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português no exterior: de português no exterior” é uma iniciativa do Mi- a compreensão do português como
nistério das Relações Exteriores que visa a preen- língua pluricêntrica. Nessa perspectiva,
• Português nas unidades da rede de cher uma lacuna metodológica nas suas unidades busca-se, no cerne de sua textualização,
ensino do Itamaraty em países de língua de ensino de português. Os guias curriculares discutir o ensino do idioma em unida-
oficial espanhola permitem harmonizar o conteúdo dos cursos des da rede de ensino do Itamaraty em
• Português nas unidades da rede de
ensino do Itamaraty em países de língua
de português oferecidos pelo centros culturais países de língua oficial portuguesa e
e núcleos de estudos do Itamaraty no exterior apresentar um referencial curricular
oficial portuguesa
que, juntamente com os leitorados, constituem que possa estruturar o desenvolvi-
• Literatura brasileira nas unidades da
uma rede de ensino de português criada há cerca mento do trabalho nesses contextos,
rede de ensino do Itamaraty no exterior
• Português para praticantes de capoeira
• Português como língua de herança
de oitenta anos e que hoje atende milhares de
alunos em diversos contextos. PORTUGUÊSNASUNIDADESDA com indicação de uma orientação
intercultural para a ação pedagógica.
Embora pensadas a partir das necessidades
de sua rede de postos, as propostas não se des-
REDEDEENSINODOITAMARATY Tomando o seu ensino nas unidades da
rede como uma experiência de intera-
tinam exclusivamente ao ensino de português
pelos centros culturais e núcleos. Professores,
EMPAÍSESDELÍNGUA ção com outra(s) variante(s), optou-se
OFICIALPORTUGUESA
por uma denominação dos cursos, que
pesquisadores e estudantes de quaisquer ins- caracterize a atividade educacional pelo
tituições poderão beneficiar-se desse pioneiro seu aspecto mais notório, que é o da
esforço de reflexão como referência para o de- interculturalidade.
senvolvimento de suas práticas docentes e de
pesquisa.
ISBN 978-85-7631-830-9
OFICIALPORTUGUESA
por uma denominação dos cursos, que
pesquisadores e estudantes de quaisquer ins- caracterize a atividade educacional pelo
tituições poderão beneficiar-se desse pioneiro seu aspecto mais notório, que é o da
esforço de reflexão como referência para o de- interculturalidade.
senvolvimento de suas práticas docentes e de
pesquisa.
ISBN 978-85-7631-830-9
Coordenador acadêmico:
Nelson Viana
Consultora/elaboradora:
Christiane Dias
Equipe Técnica:
Acauã Lucas Leotta
Bruno Miranda Zétola
Denivon Cordeiro de Carvalho
Fernanda Antunes Siqueira
Gabriela Del Rio de Rezende
Higor Francisco Gomes
Luiz Antônio Gusmão
Wellington Bujokas
Revisão:
Kamilla Sousa Coelho
Roberto Goidanich
ISBN 978-85-7631-830-9
CDD 469.07
CDU 811.134.3´24
Nelson Viana
SUMÁRIO
Lista de quadros...................................................................................... 15
Introdução............................................................................................... 17
Considerações finais.............................................................................. 51
Referências.............................................................................................. 53
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
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LISTA DE QUADROS
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INTRODUÇÃO
1 Em 2009, a África do Sul também recebeu um centro (Centro Cultural Brasil-África do Sul).
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Secretaria de Comunicação e Cultura
São Tomé e Príncipe São Tomé Centro Cultural Brasil-São Tomé e Príncipe 2008
2 A Rede Brasil Cultural é formada pelos centros culturais, 40 leitorados e cinco núcleos de
estudo e está presente em cinco continentes. Para mais informações sobre a rede, consultar:
<http://redebrasilcultural.itamaraty.gov.br/menu-a-rede/menu-apresentacao>.
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Itamaraty em países de língua oficial portuguesa
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1. O ENSINO DE PORTUGUÊS EM PAÍSES
DE LÍNGUA OFICIAL PORTUGUESA
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pelo fato de, além de ser a língua de status oficial, ter apresentado, desde
o século passado, crescimento no cenário mundial, o que tem feito
com que muitos estudantes, ao concluírem o ensino básico, procurem
cursos para aperfeiçoamento em português. Isto porque, mesmo com
a prevalência da língua portuguesa nos currículos escolares locais, as
práticas em muitos contextos se desenvolvem majoritariamente em
uma ou outra língua autóctone, inegavelmente a língua “da vida” dessas
populações, presente nas interações domésticas, afetivas, em muitas
manifestações culturais e no cotidiano de forma geral. A escolha pelo
uso da(s) língua(s) local(is) reserva ao português o espaço institucional
geralmente estatal e faz o idioma perder força nessas outras esferas.
Brito (2010), se referindo a Moçambique, afirma: “Verifica-se, no país,
a mistura de sistemas no falar cotidiano e a imposição do padrão
europeu de português em ambiente escolar” (BRITO, 2010, p. 79).
Sobre a realidade angolana, Bernardo (2017) aponta que o ensino
de língua portuguesa nas escolas não se beneficia como poderia da
variante do português local.
Ao mesmo tempo, a língua oficial está sujeita a um encontro
enriquecedor e transformador com as línguas próprias dos territórios,
promovendo, na interação, uma hibridização linguística e o surgimento
de variedades outras do português, que não as já estabilizadas normas
do português do Brasil e do português europeu. Esse encontro se faz
com aproximações e resistências, e algumas vezes impossibilita a
compreensão de que outra norma possa vir a surgir, o que cria no
imaginário das pessoas a noção de que seu falar é “errado”, já que
não segue o modelo da língua ensinada na escola. No Brasil, esta
questão tem sido tratada pela linguística como preconceito linguístico
(BAGNO, 1999). A escolha do currículo para o ensino de língua
portuguesa e a formação de professores, muitas vezes importada de
modelos pensados para outros contextos, também concorrem para a
insistência nessa percepção.
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2. PROPOSTA DE NÍVEIS DE PROFICIÊNCIA
PARA ALINHAMENTO DE CURSOS EM
PAÍSES DE LÍNGUA OFICIAL PORTUGUESA
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6 Ressalta-se que no caso de países de língua oficial portuguesa, e mais especialmente nos cursos
de português como língua intercultural, os interessados, em sua maioria, são egressos da rede
educacional desses países e, consequentemente, são pessoas que já estudaram formalmente
a língua portuguesa. Nesse sentido, o nivelamento se torna fundamental para que não
se corra o risco de, ao aceitar a matrícula do estudante em um nível, ele não tenha suas
expectativas frustradas por ter sido alocado em uma turma na qual seus conhecimentos sejam
subaproveitados ou, ao contrário, não estejam alinhados com o nível previsto pelos descritores
globais.
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3. PROPOSTA PARA HARMONIZAÇÃO
DE CURSOS DE PORTUGUÊS COMO
LÍNGUA INTERCULTURAL (PLI) EM PAÍSES
DE LINGUA OFICIAL PORTUGUESA
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Nível
Curso (36 horas-aula
Nível correspondente no Celpe-Bras correspondente
cada)
no QECR
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7 Tradução de: “A critical foreign language pedagogy focused on the social process of enunciation
has the potential both of revealing the codes under which speakers in cross-cultural encounters
operate, and of constructing something different and hybrid from these cross-cultural encounters”.
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8 O PPPLE é “uma plataforma on-line, que tem como objetivo central oferecer à comunidade
de professores e interessados em geral, recursos e materiais para o ensino e a aprendizagem do
português como língua estrangeira/língua não materna”. Disponível em: <http://www.ppple.
org/>.
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Gêneros Conteúdos
Temas Tarefas/projetos
discursivos estruturantes
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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COORDENADOR ACADÊMICO
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CONSULTORA/ELABORADORA
DA PROPOSTA
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Copyright © Fundação Alexandre de Gusmão
@funagbrasil
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