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UBERIZAÇÃO E PRECARIZAÇÃO

DAS RELAÇÕES DE TRABALHO NO


BRASIL
SUMÁRIO

• 1. O QUE É UBERIZAÇÃO
• 2. ALGUNS DADOS E
DISCUSSÕES
• 3. ENFRENTAMENTO
• 4. SUGESTÃO DE REPERTÓRIO
O QUE É UBERIZAÇÃO?
O QUE É UBERIZAÇÃO?

A uberização refere-se a [...] eliminação de direitos, de


mediações e controles publicamente constituídos; resulta da
flexibilização do trabalho, aqui compreendida como essa
eliminação de freios legais à exploração do trabalho, que
envolve a legitimação, legalização e banalização da
transferência de custos e riscos ao trabalhador.
(ABÍLIO, 2020, P.112)
A FACE APARENTE DA MOEDA

• Empreendedor
• Trabalho autônomo
• Flexibilidade de horário
• Retorno financeiro imediato
• Funcionários vs. parceiro
• Home office “liberdade”
FACE “INVISÍVEL”
A FACE “INVISÍVEL”

• Tendência global de precarização das relações de trabalho


• Trabalhador permanentemente disponível
• Desprovido de qualquer direito ou proteção
• Desprovido de garantia sobre sua própria remuneração e limites sobre seu tempo de
trabalho
• Individualização dos riscos
• Transformação de risco em custo
O motorista de aplicativo da plataforma RAPPI, Thiago de
Jesus Dias faleceu aos 33 anos, após acidente vascular
cerebral, durante uma entrega, sem qualquer tipo de
assistência, seja da empresa de aplicativo ou dos serviços
públicos.  
O motorista passou mal no local da entrega, a cliente chegou
a entrar em contato com a central da RAPPI, que de maneira
desumana se limitou a solicitar que a mesma desse baixa no
pedido, para que eles conseguissem cancelar as próximas
entregas do mesmo, evitando prejuízo aos clientes do
aplicativo, afirmando nada poder fazer em relação ao estado
de saúde do “motorista parceiro”.
Thiago foi levado ao hospital por uma amigo, em carro
particular, cerca de duas horas depois, já que a SAMU não
chegou ao local, e um motorista de “UBER”, chamado para
conduzi-lo ao hospital, se recusou a permitir sua entrada no
automóvel, pois o mesmo “sujaria o veículo”, já que havia
urina em sua roupa.  Ele não resistiu e faleceu cerca de doze
horas após dar entrada no hospital.
O entregador que usa bicicleta, vive uma espécie de
paradoxo: por mais que a tecnologia faça a roda do delivery
girar, o trabalho dele depende essencialmente da força física.
Quanto mais ele pedalar, quanto mais quilômetros percorrer
pela cidade, maior será sua remuneração.
Por isso, os ciclistas ouvidos pela reportagem relataram fazer
jornadas de mais de 12 horas diárias, trabalhar muitas vezes
sem folgas e até dormir na rua para emendar um horário de
pico no outro, sem voltar para casa.
Em média, eles conseguem uma renda mensal de R$ 2 mil,
segundo relatos. As empresas não revelam dados sobre o
perfil de seus colaboradores, mas, em uma semana de
conversas, a reportagem constatou que grande parte pertence
às classes mais baixas, mora em bairros periféricos e tem
dificuldade para conseguir empregos no mercado formal.
ALGUNS DADOS

• Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto


Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em 2019, 17% dos 23,8
milhões de autônomos do país declararam os aplicativos como principal fonte de
renda — ou seja, 3,8 milhões de pessoas.

• De acordo com dados de pesquisa do Instituto Locomotiva, cerca de 17 milhões


de brasileiros utilizando os aplicativos para obter alguma renda, incluindo pessoas
que trabalham em outras áreas e buscam um complemento com estes serviços.
UBERIZAÇÃO E PANDEMIA

• Diversos profissionais foram afastados de seus respectivos


empregos e tiveram que procurar outras fontes de renda para
se sustentar. Uma delas foi a de entregador.

• O Brasil tem hoje aproximadamente 20% de sua população


adulta - o equivalente a 32,4 milhões de pessoas - que utilizam
algum tipo de app para trabalhar. Em fevereiro do ano passado -
ou seja, antes do início da pandemia de Covid-19 -, essa fatia era
de 13%. (Instituto Locomotiva)
• "Antes da pandemia a remuneração era baixa, uma vez que 47,4%
dos respondentes afirmaram que auferiam até R$ 520,00 por
semana. Ainda durante a pandemia, houve aumento de 100% dos
que auferiam menos do que R$ 260 por semana. (Cesit -
Unicamp)
ENFRENTAMENTOS

• Aumento dos riscos causados pela pandemia;

• Luta por melhores condições de trabalho;

• Formar coalizões com movimentos sociais

• Formas de enfrentamento e luta.


ENFRENTAMENTOS
REPERTÓRIO
REPERTÓRIO

• Eu, Daniel Blake


• Lançamento: 2016 (Reino Unido)
• Diretor: Ken Loach
• Sinopse: Após uma parada cardíaca,
Daniel se afasta do trabalho e buscar
auxilio financeiro do governo. No
meio da burocracia que quase o leva
à loucura, ele conhece uma mãe
solteira na mesma situação e eles
desenvolvem uma forte amizade.
REPERTÓRIO

• Você não estava aqui


• Lançamento: 2020 (Reino Unido)
• Diretor: Ken Loach
• Sinopse: Desde a crise de 2008,
Ricky e sua família lutam para
pagar as contas. Por isso, ele não
hesita em aceitar a oportunidade
de ter seu próprio negócio, mas
sua decisão afeta a todos que o
rodeiam.
REPERTÓRIO

• GIG – A Uberização do Trabalho


• Lançamento: 2019 (Brasil)
• Diretores: Maurício Monteiro, Caue
Angeli e Carlos Juliano Barros
• Sinopse: A chamada "GIG
Economy" vem crescendo em todo
o mundo. No Brasil, esse processo
também é conhecido como
Uberização, que consiste na
prática do trabalho autônomo,
porém, em condições precárias.
MATÉRIAS DE JORNAIS UTILIZADAS

https://www.cartacapital.com.br/justica/a-uberizacao-das-relacoes-de-trabalho/
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-48304340
https://www.cnnbrasil.com.br/business/2021/04/12/cerca-de-11-4-milhoes-de-
brasileiros-dependem-de-aplicativos-para-ter-uma-renda
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-53258465
https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2021/03/16/uber-vai-conceder-
beneficios-de-funcionarios-a-70-mil-motoristas-no-reino-unido.ghtml

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