidade da União, de forma a garantir a rastreabilidade, a
comparabilidade e a publicidade dos dados coletados, os quais deverão ser divulgados em meio eletrônico de
AMPLO ACESSO PÚBLICO. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

Art. 48 (LC 101/00) - (...).


§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disponibilizarão suas informações e dados
contábeis, orçamentários e fiscais conforme periodicidade, formato e sistema estabelecidos pelo órgão
central de contabilidade da União, os quais deverão ser divulgados em meio eletrônico de AMPLO ACESSO
PÚBLICO.
§ 3o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios encaminharão ao Ministério da Fazenda, nos termos e na
periodicidade a serem definidos em instrução específica deste órgão, as informações necessárias para a
constituição do registro eletrônico centralizado e atualizado das DÍVIDAS PÚBLICAS interna e externa, de que
trata o § 4o do art. 32.
=> RECEITAS: a) DERIVADAS, decorrem do poder de império do Estado, via a cobrança de
tributos e penalidades deles decorrentes (multas, perdimento e apreensão de bens etc.); b)
ORIGINÁRIAS, decorre de fontes não tributárias, como na exploração dos bens públicos
(alugueis, pedágios, etc.) e outras atividades decorrentes do direito privado (contratos,
herança vacante, doações etc.);

=> RECEITA (é sinônimo de ingresso definitivo de pecúnia aos cofres públicos) X


INGRESSO (é uma entrada provisória que pode se tornar definitiva ou não – ex. é o depósito
judicial, que somente com a CONVERSÃO EM RENDA se tornará receita definitiva) X
RECEITA (é um de ingresso definitivo de pecúnia aos cofres públicos);

=> RECEITA CORRENTE LÍQUIDA (média do mês de referência e dos 11 anteriores) é o


somatório das receitas, deduzidas: a) as transferências constitucionais (para quem repassa
e não para quem recebe); b) as contribuições previdenciárias; c) a compensação entre
regimes previdenciários; d) o PIS/PASEP (LC 101/00, art. 2º);
=> QUANTO ÀS COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS:
a) DESPESAS FEDERAIS (art. 21 da CF);
b) DESPESAS ESTADUAIS (art. 25 da CF);
c) DESPESAS MUNICIPAIS (art. 30 da CF).

=> QUANTO À CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA:


a) DESPESA COMPRA ( realizada para a compra de produtos e serviços);
b) DESPESA TRANSFERÊNCIA (sem benefício direto à estrutura governamental, isto é, sem qualquer
CONTRAPRESTAÇÃO).

=> QUANTO À LEI 4.320/64 (correntes X capital):


I) DESPESAS CORRENTES:
a) CUSTEIO (MANUTENÇÃO de serviços ANTERIORMENTE criados, obras de conservação e
adaptação de bens imóveis):
=> pessoal civil;
=> pessoal militar;
=> material de consumo;
=> serviços de terceiros;
=> encargos diversos.

b) TRANSFERÊNCIAS CORRENTES (NÃO corresponde a uma CONTRAPRESTAÇÃO DIRETA):


=> subvenções sociais;
=> subvenções econômicas;
=> inativos e pensionistas;
=> salário família e abono familiar;
=> juros;
=> contribuição previdenciária;
=> diversas transferências correntes.
II) DESPESAS DE CAPITAL:

a) INVESTIMENTOS (o PLANEJAMENTO e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de


imóveis):

=> Obras Públicas;


=> Serviços em Regime de Programação Especial;
=> Equipamentos e Instalações;
=> Material Permanente (2 anos);
=> Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou Entidades INDUSTRIAIS ou
AGRÍCOLAS.
b) INVERSÕES FINANCEIRAS:

=> Aquisição de Imóveis (já em uso);


=> Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Emprêsas ou Entidades
COMERCIAIS ou FINANCEIRAS;
=> Aquisição de TÍTULOS Representativos de Capital de Empresa em Funcionamento
(aqui não importa o tipo de empresa);
=> Constituição de Fundos Rotativos;
=> Concessão de Empréstimos;
=> Diversas Inversões Financeiras;
c) TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL (investimentos ou inversões financeiras que OUTRAS
PESSOAS de direito público ou privado devam realizar):

=> Amortização da Dívida Pública;


=> Auxílios para Obras Públicas;
=> Auxílios para Equipamentos e Instalações;
=> Auxílios para Inversões Financeiras;
=> Outras Contribuições.
=> PRECATÓRIOS e RPVs (CF/88, art. 100).

=> CAMINHO DA DESPESA: dotação, empenho (sempre prévio, podendo,


excepcionalmente, ser por estimativa ou global), liquidação e pagamento.

=> Cabe ao Senado (LC 101/00, art. 30) definir os LIMITES DA DÍVIDA CONSOLIDADA
(prazo superior a doze meses) da União, Estados e Municípios, que assim fixou (Res.
40/2001): a) no caso dos Estados e do Distrito Federal, 2 vezes a receita corrente líquida;
b) no caso dos Municípios, 1,2 vezes a receita corrente;

=> DESPESAS OBRIGATÓRIAS (CF/88, art. 198 e 212): a) SAÚDE (União, 13,70% +IPCA;
Estados, 12%; Municípios, 15%); b) EDUCAÇÃO (18% União e 25% os Estados e Municípios);
=> LIMITES GLOBAIS da DESPESA COM PESSOAL definidos por LEI COMPLEMENTAR sobre a receita
corrente líquida (LC 101/00, art. 19): a) 50% para a União; b) 60% para Estados e Municípios;

=> LIMITES INDIVIDUAIS (LC 101/00, art. 20): i) na esfera FEDERAL: a) 2,5% para o Legislativo,
incluído o TCU; b) 6% para o Judiciário; c) 40,9% para o Executivo; d) 0,6% para o MPU; ii) na esfera
ESTADUAL: a) 3% para o Legislativo, incluído o TCE; b) 6% para o Judiciário; c) 49% para o Executivo;
d) 2% para o MP; iii) na esfera MUNICIPAL: a) 6% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas DO
Município, quando houver; b) 54% para o Executivo.

Obs.: LIMITE PRUDENCIAL DE 95%

=> DESPESA OBRIGATÓRIA DE CARÁTER CONTINUADO é a despesa CORRENTE cuja execução seja
superior a DOIS exercícios (LRF, art. 17);

=> O art. 164 impõe a manutenção obrigatória de RECURSOS EM BANCOS PÚBLICOS;

=> Competência para EMITIR MOEDA é do Banco Central (NÃO Tesouro Nacional ou Casa da Moeda);
3.9.2) FORMAS DE CONTROLE:

a) CONTROLE INTERNO (realizado pelo próprio órgão - artigo 74, caput, e §1º,
da CF/88):

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma


integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução


dos programas de governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da
administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de
direito privado;

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos
e haveres da União;

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer


irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob
pena de responsabilidade solidária.
b) CONTROLE EXTERNO (realizado pelo Legislativo, com auxílio do Tribunal
de Contas ou por meio de comissão interna – arts. 71 e 166, §1º, da CF/88):

Art. 71 (CF/88) - O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante


parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e


valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades
instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa
a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título,
na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato concessório;

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão
técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;

V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União
participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; Obs.: STF afastou da
ITAIPU (vide SPOILER)
EXERCÍCIOS DE REVISÃO
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 1) Compete privativamente à Mesa do Congresso Nacional apresentar os projetos voltados à instituição das leis
DE REVISÃO orçamentárias de interesse do Poder Legislativo federal (PPA, LDO e LOA)?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA O item ignora que a iniciativa das leis orçamentárias é privativa do Chefe do Poder Executivo, conforme dispõe o art. 166,
§6º, da CF/88.

ACELERADOR 2) Lúcio, Presidente da Câmara de Vereadores do Município XXX, excepcionalmente, diante da inexistência de
DE REVISÃO instituições financeiras oficiais no município, poderá manter as disponibilidades de caixa do Legislativo local, oriundas
dos repasses de duodécimos feitos pelo setor financeiro do Município, no Banco Bradesco?

RESPOSTA INCORRETA
O item contraria o art. 164, §3º, da CF/88, o qual não permite exceções acerca da necessidade das disponibilidades de
JUSTIFICATIVA caixa da União, Estados, Distrito Federal e Municípios ficarem depositadas no Banco Central (caso da União) e em
instituições financeiras oficiais, isto é, bancos públicos, nos demais casos.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 3) Segundo a ordem constitucional vigente, compete privativamente à União legislar sobre direito financeiro, sendo a
DE REVISÃO Lei 4.320/64 (recepcionada materialmente como lei complementar) e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/00) os
dois principais exemplos do exercício dessa competência peculiar infraconstitucional?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação contraria o inciso I do art. 24 da CF/88 que inclui o direito financeiro no rol de competências concorrentes da
União, Estados e Distrito Federal (e não privativa da União, conforme afirmado).

ACELERADOR 4) A Constituição Federal exige que as regras gerais sobre finanças públicas venham reguladas por lei complementar,
DE REVISÃO mas, expressamente, ressalva dessa exigência a fixação de parâmetros sobre a concessão de garantias pelas entidades
públicas?

RESPOSTA INCORRETA
A afirmação contraria o art. 163, inciso III, da CF/88, o qual exige lei complementar também sobre o tema “concessão de
JUSTIFICATIVA garantias pelas entidades públicas”.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 5) Por força do art. 163, I, da CF (“lei complementar disporá sobre ... finanças públicas”), é possível afirmar que a edição do
DE REVISÃO Plano Plurianual (PPA), da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA) está sujeita à reserva
de lei complementar?

RESPOSTA INCORRETA
O disposto no art. 163, I, da CF/88 aplica-se apenas às regras gerais de Direito Financeiro, estando a edição do PPA, da LDO
JUSTIFICATIVA e da LOA regulada pelo art. 165 da CF/88, o qual não estabeleceu a exigência de lei complementar. Assim, nesta hipótese,
incide a regra geral do processo legislativo (segundo a qual, no silêncio, basta lei ordinária), conforme orientação contida
no §7º do art. 166 também da CF/88.

ACELERADOR 6) Muito embora envolva hipótese de competência concorrente (CF/88, art. 24, I), os municípios podem,
DE REVISÃO excepcionalmente, legislar sobre matéria de Direito Financeiro?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA O item possui lastro constitucional na regra do art. 30, I e II, da CF/88, na medida que podem editar as suas próprias leis
orçamentárias (PPA, LDO e LOA).
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

7) Para custear programa de pesquisa voltada ao combate da pandemia COVID-19, após obter manifestação favorável
ACELERADOR do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde, renomada instituição privada de ensino sediada no estado
DE REVISÃO YYY poderá obter financiamento público junto ao Banco Central, eis que é de interesse nacional a descoberta de novas
tecnologias nesse setor?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA O item contraria o §1º do art. 164 da CF/88, pois o Banco Central não pode conceder empréstimo a entidades que não
sejam instituições financeiras.

ACELERADOR 8) Invade a competência privativa da União (legislar sobre direito processual – art. 22, I, CF/88) a lei local que autoriza o
DE REVISÃO respectivo Estado a utilizar livremente recursos dos depósitos judiciais efetuados perante a Justiça estadual?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA O item retrata o entendimento adotado pelo STF, na ADI 5080, Min. Luiz Fux, sessão virtual do plenário de 3 a 14/04/20.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 9) Decisão judicial pode determinar que chefe do Poder Executivo apresente projeto para revisão geral de servidores?
DE REVISÃO

RESPOSTA INCORRETA
A afirmação contraria o entendimento adotado pelo STF no julgamento do TEMA 624 sob o rito da repercussão geral (RE
JUSTIFICATIVA 843112, Plenário, Min. Luis Fux, d. 22/09/2020), no qual ficou assentado que o Poder Judiciário não tem competência para
determinar ao Poder Executivo a apresentação de projeto de lei que vise promover a revisão geral anual da remuneração
dos servidores públicos nem para fixar o respectivo índice de correção.

ACELERADOR 10) Segundo o STF, muito embora o §3º do art. 164 estabeleça a regra de que as disponibilidades de caixa da União
DE REVISÃO serão depositadas no banco central e as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do
Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, não há impedimento para que o
crédito da folha de pagamento dos seus respectivos servidores se dê por meio de banco privado?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação corresponde ao entendimento firmado pelo STF no AI 837.677 AgR, STF, 2ª T., min. Rosa Weber, j. 03/04/12.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

11) Incorre em grave violação das normas de gestão orçamentária o ato do Presidente da República que remaneja, sem
a prévia autorização legislativa exigida no inciso VI do art. 167 da CF/88 (“São vedados ... a transposição, o
ACELERADOR remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para
DE REVISÃO outro, sem prévia autorização legislativa”), recursos de uma categoria de programação para outra visando viabilizar
projetos ligados a atividades de ciência, tecnologia e inovação inerentes, por exemplo, ao combate à COVID-19?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação ignora a exceção introduzida pela EC nº 85/15 no §5º do art. 167 da CF/88.

12) Inobstante estarem regulados pela garantia da autonomia federativa, a Constituição Federal impõe, expressamente,
ACELERADOR aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a obrigação de disponibilizar suas informações e dados contábeis,
DE REVISÃO orçamentários e fiscais, conforme periodicidade, formato e sistema estabelecidos pelo órgão central de contabilidade
da União?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação segue o disposto no art. 163-A da CF/88, recentemente introduzido pela EC nº 108, de 26/08/2020.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

13) O princípio da exclusividade assegura que a lei orçamentária anual deve conter apenas a fixação de despesas e a
ACELERADOR previsão da receita (razão pela qual, o seu processo legislativo não pode aceitar os chamados “rabilongos
DE REVISÃO orçamentários” – equivalente a temas estranhos), contudo são admitidas algumas exceções, dentre elas a abertura de
crédito suplementar?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação corresponde às regras do art. 165 § 8º, CF e do art. 7º da Lei 4.320/64 que norteiam o princípio da
exclusividade orçamentária.

ACELERADOR 14) Em termos de princípios orçamentários, a Lei 4.320/65 prevê, expressamente, apenas três deles: os princípios da
DE REVISÃO unidade, universalidade e anualidade?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação está correta, pois corresponde ao art. 2º da Lei 4.320/64.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 15) O princípio orçamentário da proibição do estorno de verbas assegura a impossibilidade de transpor, remanejar ou
DE REVISÃO transferir recursos do orçamento de uma categoria de programação (dotação orçamentária) para outra ou de um órgão
para outro sem autorização legislativa prévia?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA O item IV corresponde à regra do art. 167, VI, da CF/88.

ACELERADOR 16) O princípio da não afetação da receita de impostos é absoluto e não comporta exceções, segundo a Constituição
DE REVISÃO Federal?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação ignora que o próprio art. 167, IV, da CF/88 prevê uma série de exceções ao princípio da não vinculação.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 17) Os vereadores do município X poderão aprovar lei impondo que o valor arrecadado pelo Executivo municipal com
DE REVISÃO IPTU seja investido, obrigatoriamente, em melhorias nas vias públicas dos bairros em que estão localizados os
respectivos imóveis?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA Afirmação ignora o princípio da não afetação das receitas, previsto no art. 167, IV, da CF/88.

18) A lei 10.028/00, ao introduzir o art. 359-A no Código Penal, tipificou como crime contra as finanças públicas, dentre
outras, a ação administrativa de realizar operação de crédito sem a observância do limite de endividamento do
ACELERADOR respectivo ente federativo. Por sua vez, o art. 32 da LC 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal) delega ao Senado Federal
DE REVISÃO a competência para definir os limites globais para o montante da dívida consolidada da União, Estados e Municípios.
Segundo regulamentação adotada pelo Senado, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão comprometer
com dívidas fundadas, no máximo, 2 (duas) vezes o total da sua receita corrente líquida anual?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação contraria o inciso II do art. 3º da resolução nº 40/2001 do Senado Federal, o qual define que os Municípios
terão um teto inferior de endividamento dos Estados e do Distrito Federal (equivalente apenas a 1,2 vezes a respectiva
receita corrente líquida).
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 19) Compete ao Tesouro Nacional estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos
DE REVISÃO Estados, do Distrito Federal e dos Municípios?

RESPOSTA INCORRETA
A afirmação conflita com o art. 52, inciso IX, da CF/88, segundo o qual compete privativamente ao Senado Federal (e não
JUSTIFICATIVA ao Tesouro Nacional) estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.

ACELERADOR 20) É vedado realizar operação de crédito mediante a antecipação de tributo cujo fato gerador ainda não tenha
DE REVISÃO ocorrido?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação está correta, pois segue a regra do inciso I do art. 37 da Lei Complementar nº 101/00 (Lei de
Responsabilidade Fiscal).
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 21) A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a vinte e quatro meses, contraídos para
DE REVISÃO atender a desequilíbrio orçamentário ou financeiro de obras e serviços públicos?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação está incorreta, pois, nos termos do art. 98 da Lei 4.320/64, já se consideram como dívida fundada os
compromissos de exigibilidade superior a doze meses, não “vinte e quatro”, conforme constou no enunciado da questão.

ACELERADOR 22) É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair
DE REVISÃO obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no
exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA O item II está de acordo com o art. 42 da Lei Complementar 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal).
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

23) Maria, recentemente empossada Prefeita do município XX, deve zelar pela sustentabilidade da dívida do município,
ACELERADOR observando os níveis de compatibilidade dos resultados fiscais com a trajetória da dívida e da trajetória de
DE REVISÃO convergência do montante da dívida com os limites definidos em legislação, conforme regras previstas em lei
complementar, segundo recente alteração no texto constitucional?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA O item I corresponde ao art. 163, VIII, “b” e “c”, da CF/88, introduzido pela EC 109/21.

ACELERADOR 24) Como forma de garantir o equilíbrio das contas públicas (por exemplo, para evitar a configuração da chamada
DE REVISÃO insuficiência de caixa), a Lei de Responsabilidade Fiscal permite que, no último ano de mandato, o Presidente, os
Governadores e os Prefeitos Municipais contratem operações de crédito por antecipação de receita?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação está incorreta, pois contraria a vedação prevista no art. 38, IV, “b”, da Lei de Responsabilidade Fiscal.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 25) ESTADOS E MUNICÍPIOS podem contrair EMPRÉSTIMOS para pagamento de DESPESAS COM PESSOAL (ativos e
DE REVISÃO inativos) ou essa espécie de OPERAÇÃO DE CRÉDITO está vedada pela Constituição Federal?

RESPOSTA CORRETA
A afirmação corresponde ao entendimento adotado pelo STF, na ADI 5683/RJ (Plenário, relator Min. Roberto Barroso, julgado em
20.4.2022), quando ficou assentado que os ESTADOS E MUNICÍPIOS podem contrair EMPRÉSTIMOS para pagamento de DESPESAS
JUSTIFICATIVA COM PESSOAL (ativos e inativos), desde que tais OPERAÇÕES DE CRÉDITO sejam contratadas junto a INSTITUIÇÕES PRIVADAS (pois,
o art. 167, X, da CF/88 veda apenas a contratação perante BANCOS PÚBLICOS) e desde que respeitado o LIMITE DE ENDIVIDAMENTO
do respectivo Ente (CF/88, art. 167, III).

26) Segundo a Constituição Federal, as emendas ao projeto de lei do orçamento anual (ou aos projetos que o
modifiquem) somente podem ser aprovadas caso sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes
ACELERADOR orçamentárias e desde que indiquem os recursos necessários (admitida chamada “anulação de despesa”, mas que não
DE REVISÃO será aceita quando envolver dotações para pessoal e seus encargos, serviço da dívida e as transferências tributárias
constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal). Ou seja, essas propostas de emenda sempre precisam
indicar uma fonte de financiamento, sob pena de restar inviabilizado o respectivo processo legislativo?

RESPOSTA INCORRETA
A afirmação está incorreta, pois ela ignora as duas exceções previstas no inciso III, do §3º, do art. 166 da CF/88, segundo o qual é
JUSTIFICATIVA dispensada a indicação de fonte de custeio quando as emendas estiverem relacionadas com a correção de erros e/ou omissões ou
com os dispositivos do texto do projeto de lei. Ou seja, quando envolverem emendas corretivas do próprio projeto-lei.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

27) A lei de diretrizes orçamentárias da União compreenderá as previsões dos orçamentos fiscal (referente aos Poderes
da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas
ACELERADOR pelo Poder Público), de investimento (das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
DE REVISÃO capital social com direito a voto) e da seguridade social (abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público)?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação está incorreta, pois ela utiliza o conceito da lei orçamentária anual (LOA), previsto no §5º do art. 165 da
CF/88, como sendo da lei de diretrizes orçamentárias (que vem previsto no §2º do mesmo art. 165).

ACELERADOR 28) Em termos de execução orçamentária, considera-se crédito adicional especial o ajuste marginal na lei do orçamento
DE REVISÃO anual que visa reforçar dotação já existente?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação está incorreta, pois inverte os conceitos de crédito adicional suplementar (dotação já existente) e crédito
adicional especial (nova dotação), previstos no art. 41 da Lei 4.320/64.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 29) Como regra geral, não cabe editar medidas provisórias para promover alterações na lei orçamentária anual?
DE REVISÃO

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA O item corresponde à vedação prevista no art. 62, §1º, “d”, da Constituição Federal.

ACELERADOR 30) É vedada a criação de fundo público, quando seus objetivos puderem ser alcançados mediante a vinculação de
DE REVISÃO receitas orçamentárias específicas ou mediante a execução direta por programação orçamentária e financeira de órgão
ou entidade da administração pública?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA O item retrata a nova vedação introduzida pela EC 109/21 no art. 167, XIV, da CF/88.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 31) A existência de débitos previdenciários em aberto do município para com o Regime Geral de Previdência Social
DE REVISÃO (RGPS) constitui uma das exceções à transferência impositiva de emenda parlamentar da bancada de Deputados
Federais àquela comunidade?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA O item contraria a previsão contida no art. 166, § 16., da CF/88, que garante a transferência das emendas impositivas
independente da existência de pendências financeiras e/ou jurídicas do ente federativo.

ACELERADOR 32) A Constituição Federal impõe que o plano plurianual dos Estados seja editado sempre por meio de lei
DE REVISÃO complementar, já que vigorará até o 1º ano do próximo mandato de governador?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA O item está incorreto porque a elaboração das leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) não está arrolada no art. 163 da
CF/88, razão pela qual, diante da redação dada pelo art. 165 também da CF/88, no caso, basta lei ordinária.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 33) Em nível federal, as chamadas emendas do relator do orçamento (que ficaram popularmente conhecidas como
DE REVISÃO “orçamento secreto”) também estão sujeitas às regras de execução impositiva?

RESPOSTA INCORRETA
O item está errado, pois os §§ 12 e 13 do art. 166 da CF/88 impõe a execução obrigatória apenas das emendas
JUSTIFICATIVA individuais e das emendas de bancadas, deixando de fora as emendas do relator do orçamento e também das comissões
temáticas.

ACELERADOR 34) Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado na Lei Orgânica do Município, o Poder Legislativo local
DE REVISÃO considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente para fins de elaboração da Lei Orçamentária do ano
subsequente?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA O item corresponde ao comando previsto no art. 32 da Lei 4.320/64.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 35) Dentre outras exigências, as emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
DE REVISÃO somente podem ser aprovadas caso sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação segue a regra prevista no art. 166, §3º, I, da CF/88 que, efetivamente, condiciona a aprovação da lei
orçamentária anual (e também suas alterações posteriores) à compatibilidade com o plano plurianual (PPA) e com a lei de
diretrizes orçamentárias (LDO).

ACELERADOR 36) Os créditos adicionais classificam-se em suplementares (destinados a reforço de dotação orçamentária já existente),
DE REVISÃO especiais (destinados cobrir despesas para as quais ainda não haja dotação orçamentária específica) e extraordinários
(destinados a suportar despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública)?

RESPOSTA CORRETA
A afirmação corresponde à classificação indicada no art. 41 da Lei 4.320/64, que, justamente, classifica os créditos
adicionais à lei orçamentária anual em suplementares (destinados a reforço de dotação orçamentária já existente),
JUSTIFICATIVA especiais (destinados cobrir despesas para as quais ainda não haja dotação orçamentária específica) e extraordinários
(destinados a suportar despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção interna ou calamidade pública).
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 37) A lei do plano plurianual vigorará sempre por um exercício financeiro?
DE REVISÃO

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA O item contraria a previsão contida no art. 35, §2º, I, do ADCT (plurianual vigora por 4 exercícios).

ACELERADOR 38) O limite da despesa com pessoal dos municípios brasileiros será fixado em Lei Complementar dos seus respectivos
DE REVISÃO estados, desde que respeitado o percentual mínimo fixado em Resolução do Senado?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA O item contraria o art. 169 da CF/88, que impõe a edição de Lei Complementar federal para definir os limites de despesa
de pessoal também aos estados-membros, não sendo possível eles adotarem percentuais diversos.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 39) Constituição estadual pode estender ao Ministério Público de Contas a autonomia administrativa, funcional e financeira do
DE REVISÃO Ministério Público comum e também exigir lei complementar para regular sobre o tema? É possível atrelar o subsídio dos
integrantes da carreira do Ministério Público de Contas ao valor do subsídio fixado para o Ministério Público comum?

RESPOSTA INCORRETA
Na ADI 3804 (Plenário, relator Min. Dias Toffoli, j. 03/12/20210, o STF decidiu que a Constituição estadual não pode estender ao
Ministério Público de Contas a autonomia administrativa, funcional e financeira do Ministério Público comum (incluindo a iniciativa
de leis), pois aquele órgão especial integra a organização administrativa do próprio Tribunal de Contas. Também não pode atrelar o
JUSTIFICATIVA subsídio dos integrantes da carreira do Ministério Público de Contas ao valor do subsídio fixado para o Ministério Público comum,
muito menos pode exigir lei complementar para regular sobre o tema. Isso porque, a nossa ordem constitucional assegura a
identidade de tratamento apenas em relação: a) aos direitos (art. 128, § 5º, I, da CF); b) às vedações (art. 128, § 5º, II, da CF); c) à
forma de investidura na carreira (art. 129, §§ 3º e 4º, da CF).

ACELERADOR 40) Constituição Estadual pode impor a execução obrigatória de orçamento elaborado com a participação popular sem respeitar a
DE REVISÃO iniciativa exclusiva do Chefe do Poder Executivo?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA Na ADI 2680-RS (Plenário Virtual, Min. Gilmar Mendes, sessão 22 a 29/05/2020), o STF decidiu que é inconstitucional a legislação
local que impõe a execução obrigatória de orçamento elaborado com a participação popular (iniciativa exclusiva do Chefe do Poder
Executivo).
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 41) No momento de elaborar o projeto de lei orçamentária, o Poder Executivo pode fazer decotes nas propostas
DE REVISÃO apresentadas pelos órgãos que possuem a garantia constitucional de autonomia orçamentária como forma de garantir o
equilíbrio entre receita e despesa?

RESPOSTA INCORRETA
Na ADI 6594-DF (Plenário, Min. Edson Fachin, d. 13/10/2021), o STF decidiu que, ainda que sob a justificativa de visar
garantir o equilíbrio entre receita e despesa, no momento de elaborar o projeto de lei orçamentária, não pode o Poder
JUSTIFICATIVA Executivo fazer decotes nas propostas apresentadas pelos órgãos que possuem a garantia constitucional de autonomia
orçamentária. Por exemplo, no caso do Ministério Público, a CF/88 assegura autonomia funcional e administrativa e,
também, financeira, ao prever que o órgão elabore sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na LDO
(CF/88, arts. 99, §1º, e 127, §3º).

ACELERADOR 42) O modelo federal de orçamento impositivo não é de replicação obrigatória aos demais Entes federados, mas, caso
DE REVISÃO adotado, eles podem criar regras próprias sobre a destinação das verbas com base na sua autonomia federativa?

RESPOSTA INCORRETA
Na ADI 6670-DF (Plenário, Min. Gilmar Mendes, julgamento virtual em 30/04/2021), o STF decidiu que, ao instituir em
JUSTIFICATIVA âmbito local o chamado “orçamento impositivo”, a Constituição estadual não pode estabelecer percentuais distintos do
modelo federal (CF/88, art. 166) para as ações e serviços públicos de saúde e educação.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 43) Emenda à Constituição do Estado pode ampliar o rol de beneficiários da autonomia financeira e orçamentária
DE REVISÃO previstos (em simetria) na CF/88? É possível adotar o sistema do duodécimo em hipóteses não estipuladas na CF/88?

RESPOSTA INCORRETA
Na ADI 5946-RR (Plenário, Min. Gilmar Mendes, julgamento virtual em 21/05/2021), o STF decidiu: a) que a Emenda à Constituição
do Estado não pode ampliar o rol de beneficiários da autonomia financeira e orçamentária previstos (em simetria) na CF/88 (entes
JUSTIFICATIVA federados e aos Poderes instituídos, ao Ministério Público e à Defensoria Pública) e ela não se confunde com a autonomia “de
gestão financeira e patrimonial” prevista no art. 207 da CF/88 (que consiste em liberdade para administrar os recursos e patrimônio
que recebe); b) que é possível adotar o sistema do duodécimo em hipóteses não estipuladas na CF/88, pois envolve margem de
discricionariedade quanto ao planejamento da execução orçamentária.

44) Por envolver competência concorrente para legislar sobre Financeiro (CF/88, art. 24, I), mesmo antes do advento das
ACELERADOR ECs 86/2015 e 100/2019, era possível os Estados instituírem o chamado orçamento impositivo no âmbito estadual?
DE REVISÃO Nosso sistema admite a chamada “CONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE” ou “USUCAPIÃO DE
CONSTITUCIONALIDADE”?

RESPOSTA INCORRETA
Na ADI 5274-SC (Plenário, relatora Min. Cármen Lúcia, julgamento em 18/10/2021), o STF decidiu que, inobstante serem titulares da
competência concorrente para legislar sobre Financeiro (CF/88, art. 24, I), antes do advento das Ecs 86/2015 e 100/2019, era
JUSTIFICATIVA vedado os Estados instituírem o chamado ORÇAMENTO IMPOSITIVO no âmbito estadual, pois, até a alteração constitucional, a lei
orçamentária possuía caráter meramente AUTORIZATIVO e o nosso sistema não admite a chamada “CONSTITUCIONALIDADE
SUPERVENIENTE” ou “USUCAPIÃO DE CONSTITUCIONALIDADE”.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 45) É constitucional o modelo de elaboração e execução de despesas oriundas das chamas “emendas do relator-geral”
DE REVISÃO do orçamento da União?

RESPOSTA INCORRETA
Nas ADPFs 854-DF, 850-DF e ADPF 851-DF ( Plenário, relatora Min. Rosa Weber, julgado em 10/11/2021), o STF decidiu
que o modelo de elaboração e execução das despesas oriundas de emendas do relator-geral do orçamento viola o
JUSTIFICATIVA princípio republicano e os postulados informadores do regime de transparência no uso dos recursos financeiros do
Estado, pois não permite a identificação dos autores das sugestões (emendas) e nem a isonomia entre os congressistas,
como ocorre nas emendas individuais (1,2%) e de bancada (1%).

ACELERADOR 46) PROJETO-LEI estadual e municipal que vise criar ou ampliar BENEFÍCIO FISCAL não precisa vir acompanhado de
DE REVISÃO ESTIMATIVA DE IMPACTO ORÇAMENTÁRIO, pois a FALTA DE REFERÊNCIA a esses entes subnacionais no art. 113 do ADCT
torna dispensável tal exigência?

RESPOSTA INCORRETA
Na ADI 6303-RR (Plenário, relator Min. Roberto Barroso, julgado em 11/03/2022), o STF decidiu que PROJETO-LEI
estadual e municipal que vise criar ou ampliar BENEFÍCIO FISCAL deve vir acompanhado de ESTIMATIVA DE IMPACTO
JUSTIFICATIVA ORÇAMENTÁRIO, sendo irrelevante que o art. 113 do ADCT não a FAÇA REFERÊNCIA a esses entes subnacionais, pois o
art. 14 da LC 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal) já estabelecia idêntica obrigação.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 47) Lei Orgânica do Ministério Público pode estipular que o pagamento de parcela remuneratória devida a integrantes
DE REVISÃO daquela carreira seja custeada por dotação orçamentária do Poder Judiciário?

RESPOSTA INCORRETA
Na ADI 2831-RJ (Plenário, relator Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Alexandre de Moares, julgamento virtual
30/04/2021), o STF decidiu que viola o princípio constitucional da separação dos Poderes, a Lei Orgânica do Ministério Público
JUSTIFICATIVA estadual (cujo processo legislativo foi deflagrado pelo seu próprio procurador-geral de Justiça) quando impõe ao Poder Judiciário
local a obrigação financeira de arcar, por meio de dotações orçamentárias próprias, com o pagamento de parcela remuneratória a
integrantes da carreia do Ministério Público, mesmo quando tal órgão possui autonomia administrativa e financeira assegurada pela
CF/88 (art. 99).

48) Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença
ACELERADOR judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios, que, quando apresentados
DE REVISÃO (“migrados”) até 1º de julho, serão pagos até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados
monetariamente?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação está errada, pois, com o advento da EC 114/21, o §5º do art. 100 da CF/88 passou a exigir que, para ser pago
até o final do exercício seguinte, o precatório judicial precisa ser migrado até o dia 2 de abril de cada ano e não mais até
1º de julho como previa a sua redação original.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 49) O limite da despesa com pessoal do Poder Executivo do estado vem fixado em Lei Complementar estadual?
DE REVISÃO

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação contraria o art. 169 da CF/88, que impõe a edição de Lei Complementar federal para definir os limites de
despesa de pessoal também aos estados-membros, não sendo possível eles adotarem percentuais diversos.

ACELERADOR 50) Nos termos da Lei Complementar nº 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal), considera-se aumento de despesa a
DE REVISÃO prorrogação daquela criada por prazo determinado?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação está correta, pois corresponde ao §7º do art. 17 da Lei de Responsabilidade Fiscal.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

51) Caso tenha sido adotado o mecanismo de ajuste fiscal previsto no art. 167-A da Constituição Federal (introduzido
ACELERADOR pela Emenda Constitucional nº 109/21) e uma vez apurado que, no período de 12 (doze) meses, a relação entre
DE REVISÃO despesas correntes e receitas correntes do município XX supera 95% (noventa e cinco por cento), fica vedada ao poder
público municipal, dentre outras, a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA O item I está de acordo com o art. 167-A, X, da CF/88.

ACELERADOR 52) Classificam-se como inversões financeiras as dotações destinadas a aquisição de imóveis ou de bens de capital já em
DE REVISÃO utilização?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA Segue a classificação prevista no art. 12, §5º, I, da Lei 4.320/64.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

53) Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, os limites da despesa total com pessoal, em cada período de
ACELERADOR apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir
DE REVISÃO discriminados: a) União: 50% (cinquenta por cento); b) Estados: 50% (cinquenta por cento); c) Municípios: 60%
(sessenta por cento)?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA Contraria o art. 19 da LC 101/00, quando afirma que o limite da despesa de pessoal dos Estados seria de 50% das suas
respectivas receitas correntes líquidas, pois o correto é 60%.

ACELERADOR 54) É vedado ao Prefeito do Município Alfa, nos últimos três bimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa
DE REVISÃO que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem
que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA Contraria o limite temporal de dois últimos quadrimestres fixado no art. 42 da LC 101/00.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

55) Interessado em deflagrar concurso público para provimento de novos cargos de Delegado da Polícia Federal, criados
ACELERADOR por lei, o governo federal solicita ao setor competente estudo técnico de impacto financeiro e de viabilidade jurídica da
DE REVISÃO pretensão. Nesse caso, o parecer será negativo caso o limite de despesa com pessoal do Poder Executivo federal já tiver
rompido o limite prudencial de 95% dos 40,9% da receita corrente líquida da União?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA Afirmação está em sintonia com os artigos 19, inciso I, 20, inciso I, alínea “c”, e 22, parágrafo único, IV, da Lei
Complementar nº 101/00.

ACELERADOR 56) O pagamento da despesa pública contraído pelo Senado Federal poderá ser efetuado independentemente de
DE REVISÃO liquidação?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação contraria o art. 62 da Lei 4.320/64.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 57) Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela
DE REVISÃO darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade objetiva?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação contraria a parte final do §1º do art. 74 da CF/88, o qual estabelece, para a hipótese, responsabilidade
“SOLIDÁRIA” e não objetiva, conforme afirmado no item.

ACELERADOR 58) O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento
DE REVISÃO pendente ou não de implemento de condição?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação corresponde à redação do art. 58 da Lei 4.320/64, que qualifica o empenho como “o ato emanado de
autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição”.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

59) É vedada a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou
ACELERADOR adicionais, mas, excepcionalmente, quando presente situação de calamidade pública, a União poderá realizar a
DE REVISÃO transferência voluntária de recursos para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios?

RESPOSTA INCORRETA
A primeira parte da afirmação está de acordo com o inciso II do art. 167 da CF/88. Contudo, a parte final contraria o inciso
JUSTIFICATIVA X do mesmo art. 167 da CF/88, o qual veda que a União realize a transferência voluntária de recursos para pagamento de
despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

ACELERADOR 60) Por força de impedimento expresso na Lei de Responsabilidade Fiscal, a Câmara de Vereadores deve sempre rejeitar
DE REVISÃO projeto de lei encaminhado pelo Prefeito Municipal que prevê o repasse de recursos públicos para a iniciativa privada?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA Afirmação diverge do art. 26 da LC 101/00, o qual não veda, mas apenas impõe uma série de condições para a
transferência de recursos públicos à iniciativa privada (lei específica, condições na LDO e previsão na LOA).
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 61) No caso da União, entende-se como receita corrente líquida o somatório das receitas tributárias, de contribuições,
DE REVISÃO patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes,
deduzidos, dentre outros, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação corresponde à redação do art. 2º, IV, “a”, da Lei de Responsabilidade Fiscal.

ACELERADOR 62) Segundo a lei 4.320/64, tributo é a receita originária instituída pelas entidades de direito publico, compreendendo
DE REVISÃO os impostos, as taxas e contribuições nos termos da constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-
se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas entidades?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação contraria o art. 9º da Lei 4.320/64, pois a receita tributária é classificada como derivada e não originária,
conforme constou no item examinado.
ACELERADOR 63) O produto da venda de bens apreendidos em operação conjunta realizada pela Polícia Federal e pela Receita Federal
DE REVISÃO destinada a combater ilegalidades tributárias na importação de bens (que autorizam a pena de perdimento em favor da
União) será classificada como receita derivada?

RESPOSTA CORRETA
A afirmação está correta, pois, no caso proposto, a apreensão está diretamente ligada ao exercício da atividade tributária
JUSTIFICATIVA do Estado (poder de império, supremacia do interesse público, relação vertical etc.). Por isso, nessa hipótese, ainda que
fruto da alienação de bens, a receita será derivada e não originária.

64) Durante a pandemia da COVID-19, por força das medidas de contenção sanitárias impostas pelo poder público, a
Indústria de Perfumes Cheiro Bom Ltda. teve completamente interrompido o seu processo fabril, gerando a queda
inesperada de faturamento e a redução do seu fluxo de caixa, razão pela qual passou a enfrentar sérios riscos de não
ACELERADOR conseguir honrar com suas obrigações financeiras, dentre elas o pagamento de exações federais. Ocorre que, ao tomar
DE REVISÃO conhecimento de que milhares de outros empreendedores nacionais vinham enfrentando o mesmo problema, o governo
federal decidiu adotar medidas legais que permitiram POSTERGAR A DATA DO VENCIMENTO de alguns tributos de sua
competência, cuja exigibilidade coincidiria com o auge do isolamento social imposto. A partir da situação fática descrita, é
correto dizer que, por configurar renúncia de receita, a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/00) exige
que o benefício tributário descrito no enunciado seja previamente compensado por outra medida tributária equivalente?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA A moratória não figura no rol das hipóteses legais de renúncia de receita previstas no §1º do art. 14 da LC nº 101/00.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

65) Nos termos da Lei 4.320/64, a receita pública classificar-se-á nas categorias econômicas de Receitas Correntes e de
ACELERADOR Receitas de Capital, incluindo-se dentre estas últimas as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária,
DE REVISÃO industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito
público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA O enunciado inverte os conceitos de Receita de Capital e Receita Corrente estabelecidos no art. 11 da Lei 4.320/64.

ACELERADOR 66) Do produto da arrecadação dos impostos federais sobre renda e proventos de qualquer natureza (IRPF e IRPJ) e
DE REVISÃO sobre produtos industrializados (IPI), os municípios terão direito de receber uma cota-parte?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA Afirmação está de acordo com o art. 159 da CF/88, cujo percentual de repasse ao Fundo de Participação dos Municípios
sofreu recente alteração introduzida pela EC nº 112/21.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 67) A iniciativa de lei visando disciplinar o sistema financeiro de contas bancárias de depósitos judiciais vinculados a
DE REVISÃO processos que tramitam na Justiça estadual não cabe ao respectivo Tribunal de Justiça, pois o recebimento e a gestão
dos referidos depósitos judiciais têm natureza administrativa, não consubstanciando atividade jurisdicional?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA Afirmação retrata o entendimento adotado pelo STF na ADI 5080 (Plenário virtual, Min. Luiz Fux, sessão de 3 a 14/04/20).

68) A Constituição Federal impõe que três por cento do produto da arrecadação da União com impostos sobre renda e
ACELERADOR proventos de qualquer natureza (IR) e sobre produtos industrializados (IPI) deverá ser aplicado em programas de
DE REVISÃO financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras
de caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do
Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA Afirmação está de acordo com o art. 159, I, “c” da CF/88.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

69) Nos termos da Lei 4.320/64, a receita pública classificar-se-á nas categorias econômicas de Receitas Correntes e de
ACELERADOR Receitas de Capital, incluindo-se dentre as primeiras as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária,
DE REVISÃO industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito
público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA O enunciado está em conformidade com o estabelecido no art. 11 da Lei 4.320/64.

ACELERADOR 70) O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação, que consiste na
DE REVISÃO verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo
crédito?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação corresponde às regras dos arts. 62 e 63 da Lei 4.320/64.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

71) De acordo com as normas de direito financeiro e da jurisprudência vinculante dos nossos Tribunais, avalie os itens a
seguir e marque a alternativa CORRETA:

a) Ingresso é sinônimo de entrada definitiva de pecúnia aos cofres públicos;

b) Classificam-se como derivadas as receitas decorrentes de fontes não tributárias, como na exploração dos bens
ACELERADOR públicos (alugueis, pedágios, etc.) e outras atividades decorrentes do direito privado (contratos, herança vacante,
DE REVISÃO doações etc.);

c) Os municípios têm direito de receber uma parte do imposto estadual cobrado sobre a propriedade de veículos
automotores (IPVA);

d) Os municípios estão obrigados a investir 15% da sua receita corrente líquida na manutenção e desenvolvimento do
ensino.

RESPOSTA CORRETA ALTERNATIVA “C”


A alternativa “a” chama de “ingresso” o que corresponde ao conceito de “receita”. Da mesma forma, a alternativa “b” usa
JUSTIFICATIVA o conceito de “receita originária” como sendo de “receita derivada”. Já, a alternativa “c” está de acordo com o previsto no
art. 158, III, da CF/88. Por fim, a alternativa “d” contraria o percentual de 25% fixado no art. 212 da CF/88.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 72) Cortes de Contas podem exercer o controle de constitucionalidade de leis e atos administrativos submetidos ao seu
DE REVISÃO crivo?

RESPOSTA INCORRETA
A afirmação contraria o entendimento adotado pelo STF no julgamento dos Mandados de segurança originários nºs 35410,
35490, 35494, 35498, 35500, 35836, 35812 e 35824 (Plenário, Min. Alexandre de Moraes, sessão de 02/04/2021 a
JUSTIFICATIVA 12/04/2021), nos quais ficou assentado que não cabe às Cortes de Contas, que não têm função jurisdicional, exercer o
controle de constitucionalidade nos processos sob sua análise, pois, caso permitido, a decisão retiraria a eficácia da lei e
acabaria impedindo que os órgãos da administração pública aplicassem aos demais casos idênticos, extrapolando os
efeitos concretos e entre as partes de suas decisões administrativas (restando afastada a Súmula 347).

ACELERADOR 73) Nos processos perante o Tribunal de Contas da União devem ser assegurados o contraditório e a ampla defesa
DE REVISÃO quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada
a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação está correta, pois corresponde ao enunciado da Súmula Vinculante nº 3 do STF.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

74) As contas apresentadas pelo chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo
ACELERADOR Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e
DE REVISÃO instituições da sociedade?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA Afirmação retrata o art. 49 da LC 101/00.

ACELERADOR 75) Segundo o STF, a Constituição estadual pode retirar do Tribunal de Contas do Estado e transferir para a própria
DE REVISÃO Assembleia Legislativa local a competência exclusiva para julgar contas de órgãos públicos, pois o modelo federal
desenhado para o Tribunal de Contas da União (TCU) não é de observância obrigatória nos estados?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação conflita com os arts. 71, I e II, e 75 da CF/88, bem como com o entendimento adotado pelo STF na ADI 4978
– RR (Plenário, Min. Marco Aurélio, d. 04/12/2020).
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 76) As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por nove
DE REVISÃO Conselheiros, seguindo o modelo adotado pela Constituição Federal para o Tribunal de Contas da União?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA Afirmação contraria o quantitativo de sete Conselheiros fixado no art. 75, parágrafo único, da CF/88.

77) Caso tenha sido adotado o mecanismo de ajuste fiscal previsto no art. 167-A da Constituição Federal (introduzido
ACELERADOR pela Emenda Constitucional nº 109/21) e uma vez apurado que, no período de 12 (doze) meses, a relação entre
DE REVISÃO despesas correntes e receitas correntes do município Alfa supera 95% (noventa e cinco por cento), fica vedada ao poder
público municipal, dentre outras, a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA Afirmação corresponde à regra do art. 167-A, X, da CF/88.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 78) Os pareceres prévios dos Tribunais de Contas dos Estados sobre as contas dos Prefeitos só deixará se prevalecer por
DE REVISÃO decisão de três quintos dos membros da Câmara Municipal?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação contraria o quórum de 2/3 estipulado no §2º do art. 31 da CF/88.

ACELERADOR 79) Falhas no cumprimento das obrigações inerentes à Lei de Responsabilidade Fiscal pela Câmara de Vereadores
DE REVISÃO atingem o Executivo do mesmo Município?

RESPOSTA INCORRETA
A afirmação contraria o entendimento adotado pelo STF no julgamento do TEMA 743 sob o rito da repercussão geral (RE
JUSTIFICATIVA 770149, Plenário, Min. Edson Fachin, j. 05/08/2020), no qual ficou assentado que: "É possível ao município obter certidão
positiva de débitos com efeito de negativa quando a câmara municipal do mesmo ente possui débitos com a fazenda
nacional, tendo em conta o princípio da intranscendência subjetiva das sanções financeiras”.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

80) Lúcio, Presidente da Câmara de Vereadores do município Alfa:

a) excepcionalmente, diante da inexistência de instituições financeiras oficiais no município, poderá manter as disponibilidades de
caixa do Legislativo local, oriundas dos repasses de duodécimos feitos pelo setor financeiro do Município, no Banco Bradesco, já
que única instituição bancária ali instalada e em funcionamento;
ACELERADOR
b) não poderá gastar mais que 80% (oitenta por cento) da receita do Poder Legislativo local com folha de pagamento, já incluído o
DE REVISÃO gasto com subsídio dos Vereadores;

c) não poderá iniciar a construção da nova sede da Câmara de Vereadores, projetada para ser executada em 2 (dois) exercícios,
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de incorrer em crime;

d) não precisa respeitar as regras da Lei Complementar 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal), pois, tratando-se de lei federal, ela
não tem aplicação nos municípios.

RESPOSTA ALTERNATIVA CORRETA “C”


A alternativa “a” contraria o art. 164, §3º, da CF/88, o qual não permite exceções acerca da necessidade das
disponibilidades de caixa da União, Estados, Distrito Federal e Municípios ficarem depositadas no banco central (caso da
JUSTIFICATIVA União) e em instituições financeiras oficiais, isto é, bancos públicos, nos demais casos. A alternativa “b” conflita com o
limite fixado no art. 29-A, §1º, da CF/88 (70%). Já a alternativa “c” respeita a vedação imposta no §1º do art. 167 da
CF/88. Por fim, a alternativa “d” ignora a regra do art. 1º, §2º, da LC 101/00 c/c art. 24, I, da CF/88.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

81) Carlos, recentemente empossado Prefeito do município Alfa, além de zelar pela sustentabilidade da dívida do município,
observando os níveis de compatibilidade dos resultados fiscais com a trajetória da dívida e da trajetória de convergência do
montante da dívida com os limites definidos em legislação, conforme regras previstas em lei complementar, também deve:

a) repassar o duodécimo da Câmara de Vereadores até o dia 20 de cada mês;


ACELERADOR
DE REVISÃO
b) pode gastar, no máximo, 50% da receita corrente líquida do Município com despesas de pessoal do Executivo;

c) não está obrigado a manter Sistema de Controle Interno na Prefeitura;

d) está obrigado a prestar contas perante o Tribunal de Contas local, que vem composto por 9 (nove) Conselheiros.

RESPOSTA ALTERNATIVA CORRETA “A”


A alternativa “a” está de acordo com a regra do art. 168 da CF/88. Já a alternativa “b” contraria a regra do art. 20, III, “b”,
da LC 101/01 (limite do Executivo é de 54%). Igualmente, a alternativa “c” confronta a obrigação estabelecida no art. 74
JUSTIFICATIVA da CF/88. E, por fim, a alternativa “d” vai de encontro com o limite de 7 (sete) Conselheiros fixado no art. 75, parágrafo
único, da CF/88.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 82) Como reforço ao Fundo de Participação dos Municípios, a Constituição Federal foi alterada para impor à União a
DE REVISÃO obrigação de repassar aos municípios brasileiros, nos meses de julho, setembro e dezembro, cotas adicionais do
produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação corresponde às alterações promovidas pelas Emendas Constitucionais nºs 55/07, 84/14 e 112/21, que
introduziram as alíneas “d”, “e” e “f” no inciso I do art. 159 da CF/88.

ACELERADOR 83) Os benefícios fiscais concedidos pela União em relação ao IPI e ao IR devem ser considerados no cálculo do valor a
DE REVISÃO ser repartido com Estados em Municípios por meio dos Fundos Constitucionais (CF/88, art. 159)?

RESPOSTA CORRETA
A afirmação segue o entendimento adotado pelo STF no julgamento da ACO 637 – ES (Plenário, Min. Alexandre de
Moraes, d. 11/02/2021), na qual ficou assentado que os valores destinados a programas oficiais de incentivos fiscais
JUSTIFICATIVA (ligados ao IPI e IR) criados pela União (PIN, PROTERRA etc.) devem integrar a base de cálculo do FPE e FPM (CF/88, art.
159), tendo em vista que, mesmo que indiretamente, foram arrecadados pela União e destinados a fundo específico, não
podendo refletir negativamente nos repasses aos demais entes federados.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 84) A Desvinculação das Receitas da União (DRU – art. 76 do ADCT) configura burla ao sistema federativo de partilha de
DE REVISÃO receitas tributárias e, por isso, os Estados-membros e o DF têm direito de partilhar 20% do valor desvinculado pela
União das receitas obtidas com contribuições sociais?

RESPOSTA INCORRETA
A afirmação contraria o entendimento adotado pelo STF no julgamento da ADPF 523 – DF (Plenário, Min. Rosa Weber, d.
08/02/2021), na qual ficou assentado que, ao contrário do exigido pelo art. 154, I, da CF, a DRU não foi instituída pelo
JUSTIFICATIVA legislador complementar, e sim pelo próprio poder constituinte derivado, que não está sujeito aos mesmos limites
impostos ao legislador infraconstitucional, bem como as contribuições sociais têm fato gerador e base de cálculo
discriminados na CF/88; motivos pelos quais, não incide a regra da competência tributária residual, não gerando direito
aos estados-membros e ao df partilhar 20% do valor desvinculado pela união.

ACELERADOR 85) Segundo recente decisão vinculante do STF, a cessão de crédito alimentício objeto de precatório implica na perda do
DE REVISÃO tratamento preferencial estabelecido no art. 100 da Constituição Federal?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação vai de encontro ao entendimento firmado no RE 631537 (Min. Marco Aurélio, Plenário, j. 22/05/20), julgado
sob o rito da repercussão geral (TEMA 361), segundo o qual: "A cessão de crédito alimentício não implica a alteração da
natureza”.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

86) Segundo entendimento recente do STF, após a edição da Emenda Constitucional nº 62/09 (que deu nova redação ao
ACELERADOR art. 100 da CF/88), passou a ser expressamente assegurada a incidência de juros de mora sobre os débitos da Fazenda
DE REVISÃO Pública, sempre a contar da respectiva expedição dos precatórios e até que ocorram os efetivos depósitos dos valores por
ela devidos?

RESPOSTA INCORRETA
A afirmação choca com o decidido no TEMA 1.037 (Repercussão Geral - RE 1169289 - Min. Alexandre de Moraes - j.
JUSTIFICATIVA 15/06/20): "O enunciado da Súmula Vinculante 17 não foi afetado pela superveniência da Emenda Constitucional
62/2009, de modo que não incidem juros de mora no período de que trata o parágrafo 5º do artigo 100 da Constituição.
Havendo o inadimplemento pelo ente público devedor, a fluência dos juros inicia-se após o 'período de graça“.

ACELERADOR 87) Por lei própria, os estados e os municípios podem fixar teto de pagamento de seus débitos judiciais por meio de
DE REVISÃO requisições de pequeno valores (RPVs), ainda que vigore, no âmbito da União, a quantia diversa?

RESPOSTA CORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação segue a regra do §4º do art. 100 da CF/88.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 88) É inconstitucional o bloqueio ou sequestro de verba pública, por decisões judiciais, pertencente a empresas estatais
DE REVISÃO prestadoras de serviços públicos em regime não concorrencial e sem intuito lucrativo primário, pois a jurisprudência do
STF tem reconhecido a elas o direito ao regime constitucional de precatórios?

RESPOSTA CORRETA
A afirmação segue o entendimento adotado pelo STF na ADPF 616/BA (Plenário, Min. Roberto Barroso, julgamento virtual
JUSTIFICATIVA finalizado em 21/05/2021), na qual o governador da Bahia questionava decisões da Justiça Estadual, Federal e do Trabalho
que negaram à Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) a aplicação do regime de execução por meio de
precatório aos débitos judiciais.

ACELERADOR 89) Os honorários advocatícios constituem crédito único e indivisível, de modo que o fracionamento da execução de
DE REVISÃO honorários advocatícios sucumbenciais fixados em ação coletiva contra a Fazenda Pública, proporcionalmente às
execuções individuais de cada beneficiário, viola vedação constitucional?

RESPOSTA CORRETA
A afirmação segue o entendimento vinculante adotado pelo STF quando do julgamento do TEMA 1.142 sob o rito da
JUSTIFICATIVA repercussão geral (RE 1309081 – MA, Plenário, Min. Luis Fux, d. 07/05/2021), que teve por base o §8º do art. 100 da CF/88
(“É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de valor pago, bem como o fracionamento,
repartição ou quebra do valor da execução para fins de enquadramento de parcela do total ao que dispõe o § 3º deste
artigo.”).
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO (TEORIA e INFORMATIVOS):

ACELERADOR 90) Por envolver matéria constitucional, cabe interpor recurso extraordinário contra decisão proferida pelo Presidente
DE REVISÃO de Tribunal que, no processamento de precatórios, não respeita a ordem de preferência fixada no art. 100 da
Constituição Federal?

RESPOSTA INCORRETA
JUSTIFICATIVA A afirmação está incorreta, pois a Súmula 733 do STF assegura que “Não cabe recurso extraordinário contra decisão
proferida no processamento de precatórios”.

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