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Plano Gerador de Benefício Livre

Vida Gerador de Benefícios Livres


O-LÁ,
Me Poupeira!
e Me Poupeiro!

Você que acompanha os vídeos da Me Poupe! já entendeu há


um tempão algumas coisas importantes sobre sua
aposentadoria:

A primeira é que não dá pra terceirizar seu futuro e esperar


que a previdência social vá ser suficiente para uma
aposentadoria digna e com boletos em dia.

A segunda coisa que você já aprendeu aqui na Me Poupe! é


que, não importa sua idade, sempre é tempo de fazer algo
para preparar o seu futuro.

A previdência privada pode ser uma ótima alternativa pra


você preparar a aposentadoria da riqueza.

É pra colocar todo o dinheiro nela? Não!!! Prest’enção!!!


A previdência privada tem benefícios bem legais, mas você
precisa saber escolher um bom fundo de previdência que

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realmente te entregue a performance de que você precisa
para ter um futuro tranquilo.

Prá te ajudar a não cair em ciladas, o Professor Mira, analista


CNPI aqui da Me Poupe! convidou o Rafael Zattar, especialista
em fundos de investimento da Carteira Z para analisarem
juntos alguns fundos de previdência.

Eles prepararam um relatório completo com tudo o que você


precisa saber sobre fundos de previdência privada que valem
a pena.

E como aqui na Me Poupe! a gente gosta de mimar você, nosso


time fez um resumão do que está no relatório.

Confere as dicas e coloca em prática!

Beijos ricos e boa leitura,

Me Poupe!

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Nossa missão aqui é ajudar você a pensar na aposentadoria
sem depender de governo. Mas, antes de fazer o resumo das
dicas do Zattar e do Mira, vamos falar bem rapidinho da tal
previdência pública.

O que é Previdência Social?

A Previdência Social é o famoso INSS. É tipo um seguro do


governo que, entre outras coisas, visa garantir ao trabalhador
uma renda de aposentadoria.

Todo mundo que trabalha com registro em carteira contribui


para a Previdência Social. O valor referente a esta contribuição
já vem descontado na folha de pagamento.

O profissional autônomo também pode recolher a


contribuiçao para o INSS de forma individual para ter as
mesmas coberturas previdenciárias asseguradas aos
trabalhadores formais.

Esse recolhimento do autônomo é feito através da GPS (Guia


de Previdência Social).

Toda pessoa que contribuiu para a Previdência Social ao longo


da vida e cumpriu os requisitos estabelecidos pela legislação,
ao se aposentar, passa a receber mensalmente o benefício da
aposentadoria.

Mas, na maioria das vezes, o valor é tão pequeno, que aqui na


Me Poupe a gente se pergunta se não é uma piada de mau
gosto chamar de “benefício”

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Pagando a Previdência Social, sua
aposentadoria está garantida?

Infelizmente a resposta é NÃO!

A previdência pública no Brasil está em crise há muito tempo.


Pra dizer a real, sem rodeios, tá falida!

Os motivos são vários: má gestão, planejamento ruim,


corrupção, e o principal: estamos todos vivendo mais.

O aumento da expectativa de vida e as mudanças do mundo


do trabalho estão produzindo um cenário em que, dentro de
pouco tempo, o número de beneficiários recebendo
aposentadoria do governo será maior do que o número de
trabalhadores contribuindo para a previdência.

Nem precisa ser um gênio da matemática pra perceber que a


conta não fecha. Uma busca simples no Google com os
termos: INSS e Reforma da Previdência, já vai te dar uma
dimensão do tamanho desse problema.

Como cuidar da aposentadoria sem


depender do governo?

A Me Poupe pediu para dois grandes especialistas em


investimentos ajudarem a gente a desfuder a sua
aposentadoria, indicando bons fundos de previdência privada.

Então, bora lá entender o que o Mira e o Zattar prepararam:

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O que é previdência privada?

São planos oferecidos por inúmeras instituições e você pode


escolher entre um portfólio bem grande de produtos, o plano
cujas características estejam mais alinhadas com o seu perfil.

O funcionamento do plano é simples: você realiza seus aportes


pelo prazo que você definir e esses aportes vão se
acumulando ao longo do tempo e rendendo juros. O saldo
acumulado irá gerar a renda passiva equivalente à sua
aposentadoria.

A previdência privada é basicamente um fundo de


investimento, porém, com algumas vantagens específicas.

Principais vantagens

Sucessão patrimonial sem a necessidade de inventário;


Não há a incidência de come-cotas;
Portabilidade de fundos entre gestoras sem cobrança de
IR;
Possibilidade de aportes regulares via débito automático;
Modelo tributário sob medida (PGBL/VGBL, tabela progres
siva ou regressiva)

Tipos de plano:

VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres)


PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres)

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A principal diferença entre VGBL e PGBL é a incidência de
imposto de renda.

Nos dois tipos de plano, o imposto incidirá somente no


momento do resgate, no entanto, no VGBL o imposto de renda
será somente sobre os rendimentos, enquanto no PGBL será
sobre o valor total a ser resgatado, ou seja, sobre o valor que
você investiu e sobre o rendimento.

No caso do PGBL, se você fizer sua declaração de ajuste anual


do IRPF, poderá deduzir as contribuições que tiver feito ao
longo do ano, no limite máximo de 12% de sua renda bruta
anual.

Sendo assim, o PGBL em alguns casos pode ser interessante


para quem tem renda e paga imposto sobre essa renda,
(aquele imposto de renda que já vem descontado no
contracheque). Ele é útil se você tem IRPF retido, e faz a
declaração no modelo completo, para poder restituir mais ou
pagar menos imposto.

Os planos tipo VGBL não permitem a dedução na declaração


de IRPF, portanto, é o tipo de plano mais adequado para quem
utiliza o modelo simplificado de declaração de IR. Assim, para
quem faz sua Declaração de Imposto de Renda pelo modelo
simplificado, mas se interessa pelos benefícios da previdência
privada, pode optar por investir em planos do tipo VGBL, que
não permitem a dedução na declaração anual, mas realizam
o recolhimento do imposto de renda somente sobre o
rendimento, no ato do resgate.

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Como dissemos, o imposto de renda no VGBL é somente sobre
o rendimento.

Como a Previdência Privada irá pagar


você?

A forma como você receberá seu benefício da previdência


privada, é definida no ato da contratação do plano. São várias
opções:

- pagamento único;
- renda mensal por prazo certo;
- renda mensal vitalícia;
- renda mensal temporária;
- renda mensal com prazo mínimo garantido;
- renda mensal vitalícia reversível ao beneficiário

Até aqui você teve uma noção geral sobre previdência e já


sabe por onde começar suas pesquisas sobre o assunto.

Também sugerimos que você leia o relatório detalhado em


que eu, Professor Eduardo Mira, e o Rafael Zattar, fizemos uma
análise completa de três fundos de previdência privada.

Então, agora é hora de você conhecer os fundos que a gente


selecionou pra você.

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CAPITÂNIA CRED PREVIDÊNCIA ICATU FIC
FIRF CP

Objetivo: alcançar rentabilidade superior à do CDI, com baixa


volatilidade.

A quem se destina: investidor de perfil conservador, que busca


a preservação de patrimônio, liquidez e baixíssimo risco.

Em que o fundo investe: predominantemente debêntures


(crédito privado) e LFTs (Tesouro Selic) com vencimentos
diversos.

Aplicação mínima: não há.

Liquidez: 1 dia útil até a cotização + 3 dias úteis para o


pagamento.

Fonte: Lâmina do fundo

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ZURICH VALORA PREVIDENCIÁRIO FI RF CP

Objetivo: superar o CDI com baixa volatilidade através de


gestão ativa.

A quem se destina: investidor de perfil moderado, que tolera


um pouquinho de risco visando rentabilidade maior.

Em que o fundo investe: quase todo o patrimônio do fundo está


em fundos imobiliários e crédito privado atrelado à taxa Selic.
Aplicação mínima: R$ 1.000,00

Liquidez: 2 dias úteis até a cotização + 4 dias úteis para o


pagamento.

Fonte: Lâmina do fundo

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LIS ICATU PREVIDENCIÁRIO FUNDO DE
INVESTIMENTO MULTIMERCADO

Objetivo: proporcionar ao cotistas retorno real no longo prazo


através do investimento em ações de empresas brasileiras.

A quem se destina: investidor de perfil arrojado, que está


disposto a assumir maiores riscos para obter o maior retorno
possível.

Em que o fundo investe: 70% do patrimônio do fundo está em


renda variável e 30% em renda fixa.

Aplicação mínima: Não há.

Liquidez: 7 dias úteis até a cotização + 2 dias úteis para o


pagamento.

Fonte: Lâmina do fundo

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Como você pode ver, há opção de fundos de previdência para
diferentes perfis de investidor.

É bem importante que você entenda o seu perfil e também que


estruture seu planejamento com metas claras.

Coloca tudo no papel! Assim, você vai conseguir visualizar sua


vida financeira em detalhes e a partir daí, escolher a
previdência que atende melhor às suas metas.

E para aprender ainda mais, leia o relatório completo que o


Rafael Zattar, Carteira Z, preparou junto comigo,
especialmente para a Me Poupe!

Um abraço,

Professor Eduardo Mira


Analista CNPI 1954

Acompanhe o relatório completo a seguir.

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Introdução

Neste relatório discutimos as vantagens do investimento em fundos pre-


videnciários e são apresentadas três alternativas de fundos com diferen-
tes graus de risco.

Boa leitura!

Fundos de previdência

Iniciaremos nossa apresentação relembrando as vantagens dos planos


de previdência privada:

1. Sucessão patrimonial sem a necessidade de inventário;


2. Não há a incidência de come-cotas;
3. Portabilidade de fundos entre gestoras;
4. Possibilidade de aportes regulares via débito
automático;
5. Modelo tributário sob medida (PGBL/VGBL, tabela
progressiva ou regressiva)

A não incidência do come-cotas, já é uma vantagem considerável nesta


classe de fundos. Mas o que é o come-cotas?

A origem do nome come-cotas faz referência às cotas dos fundos que os


investidores adquirem no momento da aplicação. Duas vezes por ano, em
maio e novembro, existe uma apuração do imposto devido sobre o lucro e
o pagamento é feito através da subtração de uma quantidade equivalen-
te em cotas possuídas nesse fundo. Vem daí o nome come-cotas.

Nas datas do come-cotas a alíquota mínima de 15% é obrigatoriamente


antecipada e liquidada, cabendo pagar no momento do resgate apenas o
que não foi retido desde o último come-cotas. Três tipos de fundos são
afetados pelo come-cotas: fundos de renda fixa, fundos multimercados e
fundos DI.

Como o come-cotas afeta a rentabilidade de um fundo? Nos fundos de

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previdência privada o dinheiro devido a título de imposto de renda fica
com você até o momento do resgate, com isso é possível obter rendimen-
tos também sobre essa parcela do dinheiro que já não é sua, uma vez que
ela já é devida à receita federal. A receita, ao invés de recolher esse dinhei-
ro duas vezes por ano, o deixa com você, quase como se fosse um em-
préstimo. Você pode aplicar esse dinheiro e devolvê-lo à receita federal
somente na hora em que você faz um resgate de cotas.

Fundos previdenciários podem ser do tipo VGBL, sem benefícios fiscais,


apenas o valor dos rendimentos está sujeito à tributação no momento do
resgate, e PGBL, onde parte dos valores aplicados pode ser abatida do
Imposto de Renda, o valor total do resgate está sujeito à tributação.

Em nossa opinião, devido aos incentivos fiscais, a grande vantagem dos


fundos de previdência privada reside nos fundos PGBL com tabela regres-
siva, especialmente para os investidores de mais alta renda.
Vamos dar um exemplo numérico:

- Seja um investidor com renda bruta tributável de R$ 200.000,00 no


ano. Este investidor está na alíquota de 27,5% do imposto de renda, a mais
alta alíquota cobrada no Brasil.

- Pelas regras atuais, para fins de abatimento do imposto de renda,


esse investidor pode depositar até 12% de sua renda bruta tributável em
um PGBL, ou, no caso do exemplo, R$ 24.000,00.

- Esses R$ 24.000,00 geram uma entrada e uma saída de dinheiro na


carteira do investidor. Como o investidor está na alíquota de 27,5% do IR,
ele terá, no dia da declaração de ajuste do IR, um abatimento no imposto
a pagar de R$ 24.000,00 * 27,5% = R$ 6.600,00! Esse montante pode
também, dependendo dos demais abatimentos do contribuinte, aumen-
tar o valor da restituição do IR. Um ganho considerável não é mesmo?

- Mas esses mesmos R$ 24.000,00 geram também uma obrigação a


pagar: o imposto de renda sobre o valor total investido que você pagará
no momento do resgate. O valor inicial dessa alíquota é de 35%, mas ela
cai 5% a cada dois anos, até atingir o valor mínimo de 10% depois de dez

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anos.

- Resumo: supondo que você pode esperar dez anos pelo resgate, a
sua aplicação de R$ 24.000,00 em um fundo PGBL com tabela regressiva
gerou uma receita no presente de R$ 6.600,00 e uma obrigação a pagar de
R$ 2.400,00 daqui a dez anos

- Isso sem contar com o ganho esperado dos rendimentos de sua


aplicação no fundo previdenciário escolhido!

Essa vantagem fiscal nos parece boa demais! Se você quiser saber mais
sobre o assunto, incluindo estratégias para aportes recorrentes, assista
ao vídeo em youtu.be/-DbhX-4zmhk

Assumindo que a essa altura você já está convencido, apresentaremos


aqui três alternativas de investimento para a sua previdência privada
com diferentes classes de investimento e diferentes exposições a risco.
São eles os fundos:

- CAPITÂNIA CREDPREVIDÊNCIA ICATU FIC FIRF CP


- ZURICH VALORA PREVIDENCIARIO FI RF CP
- LIS ICATU PREVIDENCIÁRIO FUNDO DE INVESTIMENTO
MULTIMERCADO

Antes de prosseguir um lembrete: para ter direito ao incentivo fiscal na


declaração de IR de 2021, ano base 2020, você tem de fazer suas aplica-
ções ainda em 2020, ou seja, você tem até o fim de dezembro para novos
aportes.

Vamos à apresentação dos fundos selecionados.

CAPITÂNIA CREDPREVIDÊNCIA ICATU FIC FIRF CP

Os dados a seguir foram extraídos do site da gestora.

PÚBLICO ALVO

O FUNDO tem como público alvo exclusivamente, os recursos das provi-

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sões matemáticas e demais recursos e provisões de Planos Geradores de
Benefícios Livre – PGBL e Vida Geradores de Benefícios Livre – VGBL, instituí-
dos pela ICATU SEGUROS S.A (“Cotista”), investidora profissional, de acordo
com as normas vigentes da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, Con-
selho Monetário Nacional - CMN, Conselho Nacional de Seguros Privados -
CNSP e Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, no que expressa-
mente previsto no Regulamento.

OBJETIVO | POLÍTICA DE INVESTIMENTO

A política de investimento do FUNDO consiste em aplicar, no mínimo, 95%


de seu patrimônio líquido em cotas do CAPITÂNIA CREDPREVIDÊNCIA
MÁSTER FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA CRÉDITO PRIVADO, inscrito no
CNPJ sob o nº 30.338.838/0001-50 ("Fundo Máster"), administrado pelo BNY
MELLON SERVIÇOS FINANCEIROS DTVM S.A. e gerido pela CAPITÂNIA S/A, cuja
política de investimento consiste em utilizar perfil não referenciado em
indicador de desempenho em função da estrutura dos ativos financeiros
e/ou modalidades operacionais integrantes da carteira, visando atingir
rentabilidade superior às taxas diárias de remuneração de certificados de
depósito interfinanceiro - CDI, tendo como principal fator de risco a varia-
ção da taxa de juros domésticas e/ou índices de preços. O FUNDO poderá
aplicar os recursos integrantes de sua carteira em quaisquer ativos finan-
ceiros permitidos pela legislação aplicável, devendo-se observar, contu-
do, os limites de concentração e os riscos previstos no Regulamento.

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Retorno acumulado (análise tradicional)

O gráfico na Figura 1 mostra o retorno acumulado do fundo CAPIT NIA CRE-


DPREV em comparação ao retorno do benchmark (CDI).

Figura 1 – Gráfico de rentabilidade do fundo CAPIT NIA CREDPREV em comparação ao CDI

Observe a baixa volatilidade dos retornos do fundo CAPITÂNIA CREDPREV.


Ainda assim, observe que, como a maior parte dos ativos em Mar/2020, o
fundo também foi afetado pelas incertezas que surgiram com a pande-
mia do coronavírus.

Enquanto, no período estudado (Mai/2017 a Out/2021), R$ 1.000,00 teriam se


transformado em R$ 1.256,00 se aplicados no CDI, eles teriam se transfor-
mado em R$ 1.350,00 se aplicados na CAPIT NIA CREDPREV.

Veja que a carteira parece cumprir seu objetivo, rentabilidade superior à


do CDI, com baixa volatilidade.

Dito isso, vamos à nossa advertência usual. O gráfico da Figura 1, comu-


mente encontrado em sites de comparação de fundos, conta somente a
história de dois investidores: aqueles que, em Mai/2017, tenham investido
um no fundo CAPIT NIA CREDPREV e o outro no CDI. O investidor do CAPITÂ-

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NIA CREDPREV tem uma boa vantagem1 sobre o investidor do CDI para um
produto desta natureza2, mas é possível que outros investidores, com dife-
rentes datas de entrada, tenham resultados muito diferentes. Falaremos
mais sobre isso um pouco adiante.

Desempenho relativo ao índice

O gráfico da Figura 2 a seguir traz basicamente as mesmas informações


do gráfico na Figura 1 e tem as mesmas limitações daquele. Ele é obtido
simplesmente dividindo-se dia a dia o rendimento acumulado do fundo
CAPITÂNIA CREDPREV pelo rendimento do CDI. Como enfatizado anterior-
mente, o gráfico conta somente a história dos investidores que em
Mai/2017, data de início de operação do fundo da CAPIT NIA, aportaram um
no fundo CAPITÂNIA CREDPREV e o outro no CDI.

Figura 2 – Desempenho relativo ao CDI do fundo CAPIT NIA CREDPREV

O investidor do fundo CAPITÂNIA CREDPREV que tivesse iniciado sua aplica-


ção em Mai/2017 teria estado à frente do CDI (trechos da curva acima da
linha azul) em 99,3% do tempo. Estar à frente do benchmark traz ao investi-
dor a reafirmação diária sobre o acerto das suas decisões de investimen-
to3 e conforto psicológico quando as coisas parecem ir mal.

1
137% do CDI. É preciso ainda considerar o benefício fiscal do investimento em um plano de previdência do tipo PGBL. Para mais informações, assista
aos vídeos em https://youtu.be/p3hKsj2iyHY e https://youtu.be/-DbhX-4zmhk

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2
Investimento de baixo risco
3
Ainda que você devesse assistir ao vídeo em https://youtu.be/qGj9RdkzJBk para entender nossa opinião sobre a frequência com que você deveria
verificar seus investimentos.
Análise Backward

O gráfico da Figura 3 a seguir, mostra a Taxa de Crescimento Anual Com-


posta (CAGR na sigla em Inglês) para cada dia de entrada nos ativos,
desde Mai/2017. Ao contrário do gráfico da Figura 1, o gráfico conta a histó-
ria não de um, mas de todos os investidores que tivessem iniciado seus
investimentos em qualquer dia da existência do fundo CAPITÂNIA CRE-
DPREV (mínimo de um ano) e que permanecessem investidos até o dia de
hoje.

Figura 3 – Análise Backward

Para os investidores que tivessem de tomar uma decisão de investimento


em qualquer data entre Mai/2017 e Out/2020 (mínimo de um ano de inves-
timento na data desse relatório), o fundo CAPITÂNIA CREDPREV teria sido
sempre uma melhor alternativa de investimento do que o CDI.

Indicadores de desempenho

Retorno anualizado e excesso de retorno

Calculamos aqui para o fundo CAPITÂNIA CREDPREV o retorno anualizado


(CAGR) e o excesso de retorno sobre o benchmark. Os resultados são mos-

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trados na Tabela 1. Como o gráfico na Figura 1 antecipava, o CAGR do fundo
CAPIT NIA CREDPREV é maior do que o do CDI. Vamos no entanto repetir,
esses números são válidos somente para os investimentos iniciados em
Mai/2017. O CAGR por data de investimento é uma informação mais com-
pleta e pode ser visto na Figura 3. Veja na Tabela 1 que os valores do CAGR
para o fundo CAPITÂNIA CREDPREV e para o CDI correspondem somente
aos valores iniciais do gráfico da Figura 3, correspondentes aos retornos
obtidos pelos investidores mais antigos.

Tabela 1 - Retorno anualizado e excesso de retorno sobre o índice

Desempenho em janelas rolantes

Assim como na análise Backward (Figura 3), buscamos aqui investigar


não somente os rendimentos daqueles investidores que aportaram no
fundo CAPITÂNIA CREDPREV em Mai/2017, mas também os rendimentos de
todos os demais investidores, em todas as datas de entrada. A diferença
em relação à análise Backward é que não consideramos aqui que os
investidores permanecem como cotistas dos fundos até o dia de hoje. A
pergunta que buscamos responder aqui é: se um investidor tivesse apor-
tado em qualquer dia da existência do fundo CAPITÂNIA CREDPREV e ava-
liasse o seu investimento depois de um, dois, três ou quatro anos, qual o
percentual de vezes em que esses investimentos teriam superado o ben-
chmark?

Os resultados para o fundo CAPITÂNIA CREDPREV são mostrados na Figura


4.

Figura 4 – Consistência em janelas rolantes

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Veja que, para investimentos por prazo superior a dois anos, praticamente
todas as janelas observadas batem o CDI em período equivalente. Este é
um tempo muito curto para um fundo previdenciário, falamos na introdu-
ção de investimentos por prazo superior a dez anos para obter a maior
vantagem fiscal fornecida por fundos com tabela regressiva. Desse modo
você poderá reunir no mesmo produto o rendimento superior ao CDI e as
vantagens fiscais, ambos os fatores contribuindo para o seu ganho patri-
monial.

Indicadores de Risco

Investigamos aqui os riscos incorridos para atingir os resultados obtidos e


se esses proporcionaram uma relação risco/retorno apropriada.

Volatilidade

Volatilidade aqui é associada ao conceito de risco. A ideia é que quanto


mais volátil um ativo, isto é, quanto mais ele se desvia de um rendimento
médio (grandes altas e grandes baixas), mais arriscado ele é. A Tabela 2 a
seguir mostra a volatilidade anualizada para o fundo CAPITÂNIA CREDPREV,
considerando-se todo o período de Mai/2017 a Out/2021. Uma volatilidade
de 1,24% ao ano pode ser considerada baixa, o que veremos mais tarde em
comparação aos demais fundos.

Tabela 2 - Volatilidade

Deve-se ressaltar que a volatilidade é uma medida dinâmica e varia ao


longo do tempo em função dos cenários políticos e/ou macroeconômicos.
O gráfico da Figura 5 a seguir, obtido através de um modelo matemático,
mostra a volatilidade instantânea anualizada do fundo CAPITÂNIA. Os
seguintes pontos merecem destaque:

- O fundo tem um pico de “volatilidade boa” em Jun/2017 quando a


cota se valorizou em 2,91%, um rendimento bastante atípico para essa
classe de fundos.

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- O fundo teve um pico de “volatilidade ruim” em Mar/2020 devido à
crise do coronavírus.

- Excetuando-se estes dois momentos extremos, a volatilidade


sempre mostrou-se bem baixa, bem abaixo da volatilidade média de 1,24%
mostrada na Tabela 2.

Figura 5 – Volatilidade anualizada

Perda Esperada (Expected Shortfall)

A Perda Esperada é uma forma alternativa de quantificar o risco de um


investimento que, talvez, seja de mais fácil interpretação do que a volatili-
dade. Em poucas palavras, a perda esperada expressa o valor esperado
da perda em um dado período de tempo. Os resultados obtidos para o
fundo CAPITÂNIA CREDPREV são mostrados na Tabela 3.

Tabela 3 – Perda Esperada (ES)

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O que a tabela nos diz? Para R$ 10.000,00 investidos no fundo CAPITÂNIA
CREDPREV, existe uma probabilidade considerável de, a cada 20 meses (5%
do tempo), perder R$ 40,60 em um mês, e R$ 142,40 a cada 100 meses (1% do
tempo). Acostume-se com esses números, memorize-os para compara-
ção com os outros dois fundos que serão apresentados logo a seguir. Veja
que é mais fácil entender uma perda de R$ 40,62 do que uma volatilidade
de 1,24% e, no entanto, os dois conceitos estão intimamente relacionados.

Drawdowns

Um drawdown é definido como o percentual de queda de um fundo desde


o último máximo do valor da cota. Idealmente, gostaríamos de investir em
fundos em que o valor da cota só subisse, isto é, fundos que não tivessem
drawdowns. Na prática, o valor da cota sobe, depois anda de lado, por
vezes cai, antes de recuperar-se e tornar a subir. Ainda que um fundo volte
a subir fortemente depois de um período de lateralização e quedas, os
períodos de quedas são frequentemente associados a incertezas, preo-
cupações e até mesmo sofrimento do investidor. É fácil estar no carrinho
de uma montanha russa quando ele já chegou ao final do percurso, difícil
é sobreviver às quedas. Por este motivo, faz sentido estudar o histórico dos
drawdowns dos fundos e avaliar como você teria se sentido se tivesse
experimentado um desses. Às vezes, a montanha russa do valor das cotas
de um fundo pode ser “emoção” demais para você.

A Figura 6 a seguir mostra os drawdowns para o fundo CAPITÂNIA CRE-


DPREV. Veja que o maior drawdown da história do fundo ocorreu em 2020
durante a panedmia do coronavírus, mas a queda de 1,8% é muito peque-
na, se consideramos a intensidade da crise.

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Figura 6 - Drawdowns do fundo CAPITÂNIA CREDPREV

Indicadores de retorno ajustado ao risco

Risco medido pela volatilidade

Procuramos avaliar aqui o retorno obtido em um investimento em função


do risco incorrido. Não há qualquer problema em investir em fundos de
maior volatilidade e risco, desde que isso esteja de acordo com o seu perfil
e que o retorno do fundo seja adequado ao risco tomado.

Vários indicadores de retorno ajustado ao risco podem ser calculados


para um ativo, entre eles:

- Índice de Sharpe
- Information Ratio

Os índices acima foram propostos em épocas diferentes, por diferentes


pesquisadores, mas, em essência, todos eles têm a forma:

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Assim, quanto maior o valor do índice, mais favorável é a relação retor-
no/risco do investimento, ou, em outras palavras, maior é o retorno por
unidade de risco.

A Tabela 4 mostra os resultados obtidos para o fundo CAPITÂNIA CREDPREV.

Tabela 4 - Indicadores de retorno ajustado ao risco (volatilidade)

Na Tabela 4, quanto maior o valor de um índice melhor é o ativo. Esses


números devem ser usados para a comparação de fundos, mas os valo-
res acima de um, em geral, caracterizam fundos de excelente relação
retorno/risco.

Principais posições da carteira do fundo CAPIT NIA CREDPREV

A seguir são mostradas as principais posições da carteira do fundo CAPI-


TÂNIA CREDPREV em Out/2021.

Figura 7 – Principais posições do fundo CAPIT NIA CREDPREV em Out/21 (por ativo)

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Por tipo de ativos, o fundo CAPITÂNIA CREDPREV tinha em Out/21 sua maior
posição em crédito privado, mais especificamente em debêntures (20,72%
do PL). No entanto, a maior posição individual do fundo, com 15,37% do PL, é
em LFTs (títulos públicos atrelados à taxa Selic) com vencimentos diver-
sos.

ZURICH VALORA PREVIDENCIARIO FI RF CP

Os dados a seguir foram extraídos do site da gestora.

PÚBLICO ALVO

O Fundo é destinado a receber aplicações da Zurich Brasil Vida e Previdên-


cia S/A.

OBJETIVO DO FUNDO

O Fundo possui como objetivo superar o CDI com baixa volatilidade atra-
vés de gestão ativa, combinando estratégias de diferentes segmentos de
renda fixa crédito privado como títulos de dívida corporativa, imobiliária e
securitizados.

4
Perceba aqui a cobrança da taxa de performance. Esta taxa não existe no fundo visto anteriormente, o CAPIT NIA CREDPREV.

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Retorno acumulado (análise tradicional)

O gráfico na Figura 8 mostra o retorno acumulado do fundo ZURICH


VALORA em comparação ao retorno do benchmark (CDI).

Figura 8 – Gráfico de rentabilidade do fundo ZURICH VALORA em comparação ao CDI

O fundo tem um histórico relativamente curto, de pouco mais de dois


anos. Observe que o ZURICH VALORA sofreu bem mais do que o CAPITÂNIA
CREDPREV com a crise do coronavírus em 2020. Isto se deu porque o fundo
tem uma parte maior do seu patrimônio alocada em crédito privado e
esta classe de investimentos sofreu mais do que os títulos públicos duran-
te a pandemia de 2020.

Enquanto, no período estudado (Mar/2019 a Out/2021), R$ 1.000,00 teriam se


transformado em R$ 1.106,00 se aplicados no CDI, eles teriam se transfor-
mado em R$ 1.120,00 se aplicados no ZURICH VALORA.

Desempenho relativo ao índice

O gráfico da Figura 9 a seguir traz basicamente as mesmas informações


do gráfico na Figura 8 e tem as mesmas limitações daquele. Ele é obtido

26
simplesmente dividindo-se dia a dia o rendimento acumulado do fundo
ZURICH VALORA pelo rendimento do CDI. Como enfatizado anteriormente, o
gráfico conta somente a história dos investidores que em Mar/2019, data
de início de operação do fundo da VALORA, aportaram um no fundo
ZURICH VALORA e o outro no CDI.

Figura 9 – Desempenho relativo ao CDI do fundo ZURICH VALORA

O investidor do fundo CAPITÂNIA CREDPREV que tivesse iniciado sua aplica-


ção em Mar/2019 teria estado à frente do CDI (trechos da curva acima da
linha azul) em somente 62,7% do tempo.

Análise Backward

O gráfico da Figura 10 a seguir, mostra a Taxa de Crescimento Anual Com-


posta (CAGR na sigla em Inglês) para cada dia de entrada nos ativos,
desde Mar/2019. Ao contrário do gráfico da Figura 8, o gráfico conta a his-
tória não de um, mas de todos os investidores que tivessem iniciado seus
investimentos em qualquer dia da existência do fundo ZURICH VALORA
(mínimo de um ano) e que permanecessem investidos até o dia de hoje.

27
Figura 10 – Análise Backward

Mesmo com o excesso de volatilidade em 2020, veja que, ainda assim,


para os investidores que tivessem de tomar uma decisão de investimento
em qualquer data entre Mar/2019 e Out/2020 (mínimo de um ano de inves-
timento na data desse relatório), o fundo ZURICH VALORA teria sido uma
melhor alternativa de investimento do que o CDI em 99% das datas de
entrada.

Indicadores de desempenho

Retorno anualizado e excesso de retorno

Calculamos aqui para o fundo ZURICH VALORA o retorno anualizado


(CAGR) e o excesso de retorno sobre o benchmark. Os resultados são mos-
trados na Tabela 5. Como o gráfico na Figura 8 antecipava, o CAGR do
fundo ZURICH VALORA é ligeiramente maior do que o do CDI. Vamos no
entanto repetir, esses números são válidos somente para os investimen-
tos iniciados em Mar/2019. O CAGR por data de investimento é uma infor-
mação mais completa e pode ser visto na Figura 10. Veja na Tabela 5 que
os valores do CAGR para o fundo ZURICH VALORA e para o CDI correspon-

28
dem somente aos valores iniciais do gráfico da Figura 10, correspondentes
aos retornos obtidos pelos investidores mais antigos.

Tabela 5 - Retorno anualizado e excesso de retorno sobre o índice

Desempenho em janelas rolantes

Assim como na análise Backward (Figura 10), buscamos aqui investigar


não somente os rendimentos daqueles investidores que aportaram no
fundo ZURICH VALORA em Mar/2019, mas também os rendimentos de todos
os demais investidores, em todas as datas de entrada. A diferença em
relação à análise Backward é que não consideramos aqui que os investi-
dores permanecem como cotistas dos fundos até o dia de hoje. A pergun-
ta que buscamos responder aqui é: se um investidor tivesse aportado em
qualquer dia da existência do fundo ZURICH VALORA e avaliasse o seu
investimento depois de um ou dois anos, qual o percentual de vezes em
que esses investimentos teriam superado o benchmark?

Os resultados para o fundo ZURICH VALORA são mostrados na Figura 11.

Figura 11 – Consistência em janelas rolantes

O fundo é relativamente jovem e teve a infelicidade de, no segundo ano de


existência, ter tido de enfrentar uma crise de alcance mundial e propor-
ções gigantescas como foi a pandemia do coronavírus. Temos a convic-
ção de que, passados os efeitos da crise, o fundo perseguirá e atingirá
seus objetivos de obter rendimentos superiores aos do CDI com baixa
volatilidade.

29
Indicadores de Risco

Investigamos aqui os riscos incorridos para atingir os resultados obtidos e


se esses proporcionaram uma relação risco/retorno apropriada.

Volatilidade

A Tabela 6 a seguir mostra a volatilidade anualizada para o fundo ZURICH


VALORA, considerando-se todo o período de Mar/2019 a Out/2021. Apesar
do drawdown de 2020, a volatilidade de 1,56% ao ano ainda pode ser consi-
derada baixa volatilidade.

Tabela 6 - Volatilidade

O gráfico da Figura 12 a seguir, obtido através de um modelo matemático,


mostra a volatilidade instantânea anualizada do fundo ZURICH VALORA.
Veja o pico de volatilidade em Mar/2020, mas observe que a volatilidade
baixou desde então e estabilizou em valores bastante baixos. Acredita-
mos que essa será a tendência do fundo daqui em diante.

Figura 12 – Volatilidade anualizada

30
Perda Esperada (Expected Shortfall)

Os resultados obtidos para o fundo ZURICH VALORA são mostrados na


Tabela 7.

Tabela 7 – Perda Esperada (ES)

O que a tabela nos diz? Para R$ 10.000,00 investidos no fundo ZURICH


VALORA, existe uma probabilidade considerável de, a cada 20 meses (5%
do tempo), perder R$ 359,40 em um mês, e R$ 533,86 a cada 100 meses (1%
do tempo). Veja as perdas esperadas consideravelmente maiores para o
fundo ZURICH VALORA do que para o CAPITÂNIA CREDPREV. Ainda que o
fundo da VALORA tenha uma parcela maior do PL alocada em crédito
privado, o perfil de risco dos dois fundos não deveria ser tão distante,
ambos os fundos buscam rendimentos superiores aos do CDI com baixa
volatilidade. Como já dito anteriormente, o fundo ZURICH VALORA sofreu
mais durante a crise do coronavírus, mas acreditamos que, em um futuro
próximo, as métricas de risco dos dois fundos se aproximem mais.

Drawdowns

A Figura 13 a seguir mostra os drawdowns para o fundo ZURICH VALORA.


Veja que o drawdown de 6%, durante a crise do coronavírus, é considera-
velmente maior do que o do fundo CAPITÂNIA CREDPREV, de apenas 1,8%.

Figura 13 - Drawdowns do fundo ZURICH VALORA

31
Indicadores de retorno ajustado ao risco

Risco medido pela volatilidade

A Tabela 8 mostra os resultados obtidos para o fundo CAPITÂNIA CREDPREV.

Tabela 8 - Indicadores de retorno ajustado ao risco (volatilidade)

Veja os resultados muito inferiores àqueles obtidos para o fundo CAPITÂ-


NIA CREDPREV. A curta história do ZURICH VALORA foi contaminada pela
crise do coronavírus, mas conhecemos a gestão e temos a confiança de
que o futuro do fundo será melhor.

Principais posições da carteira do fundo ZURICH VALORA

A seguir são mostradas as principais posições da carteira do fundo ZURICH


VALORA em Jul/20215.

Figura 14 – Principais posições do fundo ZURICH VALORA em Jul/21

32
5
A posição mais recente disponível na data desse relatório
Quase todo o patrimônio do fundo está alocado em fundos imobiliários e
crédito privado. Mesmo as operações compromissadas SELIC são, em
geral, operações de crédito privado com remuneração atrelada à taxa
SELIC. Isso explica a maior volatilidade do fundo em Mar/2020.

LIS ICATU PREVIDENCIÁRIO FUNDO DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO

Os dados a seguir foram extraídos do site da gestora.

PÚBLICO ALVO

O Fundo tem como público alvo investidores em geral que buscam renta-
bilidade diferenciada a longo prazo, observados os riscos inerentes à polí-
tica de investimento do fundo. Aplicações de recursos através de Planos
PGBL e VGBL instituídos pela ICATU SEGUROS S/A.

OBJETIVO DO FUNDO

O LIS ICATU PREV FIM é um fundo de previdência, com alocação alvo de 70%
em ativos de renda variável e 30% em renda fixa, desenvolvido para aco-
lher recursos referentes aos planos PGBL e VGBL. O objetivo do fundo é pro-
porcionar aos quotistas retorno real no longo prazo a partir de investimen-
tos em empresas no Brasil. Para isto, aplica‐se a análise fundamentalista
com enfoque em companhias com vantagens competitivas, sólida estru-
tura de governança corporativa e alinhamento de interesse com acionis-
tas minoritários.

32
Antes de prosseguirmos, uma observação. O fundo LIS ICATU PREVIDENCIÁ-
RIO é um fundo muito novo, tendo iniciado suas atividades somente em
Out/2020. No entanto, o fundo aplica 70% do seu PL em um portfólio seme-
lhante ao do fundo LIS VALUE FIA. Assim, a fim de proporcionar o estudo do
fundo LIS ICATU PREVIDENCIÁRIO em uma janela mais longa, os retornos
deste fundo foram obtidos por simples regressão linear a partir dos retor-
nos do fundo LIS VALUE FIA. Nos testes, esta se mostrou uma boa aproxima-
ção e permitiu o estudo do fundo LIS ICATU PREVIDENCIÁRIO desde Mar/2016.

Retorno acumulado (análise tradicional)

O gráfico na Figura 15 mostra o retorno acumulado do fundo LIS ICATU PRE-


VIDENCIÁRIO em comparação ao retorno do benchmark (IMAB).

Figura 15 – Gráfico de rentabilidade do fundo LIS ICATU PREVIDENCIÁRIO em comparação ao IMAB

Enquanto, no período estudado (Mar/2016 a Out/2021), R$ 1.000,00 teriam se


transformado em R$ 1.825,00 se aplicados no CDI, eles teriam se transfor-
mado em R$ 2.498,00 se aplicados no LIS ICATU PREVIDENCIÁRIO.

33
Desempenho relativo ao índice

O gráfico da Figura 16 a seguir traz basicamente as mesmas informações


do gráfico na Figura 15 e tem as mesmas limitações daquele. Ele é obtido
simplesmente dividindo-se dia a dia o rendimento acumulado do fundo
LIS ICATU PREVIDENCIÁRIO pelo rendimento do IMAB6. Como enfatizado
anteriormente, o gráfico conta somente a história dos investidores que
em Mar/2016, data de início de operação do fundo da LIS CAPITAL, aporta-
ram um no fundo LIS ICATU PREVIDENCIÁRIO e o outro no IMAB.

Figura 16 – Desempenho relativo ao IMAB do fundo LIS ICATU PREVIDENCIÁRIO

O investidor do fundo LIS ICATU PREVIDENCIÁRIO que tivesse iniciado sua


aplicação em Mar/2016 teria estado à frente do IMAB (trechos da curva
acima da linha azul) em 97,3% do tempo.

Análise Backward

O gráfico da Figura 17 a seguir, mostra a Taxa de Crescimento Anual Com-


posta (CAGR na sigla em Inglês) para cada dia de entrada nos ativos,
desde Mar/20169. Ao contrário do gráfico da Figura 15, o gráfico conta a
história não de um, mas de todos os investidores que tivessem iniciado
seus investimentos em qualquer dia da existência do fundo LIS ICATU PRE-

6
Uma cesta de títulos públicos com vencimentos variados

34
VIDENCIÁRIO (mínimo de um ano) e que permanecessem investidos até o
dia de hoje.

Figura 17 – Análise Backward

Para os investidores que tivessem de tomar uma decisão de investimento


em qualquer data entre Mar/2016 e Out/2020 (mínimo de um ano de inves-
timento na data desse relatório), o fundo LIS ICATU PREVIDENCIÁRIO teria
sido uma melhor alternativa de investimento do que o IMAB em 98,5% das
datas de entrada.

Indicadores de desempenho

Retorno anualizado e excesso de retorno

Calculamos aqui para o fundo LIS ICATU PREVIDENCIÁRIO o retorno anuali-


zado (CAGR) e o excesso de retorno sobre o benchmark. Os resultados são
mostrados na Tabela 9. Como o gráfico na Figura 15 antecipava, o CAGR do
fundo LIS ICATU PREVIDENCIÁRIO é maior do que o do IMAB. Vamos no
entanto repetir, esses números são válidos somente para os investimen-
tos iniciados em Mar/2016. O CAGR por data de investimento é uma infor-
mação mais completa e pode ser visto na Figura 17. Veja na Tabela 9 que
os valores do CAGR para o fundo LIS ICATU PREVIDENCIÁRIO e para o IMAB

35
correspondem somente aos valores iniciais do gráfico da Figura 17, corres-
pondentes aos retornos obtidos pelos investidores mais antigos.

Tabela 9 - Retorno anualizado e excesso de retorno sobre o índice

Desempenho em janelas rolantes

Assim como na análise Backward (Figura 17), buscamos aqui investigar


não somente os rendimentos daqueles investidores que aportaram no
fundo LIS ICATU PREVIDENCIÁRIO em Mar/2016, mas também os rendimen-
tos de todos os demais investidores, em todas as datas de entrada. A dife-
rença em relação à análise Backward é que não consideramos aqui que
os investidores permanecem como cotistas dos fundos até o dia de hoje.
A pergunta que buscamos responder aqui é: se um investidor tivesse
aportado em qualquer dia da existência do fundo ZURICH VALORA e ava-
liasse o seu investimento depois de um, dois, três, quatro ou cinco anos,
qual o percentual de vezes em que esses investimentos teriam superado
o benchmark?

Os resultados para o fundo LIS ICATU PREVIDENCIÁRIO são mostrados na


Figura 18.

Figura 18 – Consistência em janelas rolantes

Veja que, para investimentos superiores a três anos, praticamente todas


as janelas superam o benchmark. Este é um horizonte relativamente curto
para investimentos em fundos de previdência privada.

Indicadores de Risco

Investigamos aqui os riscos incorridos para atingir os resultados obtidos e


se esses proporcionaram uma relação risco/retorno apropriada.

36
Volatilidade

A Tabela 10 a seguir mostra a volatilidade anualizada para o fundo LIS


ICATU PREVIDENCIÁRIO, considerando-se todo o período de Mar/2016 a Ou-
t/2021. Veja a volatilidade consideravelmente mais alta para fundos que
investem em ações, comparada à volatilidade de fundos de renda fixa ou
crédito privado.

Tabela 10 - Volatilidade

O gráfico da Figura 19 a seguir, obtido através de um modelo matemático,


mostra a volatilidade instantânea anualizada do fundo LIS ICATU PREVI-
DENCIÁRIO. Veja o pico de volatilidade em Mar/2020 e também a volatilida-
de consideravelmente alta em tempos recentes.

Figura 19 – Volatilidade anualizada

Perda Esperada (Expected Shortfall)

Os resultados obtidos para o fundo LIS ICATU PREVIDENCIÁRIO são mostra-


dos na Tabela 11.

37
Tabela 11 – Perda Esperada (ES)

O que a tabela nos diz? Para R$ 10.000,00 investidos no fundo LIS ICATU PRE-
VIDENCIÁRIO, existe uma probabilidade considerável de, a cada 20 meses
(5% do tempo), perder R$ 829,29 em um mês, e R$ 1.400,62 a cada 100 meses
(1% do tempo). Veja as perdas esperadas consideravelmente maiores
para o fundo LIS ICATU PREVIDENCIÁRIO do que para os fundos ZURICH
VALORA e CAPIT NIA CREDPREV. Esta é uma característica esperada para os
fundos com grande parte do PL investido em renda variável. Este aumento
da volatilidade e do risco deveria ser compensado pelo aumento no valor
esperado dos retornos.

Drawdowns

A Figura 20 a seguir mostra os drawdowns para o fundo LIS ICATU PREVI-


DENCIÁRIO comparados aos do IMAB. Veja que o drawdown de 21%, durante
a crise do coronavírus, é consideravelmente maior do que os dos fundos
CAPIT NIA CREDPREV e ZURICH VALORA. Maiores retornos implicam, em
geral, em maior volatilidade e maior risco.

Observe também que o fundo está atualmente com um drawdown aberto


de cerca de 19%, o que pode caracterizar um bom ponto de entrada.

Figura 20 - Drawdowns do fundo LIS ICATU PREVIDENCIÁRIO comparados aos drawdowns do IMAB.

38
Indicadores de retorno ajustado ao risco

Risco medido pela volatilidade

A Tabela 12 mostra os resultados obtidos para o fundo LIS ICATU PREVIDEN-


CIÁRIO.

Tabela 8 - Indicadores de retorno ajustado ao risco (volatilidade)

O valor para o índice de Sharpe de 0,74 parece indicar um retorno espera-


do apropriado ao risco incorrido.

Principais posições da carteira do fundo LIS ICATU PREVIDENCIÁRIO

A seguir são mostradas as principais posições da carteira do fundo LIS


ICATU PREVIDENCIÁRIO em Out/2021.

Figura 21 – Principais posições do fundo LIS ICATU PREVIDENCIÁRIO em Out/21

Fiel ao seu regulamento, o fundo tem cerca de 70% do seu patrimônio alo-
cado em ações e o restante em operações de renda fixa atreladas à taxa

39
SELIC.

Conclusões

Iniciaremos nossas conclusões repetindo aqui as principais vantagens


dos planos de previdência privada:

1. Sucessão patrimonial sem a necessidade de inventário;


2. Não há a incidência de come-cotas;
3. Portabilidade de fundos entre gestoras;
4. Possibilidade de aportes regulares via débito automático;
5. Modelo tributário sob medida (PGBL/VGBL, tabela progressiva ou
regressiva)

Dito isso, acreditamos que apresentamos aqui três boas alternativas para
o investidor que pretende alocar recursos em fundos de previdência
privada.

O primeiro fundo apresentado, o fundo CAPIT NIA CREDPREVIDÊNCIA ICATU


FIC FIRF CP, é um fundo que busca rendimentos superiores aos do CDI com
baixa volatilidade. Parte do patrimônio é alocada em títulos públicos e
parte em crédito privado.

O segundo fundo, o fundo ZURICH VALORA PREVIDENCIARIO FI RF CP, é


também um fundo que busca rendimentos superiores aos do CDI com
baixa volatilidade, mas que, no entanto, aloca quase toda a totalidade do
patrimônio em crédito privado.

O terceiro fundo, o fundo LIS ICATU PREVIDENCIÁRIO FUNDO DE INVESTIMENTO


MULTIMERCADO, é um fundo que aloca 70% do seu patrimônio líquido em
ações. Desta forma, espera-se deste fundo maior volatilidade e maiores
retornos quando comparados aos dois primeiros fundos.

O investidor pode escolher algum desses fundos em função de seu perfil


de risco ou pode até mesmo aplicar em mais de um deles em busca de
saudável diversificação.

Bons investimentos!

40
Rafael Zattar
Especialista em Fundos de Investimento
Fundador da Carteira Z

Daniel Nigri
Analista CNPI
Fundador do Dica de Hoje

Caio Vinicius
Mídia, Marketing e Acompanhamento
Equipe Carteira Z

Jonas Knopman
Chefe de Estudos Quantitativos
Equipe Carteira Z

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