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A PARTE ORAL DO CELPE-BRAS

1
SUMÁRIO

_____________________________________
03
SOBRE A PARTE ORAL
_____________________________________
04
DURAÇÃO E ESTRUTURA DA
INTERAÇÃO FACE A FACE

OS EXAMINADORES DA PARTE ORAL


_____________________________________
05
O PLANEJAMENTO DA INTERAÇÃO FACE A FACE

OS ELEMENTOS PROVOCADORES

O ROTEIRO DE PERGUNTAS DOS ELEMENTOS


PROVOCADORES
_____________________________________
06
A AMBIENTAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DA
INTERAÇÃO FACE A FACE
_____________________________________
07
ATRIBUIÇÕES DO AVALIADOR INTERLOCUTOR
_____________________________________
08
ATRIBUIÇÕES DO AVALIADOR
OBSERVADOR
_____________________________________
09
GRADE DE AVALIAÇÃO ANALÍTICA DE
PROFICIÊNCIA
_____________________________________
10
SÍNTESE DOS PROCEDIMENTOS DE
APLICAÇÃO DA PARTE ORAL DO CELPE-BRAS

MATERIAL INDISPENSÁVEL PARA REALIZAÇÃO DA PARTE


ORAL

ESTRUTURA DA INTERAÇÃO FACE A FACE


____________________________________
11
ETAPAS DA INTERAÇÃO FACE A FACE
_____________________________________
12
PROCEDIMENTOS POSTERIORES À
APLICAÇÃO DA PARTE ESCRITA E DA PARTE ORAL
_____________________________________
A Parte Oral do Celpe-Bras

Olá, colaborador,

Bem-vindo. Nesta Unidade, você conhecerá os processos que antecedem a aplicação da


Parte Oral e também saberá um pouco mais sobre as ações que devem ser desempenhadas após
a aplicação.

Bons estudos!

1. SOBRE A PARTE ORAL

A Parte Oral do Celpe-Bras consiste em uma Interação Face a Face entre o examinando e
o Avaliador-Interlocutor, integrando compreensão (oral e escrita) e produção oral. A atividade de
interação é dividida em duas etapas, conforme mostra o quadro a seguir:

Quadro 1 – Parte Oral do Celpe-Bras


INTERAÇÃO FACE A FACE

Etapa Conteúdo da Interação Habilidades Envolvidas Duração


I Conversa sobre interesses pessoais do Compreensão oral e 5 minutos
examinando com base nas Produção oral
informações obtidas nos formulários
de inscrição.
II Conversa sobre tópicos do cotidiano e Compreensão 15 minutos
de interesse geral com base em três escrita/oral e
Elementos Provocadores. Produção oral
Total 20 minutos
Fonte: Edital Celpe-Bras, 2016/1. Organização: Cebraspe, 2016.

1.1 Duração e estrutura da Interação Face a Face


A avaliação da proficiência oral do examinando se dará a partir de uma Interação Face a Face
com duração de 20 minutos. Os primeiros 5 minutos da Interação serão sobre atividades de
interesse do examinando, a partir de tópicos que constam nos formulários de inscrição (família,
hobbies, profissão, entre outros), e os 15 minutos seguintes serão sobre tópicos do cotidiano e de
interesse geral com base em três Elementos Provocadores diferentes, com a duração de 5
minutos cada um, conforme explicitado no Quadro 1 desta Unidade.
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1.2 Os examinadores da Parte Oral


A escolha dos examinadores da Parte Oral é de responsabilidade do Coordenador do Posto
Aplicador. Vale salientar que os examinadores dessa Parte do Exame devem ser devidamente
reconhecidos como tal pelo Inep e devem fazer parte do cadastro do Posto Aplicador.
Cada examinando será avaliado por dois examinadores (Avaliador-Interlocutor e Avaliador-
Observador). Os examinadores avaliam o examinando durante a Interação, registrando a
avaliação (nota) imediatamente após o término da Interação, com base em grades de avaliação
que refletem dois olhares distintos e complementares: um olhar holístico e um olhar analítico (ver
Quadros 2 e 3, respectivamente, mais adiante neste documento).

1.3 O planejamento da Interação Face a Face


O planejamento da primeira parte da Interação é etapa fundamental para o sucesso da
aplicação da Parte Oral. Os examinadores deverão ler os formulários de inscrição dos
examinandos para obter informações sobre o quanto eles conhecem da cultura brasileira, sua
motivação para aprender português, seus interesses pelo país (estudo, trabalho,
relacionamentos) etc. Os formulários servirão, portanto, como fonte de informações para que os
examinadores conheçam melhor o examinando e selecionem os Elementos Provocadores que
favoreçam a interação.
A principal função dos formulários de inscrição é servir de base para os primeiros 5 minutos da
Interação. Como muitas informações desse formulário consistem em dados pessoais sobre os
examinandos, essa Interação tende a ser menos tensa e mais natural, servindo de preparação
para a continuidade da Interação, desenvolvida com base nos Elementos Provocadores.

1.4 Os Elementos Provocadores (EP)


A cada edição do Celpe-Bras, são disponibilizados aos examinadores da Parte Oral 20
Elementos Provocadores, que versam sobre temas variados. Os Elementos Provocadores são
materiais que incluem textos de gêneros diversos, que podem estar acompanhados de imagens, e
que circulam ou circularam no Brasil. O objetivo desses materiais é fornecer informações e pontos
de vista sobre acontecimentos de interesse público, alimentando a Interação entre o Avaliador-
Interlocutor e o examinando. Cada Elemento Provocador vem acompanhado de um Roteiro de
Perguntas a ser utilizado pelos avaliadores. As perguntas contidas no Roteiro são apenas um guia
e devem ser feitas de maneira a simular uma conversa, levando-se em consideração, para a
formulação da próxima pergunta, as respostas efetivas dadas pelo examinando no momento da
Interação.

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1.5 O Roteiro de Perguntas dos Elementos Provocadores


A primeira pergunta do Roteiro de cada Elemento Provocador é bastante geral (“Comente
esse material”, por exemplo), buscando dar oportunidade para o examinando dizer o que
entendeu do texto/imagem ou quais aspectos lhe chamaram mais a atenção. O Avaliador-
Interlocutor pode auxiliar o examinando quanto à compreensão do conteúdo do Elemento
Provocador ou de vocabulário específico que não seja do seu conhecimento (gírias, expressões
idiomáticas etc.). A ideia não é avaliar a leitura e nem conhecimentos de assuntos específicos,
mas levar o examinando a interagir a partir dos temas propostos no EP, para que possa ter sua
proficiência oral avaliada.

1.6 A ambientação para realização da Interação Face a Face


Além da importância da construção de um clima de confiança mútua entre examinando e
Avaliador-Interlocutor, é imprescindível que o examinando se sinta confortável no espaço físico
destinado à Interação. Sugere-se que o Avaliador-Observador fique um pouco mais distante do
examinando do que o Avaliador-Interlocutor, mas em uma posição que permita-lhe ver o
examinando (conforme exposto na Figura 1). Além disso, o ambiente não pode ter ruídos que
comprometam a qualidade da gravação.

Figura 1

1.7 Atribuições do Avaliador-Interlocutor


Ao Avaliador-Interlocutor compete sustentar a Interação, sem julgar as opiniões do
examinando; articular as respostas do examinando aos novos tópicos da conversa; levar-lhe a se
A Parte Oral do Celpe-Bras

expressar, explorando o máximo do conhecimento de língua e das práticas de comunicação;


atribuir uma nota ao desempenho global do examinando.
Embora o planejamento da Interação deva ser feito, conjuntamente, pelos dois Avaliadores
– Interlocutor e Observador –, a gestão da Interação Face a Face é de inteira responsabilidade do
primeiro. É o Avaliador-Interlocutor quem conduz a Interação em todos os seus momentos, de
forma a estimular a produção oral do examinando. Ao final da Interação, o Avaliador-Interlocutor
atribui uma única nota de 0 (zero) a 5 (cinco) para o desempenho do examinando, com base na
Grade de Avaliação Holística da Proficiência Oral do Celpe-Bras (Quadro 2).

Quadro 2 – Grade de Avaliação Holística de Proficiência

GRADE DE AVALIAÇÃO HOLÍSTICA DA PROFICIÊNCIA ORAL


AVALIADOR-INTERLOCUTOR
Descrição do desempenho do examinando

Quando o examinando demonstra autonomia e desenvoltura, contribuindo bastante para o


desenvolvimento da interação. Sua produção apresenta fluência e variedade ampla de vocabulário e
5 de estruturas, com raras inadequações. Sua pronúncia é adequada e demonstra compreensão do fluxo
natural da fala.

Quando o examinando demonstra autonomia e desenvoltura, contribuindo para o desenvolvimento


da interação. Sua produção apresenta fluência e variedade ampla de vocabulário e de estruturas, com
inadequações ocasionais na comunicação. Sua pronúncia pode apresentar algumas inadequações.
4
Demonstra compreensão do fluxo natural da fala.

Quando o examinando contribui para o desenvolvimento da interação. Sua produção apresenta


3 fluência, mas também algumas inadequações de vocabulário, estruturas e/ou pronúncia. Demonstra
compreensão do fluxo natural da fala.

Quando o examinando contribui para o desenvolvimento da interação. Apresenta poucas hesitações,


com algumas interrupções no fluxo da conversa. Sua produção apresenta inadequações de
2
vocabulário, estruturas e/ou pronúncia. Pode demonstrar alguns problemas de compreensão do fluxo
da fala.

Quando o examinando contribui pouco para o desenvolvimento da interação. Sua produção apresenta
muitas pausas e hesitações, ocasionando interrupções no fluxo da conversa ou apresenta alternância
1 no fluxo de fala entre língua portuguesa e outra língua. Apresenta muitas limitações e/ou
inadequações de vocabulário, estruturas e/ou pronúncia. Demonstra problemas de compreensão do
fluxo natural da fala.

Quando o examinando raramente contribui para o desenvolvimento da interação. Sua produção


apresenta pausas e hesitações muito frequentes, que interrompem o fluxo da conversa, ou apresenta
fluxo de fala em outra língua. Apresenta muitas limitações e/ou inadequações de vocabulário,
0 estruturas e/ou pronúncia, que comprometem a comunicação. Demonstra problemas de compreensão
de fala simplificada e pausada.

1.8 Atribuições do Avaliador-Observador


Ao Avaliador-Observador da Interação Face a Face cabe avaliar o desempenho do
examinando segundo um olhar analítico. Tal avaliador atribui uma nota de 0 (zero) a 5 (cinco)

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para cada um dos aspectos apresentados na Grade de Avaliação Analítica da Proficiência Oral, a
saber:

 Compreensão;

 Competência Interacional;

 Fluência;

 Adequação Lexical;

 Adequação Gramatical;

 Pronúncia.

Como o desempenho do examinando pode oscilar ao longo da Parte Oral, as notas tanto do
Avaliador-Interlocutor como as do Avaliador-Observador somente deverão ser atribuídas após o
término da Interação, de maneira independente, ou seja, sem que haja qualquer tipo de
comunicação entre os dois examinadores. É importante dizer que a média das seis notas
atribuídas pelo Observador será posteriormente calculada por um sistema, levando-se em conta
que os aspectos avaliados têm pesos diferentes.
As notas do Avaliador-Interlocutor e do Avaliador-Observador contribuem igualmente para a
nota final do desempenho oral do examinando e são importantes para os cálculos dos índices de
confiabilidade do Exame. Em caso de discrepância significativa entre as duas notas, uma banca de
avaliadores selecionados pelo Inep reavaliará o desempenho do examinando, substituindo as
notas dos examinadores pela nota da banca. Considera-se discrepância significativa quando um
examinador atribui uma nota que se encaixa em um dado nível de proficiência e o outro
examinador atribui nota que se encaixa em outra faixa de proficiência.
Embora sejam avaliadas pelos examinadores, as Interações são gravadas em áudio para
eventual aferição e análise, caso seja necessário dirimir possíveis discrepâncias e/ou avaliar a
qualidade da aplicação.
A Parte Oral do Celpe-Bras

Quadro 3 – Grade de Avaliação Analítica de Proficiência

COMPREENSÃO COMPETÊNCIA INTERACIONAL FLUÊNCIA ADEQUAÇÃO LEXICAL ADEQUAÇÃO GRAMATICAL PRONÚNCIA *


5 Compreensão do fluxo natural
da fala. Rara necessidade de
Apresenta muita desenvoltura e
autonomia, contribuindo muito para o
Pausas e hesitações para Vocabulário amplo e adequado para a Uso de variedade ampla de estruturas.
Raras inadequações na utilização de
Pronúncia (sons, ritmo e
entonação) adequada.
5
organização do pensamento e, discussão de tópicos do cotidiano e
repetição e/ ou reestruturação desenvolvimento da conversa. Quando eventualmente, para resolver para a expressão de ideias e opiniões estruturas.
ocasionada por palavras menos necessário, faz uso de estratégias algum problema de construção sobre assuntos variados. Raras
frequentes e/ou por aceleração (reformulações, paráfrases, correções) linguística, sem interrupções no interferências de outras línguas.
da fala. para resolver problemas lexicais, fluxo da conversa.
gramaticais e/ou fonológicos.
4 Compreensão do fluxo natural
da fala. Alguma necessidade de
Apresenta desenvoltura e autonomia. Pausas e hesitações para Vocabulário amplo e adequado para a Uso de variedade ampla de estruturas.
Poucas inadequações na utilização de
Pronúncia (sons, ritmo e
entonação) com algumas
4
Não se limita a respostas breves, organização do pensamento e, discussão de tópicos do cotidiano e
repetição e/ ou reestruturação contribuindo para o desenvolvimento da eventualmente, para resolver para a expressão de ideias e opiniões estruturas complexas e raras inadequações e/ou
ocasionada por palavras menos conversa. Quando necessário, faz uso algum problema de construção sobre assuntos variados. Poucas inadequações no uso de estruturas interferências de outras
frequentes e/ou por aceleração de estratégias (reformulações, linguística, com poucas interferências de outras línguas. básicas. línguas.
da fala. paráfrases, correções) para resolver interrupções no fluxo da conversa.
problemas lexicais, gramaticais e/ou
fonológicos.
3 Alguns problemas na Não se limita a respostas breves, Pausas e hesitações para Vocabulário adequado para a Uso de variedade de estruturas.
Algumas inadequações na utilização
Pronúncia (sons, ritmo e
entonação) com
3
compreensão do fluxo natural da contribuindo para o desenvolvimento da organização do pensamento e, discussão de tópicos do cotidiano e
fala. conversa. Quando necessário, faz uso algumas vezes, para resolver para a expressão de ideias e opiniões de estruturas complexas e poucas inadequações e/ou
Necessidade de repetição e/ou de estratégias (reformulações, algum problema de construção sobre assuntos variados. Algumas inadequações no uso de estruturas interferências de outras
reestruturação ocasionada por paráfrases, correções) para resolver linguística, com algumas interferências de outras línguas, com básicas. línguas.
palavras de uso frequente, em problemas lexicais, gramaticais e/ou interrupções no fluxo da conversa. ocasional comprometimento da
ritmo normal da fala. fonológicos. interação.
2 Alguns problemas na Pode se limitar a respostas breves, Pausas e hesitações para Vocabulário adequado para a Uso de variedade limitada de
estruturas. Inadequações mais
Pronúncia (sons, ritmo e
entonação) com
2
compreensão do fluxo natural da mas contribui para o desenvolvimento organização do pensamento e, discussão de tópicos do cotidiano com
fala. Necessidade frequente de da conversa. Mesmo quando mais frequentemente, para algumas limitações que podem frequentes tanto na utilização de inadequações e/ou
repetição e/ou reestruturação necessário, faz pouco uso de resolver algum problema de interferir no desenvolvimento de ideias. estruturas complexas quanto nas interferências frequentes
ocasionada por palavras de uso estratégias (reformulações, paráfrases, construção linguística, com Algumas interferências, da língua básicas. de outras línguas.
frequente, em ritmo normal da correções) para resolver problemas interrupções no fluxo da conversa. materna, ocasionando algum
fala. lexicais, gramaticais e/ou fonológicos. comprometimento da interação.
1 Muitos problemas na Limita-se
contribuindo
a respostas
pouco
breves,
para o
Pausas e hesitações frequentes
exigem um grande esforço do
Vocabulário inadequado e/ou limitado Uso de variedade limitada de
estruturas. Muitas inadequações na
Pronúncia (sons, ritmo e
entonação) inadequada
1
compreensão do fluxo natural da para a discussão de tópicos do
fala. Necessidade muito desenvolvimento da conversa. Mesmo interlocutor, ou alternância no cotidiano e para expressar ideias e utilização de estruturas básicas e e/ou interferências
frequente de repetição e/ou quando necessário, faz pouco uso de fluxo da fala entre língua opiniões sobre assuntos variados. complexas. acentuadas de outras
reestruturação ocasionada por estratégias (reformulações, paráfrases, portuguesa e outra língua. Muitas interferências de outras línguas, línguas.
palavras básicas, em ritmo correções) para resolver problemas ocasionando frequente
normal da fala. lexicais, gramaticais e/ou fonológicos. comprometimento da interação.
0 Problemas sérios na Limita-se
raramente
a respostas
contribuindo
breves,
para o
Pausas e hesitações muito
frequentes interrompem o fluxo da
Vocabulário muito inadequado e/ou
limitado para a discussão de tópicos
Uso de variedade bastante limitada
estruturas. Muitas inadequações
de
na
Pronúncia (sons, ritmo e
entonação) inadequada
0
compreensão do fluxo natural da
fala. desenvolvimento da conversa, que fica conversa, ou fluxo de fala em do cotidiano e para expressar ideias e utilização de estruturas básicas e e/ou interferências muito
Necessidade constante de totalmente dependente do avaliador. outra língua. opiniões sobre assuntos variados. complexas, comprometendo a acentuadas de outras
repetição e/ou reestruturação, Mesmo quando necessário, não faz Muitas interferências e outras línguas, interação. línguas.
mesmo em situação de fala uso de estratégias (reformulações, comprometendo a interação.
simplificada e muito pausada. paráfrases, correções) para resolver
problemas lexicais, gramaticais e/ou
fonológicos.
COMPREENSÃO COMPETÊNCIA INTERACIONAL FLUÊNCIA ADEQUAÇÃO LEXICAL ADEQUAÇÃO GRAMATICAL PRONÚNCIA *
COMPREENSÃO COMPETÊNCIA INTERACIONAL FLUÊNCIA ADEQUAÇÃO LEXICAL ADEQUAÇÃO * Não se espera uma fala sem
sotaque nem mesmo nos
níveis mais altos de
certificação.

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A Parte Oral do Celpe-Bras

2. SÍNTESE DOS PROCEDIMENTOS DE APLICAÇÃO DA PARTE ORAL DO CELPE-BRAS

NÃO ESQUEÇA! É importante que as Interações Face a Face, embora tenham duração de 20
minutos, sejam agendadas a cada 30 minutos, para haver tempo suficiente para os avaliadores
procedam à avaliação da Proficiência Oral do examinando.

2.1 Material indispensável para a realização da Parte Oral

 Gravador de áudio.
 Lista de Presença da Parte Oral.
 Questionários preenchidos pelos examinandos no momento da inscrição.
 Elementos Provocadores e Roteiros de Interação Face a Face.
 Ficha de Avaliação da Interação Face a Face – Avaliador-Interlocutor.
 Ficha de Avaliação da Interação Face a Face – Avaliador-Observador.
 Ata de Aplicação da Parte Oral para cada sala de aplicação.
 Grade de Interação Face a Face – Avaliador-Observador.

Os examinandos deverão assinar a lista de presença e apresentar um documento de


identificação antes do início da Parte Oral.

2.2 Estrutura da Interação Face a Face


A Parte Oral do Celpe-Bras deve ser desenvolvida em 20 minutos, assim distribuídos:
 conversa com base nos formulários preenchidos no momento da inscrição (5
minutos);
 conversa a partir de três Elementos Provocadores (15 minutos –
aproximadamente 5 minutos para cada um).
ATENÇÃO! O tempo de 20 minutos para a Parte Oral deve ser respeitado, assim como o
tempo de cada parte da Interação, independentemente do nível apresentado pelo examinando
no início ou durante a Interação.

2.3 Etapas da Interação Face a Face

Etapa 1 – conversa sobre tópicos relacionados à experiência do examinando, com duração


de 5 minutos.
A Parte Oral do Celpe-Bras

 A Interação tem como ponto de partida as informações contidas nos formulários


preenchidos no momento da inscrição.
 Esta etapa deve criar um clima positivo, deixando o examinando à vontade.
 O interlocutor deverá, à medida que a Interação acontece, promover a conversa,
demonstrando interesse pelas respostas do examinando.

ATENÇÃO! O Avaliador-Interlocutor já terá lido o formulário do examinando antes da


Interação, por isso não deve repetir literalmente as perguntas já respondidas no formulário, mas
tomá-las como base para conduzir a conversa nessa primeira etapa da Interação Face a Face.

Etapa 2 – conversa a partir de Elementos Provocadores, com duração de 15 minutos.

 Nesta etapa, o examinando deverá expressar ideias e opiniões a partir de três


Elementos Provocadores, previamente selecionados pelos examinadores. Os
Elementos Provocadores têm como objetivo proporcionar ao examinando
oportunidades para demonstrar sua Proficiência Oral em assuntos diversos, devendo,
portanto, tratar de assuntos diferentes dos abordados na Etapa 1.
 O tempo sugerido para observação e/ou leitura de cada Elemento Provocador pelo
examinando é de 1 minuto, podendo ser reduzido ou estendido (até, no máximo,
dois minutos), de acordo com a necessidade do examinando.
 As perguntas que acompanham cada Elemento Provocador são sugestões para o
Interlocutor incentivar a participação do examinando. Como na Etapa 1, o
Interlocutor deverá, à medida que a Interação acontece, mostrar-se interessado e
continuar a conversa levando em conta as respostas do examinando (completando 5
minutos para cada um dos Elementos Provocadores).
ATENÇÃO! Os Elementos Provocadores são numerados. Anote, na Ficha de Avaliação
da Interação Face a Face, os números dos 3 Elementos Provocadores utilizados em
cada Interação. O Avaliador-Interlocutor deverá avisar ao examinando que a
Interação Face a Face será registrada em áudio para a segurança tanto dos
examinadores como do examinando, para eventual aferição e análise.
 No início de cada gravação, antes de iniciar a Interação Face a Face, o Avaliador-
Interlocutor deverá registrar os seguintes dados, nesta ordem:
Exame Celpe-Bras
Nome da Instituição Credenciada
Data da realização do Exame
Nome do Avaliador-Interlocutor

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A Parte Oral do Celpe-Bras

Nome do Avaliador-Observador
Número de Inscrição do examinando
Nome do examinando (o examinando diz seu próprio nome)

 O gravador deverá permanecer ligado durante toda a Interação, inclusive durante os


períodos em que o examinando estiver observando e/ou lendo o Elemento
Provocador.
 Transcorridos os 20 minutos da Interação Face a Face, o Interlocutor agradece ao
examinando e encerra a Interação. É importante assegurar a qualidade da gravação.

IMPORTANTE! É fundamental que nenhum dos examinadores faça qualquer comentário


(elogio ou crítica) ao examinando com relação ao seu desempenho, para não criar (falsas)
expectativas quanto ao resultado final.
Logo após o término da Parte Oral, imediatamente depois de sair do local da Interação, o
examinando deverá preencher o Questionário de Avaliação das Condições de Aplicação do Exame.

3. PROCEDIMENTOS POSTERIORES À APLICAÇÃO DA PARTE ESCRITA E DA PARTE ORAL

Para facilitar o entendimento desses procedimentos, é importante rever como os


materiais enviados aos Postos Aplicadores foram organizados:

Identificação Descrição do Material Observação

Kit 1 Caderno de Questões – incluindo material reserva Material sigiloso

Kit 2 DVD (mídia com as Tarefas 1 e 2) Material


parcialmente
sigiloso

Kit 3 Material
Caderno de Respostas – incluindo material reserva parcialmente
sigiloso

Kit 4 Elemento Provocador; Material


Roteiro da Interação Face a Face; parcialmente
sigiloso
Ficha de Avaliação da Interação Face a Face – Avaliador-Interlocutor;
Ficha de Avaliação da Interação Face a Face – Avaliador-Observador;
Grade de Avaliação da Interação Face a Face – Avaliador-Observador.
Lista de Presença (Parte Escrita/Parte Oral)
Kit 5 Ata de Aplicação (Parte Escrita/Parte Oral); Material comum
Questionário de Avaliação das Condições de Aplicação –
Examinando;
Questionário de Avaliação das Condições de Aplicação –
Coordenador.
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Após a aplicação da Parte Escrita, o Posto Aplicador deverá:

 lançar os nomes dos examinandos ausentes no Sistema de Lançamentos de Notas da


Parte Oral da instituição aplicadora no endereço eletrônico
https://extranet.cespe.unb.br/CELPEBRAS_16_1, de acordo com a Lista de Presença
encaminhada pela instituição aplicadora responsável pelo apoio técnico de logístico
ao Exame;
 inserir o material do kit 3 – Caderno de Respostas, incluindo o material reserva e o
de examinando(s) ausente(s), em envelopes de segurança encaminhados pela
instituição aplicadora responsável pelo apoio técnico e logístico ao Exame para
retorno de material;
 inserir o material do Kit 5 – Lista de Presença (Parte Escrita) e Ata de Aplicação
(Parte Escrita), incluindo o material reserva, em envelopes de segurança
encaminhados pela instituição aplicadora responsável pelo apoio técnico e logístico
ao Exame para retorno de material.

Após a aplicação da Parte Oral, o Posto Aplicador deverá:

 ler o Tutorial sobre os procedimentos para redução dos tamanhos dos áudios,
disponível no Sistema de Lançamentos de Notas da Parte Oral da instituição
aplicadora no endereço eletrônico https://extranet.cespe.unb.br/CELPEBRAS_16_1,
antes de realizar o upload dos áudios com as Interações de cada examinando;
 lançar as notas da Parte Oral e realizar o upload dos áudios com as Interações dos
examinandos no Sistema de Lançamentos de Notas da Parte Oral da instituição
aplicadora no endereço eletrônico https://extranet.cespe.unb.br/CELPEBRAS_16_1,
de acordo com as orientações encaminhadas pela instituição responsável pelo apoio
técnico e logístico ao Exame;
 identificar cada arquivo de Interação com o nome do examinando e seu número de
inscrição;
 certificar-se de que o formato dos arquivos está salvo em MP3 ou WAV;
 transferir os arquivos para um pen-drive e manter um backup desse conteúdo no
Posto Aplicador pelo período de 1 ano;
 identificar o pen-drive, interna e externamente, com o nome do Posto Aplicador e do
País para ser encaminhado ao Inep juntamente com os demais materiais que
compõem o Kit 4;

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A Parte Oral do Celpe-Bras

 inserir o material do Kit 4 – Fichas de Avaliação da Interação Face a Face –


Avaliador-Interlocutor e Avaliador-Observador e o(s) pen-drive(s) com as interações
realizadas pelo Posto Aplicador, incluindo as Fichas de Avaliação do Avaliador-
Interlocutor e Avaliador-Observador reservas e de examinando(s) ausente(s), em
envelopes de segurança;
 inserir o material do Kit 5 – Lista de Presença (Parte Oral), Ata de Sala (Parte Oral),
Questionário de Avaliação das Condições de Aplicação (Examinando e
Coordenador), incluindo o material reserva e o de examinando(s) ausente(s), em
envelopes de segurança;
 lacrar os envelopes e colar as etiquetas de identificação, também encaminhadas pela
instituição responsável pelo apoio técnico e logístico ao Exame, como material de
retorno;
 rubricar por cima do lacre e também da etiqueta;
 inserir os envelopes de segurança com o material nos malotes para retorno do
material.

ATENÇÃO! É imprescindível que o retorno do material ocorra na data e nas


condições definidas pelo Inep, conforme estabelecido em edital. O Posto Aplicador deverá
organizar o material nos envelopes de segurança de acordo com o orientado anteriormente e
aguardar a finalização dos procedimentos de aplicação da Parte Oral para o encaminhamento de
apenas uma encomenda na data e nas condições definidas pelo Inep.
Os Postos Aplicadores situados no Brasil deverão devolver o material pelos Correios,
via SEDEX. Os Postos Aplicadores no exterior deverão observar os procedimentos de devolução
acordados entre o Inep e o MRE, que podem ser alterados a cada edição do Exame.
Informações mais detalhadas sobre a devolução do material para a instituição
responsável pelo apoio técnico e logístico ao Exame serão encaminhadas por ocasião da
aplicação.
Cabe ao Coordenador do Posto Aplicador se certificar de que o material chegará ao
Inep no prazo estabelecido, conforme instruções constantes nos procedimentos de devolução do
material de aplicação.
ATENÇÃO! É imprescindível que esse retorno ocorra até 5 dias após a realização da
Parte Oral e de acordo com a data definida pelo Inep ou pela instituição responsável pelo apoio
técnico e logístico ao Exame.
Chegamos ao final desta Unidade. Esperamos que os procedimentos de aplicação da
Parte Oral, durante e após a aplicação, possam ter ficado claros para você. Sucesso!

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