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FAÇA SUA APOSENTADORIA TRABALHAR POR VOCÊ!

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GUIA DEFINITIVO SOBRE A


MIGRAÇÃO DE REGIME DOS
SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS

PARTE 1
SUMÁRIO:
1. VALE A PENA MIGRAR?
• O que é a migração?
• Quem pode migrar?
• Migrar de regime é a mesma coisa que aderir à Funpresp?
• Por que esta decisão é tão importante?
• Cenários Possíveis;

2. PROJEÇÕES
• Comentários dos resultados das projeções;
• Valor do benefício de aposentadoria;

3. CENÁRIO 1 – PERMANECER NO ATUAL REGIME


• O que acontece se eu permanecer no atual regime?
• Contribuição Previdenciária ao RPPS;
• Imposto de Renda;
• Vantagens e Desvantagens de permanecer no atual regime;
• Riscos de permanecer no atual regime;

4 . MIGRAR
• O que acontece se eu migrar?
• Quais os impactos da Migração sobre a remuneração do servidor?
• Benefício Especial;
◦ Características do Benefício Especial;
◦ Segurança Jurídica do Benefício Especial;

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◦ Como será composta a aposentadoria?

5. CENÁRIO 2 – MIGRAR SEM ADESÃO À FUNPRESP


• Vantagens e desvantagens;
• Riscos;

6. CENÁRIO 3 – MIGRAR COM ADESÃO Á FUNPRESP


• O que é a Funpresp?
• Como funciona a contribuição para a Funpresp?
• O que são as taxas de Carregamento e FCBE?
• Onde a Funpresp investirá o meu dinheiro?
• Qual a rentabilidade esperada nos investimentos da Funpresp?
• Imposto de Renda para Funpresp;
• Como é calculado o valor do benefício?
• É possível resgatar o saldo da Funpresp todo de uma vez?
• Vantagens, Desvantagens e Riscos;

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Olá Servidores,

Para quem ainda não sabe, a Medida Provisória Nº 1.119 de 25 de Maio de 2022, reabriu o prazo
para migração de regime de aposentadoria dos Servidores Públicos Federais.

Diante disso e de vários questionamentos em nossas redes sociais sobre o tema, resolvemos
atualizar este material para trazer algumas informações com o intuito de ajudar vocês a
responderem esta questão, que é um dos maiores dilemas dos últimos tempos.

Afinal de contas …

VALE A PENA MIGRAR?


Antes de começarmos a falar sobre as possibilidades de cada servidor, precisamos fazer alguns
registros importantes.

Esta é, sem dúvidas, uma das decisões mais importantes dos servidores públicos nos últimos
tempos. O que você decidir aqui terá impacto considerável no seu futuro e de sua família e pode
ser a diferença entre uma aposentadoria tranquila para outra com uma redução considerável
no seu padrão de vida.

E isso também vale para aquela pessoa que está tranquila e despreocupada sem saber direito o que
está acontecendo. O simples fato de não fazer nada também é uma decisão! Isto significa que você
permanecerá com as regras atuais e estará exposto aos riscos desta escolha o que mostraremos com
mais detalhes ao longo deste material.

Outro ponto muito importante é que cada caso deve ser analisado de forma INDIVIDUAL. NÃO
EXISTE UMA DECISÃO QUE SEJA VÁLIDA PARA TODOS, mesmo que se encontrem em
situações parecidas! É bastante comum as pessoas procurarem por colegas em situação semelhante
ou que ingressaram em datas próximas e copiarem a sua decisão.

Em conversas nos corredores nós já ouvimos vários servidores argumentando coisas do tipo “a
maioria das pessoas que entraram na mesma época que eu, tomaram tal decisão, então farei o
mesmo”. Isso pode até dar certo em alguns casos, mas em muitos a decisão não será a melhor.

São inúmeras as variáveis que podem influenciar na tomada de decisão de cada um. Além das
circunstâncias objetivas, que muitas vezes podem ser parecidas com a de algum colega, como
idade, data de ingresso e tempo no serviço público, também existem outras tantas variáveis
subjetivas que influenciam diretamente na sua aposentadoria e são particulares de cada um como
tempo de serviço averbado da iniciativa privada, organização financeira, conhecimento em
investimentos, número de dependentes, valor de benefício especial e até mesmo a sua relação com
os riscos de cada decisão.
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Vejamos um exemplo de como apenas uma circunstância subjetiva pode influenciar na sua decisão
final.

Imagine dois servidores no mesmo cargo, a mesma idade, e ingresso no serviço público em 2010,
ou seja, ambos estão na regra das médias, o que significa que sua aposentadora será correspondente
a média de suas remunerações recebidas em atividade.

Ok. O SERVIDOR 1 é muito organizado financeiramente, com a mentalidade de poupar e investir


parte do seu salário para acumular patrimônio no longo prazo! Sua decisão foi a de
PERMANECER NO ATUAL REGIME!

Já o SERVIDOR 2 gasta tudo o que ganha não sobrando nada para investir ao final do mês e
COPIOU A DECISÃO DO SERVIDOR 1.

Vejam que o servidor 1 pode se sentir confortável em deixar sua aposentadoria 100% nas mãos do
governo acreditando que o governo terá condições de arcar com seus compromissos no futuro,
pois, em caso de imprevistos, ele possui um PLANO B, que seriam os seus investimentos para o
longo prazo.

Já o servidor 2 correrá um risco bem maior pois, ao permanecer no regime, sua aposentadoria
dependerá exclusivamente do governo, sem alternativa no caso de redução da sua aposentadoria
seja pela aprovação de novas reformas da previdência ou com a implementação de novas alíquotas
previdenciárias.

Notem que 2 servidores em situações aparentemente parecidas poderão ter decisões bem diferentes
em razão de suas características pessoais. São vários os exemplos onde uma circunstância
subjetiva pode alterar os seus resultados. Neste caso, o servidor que copiou a decisão do colega
poderia se dar muito mal.

O mais importante é que você tenha bastante clareza de quais as vantagens, desvantagens e,
principalmente os RISCOS de cada cenário em relação à sua situação específica, para que possa
tomar a melhor decisão! E é exatamente isso que queremos mostrar ao longo deste texto sem a
pretensão de tomar qualquer decisão por vocês.

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O que é a migração?

A migração, em termos práticos, nada mais é do que a possibilidade do servidor público alterar as
regras de sua aposentadoria.

Ao migrar o servidor deixa de ter suas contribuições previdenciárias descontadas sobre o total de
sua remuneração e passa a ter seus descontos limitados ao teto do Regime Geral, o famoso Teto do
INSS que hoje está em R$ 7.087,22

ATENÇÃO – é importante mencionar que quem optar pela migração, abrirá mão apenas das regras
de sua aposentadoria, no entanto TODOS os outros direitos, vantagens e licenças do Regime
Próprio, previstos na lei 8.112/1990, permanecerão intactos.

Quem pode Migrar?

Servidores que ingressaram no serviço público federal antes de 2013, conforme a tabela abaixo:

Migrar de Regime é a mesma coisa que aderir a Funpresp?

Esta dúvida é bastante comum e muitas pessoas acabam confundindo o ato de migrar com a adesão
à Funpresp.

Na grande maioria dos textos, artigos e vídeos que vimos na internet sobre o tema, as pessoas, quase
sempre, comparam a opção de permanecer no atual regime com a de migrar E aderir a Funpresp, no
entanto, poucas mencionam a possibilidade de migração SEM FUNPRESP onde o servidor
assumiria a responsabilidade da sua aposentadoria podendo investir em outras previdências privadas
ou no próprio mercado financeiro.

Talvez por isso muitas pessoas entendam a migração como uma adesão automática à funpresp o que
NÃO está correto. Este é um ponto que precisa ficar bem claro, migrar é uma coisa e aderir a
Funpresp é outra, sendo assim, é possível que o servidor opte pela migração sem a necessidade de
aderir a Funpresp.

Não se esqueçam!!!
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Ao migrar a adesão à Funpresp NÃO É AUTOMÁTICA e poderá ser feita a qualquer tempo após
a migração.

Por que esta decisão é tão importante?

Antes de falarmos sobre os possíveis cenários para cada servidor, temos que entender qual a real
situação da previdência dos servidores públicos federais.

Em consulta ao site do Ministério do Planejamento conseguimos extrair algumas informações


interessantes do painel estatístico de pessoal. Os dados analisados são referentes ao Poder Executivo
que estão disponíveis de forma mais organizada, no entanto a situação se repete nos demais
poderes.

Este material foi elaborado pela primeira vez em 2019, portanto, até para que possamos enxergar
melhor como esses números evoluíram nesses últimos 3 anos, deixaremos os dados de 2019 e
acrescentaremos os dados de 2022.

Vejamos:

Atualmente, existem 1.227.067 (um milhão duzentos e vinte e sete mil e sessenta e sete) servidores
federais, sendo que, menos da metade deste número encontra-se na ativa conforme gráfico
abaixo:

*Dados de 2019 *Dados de 2022

Notem que, conforme esperado, de 2019 para cá o percentual de servidores ATIVOS vem
reduzindo enquanto o percentual de servidores Aposentados e recebendo pensão vem aumentando.

Analisando a faixa etária entre os 573.268 servidores ativos temos o seguinte:

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*Dados de 2019. *Dados de 2022.

Ok! Mas o que isso quer dizer?

Ao analisarmos esses números, percebemos que atualmente 37,69% dos servidores possuem 51
anos ou mais, ou seja, estes poderão se aposentar nos próximos 15 anos, sendo que 13,9% já
possuem mais de 60 anos e estão bem próximos da aposentadoria

Estamos falando em quase 40% dos servidores ativos se aposentando em um período de 15


anos e, para piorar, ao analisarmos o número de servidores com menos de 30 anos, percebemos que
a renovação não está ocorrendo na mesma proporção. Apenas nos últimos 2 anos o percentual de
servidores com menos de 30 anos reduziu de 11,98% para 3,39%.

E não pense que esse é um problema apenas na esfera Federal, esta situação vem se repetindo
também nos estados.

Além do envelhecimento natural da população e da necessidade de corte de gastos do Governo, o


desenvolvimento tecnológico também tem sido responsável pela diminuição no número de
nomeações. Serviços que antes eram feitos por vários servidores hoje são realizados por sistemas e
aplicativos de forma muito mais eficiente.

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Não bastasse, após 2013, todo servidor já entra “MIGRADO”, ou seja, todo servidor que ingressou
após esta data contribui somente até o TETO do INSS. Isso sem falar nos vários servidores que já
optaram pela migração e mesmo que tenham ingressado antes de 2013 também já possuem suas
contribuições limitadas ao teto.

Vejam, temos cada vez menos pessoas contribuindo, muitos deles com valor cada menor em
razão da migração, para um número cada vez maior de aposentados, A CONTA
SIMPLESMENTE NÃO FECHA!!!!

Alguns estudos mostram que o rombo da previdência dos servidores públicos tende a crescer até
2051!!!

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Sabemos que muitas pessoas não concordam com esses números ou não acreditam em déficit da
previdência. No entanto, só teremos certeza disso quando nos aposentarmos, mas aí já será tarde
demais. Por isso precisamos trabalhar com esta situação!!!

A reforma da previdência aprovada em 2019, ainda que controversa, buscou amenizar essa situação
e dar um fôlego à previdência por mais alguns anos. Os servidores passaram a contribuir mais com
o aumento da alíquota, por mais tempo com o aumento da idade para aposentar e para receber um
benefício de aposentadoria menor.

No entanto, a estimativa de quase 900 bilhões de reais a serem economizados com a Reforma da
Previdência serão absorvidos pelos gastos com a Pandemia, conforme informações do Ministério da
Economia.

Mesmo com a aprovação Reforma da Previdência, a possibilidade de a previdência não conseguir


pagar as aposentadorias dos servidores é REAL tanto é que a própria reforma trouxe duas
NOVAS POSSIBILIDADES de contribuição em casos de déficit na conta da previdência.

1) Possibilidade de estabelecimento de alíquotas previdenciárias ORDINÁRIAS para


APOSENTADOS e PENSIONISTAS que recebem mais de um salário-mínimo quando houver
déficit!

É isso mesmo! Antes da reforma só incidia contribuição previdenciária sobre os valores de pensões
e aposentadorias que superassem o teto do RGPS. No entanto, com a aprovação da reforma, existe a
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possibilidade de implementação de contribuição previdenciária sobre o valor
TOTAL das pensões e aposentadorias em caso de déficit atuarial, com exceção
apenas para os que recebem apenas um salário-mínimo.

2) Não sendo suficiente a medida acima, podem ser estabelecidas alíquotas EXTRAORDINÁRIAS
aos servidores da União, ativos, aposentados e pensionistas por período não superior a 20 anos.

Vejam que a Reforma trouxe inclusive um “Plano B” para os casos de a “conta não fechar”!!! Os
números estão aí e você precisa estar ciente desses riscos!!!

Já imaginou você contribuir uma vida inteira pra quando chegar no momento de usufruir da sua
aposentadoria ter que continuar contribuindo sobre todo o seu benefício??? E pior ... já imaginou se
ainda for implementada uma contribuição extra????

É por isso que essa decisão é tão importante. Não se trata apenas de manter ou não as suas regras
de aposentadorias atuais e sim de quais OS RISCOS você está disposto a correr para manter essas
regras!

CENÁRIOS POSSÍVEIS

Pois bem, os servidores que ingressaram antes de 2013 possuem 3 cenários possíveis.

1) Permanecer no regime em que se encontra;


2) Migrar de regime SEM aderir à Funpresp;
3) Migrar de regime E aderir à Funpresp;

PROJEÇÕES

Antes de comentarmos as projeções, precisamos chamar atenção para alguns pontos.

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Para ficar mais didático e com intuito de que vocês enxerguem da forma mais clara
possível qual o raciocínio que utilizamos para identificar as vantagens,
desvantagens e riscos em cada um dos cenários, fizemos uma simulação hipotética levando em
conta as seguintes informações:

* Para a simulação foi utilizada uma situação hipotética de um servidor de 40 anos, com ingresso no
serviço público federal em 2003 (regra da Paridade) e mais 25 anos de contribuição pela frente. Seu
benefício especial equivale a R$ 1.500 (mil reais e quinhentos) e seus vencimentos são de R$ 15.000
(quinze mil reais) bruto.

** Nos investimentos próprios foi utilizada, na fase de construção do patrimônio, uma rentabilidade de
7,5% a.a, o que é um percentual relativamente conservador considerando o investimento de longo prazo na
renda fixa e variável. Para os rendimentos, na fase de usufruir da rentabilidade do seu patrimônio, foi
utilizada uma rentabilidade de 6,0% a.a.

*** Na Funpresp foi utilizada uma rentabilidade de 4,0% a.a, tendo em vista que a meta da instituição
varia entre 3 a 5%.

**** Os investimentos próprios e/ou da funpresp são feitos com a diferença da remuneração do servidor
caso ele permaneça no atual regime em relação a remuneração que receberia em caso de migração, uma
vez que sua contribuição previdenciária será limitada ao teto.

Optamos por fazer a simulação com um servidor da regra da Paridade/Integralidade uma vez que o
cálculo das médias varia muito de acordo com a situação de cada servidor. No entanto, ao longo do
texto, falaremos das particularidades de ambas as regras.

Primeiro, mostraremos o resultado da simulação e depois faremos os comentários em cada ponto


destacando as vantagens, desvantagens e os riscos de cada cenário.

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RESULTADOS

CENÁRIO 1 PERMANECER CENÁRIO 2 - MIGRAR SEM FUNPRESP CENÁRIO 3 - MIGRAR COM FUNPRESP

REMUNERAÇÃO REMUNERAÇÃO REMUNERAÇÃO

VENCIMENTOS VENCIMENTOS VENCIMENTOS R$ 15.000,00


(-) Valor Bruto
R$ 15.000,00 (-) Valor Bruto
R$ 15.000,00 (-) Valor Bruto

ALÍQUOTA Efetiva ALÍQUOTA Efetiva 11,69%


ALÍQUOTA EFETIVA 13,55% (-) sobre o Teto do RGPS
11,69% (-) sobre o Teto do RGPS

CONTRIBUIÇÃO RPPS R$ 828,39


CONTRIBUIÇÃO RPPS R$ 828,39 (-) sobre o Teto do RGPS
CONTRIBUIÇÃO R$ 2.033,00 (-) sobre o Teto do RGPS
(-) Sobre Valor Bruto dos Vencimentos

IR Contribuição Funpresp 8,5% R$ 673,73


IR (-) Inclusa a dedução por dependente
R$ 3.027,84
R$ 2.696,57
(-) Inclusa a dedução por dependente
IR R$ 2.842,56
VENCIMENTOS R$ 11.143,78
(-) Inclusa a dedução por dependente
VENCIMENTOS (-) Valor Líquido
R$ 10.270,43
(-) Valor Líquido
VENCIMENTOS R$ 10.655,32
INVESTIMENTOS PRÓPRIOS (-) Valor Líquido
(-) Diferença entre os vencimentos antes R$ 873,34
e após a migração
APOSENTADORIA Aporte da União R$ 673,73
APOSENTADORIA
APOSENTADORIA
Investimentos Próprios
(-) Valor Bruto
R$ 15.000,00 (-) Diferença entre os vencimentos antes e após a R$ 384,89
migração
APOSENTADORIA R$ 8.587,22
(-) Teto RGPS + Benefício Especial
ALÍQUOTA
8,03% APOSENTADORIA
EFETIVA
RENDIMENTO
R$ 3.585,37 APOSENTADORIA
Investimentos Próprios R$ 8.587,22
(-) Teto RGPS + Benefício Especial
CONTRIBUIÇÃO RPPS R$ 1.204,61
(-) sobre o excedente ao Teto do RGPS IR R$ 1.492,13 Benefício Funpresp
(-) Inclusa a dedução por dependente
(-) descontada a Taxa de carregamento 0,51%
R$ 3.362,31
IR
(-) Inclusa a dedução por dependente
R$ 2.924,37 IR - 15% R$ 537,81 RENDIMENTO -
(-) sobre rendimento dos investimentos próprios R$ 1.580,09
Investimentos Próprios
APOSENTADORIA APOSENTADORIA
(-) Valor Líquido
R$ 10.871,01 R$ 10.142,66 IR R$ 1.492,13
(-) Valor Líquido (-) Inclusa a dedução por dependente

VALOR ACUMULADO IR - 10% R$ 337,48


R$ 736.587,06 (-) sobre rendimento da FUNPRESP
Investimentos Próprios
IR - 15% R$ 237,01
(-) sobre rendimento dos investimentos próprios

APOSENTADORIA R$ 11.463,00
(-) Valor Líquido

VALOR ACUMULADO
R$ 324.617,85
Investimentos Próprios
VALOR ACUMULADO NA
R$ 608.497,04
FUNPRESP

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Primeiramente, devemos fazer uma observação com relação aos investimentos
próprios. O valor que definimos a ser investido neste campo corresponde a
diferença entre a remuneração líquida do cenário 1 e a remuneração líquida dos cenários 2 e 3.
Assim, a comparação entre os 3 cenários ficaria mais justa partindo do pressuposto que, no final das
contas, o valor líquido da remuneração atual continuaria igual para todos os cenários. Também já
foram considerados os descontos previdenciários bem como o Imposto de Renda.

No Cenário 1, o servidor receberá líquido de remuneração o valor de R$ 10.270,43 e sua


aposentadoria será no valor líquido de R$ 10871,01.

No Cenário 2 o servidor que migrar receberá líquido de remuneração a quantia de R$11.143,78 o


que corresponde a R$ 873,34 a mais do que o servidor que permanecer no atual regime.

No entanto, para obter os resultados da simulação, essa diferença deverá ser investida no mercado
financeiro. Para aquele servidor que não tem o perfil e a disciplina para investir por conta própria e
não pretende aprender ou terceirizar essa atividade, NÃO é recomendável essa opção uma vez que
serão grandes as chances de não serem realizados os investimentos sugeridos na tabela.

Conforme já mencionado, a rentabilidade utilizada para estes resultados foi de 7,5% ao ano durante
a fase de acúmulo de patrimônio e de 6% a.a durante a fase de usufruir dos rendimentos após a
aposentadoria.

Devemos registrar que não há como prever com precisão uma rentabilidade por um período tão
longo, principalmente em se tratando de investimentos também em renda variável, e por isso
preferimos colocar uma rentabilidade mais conservadora. Para aqueles mais experientes ou que
tenham a intenção de estudar o mercado financeiro esses resultados poderão ser superados. Da
mesma forma, aqueles que não conseguem essas rentabilidades devem adequar as simulações a essa
realidade.

Ao se aposentar o valor líquido recebido no cenário 2 (Migrar sem funpresp) será de R$ 10.142,66
composto pelo Teto do INSS + Benefício Especial + Rendimentos dos investimentos próprios.

Por fim, no Cenário 3, devemos chamar a atenção para dois pontos. O primeiro diz respeito a
contribuição realizada pra Funpresp.

Conforme a legislação, só é permitido que o servidor contribua sobre a faixa de 6,5% a 8,5%
(Funpresp-JUD) e 7,5% a 8,5% (FUNPRESP- EXE) que exceder o Teto do INSS. Na simulação
consideramos a alíquota de 8,5% para a Funpresp, valor este que também será pago pela união
como contrapartida.

Realizada a contribuição para a Funpresp (alíquota de 8,5%) , o valor líquido de remuneração ainda
terá uma diferença de R$ 384,89.
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Novamente, para que a comparação fique mais justa, consideramos que esta
diferença seria investida por conta própria no mercado financeiro com as mesmas rentabilidades
utilizadas para o cálculo dos investimentos no cenário 2.

Lembrando que, neste caso, o investimento pode ser opcional uma vez que a aposentadoria paga
pela Funpresp já estará resguardada. Caso este não seja feito o valor de R$ 825,93 obtido dos
rendimentos desse valor investido deverão ser desconsiderados, assim como o pagamento do IR
sobre esses rendimentos.

É aconselhável que o servidor utilize essa sugestão de investimento, pois, além de garantir uma
aposentadoria maior, diversificará ainda mais a sua aposentadoria o que diminui muito os riscos
uma vez que sua aposentadoria seria composta por três partes: uma parte do governo, outra da
Funpresp e uma terceira dos seus próprios investimentos que podem, inclusive, serem
incrementados com um valor maior a ser investido todo mês. Lembrem-se da clássica regra de não
colocar todos os ovos na mesma cesta.

Neste terceiro cenário o servidor receberia de aposentadoria o valor líquido de R$ 11.463.00

Pois bem, vamos aos comentários dos resultados.

VALOR DO BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA

Talvez essa resposta seja a mais buscada por todos os servidores que ainda não tomaram sua
decisão. Afinal de contas, quanto eu receberia aproximadamente em cada um dos cenários ao me
aposentar?

Vejamos os resultados em valores líquidos:

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Olhando para estes resultados a grande maioria dos servidores não teriam dúvidas em afirmar que o
que mais vale a pena para este servidor seria Migrar COM Funpresp, pois mesmo com uma
simulação conservadora os valores são bem mais atraentes.

No entanto, o nosso servidor hipotético acompanha os @servidoresinvestidores e sabe que muitas


outras coisas devem ser analisadas como:

• Quais as garantias de que realmente vou receber o Benefício Especial?


• Como o Benefício especial é atualizado?
• O Benefício especial corresponde a uma parte relevante da minha aposentadoria?
• Existe alguma garantia que o governo continuará depositando a contrapartida para a
Funpresp?
• E se vierem outras reformas?
• E se o governo instituir alíquotas ordinárias e extraordinárias aos aposentados e
pensionistas?
• E os casos dos enormes rombos nos fundos de pensão?
• Como fica a pensão por morte?
• Como fica a aposentadoria por invalidez?
• E se eu passar em outro concurso municipal ou estadual?
• E se eu quiser sair do serviço público antes de me aposentar?

São inúmeros os questionamentos que devem ser feitos, poderíamos gastar mais alguns parágrafos
tentando mencionar todas essas variáveis, mas o mais importante é que vocês entendam que tomar a
decisão pensando apenas no valor do benefício de aposentadoria pode ser uma escolha muito
equivocada a depender da situação de cada um. E caso vocês não entendam os riscos que cada
decisão envolve, poderão ser pegos de surpresa justamente no momento de usufruir da tão sonhada
aposentadoria.

15 @servidoresinvestidores @servidoresinvestidores
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Por isso, ao longo deste material analisaremos mais a fundo esses resultados para, ao
final, estabelecermos as principais vantagens, desvantagens e riscos de cada um
dos cenários e, assim, podermos tomar a decisão que melhor se enquadre ao nosso perfil.

Também devemos chamar atenção para outro ponto importante nesses resultados. Neste exemplo o
valor da aposentadoria ficou consideravelmente maior na hipótese de migração com adesão a
Funpresp.

Isso se deu em razão da contrapartida do Governo e, principalmente, do tempo que o nosso servidor
hipotético ainda tem para se aposentar que é de 25 anos no nosso exemplo. Caso ele fosse um pouco
mais velho e tivesse apenas 20 anos pela frente os resultados já seriam diferentes.

Vejamos uma simulação utilizando os mesmos dados e reduzindo apenas o tempo necessário de
contribuição para aposentadoria de 25 para 20 anos:

Notem que com menos tempo de atividade pela frente o mais vantajoso, considerando apenas o
valor do benefício, seria permanecer no RPPS. Isso porque para aqueles que migrarem seja com ou
sem Funpresp quanto maior o tempo de atividade até a aposentadoria maior será a ação dos
juros compostos tanto nos investimentos próprios quanto nos investimentos realizados pela
Funpresp.

No entanto, observem que o valor do benefício para o servidor que permanece não se alterou, pois,
pela regra da Integralidade, ele será exatamente o valor do final da carreira independentemente do
tempo que resta de contribuição.

Essa acaba sendo uma desvantagem para quem permanece, pois em caso de novas reformas com o
aumento do tempo de contribuição, como ocorreu nesta última, o servidor que permanecer
trabalhará mais tempo, contribuirá mais, para receber o mesmo benefício. Já para aqueles que
migram o fato de trabalhar mais e contribuir mais resultará em um acréscimo relevante no valor do
benefício graças aos juros compostos.

Isso também vale para os servidores da regra das médias, pois ainda que a sua média aumente um
pouco, à medida que o servidor tenha mais tempo de contribuição contribuindo sobre salário final
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da carreira, o seu benefício não sofrerá a ação dos juros compostos como é o caso
dos servidores que migram.

Nas diversas simulações que fizemos, concluímos que para os servidores com menos de 20 anos de
contribuição pela frente, utilizando-se uma rentabilidade conservadora para os investimentos
próprios, o benefício de quem permanece TENDE a ser MAIOR do que os benefícios de quem
migra.

Já para os servidores com mais 20 anos de contribuição pela frente o benefício de quem migra
TENDE a ser maior do que os benefícios de quem permanece em razão do maior tempo para os
juros compostos atuarem.

Lembrando que este é apenas um dado para que vocês tenham um parâmetro. Algumas variáveis
podem reduzir de forma considerável este tempo como, um Benefício Especial mais alto, uma
rentabilidade nos investimentos mais alta ou um resultado da funpresp acima das metas
estipuladas.

Também não é incomum que a soma do Benefício Especial + Teto do INSS, para servidores com
pouco tempo para se aposentar, quase alcance o valor de sua remuneração. Por isso lembramos,
mais uma vez, que o tempo de 20 anos é apenas para que vocês tenham um parâmetro.

Vale dizer, ainda, que a projeção foi feita de forma conservadora para as rentabilidades dos
investimentos próprios. Um servidor com experiência no mercado financeiro ou que decida poupar
e fazer aportes maiores por mês já conseguiria resultados bem mais expressivos.

* Essa parâmetro dos 20 anos não vale para servidores do regime das médias possuem
contribuições no setor PRIVADO ou em OUTROS CARGOS que tenham remunerações mais
baixas do que o cargo da aposentadoria, pois a média seria levada para baixo. Nesses casos, o
parâmetro dos 20 anos cairá à medida que o resultado da média for mais baixo.

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O que acontece se eu PERMANECER no atual regime?

CENÁRIO 1

A “grande vantagem” de permanecer seria a de manter as regras de sua aposentadoria conforme o


período em que ingressou no serviço público.

No entanto, algumas dessas regras já não são tão vantajosas nos dias de hoje e ainda existem alguns
riscos em permanecer que podem ser amenizados com a migração como mostraremos ao longo
deste texto/vídeo.

Vejamos como são essas regras:

1) Servidores que ingressaram até dezembro de 2003;

Regra da PARIDADE e INTEGRALIDADE:

A Integralidade significa que o servidor se aposentará com o último salário recebido quando na
atividade, já a paridade quer dizer que o aposentado só receberá aumentos/correção do seu
benefício de aposentadoria quando os servidores da ativa também receberem.

Muitos servidores tomaram sua decisão apenas com o argumento de que tem PARIDADE e
INTEGRALIDADE, mas será que esses benefícios são tão vantajosos assim?

Vejamos primeiro a PARIDADE que nada mais é do que o direito de ter a sua aposentadoria
corrigida conforme as correções feitas aos servidores da ativa.

Pois bem! Ao longo dos últimos anos temos observado que o Governo não vem cumprindo o texto
constitucional que prevê reajustes anuais aos servidores, são vários os casos de servidores que
ficaram 6, 8, 10 anos sem reajustes e quando ocorrem, são reajustes parcelados em alguns anos e
que muitas vezes não tem sido suficientes para cobrirem a inflação dos anos anteriores.

Vale lembrar que, a cada ano, esses reajustes têm sido cada vez mais questionados pela sociedade
em geral, que alega uma enorme disparidade entre remunerações do setor público e privado o que
tem dificultado ainda mais na aprovação de novos reajustes.

Sem adentrar no mérito da questão o fato é que os reajustes têm sido cada vez menores e mais raros
se comparados a períodos anteriores e acreditamos que isso tende a piorar ao longo dos próximos
anos.

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Além disso, tem se mostrado uma prática recorrente dos governos, em todas as
esferas, dar gratificações/outras verbas que não se estendem aos aposentados e pensionistas. Assim,
quem está na ativa fica satisfeito com os valores recebidos enquanto os inativos ficam por um
tempo maior sem reajustes.

Portanto, quem tomar sua decisão baseado na PARIDADE é preciso estar ciente de que existe o
risco de ficar anos sem reajuste de sua aposentadoria o que fará com que o aposentado/pensionista
perca seu poder de compra de forma considerável ao longo desses anos.

Por outro lado, quem optar pela migração terá tanto o seu benefício especial quanto o seu
benefício de aposentadoria (limitado ao teto do INSS) reajustado anualmente pelo INPC, que
corresponde a inflação, o que tem sido mais vantajoso do que os reajustes dos servidores nos
últimos anos.

Vale lembrar que aqueles que ingressaram entre 2004 e 2013 também possuem o seu benefício
ajustado pelo INPC.

Com relação a INTEGRALIDADE também devemos observar alguns pontos.

Pela integralidade, o servidor tem o direito de se aposentar com o último salário da carreira, o que é
excelente, uma vez que sua última remuneração será, em regra, a maior de sua carreira.

Mas não podemos deixar de abordar duas questões muito relevantes.

A primeira observação é que os acréscimos na remuneração do servidor pagos quando na ativa não
serão repassados para a sua aposentadoria como funções de confiança, cargos em comissão, diárias,
benefícios por produtividade pagos em alguns órgãos, o que poderá fazer com que o valor da
aposentadoria seja, na prática, mais baixo do que o valor recebido pelo servidor na ativa. Assim, se
o servidor não se lembrar disso antes de se aposentar, pode ter a falsa impressão de que se
aposentará de fato com seu último salário.

O segundo ponto é ainda mais importante. Vários servidores estão na expectativa de se aposentarem
por regra de transição. No entanto, muita gente não sabe que, no caso de utilização da REGRA DE
TRANSIÇÃO POR PONTOS pelo servidor que possui direito à PARIDADE E
INTEGRALIDADE, ele deve ter a idade mínima de 62 anos mulheres e 65 anos homens. Dessa
forma, ainda que, por exemplo, uma mulher alcance os requisitos para aposentadoria pela regra dos
pontos aos 57 anos, ela deverá necessariamente trabalhar até os 62 anos de idade para não perder
um direito que foi mantido por toda a carreira.

Portanto, é preciso que vocês tenham clareza quanto a esses pontos para que não sejam pegos de
surpresa quando se aposentarem.

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No nosso exemplo, o servidor hipotético já terá preenchido os requisitos para a aposentadoria por
pontos aos 62 anos e 6 meses de idade, mas para manter a PARIDADE/INTEGRALIDADE ele
terá que trabalhar mais 2 anos e 6 meses.

Vejam que ao se aposentar aos 65 anos ele mantém a PARIDADE e INTEGRALIDADE, e, por
outro lado, tem 2 anos e meio a mais para acumular patrimônio nas hipóteses de migração.

Ainda existe a opção desse servidor se aposentar aos 62 anos e 6 meses. Nesse caso, ele perderia a
PARIDADE/INTEGRALIDADE e se aposentadoria com a média de suas remunerações ao longo
dos anos. Na hipótese de migração, ele teria 2 anos e 6 meses a menos para acumular patrimônio o
que reduziria um pouco seu benefício.

Na simulação inicial, preferimos comparar a aposentadoria aos 65 anos para ficar uma comparação
mais justa, uma vez que avaliar o que seria melhor entre, aposentar-se 2 anos e 6 meses mais cedo
ou ter R$1.000.00 a mais no valor da aposentadoria, é algo vai variar muito de pessoa para pessoa.

***O mais importante aqui é destacar que PARA MANTER A PARIDADE/INTEGRALIDADe o


servidor deverá cumprir os requisitos mínimos de IDADE: 65 homem e 62 mulheres.

2) Servidores que ingressaram entre 2004 e 2013; Aposentadoria Proporcional às contribuições

Regime das MÉDIAS:

Para os servidores que entraram neste período, o valor da aposentadoria será correspondente a
média de 100% das remunerações recebidas em atividade.

Vale lembrar que antes da Reforma da Previdência o valor do benefício correspondia a média das
80% maiores remunerações do servidor, o que era melhor, uma vez que as remunerações mais
baixas que traziam a média pra baixo eram descartadas.

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Os servidores que se enquadram nesta regra devem estar atentos ao fato de que, quanto menores
forem suas contribuições ao longo de sua carreira, seja no setor público ou no privado (em caso de
averbação deste tempo), menor será seu benefício de aposentadoria em relação ao último salário.

Por outro lado, aquele servidor que entrou cedo no serviço público e permaneceu a vida inteira no
mesmo cargo muito provavelmente se aposentará com um valor próximo ao último salário da
carreira. Seu benefício de aposentadoria será corrigido anualmente pelo INPC que é o mesmo índice
que corrige a aposentadoria e o benefício especial daqueles que optarem pela migração.

Vejamos agora alguns pontos em comum aos servidores que optarem por permanecer com as regras
atuais, independentemente da sua data de ingresso no serviço público.

CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA AO RPPS

Com a recente aprovação da reforma a alíquota de contribuição passou de 11% para uma alíquota
progressiva conforme a tabela abaixo:

Vale dizer que quem ganha, R$ 10.000, por exemplo, NÃO tem o desconto de 14,50% de sobre
todo o salário.

O desconto é feito por faixa salarial respeitando a alíquota correspondente, portanto a faixa de 0 a
1212,00 reais terá desconto de 7,50%, a faixa de 1212,01 a 2427,36 reais terá desconto de 9% e
assim sucessivamente até chegar ao valor do salário.
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Vejamos a simulação:

Caso este servidor opte por permanecer no atual regime o desconto será sobre TODA a sua
remuneração de modo que quanto maior for o seu vencimento maior será a alíquota efetiva de
contribuição que, neste caso, corresponde à 13,55% sobre toda a remuneração.

Em caso de migração (com ou sem Funpresp) o desconto será sobre o TETO do Regime Geral que
atualmente é de R$ 7.087,22 e, conforme a tabela de contribuição, será equivalente a 11,69% desse
valor o que corresponde a R$ 828.39, independentemente do valor da remuneração.

Neste ponto devemos chamar atenção para três RISCOS:

1) A possibilidade de novas Reformas da Previdência com novos aumentos de alíquota


previdenciária.

Como podemos observar, o impacto desta nova tabela de contribuição previdenciária foi maior
entre os servidores que permanecem no atual regime uma vez que elas incidem sobre TODA a sua
remuneração e com isso, de acordo com a tabela, quanto maior for a remuneração do servidor maior
será sua contribuição, enquanto os descontos dos servidores que migraram estão limitados ao Teto
do INSS o que impede que o servidor tenha a incidência das alíquotas mais altas correspondentes as
faixas salariais acima do Teto.

Com isso, se você ainda tem muitos anos para se aposentar é bem provável que pegue outras
reformas com novas alíquotas previdenciárias e deve considerar o fato de que os que permanecerem
no atual regime serão os mais impactados.
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2) A possibilidade, prevista na reforma, das Alíquotas ORDINÁRIAS para


aposentados/pensionistas em caso de deficit da previdência; e

Trata-se de uma contribuição previdenciária, em caso de déficit, sobre TODO o valor da


aposentadoria.

Quem optar pela migração terá a contribuição limitada ao TETO, caso ela venha a ser
implementada no futuro.

3) A possibilidade, prevista na reforma, das Alíquotas EXTRAORDINÁRIAS para os servidores


ativos, aposentados e pensionistas em caso de deficit da previdência;

Como já vimos a possibilidade de deficit da previdência é REAL e no caso dos servidores que
permanecerem no atual regime esses possíveis descontos serão maiores uma vez que estes terão os
descontos sobre o valor INTEGRAL do seu benefício, enquanto os descontos dos servidores que
migraram estão limitados ao Teto do INSS.

Vejam que os riscos de novas Reformas, bem como de cobranças previdenciárias para suprir o
déficit previdenciário existe para todos, mas este risco pode ser amenizado com a migração.

Além desses riscos, temos que considerar ainda a Contribuição Previdenciária que é cobrada
sobre os proventos de Aposentados e Pensionistas do regime próprio. Todos aqueles que
permanecerem no atual regime, independentemente da data de ingresso, têm descontada da sua
aposentadoria a contribuição previdenciária sobre os valores que exceder o teto do INSS.

Uma aposentadoria no valor de R$15.000, por exemplo, teria como desconto previdenciário o valor
de R$ 1.204,61 o que corresponde a 8,03%

Essa contribuição corresponde a alíquota efetiva descontada sobre o valor que exceder ao teto do
benefício de aposentadoria e NÃO será cobrada dos servidores que optarem pela migração com
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ou sem adesão à Funpresp uma vez que sua aposentadoria já é limitada ao TETO
do INSS e não existe previsão de cobrança previdenciária sobre o benefício especial
ou benefício pago pela funpresp.

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IMPOSTO DE RENDA

Atualmente o nosso Imposto de Renda é calculado conforme tabela progressiva abaixo:

Da mesma forma que ocorre na contribuição previdenciária, o Imposto de Renda é cobrado por
faixa salarial onde cada faixa incide a alíquota correspondente.

Conforme a legislação do IR, tudo aquilo que for pago a título de contribuição previdenciária
poderá ser deduzido da base de cálculo do Imposto de Renda.

Além da previdência oficial também podem ser deduzidos valores pagos à previdência privada ou à
própria Funpresp, estes limitados à 12% dos rendimentos tributáveis anuais.

Vejamos o imposto de renda sobre a REMUNERAÇÃO:

Veja que quanto maior o valor de contribuição previdenciária, seja para o RPPS ou para a
Funpresp, menor será o valor pago a título de IR, uma vez que essa contribuição poderá ser
deduzida da base de cálculo.

Num primeiro momento, analisando apenas o Imposto de Renda sobre os vencimentos, é mais
vantajoso para aquele que permanecer no atual regime, uma vez que, por contribuir mais, ele terá
um abatimento maior na base de cálculo do IR.

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Contribuir mais, seja para o Regime Próprio ou para a Funpresp permite um abatimento maior na
base de cálculo do IR o que reduz o valor a ser pago, como visto na tabela acima.

Por outro lado, a situação se inverte no momento da aposentadoria.

Vejamos como fica o Imposto de Renda na APOSENTADORIA em cada um dos cenários.

Notem que, no final das contas, aquele que permanece paga mais Imposto de Renda se
comparado aos que migram, isso porque no Brasil os trabalhadores assalariados e servidores
públicos são os que mais sofrem com a mordida do Leão se comparados a investidores.

Enquanto a tabela progressiva de IR para a trabalhadores assalariados e servidores varia de 7,5% a


27,5%, para os investidores do mercado financeiro a alíquota será de 15%, podendo ser isenta em
diversas ocasiões como no recebimento de lucros e dividendos de participações de empresas, fundos
imobiliários e até mesmo na venda de ações, desde que dentro do limite de isenção para este último
caso. Já para os rendimentos da Funpresp, a alíquota é de 10%, desde que o período de contribuição
seja maior que 10 anos.

Sem discutir o mérito da política tributária no Brasil, ao considerarmos os valores na aposentadoria


a diferença será bem significativa, portanto, podemos concluir que, pensando apenas no Imposto
de Renda, há uma vantagem em migrar, seja COM ou SEM funpresp, em relação a permanecer no
atual regime.

Vale lembrar que, quanto maior for o valor da aposentadoria, mais relevante será essa diferença.

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O que acontece se eu migrar?


CENÁRIOS 2 e 3

Aqueles que optarem pela MIGRAÇÃO renunciarão as regras de sua aposentadoria de forma
definitiva (demais direitos da 8.112/90 permanecem) limitando seu benefício ao TETO do Regime
Geral de Previdência Social (RGPS) que hoje está em R$7.087,22 Com isso o desconto de
contribuição previdenciária também será limitado ao teto do RGPS.

Conforme já mencionado, aquele servidor que optar pela migração tem a possibilidade de aderir ou
não à FUNPRESP, podendo fazê-lo a qualquer tempo.

Quais os impactos da Migração sobre a REMUNERAÇÃO do Servidor?

O primeiro impacto percebido ao migrar diz respeito a remuneração do servidor ainda na ativa.

Vejamos:

* Os investimentos próprios estão separados pois esses valores virão normalmente em seu
contracheque, mas deverão ser utilizados pra complementar sua aposentadoria.

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Como já vimos, sobre a remuneração do servidor, os impactos serão com relação a Contribuição
Previdenciária e ao Imposto de Renda.

Conforme mencionado, após a Reforma da Previdência as alíquotas de contribuição previdenciária


são cobradas conforme tabela progressiva.

No entanto, o impacto para quem migrou, com ou sem Funpresp, é menor uma vez que sua
contribuição está limitada até o teto do INSS que hoje está em R$ 7.087,22. Logo, os servidores que
migraram terão descontados em sua remuneração a alíquota efetiva de 11,69% sobre o Teto do
INSS que equivale, hoje, ao valor de R$ 828,39, independentemente do valor de sua remuneração.

Vejam que para quem migrou este valor é fixo e só será alterado 1 vez ao ano quando o TETO do
INSS também for alterado ou em caso de nova reforma com novas alíquotas previdenciárias.

Aqui podemos observar uma vantagem de quem migra. Além de um menor impacto com esta
Reforma da Previdência, o servidor também terá menor impacto em caso de futuras alterações na
alíquota de contribuição uma vez que seus descontos serão sempre limitados ao TETO e não à
remuneração total como é o caso de quem permanece.

Com relação ao Imposto de Renda, conforme já mencionado, aqueles que migrarem pagarão um
valor maior de IR em sua remuneração enquanto ativos o que, num primeiro momento, é uma
desvantagem com relação aqueles que permanecem no atual regime. Isto se deve ao fato de que
quem permanece paga uma contribuição previdenciária maior e por isso a sua dedução na base de
cálculo do IR também será maior fazendo com que o valor devido seja um pouco menor do que
aqueles que optarem pela migração.

No entanto, ao se aposentar a situação se inverte e quem migrar pagará menos IR sobre seus
proventos se comparado aqueles que permanecerem, como veremos mais adiante.

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BENEFÍCIO ESPECIAL

Antes de começarmos a falar sobre o Benefício Especial é importante mencionar que este tópico
deve influenciar a sua decisão na mesma proporção que o valor deste benefício influenciará no
valor final da sua aposentadoria.

Um servidor que contribuiu sobre o valor integral da sua remuneração por mais da metade do seu
tempo total de contribuição, provavelmente terá um BE que representará um percentual relevante
dos seus proventos aposentadoria. Por outro lado, aquele servidor que contribuiu por pouco tempo
sobre o valor total da sua remuneração já dará um peso menor para este tópico uma vez que seu BE
representará um percentual muito baixo em relação ao seu benefício final.

No nosso caso hipotético, o BE é de R$ 1.500,00, o que corresponde a aproximadamente 10% do


valor bruto da aposentadoria desse servidor nos casos de migração e, por se tratar de um valor
relativamente baixo, não deve ser um fator decisivo para a tomada de decisão.

Pois bem!

A Lei 12.618/12 que instituiu o regime de previdência complementar prevê, aos membros e
servidores que tenham ingressado no serviço público até 2013, que nele tenham permanecido sem
perda de vínculo efetivo e tenham optado pela migração, o direito ao recebimento de um Benefício
Especial

Este benefício tem como objetivo a reparação do servidor aos valores contribuídos sobre o valor
integral da sua remuneração no período anterior a sua migração.

O BE será calculado de forma individual considerando o tempo que o servidor contribuiu sobre
toda sua remuneração. Estes valores são disponibilizados pelos próprios órgãos federais que devem
observar as normas do artigo 3º da Lei 12.618/12 e suas alterações pela Medida Provisória Nº
1.119/2022.

Vale dizer que houve uma piora no cálculo do Benefício Especial com a MP nº 1.119/22, com uma
reducão de aproximadamente 20 a 25% do valor do BE, o que não significa que a migração deixou
de ser vantajosa para uma boa parte dos servidores. Mas não deixa de ser uma notícia ruim.

O benefício será pago pelo RPPS quando do pagamento da Aposentadoria, inclusive por invalidez
ou pensão por morte. Também será realizado junto com a gratificação natalina (13º), mas atenção!!!

O Benefício Especial será pago desde que mantido o vínculo com a UNIÃO, ou seja, caso você
pense em deixar o serviço público federal este valor será perdido. Veja. Se um técnico ou analista do
MPU/Judiciário que tenha migrado de regime passar em um concurso para promotor de justiça ou
juiz estadual, não receberá qualquer compensação pelos anos que pagou a União um valor maior de
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previdência que o teto do INSS. Também não terá nenhum benefício se resolver ir
para a iniciativa privada. Obviamente, isso não faz o menor sentido. Mas é o que
está na legislação e precisamos estar cientes. Portanto, muita atenção para aqueles que não
pretendem se aposentar no serviço público federal!

Por outro lado, há algo bem positivo para o servidor em relação ao BE. Ele sempre será pago de
forma integral. Assim, mesmo que o servidor seja aposentado por invalidez ou deixe pensão por
morte para um de seus dependentes, o valor do BE será integral, ainda que os benefícios
previdenciários citados sejam proporcionais.

A mesma lógica vale para a aposentadoria proporcional. Não há previsão de redução do BE caso o
servidor opte por se aposentar antes de completar os requisitos para aposentadoria integral.

O BE será devido enquanto perdurar o pagamento do benefício de Aposentadoria ou pensão por


morte. Extinguindo-se estes, também cessa o pagamento do benefício especial.

Características do BE

1) Correção pelo INPC

Primeiramente precisamos entender que o Benefício Especial é fixo. Ao migrar o servidor terá
direito ao valor do BE calculado no momento da adesão.

A partir daí o Benefício Especial terá o seu valor corrigido TODOS OS ANOS com base no Índice
Nacional de Preços ao Consumidor o INPC que seria basicamente a inflação do País.

2) Natureza Compensatória

Apesar da omissão legislativa com relação a natureza jurídica do Benefício Especial firmou-se um
entendimento a ser seguido por órgãos federais no sentido de que o referido benefício “possui
contornos normativos que permitem caracterizá-lo como sendo benefício estatutário de natureza
compensatória” e “não reúne os elementos normativos necessários a caracterizá-lo como um
benefício de natureza previdenciária. (Parecer nº 00093/2018/DECOR/CGU/AGU).

Além disso, a Medida Provisória Nº 1.119 de 25 de Maio de 2022, esclareceu alguns pontos em
relação a natureza do Benefício Especial.
Segundo a MP, a manifestação do Servidor público em migrar e receber o benefício especial
importa em ATO JURÍDICO PERFEITO e será calculado de acordo com as regras vigentes no
momento do exercício dessa opção.
A MP esclarece também que o BE não está sujeito à incidência de contribuição previdenciária
estando sujeito à incidência de Imposto de Renda.
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Sendo assim, prevalece o entendimento que o BE não pode ser considerado como provento de
aposentadoria ou pensão por não se tratar de um benefício pago como proteção a riscos ou situações
sociais específicas que demanda tutela e, portanto, não poderá sofrer contribuições
previdenciárias.

O objetivo do BE seria, então, o de compensar os servidores públicos, que optarem por migrar,
pelas contribuições realizadas ao RPPS sobre valores excedentes ao teto do INSS no período
anterior a migração o que poderia causar perdas patrimoniais ao servidor.

** Atenção – este é um tema polêmico, pois a MP ainda não foi convertida em lei e trata-se de um
entendimento atual. Portanto, não podemos garantir que este entendimento seja alterado no futuro
de modo que seja instituída a cobrança de alíquota previdenciária no BE, o que podemos considerar
como um risco.

SEGURANÇA JURÍDICA DO BENEFÍCIO ESPECIAL

Ao se manifestar pela migração o servidor deve estar ciente que este é um ato irrevogável e
irretratável, ou seja, uma vez manifestada a opção pela migração não tem como voltar atrás. Ao
migrar o servidor adquire o direito ao Benefício Especial que será pago no momento de sua
aposentadoria.

Trata-se de um ATO JURÍDICO PERFEITO conforme parecer elaborado pela Consultoria Jurídica
junto ao Ministério do Planejamento e Desenvolvimento e Gestão o PARECER n.
00601/2018/GCG/CGJOE/CONJUR-MP/CGU/AG. Entendimento este, que foi confirmado na
Medida Provisória Nº 1.119 de 25 de Maio de 2022

Ato Jurídico Perfeito

“A adesão ao novo regime previdenciário constitui um ato jurídico perfeito que gera um direito
adquirido ao Beneficio Especial, direito esse que passa a integrar o patrimônio jurídico do
servidor, de modo que as regras e condições previstas para a concessão e pagamento do Benefício
Especial não podem ser alteradas unilateralmente pela União, sequer por meio de emenda
constitucional;

Ressaltou ainda que:

"A homologação, pela União, da opção de adesão ao novo regime previdenciário realizada pelo
servidor confere ao ato de adesão o caráter de definitividade, tornando a opção irrevogável e
irretratável (art. 3, § 8, da Lei 12.618/2012). Ao exercer seu direito de opção constitucionalmente

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garantido, o servidor adere aos termos e condições previstos em lei para a
migração de regime, termos e condições que se referem, basicamente:
1.à aplicação do teto do RGPS aos benefícios previdenciários a serem concedidos pelo RPPS (art.
3, II, da Lei 12.618/2012); e
2.ao direito do servidor à concessão de um Beneficio Especial pela União (art. 3, § 1, da Lei
12.618/2012), beneficio esse de natureza compensatória, conforme exposto acima (item 2.1)."

https://www.funpresp.com.br/fique-por-dentro/artigos-e-estudos/PARECER.pdf

Portanto, podemos entender que o benefício especial está protegido pela Constituição que prevê em
seu artigo 5º inciso XXXVI que “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a
coisa julgada”.

Como será composta a minha aposentadoria?

Ao migrar a base de sua aposentadoria será composta pelo:

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Ao analisar o benefício de aposentadoria nos 3 cenários a primeira observação diz respeito à


Contribuição Previdenciária.

Conforme a legislação, os servidores que permanecem no atual regime continuam contribuindo ao


regime de previdência sobre os valores que EXCEDEM o teto do INSS. Já aqueles que migrarem
não terão descontos de contribuição previdenciária em seus benefícios, salvo nos casos de déficit
previdenciário.

Sendo assim, com relação a possibilidade de novas alíquotas de contribuição em razão de possíveis
novas Reformas da Previdência, os servidores que migrarem poderão ficar tranquilos, pois esses
aumentos não trarão impactos ao seu benefício.

Já nos casos de déficit previdenciário o impacto será para todos, no entanto, ainda será menor para
os que migrarem.

Como vimos, existem duas novas possibilidades de cobrança previdenciária, acrescentadas nesta
última reforma, em casos de déficit da previdência:

1) A possibilidade, prevista na reforma, das Alíquotas ORDINÁRIAS para


aposentados/pensionistas em caso de déficit da previdência; e

2 ) A possibilidade, prevista na reforma, das Alíquotas EXTRAORDINÁRIAS para os servidores


ativos, aposentados e pensionistas em caso de déficit da previdência;

Em ambos os casos essas novas alíquotas afetariam tanto os que permanecem no atual regime
quanto os que optassem pela migração seja com ou sem funpresp. No entanto, aqueles que
migrarem terão esses descontos limitados ao TETO do INSS enquanto os que permanecem poderão
ter os descontos sobre o valor integral da aposentadoria.

Aqui podemos considerar como uma vantagem para aqueles que migrarem, pois os impactos dessas
novas alíquotas seriam menores para estes servidores.

Outro ponto muito importante refere-se ao IMPOSTO DE RENDA1. Aqueles que migrarem irão
se beneficiar das alíquotas mais baixas de IR sobre os investimentos em fundos de previdência ou
no mercado financeiro. Estes últimos ainda poderão ser isentos de IR em determinados casos

Isso fica mais evidente ao analisarmos os resultados da simulação.

1 No Brasil os trabalhadores assalariados e servidores públicos são os que mais sofrem com a mordida do Leão. Conforme a tabela
do IR, a alíquota cresce à medida que o rendimento aumenta, mas só até certo ponto, uma vez que o IR só incide sobre os chamados
rendimentos tributáveis, e a maior parte dos ganhos dos mais ricos tem origem de lucros e dividendos em participações em empresas,
os quais são isentos de tributação de IR para as pessoas físicas podendo ser cobrada a alíquota de 15% de IR em alguns casos.
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Vale lembrar que apesar das possibilidades de isenção de IR nos investimentos próprios a simulação
foi realizada com a alíquota de 15% sobre todo o rendimento buscando uma projeção mais
conservadora.

Assim, podemos concluir que, em razão da política tributária no Brasil, há, claramente, uma
vantagem em migrar seja COM ou SEM funpresp em relação a permanecer no atual regime. Vale
lembrar que quanto maior for o valor da aposentadoria maior será essa diferença.

Vejam que, antes mesmo de decidir sobre a adesão ou não da Funpresp, já podemos analisar
algumas vantagens, desvantagens e riscos entre migrar ou permanecer no atual regime.

Aderir ou não aderir à Funpresp?

Nós já entendemos que TODOS aqueles que migrarem abrirão mão de suas regras de aposentadoria
e o seu benefício estará limitado ao TETO do INSS acrescentado do benefício especial. Até aqui, as
regras para quem migra são as mesmas.

No entanto, aqueles que migram precisam decidir se assumem o controle de sua aposentadoria
investindo por conta própria OU se aderem à Funpresp realizando contribuições para o recebimento
de um benefício ao se aposentar.

Falaremos primeiro da possibilidade de Migração SEM FUNPRESP.

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CENÁRIO 2 – MIGRAÇÃO SEM FUNPRESP

Primeiramente, precisamos deixar registrado que essa opção NÃO É PARA QUALQUER UM!!!

Se você é desorganizado financeiramente, não tem disciplina nem conhecimento para poupar e
investir no mercado financeiro e não tem interesse em aprender, aconselhamos que você elimine
esta opção e passe a analisar apenas as hipóteses de Permanecer ou Migrar COM Funpresp.

Falamos isso, pois a partir do momento que você migra e não adere à Funpresp você se torna o
responsável pela sua aposentadoria. O que você vai receber lá na frente dependerá
exclusivamente dos resultados da sua poupança e dos seus investimentos. É preciso estar ciente
disso!

Falaremos então das VANTAGENS de migrar SEM


FUNPRESP;

A primeira vantagem é que agora VOCÊ é responsável pelo


seu dinheiro e consequentemente pelo seu futuro.

Reformas da previdência, crises políticas, escândalos de


corrupção, déficit previdenciário, crise em fundos de
previdência, nada disso será tão relevante para sua
aposentadoria.

A partir do momento em que você tira toda a


responsabilidade das mãos do governo e assume o controle
do seu dinheiro você não fica tão dependente das questões
políticas, do orçamento público ou de um bom gestor da
previdência complementar para se aposentar.

Surge, então, uma segunda vantagem que seria a liberdade de


escolha em relação aos seus investimentos para que estes
estejam de acordo com o seu perfil de investidor bem como
com aquilo que você considera importante para seu
patrimônio.

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Você poderá ter ativos de Renda Fixa, como tesouro direto, CDBs, LCs, LCIs e
também ativos de renda variável como, fundos imobiliários, Etfs e Ações do Brasil e
até mesmo do Exterior a depender dos seus conhecimentos do mercado financeiro.

Tem a liberdade, ainda, de sair de algum investimento caso entenda que algum deles não tenha mais
valor ou caso perceba uma mudança nos rumos da economia. Seja para a proteção do seu
patrimônio, para manter o poder de compra ou em busca de mais rentabilidade. É você quem
decide a sua estratégia!

Em nossa simulação para este cenário os resultados foram


os seguintes.

1) Nesta simulação foram investidos R$ 873,34 por 25 anos, com rendimentos de 7,5% ao ano o
que resultou em um patrimônio acumulado de R$ 736.587,06

2) Deste patrimônio, foi calculado um rendimento mensal de 0,49% ao mês (equivalente a 6,0% ao
ano) o que corresponde a R$ 3.585,37 de rendimento por mês.

O patrimônio acumulado estará disponível para o investidor utilizar como quiser. É claro que a
partir do momento em que ele retira algum valor desse patrimônio o seu rendimento final na
aposentadoria também será reduzido, mas ele tem essa liberdade para administrá-lo como melhor
lhe atender.

Além disso, também existe a possibilidade de o servidor colocar um valor MAIOR do que o valor
utilizado na simulação. Nada impede que o servidor, com uma mentalidade de investidor, poupe

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parte do seu salário e invista pensando em ter uma aposentadoria melhor do que a
projetada em nossa simulação.

Vamos supor que o servidor poupe 5% do seu salário (R$ 750,00) e acrescente ao seu aporte
mensal.

Vejamos:

Veja que o patrimônio acumulado quase dobrou ultrapassando 1 milhão e 300 mil reais o que
renderia R$ 6.664,38 ao mês e uma aposentadoria líquida de R$ 12.759,81.

Ainda existe a possibilidade do investidor, com um pouco mais de estudo e dedicação, conseguir
rentabilidades anuais acima de 7,5% tendo em vista que este percentual é bem conservador em
relação ao potencial dos investimentos no mercado financeiro.

Vamos supor que este servidor tenha conseguido 2% a mais de rentabilidade ao ano, o que
corresponde a 9,5%.

*Rentabilidade 7,5% ao ano *Rentabilidade de 9,5% ao ano + poupança de 5% ao ano

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Vejam que uma aposentadoria projetada incialmente em R$ 10.142,66 pode ser transformada em
uma aposentadoria de mais de R$ 14.764,25 e um patrimônio acumulado de quase 2 milhõess de
reais com um pouco de esforço para poupar e investir todos os meses. Valores estes já descontados
os impostos

Poderíamos continuar as projeções com uma poupança para investimento de 10% do salário em vez
de 5% e um rendimento de 10% ao ano, o que resultaria em um patrimônio acumulado de mais de 2
milhões e 700 mil reais e uma aposentadoria líquida acima de quase R$ 18.000, mas o que estamos
querendo dizer é que a partir do momento que você ASSUME as rédeas da sua aposentadoria
o resultado lá na frente dependerá em grande parte de VOCÊ e não mais de Governo ou da
gestão de um fundo de previdência.

É você quem decide com QUANTO quer se aposentar, além de COMO e QUANDO quer utilizar
este dinheiro. Com liberdade, inclusive, para usufruir de parte deste patrimônio antes mesmo de se
aposentar, principalmente se você tem a consciência de poupar e investir para o longo prazo.

Lembrando, ainda, que nada impede que, em algum momento, você diversifique esses
investimentos com uma previdência privada ou até mesmo com a própria Funpresp. Ao longo do
caminho, com alguns movimentos de baixa da economia, o que é muito normal, você pode não se
sentir mais confortável para investir e controlar o seu patrimônio sozinho e tá tudo bem. O
importante é a liberdade que essa decisão pode te trazer!

Importante destacar também que esses resultados expressivos dos investimentos próprios se devem
muito ao TEMPO em que o dinheiro permaneceria investido, que no caso do nosso exemplo, é de
25 anos.

Quanto mais tempo maior será a ação dos juros compostos.

Esta acaba sendo mais uma vantagem daqueles que migram COM ou SEM Funpresp em relação
aqueles que permanecem. Em caso de novas reformas com o aumento do tempo de contribuição e
da idade de aposentadoria, servidores que permanecem trabalharão mais, contribuirão mais, para
receber um benefício MENOR, já aqueles que migram apesar de trabalharem mais e contribuírem
mais terão um benefício de aposentadoria MAIOR tendo em vista que seu patrimônio acumulado
sofrerá a ação dos juros compostos por mais tempo.

Pensando assim, podemos concluir que o tempo pode ser também uma desvantagem na migração
para aqueles que estão próximos de sua aposentadoria, pois com pouco tempo para o acúmulo de
patrimônio os rendimentos obtidos serão mais baixos.

Vejamos a simulação dos resultados do nosso servidor hipotético caso faltassem apenas 10 anos
para sua aposentadoria.
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Vejam que com 15 anos a menos para o acúmulo de patrimônio, os resultados já são bem diferentes.

Por isso a importância de se analisar todos os detalhes do seu caso específico.

Outra desvantagem em relação a migração sem Funpresp, conforme já mencionamos, é a


necessidade de aprender a investir e administrar o próprio dinheiro com conhecimento do
mercado financeiro além da disciplina para investir TODOS os meses até a sua aposentadoria.

A SUA APOSENTADORIA DEPENDE DOS RESULTADOS DESSES INVESTIMENTOS!!!

RISCOS

Talvez este seja o cenário em que o servidor terá o maior potencial para acúmulo de patrimônio e
consequentemente uma aposentadoria bem tranquila com um benefício relevante. Os resultados
dependerão dos esforços do próprio servidor e do seu conhecimento para administrar o próprio
dinheiro.

No entanto, existe o risco de que este servidor não mantenha a disciplina para aportar todos os
meses de forma religiosa, ou, ainda, de cometer erros graves de investimentos que podem vir a
comprometer todo o seu patrimônio acumulado e sua aposentadoria.

Por isso devemos chamar a atenção de que esta é uma opção para quem sabe o que fazer com
o seu dinheiro.

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CENÁRIO 3 – MIGRAR COM ADESÃO À FUNPRESP

Por fim, a última opção seria à adesão à FUNPRESP.

Como somos servidores do Ministério Público Federal e a grande parte de pessoas que nos
acompanham são do MPF ou do Judiciário, trataremos aqui sobre a FUNPRESP-JUD que seria a
previdência complementar dos servidores do Poder Judiciário da União, do Ministério Público da
União e do Conselho Nacional do Ministério Público.

Para os servidores do Executivo e Legislativo existe a FUNPRESP-EXE que possui alguns pontos
diferentes em relação a FUNPRESP-JUD, por isso, se você é servidor do Executivo e Legislativo e
tem interesse na nossa opinião sobre o tema, favor nos contatar através das redes sociais que, a
depender da demanda, falaremos também desta fundação.

O que é a Funpresp-JUD?

A Funpresp é uma Fundação de Previdência Complementar criada em 2012 com a finalidade de


administrar e executar planos de benefício de caráter previdenciário para os membros e
servidores públicos titulares de cargo efetivo do Poder Judiciário da União, MPU e do CNMP.

A Funpresp fechou o ano de 2021 com 22.082 participantes patrocinados, um acréscimo de 12,95%
em relação ao ano anterior.

Como funciona a contribuição para a Funpresp?

A contribuição para a Funpresp-JUD será sobre o valor da sua remuneração que exceder ao Teto do
INSS.

No nosso exemplo, uma remuneração de R$ 15.000,00 menos o teto de R$ 7.087,22 será igual a
R$ 7.912,78. Portanto, sobre esse valor excedente o servidor poderá escolher entre cinco faixas de
investimento que variam entre 6,5% a 8,5%, divididas em intervalos de 0,5%.

REMUNERAÇÃO R$ 15.000,00
Teto do INSS R$ 7.087,22
Base de cálculo da FUNPRESP R$ 7.912,78
Alíquotas Contribuição
6,50% R$ 514,33
7,00% R$ 553,89
7,50% R$ 593,46
8,00% R$ 633,02
8,50% R$ 672,59

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Em todas as nossas projeções, utilizamos a alíquota máxima de 8,5% como contribuição para a
Funpresp.

Além da contribuição do servidor também existe a contribuição do Patrocinador, que seria o órgão
ao qual você está vinculado. Esta contribuição será equivalente a 100% do valor da sua
contribuição. Portanto, para cada R$ 100,00 contribuídos o patrocinador também contribuirá com
R$100,00 (valores brutos).

Sobre essas contribuições, incidirão duas taxas. A Taxa de Carregamento de 4,5% e o FCBE de
13,08% o que corresponde a 17,94% de desconto sobre o aporte do servidor E 17,94% sobre o
aporte do patrocinador.

Podemos concluir que para cada R$ 100,00 contribuídos pelo servidor serão acrescidos de R$
100,00 do patrocinador, no entanto, após os descontos, apenas R$ 164,12 serão depositados em sua
reserva. Na nossa projeção para cada R$ 672,59 depositados pelo servidor R$ 551,93 vão para a
reserva.

Percentual Participante Patrocinador

Contribuição para Funpresp 100,00% R$ 672,59 R$ 672,59

FCBE 13,44% R$ 90,40 R$ 90,40


Fundo de Cobertura de Benefícios Extraordinários

Taxa de Carregamento 4,50% R$ 30,27 R$ 30,27


(Despesas Administrativas

Valor para a Reserva Individual 82,06% R$ 551,93 R$ 551,93

Apesar do desconto, a contrapartida do Patrocinador ainda é bem vantajosa para aqueles que
optarem pela Funpresp, pois, em termos práticos, cada contribuição do servidor receberia um
acréscimo de pouco mais de 64%.

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O que são as Taxas de Carregamento e FCBE

A taxa de carregamento é utilizada para cobrir os custos de operação da Funpresp, as chamadas


despesas administrativas e atualmente está em 4,5%.

Em 2018, em razão do expressivo número de adesões, motivadas pela migração, a taxa foi reduzida
de 7% para 6%. Novas reduções ocorreram até o patamar atual de 4,5%.

Essa taxa costuma ser revisada anualmente para o estudo da possibilidade de possíveis reduções a
depender do número de participantes do plano.

Já o Fundo de Cobertura de Benefícios Extraordinários (FCBE) é utilizado para dar garantia aos
benefícios não programados como de Aposentadoria por invalidez, Pensão por Morte e
Benefício de sobrevivência

Segundo a Funpresp, cada um dos “benefícios cobertos pelo FCBE é influenciado pelos conjuntos
de premissas biométricas, demográficas e econômico-financeiras. Por meio dos estudos de
aderência são verificadas a adequação da tábua de mortalidade geral, da tábua de mortalidade de
inválidos, da tábua de entrada em invalidez, da rotatividade, da composição familiar, da taxa de
juros, do fator de capacidade e do crescimento salarial.”

A partir desses estudos é definido o percentual a ser cobrado pelo FCBE.

Em Abril de 2021 o FCBE ficou definido em 13,44% e a Taxa de Carregamento foi reduzida de 5%
para 4,5%. Como essas taxas são alteradas todos os anos, é muito importante que vocês pesquisem
no site da Funpresp no momento em que optarem pela adesão!

Onde a Funpresp investirá o meu dinheiro?

A cada ano a Funpresp disponibilizará um PLANO GERENCIAL DE INVESTIMENTOS para o


ano seguinte onde apresenta a estratégia a ser utilizada ao longo desse período observando a política
de investimentos aprovada por seu conselho deliberativo.

Neste documento é possível observar as estratégias e os objetivos de cada alocação dos recursos
administrados pela Fundação.

Até 2020, a fundação optava por investimentos mais conservadores, com uma alta exposição a
produtos de renda fixa, no entanto, em razão da queda da taxa de juros, esta estratégia não foi mais
suficiente para garantir a rentabilidade compatível com as metas adotadas. Dessa forma, a fundação
buscou por uma mais diversificação dos investimentos com uma exposição maior a renda variável
além de aplicações no segmento imobiliário.

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Abaixo, temos a atual composição dos investimentos da Funpresp bem como seus
objetivos para 2022.

*Julho/2022

*Objetivo 2022

Qual a rentabilidade esperada nos investimentos da Funpresp?

No site da Fundação é possível acompanhar o relatório de investimentos a cada mês, onde é


disponibilizado todos os resultados. Ao final do ano também é disponibilizada uma carta aos
participantes informando os resultados daquele ano bem como os comentários da fundação
observando o cenário macroeconômico e o comportamento dos mercados financeiros.

Também é possível verificar a rentabilidade dos últimos anos tanto em valores nominais quanto em
valores reais (já descontada a inflação).

Vejamos:

* Rentabilidade Real: Já descontada a Inflação do período.


** Todas essas informações estão disponíveis no http://www.funprespjud.com.br/

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A Funpresp trabalha com uma meta de rentabilidade que varia de 3,0% a 5,0% já descontada a
inflação. Até 2020 a meta vinha sendo cumprindo com uma média anual de 5,57%. 2021foi o
primeiro ano de rentabilidade real Negativa da instituição o que vem se repetindo em 2022 até o
momento (Julho/22).

O problema aqui é que a Funpresp, por ser uma instituição muito nova, ainda não possui um
histórico relevante de resultados. A fundação enfrenta seu primeiro período de maior dificuldade
nos investimentos. Apesar dos bons resultados iniciais não temos como saber se isso se manterá no
longo prazo, principalmente nos períodos em que é necessário abrir mão de investimentos mais
conservadores para o cumprimento da meta. Se por um lado uma fatia maior de investimentos em
Renda Variável permite uma rentabilidade maior, também existe mais risco nesse tipo de
investimento.

Por outro lado, enxergamos como ponto positivo, o fato da Funpresp ser um plano de
CONTRIBUIÇÃO DEFINIDA, onde, em termos práticos, no momento da contratação o
participante já sabe o valor de suas contribuições mas o valor do benefício será definido de acordo
com o tempo de contribuição e os rendimentos obtidos através dos investimentos, dentre outras
variáveis.

O servidor precisa estar ciente de que as simulações da Funpresp são apenas uma EXPECTATIVA
de retorno, no entanto o seu benefício real será de acordo com os resultados dos investimentos. Esse
tipo de plano tem caráter INDIVIDUAL, ou seja, cada participantes tem a sua própria conta onde
são contabilizadas as contribuições pessoais e aquelas feitas pelos patrocinadores. Deste modo, não
existe a possibilidade de déficit, pois em caso de rentabilidade baixa, o servidor receberá menos em
seu benefício de aposentadoria.

Diferentemente dos planos de BENEFÍCIO DEFINIDO, onde no momento da contratação o


participante já sabe o valor do benefício a ser recebido na aposentadoria como é o caso da maioria
dos fundos de pensão que apresentam rombos no Brasil,

Esse plano tem natureza MUTUALISTA, ou seja, de caráter solidário entre os participantes, o que
faz com que os participantes tenham DIREITO a receber um valor determinado independentemente
dos resultados do fundo ao longo dos anos.

O problema deste tipo de plano é que, em casos de déficit, é necessário que a instituição reajuste as
contribuições a serem realizadas para garantir o pagamento do benefício lá na frente. Caso esses
reajustes ainda não sejam suficientes existe ainda a possibilidade da cobrança de uma contribuição
extra para contribuir possíveis déficits.

O Déficit ocorre quando existe a previsão de que o patrimônio do plano não será suficiente para
honrar todos os compromissos atuais e futuros. Isto pode ocorrer em decorrência de uma
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rentabilidade dos investimentos abaixo do previsto e também por outros fatores
como aumento na taxa de longevidade, baixa rotatividade de participantes,
inadimplência dos patrocinadores, corrupção entre outros.

Vale a pena contribuir mais para receber um benefício melhor???

Para aqueles que desejam aumentar o valor do benefício de aposentadoria contribuindo um pouco
mais a Funpresp disponibiliza uma contribuição facultativa, com alíquota mínima de 2,5% sobre a
remuneração de participação (valor que excede ao teto do INSS), na qual não incidirá a taxa de
carregamento.

No entanto essa contribuição NÃO terá a contrapartida do patrocinador.

Acreditamos que a grande vantagem da funpresp em relação as previdências privadas seja a


contrapartida do Patrocinador, sendo assim, essa contribuição facultativa, na nossa opinião, não
seria mais vantajosa tendo em vista que, além de não existir a possibilidade de portabilidade,
entendemos que o melhor seria diversificar ainda mais sua aposentadoria, seja com outra
previdência privada, seja com investimentos próprios.

Para as nossas projeções, diante da dificuldade em projetar os benefícios pagos pelas previdências
privadas em razão da grande quantidade de possibilidades disponíveis no mercado, utilizamos os
investimentos próprios no mercado financeiro como alternativa.

Após a migração, com a contribuição Limitada ao Teto do INSS, a remuneração líquida do servidor
será maior. Em nossa projeção, após os descontos ds contribuições para o regime próprio e para
funpresp e do desconto do IR, restaram R$ 385,72 a mais de remuneração em relação aqueles que
permaneceram, valor este que projetamos como investimentos próprios para que fique uma
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comparação mais justa uma vez que a remuneração líquida se manteria a mesma nos
3 cenários.

Qual a alíquota de Imposto de Renda para o benefício da FUNPRESP?

Atualmente, existem dois regimes de tributação aplicáveis ao período de recebimento dos


benefícios ou ao resgate do montante total acumulado. O regime PROGRESSIVO e o regime
REGRESSIVO.

ATENÇÃO – o participante deve realizar a escolha na sua ficha de inscrição OU até o último dia
útil do mês seguinte a adesão. Esta escolha é IRREVERSÍVEL e IRRETRATÁVEL.

Na ausência da manifestação do participante, o regime será o PROGRESSIVO o que seria pior para
o participante, portanto não se esqueçam!!!

REGIME PROGRESSIVO

No regime progressivo, quanto maior for o benefício maior será o imposto de acordo com a tabela
progressiva de IR.

No entanto, devemos lembrar que o imposto de renda é cobrado sobre TODA a sua renda e não
apenas sobre o benefício da Funpresp. Logo o IR será sobre a Funpresp + Aposentadoria pelo RPPS
+ outros investimentos (se existir). Sendo assim, você pagará a alíquota máxima de IR caso opte
pelo Regime Progressivo.

Neste regime existe a possibilidade de abatimento no IR com dependentes, saúde e educação.

REGIME REGRESSIVO

Esta é a melhor opção para o participante que pretende utilizar o valor acumulado somente na sua
aposentadoria.

Quanto mais tempo o participante ficar no plano menor será o seu desconto de IR.

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Neste regime a alíquota de IR diminui a medida que o tempo vai passando chegando até 10%.
Assim, quanto mais tempo o participante ficar no plano, maior será a sua vantagem tributária. No
entanto, não existe a possibilidade de abatimentos com dependentes, educação e saúde.

Se eu sair do Serviço Público posso permanecer no plano da Funpresp?

Em caso de desligamento do serviço público o servidor deve estar ciente que perderá a
contribuição do Patrocinador uma vez que este não possui mais vínculo. Sendo esta a vontade do
servidor, ele poderá continuar com seus investimentos na Funpresp de duas formas.

1) Como participante Auto patrocinado: onde o servidor continuará realizando os pagamentos das
contribuições assumindo, também, as contribuições do Patrocinador.

2) Como praticante Remido: onde o servidor suspende o pagamento de suas contribuições


mantendo apenas os custeios das despesas administrativas. Assim, quando tiver reunido as
condições para se aposentar receberá o benefício pago pela funpresp.

Posso deduzir as contribuições para Funpresp no meu Imposto de Renda?

Pode sim. As contribuições para a Funpresp podem ser deduzidas do Imposto de Renda até o limite
de 12% dos rendimentos brutos anuais.

No caso dos servidores que optarem pela migração COM adesão à Funpresp, as suas contribuições
serão descontadas no próprio contracheque, dessa forma o valor contribuído será deduzido do
Imposto de Renda já na fonte.

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Como é calculado o valor do meu benefício?

O valor do benefício que você receberá no futuro dependerá dos valores contribuídos, do período de
acumulação e dos resultados dos investimentos realizados pela fundação.

Devemos estar cientes de que é impossível prever com exatidão o retorno dos investimentos em um
prazo tão longo, principalmente agora que a Funpresp tem aumentado sua exposição aos
investimentos de renda variável.

Por isso, em nossas projeções, utilizamos uma rentabilidade intermediária de 4% dentro da meta
estipulada pela Funpresp que varia de 3% a 5% de retorno real ao ano.

Vejamos os resultados.

Em nossa projeção, ao longo dos 25 anos de contribuição para a Funpresp, com uma rentabilidade
de 4% ao ano, foi acumulado um patrimônio de R$ 608.497,04 que gera um benefício mensal a ser
recebido na aposentadoria de aproximadamente R$ 3.362,31, já descontada a taxa de carregamento
de 0,37%.

Além disso, caso o servidor siga a nossa sugestão de investir a diferença da remuneração em relação
ao que receberia permanecendo no atual regime, com um rendimento de 6% ao ano, teria
acumulado o patrimônio de R$ 260.858,10, o que renderia aproximadamente R$ 853,98 ao mês.

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Lembrando que os números aqui irão variar de acordo com os resultados da


funpresp e dos seus investimentos próprios.

Em nossas projeções, nós buscamos sempre deixar a rentabilidade da Funpresp de uma forma
conservadora e projetar uma melhoria apenas em nossos investimentos próprios que estão sob nosso
controle.

Sendo assim, vamos supor que o servidor resolva poupar mais R$500,00 do seus vencimentos para
os investimentos próprios e que obtenha uma rentabilidade de 8,0% ao ano.

Notem que com um esforço relativamente baixo de poupar R$ 500,00 por mês para investir, e uma
disciplina um pouco maior para aprender mais sobre o mercado financeiro, os resultados melhoram
consideravelmente.

Apenas com os investimentos próprios, este servidor poderia acumular mais de R$ 800.000,00 em
25 anos.
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Devemos lembrar sempre que o TEMPO é um fator muito importante para estes resultados. Com
um tempo menor para acumular patrimônio, os resultados serão um pouco menos expressivos, mas
ainda assim é possível construir um patrimônio relevante.

É possível resgatar o meu saldo na Funpresp todo de uma vez?

O resgate do saldo acumulado na Funpresp só será permitido quando cessar o vínculo do


participante com o patrocinador, seja por desligamento do serviço público ou em caso de
aposentadoria, desde que não esteja em gozo de qualquer benefício pago pela Funpresp.

O recurso a ser resgatado corresponde ao valor TOTAL acumulado na conta do participante,


referente a seus aportes, além de um percentual sobre o saldo acumulado dos aportes do
Patrocinador conforme a tabela abaixo.

Ou seja, em caso de resgate, o participante poderá resgatar TODO o patrimônio acumulado através
dos seus aportes além de um percentual dos aportes feitos pelo patrocinador conforme o tempo de
vínculo com o plano.

VANTAGENS

A primeira vantagem é, sem dúvidas, a contrapartida do Governo. Com os aportes do


patrocinador você “turbina” os seus aportes mensais em mais de 60% o que gera um resultado
bastante significativo no longo prazo. Isso torna a Funpresp muito vantajosa em relação a qualquer
outra previdência privada. No entanto, não existe nenhuma garantia de que estes aportes serão
mantidos até a sua aposentadoria (o que entrará na parte dos riscos).

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Outra vantagem considerável é a diversificação. A partir do momento que o servidor adere a


funpresp e, ao mesmo tempo, investe por conta própria, ele estará diversificando ainda mais o seu
patrimônio, e consequentemente a sua aposentadoria. Deste modo, a sua aposentadoria estará
diversificada em 3 fontes, o Governo (até o teto do inss), a Funpresp e os investimentos próprios.

Veja que caso uma dessas fontes venha a apresentar problemas, seja uma dificuldade do Governo
em arcar com as aposentadorias, um resultado ruim dos investimentos da Funpresp ou um retorno
ruim em seus investimentos próprios, as outras fontes serão capazes de amenizar estes resultados e,
assim, o servidor não coloca todos os ovos em uma única cesta.

RISCOS

Esta opção também tem o potencial de trazer resultados relevantes na sua aposentadoria, no entanto
devemos prestar atenção em alguns pontos.

O primeiro ponto é a possibilidade de interrupção ou redução na contrapartida do Governo. Por ter


previsão em lei ordinária, nada impede que o governo, em algum momento, venha a alterar esta lei
reduzindo ou até mesmo cortando a contrapartida. Vale dizer, que a lei prevê uma contrapartida em
ATÉ 100%, por isso precisamos estar cientes dessa possibilidade.

Outro ponto importante é o fato de a Funpresp ser uma instituição nova, criada em 2012, com isso
não temos um período relevante para avaliar os seus resultados. Neste curto período a Funpresp
vem cumprindo com suas metas e apresenta o seu primeiro período de maior dificuldade mas ainda
é um período muito curto para maiores avaliações.

O mais importante é que você entenda bem o funcionamento da Funpresp e esteja atento a todas as
possibilidades para que não seja pego de surpresa ao se aposentar.

CONCLUSÃO

Vejam que existem inúmeras variáveis para serem analisadas na sua decisão! Acreditamos que a
maioria delas está discriminada de forma bem detalhada para te ajudar. Além destas, existem
variáveis subjetivas como: o que você espera do nosso governo para os próximos 20, 30 anos? Qual
sua expectativa para a economia nesse prazo? As condições socioeconômicas do nosso país tendem
a melhorar? Você é disciplinado financeiramente? Você é o único provedor da família? Questões
como essas também são relevantes na hora de você fazer sua escolha, porém não nos cabe fazer esse
juízo de valor nesse documento. Nossa intenção é auxiliar de forma objetiva nos fatos, cálculos e
informações acessíveis atualmente! Não há uma decisão 100% correta, mas há aquela decisão que
se adequa melhor ao seu perfil e que você faz de forma clara, consciente, transparente, ciente de
todas as nuances envolvidas: e esse material foi feito com este objetivo!

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Aqui vale um parêntese para um recado nosso.

Independente da sua opção acreditamos que a educação financeira e o hábito de investir devem
fazer parte de sua vida. Muitos acham o assunto chato demais ou muito complicado para pessoas
que não são da área de economia, finanças e etc, mas isso não é verdade!

A parte mais difícil que é estudar por horas e horas, abrir mão de lazer e finais de semana para a
aprovação em um concurso de nível Federal você já fez!!! Agora vem a parte relativamente
simples que é poupar parte do seu salário para investir em ativos que gerem uma renda para você
no longo prazo. Com estudo, boa informação e disciplina para fazer os aportes você poderá obter
resultados relevantes e ter uma vida tranquila com seus familiares. É o seu dinheiro tão suado
trabalhando por você.

Nas simulações dos investimentos próprios podemos observar que o TEMPO é um fator essencial
para o seu investimento, por isso quanto antes você adquirir esse hábito melhor será o seu
resultado final.

Esperamos que vocês devorem todas as informações aqui colocadas e não hesite em tirar dúvidas
conosco em nossas redes sociais. Teremos o maior prazer em ajudar!

Se você chegou aqui e esta completamente perdido ou ainda não se sente seguro para tomar sua
decisão.

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Morte e Aposentadoria por Invalidez.

Um grande abraço,

Servidores Investidores
Luiz Orione e Renato Singulani.

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