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Atividade extraclasse – Direito do trabalho III

1- Por que as despedidas coletivas não se equiparam às despedidas individuais de


trabalhadores?

R: Motivo este de as despedidas coletivas não se equiparar às despedidas individuais, é


a exigência de negociação coletiva prévia.
2- De acordo com o posicionamento majoritário do TST, antes da aprovação da Lei
13.467/17, quais seriam os requisitos para uma dispensa coletiva ser válida?

R: Os requisitos para a dispensa coletiva ser válida deve ser precedido de negociação
coletiva, por intermédio de decisão da Seção de Dissídios Coletivos do TST, submetido
a relatoria do Ministro Maurício Godinho Delgado.

3- Por que, para o autor Maurício de Melo Teixeira Branco, a tese de que “todos os
trabalhadores teriam o mesmo direito a ser dispensados sob um único
procedimento, independente da modalidade” é uma estranha hipótese de isonomia
in pejus, para justificar o comando do art. 477-A da CLT?

R: Na visão de Maurício de Melo, a isonomia no sentido material, ela traz uma


segurança para a parte hipossuficiente da relação. Com isso, é os sindicatos que tem
força normativa para colocar a parte hipossuficiente em um “pé” de igualdade com as
empresas, pois, ela tem força normativa. Então gera uma controvérsia grande quando
eles usam a isonomia como argumento para tirar os sindicatos do “jogo”. Fazendo com
ele chegue a conclusão de que “é uma estranha hipótese de isonomia in pejus”.

4- Segundo o autor, por que os deveres de socialidade e boa-fé, oriundos do Direito


Civil, podem ser invocados para restringir a dispensa coletiva de trabalhadores?

R: Na visão dele, não existe relação jurídica privada sem que tenha o dever da ética e a
sociabilidade nos contratos. Certo disso, ele diz mais, a sociabilidade está prevista no
anteprojeto, ainda se realiza no direito positivo pelo meio da probidade e boa-fé
objetiva. Sendo assim, cabe ainda na visão dele que o Código Civil tenha uma análise
interpretativa, mesmo que as relações privadas tenham autonomia, a despeito elas estam
sob um ordenamento jurídico e deve seguir a função social do direito.

5- Na sua opinião, a dispensa coletiva deve ser regida por meio de negociações
coletivas? Fundamente sua resposta.
R: No meu entendimento e conhecimento adquirido ao longo do curso, vejo que a
dispensa coletiva deve sim ser regida por negociação coletiva. Tendo em vista que, é
uma forma de trazer a isonomia para dentro da relação de hipossuficiência, pois, haveria
grande número de dispensas coletivas por se tratar de uma questão em que não teria
proteção normativa, ferindo direitos e deveres. A despeito ainda do retrocesso no nosso
ordenamento jurídico, pois nos princípios de direito do trabalho temos a norma mais
favorável ao trabalhador, o que de certa forma estaria ferindo ele e o retrocesso que
nada beneficia a sociabilidade e sim a parte empresária da relação.

6- A dispensa em massa de trabalhadores, pelas empresas, muitas vezes pode ser


motivada na redução de custos com relações empregatícias. O objetivo é a
substituição dos empregados dispensados por trabalhadores nominados
“autônomos”. Isso vem sendo concretizado via contratos ajustados com
plataformas digitais que ofertam serviços. Os trabalhadores se vinculam às
plataformas e se dispõem a prestar serviços que são solicitados pelo antigo
empregador. A plataforma digital torna-se uma intermediária de mão de obra e
cobra um percentual sobre o serviço prestado pelo trabalhador sem assumir
qualquer ônus de uma relação de emprego. Exemplo disso é vislumbrado na
plataforma Amazon Mechanical Turk. Os “Turkers” (trabalhadores da MTurk)
prestam serviços, intermediados pela plataforma, da seguinte forma: os solicitantes
(pessoa física ou jurídica), por meio da plataforma MTurk, oferecem uma tarefa e
estabelecem uma retribuição. Os solicitantes podem ser empresas que demitem
seus funcionários e passam a fazer uso de trabalhadores que se vinculam a uma
plataforma digital para ter oportunidade de labor. Assim, os tomadores de serviços
afastam possíveis vínculos empregatícios, já que ajustam suas necessidades com a
empresa-plataforma e não com os prestadores de serviços. Os solicitantes dos
serviços têm a prerrogativa de fixar condições de aceitação, de modo que os
trabalhadores que não atendam a essas condições sejam recusados. O preço
oferecido pela tarefa não é negociável. Ademais, a Amazon, proprietária da
plataforma, permite ao solicitante rejeitar a tarefa, sem obrigação alguma de
pagar o trabalhador e nem de desenvolver a tarefa executada. E, ainda, sem ter
que justificar o motivo da rejeição. Os solicitantes podem avaliar os trabalhadores,
sendo esta informação pública para os demais solicitantes. Por outro lado, a
plataforma não permite que os trabalhadores, que a ela se vinculam, avaliem os
solicitantes. A Amazon também tem a faculdade de bloquear o acesso do
trabalhador impedindo que ele realize os serviços ofertados pelos solicitantes.
Todas essas condições, incluindo a de que os trabalhadores se autodeclaram
autônomos, e não empregados da Amazon ou de nenhuma outra empresa, devem
ser aceitas previamente, pelo trabalhador, antes de acessar a plataforma. O preço
mínimo que a Amazon paga por tarefa é de um centavo... Qual seria a função dos
instrumentos coletivamente negociados para essas situações e como poderiam ser
normas jurídicas eficazes para coibir a precarização das condições de trabalho?

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