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CAMPUS BACABAL
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E FILOSOFIA
CURSO DE DIREITO BACHARELADO
BACABAL - MA
2023
ROBERTO SANTOS DA SILVA
BACABAL - MA
2023
“UBERIZAÇÃO”: VÍNCULO EMPREGATÍCIO OU TRABALHO
AUTÔNOMO?
1 INTRODUÇÃO
De um lado, alguns advogam que esse modelo deve ser tratado como um
vínculo empregatício normal, do qual derivaria a aplicação das normas trabalhistas para
a sua regulação. Fundamentam-se, para tanto, na ideia de que existe nesse modelo uma
subordinação real, além dos outros requisitos da relação de emprego. O outro
entendimento é de que as normas trabalhistas não poderiam ser aplicadas a esse modelo,
de modo que não se deveria reconhecer qualquer vínculo empregatício, por não haver
subordinação jurídica ou controle por parte da empresa – não há, por exemplo, obrigação
de mínimo de horas trabalhadas, sob pena de sanções disciplinares, etc.
Assim, a referida Turma do TST, entendeu que a CLT, no seu artigo 2°, o
qual classifica o empregador como aquele que “admite, assalaria e dirige a prestação
pessoal de serviço” e no seu artigo 3°, que menciona a “dependência” do empregado em
relação ao empregador deve abranger perfeitamente a situação do motorista do Uber.
Desta forma, firmou-se o entendimento de que há, por parte da Uber, um controle dos
meios produtivos e que, a despeito de ser uma modalidade nova de prestação de serviços
favorecida pela tecnologia, não se poderia classificar a empresa como propriamente de
tecnologia, mas sim como uma empresa de transporte que se utiliza de plataforma digital.