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Ano: 2016
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Frediana Vezzaro de Medeiros
2016
Curitiba, PR
Editora São Braz
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FICHA CATALOGRÁFICA
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PALAVRA DA INSTITUIÇÃO
Caro(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz!
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Apresentação da disciplina
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Aula 1 – A gestão escolar, democracia e autonomia na sociedade
contemporânea: conceitos e definições
Apresentação Aula 1
Vocabulario
Sociedade contemporânea – sociedade atual caracterizada
por um mundo globalização que geram novas formas de
pensar, sentir a agir em todas as pessoas da chamada “aldeia
global”.
Gestão democrática - forma de gestão que busca colocar em
prática as ideias de coletividade, comunidade, co-participação
e valorização da opinião do outro.
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Não é estranho afirmar que o profissional que se propõe a trabalhar nessa
função terá muitos desafios e conquistas frente a diversidade de ideias e
opiniões com que ele ou ela poderá trabalhar.
Para que esse sistema funcione de forma integrada, deve-se propor uma
colaboração mútua entre todos os envolvidos, desprendida de interesses
individuais e vaidades para que venha realmente ter uma gestão escolar
democrática.
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pelo consumo (que se tornaram uma ideologia dominante) são a fonte de novos
comportamentos totalitários que se instala no mundo contaminado pela
violência, pela falta de tolerância e por toda a ordem de questões que
desmantelam a integridade humana.
Vídeo
Para aprimorar seus conhecimentos, assista ao vídeo no link
sugerido abaixo, contendo entrevista com Vitor Henrique Paro
sobre Gestão Escolar Democrática:
Link: https://www.youtube.com/watch?v=WhvyRmJatRs
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pensadas, construídas e validadas com a chancela de decisões políticas e,
portanto, devem ser muito bem assistidas pelos cidadãos, especialmente por
aqueles que lutam e representam outros grupos sociais que, aqui, no nosso caso
é a instituição escolar.
Deve-se considerar a gestão da sociedade globalizada numa correlação
com a gestão educacional, pois. O cenário econômico e social tem forte impacto
na condução das práticas gestoras da escola.
Libâneo, Oliveira, Toschi (2012), afirmam que:
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que considerar importante deixar claro, é que as concepções adotadas pelas
escolas e por seus gestores estão intimamente ligadas à ideia que se tem sobre
as finalidades sociais e políticas da educação.
Para Refletir
“Os gestores, particularmente, devem lembrar que as decisões
tomadas, o modo como lidam com o poder e a forma como
administram o trabalho coletivo interfere direta e indiretamente
nos caminhos da sociedade. Quem está em cargo de liderança
precisa ter clareza das implicações das atitudes cotidianas e
estar ciente da responsabilidade pelos rumos que se seguem
quando projetos são elaborados, mudanças são promovidas
no currículo e nos critérios de avaliação do rendimento dos
alunos e decisões são tomadas em reuniões com os pais ou
com a comunidade escolar”. (RIOS, 2011, p.54).
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Administração será, assim, como já defini anteriormente (PARO, 1986)
utilização racional de recursos para a realização de determinados fins.
(PARO, 1998, p. 04).
Isso pode ser constatado nas ideias de Libâneo, Oliveira e Toschi (2012),
quando afirmam que:
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A concepção autogestionária baseia-se na responsabilidade coletiva,
na ausência de direção centralizada e na acentuação da participação
direta e por igual de todos os membros da instituição. Tende a recusar
o exercício de autoridade e as formas mais sistematizadas de
organização e gestão. Na organização escolar, em contraposição aos
elementos instituídos (normas, regulamentos, procedimentos já
definidos), valoriza especialmente os elementos instituístes
(capacidade do grupo de criar, instituir, suas próprias normas e
procedimentos). (LIBÂNEO, OLIVEIRA e TOSCHI, 2012, p. 446).
Para Refletir
Analise e reflita com atenção essa concepção. De que forma
é possível propor essa modalidade de gestão? Como essa
proposta de trabalho autogestionária terá resultados
satisfatórios e que beneficiem o coletivo? Quais são os
requisitos elementares para que essa concepção seja
adotada e assumida com responsabilidade por todos nas
escolas?
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ao gestor ou a gestora que assume esse compromisso, especialmente, nessa
perspectiva apresentada acima.
planejamento de atividades;
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O professor apresenta e discute, com o corpo docente, as dificuldades de
aprendizagem dos alunos, definindo práticas comuns a serem priorizadas nos
planos de ensino.
Saiba Mais
Para saber mais obre a relevância da gestão democrática e
participativa leia os artigos:
- A Relevância da Gestão democrática e participativa no
contexto educacional, de autoria de Magno da Nóbrega
Lisboa. Disponível no acesso:
http://editorarealize.com.br/revistas/fiped/trabalhos/Modalidad
e_2datahora_16_06_2014_22_02_58_idinscrito_1158_b66f6
2d9c98232139741d879d5f2b2ab.pdf
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Na modalidade da gestão democrático-participativa, a relação existente
entre a direção da escola e os participantes do processo escolar, é aberta e
direta.
Pesquise
Leia a entrevista com Heloísa Lück, na qual abordam-se os
desafios da liderança nas escolas, e efetue uma pesquisa
sobre as distintas modalidades de dirigir uma escola para que
ela melhore continuamente.
Link: http://gestaoescolar.abril.com.br/formacao/toda-forca-
lider-448526.shtml
Resumo da aula 1
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Atividade de Aprendizagem
Construa um organograma do mecanismo administrativo
vigente da escola que você atua. Compartilhe com seus
companheiros de estudo e analise debatendo as mudanças
necessárias para alcançar uma gestão democrática.
Apresentação Aula 2
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Vocabulario
Organizações auxiliares da escola: Instâncias colegiadas
que auxiliam na execução do projeto educacional pedagógico
proposto pela gestão escolar vigente, dentro de uma
perspectiva de gestão democrática e participativa. Quando
assumidas com responsabilidade e compromisso, essas
organizações contribuem significativamente para o alcance dos
objetivos coletivos que foram delineados por todos.
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espírito crítico estão ligados: Ao objetivo a ser alcançado na produção do
conhecimento.
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se que a participação dos professores na elaboração do PPP e da comunidade
escolar nos conselhos foi destaque para que realmente sejam eficientes e
legítimas no que se refere à execução das ações que tenham pais, alunos,
docentes e funcionários com pano de fundo do processo de gestão participativa.
Importante
A LDB 9394/96, em seu artigo 14, determina que:
Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão
democrática do ensino público na educação básica, de
acordo com suas peculiaridades e conforme os seguintes
princípios:
I – Participação dos profissionais da educação na
elaboração do projeto político pedagógico da escola;
II – participação das comunidades escolar e local em
conselhos escolares ou equivalentes. (BRASIL, 1996,
p.10).
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a intenção de que toda a comunidade escolar perceba a escola como um local
coletivo de formação e exercício da cidadania.
Para Refletir
Reflita:
“Tudo o que a gente puder fazer no sentido de convocar os
que vivem em torno da escola, e dentro da escola, no sentido
de participarem, de tomarem um pouco o destino da escola na
mão, também. Tudo o que a gente puder fazer nesse sentido
é pouco ainda, considerando o trabalho imenso que se põe
diante de nós que é o de assumir esse país
democraticamente.” (FREIRE, 1996).
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outros membros da comunidade, admitindo-se, porém, outras
alternativas. (PILETTI, 2004, p. 169).
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da APM, das escolas oficiais do Estado de São Paulo (Decreto nº 12.983, de
15/12/78), “a APM, instituição auxiliar da escola, terá por finalidade colaborar no
aprimoramento do processo educacional, na assistência ao escolar e na
integração família-escola-comunidade.”
a melhoria do ensino;
o desenvolvimento de atividades de assistência ao educando nas
questões socioeconômicas e de saúde;
a organização de atividades culturais e de lazer que envolvam a
participação integrada de pais, alunos e professores.
Essas são algumas das atribuições da APM que deve se mostrar ativa
para que realmente execute tais medidas. Nada será realizado quando houver
um grupo passivo em relação às ações que devem ter como iniciativa a APM da
escola.
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Conforme citação acima, a APM que deveria ser mais que uma parceira,
acaba sendo mais um desafio posto ao gestor, visto que todas as instituições
auxiliares visam somar forças para alcançar objetivos pedagógicos, financeiros
e administrativos, no entanto, mediar todos esses grupos não é uma tarefa
simples, pois são compostos por seres humanos, os quais possuem suas
limitações, potencialidades e vaidades. Quando fala-se de participação, decisão
e representatividade, todos necessitam de seu espaço. Espaço para falar e
espaço para ouvir, devendo ser compreendido por todos, especialmente pelos
profissionais da educação que debatem essas questões no percurso de sua
formação acadêmica.
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Saiba Mais
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consequências de uma possível reprovação vão muito além da simples falta de
esforço e é isso que deve ser analisado com cuidado e atenção. Infelizmente
ainda há aqueles que usam o Conselho de Classe como um espaço para rotular
alunos e manifestar pontos de vista excludentes, o que torna o momento
desgastante e interminável.
Pesquise
Leia a cartilha sobre O Programa Nacional de Fortalecimento
dos Conselhos Escolares – Volume 5, e pesquise sobre a
importância dos conselhos escolares.
Link:
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/ce_cad5.
pdf
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Vídeo
Assista o vídeo que retrata uma experiência de parceria entre
pais alunos, professores e equipe pedagógica que deu certo em
uma perspectiva de Conselho de Classe participativo.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=rMSrmTP-ufE
Curiosidade
Em 4 de novembro de 1985, foi promulgada a Lei nº 7398, cujo
artigo 1º assegura aos estudantes dos estabelecimentos de
ensino fundamental e ensino médio a organização de grêmios
estudantis como entidades autônomas, representativas dos
interesses dos estudantes, como finalidades educacionais,
culturais, cívicas, desportivas e sociais. Nesse mesmo período
que a vigência da Ditadura militar chega ao fim no sistema
presidencial do Brasil.
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Resumo da Aula 2
Atividade de Aprendizagem
Discuta com seu grupo: Em que grau a finalidade das instituições
auxiliares da escola estão sendo cumpridas? Você acredita que
a escola tem condições de assumir uma proposta de autonomia
no que se refere a essas instituições (Conselho escolar, APM,
Conselho de Classe e Grêmio estudantil)?
Apresentação aula 3
Nesta aula da disciplina Teoria e Prática da gestão democrática. Será
explanado sobre o clima e a cultura escolar numa perspectiva de gestão
democrática. O trabalho do gestor, suas funções e atribuições no cotidiano das
instituições e como a atuação docente pode contribuir no sucesso da gestão em
exercício.
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administração. Administração de pessoas, de recursos financeiros, materiais e
estruturais, etc. Mas vejam: o que vem a ser a administração de uma escola?
Quais as especificidades desse ambiente que formam uma cultura escolar
muito própria e repleta de particularidades? Como o gestor democrático pode
administrar um espaço carregado de diversidade, igualdades e diferenças?
A ideia dessa aula não é dar respostas prontas, mas lançar olhares ao
campo da gestão (democrática) propondo reflexões sobre o clima e a cultura
escolar que se faz presente nas escolas brasileiras.
Os processos de gestão assumem diversos e modelos e definições,
conforme a concepção que se tenha assumido no projeto político pedagógico da
escola e até mesmo no mandato da gestão. As concepções adotadas pelas
escolas e por seus gestores estão intimamente ligadas: à ideia que se tem sobre
as finalidades sociais e políticas da educação.
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parceria e troca de experiências que o gestor vai se moldando e se consolidando
num processo contínuo de aprendizagem colaborativa com seus pares.
Vocabulario
Cultura escolar: é a cultura educativa e social de uma
instituição escolar que tem suas características próprias em
relação à participação e processos de ensino-aprendizagem
dos estudantes, formação continuada dos docentes e
envolvimento da comunidade escolar. A cultura escolar vai se
consolidando na medida que a escola solidifica seu projeto
político e social de educação.
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Assim, o exercício da gestão requer conhecimentos, habilidades e
mudanças na forma de agir e pensar para além de si mesmo. Por isso, é
importante que o gestor tenha convicção de seus ideais políticos e educacionais,
bem como no seu estilo próprio de gestão do trabalho pedagógico para que
possa influenciar positivamente seu grupo, sendo capaz de interpretar as
aspirações comuns e lutar por elas.
Mesmo com a escola enfrentando uma crise social, ela caminha em busca
de uma nova identidade e, dessa maneira, não pode-se acreditar que o trabalho
do gestor seja passageiro de modo que, após esse período, não haja mais crises,
conflitos ou problemas na escola. Pelo contrário, na medida que as pessoas se
socializam, se desenvolvem e tem mais acesso ao conhecimento, mais críticas
e conflituosas elas se tornam. Assim, saber gerir todas essas características
presentes na sociedade e na cultura escolar é uma habilidade fundamental para
o gestor com características democráticas e participativas.
Importante
“Na administração da educação, assim como na administração
de qualquer instituição social, seja ela Estado, Secretaria de
Educação ou escola, não podemos ignorar que estamos lidando,
essencialmente, com relações sociais, humanas e culturais.
Portanto, a função principal de um dirigente não é apenas dar
conta, tecnicamente, da administração da empresa, porque a
escola não é uma empresa – ela é um empreendimento cultural”.
(RODRIGUES, 1987, p. 104).
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A cultura escolar, entendida como a cultura de uma escola, [...] se
manifesta através de formas específicas de comunicação, na
realização de atividades pessoais, na maneira como as decisões são
tomadas pela gestão da escola, no clima social da escola e nas
opiniões partilhadas pela população escolar.
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Saiba Mais
Para saber mais sobre o clima e a cultura organizacional acesse o
artigo e a apresentação abaixo:
- A influência do clima e cultura organizacional na gestão de uma
escola do ensino fundamental, de autoria de Fernando Antonio de
Melo Pereira, Elane de Oliveira e Jeanne Christine Mendes Teixeira.
Disponível no acesso:
http://revista.uepb.edu.br/index.php/qualitas/article/viewFile/1521/9
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pelo planejamento e execução, mas a responsabilidade direta e legal é do gestor
e da equipe pedagógica.
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escola esteja aberta a novidades, tendo alta capacidade de liderança positiva no
sentido de envolver os professores e toda a equipe da escola nas iniciativas
realizadas. Quantas promoções, quantos eventos, quantas festividades e feiras
a escola não promove? Sentir-se pertencente a tudo isso e comprometer-se com
os acontecimentos da escola é prova de envolvimento e seriedade no trabalho
que se propõe a realizar. Embora saibamos das limitações financeiras que a
escola passa e da falta de valorização dos profissionais que atuam nos espaços
escolares, é fato que lutar por uma causa a fará grandiosa e, consequentemente,
mais valorizada. Talvez, essa valorização não ocorra no momento presente, mas
os frutos da luta serão colhidos pelos futuros profissionais da educação.
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e despesas e isso deve ser muito bem compreendido e acompanhado pelo
gestor escolar.
Vale destacar que toda essa responsabilidade no que se refere a função
do gestor e suas atribuições não é assumida e realizada sozinha. Há uma equipe
corresponsável que deve assegurar o desenvolvimento satisfatório dessa
proposta de trabalho. Equipe composta por gestores pedagógicos, professores,
funcionários, pais, alunos, cada qual com sua responsabilidade. Mas,
infelizmente, em alguns casos, o que se costuma fazer é culpar somente e
unicamente o gestor pelas falhas, imprevistos e percalços do dia a dia.
Quando a equipe assume suas responsabilidades, seus erros e acertos
todos têm a ganhar. Os professores ganham porque conseguem realizar seu
trabalho com satisfação e entusiasmo; os pais ganham porque percebem que o
objetivo principal da escola que é educar intelectualmente seus filhos está sendo
alcançado; a equipe pedagógica ganha porque sabe que todo o esforço e
planejamento do trabalho não foi em vão, a equipe de funcionário ganha porque
consegue realizar seu trabalho sem pessoas insatisfeitas reclamando e julgando
a atitude do outro.
Enfim, há ainda um caminho longo a percorrer para que essa trajetória de
comunhão e ajuda mútua seja uma constante no campo da educação. Somente
quando as pessoas aplicarem os preceitos elementares de cooperação e
coletividade nas instâncias mais comuns da vida para além do discurso é que
terá uma verdadeira escola democrática e participativa.
Nessa mesma perspectiva, para finalizar a nossa discussão dessa
terceira aula, vale a pena destacar as palavras de Freire (1996, p. 33), quando
ensina que:
Mulheres e homens, seres históricos-sociais, nos tornamos capazes de
comparar, de valorar, de intervir, de escolher, de decidir, de romper,
por tudo isso nós fazemos seres éticos. Só somos porque estamos
sendo. Estar sendo é a condição, entre nós, para ser. Não é possível
pensar os seres humanos longe, sequer, da ética, quanto mais fora
dela. Estar longe, ou pior, fora da ética, entre nós, mulheres e homens,
é uma transgressão. É por isso que transformar a experiência
educativa em puro treinamento técnico é amesquinhar o que há de
fundamentalmente humano no exercício educativo: o seu caráter
formador. Se se respeita a natureza do ser humano, o ensino dos
conteúdos não pode dar-se alheio à formação moral do educando.
Educar é substantivamente formar. (FREIRE, 1996, p.33).
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Pesquise
Pesquise sobre o conceito de cultural escolar, e quais as suas
contribuições na atualidade.
Resumo da Aula 3
Atividade de Aprendizagem
Como você percebe a cultura escolar na instituição de ensino
que você trabalha. Quais são as características que consolidam
a proposta dessa escola? Discorra sobre o tema.
Apresentação aula 4
Nesta aula o foco será no projeto educativo da Escola da Ponte, o qual foi
consolidado com o apoio do gestor professor José Pacheco, dos professores e
dos estudantes. Situada em Portugal, no distrito do Porto, a Escola da Ponte se
consolidou em princípios construtivistas e tem como filosofia central a educação
democrática e participativa.
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4. Escola da Ponte: Um modelo de gestão democrática e participativa
Vocabulario
Dispositivos pedagógicos: São Recursos de Aprendizagem e
meios para desenvolver a proposta da Escola da Ponte.
Assembleia: Reunião de alunos para debater ideias, fazer
escolhas, encontrar soluções para o cotidiano da Escola da
Ponte.
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Portanto, se o governo discordar de tudo aquilo que fazemos, defronta-
se com este obstáculo: os pais. Eles são a garantia de que o projeto
vai continuar. (PACHECO, 2004).
Importante
Vasconcellos (2006), reforça que:
Para entender a Ponte, creio que não podemos esquecer do
peso da estrutura curricular, que é outro aspecto que chama
a atenção: não haver “salas de aula”, professores e alunos
isolados, “aula”, horários fragmentados, séries, reprovação.
Podemos dizer que o projeto está, sobretudo, nas pessoas,
porém também na estrutura curricular. Assim como não há
estrutura que funcione sem o ser humano, não há estrutura
neutra. (VASCONCELLOS, 2006, p. 03).
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Essa estrutura curricular considerada “mais aberta” favorece inúmeros
aspectos no processo de construção do conhecimento, pois os núcleos de
projetos, como são chamados, determinam os grupos de pesquisa conforme a
área de interesse e o nível de aprofundamento das questões estudadas e
pesquisadas.
Iniciação;
Consolidação;
Aprofundamento.
Vídeo
Assista o vídeo com a entrevista de José Pacheco, sobre a
Escola da Ponte.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=53bNtzTVix4
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Desenvolvimento Linguístico;
Lógico-matemático;
Naturalista.
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Saiba Mais
Para saber mais sobre a escola da Ponte, leia a matéria Escola
da Ponte radicaliza a ideia de autonomia dos estudantes.
Disponível no acesso:
http://educacaointegral.org.br/experiencias-
internacionais/escola-da-ponte-radicaliza-ideia-de-autonomia-
dos-estudantes/
Para Refletir
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queríamos saber tudo da escola, e ele com paciência ia explicando. Ao
analisarmos o conteúdo do Projeto Educativo da Escola da Ponte,
constatamos que é relativamente simples (existem projetos de escolas
brasileiras muito mais sofisticados do ponto de vista teórico ou ousados
quanto aos valores que se propõem). A grande diferença é que lá o
projeto se efetiva, “sai do papel”, não de forma espontânea, mas a
partir do compromisso das pessoas e das mediações pedagógicas,
comunitárias e administrativas desenvolvidas. (VASCONCELLOS,
2006, p.2-3).
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refletir, ser apropriado, tolerar, ser solidário, trabalhar em equipe,
respeitar o outro, partilhar de recursos e tarefas, aprender na relação
com os outros, com a autoridade, com a regra, com a instituição.
(COSTA, 2004, p. 20).
Fonte: http://www.escoladaponte.pt/site/ficheiros/imagens/logoescoladaponte.jpg
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Saiba Mais
Leia abaixo o texto escrito por alunos da Escola da Ponte e
exposto na parede de uma sala de aula, o qual revela um
pouco da essência do trabalho feito na escola.
APRENDER A ESTUDAR
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A proposta pedagógica se consolida baseada em aspectos tais como:
participação efetiva da família, estrutura, funcionamento e dimensão curricular
baseadas em princípios de coletividade e ajuda mútua e do construtivismo.
Nesse sentido, uma escola democrática irá formar alunos autônomos e
conscientes de seu papel transformador na escola e na sociedade.
Resumo da Aula 4
Atividade de Aprendizagem
Pense sobre as questões abaixo e compartilhe seu ponto de
vista com os colegas:
1. Como a Escola da Ponte conseguiu superar a estrutura da
organização em classe, focando a heterogeneidade das
crianças?
2. Como pode uma escola sobreviver a tantas pressões e
resistir?
3. Como mudar a escola “com” os professores e não “contra”
os professores?
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Resumo da Disciplina
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Referências
NÓVOA, Antonio. Para uma análise das instituições escolares. In: NÓVOA,
A. As organizações escolares em análise. Lisboa: D. Quixote, 1995.
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RELATOS, Revista. Semana de Estudos em Portugal. São Paulo: PDEA em
Foco, 2004.
RIOS, Terezinha Azerêdo. “A política do dia a dia”, Gestão Escolar, ano II, nº 11,
dezembro 2010/janeiro de 2011, p. 54.
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