Você está na página 1de 57

Direito

Administrativo

Questões
Comentadas RAPHAEL P. S. TAKENAKA
AUTOR
Conteúdo:
Agentes públicos; R I B U IÇÃO
!
Atos administrativos; D I S TR A T U I T A
G
Serviços públicos;
Improbidade administrativa;
Intervenção do Estado na propriedade;
Licitações e contratos administrativos;
Poderes administrativos;
Responsabilidade civil do Estado;
E muito mais!
50
QUESTÕES
COMENTADAS
PARA
CONCURSO
Caminho_jurídico
PREFÁCIO

Olá, pessoal! Aqui é o Raphael Takenaka, criador do instagram


@caminho_jurídico. É com alegria e enorme satisfação estar aqui com vocês
para divulgar este PDF de “QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO
ADMINISTRATIVO”. Ao todo são 50 (CINQUENTA) QUESTÕES
comentadas por mim que abordam os assuntos mais cobrados nas provas,
novidades provenientes dos informativos do STF e do STJ, bem como sobre
inovações legislativas.
Assim que obtive a graduação, na Universidade Federal de Uberlândia
(UFU), em Direito, trabalhei por 3 (três) anos no cargo efetivo em que fui
nomeado de Analista de Direito no Poder Executivo da cidade em que moro.
Atualmente ocupo um cargo em comissão de Assessor Especial de Gabinete nessa
mesma cidade. Sou, portanto, concursado e ainda concurseiro, estando em plena
jornada de estudos em busca de outros objetivos/propósitos.
Sempre tive o interesse em ensinar outras pessoas e passar para frente
aquilo que aprendi e que tenho convicção de que possa ser útil para alguém
disposto a aprender. Este PDF visa, dessa forma, concretizar esse interesse.
O material foi pensado para aquelas pessoas que estudam Direito
Administrativo e que procuram um conteúdo objetivo, claro e de fácil
entendimento, não obstante, à primeira vista, a matéria possa parecer difícil de se
compreender ou de se assimilar. Serve também como um método de revisão de
várias matérias que são abordadas ao longo do PDF.
Ao longo do material você encontrará, conforme já dito, 50
(CINQUENTA) QUESTÕES comentadas por mim.
Ademais, gostaria de deixar algumas observações:
▪ este material É DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA, porém protegido
por direitos autorais. Por esse motivo, peço que respeite e valorize os direitos

1
do autor. Caso identifique a violação ou reprodução indevida deste material, peço
que entrem em contato no e-mail caminho.juridico.rpst@gmail.com para serem
adotadas as medidas legalmente cabíveis.
▪ As sugestões para o aperfeiçoamento deste trabalho podem ser
encaminhadas também para o e-mail caminho.juridico.rpst@gmail.com.
Qualquer dúvida, fico à disposição. Podem me contactar por direct no
instagram. Ficarei feliz em ajudá-los.

Bons estudos!

LEMBRETE IMPORTANTE!
Para mais questões diariamente comentadas, acesse: @caminho_jurídico.

Gostou das questões comentadas neste PDF? Que tal mais 44 questões da
banca FGV (retiradas do XXXIII Exame da OAB) gratuitamente
comentadas? Faça o download clicando AQUI!

QUER TER ACESSO A 1.150 QUESTÕES COMENTADAS DE


CONCURSOS PÚBLICOS? É SÓ CLICAR AQUI!

2
QUESTÃO Nº 1

Servidor público municipal de cargo efetivo que se aposenta


voluntariamente pelo RGPS (Município não possui regime próprio) tem direito
de ser reintegrado no cargo, uma vez que é possível cumular proventos de
aposentadoria do RGPS com os vencimentos do cargo público efetivo do
Município.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Argumentos do STF:

Aposentadoria implica em VACÂNCIA do cargo público, ou seja, o


servidor é retirado dos quadros da Administração Pública.

A vacância IMPEDE, portanto, a REINTEGRAÇÃO.

A volta ao cargo público só pode se dar mediante a realização de NOVO


CONCURSO PÚBLICO.

Mesmo que permitida a reintegração, a cumulação de proventos de


aposentadoria com vencimentos de cargo só é permitida PARA CARGOS
ACUMULÁVEIS NA ATIVIDADE.

3
STF, ARE 1234192 AgR/PR e ARE 1250903 AgR/PR, rel. orig. Min.
Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, 1ª Turma, julgamento
em 16.6.2020. Informativo 982.

GABARITO: ERRADO!

QUESTÃO Nº 2

O acordo firmado entre a Administração Pública e pessoa do setor privado


com o objetivo de implantação ou gestão de serviços públicos, com eventual
execução de obras ou fornecimento de bens, mediante financiamento do
contratado, contraprestação pecuniária do Poder Público e compartilhamento dos
riscos e dos ganhos entre os pactuantes, é denominado contrato de parceria
público-privada.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

A definição proposta no enunciado da presente questão em tudo se afina ao


instituto das parcerias público-privadas, regulado pela Lei nº 11.079/04. O
conceito adotado no enunciado, inclusive, é exatamente aquele proposto na obra
de José dos Santos Carvalho Filho:

“Dentro dos objetivos da lei, pode o contrato de concessão especial sob


regime de parceria público-privada ser conceituado como o acordo firmado entre
a Administração Pública e pessoa do setor privado com o objetivo de implantação
ou gestão de serviços públicos, com eventual execução de obras ou fornecimento

4
de bens, mediante financiamento do contratado, contraprestação pecuniária do
Poder Público e compartilhamento dos riscos e dos ganhos entre os pactuantes.”

GABARITO: CERTO!

QUESTÃO Nº 3

A concessão de serviço público será realizada mediante contrato


administrativo, submetido à licitação pública, na modalidade de concorrência,
devendo essa ser precedida de audiência pública, dependendo do valor do
certame.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Lei nº 8.987/95, art. 2º Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se: [...]
II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder
concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa
jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu
desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado; [...]

Lei nº 8.666/93, art. 39. Sempre que o valor estimado para uma licitação
ou para um conjunto de licitações simultâneas ou sucessivas for superior a 100
vezes o limite previsto no art. 23, inciso I, alínea "c" desta Lei [100 * 3.300.000,00
= 330.000.000,00], o processo licitatório será iniciado, obrigatoriamente, com
uma audiência pública concedida pela autoridade responsável com antecedência
mínima de 15 dias úteis da data prevista para a publicação do edital, e divulgada,

5
com a antecedência mínima de 10 dias úteis de sua realização, pelos mesmos
meios previstos para a publicidade da licitação, à qual terão acesso e direito a
todas as informações pertinentes e a se manifestar todos os interessados. [...]

Lembrando que recentemente, com a nova lei de licitações e contratos


administrativos, houve uma alteração no art. 2º, II, da Lei nº 8.987/1995:

Art. 2º Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se: [...] II - concessão


de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente,
mediante licitação, na modalidade concorrência ou diálogo competitivo, a
pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu
desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado; (Redação dada pela
Lei nº 14.133/2021) [...]

GABARITO: CERTO!

QUESTÃO Nº 4

Um contrato de concessão patrocinada, regido pela Lei nº 11.079/04,


agregou ao dever de ampliação e exploração de modal de transporte ferroviário a
obrigação de desapropriação das áreas necessárias ao prolongamento das linhas.
Essa disposição contratual que atribuiu as desapropriações para o parceiro
privado,

(A) não encontra respaldo legal, tendo em vista que a Lei nº 11.079/04 não
trouxe dispositivo expresso autorizando a delegação dessa competência, não
sendo autorizado conferir interpretação extensiva ao disposto sobre esse ponto no
DL nº 3.365/41, bem como na Lei nº 8.987/95.

6
(B) é inconstitucional, pois é inerente às PPPs a repartição de riscos, de
modo que atrelar essa obrigação integralmente ao parceiro privado desnatura
aquele instituto, transmutando-o para concessão comum.

(C) é plenamente válida, havendo dispositivo na Lei nº 11.079/04 que


remete ao regime da Lei nº 8.987/95 no que concerne à delegação de
competências para promover as desapropriações.

(D) é legal e válida, pois encontra fundamento na aplicação subsidiária da


Lei nº 8.666/93, que trata das aquisições de bens pela AP, o que é passível de
delegação ao particular via contrato.

(E) dependeria de autorização legal específica para a delegação da


competência, em razão da gravidade e do poder de império que estão contidos
nessa decisão.

RESPOSTA:

Lei nº 11.079/04, art. 3º, § 1º As concessões patrocinadas regem-se por esta


Lei, aplicando-se-lhes subsidiariamente o disposto na Lei nº 8.987/95, e nas
leis que lhe são correlatas.

Lei nº 8.987/95, art. 29. Incumbe ao poder concedente: [...] VIII - declarar
de utilidade pública os bens necessários à execução do serviço ou obra pública,
promovendo as desapropriações, diretamente OU MEDIANTE OUTORGA
DE PODERES À CONCESSIONÁRIA, caso em que será desta a
responsabilidade pelas indenizações cabíveis; [...]

7
Lei nº 8.987/95, art. 31. Incumbe à concessionária: [...] VI - promover as
desapropriações e constituir servidões autorizadas pelo poder concedente,
conforme previsto no edital e no contrato; [...]

GABARITO: LETRA C!

QUESTÃO Nº 5

Quanto às parcerias público-privadas em sentido estrito, é correto afirmar


que a contratação de parcerias público-privadas será precedida de licitação
devendo o contrato ser adjudicado à empresa ou ao consórcio de empresas que se
sagrou vencedor do certame, vedado que o objeto da parceria seja cometido a
pessoa jurídica distinta dos adjudicatários.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

O contrato não será firmado com a empresa vencedora ou com o consórcio


de empresas vencedoras, mas sim com a sociedade de propósito específico
(nova pessoa jurídica formada).

Lei nº 11.079/04, art. 9º Antes da celebração do contrato, deverá ser


constituída sociedade de propósito específico, incumbida de implantar e gerir o
objeto da parceria. [...]

8
Segundo o disposto no art. 9º da Lei nº 11.079/04, antes da celebração do
contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico, incumbida
de implantar e gerir o objeto da parceria. Ou seja, o objeto do contrato é cometido
a pessoa jurídica distinta dos adjudicatários, pois declarado o vencedor da
licitação este deve criar a sociedade de propósito específico para que esta nova
pessoa jurídica firme o contrato com a Administração Pública.

GABARITO: ERRADO!

QUESTÃO Nº 6

A prestação de serviços públicos por delegação é realizada por


concessionários ou permissionários, após procedimento licitatório, podendo
ocorrer em relação a serviços públicos uti singuli e uti universi.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Os serviços públicos uti universi (gerais ou coletivos) são os serviços


prestados à coletividade em geral, sem identificação individual dos usuários, o
que inviabiliza a possibilidade de determinar a parcela do serviço usufruída por
cada pessoa. Considerados serviços indivisíveis, o seu custeio deve ser feito, em
regra, por imposto.

Já os serviços públicos uti singuli (individuais ou singulares) são os


serviços prestados a usuários determinados, sendo possível mensurar a sua

9
utilização por cada um deles. Nesse caso, a remuneração pode ser feita por taxa
(regime tributário) ou por tarifa (regime contratual).

A prestação de serviços públicos indireta por delegação no caso de


concessionários ou permissionários apenas pode ocorrer em relação a serviços
públicos uti singuli, nos quais é possível mensurar a utilização por parte de cada
um dos usuários.

GABARITO: ERRADO!

QUESTÃO Nº 7

Embora a inadimplência do usuário seja causa de interrupção da prestação


de serviço, mediante aviso prévio, segundo a jurisprudência, é vedada a suspensão
do fornecimento do serviço em razão de débitos pretéritos, já que o corte
pressupõe o inadimplemento de conta atual, relativa ao mês do consumo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Segundo o STJ, “não é lícito à concessionária interromper o fornecimento


do serviço em razão de débito pretérito; o corte de água ou energia pressupõe o
inadimplemento de dívida atual, relativa ao mês do consumo, sendo inviável a
suspensão do abastecimento em razão de débitos antigos” (AgRg no AREsp
392.024/RJ, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, 1ª Turma, julgado em
25/02/2014, DJe 10/03/2014).

10
GABARITO: CERTO!

QUESTÃO Nº 8

A caducidade da concessão pode ser declarada quando o serviço estiver


sendo prestado de forma inadequada ou ineficiente, a critério do poder
concedente.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Lei nº 8.987/95, art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato


acarretará, a critério do poder concedente, a declaração de CADUCIDADE da
concessão ou a aplicação das sanções contratuais, respeitadas as disposições deste
artigo, do art. 27, e as normas convencionadas entre as partes. § 1º A caducidade
da concessão poderá ser declarada pelo poder concedente quando: I - o serviço
estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, TENDO POR
BASE AS NORMAS, CRITÉRIOS, INDICADORES E PARÂMETROS
DEFINIDORES DA QUALIDADE DO SERVIÇO; [...]

GABARITO: ERRADO!

QUESTÃO Nº 9

A encampação, caracterizada pela retomada do serviço público pelo poder


concedente durante o prazo da concessão, é condicionada à existência de lei
autorizadora específica e ao pagamento de indenização ao concessionário.

11
( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Lei nº 8.987/95, art. 37. Considera-se ENCAMPAÇÃO a retomada do


serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de
interesse público, mediante LEI AUTORIZATIVA ESPECÍFICA e após
prévio pagamento da INDENIZAÇÃO, na forma do artigo anterior.

GABARITO: CERTO!

QUESTÃO Nº 10

A Lei nº 11.079/04, instituiu normas gerais para a contratação da chamada


“parceria público-privada” no âmbito do Poder Público. Esse tipo de contrato
administrativo de concessão pode ser feito nas seguintes modalidades:

(A) Patrocinada, quando envolver, além do recebimento da tarifa cobrada


dos usuários do serviço público, o pagamento de contraprestação do parceiro
privado ao parceiro público.

(B) Administrativa, quando a própria Administração Pública seja a usuária


direta ou indireta da prestação dos serviços, ainda que envolva a execução de
obras ou a instalação de bens.

(C) Comum, quando não envolver o pagamento de contraprestação


pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

12
(D) Especial, quando o serviço público não é sujeito ao pagamento de
tarifa.

RESPOSTA:

Lei nº 11.079/04, art. 2º Parceria público-privada é o contrato


administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa.

§ 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras


públicas de que trata a Lei nº 8.987/95, quando envolver, adicionalmente à tarifa
cobrada dos usuários contraprestação pecuniária DO PARCEIRO PÚBLICO ao
parceiro privado.

§ 2º Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de


que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva
execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.

§ 3º NÃO CONSTITUI parceria público-privada a CONCESSÃO


COMUM, assim entendida a concessão de serviços públicos ou de obras públicas
de que trata a Lei nº 8.987/95, quando não envolver contraprestação pecuniária
do parceiro público ao parceiro privado. [...]

Concessão especial é outra denominação da parceria público-privada; é


gênero da qual são espécies a concessão patrocinada e a concessão administrativa.
Ocorre que a PPP poderá ou não estar sujeita ao pagamento de tarifa pelo usuário;
haverá pagamento de tarifa na concessão patrocinada, ao passo que não haverá
tarifa na concessão administrativa.

13
GABARITO: LETRA B!

QUESTÃO Nº 11

Conforme o entendimento do STF, salvo situações excepcionais,


devidamente comprovadas, o implemento de transporte público coletivo
pressupõe prévia licitação.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

É o entendimento do STF em Repercussão Geral!!

STF, Repercussão Geral, RE 1.001.104, rel. Marco Aurélio, Plenário,


Sessão Virtual de 8.5.2020 a 14.5.2020, DJE de 15 a 19 de junho de 2020.
Informativo 982.

Mas CUIDADO:

CF/88, art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou


sob regime de concessão ou permissão, SEMPRE através de licitação, a
prestação de serviços públicos. [...]

Portanto, embora contraditórias, as 2 (duas) assertivas estão corretas: o


enunciado da questão é entendimento do próprio STF exarado em sede de
repercussão geral e o artigo citado supra está na própria CF/88.

14
GABARITO: CERTO!

QUESTÃO Nº 12

O Estado responde subsidiariamente por danos materiais causados a


candidatos em concurso público organizado por pessoa jurídica de direito privado
(art. 37, § 6º, da CRFB/88), quando os exames são cancelados por indícios de
fraude.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Esse foi o entendimento do STF em sede de Repercussão Geral:

O Estado responde subsidiariamente por danos materiais causados a


candidatos em concurso público organizado por pessoa jurídica de direito privado
(art. 37, § 6º, da CRFB/88), quando os exames são cancelados por indícios de
fraude. STF, Repercussão Geral, RE 662.405, rel. Min. Luiz Fux, Plenário,
Sessão Virtual de 19.6.2020 a 26.6.2020, DJE de 10 a 14 de agosto de 2020.
Informativo 986.

A pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público responde


de forma PRIMÁRIA e OBJETIVA por danos causados a 3ºs, visto possuir
personalidade jurídica, patrimônio e capacidade próprios.

15
O cancelamento de provas de concurso público em virtude de indícios de
fraude gera a responsabilidade DIRETA da entidade privada organizadora do
certame de restituir aos candidatos as despesas com taxa de inscrição e
deslocamento para cidades diversas daquelas em que mantenham domicílio. Ao
Estado, cabe somente a responsabilidade SUBSIDIÁRIA, no caso de a
instituição organizadora do certame se tornar insolvente.

Referente ao concurso público para provimento de cargos na Polícia


Rodoviária Federal - PRF (Edital nº 1/2007).

GABARITO: CERTO!

QUESTÃO Nº 13

O estagiário que atua no serviço público, ainda que transitoriamente,


remunerado ou não, está sujeito a responsabilização por ato de improbidade
administrativa (Lei nº 8.429/92).

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Esse é o entendimento do STJ:

O ESTAGIÁRIO que atua no serviço público, ainda que transitoriamente,


remunerado ou não, ESTÁ SUJEITO a responsabilização por ato de
improbidade administrativa (Lei nº 8.429/92). STJ, REsp 1.352.035-RS, Rel.

16
Min. Herman Benjamin, 2ª Turma, julgado em 18/8/2015, DJe 8/9/2015.
Informativo 568.

De fato, o conceito de agente público, constante dos arts. 2º e 3º da Lei nº


8.429/92 (LIA), abrange não apenas os servidores públicos, mas todo aquele que
exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função na AP.

Assim, o estagiário, que atua no serviço público, enquadra-se no conceito


legal de agente público preconizado pela Lei nº 8.429/92.

Ademais, as disposições desse diploma legal são aplicáveis também àquele


que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato
de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma, direta ou indireta. Isso
porque o objetivo da LIA não é apenas punir, mas também afastar do serviço
público os que praticam atos incompatíveis com o exercício da função pública.

GABARITO: CERTO!

QUESTÃO Nº 14

É possível o ajuizamento de ação de improbidade administrativa


exclusivamente em face de particular, sem a concomitante presença de agente
público no polo passivo da demanda.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:
17
Segue o entendimento do STJ:

NÃO É POSSÍVEL o ajuizamento de ação de improbidade administrativa


EXCLUSIVAMENTE em face de particular, sem a concomitante presença de
agente público no polo passivo da demanda. STJ, REsp 1.171.017-PA, Rel. Min.
Sérgio Kukina, 1ª Turma, julgado em 25/2/2014. Informativo 535.

De início, ressalta-se que os particulares estão sujeitos aos ditames da Lei


nº 8.429/92 (LIA), não sendo, portanto, o conceito de sujeito ativo do ato de
improbidade restrito aos agentes públicos. Entretanto, analisando-se o art. 3º da
LIA, observa-se que o particular será incurso nas sanções decorrentes do ato
ímprobo nas seguintes circunstâncias: a) INDUZIR, ou seja, incutir no agente
público o estado mental tendente à prática do ilícito; b) CONCORRER
juntamente com o agente público para a prática do ato; e c) QUANDO SE
BENEFICIAR, direta ou indiretamente do ato ilícito praticado pelo agente
público.

Diante disso, é INVIÁVEL o manejo da ação civil de improbidade


exclusivamente contra o particular.

GABARITO: ERRADO!

QUESTÃO Nº 15 (DESATUALIZADA)

A sentença em ação de improbidade administrativa não está sujeita ao


reexame necessário.

18
( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Veja o entendimento do STJ sobre o assunto:

A sentença que concluir (1) pela carência ou (2) pela improcedência de


ação de improbidade administrativa ESTÁ SUJEITA ao reexame necessário,
com base na aplicação subsidiária do art. 475 do CPC/73 [art. 496, NCPC] e por
aplicação analógica da 1ª parte do art. 19 da Lei nº 4.717/65. STJ, EREsp
1.220.667-MG, Rel. Min. Herman Benjamin, 1ª Seção, por unanimidade, julgado
em 24/5/2017, DJe 30/6/2017. Informativo 607.

GABARITO: ERRADO!

Atualização (em 30/12/2021)!

A questão hoje estaria certa, pelo menos para os casos de sentença de


improcedência ou de extinção sem resolução de mérito, veja:

Lei nº 8.429/1992, art. 17, § 19. Não se aplicam na ação de improbidade


administrativa: (Incluído pela Lei nº 14.230/2021) [...] IV - o reexame
obrigatório da sentença de improcedência ou de extinção sem resolução de
mérito. (Incluído pela Lei nº 14.230/2021)

QUESTÃO Nº 16

19
O elemento subjetivo, necessário à configuração de improbidade
administrativa censurada nos termos do art. 11 da Lei nº 8.429/92 [atos que
atentam contra os princípios da Administração Pública], é o dolo genérico de
realizar conduta que atente contra os princípios da Administração Pública, não se
exigindo a presença de dolo específico.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Veja o entendimento do STJ desde 2011 sobre o assunto:

O elemento subjetivo, necessário à configuração de improbidade


administrativa censurada nos termos do art. 11 da Lei nº 8.429/92, é o DOLO
GENÉRICO de realizar conduta que atente contra os princípios da
Administração Pública, NÃO SE EXIGINDO a presença de dolo específico
(REsp 951.389/SC, Rel. Ministro Herman Benjamin, 1ª Seção, DJe 04/05/2011).

GABARITO: CERTO!

QUESTÃO Nº 17 (ATUALIZADO)

Para que haja condenação por ato de improbidade administrativa que


importe em enriquecimento ilícito (art. 9º da Lei nº 8.429/92) é imprescindível
que tenha havido dano ao erário.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:
20
Veja o entendimento do STJ sobre o assunto:

AINDA QUE NÃO HAJA DANO AO ERÁRIO, É POSSÍVEL A


CONDENAÇÃO por ato de improbidade administrativa que importe
enriquecimento ilícito (art. 9º da Lei nº 8.429/92), excluindo-se, contudo, a
possibilidade de aplicação da pena de ressarcimento ao erário. STJ, REsp
1.412.214-PR, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. para acórdão Min.
Benedito Gonçalves, 1ª Turma, julgado em 8/3/2016, DJe 28/3/2016. Informativo
580.

Isso porque, comprovada a ilegalidade na conduta do agente, bem como a


presença do dolo indispensável à configuração do ato de improbidade
administrativa, a ausência de dano ao patrimônio público exclui tão-somente a
possibilidade de condenação na pena de ressarcimento ao erário. As demais
penalidades são, em tese, compatíveis com os atos de improbidade tipificados no
art. 9º da LIA.

GABARITO: ERRADO!

Atualização (em 30/12/2021)!

Veja que o art. 21, I, da Lei nº 8.429/1992, corrobora com o fundamento


acima:

Lei nº 8.429/1992, art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei
independe: I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo

21
quanto à pena de ressarcimento e às condutas previstas no art. 10 desta Lei;
(Redação dada pela Lei nº 14.230/2021) [...]

QUESTÃO Nº 18

A tortura de preso custodiado em delegacia praticada por policial constitui


ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
Administração Pública.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Veja o entendimento do STJ sobre o assunto:

A tortura de preso custodiado em delegacia praticada por policial constitui


ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
Administração Pública. STJ, REsp 1.177.910-SE, Rel. Ministro Herman
Benjamin, 1ª Seção, julgado em 26/8/2015, DJe 17/2/2016. Informativo 577.

Atentado à vida e à liberdade individual de particulares, praticado por


agentes públicos armados - incluindo tortura, prisão ilegal e "justiciamento" -,
afora repercussões nas esferas penal, civil e disciplinar, PODE configurar
improbidade administrativa, porque, além de atingir a pessoa-vítima, alcança,
simultaneamente, interesses caros à Administração Pública em geral, às
instituições de segurança pública em especial, e ao próprio Estado Democrático
de Direito.

22
GABARITO: CERTO!

QUESTÃO Nº 19

A condenação pela Justiça Eleitoral ao pagamento de multa por


infringência às disposições contidas na Lei nº 9.504/97 (Lei das Eleições) não
impede a imposição de nenhuma das sanções previstas na Lei nº 8.429/92 (Lei de
Improbidade Administrativa), inclusive da multa civil, pelo ato de improbidade
decorrente da mesma conduta.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Veja o entendimento do STJ sobre o assunto:

A condenação pela Justiça Eleitoral ao pagamento de multa por


infringência às disposições contidas na Lei nº 9.504/97 (Lei das Eleições) NÃO
IMPEDE a imposição de nenhuma das sanções previstas na Lei nº 8.429/92
(LIA), inclusive da multa civil, pelo ato de improbidade decorrente da MESMA
CONDUTA. STJ, AgRg no AREsp 606.352-SP, Rel. Min. Assusete Magalhães,
2ª Turma, julgado em 15/12/2015, DJe 10/2/2016. Informativo 576.

Lei nº 8.429/92, art. 12. INDEPENDENTEMENTE das sanções penais,


civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo
ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas
isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (Redação dada
pela Lei nº 12.120/09). [...]

23
Por expressa disposição legal (art. 12 da LIA), as penalidades impostas pela
prática de ato de improbidade administrativa INDEPENDEM das demais
sanções penais, civis e administrativas previstas em legislação específica.

Desse modo, o fato de o agente ímprobo ter sido condenado pela Justiça
Eleitoral ao pagamento de multa por infringência às disposições contidas na Lei
das Eleições NÃO IMPEDE sua condenação em quaisquer das sanções previstas
na LIA, não havendo falar em bis in idem.

GABARITO: CERTO!

QUESTÃO Nº 20 (ATUALIZADO)

Para a configuração dos atos de improbidade administrativa que atentam


contra os princípios da Administração Pública (art. 11 da Lei nº 8.429/92), é
dispensável a comprovação de efetivo prejuízo aos cofres públicos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Veja o entendimento do STJ sobre o assunto:

Para a configuração dos atos de improbidade administrativa que atentam


contra os princípios da Administração Pública (art. 11 da Lei nº 8.429/92), é
DISPENSÁVEL a comprovação de efetivo prejuízo aos cofres públicos. STJ,

24
REsp 1.192.758-MG, Rel. originário Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. para
acórdão Min. Sérgio Kukina, 1ª Turma, julgado em 4/9/2014. Informativo 547.

De fato, o art. 21, I, da Lei nº 8.429/92 DISPENSA a ocorrência de efetivo


dano ao patrimônio público como condição de aplicação das sanções por ato de
improbidade, salvo quanto à pena de ressarcimento.

Lei nº 8.429/92, art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei
INDEPENDE: I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo
quanto à pena de ressarcimento; (Redação dada pela Lei nº 12.120/09). [...]

GABARITO: CERTO!

Atualização (em 30/12/2021)!

Veja que o art. 11, § 4º, da Lei nº 8.429/1992, corrobora com o fundamento
acima:

Lei nº 8.429/1992, art. 11, § 4º Os atos de improbidade de que trata este


artigo exigem lesividade relevante ao bem jurídico tutelado para serem passíveis
de sancionamento e independem do reconhecimento da produção de danos ao
erário e de enriquecimento ilícito dos agentes públicos. (Incluído pela Lei nº
14.230/2021)

QUESTÃO Nº 21

25
O princípio da proteção da confiança legítima não autoriza a manutenção
em cargo público de servidor público empossado por força de decisão judicial de
caráter provisório posteriormente revista, ainda que decorridos mais de 5 anos da
investidura no cargo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Esse é o entendimento do STF:

A posse ou o exercício em cargo público por força de decisão judicial de


caráter provisório não implica a manutenção, em definitivo, do candidato que não
atende a exigência de prévia aprovação em concurso público (CF, art. 37, II),
valor constitucional que prepondera sobre o interesse individual do candidato,
que não pode invocar, na hipótese, o princípio da proteção da confiança legítima,
pois conhece a precariedade da medida judicial. STF, Repercussão Geral, RE
608482/RN, rel. Min. Teori Zavascki, Plenário, 7.8.2014. Informativo 753.

GABARITO: CERTO!

QUESTÃO Nº 22

É possível a desistência da desapropriação.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

26
A jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido de que É POSSÍVEL a
desistência da desapropriação, a qualquer tempo, mesmo após o trânsito em
julgado, DESDE QUE ainda não tenha havido o pagamento integral do preço e
o imóvel possa ser devolvido sem alteração substancial que impeça que seja
utilizado como antes.

O raciocínio é o de que, se a desapropriação se faz por utilidade pública ou


interesse social, uma vez que o imóvel já não se mostre indispensável para o
atingimento dessas finalidades, deve ser, em regra, possível a desistência da
desapropriação, com a ressalva do direito do atingido à ação de perdas e danos.

STJ, REsp 1.368.773-MS, Rel. Min. Og Fernandes, Rel. para acórdão Min.
Herman Benjamin, por maioria, 2ª Turma, julgado em 6/12/2016, DJe 2/2/2017.
Informativo 596.

GABARITO: CERTO!

QUESTÃO Nº 23

Ambos os cônjuges serão necessariamente citados na ação de


desapropriação por utilidade pública, por se tratar de ação que versa sobre direito
real imobiliário.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

27
Na ação de desapropriação por utilidade pública, a citação do proprietário
do imóvel desapropriado DISPENSA a do respectivo cônjuge. STJ, REsp
1.404.085-CE, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª Turma, julgado em 5/8/2014.
Informativo 547.

Isso porque o art. 16 do DL nº 3.365/41 (Lei das Desapropriações) dispõe


que a "citação far-se-á por mandado na pessoa do proprietário dos bens; a do
marido DISPENSA a da mulher".

Ressalte-se que, apesar de o art. 10, § 1º, I, do CPC [art. 73, § 1º, I, NCPC]
dispor que "ambos os cônjuges serão necessariamente citados para as ações que
versem sobre direitos reais imobiliários", o art. 42 do referido DL preconiza que
o CPC somente incidirá no que for omissa a Lei das Desapropriações.

Assim, havendo previsão expressa quanto à matéria, não se aplica a norma


geral.

GABARITO: ERRADO!

QUESTÃO Nº 24

As atribuições dos cargos em comissão devem estar descritas, de forma


clara e objetiva, na lei que os instituir ou em ato normativo secundário, sendo
imprescindível a descrição transparente das funções de chefia, direção ou
assessoramento, uma vez que a descrição obscura ou vaga traduz ofensa direta
aos comandos constitucionais.

( ) CERTO ( ) ERRADO

28
RESPOSTA:

A questão erra ao aduzir que as atribuições dos cargos em comissão podem


estar descritas em ato normativo secundário.

Veja o entendimento do STF em sede de repercussão geral sobre o tema:

a) A criação de cargos em comissão somente se justifica para o exercício


de funções de DIREÇÃO, CHEFIA e ASSESSORAMENTO, não se prestando
ao desempenho de atividades burocráticas, técnicas ou operacionais;

b) tal criação deve pressupor a necessária RELAÇÃO DE CONFIANÇA


entre a autoridade nomeante e o servidor nomeado;

c) o NÚMERO DE CARGOS comissionados criados deve guardar


PROPORCIONALIDADE com a necessidade que eles visam suprir e com o
número de servidores ocupantes de cargos efetivos no ente federativo que os criar;
e

d) as ATRIBUIÇÕES dos cargos em comissão DEVEM ESTAR


DESCRITAS, de forma clara e objetiva, na própria LEI que os instituir.

STF, Repercussão Geral, RE 1.041.210/SP, rel. Min. Dias Toffoli,


Plenário, julgado em 27/09/2018, DJE 22/05/2019.

GABARITO: ERRADO!

29
QUESTÃO Nº 25

Suponha que determinado Vereador cometeu ato de improbidade


administrativa no 1º mandato e, posteriormente, tenha sido reeleito. A pena de
suspensão dos direitos políticos porventura a ser imposta por ato de improbidade
administrativa refere-se ao ato de improbidade cometido em mandato anterior,
razão pela qual não poderia atingir o mandato atual.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

A pena de suspensão dos direitos políticos por ato de improbidade


administrativa alcança QUALQUER mandato eletivo que esteja sendo
ocupado à época do trânsito em julgado da condenação. STJ, REsp 1.813.255-
SP, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª Turma, por unanimidade, julgado em
03/03/2020, DJe 04/09/2020. Informativo 678.

Considerando que o pleno exercício dos direitos políticos é pressuposto


para o exercício da atividade parlamentar, determinada a suspensão de tais
direitos, é evidente que essa suspensão alcança QUALQUER mandato eletivo
que esteja sendo ocupado à época do trânsito em julgado da sentença
condenatória.

É descabido, portanto, restringir a aludida suspensão ao mandato que serviu


de instrumento para a prática da conduta ilícita. Nessa linha já decidiu o STF (AP
396 QO, Relatora Min. Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, DJe 04/10/2013).

30
GABARITO: ERRADO!

QUESTÃO Nº 26

O Estado responde objetivamente por danos decorrentes de crime praticado


por pessoa foragida do sistema prisional, independente se demonstrado nexo
causal direto entre o momento da fuga e a conduta praticada.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Nos termos do art. 37, § 6º, da CF, NÃO SE CARACTERIZA a


responsabilidade civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime
praticado por pessoa foragida do sistema prisional, quando NÃO
DEMONSTRADO o nexo causal direto entre o momento da fuga e a conduta
praticada. STF, Repercussão Geral, RE 608.880/MT, rel. Min. Marco Aurélio,
Redator do Acórdão Min. Alexandre de Moraes, Plenário, Sessão Virtual de
28.8.2020 a 4.9.2020, DJE de 28 de setembro a 2 de outubro de 2020. Informativo
993.

A fuga de presidiário e o cometimento de crime, sem qualquer relação


lógica com sua evasão, extirpa o elemento normativo, segundo o qual a
responsabilidade civil só se estabelece em relação aos efeitos diretos e imediatos
causados pela conduta do agente. Nesse cenário, em que não há causalidade direta
para fins de atribuição de responsabilidade civil extracontratual do Poder Público,
NÃO SE APRESENTAM os requisitos necessários para a imputação da

31
responsabilidade objetiva prevista na CF - em especial, como já citado, por
AUSÊNCIA DO NEXO CAUSAL.

GABARITO: ERRADO!

QUESTÃO Nº 27

Em relação ao exercício do poder de polícia, os atos de consentimento, de


fiscalização e de aplicação de sanções podem ser delegados a estatais que possam
ter um regime jurídico próximo daquele aplicável à Fazenda Pública.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

O STJ, ao desdobrar o ciclo de polícia, entende que somente os atos


relativos ao CONSENTIMENTO e à FISCALIZAÇÃO são delegáveis, pois
aqueles referentes à LEGISLAÇÃO e à SANÇÃO derivam do poder de coerção
do Poder Público. Segundo a TEORIA DO CICLO DE POLÍCIA, o atributo
da coercibilidade é identificado na fase de sanção de polícia e caracteriza-se pela
aptidão que o ato de polícia possui de criar unilateralmente uma obrigação a ser
adimplida pelo seu destinatário.

Apesar da substancialidade da tese, verifica-se que, em relação às estatais


prestadoras de serviço público de atuação própria do Estado e em regime de
monopólio, NÃO HÁ RAZÃO para o afastamento do atributo da
COERCIBILIDADE inerente ao exercício do poder de polícia, sob pena de
esvaziamento da finalidade para a qual aquelas entidades foram criadas.

32
Cumpre ressaltar a ÚNICA FASE do ciclo de polícia que, por sua natureza,
é ABSOLUTAMENTE INDELEGÁVEL: a ORDEM DE POLÍCIA, ou seja,
a FUNÇÃO LEGISLATIVA. A competência legislativa é restrita aos entes
públicos previstos na CR, sendo vedada sua delegação, fora das hipóteses
expressamente autorizadas no tecido constitucional, a pessoas jurídicas de direito
privado.

Em suma, os atos de CONSENTIMENTO, de FISCALIZAÇÃO e de


aplicação de SANÇÕES PODEM ser delegados a estatais que possam ter um
regime jurídico próximo daquele aplicável à FP.

Na espécie, cuida-se de RE contra acórdão do STJ o qual prestigiou a tese


de que somente os atos relativos ao CONSENTIMENTO e à FISCALIZAÇÃO
seriam delegáveis.

STF, Repercussão Geral, RE 633782/MG, rel. min. Luiz Fux, Plenário,


julgamento virtual finalizado em 23.10.2020. Informativo 996.

GABARITO: CERTO!

QUESTÃO Nº 28

É inconstitucional a fixação de critério de desempate em concursos


públicos que favoreça candidatos que pertencem ao serviço público de um
determinado ente federativo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

33
RESPOSTA:

É INCONSTITUCIONAL a fixação de critério de desempate em


concursos públicos que favoreça candidatos que pertencem ao serviço público de
um determinado ente federativo. STF, ADI 5358/PA, rel. Min. Roberto Barroso,
Plenário, julgamento virtual finalizado em 27.11.2020. Informativo 1000.

O art. 37, I e II, da CF assegura ampla acessibilidade aos cargos e empregos


públicos a todos os brasileiros que preencham os requisitos legais, por meio de
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, realizado
de acordo com a natureza e complexidade do cargo ou emprego, ressalvada a
hipótese de nomeação para cargo em comissão de livre nomeação e exoneração.

A regra de acessibilidade a cargos e empregos públicos prevista no


dispositivo visa conferir efetividade aos princípios constitucionais da
ISONOMIA e da IMPESSOALIDADE, de modo que a imposição legal de
critérios de distinção entre os candidatos é admitida tão somente quando
acompanhada da devida justificativa em razões de interesse público e/ou em
decorrência da natureza e das atribuições do cargo ou emprego a ser
preenchido. No ponto, o STF já decidiu que é INCONSTITUCIONAL o ato
normativo que estabelece critérios de discriminação entre os candidatos de forma
arbitrária ou desproporcional.

GABARITO: CERTO!

QUESTÃO Nº 29

34
É inconstitucional, por denotar sanção de caráter perpétuo, o § único do art.
137 da Lei nº 8.112/1990, o qual dispõe que não poderá retornar ao serviço
público federal o servidor que tiver sido demitido ou destituído do cargo em
comissão por infringência do art. 132, I (crimes contra a administração pública),
IV (atos de improbidade), VIII (aplicação irregular de recursos públicos), X
(lesão aos cofres públicos) e XI (corrupção), da referida lei.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

É INCONSTITUCIONAL, por denotar sanção de caráter perpétuo, o §


único do art. 137 da Lei nº 8.112/1990, o qual dispõe que não poderá retornar ao
serviço público federal o servidor que tiver sido demitido ou destituído do cargo
em comissão por infringência do art. 132, I (crimes contra a AP), IV (atos de
improbidade), VIII (aplicação irregular de recursos públicos), X (lesão aos cofres
públicos) e XI (corrupção), da referida lei. STF, ADI 2975, rel. Min. Gilmar
Mendes, Plenário, julgamento virtual finalizado em 4.12.2020. Informativo 1001.

O conteúdo da norma impugnada viola o art. 5º, XLVII, b, da CF1 ao impor


pena de caráter perpétuo.

É importante ressaltar que, embora a norma constitucional encontre-se


estabelecida enquanto garantia à aplicação de sanções penais, viável sua extensão
às sanções administrativas, em razão do vínculo existente entre essas 2 esferas do
poder sancionatório estatal.

1
Art. 5º, XLVII - não haverá penas: [...] b) de caráter perpétuo; [...]

35
Critério razoável para a delimitação constitucional da atividade punitiva é
a impossibilidade da imposição de sanções administrativas mais graves que
as penas aplicadas pela prática de crimes, já que os conceitos de
subsidiariedade e da intervenção penal mínima corroboram a afirmação de que o
ilícito administrativo seria um minus em relação às infrações penais. É nesse
sentido que se conclui que a norma constante do art. 5º, XLVII, b, da CF
também se aplica às sanções administrativas.

GABARITO: CERTO!

QUESTÃO Nº 30

É compatível com a CF norma de Constituição estadual que disponha sobre


nova hipótese de foro por prerrogativa de função, em especial relativo a ações
destinadas a processar e julgar atos de improbidade administrativa.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

É INCOMPATÍVEL com a CF norma de CE que disponha sobre nova


hipótese de FPF, em especial relativo a ações destinadas a processar e julgar atos
de improbidade administrativa. STF, ADI 4870/ES, rel. Min. Dias Toffoli,
Plenário, julgamento virtual finalizado em 14.12.2020. Informativo 1002.

O regramento referente ao FPF encontra-se plenamente disciplinado


na CF, inclusive, para os âmbitos estadual e municipal, não comportando
qualquer tipo de ampliação. Em outros termos, considera-se que a disciplina

36
sobre a prerrogativa de foro encontra-se exaurida no âmbito da CF, não havendo
espaço para o exercício da autonomia dos estados nessa esfera.

Além disso, o constituinte derivado decorrente DEVE observar mínima


equivalência com o modelo federal existente - seja se atendo ao que está previsto
na CF, seja legislando por simetria. Cabe lembrar que em nenhum momento a
CF cogita de FPF para o julgamento de autoridades processadas por ato de
improbidade administrativa, sendo este um claro limite à competência dos
estados para disporem sobre o tema em suas constituições.

Ademais, conforme precedente da Corte sobre o tema, não é possível


extrair da CF/1988 a possibilidade de instituir FPF para os processos de natureza
cível, notadamente os de improbidade administrativa.

GABARITO: ERRADO!

QUESTÃO Nº 31

O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido


na posse e não na inscrição para o concurso público. Trata-se de jurisprudência
sumulada do Supremo Tribunal Federal em matéria de concurso público e
acessibilidade a cargos públicos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

37
Súmula nº 266 do STJ: O diploma ou habilitação legal para o exercício do
cargo deve ser exigido na POSSE e não na INSCRIÇÃO para o concurso público.

Trata-se de jurisprudência sumulada pelo STJ e não pelo STF.

Essa questão foi cobrada para o cargo de Auditor - Conselheiro Substituto


do TCE-MG em 2018 pela banca FUNDEP.

GABARITO: ERRADO!

QUESTÃO Nº 32

O ato de revogação não pode ser praticado por autoridade que se encontre
fora da linha hierárquica na qual foi expedido o ato a ser revogado.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Doutrina de Celso Antônio: O agente que revoga tanto pode ser aquele que
produziu o ato quanto autoridade superior no exercício do Poder Hierárquico.
Pode ocorrer, ainda, eventualmente, que a lei confira a autoridade fora da linha
hierárquica competência revogatória incidente sobre situações que em princípio
estariam na alçada de outras. Assim, se a lei estabelecer que a AP, através de
algum órgão, possa revogar ato de autarquia, evidentemente não haverá que
contestar tal poder, inobstante a autarquia seja outra pessoa jurídica e, portanto,
fora da linha hierárquica, porque submetida apenas a controle.

38
GABARITO: ERRADO!

QUESTÃO Nº 33

Os Tribunais de Contas estão sujeitos ao prazo de 5 anos para o julgamento


da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão, a
contar da chegada do processo à respectiva Corte de Contas.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Os Tribunais de Contas estão sujeitos ao prazo de 5 anos para o julgamento


da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão, a
contar da chegada do processo à respectiva Corte de Contas. STJ, REsp
1.506.932/PR, Rel. Min. Auro Campbell Marques, 2ª Turma, por unanimidade,
julgado em 02.03.2021. Informativo 687.

A controvérsia cinge-se à saber se é possível aplicação de prazo


decadencial para que a Corte de Contas da União analise aposentadoria de
servidor público, ato necessário à perfectibilização da concessão do benefício
previdenciário.

Em decisão anteriormente proferida, a 2ª Turma do STJ consignou,


considerando a jurisprudência firme do STJ, no sentido de que, por se tratar de
ATO COMPLEXO, a aposentadoria de servidor público só se completa com a
análise pelo TCU e, portanto, não corre prazo decadencial entre a concessão pelo
órgão e a decisão final proferida pelo TCU.

39
No entanto, o STF, em julgamento realizado sob a sistemática da
REPERCUSSÃO GERAL, pacificou o entendimento de que, em atenção aos
princípios da segurança jurídica e da confiança legítima, os Tribunais de Contas
estão sujeitos ao prazo de 5 anos para o julgamento da legalidade do ato de
concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão, a contar da chegada
do processo à respectiva Corte de Contas (Tema 445, RE 636.553/RS).

GABARITO: CERTO!

QUESTÃO Nº 34

O regime de licitação e contratação previsto na Lei nº 8.666/1993 é


inaplicável às sociedades de economia mista que explorem atividade econômica
própria das empresas privadas.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

O regime de licitação e contratação previsto na Lei nº 8.666/1993 é


INAPLICÁVEL às SEMs que explorem atividade econômica própria das
empresas privadas, concorrendo, portanto, no mercado. STF, RE 441280/RS,
relator Min. Dias Tofolli, Plenário, julgamento virtual finalizado em 6.3.2021.
Informativo 1008.

40
Com efeito, não é possível conciliar o regime previsto na Lei nº 8.666/1993
com a agilidade própria desse tipo de mercado que é movido por intensa
concorrência entre as empresas que nele atuam.

No caso concreto, a Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras) disputa espaço


livremente, no mercado em que atua, aí incluída a luta entre concorrentes, em
condições parelhas com as empresas privadas. Por isso, não se há de exigir que
fique subordinada aos rígidos limites da licitação da lei especial destinada aos
serviços públicos, em sentido ampliado, sob pena de criar-se um grave obstáculo
ao normal desempenho de suas atividades comerciais.

GABARITO: CERTO!

QUESTÃO Nº 35

Assinale certo ou errado de acordo com a Lei nº 14.133/2021 (nova lei de


licitações e contratos administrativos). Contratação semi-integrada: regime de
contratação de obras e serviços de engenharia em que o contratado é responsável
por elaborar e desenvolver os projetos básico e executivo, executar obras e
serviços de engenharia, fornecer bens ou prestar serviços especiais e realizar
montagem, teste, pré-operação e as demais operações necessárias e suficientes
para a entrega final do objeto.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Nova Lei de licitações e contratos administrativos!

41
Repare bem na diferença: Lei nº 14.133/2021, art. 6º Para os fins desta Lei,
consideram-se: [...] XXXII - contratação INTEGRADA: regime de contratação
de obras e serviços de engenharia em que o contratado é responsável por elaborar
e desenvolver os PROJETOS BÁSICO E EXECUTIVO, executar obras e
serviços de engenharia, fornecer bens ou prestar serviços especiais e realizar
montagem, teste, pré-operação e as demais operações necessárias e suficientes
para a entrega final do objeto; XXXIII - contratação SEMI-INTEGRADA:
regime de contratação de obras e serviços de engenharia em que o contratado é
responsável por elaborar e desenvolver o PROJETO EXECUTIVO, executar
obras e serviços de engenharia, fornecer bens ou prestar serviços especiais e
realizar montagem, teste, pré-operação e as demais operações necessárias e
suficientes para a entrega final do objeto; [...]

GABARITO: ERRADO!

QUESTÃO Nº 36

Até 2 (dois) anos após a publicação oficial da nova Lei de Licitações e


Contratos Administrativos (Lei nº 14.133/2021), a Administração poderá optar
por licitar ou contratar diretamente de acordo com a Lei nº 14.133/2021 ou de
acordo com as Leis nºs 8.666/1993, 10.520/2002, e arts. 1º a 47-A da Lei nº
12.462/2011, e a opção escolhida deverá ser indicada expressamente no edital ou
no aviso ou instrumento de contratação direta, permitida a aplicação combinada
das referidas leis.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:
42
Nova Lei de licitações e contratos administrativos!

Veja o que diz a Lei:

Lei nº 14.133/2021, art. 193. REVOGAM-SE: [...] II - a Lei nº 8.666, de


21 de junho de 1993, a Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, e os arts. 1º a
47-A da Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011, após decorridos 2 (dois) anos da
publicação oficial desta Lei.

Lei nº 14.133/2021, art. 191. Até o decurso do prazo de que trata o inciso
II do caput do art. 193, a Administração PODERÁ optar por licitar ou contratar
diretamente de acordo com esta Lei ou de acordo com as leis citadas no referido
inciso, e a opção escolhida DEVERÁ SER INDICADA EXPRESSAMENTE
no edital ou no aviso ou instrumento de contratação direta, VEDADA (!) a
aplicação combinada desta Lei com as citadas no referido inciso. [...]

GABARITO: ERRADO!

QUESTÃO Nº 37

Se as autoridades competentes e os servidores públicos que tiverem


participado dos procedimentos relacionados às licitações e aos contratos de que
trata a nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei nº 14.133/2021)
precisarem defender-se nas esferas administrativa, controladora ou judicial em
razão de ato praticado com estrita observância de orientação constante em parecer
jurídico elaborado na forma da Lei nº 14.133/2021, a advocacia pública
promoverá, a critério do agente público, sua representação judicial ou

43
extrajudicial. Aplica-se essa disposição inclusive na hipótese de o agente público
não mais ocupar o cargo, emprego ou função em que foi praticado o ato
questionado.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Nova Lei de licitações e contratos administrativos!

Veja o que diz a Lei:

Lei nº 14.133/2021, art. 10. Se as autoridades competentes e os servidores


públicos que tiverem participado dos procedimentos relacionados às licitações e
aos contratos de que trata esta Lei precisarem defender-se nas esferas
administrativa, controladora ou judicial em razão de ato praticado com estrita
observância de orientação constante em parecer jurídico elaborado na forma do §
1º do art. 53 desta Lei, a advocacia pública promoverá, a critério do agente
público, sua representação judicial ou extrajudicial. [...] § 2º APLICA-SE o
disposto no caput deste artigo INCLUSIVE na hipótese de o agente público não
mais ocupar o cargo, emprego ou função em que foi praticado o ato questionado.

GABARITO: CERTO!

QUESTÃO Nº 38

De acordo com a Lei nº 14.133/2021, os itens de consumo adquiridos para


suprir as demandas das estruturas da Administração Pública deverão ser de

44
qualidade comum, não superior à necessária para cumprir as finalidades às quais
se destinam, vedada a aquisição de artigos de luxo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Nova Lei de licitações e contratos administrativos!

Veja o que diz a Lei:

Lei nº 14.133/2021, art. 20. Os itens de consumo adquiridos para suprir as


demandas das estruturas da Administração Pública DEVERÃO ser de qualidade
comum, não superior à necessária para cumprir as finalidades às quais se
destinam, VEDADA a aquisição de artigos de luxo.

GABARITO: CERTO!

QUESTÃO Nº 39

De acordo com a Lei nº 14.133/2021, são modalidades de licitação o


pregão, a concorrência, o concurso, o leilão e o diálogo competitivo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Nova Lei de licitações e contratos administrativos!

45
Veja o que diz a Lei:

Lei nº 14.133/2021, art. 28. São modalidades de licitação: I - pregão; II -


concorrência; III - concurso; IV - leilão; V - diálogo competitivo. [...]

GABARITO: CERTO!

QUESTÃO Nº 40

Conforme dispõe a Lei nº 14.133/2021, o planejamento de compras deverá


considerar a expectativa de consumo anual e observar o atendimento ao princípio
do parcelamento, considerada a compatibilidade de especificações estéticas,
técnicas ou de desempenho.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Nova Lei de licitações e contratos administrativos!

Veja o que diz a Lei:

Lei nº 14.133/2021, art. 40. O planejamento de compras deverá considerar


a expectativa de consumo anual e observar o seguinte: [...] V - atendimento aos
princípios: a) da PADRONIZAÇÃO, considerada a compatibilidade de
especificações estéticas, técnicas ou de desempenho; b) do PARCELAMENTO,
quando for tecnicamente viável e economicamente vantajoso; c) da

46
RESPONSABILIDADE FISCAL, mediante a comparação da despesa estimada
com a prevista no orçamento. [...]

GABARITO: ERRADO!

QUESTÃO Nº 41

Conforme a Lei nº 14.133/2021, é vedada a realização de obras e serviços


de engenharia sem projeto executivo, sem ressalvas.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Nova Lei de licitações e contratos administrativos!

Veja o que diz a Lei nº 14.133/2021:

Art. 46, § 1º É VEDADA a realização de obras e serviços de engenharia


sem projeto EXECUTIVO, ressalvada a hipótese prevista no § 3º do art. 18 desta
Lei.

Art. 18, § 3º Em se tratando de estudo técnico preliminar para contratação


de OBRAS E SERVIÇOS COMUNS DE ENGENHARIA, se demonstrada a
inexistência de prejuízo para a aferição dos padrões de desempenho e qualidade
almejados, a especificação do objeto poderá ser realizada apenas em termo de
referência ou em projeto básico, DISPENSADA a elaboração de projetos.

47
GABARITO: ERRADO!

QUESTÃO Nº 42

De acordo com a Lei nº 14.133/2021, na licitação de serviços de


manutenção e assistência técnica, o edital deverá definir o local de realização dos
serviços, admitida a exigência de deslocamento de técnico ao local da repartição
ou a exigência de que o contratado tenha unidade de prestação de serviços em
distância compatível com as necessidades da Administração.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Nova Lei de licitações e contratos administrativos!

Veja o que diz a Lei:

Lei nº 14.133/2021, art. 47, § 2º Na licitação de serviços de manutenção e


assistência técnica, o edital DEVERÁ definir o local de realização dos serviços,
ADMITIDA a exigência de deslocamento de técnico ao local da repartição ou a
exigência de que o contratado tenha unidade de prestação de serviços em distância
compatível com as necessidades da Administração.

GABARITO: CERTO!

QUESTÃO Nº 43

48
De acordo com a Lei nº 14.133/2021, a Administração poderá, mediante
justificativa expressa, contratar mais de uma empresa ou instituição para executar
o mesmo serviço.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Nova Lei de licitações e contratos administrativos!

Veja o que diz a Lei:

Lei nº 14.133/2021, art. 49. A Administração PODERÁ, mediante


justificativa expressa, CONTRATAR MAIS DE UMA empresa ou instituição
para executar o mesmo serviço, DESDE QUE essa contratação não implique
perda de economia de escala, quando: I - o objeto da contratação puder ser
executado de forma concorrente e simultânea por mais de um contratado; e II - a
múltipla execução for conveniente para atender à Administração. Parágrafo
único. Na hipótese prevista no caput deste artigo, a Administração DEVERÁ
manter o CONTROLE INDIVIDUALIZADO da execução do objeto contratual
relativamente a cada um dos contratados.

GABARITO: CERTO!

QUESTÃO Nº 44

Observados os termos da Lei nº 14.133/2021, o edital não poderá prever


condições de habilitação, classificação e julgamento que constituam barreiras de

49
acesso ao licitante estrangeiro, vedada a previsão de margem de preferência para
bens produzidos no País e serviços nacionais.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Nova Lei de licitações e contratos administrativos!

Veja o que diz a Lei nº 14.133/2021:

Art. 52, § 6º Observados os termos desta Lei, o edital NÃO PODERÁ


prever condições de habilitação, classificação e julgamento que constituam
barreiras de acesso ao licitante estrangeiro, ADMITIDA a previsão de margem
de preferência para bens produzidos no País e serviços nacionais que atendam às
normas técnicas brasileiras, na forma definida no art. 26 desta Lei.

Art. 26. No processo de licitação, PODERÁ ser estabelecida margem de


preferência para: I - bens manufaturados e serviços nacionais que atendam a
normas técnicas brasileiras; II - bens reciclados, recicláveis ou biodegradáveis,
conforme regulamento. [...]

GABARITO: ERRADO!

QUESTÃO Nº 45

De acordo com a Lei nº 14.133/2021, é dispensável a análise jurídica da


contratação nas hipóteses previamente definidas em ato da autoridade jurídica

50
máxima competente, que deverá considerar o baixo valor, a baixa complexidade
da contratação, a entrega imediata do bem ou a utilização de minutas de editais e
instrumentos de contrato, convênio ou outros ajustes previamente padronizados
pelo órgão de assessoramento jurídico.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Nova Lei de licitações e contratos administrativos!

Veja o que diz a Lei n° 14.133/2021:

Art. 53. Ao final da fase preparatória, o processo licitatório seguirá para o


órgão de assessoramento jurídico da Administração, que realizará CONTROLE
PRÉVIO DE LEGALIDADE mediante análise jurídica da contratação [...] § 5º
É DISPENSÁVEL a análise jurídica nas hipóteses previamente definidas em ato
da autoridade jurídica máxima competente, que deverá considerar o baixo valor,
a baixa complexidade da contratação, a entrega imediata do bem ou a utilização
de minutas de editais e instrumentos de contrato, convênio ou outros ajustes
previamente padronizados pelo órgão de assessoramento jurídico.

GABARITO: CERTO!

QUESTÃO Nº 46

De acordo com a Lei nº 14.133/2021, e independente do critério de


julgamento adotado, o modo de disputa poderá ser, isolada ou conjuntamente,

51
aberto, hipótese em que os licitantes apresentarão suas propostas por meio de
lances públicos e sucessivos, crescentes ou decrescentes, ou fechado, hipótese em
que as propostas permanecerão em sigilo até a data e hora designadas para sua
divulgação.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Nova Lei de licitações e contratos administrativos!

Veja o que diz a Lei nº 14.133/2021:

Art. 56. O modo de disputa poderá ser, isolada ou conjuntamente: I -


ABERTO, hipótese em que os licitantes apresentarão suas propostas por meio de
lances públicos e sucessivos, crescentes ou decrescentes; II - FECHADO,
hipótese em que as propostas permanecerão em sigilo até a data e hora designadas
para sua divulgação. § 1º A utilização ISOLADA do modo de disputa
FECHADO será VEDADA quando adotados os critérios de julgamento de
MENOR PREÇO ou de MAIOR DESCONTO. § 2º A utilização do modo de
disputa ABERTO será VEDADA quando adotado o critério de julgamento de
TÉCNICA E PREÇO. [...]

GABARITO: ERRADO!

QUESTÃO Nº 47

52
De acordo com a Lei nº 14.133/2021, é inexigível a licitação quando
inviável a competição, em especial nos casos de aquisição ou locação de imóvel
cujas características de instalações e de localização tornem necessária sua
escolha.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Nova Lei de licitações e contratos administrativos!

Veja o que diz a Lei nº 14.133/2021:

Art. 74. É INEXIGÍVEL a licitação quando inviável a competição, em


especial nos casos de: [...] V - aquisição ou locação de imóvel cujas
características de instalações e de localização tornem necessária sua escolha. [...]
§ 5º Nas contratações com fundamento no inciso V do caput deste artigo, devem
ser observados os seguintes REQUISITOS: I - avaliação prévia do bem, do seu
estado de conservação, dos custos de adaptações, quando imprescindíveis às
necessidades de utilização, e do prazo de amortização dos investimentos; II -
certificação da inexistência de imóveis públicos vagos e disponíveis que atendam
ao objeto; III - justificativas que demonstrem a singularidade do imóvel a ser
comprado ou locado pela Administração e que evidenciem vantagem para ela.

Note que o mesmo caso na Lei nº 8.666/1993 era hipótese de DISPENSA:


Lei nº 8.666/19993, art. 24. É DISPENSÁVEL a licitação: (Vide Lei nº
12.188/2.010) [...] X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao
atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de
instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja

53
compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia; (Redação dada
pela Lei nº 8.883/1994) [...]

GABARITO: CERTO!

QUESTÃO Nº 48

De acordo com a Lei nº 14.133/2021, a licitação que se seguir ao


procedimento técnico-administrativo da pré-qualificação poderá ser restrita a
licitantes ou bens pré-qualificados.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Nova Lei de licitações e contratos administrativos!

Veja o que diz a Lei nº 14.133/2021:

Art. 80. A PRÉ-QUALIFICAÇÃO é o procedimento técnico-


administrativo para selecionar previamente: I - LICITANTES que reúnam
condições de habilitação para participar de futura licitação ou de licitação
vinculada a programas de obras ou de serviços objetivamente definidos; II -
BENS que atendam às exigências técnicas ou de qualidade estabelecidas pela
Administração. [...] § 10. A licitação que se seguir ao procedimento da pré-
qualificação PODERÁ ser restrita a licitantes ou bens pré-qualificados.

GABARITO: CERTO!

54
QUESTÃO Nº 49

De acordo com a Lei nº 14.133/2021, a Administração poderá realizar


licitação restrita a fornecedores cadastrados no sistema de registro cadastral
unificado.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

Nova Lei de licitações e contratos administrativos!

Veja o que diz a Lei nº 14.133/2021:

Art. 87. Para os fins desta Lei, os órgãos e entidades da Administração


Pública DEVERÃO utilizar o SISTEMA DE REGISTRO CADASTRAL
UNIFICADO disponível no Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP),
para efeito de cadastro unificado de licitantes, na forma disposta em regulamento.
[...] § 3º A Administração PODERÁ realizar licitação restrita a fornecedores
cadastrados, atendidos os critérios, as condições e os limites estabelecidos em
regulamento, bem como a ampla publicidade dos procedimentos para o
cadastramento. [...]

GABARITO: CERTO!

QUESTÃO Nº 50

55
Trata-se de ato praticado pelo poder público no exercício do poder
administrativo disciplinar: suspensão de servidor público que comete falta
funcional.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESPOSTA:

PODER DISCIPLINAR (DEFINIÇÃO): Trata-se do poder-dever de


fiscalizar e aplicar sanções àqueles que, ligados por uma RELAÇÃO
ESPECIAL com o Estado, infrinjam normas administrativas, estatutárias ou
contratuais que regulam esse vínculo próprio, a exemplo do agente público que
comete irregularidades no exercício de suas funções, do particular que descumpre
os termos de um contrato administrativo com o Poder Público e do aluno de uma
escola pública que não respeita as regras da instituição.

GABARITO: CERTO!

56

Você também pode gostar