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CELPE-BRAS 2016

TEXTO I: DEPOIMENTO CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS

Este relato tem como objetivo contar um pouco da minha experiência como
estudante bolsista do Programa do Governo Federal Ciências Sem Fronteiras.
Minha entrada no programa de intercâmbio aconteceu no último ano, tive a
experiência de estudar durante um ano na Alemanha. Sou estudante de Geologia
na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no ano passado, por meio de
processo de seleção, consegui sair do país para aprofundar os meus estudos.
Nesse contexto, o intercâmbio foi a experiência mais marcante e produtiva na
minha vida acadêmica, pessoal e profissional. Durante o Programa Ciências Sem
Fronteiras, tive a oportunidade de conhecer pesquisadores, universitários e
profissionais não somente da Alemanha, mas do mundo inteiro. Essa vivência abriu
minha mente para diversas oportunidades de pesquisa e estudos na minha área de
formação. Além disso, foi possível aprender um novo idioma - alemão - aperfeiçoar
o meu inglês e conhecer novas culturas, tais fatos tornam a experiência
excepcional.
Ademais, a oportunidade de fazer intercâmbio fora do país contribuiu para o
meu currículo profissional, abrindo-me muitas oportunidades no meu retorno ao
Brasil. Atualmente, sou contratada de uma multinacional na área geológica e
comecei a fazer o meu mestrado. Assim, indico para todos os estudantes o
Programa Ciências Sem Fronteiras, por ser uma oportunidade única e incrível,
principalmente, para pessoas, assim como eu, que não conseguiriam arcar com as
despesas sem o apoio do Governo Federal. Por fim, o intercâmbio é capaz de
transformar a vida do estudante, além de trazer benefícios para o país por meio da
capacitação e qualificação de jovens e adultos que participam desse projeto.

TEXTO II: E-MAIL TECNOBONÉ

Prezado Gerente,

Na qualidade de colaboradora na área de apoio a projetos inovadores,


escrevo este e-mail com o objetivo de indicar o Centro Federal de Educação
Tecnológica Celso Sucove da Fonseca (CEFET-RJ) para investimento financeiro da
nossa instituição. Os alunos do CEFET-RJ desenvolveram um projeto, denominado
“Tecnoboné”, para facilitar a acessibilidade de pessoas com deficiência, por meio da
criação de dois protótipos que ajudam a identificar obstáculos não identificados com
o uso da bengala, como orelhão e placas de trânsito, além da cadeira de rodas com
comando de voz, que possibilita um deslocamento autônomo dos deficientes. A
ideia surgiu de uma reportagem sobre as dificuldades de locomoção dos deficientes
visuais e só foi possível por causa do projeto de extensão “Turin”, o qual tem o
objetivo de divulgação da ciência e tecnologia e estimulação dos estudantes no
envolvimento com projetos de cunho social. Porém, infelizmente, o “Turin” não
recebe financiamento ou ajuda financeira, o que coloca alguns desafios para criação
de novas ideias e manutenção das tecnologias inventadas.
Nesse contexto, o apoio e incentivo de nossa empresa irá possibilitar que o
“Tecnoboné” ajude diversas pessoas com dificuldade locomotora, além disso,
proporcionará condições favoráveis para que o “Turin” incentive outros projetos e
estudantes em novas possibilidades. Logo, investir no CEFET-RJ é investir na
ciência e na tecnologia, cumprindo o nosso dever social e empresarial e melhorando
a imagem positiva da nossa empresa.
Atenciosamente,
Funcionário.

TEXTO III: TEXTO HOME OFFICE

Prezado Diretor,

Na qualidade de Gerente de Recursos Humanos, proponho que a nossa


empresa implemente o modelo home office de trabalho. Essa modalidade permite
que o funcionário cumpra sua jornada trabalhista da sua própria casa, diminuindo o
estresse e perda de tempo com trânsito e deslocamento, além de reduzir custos
com o espaço físico da empresa. Dessa forma, após diversas pesquisas, acredito
que aderir ao modelo de trabalho em casa é uma alternativa plausível para a
empresa, além de lucrativa do ponto de vista econômico e, também, operacional.
Sob essa perspectiva, o home office, apesar de não muito divulgado no Brasil
e sem legislação própria, está ganhando espaços em diversas empresas. Isso
ocorre pois o trabalho em casa permite maior conforto ao colaborador, que não se
desgasta em transportes públicos ou em engarrafamentos. Como exemplo, temos o
Tribunal de Contas da União, no qual 480 funcionários trabalham de casa. O
exemplo é um sucesso, a produtividade dos profissionais aumentaram, visto que
não perdem tempo com distrações, telefones e conversas paralelas, além de
conseguirem entregar as metas e prazos definidos de forma mais agradável.
Diante disso, a modalidade de trabalho home office é uma alternativa
plausível para nossa empresa, dado que reduziremos o custo de aluguel do espaço
físico, consequentemente, aumentando os nossos recebimentos. Ademais, nossos
sistemas de trabalho são todos informatizados, o que torna possível o
acompanhamento do trabalho de todos os funcionários sem a necessidade de
presença física. Logo, o trabalho em casa além de diminuir nossos gastos, ainda,
será capaz de aumentar a produção.
Por fim, é importante frisar a legalidade do modelo home office, apesar de
não ter uma legislação específica, o nosso departamento jurídico é capaz de
produzir um contrato de trabalho em casa, que seja totalmente seguro e legal para
ambas as partes. Desse modo, teremos as garantias que os funcionários possuem o
ambiente adequado e seguro para realizar suas obrigações e não teremos nenhum
problema com a justiça trabalhista. Portanto, não vejo empecilhos para a adesão
imediata da nova modalidade de trabalho.
Agradeço a atenção,
Estou disponível para maiores esclarecimentos.
Gerente de Recursos Humanos.

TEXTO IV: ARTIGO DE OPINIÃO

O artigo “A era da solidão acompanhada” argumenta contrariamente às


relações virtuais, alegando que as pessoas estão sozinhas mesmo quando
conectadas, denominando-as como cibersolitárias. Entretanto, o posicionamento do
autor do texto desconsidera benefícios nas relações tecnológicas, tais como a
possibilidade de conhecer pessoas de lugares que a distância não permitiria e
conectar-se com indivíduos diferentes da bolha social, na qual se encontra inserido.
Logo, o uso da tecnologia no cotidiano é positivo, visto que conecta pessoas que
nunca se conheceriam pessoalmente e possibilita o contato com ideologias
distintas, promovendo maior capacidade de reflexão e pensamento crítico.
Sob esse viés, alegar que pessoas conectadas são cibersolitárias,
desconsidera os benefícios da globalização e inclusão digital. Nesse contexto,
conforme Aristóteles, o homem é um sujeito social, por sua natureza, precisa
pertencer a uma coletividade. Nessa perspectiva, o uso da tecnologia no dia a dia é
favorável no quesito conexão de pessoas de diversas regiões do país e do mundo, o
que possibilita relações que jamais aconteceriam devido à distância. Assim, ao
estabelecer um vínculo de amizade com alguém de outro país, o indivíduo tem a
oportunidade de conhecer uma cultura diferente, treinar um novo idioma e aumentar
os seus laços afetivos. Logo, as redes sociais e aplicativos que conectam pessoas
são extremamente importantes para a socialização humana.
Concomitantemente, as infinitas possibilidades de conexões virtuais permitem
o conhecimento e contato com indivíduos de ideologias distintas da bolha social em
que a pessoa está inserida. Nesse âmbito, é possível fazer alusão ao Mito da
Caverna de Platão, no qual os prisioneiros por estarem fechados no seu ciclo não
conseguiam perceber as diversas oportunidades fora da caverna. Isso ocorre
quando o homem não socializa com sujeitos de personalidade e ideologias distintas,
pois acredita que apenas as suas ideias e conhecimentos são válidos. Dessa forma,
as relações virtuais ajudam a desconstruir esse paradigma, dado que, nas diversas
redes sociais, é necessário conviver com a diversidade, respeitar e ouvir o outro
lado. Portanto, as relações tecnológicas ajudam na reflexão e estimulam o
pensamento crítico.
Por fim, não se pode concordar com os argumentos apresentados no artigo
“A era da solidão acompanhada”, uma vez que o autor prende-se a ideias
retrógradas e desconsidera os diversos benefícios trazidos pela tecnologia e
globalização. À vista disso, as relações virtuais contribuem para conectar pessoas
de diversas regiões geográficas e possibilitam o convívio com a diferença e
diversidade. Logo, a tecnologia usada no cotidiano é importante para a socialização
humana e promoção do pensamento crítico.

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