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DIEGO MANACERO BOTOSSI DOS SANTOS

ISABELA DE MELLO MARQUES DE CARVALHO


INGRID OLIVEIRA MENDES
JÉSSICA DE MELLO SILVA
LISIELY MONIQUE GALVÃO FLORES
MARIANA CAMPOS AMARAL

DEMISSÃO PESSOAL

TAUBATÉ – SP
2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................1

2. MERCADO DE TRABALHO.............................................................................2

3. DESLIGAMENTO E RECISÃO........................................................................3

4. QUALIFICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS E CARREIRA..................................4

5. RECOLOCAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO.........................................6

6. CONCLUSÃO...................................................................................................8

7.REFERÊNCIA.....................................................................................................
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1. INTRODUÇÃO
Pensando no alto índice de desemprego atualmente e a dificuldade deste
processo, o presente estudo buscou entender o impacto deste na vida
interpessoal dos indivíduos e como o mesmo se recolocará no mercado de
trabalho, já que nos dias de hoje é exigido um empregado ativo na empresa,
que esteja em constante aprendizado, enquanto aquele que não busca sempre
se aperfeiçoar estará sempre em risco. Assim, se o processo de demissão não
for bem elaborado pelo empregado pode trazer danos em sua recolocação.
(ALBERTON, MALIZAN, GIROTTO, 2019).
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2. MERCADO DE TRABALHO
O mercado de trabalho é um organismo dinâmico que funciona com base
nas características políticas, econômicas e sociais, que acabam gerando
influência nas dinâmicas de funcionamento da relação empregador e
empregado. O mercado é baseado em oferta e demanda, por vezes temos a
oferta em abundância que gera uma grande movimentação no mercado de
trabalho, pois faz com que os trabalhadores escolham e até mesmo mudem
para cargos de seu maior interesse, enquanto que em situações de maior
demanda, as pessoas aceitam cargos de menor interesse, pois a quantidade
de vagas é pouca e a de candidatos é grande. As relações do mercado de
trabalho são dinâmicas e podem ter ambas situações ao mesmo tempo. Nos
dias de hoje com a globalização, as corporações estão cada vez mais
exigentes com os colaboradores, o nível de formação e experiência são fatores
decisivos bem como a capacidade de competir com os próprios colegas a fim
de potencializar os lucros. (ALBERTON, MALIZAN, GIROTTO, 2019).

Com o avançar da tecnologia, cargos que envolvam capacidades


intelectuais são cada vez mais procurados, sendo que de um outro lado a
quantidade de profissionais é pouca, criando uma realidade ambígua no
mercado, onde existe uma abundância de pessoas para trabalhar em áreas de
menor exigência acadêmica e falta de profissionais em áreas de maior
exigência, ampliando a desigualdade social e criando a precarização.
(ALBERTON, MALIZAN, GIROTTO, 2019).
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3. DESLIGAMENTO E RECISÃO
Os indivíduos ao ingressarem em uma companhia ou empresa em geral,
criam um vínculo de estabilidade com o trabalho que acabam ficando
acomodados. Não buscam aperfeiçoamento e caem no comodismo. Quando
acontece a demissão nesses casos é de maneira inesperada, causando um
impacto negativo na vida do indivíduo e encadeando vários problemas
psicológicos, sociais e causando uma maior dificuldade ao se recolocarem no
mercado de trabalho. (ALBERTON, MALIZAN, GIROTTO, 2019).

Rescisão de contrato de trabalho ocorre quando o empregado deixa de


prestar serviços ao empregador, existem várias formas de acontecer, podendo
haver indenização ou não do empregado. (ALBERTON, MALIZAN, GIROTTO,
2019).

Os principais tipos de rescisão são: Dispensa sem justa causa, quando a


empresa dispensa o funcionário, mas não há nada que o desabone. Dispensa
por justa causa é a dispensa por parte da empresa ao funcionário quando há
algum ato dele que vai contra o código de conduta e as normas da empresa
cometendo faltas graves. E o pedido de demissão, quando o funcionário opta
por deixar a empresa e pede dispensa do trabalho. (ALBERTON, MALIZAN,
GIROTTO, 2019).

É um processo muito difícil na vida do empregado seja quando ele está


pedindo demissão ou sendo demitido. Esta é uma realidade em que as
pessoas vivem diariamente nas organizações que trabalham e o medo de
serem demitidas afeta muito os trabalhadores. (ALBERTON, MALIZAN,
GIROTTO, 2019).

A demissão não é algo prazeroso nem para a empresa nem para o


trabalhador, pois sempre que ela acontece junto vem um sentimento de
incompetência e inutilidade, e isso traz consequências drásticas na vida do
indivíduo se não tratada de maneira correta, muita das vezes ocorre a
depressão pela frustação do impacto da demissão, principalmente quando
ocorre de maneira inesperada. (ALBERTON, MALIZAN, GIROTTO, 2019).
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4. QUALIFICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS E CARREIRA


A qualificação dos profissionais é algo que têm sido requisito pelas
empresas, considerando o mundo com a tecnologia avançada e mudanças
constantes, novos produtos, serviços e novos processos de trabalho, os
profissionais precisam estar em constante atualização para se inserir e se
manter no mercado de trabalho. A busca constante de aprendizado vai
destacar profissional que realmente tiver comprometido com seus objetivos.
(ALBERTON, MALIZAN, GIROTTO, 2019).

A qualificação profissional é o método que o indivíduo precisa promover


em sua vida para alcançar o sucesso em sua vida profissional, e também o
coloca à frente de diversos outros candidatos, considerando que as empresas
exigem qualificação e conhecimentos específicos. Neste processo, é
importante que a empresa reconheça que também é de seu papel oferecer
qualificação para seus empregados, tendo a perspectiva que, profissionais
qualificados são mais produtivos e desta forma, obtém-se maior lucratividade e
benefícios para ela mesma. (ALBERTON, MALIZAN, GIROTTO, 2019).

As organizações esperam que seus profissionais tenham


comprometimento com a proposta de trabalho oferecida, e assim conseguir
desenvolver suas atividades com excelência. A competência do empregado
está muito atrelada ao saber agir, mobilizar recursos, mas também se
comunicar, ter responsabilidades, visões estratégicas, comprometer-se, ou
seja, agregar valor econômica à instituição e valor social ao indivíduo.
(ALBERTON, MALIZAN, GIROTTO, 2019).

Em decorrência das exigências do mercado, uma nova visão do conceito


de carreira surgiu, ou seja, deixou de ser estruturada pela organização para dar
lugar ao conceito de carreira voltado ao próprio indivíduo. A carreira refere-se
ao autoconhecimento de como suas experiencias atuais e futuras irão contribuir
para suas habilidades e comportamentos e atingir seus objetivos profissionais.
(ALBERTON, MALIZAN, GIROTTO, 2019).

A carreira do profissional é responsabilidade do próprio empregado, onde


o mesmo irá buscar um local que o atenda de forma reciproca, por isso, a
gestão do plano de carreira deve ser revista com certa frequência. O plano de
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carreira é uma ferramenta importante para os empregados, pois através dele é


possível traçar uma via de desenvolvimento profissional, sempre atentos as
atualizações do mercado de trabalho e é importante que o profissional utilize o
plano de carreira de maneira coerente a seus objetivos. (ALBERTON,
MALIZAN, GIROTTO, 2019).

A importância da atualização constante é mais visível quando nos


referimos a empregabilidade, a condição de ser empregáveis, isto é, conseguir
emprego para os seus conhecimentos, habilidades e atitudes intencionalmente
desenvolvidas por meio de educação e treinamentos sintonizados com as
necessidades do mercado de trabalho. Desta forma, deve-se destacar que a
empregabilidade não age com a condição somente de estudo acadêmico, mas
as habilidades que os indivíduos possuem de inovação e atualização voltada
ao que o mercado de trabalho precisa. (ALBERTON, MALIZAN, GIROTTO,
2019).
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5. RECOLOCAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO


Diante dos impactos causados na vida de um ser humano após o
processo de demissão, ele se vê de frente a mais um desafio, que é sua
reinserção no mercado de trabalho. A demissão afeta vários fatores como
profissional e pessoal, o indivíduo se vê inseguro e perdido no novo mercado
de trabalho, tendo em vista que esse mercado muda constantemente.
(OLIVEIRA; GODOY, FOGAÇA, 2019).

Nesse novo momento o indivíduo se vê diante de várias opções de


caminhos para retornar ao mercado de trabalho, sendo alguns deles como a
atualização do currículo, usar contanto de networking, investir em qualificação
profissional, aceitar salários mais baixos, aceitar empregos em outro país,
aceitar emprego em nova área, abrir seu próprio negócio, dentre outros.
(OLIVEIRA; GODOY, FOGAÇA, 2019).

Foi realizado uma pesquisa em 2017 com aprovação do Comitê de Ética


em Pesquisa da Universidade de Taubaté com trinta trabalhadores de Taubaté,
São José dos Campos e Litoral Norte que passaram por desemprego nos
últimos dois anos. (OLIVEIRA; GODOY, FOGAÇA, 2019).

Essa pesquisa nos mostra que para a reinserção no mercado de trabalho


20% dos entrevistados usaram da distribuição dos currículos para retornar ao
mercado de trabalho, seguida das opções de aceitar salários mais baixos ou
empregos em outras cidades. (OLIVEIRA; GODOY, FOGAÇA, 2019).

Essa prioridade em distribuição de currículos se dá ao fato de que nos


dias através dos avanços da tecnologia, temos diversos novos programas que
facilitam e ajudam o indivíduo para a elaboração de currículos, assim como a
preparação adequada para entrevistas. (OLIVEIRA; GODOY, FOGAÇA, 2019
apud GABRIEL; GRAY; GOREGAOKAR, 2013; GONDIM et al. 2001; WALSH,
2016).

A escolha pelas outras opções se dá ao fato de que ao aceitar salários


mais baixos o indivíduo acaba tendo que trabalhar a sua flexibilidade, além da
sua resiliência diante do fato de desemprego ao qual foi submetido.
(OLIVEIRA; GODOY, FOGAÇA, 2019 apud CARDOSO; MARTINS, 2013).
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Vemos com clareza que a insegurança dentre outros fatores afeta os


trabalhadores e dificulta muito para a reinserção no mercado de trabalho. É
necessário que o indivíduo tenha consciência dessas dificuldades e consiga
trabalhar de uma maneira melhor suas emoções. Alguns infelizmente optam
por ficar remoendo as situações que lhe ocorreram, enquanto outros saem na
contrapartida e usam dessas emoções como pilares de resiliência e se
reinventam no mercado de trabalho, utilizam de seus sentimentos e
dificuldades como recursos para passar por mais um desafio. (OLIVEIRA;
GODOY, FOGAÇA, 2019).
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6. CONCLUSÃO
De modo geral, é evidente os impactos que são gerados com a demissão,
que podem se mostrar de modo pessoal, como depressões, sentimento de
incompetência, inutilidade e frustração, de forma social ou familiar na vida do
desligado. Portanto, se mostra de forma extremamente interessante e
necessária a busca por novos conhecimentos, qualificações e aprimoramentos
para se manter nos empregos, e também a utilização de programas por parte
das empresas para minimizar esses impactos. Por outro lado, entendendo as
exigências do mercado de trabalho é possível se recolocar ativamente sem
grandes dificuldades, mas ainda assim é indispensável que para atender à
essas exigências o indivíduo se coloque em constante atualização, se mostre
disposto a manter-se empregável, estando preparado e qualificado para
atender as expectativas do mercado. Dessa forma, seguindo essas
recomendações as chances de demissão são diminuídas em grande nível, e
mesmo que venha acontecer o indivíduo se sente e se mostra mais apto a um
novo emprego. (ALBERTON, MALIZAN, GIROTTO, 2019).
7. REFERÊNCIA
ALBERTON, A, C,. MALIZAN, J,. GIROTTO, A, M,. O impacto da demissão e
a realocação no mercado de trabalho. Faculdade única, 2019. Disponível: <
https://faculdadeunica.edu.br/wp-content/uploads/2019/05/TCC-Alana-e-
Jessica-1.pdf>. Acesso em: 21 de maio de 2022.
CARDOSO, T,. MARTINS, M, C, F,. Escala dos Pilares da Resiliência
(EPR). São Paulo: Vetor, 2013. Disponível em: <
http://tede.metodista.br/jspui/bitstream/tede/1330/1/TabataCardoso.pdf>.
Acesso em: 20 de maio de 2022.
GABRIEL, Y,. GRAY, D,. GOREGAOKAR, H,. Job loss and its aftermath
among managers and professionals: wounded, fragmented and
flexible.Work, Employment and Society, [s.l.], v. 27, n. 1, p.56-72, fev.
2013. Disponível em: <https://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?
doi=10.1.1.1021.2449&rep=rep1&type=pdf>. Acesso em: 20 de maio de 2022.
OLIVEIRA, A,L,. GODOY, M, M, C,. FOGAÇA, F, F, S,. Desemprego,
Resiliência e Reinserção no mercado de trabalho. Rev Brasileira de Gestão e
Desenvolvimento Regional, Taubaté, V. 15, N.7, P 301-315, 2019. Disponível
em: <https://rbgdr.net/revista/index.php/rbgdr/article/view/5276/891>. Acesso
em: 20 de maio de 2022.

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