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Guia de Elaboração e

Adequação de itens SAEB


SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .​ ........................................................................................................................................................... 2

1 DEFINIÇÕES E CONCEITOS .​ ................................................................................................................................ 3


1.1 Matriz de Referência ................................................................................................................................................ 3
1.2 Item .................................................................................................................................................................................... 3
1.3 Situação Problema ...................................................................................................................................................4

2​ E
​ LEMENTOS PRINCIPAIS DE UM ITEM …
​ …………....................................................................................... 5
2.1 Texto-Base ..................................................................................................................................................................... 5
2.2 Enunciado .................................................................................................................................................................... 6
2.3 Alternativas .................................................................................................................................................................. 7
2.3.1 Gabarito ........................................................................................................................................................ 7
2.3.2 Distratores ................................................................................................................................................. 8
2.3.3 Justificativas ............................................................................................................................................ 8

3 ESTRUTURA DO ITEM …
​ ………………………………..................................................................................................... 9
3.1 Linguagens ................................................................................................................................................................... 9
3.1.1. Eixos do Conhecimento .................................................................................................................. 10
3.1.2. Eixos Cognitivos ....................................................................................................................................15
3.2 Matemática .................................................................................................................................................................17
3.1.1. Eixos do Conhecimento ...................................................................................................................18
3.1.2. Eixos Cognitivos ....................................................................................................................................21

4 ETAPAS PARA ELABORAÇÃO DE ITEM .​ ..................................................................................................26


4.1 Passo a passo do elaborador………...................................................................................................................27

5 ADEQUAÇÃO DO ITEM ​.........................................................................................................................................28

6 MATRIZ DE REFERÊNCIA SAEB ​…………...………............................................................................................30

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .​ ................................................................................................................43

1
APRESENTAÇÃO
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é
responsável pela elaboração e aplicação de avaliações nacionais em larga escala da
educação brasileira. Esse órgão produz, nos anos ímpares, as provas hoje chamadas SAEB.
Às vésperas de completar três décadas de realização, o Saeb passou por uma nova
reestruturação e as siglas ANA, Aneb e Anresc deixam de existir e ​todas as avaliações
passam a ser identificadas pelo nome Saeb​, acompanhado das etapas, áreas de
conhecimento e tipos de instrumentos envolvidos.

Nós, da Imaginie, produziremos Simulados SAEB em 2020 para o 5º e 9º ano, das disci-
plinas de matemática e português, conforme identificados abaixo:

Formulação Áreas do Conhecimento


Público-alvo Abrangência
dos Itens / Disciplinas Avaliadas

5º e 9º ano Escolas públicas – Censitário Matriz de Língua Portuguesa e


do EFII Escolas privadas – Amostral Referência Matemática

O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) é um conjunto de avaliações externas


em larga escala que permite ao Inep realizar um diagnóstico da educação básica
brasileira e de fatores que podem interferir no desempenho do estudante.

Por meio de testes e questionários, aplicados a cada dois anos na rede pública e em uma
amostra da rede privada, o Saeb reflete os níveis de aprendizagem demonstrados pelos
estudantes avaliados, explicando esses resultados a partir de uma série de informações
contextuais.

O Saeb permite que as escolas e as redes municipais e estaduais de ensino avaliem a


qualidade da educação oferecida aos estudantes. O resultado da avaliação é um
indicativo da qualidade do ensino brasileiro e oferece subsídios para a elaboração, o
monitoramento e o aprimoramento de políticas educacionais com base em evidências.
Essas avaliações serão enviadas aos nossos parceiros de cursinhos populares, prefeituras e
da rede privada, e impactarão na forma como as escolas e cursinhos formularão seus
projetos pedagógicos, melhorando a eficácia do ensino oferecido.

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1. DEFINIÇÕES E CONCEITOS
O Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) tem como objetivo de diagnosticar a
Educação Básica no país e contribuir para sua qualidade. Para isso, serão apresentados
definições e conceitos utilizados na área de avaliação educacional e adotados pelo Inep
para fundamentar a elaboração de itens, visando à composição de testes de avaliação em
larga escala desenvolvida pela Imaginie.

Cabe dizer que, para o Simulado SAEB produziremos questões alinhadas ao modelo
“Prova Brasil”. A Prova Brasil é uma avaliação censitária bianual envolvendo os alunos do
5º ano (4ª série) e 9º ano (8ª série) do ensino fundamental regular das escolas públicas que
possuem, no mínimo, 20 alunos matriculados nas anos/séries avaliados. Seu objetivo
principal é avaliar a qualidade do ensino ministrado nas escolas das redes públicas de
ensino, fornecendo resultados para cada unidade escolar participante, bem como para as
redes de ensino. Apresenta, ainda, indicadores contextuais sobre as condições extra e
intraescolares em que ocorre o trabalho da escola.

1.1 Matriz de Referência

A Matriz de Referência é o instrumento norteador para a construção de itens, e se localiza


ao final desse arquivo. As Matrizes desenvolvidas pelo Inep são estruturadas a partir de
itens e descritores no caso do SAEB. que medem se os participantes do teste
desenvolveram uma determinada etapa da educação básica. É importante destacar que a
Matriz de Referência não se confunde com o currículo, que é muito mais amplo. Ela é,
portanto, uma referência tanto para aqueles que irão participar do teste, garantindo
transparência ao processo e permitindo-lhes uma preparação adequada, como para a
análise dos resultados do teste aplicado.

1.2 Item

Item consiste na unidade básica de um instrumento de coleta de dados, que pode ser
uma prova, um questionário etc. (Brasil. Inep, 2006). ​No Simulado, item pode ser
considerado sinônimo de questão​, termo mais popular e utilizado com frequência nas
escolas.

Itens podem ser de dois tipos: (i) de resposta livre e (ii) de resposta orientada ou objetivo.
Um único teste pode conter itens de ambos os tipos ou apenas de um deles. ​Aos
propósitos deste guia, interessam particularmente os itens objetivos​.

Há várias formas possíveis de itens objetivos, sendo que a mais adequada a ser escolhida
será determinada, em grande parte, pelo que se pretende examinar (Anastasi, 1977). Entre
os itens objetivos, destacam-se os de múltipla escolha, definidos como aqueles que
permitem ao participante do teste escolher a resposta entre várias alternativas, das quais
apenas uma é correta (Bradfield & Moredock, 1964). Os itens objetivos permitem verificar
tanto comportamentos simples, de memorização ou reconhecimento, como
comportamentos mais complexos, envolvendo compreensão, aplicação, análise, síntese e

3
avaliação.

Na elaboração do item, é necessário estar atento para evitar o que tem se mostrado muito
comum em itens utilizados em vestibulares e concursos: a indução ao erro (“pegadinha”).
Essa estratégia cria quase sempre situações que exigem do participante atenção a
detalhes que o levam a errar o item não porque não domina, necessariamente, a
habilidade testada.

1.3 Situação-problema

É um desafio apresentado no item que reporta o participante do teste a um contexto


reflexivo e instiga-o a tomar decisões, o que requer um trabalho intelectual capaz de
mobilizar seus recursos cognitivos e operações mentais.

Uma situação-problema deve estar contextualizada de maneira que permita ao


participante aproveitar e incorporar situações vivenciadas e valorizadas no contexto
em que se originam para aproximar os temas escolares da realidade extraescolar
(Brasil. Inep, 2003). Além disso, uma situação-problema não deve se restringir a uma parte
específica do item, mas deve permear toda a sua estrutura, ao longo de todo o processo
de composição, a começar pela escolha do texto-base, passando pela construção de todas
as partes que compõem um item.

Em uma avaliação, um item contextualizado pretende transportar o participante do teste


para uma situação normalmente vivenciada por ele no dia a dia, e que, no item, pode se
materializar ou não em uma situação hipotética.

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2. ELEMENTOS PRINCIPAIS DE UM ITEM
A elaboração de itens de múltipla escolha requer que o elaborador tenha domínio tanto
da área de conhecimento a ser avaliada quanto dos procedimentos técnicos que
envolvem a construção de itens; “compreenda os objetivos educacionais e as
características educacionais e psicológicas daquele que se submete ao teste”; e seja
criativo para propor “situações novas e engenhosas” (Vianna, 1982, p. 49).

O processo de composição do item desenvolve-se de forma autoral e a versão final será


alcançada após várias revisões. O item de múltipla escolha utilizado nos testes do
Simulado SAEB divide-se, basicamente, em três partes.

TEXTO-BASE

ENUNCIADO

ALTERNATIVAS

Figura 1 – Partes constitutivas do item

O item deve ser estruturado de modo que se configure uma unidade de proposição e
contemple ​uma única habilidade da Matriz de Referência​. Para tanto, devem ser
observadas a coerência e a coesão entre suas partes (texto-base, enunciado e
alternativas), de modo que haja uma articulação entre elas e se explicite uma única
situação-problema e uma abordagem homogênea de conteúdo.

2.1 Texto-base

Motiva ou compõe a situação-problema a ser formulada no item a partir da utilização de


um ou mais textos-base (textos verbais e não verbais, como imagens, figuras, tabelas,
gráficos ou infográficos, esquemas, quadros, experimentos, entre outros), que poderão ser
de dois tipos: (i) formulados pelo próprio elaborador para o contexto do item e (ii)
referenciados por publicações de apropriação pública. ​Devem ser priorizados sempre
aqueles do segundo tipo, também chamados “textos de terceiros”, ou seja, aqueles
que não foram produzidos pelo próprio elaborador do item.

Deverão ser respeitadas as seguintes especificações:

1. a formulação de textos, imagens, esquemas, tabelas etc. pelo próprio elaborador


para o contexto do item está condicionada, necessariamente, ​à construção de
uma situação hipotética​;
2. o uso de publicações implica a ​citação da ​respectiva fonte​, mesmo daquelas de
domínio público, conforme as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas

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(ABNT). Novamente, recomenda-se fortemente que estas publicações ​não sejam
de autoria do próprio elaborador;
3. Não poderá ser utilizado livro didático como fonte para o texto-base.
4. A referência bibliográfica utilizada deve ser ​fidedigna​. Entende-se por fonte
fidedigna, o texto-base que seja recuperável em pesquisa pela Internet ou em
material impresso de ampla divulgação. Em ambos os casos, o texto-base deverá
estar conforme a redação no original e não poderá ser tradução livre. Em caso de
adaptação, esta não deve alterar o sentido global na fonte primária.

Esta parte inicial do item deve apresentar as informações necessárias para a resolução da
situação-problema proposta, suprimindo-se elementos de caráter meramente
acessório​, que possam conferir ambiguidade à interpretação da tarefa a ser realizada ou
que demandem dispendioso tempo de leitura. Deve-se evitar a exigência de informações
simplesmente decoradas, como fórmulas, datas, termos, nomes, enfim, detalhes que não
avaliam a habilidade, mas privilegiam a memorização.

Aqui​ ​encontra-se uma lista de sites


recomendados, onde é possível encontrar
imagens e textos de domínio público

2.2 Enunciado

O enunciado constitui-se de uma ou mais orações e não deve apresentar informações


adicionais ou complementares ao texto-base; ao contrário, deverá considerar exatamente
a totalidade das informações previamente oferecidas. No enunciado, inclui-se uma
instrução clara e objetiva da tarefa a ser realizada pelo participante do teste. Essa
instrução poderá ser expressa como pergunta ou frase a ser completada pela alternativa
correta, p
​ referindo-se sempre a segunda forma (frase a ser completada)​.

Por isso, não serão aceitos enunciados que fujam à regra, como, por exemplo, enunciados
que cobrem:

● Avaliação de orações verdadeiras ou falsas;


● Seleção de uma sequência correta de orações;
● Combinação de colunas
● Seleção da alternativa “correta” ou “incorreta”
● Termos que preencham o texto-base
● Cruzadinhas ou jogos de qualquer tipo

Além disso, todo enunciado deve ser pautado por um ​verbo​. Esse verbo deve estar
explicitamente presente no enunciado, mas pode constar em qualquer forma de flexão:
modo (indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo (presente, pretérito e futuro), número e
pessoa (singular e plural) e voz (ativa, passiva e reflexiva), mas deve SEMPRE estar
presente.

O verbo é obtido na análise da Habilidade, que serve como guia para a elaboração da

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questão. Por isso se a Habilidade é, por exemplo, “H12 - Reconhecer diferentes funções da
arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais”, o verbo ​Reconhecer
deve constar no enunciado - em qualquer flexão. Um exemplo seria “Os textos
demonstram a importância da capoeira nas comunidades afro-descendentes. Nesse
sentido, esta expressão é ​reconhecida​ como um exemplo de”.

Por fim, destacamos que não necessariamente deve ser utilizado o mesmo verbo que a
Habilidade. É possível também, utilizar verbos associados ao mesmo nível de
complexidade, de acordo com a Taxonomia de Blomm. Para isso, siga a tabela abaixo:

TAXONOMIA DE BLOOM REVISADA


COMPLEXIDADE

RECONHECER COMPREENDER APLICAR ANALISAR AVALIAR INFERIR

Identificar Dimensionar Calcular Associar Comparar Criar

Selecionar Caracterizar Utilizar Relacionar Julgar Desenvolver

Definir Interpretar Recorrer Confrontar Criticar Planejar

Nomear Explicar Resolver Diferenciar Sintetizar Gerar

Recordar Classificar Executar Organizar Propor Produzir

Inscrever Resumir Demonstrar Separar Ordenar Formular

No caso do exemplo, seria também possível utilizar “Identificar”, “Selecionar”, “Definir”,


“Recordar”, “Inscrever” ou “Nomear”. Apesar disso, não seria possível utilizar os outros
verbos propostos.

2.3 Alternativas

Alternativas são possibilidades de respostas para a situação-problema apresentada,


dividindo-se em gabarito e distratores. No modelo SAEB, são feitas sempre quatro
alternativas, sendo um gabarito e três distratores.

As alternativas não devem ser mais extensas que duas linhas​.

2.3.1 Gabarito

O gabarito indica, inquestionavelmente, a ​única alternativa correta que responde à


situação-problema proposta.

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2.3.2 Distratores

Os distratores indicam as alternativas incorretas à resolução da situação-problema


proposta. Além disso, essas respostas devem ser plausíveis, isto é, ​devem parecer corretas
para aqueles participantes do teste que não desenvolveram a habilidade em questão
(Haladyna, 2004). Isso significa que o distrator plausível deve retratar hipóteses de
raciocínio utilizadas na busca da solução da situação-problema apresentada. Como
consequência, se esse distrator retrata uma dificuldade real do participante com relação à
habilidade, não devem ser criadas situações capazes de induzi-lo ao erro.

A utilização de erros comuns observados em situação de ensino-aprendizagem costuma


aumentar a plausibilidade dos distratores. Por outro lado, aqueles que retratam erros
grosseiros ou alternativas absurdas, dentro ou não do contexto do item, tendem a induzir
a identificação da alternativa correta.

2.3.3 Justificativas

As justificativas fazem parte do protocolo de apresentação do item, devendo ser


formuladas separadamente para cada uma das alternativas (gabarito e distratores). As
justificativas devem ser apresentadas de modo genérico, isto é, contemplando o
horizonte mais amplo possível de estratégia de resposta.

Visam não somente indicar qual a resposta correta e as demais incorretas, como também
oferecer elementos que permitam compreender o acerto ou o equívoco implícito na
resolução da situação-problema abordada no item. No que se refere à adequação
técnico-pedagógica do item, a apresentação das justificativas oferecerá elementos que
permitirão verificar a plausibilidade dos distratores.

As justificativas deverão informar exatamente os motivos pelos quais cada uma das
alternativas representa ou não a opção correta de resposta, de modo que não serão
aceitas justificativas tautológicas.

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3. ESTRUTURA DO ITEM
3. 1. LINGUAGENS
Na BNCC (BRASIL, 2017a), a área de Linguagens é definida em função das práticas de
linguagem pelas quais as atividades humanas realizam-se nas práticas sociais, quais
sejam as linguagens verbal, corporal, visual, sonora e digital. Nesse documento, na etapa
do Ensino Fundamental, as práticas de linguagem são organizadas em quatro
componentes curriculares: Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e Inglês (nos anos
finais). A finalidade desses componentes nessa etapa do ensino é “possibilitar aos
estudantes participar de práticas de linguagem diversificadas, que lhes permitam ampliar
suas capacidades expressivas em manifestações artísticas, corporais e linguísticas, como
também seus conhecimentos sobre essas linguagens” (BRASIL, 2017a, p. 61).

As práticas de linguagem para cada componente curricular de Linguagens são


organizadas em eixos, conforme descritos a seguir.

● Língua Portuguesa: as práticas de linguagem, oralidade, leitura/escuta, produção e


análise linguística/semiótica são organizadas por campos de atuação.
● Arte: as práticas de linguagem são operacionalizadas pela relação entre dimensões
do conhecimento e linguagens, quais sejam: criação, leitura, produção, construção,
exteriorização e reflexão nas artes visuais, dança, música e teatro.
● Educação Física: as práticas de linguagem são operacionalizadas pela relação entre
dimensões do conhecimento e unidades temáticas, quais sejam: experimentação,
uso e apropriação, fruição, reflexão sobre a ação, construção de valores, análise,
compreensão e protagonismo comunitário nas brincadeiras e jogos, esportes,
ginásticas, danças, lutas e práticas corporais de aventura.
● Língua Inglesa: as práticas de linguagem são operacionalizadas pelos eixos
organizadores da leitura, escrita, oralidade, conhecimentos linguísticos e dimensão
intercultural.

Ao se pensar a avaliação em larga escala, como o Saeb, a delimitação do constructo a ser


avaliado em Linguagens é complexa, considerando as especificidades dos componentes
curriculares. O Saeb Linguagens pretende mensurar a capacidade de reconhecimento,
análise, avaliação e produção de distintas linguagens (verbal, não verbal, corporal, artística,
digital) e seus usos como constituidores da vida em sociedade, estabelecendo relações
entre textos (verbais ou multimodais), manifestações corporais e produções artísticas.
Portanto, para a proposta de Matriz de Linguagens do Saeb, estabeleceram-se os Eixos do
Conhecimento atrelados aos distintos componentes curriculares presentes na BNCC,
porém, todos alicerçados na linguagem como elemento definidor. Nessa perspectiva,
uma definição operacional do constructo dessa avaliação passa pelas dimensões dos
componentes curriculares da área, os quais são elementos representáveis e reconhecidos
por si mesmos.

A mensuração que se pretende fazer terá como ponto de partida a configuração de

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cruzamento entre elementos do Eixo do Conhecimento (composto por objetos de
conhecimento dos componentes curriculares da BNCC) e do Eixo Cognitivo. Desse
cruzamento resultarão habilidades que guiarão a construção do teste.

Para a constituição dos Eixos Cognitivos da Matriz de Referência, conduziu-se


primeiramente uma análise das habilidades da área de Linguagens da BNCC. Dela,
concluiu-se que verbos que traduzem processos cognitivos como reconhecer, identificar,
relacionar, compreender, distinguir, comparar, analisar, entre outros, são passíveis de
serem considerados em uma Matriz de avaliação, ao passo que as habilidades expressas
por verbos como participar, compor, explorar, debater, discutir e outros apresentam maior
complexidade em serem sistematizados por meio de itens objetivos no contexto do Saeb
e, portanto, não serão considerados nesta proposta.

A estrutura de Matriz proposta tem como referência também os documentos referenciais


das avaliações internacionais Estudo Regional Comparativo Explicativo (Erce –
Llece/Unesco)1 e Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa – OCDE)2 . A
escolha dos dois programas de avaliação internacional decorre da citação de ambos no
texto de introdução da BNCC, no tópico que trata de seus fundamentos pedagógicos,
como uma das justificativas para o enfoque da BNCC estar pautado por conteúdos
curriculares a serviço do desenvolvimento de competências:

Desde as décadas finais do século XX e ao longo deste início do século XXI, o foco no
desenvolvimento de competências tem orientado a maioria dos Estados e
Municípios brasileiros e diferentes países na construção de seus currículos. É esse
também o enfoque adotado nas avaliações internacionais da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que coordena o Programa
Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa , na sigla em inglês), e da Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco, na sigla em inglês),
que instituiu o Laboratório Latino-americano de Avaliação da Qualidade da
Educação (LLECE, na sigla em espanhol) (BRASIL, 2017a, p.13).

Dessa forma, competência é definida na BNCC como “a mobilização de conhecimentos


(conceitos e procedimentos), habilidades (práticas cognitivas e socioemocionais), atitudes
e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da
cidadania e do mundo do trabalho” (BRASIL, 2017a, p. 8).

Eixos do Conhecimento

O Eixo do Conhecimento refere-se aos conhecimentos escolares que são solicitados ou


mobilizados diante de uma demanda cognitiva. Esse Eixo engloba e categoriza os objetos
de conhecimento e temáticas que são foco dos componentes curriculares que integram a
área de Linguagens na BNCC.

A Matriz de Linguagens propõe a categorização dos conhecimentos e abordagens da área


em torno de seis eixos, os quais são descritos nesta seção. A ordenação proposta não

1
http://www.unesco.org/new/en/santiago/education/education-assessment-llece/./
2
http://www.oecd.org/pisa/./

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pressupõe qualquer hierarquia entre eles.

● Língua Portuguesa
○ Leitura
○ Análise linguística/semiótica
○ Produção de textos
● Arte
● Educação Física
● Língua Inglesa

O Eixo do Conhecimento organiza-se em torno da ampliação dos letramentos ao longo


dos anos iniciais e anos finais do Ensino Fundamental, tendo em vista a participação
significativa e crítica dos estudantes nas diversas práticas sociais, sejam elas linguísticas,
artísticas ou corporais.

De forma breve, esse Eixo pode ser assim caracterizado:

LEITURA

Como atividade eminentemente discursiva e responsiva, a linguagem concretiza-se


somente por meio de textos (gêneros textuais) – complexos organizacionais que
exprimem sentidos e cumprem funções comunicativas entre interlocutores em interação.

Assim, nesta Matriz de avaliação, a leitura considera os aspectos de interação entre


leitores e textos escritos e multissemióticos materializados em gêneros específicos
oriundos de diferentes contextos sociais e domínios discursivos da atividade humana
(literário, jornalístico, publicitário, de divulgação científica etc.).

Nela, o texto é concebido como uma unidade complexa constituída morfológica, sintática,
semântica e pragmaticamente e concretizada em sequências textuais específicas
(narrativa, descritiva, argumentativa etc.). A leitura implica, portanto, que o leitor mobilize
o conhecimento dos diferentes valores semânticos das palavras e expressões, o
conhecimento das regularidades textuais, das particularidades do contexto de situação
em que o texto foi produzido e o conhecimento de mundo que tem armazenado na
memória.

Nos anos iniciais​, será abordada a construção do(s) sentido(s) do texto literário e não
literário, no todo e em cada uma de suas partes. Serão avaliados o reconhecimento e a
identificação dos elementos constitutivos composicionais e estilísticos que organizam o
texto e que contribuem para seu reconhecimento como pertencente a determinado
gênero. Avaliarão, também, a habilidade de inferir informações a partir de relações
semânticas construídas, recursos de persuasão, fidedignidade de informações e
elementos multissemióticos que entram na constituição do texto.

Nos anos finais​, a proficiência leitora será avaliada a partir de um leque mais amplo de
gêneros textuais literários e não literários, e em textos com estrutura linguística mais
complexa. Serão abordados estratégias e procedimentos de leitura, compreensão de

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efeitos de sentido, características composicionais e estilísticas dos textos para além do
que se fez na etapa dos anos iniciais. Será considerada, nessa etapa de avaliação, a
habilidade de reconhecer e analisar a intertextualidade, a presença de valores sociais,
culturais e humanos nos textos, os efeitos de humor, ironia e crítica, além de graus de
parcialidade e fidedignidade das informações neles veiculadas.

ANÁLISE LINGUÍSTICA/SEMIÓTICA

A análise linguística considera procedimentos e estratégias (meta)cognitivas de análise e


reflexão sobre a língua materializada na leitura e na escrita de textos. Trata-se de uma
postura de reflexão sobre o sistema linguístico e sobre os usos da língua condicionados
pelo texto e pelo discurso; uma prática que, sem perder de vista a função das categorias
gramaticais e dos mecanismos sintáticos e morfológicos, faz do texto o objeto de análise,
o objeto que se busca conhecer. Sob essa perspectiva, os elementos
linguístico-gramaticais são meios para se chegar a um fim: a compreensão do texto.

O que se propõe é que se considere o texto como objeto de observação e análise, e a


língua como um sistema de possibilidades de realização. Assim, procura-se avaliar o
entendimento do aluno acerca da forma como a língua se organiza para construir os
sentidos dos diferentes textos, em suas diversas funções sociais.

Nos anos iniciais​, a análise linguística será considerada para avaliar os conhecimentos
linguísticos tendo como foco a estrutura da língua e os elementos linguístico-gramaticais
que confluem para questões mais amplas a propósito do texto. Ou seja, serão avaliados o
reconhecimento, a identificação e a análise, pelo aluno, dos efeitos de sentido de
constituintes da microestrutura do texto (afixos, verbos, adjetivos, advérbios) e de sua
macroestrutura (pontuação, mecanismos de referenciação lexical e pronominal,
mecanismos de progressão textual, variedades de língua).

Nos anos finais​, serão considerados os elementos linguístico-gramaticais na avaliação de


conhecimentos linguísticos mais amplos responsáveis pela construção da modalização e
de diferentes estratégias argumentativas empregadas nos textos; serão considerados os
elementos da microestrutura e da macroestrutura textual naquilo que podem contribuir
para a construção da coesão e da coerência textuais, das variedades de língua, de efeitos
de sentido com base no gênero textual empregado e na intenção comunicativa de seu
autor; será considerada, também, a avaliação, pelo aluno, da conformidade do texto com
os objetivos pretendidos por seu autor, da adequação do uso de variedades linguísticas e
da eficácia das estratégias argumentativas em diferentes contextos de uso.

EDUCAÇÃO FÍSICA

A Educação Física articula-se com os conhecimentos referentes às práticas corporais


inseridas e produzidas na cultura. Portanto, de caráter histórico, multifacetado, plural e
contextualizado. Nesta Matriz, tais práticas corporais, previstas para o Ensino
Fundamental I e II, correspondem às seis unidades temáticas também presentes na
BNCC: 1) as brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo, incluindo os jogos

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eletrônicos e aqueles de origem indígena e africana; 2) os esportes de marca, precisão,
técnicocombinatórios, campo/taco, rede/parede, invasão e combate; 3) as danças do Brasil
e do mundo, as danças urbanas, de salão, do contexto comunitário e regional, além das
indígenas e africanas; 4) as lutas do Brasil e do mundo, do contexto comunitário e
regional, além das de origens indígena e africana; 5) as ginásticas geral, de
condicionamento físico e de conscientização corporal; e 6) as práticas corporais de
aventura urbana e na natureza.

Neste contexto, pressupõe-se que a Educação Física deva reconhecer e valorizar a


diversidade de experiências pregressas no que concerne à vivência, experimentação e
fruição das práticas corporais, articulando-as com a realidade local, permitindo uma
ampliação da leitura de mundo e da participação social.

Nos anos iniciais​, propõe-se valorizar o patrimônio histórico representado pelas


brincadeiras, jogos e danças populares, com ênfase naquelas de origens indígena e
africana; que requisitem a identificação de elementos constitutivos dos esportes, lutas,
ginásticas e danças; que valorizem a importância do respeito ao oponente, a segurança
nas práticas corporais, o trabalho coletivo e o protagonismo na vivência dos jogos
populares e esportes; que analisem os esportes e as lutas em suas manifestações
profissional e de lazer; assim como avaliem situações de preconceito de gênero, raça,
classe, habilidade motora, entre outras categorias, buscando meios para superá-las.

Nos anos finais​, propõe-se identificar o valor do patrimônio urbano e natural na vivência
das práticas de aventura; identificar as valências físicas necessárias à realização de
práticas corporais; identificar as características das lutas e analisar suas transformações
históricas, seu processo de esportivização e midiatização; analisar a disponibilidade de
espaços para a vivência das práticas corporais; diferenciar a lógica interna dos esportes,
assim como distinguir as danças urbanas das demais manifestações de dança, reforçando
o seu valor cultural; avaliar padrões de estética corporal disseminados pela mídia e suas
consequências; avaliar os problemas presentes nos esportes, tais como o doping, a
violência, a corrupção, entre outros; assim como avaliar a relação entre as práticas
corporais e a saúde.

ARTE

A Arte contempla aspectos das artes visuais, da dança, da música e do teatro, bem como
seus elementos constitutivos e seu valor para o patrimônio cultural brasileiro e mundial. O
foco das linguagens artísticas recai sobre o reconhecimento de características das
diversas manifestações artístico-culturais a partir da relação com o contexto social e
cultural. Há, ainda, prevalência da análise dos processos de criação artística, dos
elementos constitutivos das diferentes manifestações da arte e do valor cultural da arte
de origens estéticas diversas.

Nos anos iniciais​, enfatizam-se os aspectos de fruição das formas distintas de arte a partir
da análise do momento da criação artística no uso das diferentes expressões, materiais,
ferramentas e tecnologias; das galerias e teatros, bem como praças, por exemplo, como

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espaços de exibição artística; e do artista, do restaurador, do curador, do produtor, do
marchand, para citar alguns protagonistas que mantêm o sistema de circulação da arte.
Busca-se a reflexão sobre a presença de gestos simples do cotidiano, bem como a
importância do corpo nas diversas formas de composição artística – as mãos e/ou pés que
tocam um instrumento musical, que modelam uma escultura ou produzem sons por
meio da percussão corporal. Objetiva-se reconhecer o patrimônio cultural relacionado aos
saberes, às habilidades, ao modo de ser, ao paisagismo, às belas artes, às artes aplicadas
etc. – mundial e brasileiro – e, neste último, serão identificadas influências de distintas
origens estéticas e culturais.

Nos anos finais​, enfatiza-se a apreciação das formas distintas de arte a partir da
contribuição profissional para o desenvolvimento e disseminação das expressões
artísticas, por meio de sua atuação solo ou em grupos. Objetiva-se reconhecer a inovação
tecnológica como suporte para novas formas de arte, e o dinamismo que os protagonistas
do sistema de circulação da arte estabelecem ao levar as produções artísticas aos mais
diferentes espaços. Propõe-se a reflexão sobre a presença das expressões corporais do
cotidiano e nas composições artísticas; objetiva-se analisar a função do tema, a
interrelação entre diferentes linguagens artísticas em projetos integradores, na escola ou
na sociedade, bem como avaliar a importância do patrimônio cultural relacionado aos
saberes, às habilidades, ao modo de ser, ao paisagismo, às belas artes, às artes aplicadas,
além do papel da arte em questionar os estereótipos e preconceitos na sociedade.

LÍNGUA INGLESA

Considerando o esmaecimento das fronteiras linguístico-culturais em uma sociedade


pós-globalização, a Língua Inglesa adquiriu papel fundamental no mundo
contemporâneo, notadamente no acesso à informação, no agenciamento crítico e na
interação ativa entre diferentes indivíduos em contextos transnacionais. Dessa forma, esse
componente abrange objetos do conhecimento e elementos temáticos que priorizam
essa formação múltipla referente à Língua Inglesa.

Nos anos finais​, o propósito é considerar os aspectos linguísticos da Língua Inglesa como
meios para acesso à informação e para o desenvolvimento de competências de
interpretação, compreensão e reconhecimento textual, levando à construção de
significados. Por meio de perspectivas múltiplas de leitura (entendimento do assunto do
texto, busca por informações específicas, reconhecimento de pistas textuais, comparação
entre fatos e opiniões etc.), os aspectos linguísticos – sejam eles de natureza lexical ou
gramatical – são tratados não como estruturas analisadas com um fim em si mesmas,
mas como instrumentos de ampliação de conhecimento.

Além disso, esse Eixo propõe integrar as dimensões artísticas e culturais da Língua
Inglesa. Seja no acesso a informações ou no processo de interações comunicativas, os
aspectos interculturais são fundamentais para a construção de uma identidade linguística
no mundo contemporâneo.

Os conhecimentos linguísticos e artístico-culturais são, por fim, o meio pelo qual as

14
habilidades crítico-reflexivas serão construídas. Para compreender a multiplicidade de
usos possíveis em Língua Inglesa, avaliar a validade de informações e diferentes fontes
neste idioma (em especial considerando o fenômeno contemporâneo das fake news) e
refletir sobre a presença da Língua Inglesa e seus produtos culturais no mundo
globalizado (particularmente ao analisar sua influência no contexto da língua materna por
meio dos estrangeirismos), é fundamental o desenvolvimento de uma habilidade crítica.
Dessa forma, reconhecer, analisar e avaliar os usos da Língua Inglesa em suas múltiplas
dimensões promoverá a união entre aspectos da identidade contemporânea e práticas
sociais de linguagem.

Eixos Cognitivos

A partir do estudo das habilidades da BNCC, dos referenciais das avaliações internacionais
e de uma taxonomia de aprendizagem (ANDERSON et al., 2014), definiram-se para
Linguagens quatro Eixos Cognitivos que configuram os objetivos educacionais a serem
avaliados em larga escala pelo Saeb. São eles: reconhecer, analisar, avaliar e produzir.

Reconhecer

Esse eixo cognitivo relaciona-se à distinção e à seleção de uma determinada informação,


assim como à busca por uma informação relevante para a construção do conhecimento.
Nesse sentido, há uma priorização do conhecimento de detalhes e de aspectos
específicos, tais como: elementos constitutivos, características, categorias, funções,
recursos, padrões, valores, finalidade, usos e mecanismos. Esses elementos poderão estar
presentes no âmbito das práticas linguísticas, corporais e artísticas.

Analisar

Esse eixo cognitivo relaciona-se ao entendimento sobre a inter-relação existente entre as


partes, com a finalidade de apreender a estrutura final do objeto de conhecimento, bem
como de reconhecer os princípios organizacionais envolvidos. Deverá primar pela
comparação de informações ou elementos constitutivos; análise de emprego de recursos,
mecanismos ou estratégias; análise de organização, relação e produção; distinção de
fatos, inferência de informações, valores e sentidos produzidos; interpretação de
características, formas e estilos; contraposição de perspectivas. Esses elementos poderão
estar presentes no âmbito das práticas linguísticas, corporais e artísticas.

Avaliar

Esse eixo cognitivo relaciona-se à realização de julgamentos baseados em critérios e


padrões qualitativos e quantitativos para atendimento de um determinado objetivo.
Nesse sentido, há a possibilidade de estabelecer julgamentos, críticas, justificativas e
recomendações. Esses elementos poderão estar presentes no âmbito das práticas
linguísticas, corporais e artísticas.

15
Produzir

Esse eixo cognitivo relaciona-se à criação textual a partir de conhecimentos e habilidades


de escrita previamente adquiridos, tendo por base o desenvolvimento de ideias. Como
etapas da produção escrita, prevê-se a generalização, o planejamento, o desenvolvimento
e a edição. Esses elementos estarão presentes no âmbito das práticas de produção de
texto em língua portuguesa.

16
3. 2. MATEMÁTICA
As Matrizes de Referência de Matemática propostas neste documento contemplam os
aspectos cognitivos passíveis de serem medidos em testes de larga escala. Não
contemplam os aspectos socioemocionais, atitudinais ou valorativos, os quais poderão ser
medidos por intermédio dos questionários (além dos itens usuais, poderiam ser incluídos
itens sobre a autoestima dos estudantes em relação à Matemática, a perseverança em
resolver problemas de Matemática, o tempo dedicado ao estudo da disciplina etc.). Sobre
o motivo de um teste de Matemática (dito de outro modo, por que testar Matemática?),
conforme versa a própria BNCC (BRASIL, 2017a, p. 263):

o conhecimento matemático é necessário para todos os alunos da Educação Básica,


seja por sua grande aplicação na sociedade contemporânea, seja pelas suas
potencialidades na formação de cidadãos críticos, cientes de suas responsabilidades
sociais. A Matemática não se restringe apenas à quantificação de fenômenos
determinísticos – contagem, medição de objetos, grandezas – e das técnicas de
cálculo com os números e com as grandezas, pois também estuda a incerteza
proveniente de fenômenos de caráter aleatório. A Matemática cria sistemas
abstratos, que organizam e inter-relacionam fenômenos do espaço, do movimento,
das formas e dos números, associados ou não a fenômenos do mundo físico. Esses
sistemas contêm ideias e objetos que são fundamentais para a compreensão de
fenômenos, a construção de representações significativas e argumentações
consistentes nos mais variados contextos.

Por se tratar de testes de larga escala, externos à escola, é necessário ter claro o que se
quer medir – o constructo de Matemática. O constructo é um atributo intangível, com
manifestação variável entre indivíduos, que só pode ser avaliado indiretamente, como
uma série de resultados alcançados em um teste cognitivo, em conformidade com o que
se pretende mensurar com base nas habilidades presentes nas cinco unidades temáticas
preconizadas pela BNCC traduzidas nas Matrizes de Matemática do Saeb. O desempenho
em um teste demonstraria o desenvolvimento de habilidades que, em conjunto,
corresponderiam a essa espécie de estrutura de disposições da inteligência inerente aos
sujeitos, denominada também de traço latente.

O constructo em foco é o Letramento Matemático3, conceituado como a compreensão e


aplicação de conceitos e procedimentos matemáticos na resolução de problemas nos
campos de Números, Álgebra, Geometria, Grandezas e Medidas e Probabilidade e
Estatística, bem como na argumentação acerca da resolução de problemas.
Operacionalmente, a proficiência em Matemática é definida pelas seguintes
competências gerais da BNCC:

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo


físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar
aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e

3
Na BNCC, o Letramento Matemático é “definido como as competências e habilidades de raciocinar,
representar, comunicar e argumentar matematicamente, de modo a favorecer o estabelecimento de
conjecturas, a formulação e a resolução de problemas em uma variedade de contextos, utilizando conceitos,
procedimentos, fatos e ferramentas matemáticas”. (BRASIL, 2017a, p. 264)

17
inclusiva.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências,
incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade,
para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e
criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes
áreas.
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às
mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção
artístico-cultural.
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita),
corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens
artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações,
experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que
levem ao entendimento mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de
forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as
escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida
pessoal e coletiva.
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de
conhecimentos e experiências que lhes possibilite entender as relações próprias do
mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu
projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular,
negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e
promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

À luz da BNCC e de outros estudos realizados pela equipe técnica do Inep indicados no
Anexo V, as Matrizes de Referência de Matemática são constituídas por eixos cognitivos e
eixos do conhecimento. Os eixos cognitivos serão apresentados na seção seguinte. Sobre
os Eixos do Conhecimento, são utilizadas as mesmas cinco Unidades Temáticas da BNCC.
Há um eixo não explícito, o contexto, o qual pode ou não estar presente num
determinado item, a depender da habilidade. O contexto caracteriza cada item (ou a
tarefa a ser resolvida/enfrentada em cada item) e não foi incorporado à descrição das
habilidades, à semelhança do que é feito na grande maioria das habilidades de
Matemática da BNCC, para não restringir o processo de elaboração dos itens.

Eixos do Conhecimento

Para esses Eixos, são utilizadas as mesmas cinco Unidades Temáticas da BNCC .

NÚMEROS

Desenvolver o pensamento numérico, que implica o conhecimento de quantificar

18
atributos de objetos e julgar e interpretar argumentos baseados em quantidades.

Nos anos iniciais, esse Eixo contempla conhecimentos sobre os diferentes usos e
significados dos números naturais e dos números racionais (nas representações decimal
finita e fracionária), sua leitura, escrita, comparação, ordenação, composição e
decomposição por meio da identificação e compreensão de características do Sistema de
Numeração Decimal, incluindo a representação na reta numérica. Também contempla
cálculos de adição, subtração, multiplicação e divisão com números naturais, bem como a
resolução de problemas envolvendo diferentes significados dessas operações, incluindo
problemas de contagem. Em algumas habilidades, espera-se medir se os alunos
argumentam e justificam os procedimentos utilizados para a resolução de problemas e se
avaliam a plausibilidade dos resultados encontrados.

Quanto aos cálculos e resolução de problemas envolvendo números racionais, contempla


adição e subtração na representação fracionária finita e, nos casos de multiplicação e
divisão, o multiplicador deve ser natural e o divisor deve ser natural e diferente de zero; na
representação fracionária, contempla apenas problemas que envolvam fração como
resultado de uma divisão (quociente); na representação percentual, contempla problemas
que envolvam 10%, 25%, 50%, 75% e 100%.

Nos anos finais, há ampliação e aprofundamento desse Eixo, que passa a contemplar
conhecimentos sobre os números reais, sua leitura, escrita, comparação, ordenação,
incluindo a representação na reta numérica e a notação científica. Além das quatro
operações, há habilidades que medem o domínio das operações de potenciação e
radiciação. Contempla ainda a resolução de problemas envolvendo diferentes significados
das operações, problemas de contagem, porcentagens e conceitos básicos de economia e
finanças (taxas de juros, inflação, aplicações financeiras). Assim como nos anos iniciais, em
algumas habilidades espera-se medir se os alunos argumentam e justificam os
procedimentos utilizados para a resolução de problemas e se avaliam a plausibilidade dos
resultados encontrados.

ÁLGEBRA

Desenvolver o pensamento algébrico para utilizar modelos matemáticos na


compreensão, representação e análise de relações quantitativas de grandezas e, também,
de situações e estruturas matemáticas, fazendo uso de letras e outros símbolos.

Nos anos iniciais, ​esse Eixo contempla conhecimentos sobre regularidades e padrões de
sequências numéricas (recursivas e repetitivas) e sequências não numéricas, as
propriedades da igualdade e a noção de equivalência. Também contempla resolução de
problemas que envolvam variação de proporcionalidade direta entre duas grandezas e
resolução de problemas que envolvam a partição de um todo em duas partes
proporcionais.

Nos anos finais, há ampliação e aprofundamento desse Eixo, que passa a contemplar
conhecimentos sobre variável e incógnita, seus usos e diferentes significados,

19
representação de regularidades, generalização de propriedades, equações polinomiais de
1º e 2º grau, inequações de 1º grau, sistemas de equações de 1º grau com duas incógnitas,
resolução de problemas que envolvam variação de proporcionalidade direta ou inversa
entre grandezas, resolução de problemas que envolvam a partição de um todo em partes
proporcionais, funções (afim e quadrática) e suas representações. Um ponto a ser
destacado é a aproximação da Álgebra com a Geometria, quando se trata, por exemplo,
da associação de uma equação polinomial de 1º grau com duas variáveis a uma reta no
plano cartesiano.

GEOMETRIA

Desenvolver conceitos e procedimentos necessários para resolver problemas do mundo


físico e de diferentes áreas do conhecimento, estudar posição e deslocamentos no
espaço, formas e relações entre elementos de figuras planas e espaciais, investigar
propriedades e produzir argumentos geométricos convincentes.

Nos anos iniciais, esse Eixo contempla conhecimentos sobre localização e


deslocamentos de pessoas e/ou de objetos em representações bidimensionais (mapas,
croquis etc.) ou no plano cartesiano (1º quadrante), figuras geométricas espaciais (prismas,
pirâmides, cilindros, cones, esferas), seus elementos (vértice, aresta, face, base) e
planificações, figuras geométricas planas (polígonos, circunferência, círculo) e seus
elementos (vértice, lado, ângulo, diagonal, base) e simetrias.

Nos anos finais, ​há ampliação e aprofundamento desse Eixo, que passa a contemplar as
transformações (reflexão, translação e rotação) e as ampliações/reduções de figuras
geométricas planas, as quais estão relacionadas ao desenvolvimento dos conceitos de
congruência e semelhança; as relações entre ângulos formados por retas paralelas
cortadas por uma transversal; as relações métricas do triângulo retângulo, incluindo o
teorema de Pitágoras; conhecimentos sobre ângulos internos ou externos de polígonos,
cevianas (altura, bissetriz, mediana, mediatriz), elementos da circunferência e do círculo
(centro, raio, diâmetro, corda, arco, ângulo central, ângulo inscrito). Também há um
aprofundamento em relação às figuras geométricas espaciais como vistas e a relação do
número de vértices, faces ou arestas de prismas ou pirâmides em função do seu polígono
da base.

GRANDEZAS E MEDIDAS

Desenvolver o estudo das medidas e das relações entre elas e consolidar e ampliar a
noção de número, de noções geométricas e da construção do pensamento algébrico.

Nos anos iniciais, ​esse Eixo contempla conhecimentos sobre as grandezas comprimento
(incluindo perímetro), massa, tempo, temperatura, área (de triângulos e retângulos),
capacidade e volume (de sólidos formados por blocos retangulares), unidades e
instrumentos de medida, incluindo problemas envolvendo as grandezas citadas.
Contempla também conhecimentos sobre moedas e cédulas do sistema monetário
brasileiro e problemas que envolvam situações de compra e venda.

20
Nos anos finais, ​há ampliação e aprofundamento desse Eixo, que passa a contemplar
abertura de ângulo (abordada com maior ênfase no Eixo Geometria) e há um
aprofundamento sobre as demais grandezas presentes nos anos iniciais, principalmente
área e volume. Inclui problemas que envolvem tais grandezas, recorrendo, quando
necessário, a transformações entre unidades de medida padronizadas mais usuais.

PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA

Desenvolver habilidades para coletar, organizar, representar, interpretar e analisar dados


em uma variedade de contextos para a tomada de decisões; além disso, deve ser
ampliado e aprofundado com situações em que aparecem experimentos aleatórios, de
forma a confrontar seus resultados com os obtidos com a probabilidade teórica –
probabilidade frequentista.

Nos anos iniciais, esse Eixo contempla a leitura, a interpretação, a análise e a construção
de tabelas (simples ou de dupla entrada) e gráficos (barras simples ou agrupadas, colunas
simples ou agrupadas, pictóricos ou de linhas) e noções de probabilidade. Sobre esse
último ponto, conforme a BNCC, a finalidade é promover a compreensão de que nem
todos os fenômenos são determinísticos. Para isso, as habilidades estão centradas no
desenvolvimento da noção de aleatoriedade, de modo que os alunos compreendam que
há eventos certos, eventos impossíveis e eventos prováveis.

Nos anos finais, ​há ampliação e aprofundamento desse Eixo, que passa a contemplar a
leitura, a interpretação, a análise e a construção de outros tipos de gráficos (de setores e
histograma), medidas de tendência central (média aritmética simples, moda e mediana) e
amplitude. Espera-se medir se os alunos explicam/descrevem os passos para a realização
de uma pesquisa estatística ou de um levantamento. Em relação à probabilidade, a
progressão dos conhecimentos se faz pelo aprimoramento da capacidade de
enumeração dos elementos do espaço amostral, que está associada, também, aos
problemas de contagem.

Eixos Cognitivos

Das dez competências gerais expressas na BNCC (BRASIL, 2017a, p. 9), sete podem ser
agrupadas/sintetizadas nos dois Eixos Cognitivos a seguir, bem como sete das oito
competências específicas de Matemática (BRASIL, 2017a, p. 265) (ver relação no Anexo VI):

Compreender e aplicar conceitos e procedimentos

Esse eixo cognitivo pode ser entendido como as FERRAMENTAS - podem ser definidas
como as terminologias (símbolos, linguagem matemática), os conceitos (objetos,
teoremas) e), os procedimentos (algoritmos, métodos). - com as quais se faz Matemática.
Inclui reconhecer objetos matemáticos; fazer conexões entre conceitos e procedimentos
matemáticos; usar diferentes representações.

21
Resolver problemas e argumentar

Esse processo pode ser entendido como o USO das ferramentas para fazer Matemática.
Requer passar por FORMULAR, EMPREGAR e INTERPRETAR/AVALIAR.

Inclui analisar a plausibilidade dos resultados de um problema; construir, analisar ou


avaliar (fazer juízo de valor sobre) argumentos, estratégias, explicações, justificativas;
construir ou avaliar propostas de intervenção na realidade, entre outros.

Ainda sobre esse eixo cognitivo, considere as seguintes tarefas:

Tarefa 1
Calcule 23 – 5

Tarefa 2
Marina tem 23 bonecas. Resolveu doar 5 bonecas para um bazar de caridade. Com
quantas bonecas Marina ficou?

Tarefa 3
De acordo com o professor [Maruo Galleti] e seus colegas, há estimativas de que se
perdem anualmente de (...) 58 mil espécies, num universo de (...) nove milhões de tipos
existentes. E dentre os complexos fatores que estão por trás do processo que gera a
defaunação, estão a caça para consumo ou como luxo, perseguição e destruição do
habitat natural de diversas espécies.
Disponível em: h
​ ttp://bit.ly/32W0CN5​. Acesso em: 06 Mar. 2020.

De acordo com as pesquisas de Galleti, é possível determinar a porcentagem de


espécies extinta em um ano em, aproximadamente,

Em sala de aula, a Tarefa 1 é normalmente um exercício, porém, para aqueles alunos que
ainda não dominam a operação da subtração, é um problema geralmente resolvido pelo
aluno por complementação, contagem, esquema, desenho etc. Nas avaliações de larga
escala não se tem acesso à estratégia utilizada e, portanto, não se tem informação se foi
um exercício ou um problema. Quanto à Tarefa 2, no cotidiano escolar ela é comumente
percebida como um problema, ainda que, para os alunos que dominam a resolução de
problemas seja meramente um exercício. Novamente, em avaliações de larga escala não
se sabe se foi um exercício ou um problema.

Por fim, a terceira tarefa demonstra um nível de complexidade e contextualização que


posa um problema ao aluno, e portanto, distancia-se de um mero exercício, mesmo entre
aqueles que dominam o conteúdo. A questão aqui já não envolve a memorização e
decoração de uma operação matemática, mas a aplicação dela em um contexto real.

Dependendo desse nível de aprendizagem, um mesmo item pode ser um problema para
um conjunto de participantes e exercício para outro conjunto e essa é uma questão com
a qual alguns pesquisadores já se depararam. Segundo Schoenfeld (2007, p. 10-11), “se
problemas semelhantes são utilizados ano após ano, os professores e os alunos aprendem

22
quais eles são, e os alunos os praticam: os problemas se tornam exercícios, e o teste não
avalia a resolução de problemas.” Outro grupo de pesquisadores também nos adverte
que

o que é um objetivo [educacional] mais complexo nas séries iniciais, pode se tornar
um objetivo de menor complexidade em séries posteriores. Por exemplo, um
objetivo de matemática, na 3ª série, que requeira diferenciar para que se possa
resolver cuidadosamente um problema específico, pode requerer na 4ª série
implementar porque a identificação desse tipo de problema já se tornou uma rotina.
Na 5ª série, este mesmo objetivo pode requerer executar, porque a solução do
problema é quase automática, e na 6ª série, o objetivo pode requerer o simples
relembrar porque é provável que todos os tipos comuns de problemas que são
usados na instrução e na avaliação já tenham sido vistos.

Assim, para chegar a um acordo sobre a classificação dos objetivos, os professores


precisam ter algum conhecimento ou fazer uma suposição sobre o aprendizado
anterior dos alunos. Este é provavelmente o problema mais comum e mais difícil de
superar quando se tenta classificar um objetivo abstratamente, sem referência a
qualquer grupo específico e/ou nível de ensino ou quando se usa a Tabela da
Taxonomia sem nenhuma informação dada sobre o aprendizado anterior dos alunos.
(ANDERSON & KRATHWOHL, 2001, p. 106, tradução nossa.)

Nestas Matrizes de Referência, o que se entende por “resolver problemas” em Matemática


alinha-se à definição proposta pelo Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa:
Operações na resolução de problemas (BRASIL 2014b, p. 8) acerca de problema
matemático que “é uma situação que requer a descoberta de informações desconhecidas
para obter um resultado. Ou seja, a solução não está disponível de início, no entanto é
possível construí-la.” Complementarmente,

um problema não é um exercício ao qual o aluno aplica, de forma quase mecânica,


uma fórmula ou um processo operatório. Só há problema quando o aluno for levado
a interpretar o enunciado da questão proposta e a estruturar a situação que lhe foi
apresentada. Esta afirmação evidencia que problemas matemáticos em que o aluno
não precise pensar matematicamente e desenvolver estratégias de resolução, ou
seja, não precise identificar o conceito matemático que o resolve, transforma-se em
simples exercício, ou seja, em apenas fazer contas (BRASIL, 2014, p. 8.).

Polya (1978) considerava que, já em 1945, para resolver um problema, é necessário


entendê-lo, estabelecer um plano, executá-lo e refletir sobre o resultado encontrado. Mais
recentemente, coadunando com Polya, o PISA traz o seguinte esquema sobre resolução
de matemática (Figura 1).

FIGURA 1​: Esquema sobre Resolução de Problemas em Matemática

Problema em um contexto do mundo real

Categorias de ​conteúdos matemáticos: mudanças e relações; espaço e forma;


quantidade; incerteza e dados.
Categorias de ​contextos​: pessoal, ocupacional, social, científico

23
Pensamento e ação matemática

Conceitos matemáticos, conhecimentos, habilidades.

Capacidades fundamentais da matemática: comunicar; “matematizar”; representar;


raciocinar e argumentar; delinear estratégias para resolução de problemas; utilizar
linguagem simbólica, formal e técnica e fazer operações; usar ferramentas
matemáticas

Processos: ​formular; empregar; interpretar/avaliar.

Fonte:​ OCDE (2016). ​PISA 2015 Assessment and analytical framework: Science, Reading, Mathematic and Financial Literacy.

Conforme esse esquema, a resolução de problemas envolve formular um problema no


contexto da matemática, empregar/mobilizar ferramentas para sua resolução e
interpretar/avaliar o resultado obtido tendo em vista o contexto original do problema.
Portanto, quando o item (a tarefa) exige, por exemplo, apenas identificar um objeto
geométrico, relacionar uma representação de um número a outra representação, calcular
o resultado de uma operação etc., entende-se que não se trata de uma resolução de
problemas, pois esses tipos de tarefas envolvem apenas um dos processos formular ou
empregar.

Na medida do possível, nestas Matrizes de Referência, buscou-se classificar:

● no 1º eixo cognitivo, habilidades que envolvem apenas formular (ex.: identificar a


equação polinomial de 2º grau que modela um problema) ou apenas empregar
(ex.: determinar a solução de uma equação polinomial de 2º grau);
● no 2º eixo cognitivo, aquelas que envolvem formular + empregar +

24
interpretar/avaliar (ex.: resolver um problema que possa ser representado por
equação polinomial de 2º grau) ou apenas interpretar/avaliar (ex.: analisar a
validade de determinadas resoluções para um problema que possa ser
representado por equação polinomial de 2º grau. Esse é um caso particular da
habilidade do exemplo anterior, no qual o participante do teste não teria que
produzir a resolução, mas analisar resoluções dadas).

25
4. ETAPAS PARA ELABORAÇÃO DE ITEM
1. Partir da análise da habilidade da Matriz de Referência.
2. Construir a situação-problema, atentando-se para a realidade cotidiana do público-alvo.
3. Preferir a fontes primárias, originais e sem adaptações, caso utilize textos-base
referenciados, de acordo com as normas da ABNT.
4. Utilizar, preferencialmente, textos que abordem temas atuais e sejam adequados ao
público-alvo.
5. Evitar a utilização de textos muito extensos, levando em consideração o tempo de
leitura do item durante a realização do exame - entre 4 e 5 minutos por questão.
6. Elaborar itens inéditos (​não​ publicados, divulgados ou utilizados em sala de aula).
7. Evitar​ abordagens de temas que suscitem polêmicas.
8. Evitar utilizar ou redigir texto-base, enunciado e alternativas que possam induzir o
participante do teste ao erro (“pegadinhas”).
9. Elaborar o enunciado:
● utilize termos impessoais como: “considere-se”, “calcula-se”, “argumenta-se” etc.;
● não​ utilize termos como: “falso”, “exceto”, “incorreto”, “não”, “errado”;
● não utilize termos absolutos como: “sempre”, “nunca”, “todo”, “totalmente”,
“absolutamente”, “completamente”, “somente” etc.;
● não​ utilize sentenças como: “Pode-se afirmar que”, “É correto afirmar que” etc.
10. Construir as alternativas
● com paralelismo sintático e semântico, extensão equivalente e coerência com o
enunciado;
● independentes umas das outras, de maneira que não sejam excludentes, negando
informações do texto, nem semanticamente muito próximas;
● dispostas de maneira lógica (sequência narrativa, alfabética, crescente/decrescente,
etc.);
● evite​ repetição de palavras que aparecem no enunciado;
● evite​ alternativas demasiadamente longas;
● não​ use: “todas as anteriores”, “nenhuma das anteriores”;
● o gabarito deve estar exposto de forma clara, ser a única alternativa correta e ​não
deve ser mais atrativo que os distratores;
● os distratores ​não devem ser absurdos em relação à situação-problema
apresentada.
11. Construir as justificativas para as alternativas com argumentação consistente que
explique o erro ou o acerto, de maneira que não sejam tautológicas.
12. Indicar o nível de dificuldade estimada do item (fácil, médio ou difícil) com base na sua
experiência docente.
13. Considerar o tempo médio de ​quatro a cinco minutos​ para resolução do item.

26
Outras observações importantes:

● O item deve, necessariamente, apresentar ​originalidade e criatividade​, caso


contrário será reprovado.
● O objeto de conhecimento (ou conteúdo) deve ser abordado de forma atual,
considerando-se os avanços científicos de cada área de conhecimento e o que está
acontecendo em nossa sociedade. Isso significa que não aprovaremos questões
que contenham textos-base ou ideias muito recorrentes em materiais didáticos e
de vestibulares passados.
● Caso sejam utilizados recursos como figuras, gráficos, tabelas, etc., os mesmos
devem estar com ​boa resolução​, devem conter apenas palavras em português
(exceto no caso de questões de língua estrangeira), as palavras devem ser legíveis e
respeitar as novas regras ortográficas. Além disso, se for utilizada alguma imagem
colorida, verificar se sua ​conversão para preto e branco ​não inviabiliza a resolução
da questão pelo aluno.

PASSO A PASSO DO ELABORADOR - MACROETAPAS


1. Abrir o formulário de elaboração e conferir a quantidade de questões previstas.
a. Caso esteja diferente do previsto para o lote enviado por e-mail, entre em
contato.
b. No formulário você encontrará questões-modelo, leia-as com cuidado.
2. Verificar e seguir o eixo cognitivo e eixo do conhecimento indicados.
3. Procurar seguir as observações de cada questão, apesar de ser possível inovar,
desde que se sigam as outras especificações indicadas na tabela de informações da
questão.
4. Caso não venha especificado, varie o nível de dificuldade das questões entre fácil,
médio e difícil.
5. Selecionar o texto-base e elaborar um enunciado ​com verbo de comando ​que
associe-se ​diretamente ​ao texto-base e obrigue o aluno a lê-lo. O texto-base deve
ser de leitura imprescindível.
6. Elaborar alternativas (4 alternativas - 3 distratores e um gabarito)
7. Elaborar resoluções para todas as alternativas.

27
5. ADEQUAÇÃO DO ITEM
A ficha ​critérios de pontuação tem o objetivo de orientar a análise e as alterações do
adequador, registrar os resultados e fundamentar a revisão final do item apresentado
para compor o Banco. Compõe-se de 8 critérios, relacionados a todos os aspectos do item,
de forma a permitir uma análise ao mesmo tempo global e detalhada.

A proposta da ficha é a de oferecer, após seu completo preenchimento, o


encaminhamento a ser dado ao item. O adequador deve preenchê-la dando uma nota de
0 a 5 ao critério questionado, relacionando-o a todo o item: texto-base, enunciado,
alternativas e justificativas. Além da nota, o adequador deve também justificar sua
pontuação para orientar e respaldar modificações feitas no item.

O primeiro critério questiona a relevância da problematização ou contextualização da


questão; o segundo critério questiona a contemplação da habilidade requerida do item; o
terceiro critério questiona indispensabilidade do texto-base para resolução da questão; o
quarto critério questiona a qualidade da questão quanto à adequação conceitual; o
quinto critério questiona a criatividade em relação à habilidade proposta; o sexto critério
questiona a clareza do gabarito, mas sem haver atrativos para a resolução; o sétimo
critério questiona se os distratores representam possibilidades de resposta, salientando
raciocínio do aluno; e o oitavo critério questiona se há descrição do possível raciocínio do
aluno nas justificativas de cada alternativa.

Critérios de pontuação
NOTA – 0 a 5
apenas para Adequadores

1.​ ​Relevância da problematização ou contextualização da Nota:


questão (​ apresenta contextualização precisa, relevante para o
aluno, que faz parte dos problemas morais, políticos e
cotidianos que enfrenta) Motivo:

2.​ Contemplação da habilidade ​(explora o verbo de ação do Nota:


item de acordo com a Taxonomia de Bloom, faz análise do
objeto de conhecimento proposto na habilidade) Motivo:

Nota:
3.​ Indispensabilidade do texto-base para resolução da questão
(presente no enunciado e nas alternativas)
Motivo:

4.​ ​Qualidade da questão quanto à adequação conceitual Nota:


(apresenta conceitos revisados, adequados ao Ensino Básico,
sem erros conceituais) Motivo:

5.​ ​Criatividade em relação à habilidade proposta (​ traz Nota:


contextualizações relevantes, instigantes e adequadas ao
componente curricular/disciplina) Motivo:

6.​ ​Clareza do gabarito, sem atrativos para a resolução (​ possui Nota:


um gabarito necessariamente correto, mas que não é óbvio
ou que subestima a inteligência do aluno) Motivo:

28
7.​ Distratores representam possibilidades de resposta, Nota:
salientando raciocínio do aluno​ (alternativas sem pegadinhas,
mas inquestionavelmente incorretas. Sem termos absolutos
ou negativas) Motivo:

8.​ Descrição do possível raciocínio do aluno nas justificativas de Nota:


cada alternativa​ (apresenta justificativa clara, com a descrição
conceitual do erro ou do acerto e com o possível raciocínio do
estudante em todas as letras) Motivo:

Nota
MÉDIA FINAL ENTRE AS NOTAS DA QUESTÃO
(0 a 5)

O adequador técnico-pedagógico deverá revisar e julgar o item, mas sobretudo deve


alterar as questões para adequá-las ao modelo e especificações pedidos. No entanto, o
adequador pode, eventualmente, também reprovar o item caso identifique um ou mais
dos seguintes problemas:

● não atendimento a nenhuma habilidade da Matriz de Referência;


● erro conceitual que não pode ser corrigido sem comprometer todo o item;
● mais de um ou nenhum gabarito que não podem ser corrigidos;
● ausência ou insuficiência das justificativas que não podem ser completadas;
● ilegibilidade das imagens que não podem ser encontradas na internet;
● enunciado sem problematização satisfatória ou sem explicitação de um único
problema a ser resolvido onde não há possibilidade de correção.

O adequador técnico-pedagógico tem autonomia de fazer modificações no item que


julgar necessárias para a sua aprovação.

29
6. MATRIZ DE REFERÊNCIA SAEB
MATEMÁTICA
Matriz de Referência de Matemática do Saeb: Temas e seus Descritores
5º ano do Ensino Fundamental
EIXOS COGNITIVOS
EIXOS DO CONHECI-
MENTO Compreender e aplicar conceitos e
Resolver problemas e argumentar
procedimentos
Escrever​ números racionais
(naturais de até 6 ordens,
Resolver​ problemas de adição ou de
representação fracionária ou
subtração, envolvendo números
decimal finita até a ordem dos
naturais de até 6 ordens, com os
5N1.1 milésimos) em sua representação 5N2.1
significados de juntar, acrescentar,
por algarismos ou em língua
separar, retirar, comparar ou
materna OU Associar o registro
completar.
numérico ao registro em língua
materna.

Resolver​ problemas de multiplicação


ou de divisão, envolvendo números
Identificar​ a ordem ocupada por um
naturais de até 6 ordens, com os
algarismo OU seu valor posicional
5N1.2 5N2.2 significados de formação de grupos
(ou valor relativo) em um número
iguais (incluindo repartição equitativa
natural de até 6 ordens.
e medida), proporcionalidade ou
disposição retangular

Resolver​ problemas de adição ou de


Comparar​ OU ​Ordenar n ​ úmeros
subtração envolvendo números
racionais (naturais de até 6 ordens,
racionais apenas na sua representação
representação fracionária ou
5N1.3 5N2.3 decimal finita até a ordem dos
decimal finita até a ordem dos
milésimos com os significados de
milésimos), com ou sem suporte da
juntar, acrescentar, separar, retirar,
reta numérica
comparar ou completar.

Resolver p​ roblemas de multiplicação


NÚMEROS ou de divisão, envolvendo números
racionais apenas na sua representação
Compor​ OU D ​ ecompor​ números
decimal finita até a ordem dos
naturais de até 6 ordens na forma
5N1.4 5N2.4 milésimos, com os significados de
aditiva, ou em suas ordens, ou em
formação de grupos iguais (incluindo
adições e multiplicações
repartição equitativa de medida),
proporcionalidade ou disposição
retangular.

Calcular​ o resultado de adições ou Resolver​ problemas que envolvam


5N1.5 subtrações envolvendo números 5N2.5 fração como resultado de uma divisão
naturais de até 6 ordens (quociente).

Calcular​ o resultado de
multiplicações ou divisões Resolver​ problemas simples de
5N1.6 5N2.6
envolvendo números naturais de até contagem (combinatória).
6 ordens

Associar​ o quociente de uma divisão Resolver​ problemas que envolvam


com resto zero de um número 10%, 25%, 50%, 75% e 100%, associando
5N1.7 natural de até 6 ordens por 2, 3, 4, 5 e 5N2.7 essas representações respectivamente
10 às ideias de metade, terça, quarta, à décima parte, quarta parte, metade,
quinta e décima partes. três quartos e um inteiro.

Representar​ frações menores ou


5N1.8 ////// ///////////////////////
maiores que a unidade (por meio de

30
representações pictóricas) OU
Associar frações a representações
pictóricas

5N1.9 Identificar​ frações equivalentes ////// ///////////////////////

Compreender e aplicar conceitos e


Resolver problemas e argumentar
procedimentos
Inferir​ OU ​Descrever​ atributos ou
propriedades comuns que os Resolver​ problemas que envolvam
5A1.1 elementos que constituem uma 5A2.1 variação de proporcionalidade direta
sequência recursiva de números entre duas grandezas
naturais apresentam.

Inferir o
​ padrão ou a regularidade
Resolver p​ roblemas que envolvam a
de uma sequência de números
5A1.2 5A2.2 partilha de uma quantidade em duas
naturais ordenados, objetos ou
partes proporcionais.
figuras

Inferir​ os elementos ausentes em


5A1.3 uma sequência de números naturais ////// ///////////////////////
ÁLGEBRA ordenados, objetos ou figuras

Comparar​ diferentes sentenças de


5A1.4 adições ou de subtrações de dois ////// ///////////////////////
números naturais

Determinar​ o número desconhecido


que torna verdadeira uma igualdade
5A1.5 que envolve as operações ////// ///////////////////////
fundamentais com números
naturais de até 6 ordens.

Identificar/Inferir​ a equação que


modela um problema envolvendo
5A1.6 ////// ///////////////////////
adição, subtração, multiplicação ou
divisão

Compreender e aplicar conceitos e


Resolver problemas e argumentar
procedimentos
Descrever​ OU ​Esboçar​ o
Identificar​ a localização OU a
deslocamento de pessoas e/ou objetos
descrição/esboço do deslocamento
em representações bidimensionais
5G1.1 de pessoas e/ou de objetos em 5G2.1
(mapas, croquis etc.) ou plantas de
representações bidimensionais
ambientes, de acordo com condições
(mapas, croquis etc.).
dadas.

Interpretar O
​ U ​Descrever a

localização ou movimentação de
Construir/Desenhar​ figuras
objetos ou figuras geométricas no
5G1.2 5G2.2 geométricas planas ou espaciais que
plano cartesiano (1º quadrante),
satisfaçam condições dadas.
indicando mudanças de direção, de
GEOMETRIA sentido ou giros

Reconhecer/nomear​ figuras
geométricas espaciais (prismas,
5G1.3 ////// ///////////////////////
pirâmides, cilindros, cones ou
esferas).

Reconhecer/nomear, Contar O ​ U
Comparar e ​ lementos de figuras
geométricas espaciais (vértice,
5G1.4 ////// ///////////////////////
aresta, face, base de prismas,
pirâmides, cilindros, cones ou
esferas).

31
Relacionar​ figuras geométricas
espaciais (prismas retos, pirâmides
5G1.5 ////// ///////////////////////
retas, cilindros retos ou cones retos)
a suas planificações.

Reconhecer/nomear​ figuras
5G1.6 geométricas planas (polígonos, ////// ///////////////////////
circunferência ou círculo).

Reconhecer/nomear​, Contar OU
Comparar elementos de figuras
5G1.7 ////// ///////////////////////
geométricas planas (vértice, lado,
diagonal, base).

Reconhecer​ figuras geométricas


planas congruentes OU simetria de
5G1.8 ////// ///////////////////////
reflexão em figuras ou em pares de
figuras geométricas planas.

Reconhecer​ a congruência dos


ângulos e a proporcionalidade entre
os lados correspondentes de figuras
5G1.9 ////// ///////////////////////
poligonais em situações de
ampliação ou de redução em
malhas quadriculadas

Compreender e aplicar conceitos e


Resolver problemas e argumentar
procedimentos
Reconhecer​ a unidade de medida
ou o instrumento mais apropriado Explicar q
​ ue o resultado de uma
5M1.1 para medições de comprimento, 5M2.1 medida depende da unidade de
área, massa, tempo, capacidade ou medida utilizada
temperatura.

Estimar/Inferir m​ edida de
Resolver​ problemas que envolvam
comprimento, capacidade ou massa
medidas de grandezas (comprimento,
de objetos, utilizando unidades de
5M1.2 5M2.2 massa, tempo e capacidade) em que
medida convencionais ou não OU
haja conversões entre as unidades
Medir​ comprimento, capacidade ou
mais usuais.
massa de objetos.
GRANDEZAS E Medir​ OU​ Comparar​ perímetro ou
MEDIDAS Resolver​ problemas que envolvam
5M1.3 área de figuras planas desenhadas 5M2.3
perímetro de figuras planas
em malha quadriculada.

Reconhecer v ​ olume como grandeza


associada a sólidos geométricos OU Resolver​ problemas que envolvam
5M1.4 5M2.4
Medir ​volumes por meio de área de figuras planas.
empilhamento de cubos.

Identificar h
​ oras em relógios Determinar​ o horário de início, o
5M1.5 analógicos OU​ Associar​ horas em 5M2.5 horário de término ou a duração de
relógios analógicos e digitais. um acontecimento.

Relacionar v ​ alores de moedas e/ou


Resolver​ problemas que envolvam
cédulas do sistema monetário
5M1.6 5M2.6 moedas e/ou cédulas do sistema
brasileiro, com base nas imagens
monetário brasileiro.
desses objetos.

Compreender e aplicar conceitos e


Resolver problemas e argumentar
procedimentos
Resolver​ problemas que envolvam
Identificar​, entre eventos aleatórios, dados apresentados em tabelas
PROBABILIDADE E aqueles que têm menor, maior ou (simples ou de dupla entrada) ou
5E1.1 5E2.1
ESTATÍSTICA iguais chances de ocorrência, sem gráficos estatísticos (barras simples ou
utilizar frações. agrupadas, colunas simples ou
agrupadas, pictóricos ou de linhas).

32
Argumentar​ OU​ Analisar
argumentações/conclusões com base
Ler/Identificar​ OU C
​ omparar​ dados nos dados apresentados em tabelas
5E1.2 estatísticos expressos em tabelas 5E2.2 (simples ou de dupla entrada) ou
(simples ou de dupla entrada). gráficos (barras simples ou agrupadas,
colunas simples ou agrupadas,
pictóricos, ou de linhas).

Ler/Identificar O
​ U​ Comparar ​dados Determinar​ a probabilidade de
estatísticos expressos em gráficos ocorrência de um resultado em
5E1.3 (barras simples ou agrupadas, 5E2.3 eventos aleatórios, quando todos os
colunas simples ou agrupadas, resultados possíveis têm a mesma
pictóricos, ou de linhas). chance de ocorrer (equiprováveis).

Identificar​ os indivíduos (universo


ou população-alvo da pesquisa), as
5E1.4 variáveis ou os tipos de variáveis ////// ///////////////////////
(quantitativas ou categóricas) em
um conjunto de dados

Representar​ OU​ Associar​ os dados


de uma pesquisa estatística ou de
um levantamento em listas, tabelas
5E1.5 (simples ou de dupla entrada) ou ////// ///////////////////////
gráficos (barras simples ou
agrupadas, colunas simples ou
agrupadas, pictóricos, ou de linhas).

Inferir​ a finalidade de realização de


uma pesquisa estatística ou de um
levantamento, dada uma tabela
(simples ou de dupla entrada) ou
5E1.6 ////// ///////////////////////
gráfico (barras simples ou
agrupadas, colunas simples ou
agrupadas, pictóricos ou de linhas)
com os dados dessa pesquisa.

Matriz de Referência de Matemática do Saeb: Temas e seus Descritores


9º Ano do Ensino Fundamental
EIXOS COGNITIVOS
EIXOS DO CONHECI-
MENTO Compreender e aplicar conceitos e
Resolver problemas e argumentar
procedimentos
Escrever​ números racionais
(representação fracionária ou Resolver​ problemas de adição,
decimal finita) em sua subtração, multiplicação, divisão,
9N1.1 representação por algarismos ou 9N2.1 potenciação ou radiciação envolvendo
em língua materna OU​ Associar​ o números reais, inclusive notação
registro numérico ao registro em científica.
língua materna.

Compor O ​ U​ Decompor​ números


racionais positivos (representação Resolver​ problemas de contagem cuja
NÚMEROS 9N1.2 decimal finita) na forma aditiva, ou 9N2.2 resolução envolva a aplicação do
em suas ordens, ou em adições e princípio multiplicativo
multiplicações.

Resolver​ problemas que envolvam


porcentagens, incluindo os que lidam
Identificar​ números racionais ou
9N1.3 9N2.3 com acréscimos e decréscimos simples,
irracionais
aplicação de percentuais sucessivos e a
determinação das taxas percentuais

9N1.4 Comparar O
​ U​ Ordenar​ números 9N2.4 Resolver​ problemas que envolvam as

33
reais, com ou sem suporte da reta ideias de múltiplo, divisor, máximo
numérica OU​ Aproximar​ números divisor comum ou mínimo múltiplo
reais para múltiplos da potência de comum.
10 mais próxima

Calcular​ o resultado de adições,


9N1.5 subtrações, multiplicações ou ////// ///////////////////////
divisões envolvendo números reais.

Calcular o
​ resultado de
9N1.6 potenciação ou radiciação ////// ///////////////////////
envolvendo números reais.

Representar​ frações menores ou


maiores que a unidade por meio de
9N1.7 representações pictóricas OU ////// ///////////////////////
Associar​ frações a representações
pictóricas.

9N1.8 Identificar​ frações equivalentes. ////// ///////////////////////

Converter u
​ ma representação de
9N1.9 um número racional positivo para ////// ///////////////////////
outra representação

Determinar u
​ ma fração geratriz
9N1.10 ////// ///////////////////////
para uma dízima periódica.

Identificar​ um número natural


como primo, composto, “múltiplo/
fator de” ou “divisor de” OU
Identificar a​ decomposição de um
número natural em fatores primos
9N1.11 ////// ///////////////////////
OU​ Relacionar a ​ s propriedades
aritméticas (primo, composto,
“múltiplo/fator de” ou “divisor de”)
de um número natural à sua
decomposição em fatores primos.

Compreender e aplicar conceitos e


Resolver problemas e argumentar
procedimentos
Álgebra está contemplada como​ estratégia​ nas
habilidades “Resolver problemas” da unidade
Resolver​ uma equação polinomial
9A1.1 temática Números. Por isso, não foi incluída a
de 1º grau.
habilidade “Resolver problemas que possam ser
representados por equações de 1º grau”.

Inferir​ uma equação, inequação Resolver p


​ roblemas que envolvam
polinomial de 1º grau ou um variação de proporcionalidade direta ou
9A1.2 sistema de equações de 1º grau 9A2.1 inversa entre duas ou mais grandezas,
com duas incógnitas que modela inclusive escalas, divisões proporcionais
um problema e taxa de variação.

Identificar u
​ ma representação
ÁLGEBRA algébrica para o padrão ou a
regularidade de uma sequência de Resolver​ problemas que envolvam
9A1.3 números racionais OU R ​ epresentar 9A2.2 cálculo do valor numérico de expressões
algebricamente o padrão ou a algébricas.
regularidade de uma sequência de
números racionais.

Resolver​ problemas que possam ser


Identificar r​ epresentações
9A1.4 9A2.3 representados por sistema de equações
algébricas equivalentes
de 1º grau com duas incógnitas.

Associar​ uma equação polinomial Resolver​ problemas que possam ser


9A1.5 de 1º grau com duas variáveis a 9A2.4 representados por equações polinomiais
uma reta no plano cartesiano de 2º grau.

34
Inferir u
​ ma equação polinomial de Resolver​ problemas que envolvam
9A1.6 9A2.5
2º grau que modela um problema função afim.

Resolver​ uma equação polinomial


9A1.7 ////// ///////////////////////
de 2º grau.

Associar​ uma das representações


de uma função afim ou quadrática
a outra de suas representações
(tabular, algébrica, gráfica) OU
9A1.8 ////// ///////////////////////
Associar uma situação que envolva
função afim ou quadrática a uma
das suas representações (tabular,
algébrica, gráfica).

Compreender e aplicar conceitos e


Resolver problemas e argumentar
procedimentos
Descrever O ​ U ​Esboçar​ o deslocamento
Identificar​, no plano cartesiano,
de pessoas e/ou objetos em
figuras obtidas por uma ou mais
9G1.1 9G2.1 representações bidimensionais (mapas,
transformações geométricas
croquis etc.), plantas de ambientes ou
(reflexão, translação, rotação).
vistas, de acordo com condições dadas.

Relacionar o​ número de vértices,


Construir/Desenhar f​ iguras geométricas
faces ou arestas de prismas ou
9G1.2 9G2.2 planas ou espaciais que satisfaçam
pirâmides, em função do seu
condições dadas.
polígono da base.

Resolver p ​ roblemas que envolvam


relações entre ângulos formados por
retas paralelas cortadas por uma
Relacionar o
​ bjetos tridimensionais
9G1.3 9G2.3 transversal, ângulos internos ou externos
às suas planificações ou vistas
de polígonos ou cevianas (altura,
bissetriz, mediana, mediatriz) de
polígonos.

Resolver​ problemas que envolvam


Classificar​ polígonos em regulares
9G1.4 9G2.4 relações métricas do triângulo retângulo,
e não regulares.
incluindo o teorema de Pitágoras.

Identificar​ propriedades e relações


existentes entre os elementos de
GEOMETRIA um triângulo (condição de
existência, relações de ordem entre
Resolver p
​ roblemas que envolvam
9G1.5 as medidas dos lados e as medidas 9G2.5
polígonos semelhantes.
dos ângulos internos, soma dos
ângulos internos, determinar
medida de um ângulo interno ou
externo).

Resolver​ problemas que envolvam


Classificar​ triângulos ou
aplicação das relações de
9G1.6 quadriláteros em relação aos lados 9G2.6
proporcionalidade envolvendo retas
ou aos ângulos internos.
paralelas cortadas por transversais.

Reconhecer​ polígonos Resolver​ problemas que envolvam


semelhantes ou as relações relações entre os elementos de uma
9G1.7 existentes entre ângulos e lados 9G2.7 circunferência/círculo (raio, diâmetro,
correspondentes nesses tipos de corda, arco, ângulo central, ângulo
polígonos. inscrito).

Reconhecer​ circunferência/círculo Determinar​ o ponto médio de um


como lugares geométricos, seus segmento de reta ou a distância entre
9G1.8 elementos (centro, raio, diâmetro, 9G2.8 dois pontos quaisquer, dadas as
corda, arco, ângulo central, ângulo coordenadas desses pontos no plano
inscrito). cartesiano.

9G1.9 Identificar r​ etas ou segmentos de ////// ///////////////////////

35
retas concorrentes, paralelos ou
perpendiculares.

Identificar​ relações entre ângulos


9G1.10 formados por retas paralelas ////// ///////////////////////
cortadas por uma transversal.

Compreender e aplicar conceitos e


Resolver problemas e argumentar
procedimentos
Resolver p​ roblemas que envolvam
medidas de grandezas (comprimento,
////// /////////////////////// 9M2.1 massa, tempo, temperatura, capacidade
ou volume) em que haja conversões
entre unidades mais usuais.
GRANDEZAS E
MEDIDAS Resolver p
​ roblemas que envolvam
////// /////////////////////// 9M2.1
perímetro de figuras planas.

Resolver​ problemas que envolvam área


////// /////////////////////// 9M2.3
de figuras planas.

Resolver p
​ roblemas que envolvam
////// /////////////////////// 9M2.4 volume de prismas retos ou cilindros
retos.

Compreender e aplicar conceitos e


Resolver problemas e argumentar
procedimentos
Resolver​ problemas que envolvam
Identificar​ os indivíduos (universo dados estatísticos apresentados em
ou população-alvo da pesquisa), as tabelas (simples ou de dupla entrada) ou
9E1.1 variáveis e os tipos de variáveis 9E2.1 gráficos (barras simples ou agrupadas,
(quantitativas ou categóricas) em colunas simples ou agrupadas,
um conjunto de dados. pictóricos, de linhas, de setores ou em
histograma).

Representar O ​ UA
​ ssociar​ os dados Argumentar O ​ U ​Analisar
de uma pesquisa estatística ou de argumentações/conclusões com base
um levantamento em listas, tabelas nos dados apresentados em tabelas
(simples ou de dupla entrada) ou (simples ou de dupla entrada) ou
9E1.2 9E2.2
gráficos (barras simples ou gráficos (barras simples ou agrupadas,
agrupadas, colunas simples ou colunas simples ou agrupadas,
agrupadas, pictóricos, de linhas, de pictóricos, de linhas, de setores ou em
setores, ou em histograma). histograma).

PROBABILIDADE E Inferir a
​ finalidade da realização de
ESTATÍSTICA uma pesquisa estatística ou de um
levantamento, dada uma tabela
(simples ou de dupla entrada) ou Explicar/Descrever o
​ s passos para a
9E1.3 gráfico (barras simples ou 9E2.3 realização de uma pesquisa estatística
agrupadas, colunas simples ou ou de um levantamento.
agrupadas, pictóricos, de linhas, de
setores ou em histograma) com os
dados dessa pesquisa.

Resolver p​ roblemas que envolvam a


Interpretar​ o significado das
probabilidade de ocorrência de um
medidas de tendência central
9E1.4 9E2.4 resultado em eventos aleatórios
(média aritmética simples, moda e
equiprováveis independentes ou
mediana) ou da amplitude.
dependentes.

Calcular o​ s valores de medidas de


tendência central de uma pesquisa
9E1.5 ////// ///////////////////////
estatística (média aritmética
simples, moda ou mediana).

36
PORTUGUÊS
Matriz de Referência de Língua Portuguesa do Saeb: Temas e seus Descritores
5º ano do Ensino Fundamental
EIXOS DO EIXOS COGNITIVOS
CONHECI-
MENTO Reconhecer Analisar Avaliar
Avaliar a fidedignidade de
Analisar elementos
Identificar a ideia central informações sobre um
5L1.1 5L2.1 constitutivos de gêneros 5L3.1
do texto mesmo fato veiculadas
textuais diversos
em diferentes mídias

Localizar informação Analisar relações de causa e


5L1.2 5L2.2 ////// ///////////////////////
explícita consequência

Analisar o uso de recursos


Reconhecer diferentes
5L1.3
gêneros textuais
5L2.3 de persuasão em textos ////// ///////////////////////
verbais e/ou multimodais.

Reconhecer diferentes
modos de organização Distinguir fatos de opiniões
5L1.4 5L2.4 ////// ///////////////////////
composicional de textos em textos
em versos

Identificar as marcas de Analisar informações


LEITURA 5L1.5 organização de textos 5L2.5 apresentadas em gráficos, ////// ///////////////////////
dramáticos infográficos ou tabelas.

Inferir informações
////// ///////////////////////////// 5L2.6 ////// ///////////////////////
implícitas em textos.

Inferir o sentido de palavras


////// ///////////////////////////// 5L2.7 ////// ///////////////////////
ou expressões em textos

Analisar os efeitos de
sentido de recursos
////// ///////////////////////////// 5L2.8 multissemióticos em textos ////// ///////////////////////
que circulam em diferentes
suportes

Analisar a construção de
sentidos de textos em
////// ///////////////////////////// 5L2.9 ////// ///////////////////////
versos com base em seus
elementos constitutivos

Reconhecer Analisar Avaliar


Analisar os efeitos de
Reconhecer os usos da Julgar a eficácia de
5S1.1 5S2.1 sentido decorrentes do uso 5S3.1
pontuação argumentos em textos
da pontuação

Reconhecer em textos o
Analisar os efeitos de
significado de palavras
5S1.2 5S2.2 sentido de verbos de //////// /////////////////////////////
ANÁLISE derivadas a partir de
enunciação
LINGUÍSTICA/ seus afixos
SEMIÓTICA
Analisar os efeitos de
Identificar as variedades
5S1.3
linguísticas em textos
5S2.3 sentido decorrentes do uso //////// /////////////////////////////
dos adjetivos

Identificar os Analisar os efeitos de


5S1.4 mecanismos de 5S2.4 sentido decorrentes do uso //////// /////////////////////////////
progressão textual dos advérbios

5S1.5 Identificar os //////// ////////////////////////// //////// /////////////////////////////

37
mecanismos de
referenciação lexical e
pronominal

Reconhecer Analisar Avaliar


Avaliar nas linguagens
artísticas a diversidade do
Reconhecer elementos
Analisar expressões do patrimônio cultural da
constitutivos das artes
5A1.1 5A2.1 teatro e da dança na vida 5A3.1 humanidade (material e
visuais, dança, música e
cotidiana. imaterial), em especial o
teatro
brasileiro, a partir de suas
diferentes matrizes.

Identificar formas
Analisar relações entre as
distintas de artes visuais
5A1.2 5A2.2 partes corporais e seu todo //////// /////////////////////////////
em diferentes suportes
na estética da dança
e mídias

Identificar
características do
sistema de circulação
das artes visuais, dança,
música e teatro em
5A1.3 //////// ////////////////////////// //////// /////////////////////////////
diferentes contextos
(teatros, palcos, museus,
galerias, artistas,
artesãos, curadores,
produtores etc.).
ARTE
Identificar distintas
formas e/ou gêneros de
expressão da dança, da
5A1.4 //////// ////////////////////////// //////// /////////////////////////////
música e do teatro em
diferentes contextos e
práticas

Identificar as
características de
instrumentos musicais
5A1.5 //////// ////////////////////////// //////// /////////////////////////////
variados, bem como o
potencial musical do
corpo humano

Reconhecer diferentes
5A1.6 formas de notação //////// ////////////////////////// //////// /////////////////////////////
musical.

Reconhecer a influência
de distintas Matrizes
estéticas e culturais nas
5A1.7 manifestações das artes //////// ////////////////////////// //////// /////////////////////////////
visuais, dança, música e
teatro na cultura
brasileira.

Reconhecer Analisar Avaliar


Comparar os elementos
Identificar elementos constitutivos de danças
Avaliar situações de
constitutivos dos populares do Brasil e do
5E1.1 5E2.1 5E3.1 preconceito no contexto
EDUCAÇÃO esportes, da ginástica e mundo com aqueles de
das práticas corporais
FÍSICA das lutas. danças de matrizes
indígena e africana.

Identificar as Analisar os esportes e as Avaliar meios para superar


brincadeiras e os jogos lutas nas suas situações de preconceito
5E1.2 5E2.2 5E3.2
populares como manifestações profissional e no contexto das práticas
patrimônio histórico- de lazer corporais

38
cultural.

Identificar a importância
do respeito ao oponente
Analisar o protagonismo do
e às normas de
trabalho coletivo na vivência
5E1.3 segurança na vivência 5E2.3
dos jogos populares e dos
//////// /////////////////////////////
das práticas corporais
esportes.
(jogos, lutas, ginásticas,
esportes e dança).

Valorizar o patrimônio
histórico representado
pelas brincadeiras e
5E1.4 //////// ////////////////////////// //////// /////////////////////////////
jogos, com ênfase
naqueles de origem
indígena e africana.

Valorizar o patrimônio
histórico representado
pelas danças populares,
5E1.5 //////// ////////////////////////// //////// /////////////////////////////
com ênfase naquelas de
matriz indígena e
africana

Matriz de Referência de Língua Portuguesa do Saeb: Temas e seus Descritores


9º ano do Ensino Fundamental

EIXOS DO EIXOS COGNITIVOS


CONHECI-
MENTO Reconhecer Analisar Avaliar
Identificar o uso de Analisar elementos
Avaliar diferentes graus de
recursos persuasivos em constitutivos de textos
9L1.1 9L2.1 9L3.1 parcialidade em textos
textos verbais e não pertencentes ao domínio
jornalísticos
verbais. literário

Identificar elementos Analisar a intertextualidade Avaliar a fidedignidade de


constitutivos de textos entre informações sobre um
9L1.2 pertencentes ao 9L2.2 textos literários ou entre 9L3.2 mesmo fato divulgado em
domínio jornalístico/ estes e outros textos diferentes veículos e
midiático verbais ou não verbais. mídias

Identificar formas de
Inferir a presença de valores
organização de textos
9L1.3 9L2.3 sociais, culturais e humanos ////// /////////////////////////////
normativos, legais e/ou
em textos literários
reivindicatórios

Analisar efeitos de sentido


Identificar teses/ opi-
produzido pelo uso de
niões/posicionamentos
LEITURA
9L1.4
explícitos e argumentos
9L2.4 formas de apropriação ////// /////////////////////////////
textual (paráfrase, citação
em textos.
etc.).

Identificar elementos Inferir informações


9L1.5 constitutivos de gêneros 9L2.5 implícitas em distintos ////// /////////////////////////////
de divulgação científica textos.

Distinguir fatos de opiniões


////// ///////////////////////////// 9L2.6 ////// /////////////////////////////
em textos

Inferir, em textos
////// ///////////////////////////// 9L2.7 multissemióticos, efeitos de ////// /////////////////////////////
humor, ironia e/ou crítica.

Analisar marcas de
////// ///////////////////////////// 9L2.8 parcialidade em textos ////// /////////////////////////////
jornalísticos

39
Analisar a relação temática
////// ///////////////////////////// 9L2.9 entre diferentes gêneros ////// /////////////////////////////
jornalísticos.

Analisar os efeitos de
sentido decorrentes dos
////// ///////////////////////////// 9L2.10 mecanismos de construção ////// /////////////////////////////
de textos
jornalísticos/midiáticos.

Reconhecer Analisar Avaliar


Identificar os recursos Analisar o uso de figuras de Avaliar a adequação das
9S1.1 de modalização em 9S2.1 linguagem como estratégia 9S3.1 variedades linguísticas em
textos diversos argumentativa contextos de uso.

Analisar os efeitos de
Avaliar a eficácia das
sentido dos tempos, modos
estratégias
////// ///////////////////////////// 9S2.2 e/ou vozes verbais com 9S3.2
argumentativas em textos
base no gênero textual e na
de diferentes gêneros
intenção comunicativa.
ANÁLISE Analisar os mecanismos
LINGUÍSTICA/ ////// ///////////////////////////// 9S2.3 que contribuem para a ////// /////////////////////////////
SEMIÓTICA progressão textual

Analisar os processos de
////// ///////////////////////////// 9S2.4 referenciação lexical e ////// /////////////////////////////
pronominal

Analisar as variedades
////// ///////////////////////////// 9S2.5 ////// /////////////////////////////
linguísticas em textos

Analisar os efeitos de
sentido produzidos pelo
////// ///////////////////////////// 9S2.6 ////// /////////////////////////////
uso de modalizadores em
textos diversos

Reconhecer Analisar Avaliar


Reconhecer artistas que Avaliar nas linguagens
Analisar formas, gêneros e
contribuíram para o artísticas a diversidade do
estilos distintos de artes
desenvolvimento e a patrimônio cultural da
visuais e dança, em
9A1.1 disseminação de 9A2.1 9A3.1 humanidade (material e
diferentes contextos, por
diferentes gêneros e imaterial), em especial o
meio de seus elementos
estilos nas artes visuais, brasileiro, a partir de suas
constitutivos.
dança, música e teatro. diferentes matrizes.

Identificar diferentes
formas de registro das Analisar formas, gêneros e
Avaliar produções que
artes por meio de estilos distintos de música e
inter- relacionam
9A1.2 notação ou 5A2.2 teatro em diferentes 9A3.2
ARTE diferentes linguagens
procedimentos e contextos, por meio de seus
artísticas.
técnicas de áudio e elementos constitutivos
audiovisual

Analisar o papel dos Avaliar o papel das


Identificar os usos de
profissionais e a utilização diversas linguagens
diferentes tecnologias e
dos equipamentos culturais artísticas no
9A1.3 recursos digitais na 5A2.3 9A3.3
no sistema de produção e questionamento de
produção e circulação
circulação das artes visuais, estereótipos e
das linguagens artísticas
dança, música e teatro preconceitos

Analisar a função do tema


como projeto integrador
/////// ///////////////////////////// 5A2.4 //////// /////////////////////////////
das diferentes linguagens
artísticas

Reconhecer Analisar Avaliar


EDUCAÇÃO

40
Identificar as diferentes
Avaliar a multiplicidade de
valências físicas
padrões de estética
necessárias à realização Analisar as práticas
corporal disseminados
de práticas corporais corporais frente à
9E1.1 9E2.1 9E3.1 pela mídia, que geram
(jogos eletrônicos, lutas, disponibilidade de locais
uma prática excessiva de
práticas corporais de para sua vivência.
exercícios e o uso de
aventura, ginásticas,
recursos ergogênicos.
esportes e dança).

Identificar o valor do
Avaliar os problemas
patrimônio urbano e
Diferenciar os esportes com presentes nos esportes e
natural nas vivências das
9E1.2 9E2.2 base nos critérios de sua 9E3.1 abordados pela mídia, tais
práticas corporais de
lógica interna. como doping, violência ou
aventura urbana e na
FÍSICA corrupção.
natureza.

Identificar as
características (códigos, Diferenciar as danças
rituais, elementos urbanas, seus elementos Avaliar a relação entre
9E1.3 técnico-táticos, 9E2.3 constitutivos e seu valor 9E3.1 as práticas corporais e
indumentária, materiais, cultural nas demais a promoção da saúde.
instalações, instituições) manifestações da dança.
das lutas.

Analisar as transformações
históricas, o processo de
esportivização e a
/////// ///////////////////////////// 9E2.4 //////// /////////////////////////////
midiatização das práticas
corporais, com ênfase nas
lutas.

Reconhecer Analisar Avaliar


Identificar a finalidade
Avaliar o uso do léxico (tais
de um texto em língua
Contrapor perspectivas como palavras
inglesa, com base em
sobre um mesmo assunto polissêmicas ou
9I1.1 sua estrutura, 9I1.12 9I3.1
em textos em língua expressões metafóricas)
organização textual,
inglesa. em textos em língua
pistas gráficas e/ou
inglesa.
aspectos linguísticos.

Avaliar a qualidade e a
Identificar o assunto de
validade das informações
um texto, a partir de sua
Distinguir fatos de opiniões veiculadas em textos
organização, de palavras
9I1.2 9I2.2 em textos em língua 9I3.2 de língua inglesa,
cognatas e/ou de
inglesa. incluindo textos
palavras formadas por
provenientes de
afixação.
ambientes virtuais.

LÍNGUA Localizar informações Avaliar a presença, no


INGLESA específicas, a partir de mundo globalizado, da
9I1.3 diferentes objetivos de ////// ////////////////////////// 9I3.3 língua inglesa e/ou de
leitura, em textos em produtos culturais de
língua inglesa. países de língua inglesa.

Reconhecer elementos
de forma e/ou conteúdo
de textos de cunho
artístico-cultural (artes,
9I1.4 ////// ////////////////////////// ////// /////////////////////////////
literatura, música,
dança, festividades,
entre outros) em língua
inglesa.

Identificar os recursos
verbais e/ou não verbais
9I1.5 que contribuem para a ////// ////////////////////////// ////// /////////////////////////////
construção da
argumentação em

41
textos em língua inglesa.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANASTASI, Anne. T
​ estes psicológicos​. Trad. Dante Moreira Leite. 2 ed. São Paulo: EPU, 1977.

BRADFIELD, James M.; MOREDOCK, H. Stewart. ​Medidas e testes em educação​:


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Roteiro para elaboração de itens de Matemática​. Brasília, 2009.

_______. ​Orientações para elaboração de itens para a Avaliação Nacional de Jovens e


Adultos​. Brasília, 2006.

_______. ​Exame Nacional do Ensino Médio​: fundamentação teórico-metodológica. Brasília,


2005. Disponível em: <http://www.publicacoes.inep.gov.br/detalhes.asp?pub=4005>.

_______. G
​ uia para elaboração de itens de Língua Portuguesa​. Brasília, 2003.

_______. E
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BRASIL. Ministério da Educação. ​Orientações curriculares para o ensino médio​:


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HALADYNA, Thomas M. ​Developing and validating multiple-choice test items​. 3 ed.,


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MACEDO, Lino de. A situação-problema como avaliação e como aprendizagem. In.


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Exame Nacional do Ensino Médio​: fundamentação teórico-metodológica. Brasília, 2005. p.
29-36. Disponível em: <http://www.publicacoes.inep.gov.br/detalhes.asp?pub=4005>.

VIANNA, Heraldo M. ​Testes em educação​. 4 ed. São Paulo: Ibrasa, 1982.

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