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CELPE BRAS 2018

TEXTO I: ARTIGO URNA ELETRÔNICA

Em 1996, a urna eletrônica foi criada, por um grupo criado exclusivamente


para pensar nos mínimos detalhes dos processos de votação, com o objetivo de
aumentar a segurança durante as eleições. Nesse contexto, como representante do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), asseguro que o sistema eletrônico de votação no
Brasil é um dos mais seguros do mundo, evitando fraudes e passando por rigorosos
procedimentos de confiabilidade. Assim, é importante defender a credibilidade da
urna eletrônica e o processo eleitoral brasileiro.
Em primeira análise, cabe ressaltar que a criação da urna eletrônica trouxe
mais segurança para o processo eleitoral, evitando fraudes, além de tornar o
processo mais rápido. Sob esse viés, temos, como exemplo, o processo eleitoral de
1994, o qual foi anulado após prisão de uma quadrilha que fraudava votos. Nesse
episódio, foram identificados alguns erros, tais como urnas com números
discrepantes entre eleitores e votos. Essas fraudes não teriam acontecido se a urna
eletrônica já tivesse sido criado, visto que os processos de assinatura digital e
emissão de eresma - procedimento feito pelos mesários no início da votação para
garantir que não há nenhum voto registrado na urna - não possibilitaria
contabilização de números maiores ou menores do que o de eleitores de cada
seção. Além disso, a contagem eletrônica é capaz de prevenir possíveis “erros
humanos” ou tentativa de burlamento na eleição.
Em segunda análise, é possível afirmar que o sistema eletrônico brasileiro é
um dos mais confiáveis do mundo, uma vez que os procedimentos de segurança
adotados no país são inéditos e capazes de transmitir total confiabilidade nas urnas
eletrônicas. Isso pode ser comprovado, por exemplo, pelos testes públicos de
segurança, nos quais os sistemas são abertos para hackers, ou seja, todos podem
entrar e invadir o sistema, apontando as fragilidades encontradas para que os
especialistas façam os ajustes necessários. Nesse prisma, até hoje, já foram
realizadas 3 edições do teste público e, em nenhuma delas, alguém conseguiu, de
fato, alterar o sistema de votação. Ademais, a urna eletrônica não é ligada a
nenhuma rede e nem tem acesso à internet, o que dá mais credibilidade e
impossibilita a invasão do sistema por qualquer pessoa.
Portanto, a criação da urna eletrônica em 1996 trouxe maior segurança e
credibilidade para as eleições, visto que não permite que ocorram fraudes no
sistema eleitoral além de otimizar o processo de votação. À vista disso, o sistema
eletrônico de votação brasileiro é um dos mais seguros do mundo, dado que passa
por testes e procedimentos modernos, inéditos e que comprovam sua
confiabilidade. Logo, é importante defender a urna eletrônica e a credibilidade dos
resultados das eleições no Brasil.

TEXTO II:
Os motociclistas profissionais enfrentam diversos perigos no trânsito além de
estarem expostos a diversos riscos físicos e químicos que podem causar doenças.
Nesse contexto, como diretor da Associação Brasileira de Motociclistas
Profissionais, sinto a necessidade de abordar os principais direitos desses
profissionais, garantidos por lei sancionada em 2011, e alertar para os riscos do
cotidiano causados, principalmente, pelo excesso de velocidade e imprudência no
trânsito. Assim, é importante que ocorra uma conscientização das empresas que
contratam esses trabalhadores e da sociedade em geral com o intuito de minimizar
os riscos que o trabalho impõe aos motoboys e mototaxistas.
Primeiramente, é importante destacar que os motociclistas profissionais estão
resguardados por uma lei sancionada em 2011, que proíbe empresas de práticas
que estimulem o excesso de velocidade desses profissionais. Isso é importante,
visto que alguns estabelecimentos adotavam ações de marketing que obrigavam os
entregadores a correrem no trânsito. Por exemplo, promoções que determinavam
um tempo máximo para entrega de produtos que não seriam pagos pelo cliente
caso ultrapassem o limite de tempo proposto, porém, seriam descontados do próprio
motoboy. Assim, os trabalhadores não tinham outra opção a não ser pisar no
acelerador e diminuir os freios, contudo, atualmente, esse tipo de ação é proibida e
deve ser denunciada aos órgãos competentes caso seja descumprida por algum
contratante.
Em segunda instância, apesar da lei de julho de 2011, que resguarda os
motociclistas profissionais, a velocidade aliada à imprudência são as principais
causas de acidentes de moto no país. Nesse viés, cabe salientar que a
remuneração dos motoboys e mototaxistas depende da sua produtividade, por isso,
os trabalhadores precisam de maior agilidade no trânsito, consequentemente, os
fazem pisar no acelerador, além de ficarem mais estressados e cansados.Logo, a
fadiga, o nervosismo e as altas velocidades fazem parte da rotina desses
profissionais, por conseguinte, o número de acidentes é grande e as vítimas
costumam ser fatais.
Portanto, é imprescindível que os motociclistas profissionais conheçam seus
direitos, principalmente acerca do que foi sancionado pela lei de 2011. Também, é
importante que estejam cientes dos riscos que o excesso de velocidade e a
imprudência no trânsito podem causar. Dessa forma, o debate e reflexão sobre a
temática é essencial para a conscientização dos próprios trabalhadores, das
empresas e da sociedade em geral.

TEXTO III: E-MAIL “GUIADERODAS”

Prezado Bruno Mahfuz,

Escrevo este e-mail para parabenizá-lo pela iniciativa do aplicativo


“Guiaderodas”, meu filho tem dificuldade de locomoção e sempre passamos por
situações constrangedoras e desagradáveis quanto à acessibilidade em diversos
estabelecimentos, há um mês, baixei o aplicativo e essa realidade está sendo
modificada. O “Guiaderodas” auxilia-nos a escolher os lugares mais acessíveis,
além disso, dá-nos a oportunidade de avisar a outros usuários sobre os locais que
não serão adaptados para recebê-los. Por isso, o seu empreendimento é muito
importante e deve ser incentivado não somente por pessoas com alguma
deficiência, mas por toda a sociedade. Continue inovando e acreditando no seu
trabalho, pois está sendo muito necessário e benéfico.

Com meu sinceros cumprimentos,


Usuária do Aplicativo.
TEXTO IV: CARTA GÊNERO E COMIDA

Belo Horizonte, 20 de março de 2021.

Ao
Site Escotilha

Em resposta ao texto “Gênero e Comida”, escrito pela jornalista Isadora


Rupp, gostaria de parabenizar a equipe por abrir espaço para a abordagem de um
tema tão importante. Conforme Rupp expõe em seu artigo, existe um padrão
estético estabelecido pela sociedade que cobra que mulheres tenham e busquem
sempre o corpo perfeito e ideal. Isso acontece, infelizmente, por causa das
estruturas sociais que objetificam o corpo feminimo e recebe apoio por meio das
grandes mídias. Por isso, a atitude do site de trazer reflexões sobre essa questão é
relevante e ajuda a romper com essa mentalidade retrógrada da população
brasileira.
Dessa forma, a coluna “Alimentar” deve continuar discutindo questões que
envolvam o gênero, pressão estética e os mitos e desafios de uma alimentação
saudável, pois somente por meio do diálogo e das reflexões críticas conseguiremos
alguma mudança significativa na sociedade. É importante que a equipe continue
promovendo esses debates, a fim de conscientizar tanto mulheres quanto homens
sobre a toxicidade de comportamentos que visem difundir a ideia de busca por um
corpo perfeito, quebrando esse paradigma cultural. Por fim, continuem por esse
caminho, que conseguiremos, juntos, promover o pensamento crítico para uma
sociedade mais justa e saudável.

Atenciosamente,
Leitor do Site Escotilha.

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