Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AUTONOMIA PROFISSIONAL.
Hipótese
Observa-se que os motoboys ainda não contam com uma regulamentação específica para
sua profissão, e possivelmente alguns deles preferem manter sua autonomia, evitando um vínculo
empregatício.
Uma maneira de auxiliá-los poderá se permitir que optem por contribuir com o INSS por
conta própria, assegurando assim uma renda na aposentadoria e uma rede de segurança financeira
para eventuais imprevistos que os afastem de suas atividades.
Objetivos Específicos:
Rever e adaptar as leis trabalhistas existentes para garantir que sejam adequadas à natureza
especifica do trabalho dos motoboys e às demandas das empresas de tecnologia;
Definir critérios específicos que determinem quando um motoboy deve ser considerado um
funcionário com direitos trabalhistas e quando ele pode ser classificado como um prestador
de serviço autônomo;
Desenvolver diretrizes que permitam aos motoboys tomar decisões relacionadas à sua rota,
horários e métodos de trabalho, de modo a preservar a flexibilidade e a independência
profissional.
JUSTIFICATIVA:
A adaptação tecnológica ao mercado de trabalho trouxe consigo possibilidades que, em
tempos passados, seriam consideradas inimagináveis. Nos dias de hoje, essas inovações moldam o
cotidiano do mercado popular.
Recordaremos dos desafios sem precedentes que enfrentamos em 2020 devido à pandemia
de COVID-19. Enquanto a maioria das pessoas se viu forçada a permanecer em suas casas, devido às
medidas de isolamento emergencial, os motoboys desempenharam um papel crucial na linha de
frente. Eles garantiram que a roda do mercado continuasse a girar, realizando entregas de
alimentos, documentos, medicamentos e outros produtos essenciais. Isso ocorreu mesmo com o
risco de exposição à contaminação, tudo para assegurar que a sociedade não enfrentasse escassez
de suprimentos.
O tema nos chamou a atenção, e identificamos a necessidade de apoiar essa classe, que
frequentemente enfrenta desafios na sociedade.
Para o motofrentista esse fenômeno lhe traz encargos além dos que já seriam seus
como subalterno, lhe deixa em situação precária tanto quanto sua saúde quanto pela sua
segurança, sendo levados à exaustão a fim de bater metas inalcançáveis, isso, somada a
displicência que permeia o trânsito dos grandes centros urbanos leva a acidentes por vezes
irremediáveis. Vale salientar que essa proatividade sistemática não serve para gratificar o
trabalhador, por mais que o ofereça desafios a serem batidos, esse algoritmo não lhes
recompensa, pelo contrário, distribui em média mais serviços aqueles que permanece
online, desconsiderando aquele prestador de serviço eventual.
A crise financeira faz parte do contexto trabalhista do nosso país, se por um lado as
empresas com plataformas digitais oferecem um serviço de fácil acesso a quem pretende
iniciar no mercado de trabalho ou carece recursos, por outro transforma toda uma classe
em serviço amador, precarizando aqueles que de carreira se tornaram profissionais e
empilha cabeças sem qualquer qualificação para exercer um trabalho adequado, muitos
desses sem experiencia no transito, mas com necessidades econômicas a serem supridas,
não é comum ver entregas serem feitas através de bicicletas e até mesmo patinetes, o
prestador de serviço utiliza dos meios necessários para que consiga realizar o que lhe foi
aferido.
Engana-se quem acha que a política de máxima obtenção de lucro não prioriza os
mais privilegiados, entre aquele que escolhe trabalhar eventualmente, ou quando lhe sobra
tempo em meio aos seus afazeres e aquele que delimita seu tempo de serviço apenas ao
aplicativo, existe um grande desfasamento sobre a quantidade de serviços recebido,
enquanto o trabalhador eventual pode acabar esperando grandes intervalos de tempo entre
suas solicitações sem receber nem um real por isso, quem se dedica exclusivamente é
priorizado pelo aplicativo como forma de incentivo para que continue a se manter em
serviço, o trabalhador é forçado a passar cada vez mais tempo online em busca de um
chamado.