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Todos juntos
pela água
São Carlos
4ª EDIÇÃO 2022
ALERTA: faz uma chamada ao leitor
sobre um assunto.
226
DIÁRIO: convida você a fazer regis-
tros em um diário, para relatar seu
processo e poder refletir melhor so-
bre seus aprendizados e suas ações.
227
Olá bem-vindos ao Mó-
dulo III!
228
A diferença entre agir e
comportar-se
229
mum. A capacidade de agir em meio
à diversidade de ideias e posições é a
base da convivência democrática, da
participação, da liberdade e da possi-
bilidade de fazer história e criar novas
formas de ser e conviver.
230
ação passa-se no plano da atribuição
de sentidos às experiências humanas,
no qual se criam as regras do jogo so-
cial e da convivência. Arendt critica a
sociedade moderna porque consta-
ta nela progressiva perda da capaci-
dade de agir acaba por restringir as
possibilidades de ação. Em vez de dar
a seus membros a possibilidade de
agir e interferir, a sociedade de mas-
sas os trata como indivíduos isola-
dos dos quais espera certos tipos de
comportamentos, impondo padrões
preestabelecidos e esforçando-se por
“normalizar”, no sentido de padro-
nizar, a conduta dos grupos sociais.
Segundo Arendt (1989, p.50), nossa so-
ciedade tende a fazer os seres huma-
nos “comportarem-se, a abolir a ação
espontânea ou a reação inusitada”. A
ideia de que os sujeitos se comportam
em vez de agirem tomou conta do ima-
ginário moderno. O comportamento
substitui a ação como principal forma
de atividade humana. Esse reducionis-
mo, cuja expressão pode ser encontra-
da nas ciências comportamentais, está
231
de acordo com uma sociedade que se
estrutura para normatizar condutas. O
espaço da liberdade, do respeito à di-
versidade e à alteridade tende a ser
diluído na experiência da convivência
humana no mundo contemporâneo.
De fato: A triste verdade do behavioris-
mo [comportamentalismo] e da ver-
dade de suas “leis” é que quanto mais
pessoas existem, maior é a possibili-
dade de que se comportem e menor
a possibilidade de que tolerem o não
comportamento, e os eventos perde-
rão cada vez mais a sua importância,
isto é, sua capacidade de iluminar o
tempo histórico. A uniformidade esta-
tística não é de modo algum um ideal
científico inócuo, e sim o ideal político,
já agora não mais secreto, de uma so-
ciedade que, inteiramente submersa
na rotina do cotidiano, aceita pacifica-
mente uma concepção científica como
sendo inerente à sua própria existência
(Arendt, p.53). Outro aspecto importan-
te da diferença entre agir e comportar-
-se é que a ação se dá sempre como
expressão de um sujeito do mundo,
232
ou seja, um sujeito que se constitui so-
cialmente e comum. A ideia de com-
portamento, como nos fala Arendt na
citação acima, vem carregada da vi-
são que supõe um sujeito atomizado,
apartado e, nesse sentido, “privado”
da esfera das relações históricas e so-
ciais coletiva. Um sujeito sem histórias
e sociais coletivos. Um sujeito sem his-
tória e sem vínculos, que apenas se
modela aos padrões preestabelecidos
e age de forma que consiga a melhor
adaptação possível.
233
O sentimento de inconfor-
midade com o uso não ra-
cional da água é o princípio
para a mudança de hábi-
tos e cultura. Precisamos
mudar a forma de olhar
para a água. Não pode-
mos mais cultivar a lógica
da abundância. É preciso cuidar de cada gota de
água. E esse cuidado deve passar por todas as
áreas, desde o cidadão comum até os diferentes
usuários da água. Por onde podemos começar?
234
O que podemos fazer?
235
A seguir algumas defini-
ções: A mobilização so-
cial é considerada um
processo permanente de
animação e promoção do
envolvimento de pessoas
por meio do fornecimen-
to de informações e cons-
tituição de espaços de participação e diálogo
relacionados ao que se pretende promover.
CLIQUE AQUI
236
Multiplicador, você já parti-
cipou de algum processo de
mobilização social?
237
postagem relativa ao tema água.
238
Que tal se inspirar em al-
guém que já fez alguma
coisa? O vídeo a seguir foi
produzido pela estudante
Maressa Eduarda de Sou-
za, de 11 anos, moradora
de Mairiporã, um município
com um importante manancial que abastece a
cidade de São Paulo.
CLIQUE AQUI
239
A Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio
Ambiente (CNIJMA) tem por objetivo fortalecer a
cidadania ambiental nas escolas e comunidades,
por meio de uma educação crítica, participativa,
democrática e transformadora. É composta por
4 etapas: escolar, regional, estadual e nacional.
Caracteriza-se por um processo dinâmico de en-
contros e diálogos para debater temas propostos,
deliberar coletivamente e escolher os represen-
tantes que levarão as ideias às etapas sucessivas.
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240
Sente-se animado para fazer alguma coisa?
- Banho rápido;
- Feche a torneira ao escovar os dentes;
- Enxágue a louça toda de uma vez;
- Use a máquina de lavar roupas com
sua capacidade máxima;
- Evite lavar carro, mas se for lavá-lo use
pouca água;
- Consuma somente o necessário (rou-
pas, papel, eletrônicos, garrafas pet), pois
tudo isso leva muita água na produção;
- Deligue a TV, a luz, equipamentos do-
mésticos quando não estiverem em uso.
241
Consuma produtos que impactam me-
nos a qualidade da água:
242
Junte outros jovens e organizem um Co-
letivo Jovem. Há muitos no Brasil.
CLIQUE AQUI
243
Sugira aos alunos que realizem uma pesquisa
na internet a respeito dos Coletivos Jovens. É
possível encontrar grupos de jovens envolvidos
com determinadas causas em igrejas, clubes,
associações, grupos de escoteiro etc.
244
também pode ajudar a organizar a Co-
missão de Meio Ambiente e Qualidade
de Vida da sua Escola - COM-VIDA.
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245
Nas campanhas ou mobilizações usem
cartazes, jornais, camisetas, passeatas,
seja criativo e nunca se esqueça de culti-
var uma postura de respeito e paz.
Outra dica...
CLIQUE AQUI
246
Escute um Podcast criado pelo Departamento
de Águas e Energia Elétrica (DAEE), sobre a te-
mática água no Estado de São Paulo. Escolha
uma temática que desejar!
CLIQUE AQUI
247
Você sabia que é possível construir mo-
radias que aproveitem a água de chu-
va ou água usada na própria casa para
usos menos nobres como de cargas ou
regar jardins?
CLIQUE AQUI
248
O Programa “Cultivando
Água Boa” traz grande
diversidade de materiais
sobre projetos, progra-
mas, eventos, cursos e
ações relacionadas à te-
mática da água. Vamos
conhecer algumas dessas técnicas de mobiliza-
ção social propostas por este Programa? Veja,
no link a seguir:
CLIQUE AQUI
249
do Água Boa inspirou-se nessa metodologia
para desenvolver essa etapa do programa.
Vale esclarecer que a Agenda 21 do Pedaço
- cartilha metodológica, relata o processo de
construção da agenda 21 das comunidades.
Ela foi editada em várias versões para diver-
sos projetos.
250
ambiente e como responsável por sua pre-
servação;
251
O Programa Cultivando
Água Boa facilita a articula-
ção de parcerias para via-
bilizar ações previstas no
“Caminho Adiante” e para
formalizar o compromis-
so das instituições e atores
envolvidos na formalização de um documento
chamado “Carta do Pacto das Águas”. Em oca-
sião festiva, assinam em conjunto comunidade,
lideranças e autoridades um compromisso com
a sustentabilidade. Está lançada a “Agenda 21
do Pedaço”.
252
importância da preservação da água e desta-
cam algumas das consequências da falta da
água potável no Planeta.
CLIQUE AQUI
253
Faça a seguinte pergunta: “Se vocês pergun-
tassem às suas famílias, seus vizinhos, amigos
e colegas, quantos diriam que não precisam de
água para viver?”. Certamente, a resposta será
“Nenhum!”. Com isso, você pode ressaltar que,
um bem/recurso que é compartilhado por to-
dos deve ser preservado por todos, por meio
de ações conjuntas, decididas coletivamente.
Por isso, a mobilização e a participação social
são tão importantes e necessárias.
254
Atividade sugerida para a sala
de aula – Proposta 1 - (Ativida-
de não avaliativa)
255
das turmas e registre todas as
etapas destas atividades.
CLIQUE AQUI
Mais Dicas:
256
mações e os convença de que há muitas
maneiras de usar a água na produção,
evitando-se desperdício e, melhor, eco-
nomizando dinheiros com energia e fer-
tilizantes.
Mais Dicas:
257
Mais Dicas:
Mais Dicas:
258
Mais Dicas:
259
Esse sistema apresenta bons resultados eco-
nômicos e sociais, sendo mais adequado para
pequenos produtores rurais.
Mais Dicas:
260
Mais Dicas:
Você sabia que existem fontes de finan-
ciamento, ou seja, recursos para garantir o
acesso à água nas escolas e comunidade,
especialmente, em regiões semiáridas?
CLIQUE AQUI
261
Mais Dicas:
Se sua escola ou comunidade encontra-
-se em região semiárida, pesquise sobre
esses e outros programas e incentive os
adultos a buscarem recursos para ga-
rantir o acesso à água. Além disso, auxilie
com informações que possibilitem a fis-
calização da utilização desses recursos.
262
nessa conversa sejam citados os órgãos ou ins-
tituições que financiam esses projetos.
263
pesquisar se há Comitê de Bacia Hidrográfica
na região.
CLIQUE AQUI
264
O portal dos Comitês de Bacia Hidrográfica
pode te ajudar nessa pesquisa:
CLIQUE AQUI
265
Conteúdos da Unidade
266
dade fictícia de HIDRÓPOLIS. Essa cidade cres-
ceu sem a preocupação de seus habitantes em
preservar os recursos naturais e hoje se encon-
tra com graves problemas ambientais. Vamos
lá mudar esse cenário?
Vamos lá!
267
b) Fazer reuniões semanais na escola para dis-
cutir sobre assunto; fazer caminhadas; consumir
produtos orgânicos; não desligar os aparelhos
que gastem energia enquanto estão em uso.
268
a) Só observar os problemas relacionados à
água do jeito em que se encontram. Não po-
demos fazer nada, já que a escassez de água é
inevitável.
269
3. De que outra maneira você poderia ajudar a
difundir o conhecimento sobre o consumo sus-
tentável da água em sua comunidade? (gaba-
rito no final)
270
4. Contagiar as pessoas com a vontade de mu-
dar já é um bom começo. Que tal convencer
também o Sr. Manoel, produtor de tomates, a
contribuir com a preservação dos recursos hí-
dricos? O que você falaria com ele? (gabarito
no final)
271
5. O comitê de bacias hidrográficas também
pode ajudar muito a mudar esse cenário. Você
se lembra para qual finalidade ele existe? (ga-
barito no final)
272
6. De que outra forma você poderia participar
para ajudar a cuidar do meio ambiente? (ga-
barito no final)
273
Gabarito:
274
rativismo é um modo eficiente para divulgar e
compartilhar informações sobre a água.
275
Questão 6- RESPOSTA CERTA “C”: Muito bem,
você acertou! Isso mesmo, os coletivos são gru-
pos informais de jovens para organização e
mobilização sobre questões ambientais, e você
pode criar um grupo caso não exista um perto
de onde você mora.
276
Não fique parado, mãos
à obra!
REFERÊNCIAS
277
BRASIL. Órgão Gestor da Política Nacional de
Educação Ambiental. II Conferência Nacional
Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente - Série
Documentos Técnicos, nº 11. Brasília, DF: 2007.
Disponível em:http://portal.mec.gov.br/index.
php?option=com_docman&view=download&a-
lias=9918-doc-tecnico-11-2-conferencia-infan-
to&category_slug=fevereiro-2012-pdf&Ite-
mid=30192 Acesso em: 24 set. de 2021.
278
BRASIL. PáginaWeb da Agência Nacional de
Águas e Saneamento Básico - ANA. Disponí-
vel em: https://www.gov.br/ana/pt-br/aces-
so-a-informacao/acoes-e-programas/co-
operacao-internacional/agua-no-mundo/
programa-cultivando-agua-boa Acesso em: 24
set. de 2021.
279
BRASIL. PáginaWeb da Agência Nacional de
Águas e Saneamento Básico - ANA. Comitês
de Bacia Hidrográfica. Disponível em: https://
www.gov.br/ana/pt-br/assuntos/gestao-das-
-aguas/fortalecimento-dos-entes-do-singreh/
comites-de-bacia-hidrografica Acesso em: 24
set. 2021
280
Anexo para o Módulo III
281
jovens para planejarem uma ação re-
lacionada com a água. Você pode au-
xiliar a turma a mobilizar o máximo de
pessoas possíveis, por meio das redes
sociais, e programar um dia para pro-
mover um Flash Mob tendo a água
como a causa. Explore as ideias das
turmas e registre todas as etapas des-
tas atividades.
282