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O perfil das pessoas que trabalham por aplicativo é de jovens que vivem em periferias, não
tem uma renda econômica favorável e para muitos é o primeiro emprego. Dessa forma, a
remuneração desses serviços de aplicativo acaba sendo uma complementação na renda,
mas para muitos é a sua única fonte de sustento, transformando em uma válvula de escape.
No âmbito jurídico, talvez o caminho não seja reconhecer o vínculo empregatício nos
moldes da CLT, pois essas relações discutem os quatro elementos que estão no artigo
terceiro da CLT: continuidade, onerosidade, pessoalidade e subordinação, em que este
último é o principal motivo de debates sobre se o trabalhador é subordinado ou autônomo.
Porém, não exclui o fato de que trata-se de uma relação precarizada que necessita de uma
regulamentação específica para que haja elementos mínimos civilizatórios e de dignidade
nas condições de trabalho. Pois esses trabalhadores não têm direito a férias, décimo
terceiro e carteira assinada, portanto, precisam de amparos de uma legislação trabalhista
que dê mais segurança e estabilidade para eles
Muitos trabalhadores preferem ser autônomos, mas no sentido literal da palavra e não um
mero subordinado iludido que segue ordem de um algoritmo de aplicativo.