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O trabalho por conta própria, inclusive os “bicos”, atingiu 24,8 milhões de trabalhadores brasileiros. É muita gente na
informalidade ou tentando sobreviver em micro negócios sem registros nos órgãos competentes. Para se ter uma
ideia, mais de 1 milhão de pessoas aderiram ao trabalho por conta própria no segundo trimestre de 2021 em relação
ao primeiro trimestre. E a informalidade é um problema quase natural em um país economicamente fragilizado; dos
24,8 milhões de brasileiros que atuam por conta própria, apenas 23% têm CNPJ. O grupo de trabalhadores informais
engloba os empregados no setor privado sem carteira assinada, empregados domésticos sem carteira assinada,
empregador sem registro no CNPJ, trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ e trabalhador familiar
auxiliar. Por conta da pandemia, muitos profissionais que tinham carteira assinada resolveram não buscar mais
emprego, muitos deles escorados no auxílio emergencial oferecido pelo governo nesse período. [...] Tudo isso fez a
informalidade aumentar e pessoas que antes atuavam em empresas formais passaram a buscar caminhos com mais
flexibilidade. [...] Outra causa muito comum para a escolha do caminho da informalidade é a falta de preparação para
encarar o mercado de trabalho. O grupo de pessoas com nenhuma escolaridade ou apenas educação primária em
países subdesenvolvidos chega a 95% da população, o que dificulta esses trabalhadores a encontrar um trabalho
formal e os força a fazer “bicos” para sobreviver.
Disponível em: https://jc.ne10.uol.com.br/colunas/carreiras-e-mercado-de-trabalho/2021/09/13037955-p
COLETÂNEA
Texto III
“Eu recebo pouco, mas um outro colega ainda recebe menos. Então eu aceito piores condições de trabalho
porque eu ainda tenho um emprego. Chega-se ao ponto em que eu vou ter que pagar para conseguir trabalhar.” – Teresa
Moreira, pesquisadora portuguesa – documentário: “GIG – A uberização do trabalho” - 2019.
Texto V
"(...) A uberização de nossas vidas, a precariedade de nossas relações de trabalho, a ilusão da informalidade como
panaceia para o desemprego é uma realidade no mundo todo. As pessoas pensam ‘Ah, não quero patrão, eu mesmo serei
meu patrão, serei colaborador’. O patrão passa a ser um algoritmo, o controle passa a ser no celular. Dias de 14 horas de
trabalho, sem folga."
https://www.hypeness.com.br/2020/03/faxina-agendada-por-r-1990-app-suscita-debate-sobre-
precarizacao-do-trabalho/
EXEMPLOS CONCRETOS
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/07/11/entregador-de-aplicativo-tem-avc-durante-
entrega-e-morre-apos-aguardar-2-horas-por-socorro-em-sp.ghtml
EXEMPLOS CONCRETOS
https://www.extraclasse.org.br/educacao/2020/01/contratacao-uberizada-de-professores-por-aplicativo-ja-e-realidade/?fbclid=IwAR3-Nt6sNO
E05fwP3NWZ2oeJ25AJjajWlcXNPPH38017_p56h3g9auuM6fA
EXEMPLOS CONCRETOS
Pela Avenida Paulista, um homem em uma cadeira de rodas
trafega ofegante. Em seu colo, carrega uma bolsa na qual leva lanches
que recebeu em um restaurante localizado metros atrás, na mesma via.
Passam das oito da noite da sexta-feira (14). "Estou desde meio-
dia sem comer nada, meu filho. É muita correria, só dá tempo para
tomar água", diz à reportagem. Ele pausa o percurso para pegar fôlego.
Logo volta a seguir viagem.
Oliveira explica que, logo que pega um pedido, avisa que o
entregará em uma cadeira de rodas. "É porque geralmente tem cliente
que cancela por causa disso", diz.
O entregador conta que muitos não querem esperar o tempo
que ele levará para chegar. "Acham que eu vou levar a comida de
camelo", ironiza.
Enquanto atua como entregador, um dos sonhos dele é
conseguir um aparato para transformar sua cadeira de rodas em uma
espécie de triciclo.
"Esse equipamento custa de R$ 5 mil a R$ 6 mil, mas no
momento não tenho condições. Não tenho dúvidas de que isso
facilitaria a minha locomoção", pontua.
https://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/2020/02/18/oito-horas-sem-comer-so-consegui-tomar-agua-o-cadeirante-que-entrega-comidas-por-aplicativos-na-avenida-paulista.ghtml?fbclid=IwAR18Hz5MXyJ7Uzw13CeKuoeBXO5GOnMyBAimkrgiLYzkdkpzs_rVmGPUH0c
HISTÓRIA
O trabalho na Pré-História: o trabalho era a luta constante para sobreviver
O trabalho na antiguidade: não existia a noção de emprego. A relação trabalhista que existia entre as
pessoas era a relação escravizador-escravo.
O trabalho na idade média: não havia a noção de emprego. A relação trabalhista da época era a
relação senhor-servo.
O trabalho na idade moderna: Nessa época, existiam várias empresas familiares que vendiam uma
pequena produção artesanal, todos os membros da família trabalhavam juntos para vender produtos nos
mercados; não podemos falar de emprego nesse caso. Além das empresas familiares, havia oficinas
com muitos aprendizes que recebiam moradia e alimentação em troca e, ocasionalmente, alguns
trocados. É por essa época que começa a se esboçar o conceito de emprego.
O trabalho na idade contemporânea: As pessoas oferecer seu trabalho como moeda de troca. É nessa
época que a noção de emprego toma sua forma. O conceito de emprego é característico da Idade
Contemporânea.
Pierre Levy
Sociólogo, filósofo e pesquisador
O conteúdo pode ser utilizado na redação como repertório para mostrar o paradoxo da em ciência da informação e da
automatização do trabalho: ao mesmo tempo em que promove inovação tecnológica, comunicação e estuda o impacto
exclui uma parcela da população que não tem acesso a ela. da Internet na sociedade, as
humanidades digitais e o virtual.
SOCIOLOGIA
“Destruição criativa” - Schumpeter
É o conceito que explica as transformações que ocorrem no Capitalismo que, segundo Schumpeter, jamais
seria estático e está em constante evolução. O fenômeno da Destruição Criativa ocorre quando
empreendedores criam novos produtos ou novas formas de produzir que florescem causando mudanças na
economia.
SOCIOLOGIA
“Destruição criativa” - Schumpeter
A Destruição Criativa tem dois lados. Se por um lado, há inovação e mais opções para as pessoas
consumirem empreenderem, por outro lado, os indivíduos ou instituições que trabalhavam em determinada
área antes da inovação podem ficar temporariamente fora do mercado, nunca voltarem a se integrarem a
ele ou nunca mais desfrutarem da prosperidade que tinham antes. Schumpeter demonstrou com sua teoria
que a dor e o ganho do Capitalismo estão intrinsecamente ligados, pois o processo de estabelecimento de
novas indústrias varre a ordem que existia antes.
SOCIOLOGIA
“Paradoxo de Doxa” - Pierre Bourdieu
O conceito pode ser utilizado na redação como repertório para mostrar o paradoxo da
uberização do trabalho e da informalidade dele: ao mesmo tempo em que promove
inovação tecnológica e sensação de autonomia, promove uma violência simbólica em
que o homem passa a explorar a si mesmo.
FILOSOFIA
O conteúdo pode ser utilizado na redação como repertório para fundamentação das
consequências do trabalho automatizado. O proletariado digital, ao relacionar-se
apenas com a máquina, fica isento de direitos trabalhistas
HISTÓRIA
“Fordismo”
É um sistema de produção industrial criado pelo empresário norte-americano
Henry Ford, fundador da Ford Motor Company, em 1914. Esse sistema foi
utilizado em indústrias do mundo todo no século 20, principalmente entre as
décadas de 1920 e 1970. O Fordismo tinha como objetivo a produção em massa: a
capacidade de produzir mais com custos menores, a partir de um ganho de escala e
eficiência. Para isso, Ford implementou a linha de montagem, a padronização de
processos e uma série de melhorias de planejamento, que possibilitaram a
fabricação de automóveis mais acelerada e barata.
“Ludismo”
Ricky e sua família luta para pagar as contas. Por isso, ele não hesita em
aceitar a oportunidade de ter seu próprio negócio, mas sua decisão o
torna escravo do trabalho, submetendo-o à exploração ilimitada.
Introdução
I. Contextualização: livro: “Vidas secas”.
III. Tese Essa situação se deve [A1] ao aumento da taxa de desemprego no país, [A2]
o que leva a uma busca, cada vez mais frequente, por autonomia, mesmo que ainda
seja sob uma nova forma de exploração e precarização dos direitos.
PROJETO DE TEXTO
Desenvolvimento
I. Desenvolvimento 1 Diante desse cenário, é fato que o aumento da taxa de desemprego no
país é um fator que leva ao trabalho informal e, consequentemente, à precarização dos
direitos.
II. Expansão do tópico frasal: Filme: “Você não estava aqui”: por estar desempregado, Rick
aceita a oportunidade de ter seu próprio negócio, mas sua decisão o torna escravo do
trabalho, submetendo-o à exploração ilimitada.
III. Reflexão crítica: Dessa forma, a ideia de “ser patrão de si mesmo” leva a uma forte
exploração do trabalho, pois, para viver a sonhada “autonomia”, não haverá limite de
jornada. É a chamada “escravidão digital”: não há dia e noite, toda hora é hora de
trabalhar. Assim, o trabalhador vive a proletarização digital.
CONCLUSÃO ENEM