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Guia Inteligência Financeira

Previdência:
Tudo o que você
precisa saber
para se aposentar
do jeito que
você quiser

inteligenciafinanceira.com.br
Sumário
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Carta de
apresentação 3

1. Comece pela
previdência
oficial

2. PGBL
ou VGBL? 6

3. Chegou
a hora
de resgatar
9

4. Investimentos
além dos planos
de previdência

11

5. Como
acompanhar

13

6. Viver no
exterior
é uma
alternativa 15
Conclusão
17
Carta de apresentação

Previdência:
Tudo o que você
precisa saber para se
aposentar do jeito que
você quiser
Como você estará daqui a 10 ou 20 anos? Anota aí, o
futuro pertence à previdência. Por isso, se você não
gosta do tema ou não quer pensar sobre isso está con-
tratando problemas para o seu futuro.

Este e-book tem a pretensão de ser um guia de so-


brevivência para sua jornada até o futuro. Há algumas
certezas que vão lhe ajudar bastante nesta caminhada
e algumas incertezas para as quais você deve se pre-
parar e, principalmente, se proteger.

1 Quando começar?
Já. É melhor começar cedo do que tarde. Mas é me-
lhor começar tarde do que nunca.

2 Quem pode?
Todos podem. Na verdade, todos devem montar
uma estratégia para a previdência.

3
Carta de apresentação:
Previdência

3 Quanto?
Pouco. Mas sempre. É melhor investir pouco e
sempre do que se programar para fazer aplicações
altas e ter que interromper ou mesmo resgatar no
meio do caminho.

4 Por quê?
Porque no século do aumento da expectativa de
vida você vai viver muito e precisará se planejar
para viver bem e realizar seus sonhos.

Aqui estão as informações que complementam a


série da Inteligência Financeira sobre previdência.
É o ponto de partida para uma conversa que será
permanente e queremos estar ao seu lado neste
processo.

Boa leitura.

4
1. Comece pela
previdência oficial

Este é o seguro mais barato. Tão simples assim. É


o primeiro pilar que você deve começar a construir
pensando no seu futuro e a previdência social está
aberta a todos. Por isso a importância de ver qual
é a sua situação e como regularizar sua vida como
segurado do INSS. Mesmo que você não tenha
um trabalho formal ou não trabalhe pode e deve
contribuir para a previdência. Ser um segurado
da previdência oficial tem benefícios além da
aposentadoria. Veja aqui em qual categoria de
contribuinte você deve se cadastrar.

Por que então fazer previdên-


cia complementar?
Porque a previdência social tem um teto de bene-
fício, hoje de cerca de R$ 7 mil mensais. Ou seja,
você precisará recorrer à previdência privada para
complementar sua renda e para manter seu padrão
de vida se sua receita estiver acima do teto. Além
disso, você só conseguirá usufruir dos benefícios
fiscais dos planos de previdência complementar se
estiver contribuindo para a previdência oficial.

5
2. PGBL
ou VGBL?

O plano de previdência é um jeito de você levar seu


dinheiro para o futuro. Parte do imposto que você
pagaria volta para você. Mas para isso dar certo
você precisa fazer algumas contas.

Qual o indicado para você?


A decisão tem a ver com a sua declaração de Im-
posto de Renda. Então primeiro descubra qual o
formato de declaração do IR faz mais sentido para
você: a completa ou a simplificada. Clique aqui
para simular no site da receita .

Simule este valor que você pretende aplicar como


se fosse uma despesa que pode ser descontada
da base tributável. Porque na prática é assim que
irá funcionar e veja agora o que a Receita irá lhe
indicar, se a declaração simples ou completa.

Se o sistema indicar declaração simples, então


o indicado é o VGBL.

Se o indicado for a declaração completa, então a


recomendação é que você aplique num PGBL.

6
2 PGBL ou VGBL?

Este é o primeiro passo para escolher seu plano


porque o ganho fiscal é um fermento poderoso
para engordar suas aplicações. No PGBL você
pode usar até 12% sobre sua base tributável para
abater do IR. É o principal ponto de sedução desses
veículos de investimento.

Mas e se você tiver mais do


que 12% da renda para investir?
Bem, neste caso o valor além dos 12% deve ser di-
recionado ao VGBL. Mesmo sem dar o mesmo be-
nefício, o VGBL tem outras características fiscais.
A principal delas é a ausência do come-cotas, o
imposto cobrado regularmente dos fundos de in-
vestimentos tradicionais.

Não se surpreenda se descobrir que vinha fazendo


o tipo errado de declaração durante todos esses
anos. Esse erro é muito comum.

Mas nem tudo está perdido. Quem já tem um VGBL,


por exemplo pode fazer a portabilidade para outro
plano VGBL. O mesmo vale para o PGBL, que você
pode trocar por outro plano PGBL.

Você já regularizou sua previdência oficial e já tra-


çou seu perfil fiscal. Bem, chegou o momento de
escolher seu plano de previdência privada. Nesta
fase o processo é muito parecido com os mesmos
critérios que você utiliza para escolher um fundo
de investimento.

7
2 PGBL ou VGBL?

1 Escolha o gestor
Veja histórico de credibilidade e de performance
das carteiras que administra. Rentabilidade passa-
da não é garantia de rentabilidade futura, mas pode
lhe dar uma ideia de consistência da performance,
em especial em momentos de crise.

2 Defina sua carteira


Você poderá escolher uma carteira concentrada
em renda fixa ou ter fatias em renda variável ou até
mesmo no exterior.

3 Avalie os custos
São dois: taxa de performance e taxa de adminis-
tração. Atenção a este ponto. Hoje há muita con-
corrência no mercado e você poderá encontrar
ofertas bem competitivas. Lembre-se, o custo sai
da sua carteira. É você quem paga o gestor por
meio dessas duas taxas.

E, na Inteligência Financeira você encontra tudo


sobre PGBL e VGBL: diferenças, vantagens, des-
vantagens, riscos, impostos e taxas.

É só acessar aqui.

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3. Chegou
a hora
de resgatar

Planejar os resgates de seu plano de previdência


é tão importante quanto montar uma estratégia
para investir. Isso porque o planejamento evitará
que você pague impostos além do necessário. O
problema é que você terá que decidir na partida,
ou seja, quando escolhe o plano, qual será a tribu-
tação que utilizará no resgate e isso vale tanto para
PGBL como para VGBL. São dois os tipos:

1 Tributação progressiva
A alíquota aumenta conforme aumenta o volume
do resgate que você vai fazer. Ela obedece a tabe-
la do Imposto de Renda e é ideal para quem tem
muita despesa para abater no ajuste anual do IR.
Serve para quem vai resgatar aos poucos e têm
muita despesa com saúde, por exemplo.

9
3 Chegou a hora
de resgatar

Outro exemplo, o dinheiro que você aplica em nome


do seu filho para pagar a universidade no futuro.
Ele vai resgatar aos poucos para pagar a mensali-
dade e provavelmente não estará trabalhando ou,
se estiver, como estagiário deverá estar na faixa de
isenção da tabela do IR.

2 Tributação regressiva
A alíquota reduz com o passar do tempo. Ideal para
quem vai retirar o dinheiro depois de mais de qua-
tro anos de aplicação e vai fazer um saque único ou
não tem despesas para abater.

10
4.Investimentos
além dos planos
de previdência

Depois de passar pela previdência oficial e pelos


planos de previdência você pode começar então
a navegar no oceano de investimentos que podem
complementar sua renda e nele você encontrará
imóveis, títulos de renda fixa, ações e os chamados
investimentos alternativos, por que não?

A previdência oficial é o começo porque é a mais


barata e generosa, mas tem um teto.

Os planos de previdência são fundamentais por


causa dos benefícios fiscais.

E a carteira própria, qual é a


vantagem?
A diversificação. Estudos no Brasil e no exterior
hoje e no passado mostram e confirmam que di-
versificação é um santo remédio para diluir riscos
e oportunidades.

Algo importante de se observar para que a diver-


sificação seja eficiente é que na carteira os ativos
tenham uma correlação negativa, ou seja, quando
o preço de um cai o outro sobre. Um caso clássico
são ações e dólar. A moeda estrangeira, por exem-

11
4 Investimentos além
dos planos de previdência

plo: ter uma fatia na carteira protege, é um hedge,


como se diz no jargão financeiro porque quando a
bolsa cai, o dólar sobe.

O brasileiro tem uma paixão atávica por imóveis.


Eles são uma alternativa para a aposentadoria?
Certamente. No entanto, observe que uma carteira
concentrada em imóveis tem um risco enorme e
que muitas vezes o investidor não percebe.

Veja, se você conta com o aluguel do imóvel para


complementar sua aposentaria terá problemas
se ele ficar vago por um tempo prolongado. Este é
apenas um dos riscos de investir em imóveis.

Mas mesmo para imóveis há diversas alternativas


e os fundos imobiliários são muitos indicados nes-
te caso. No entanto, também evite concentração
excessiva. A Inteligência Financeira, inclusive,
preparou um material bastante rico sobre este as-
sunto, que você pode conferir aqui.

12
5. Como
acompanhar

Diferentemente de outras estratégias de investimen-


tos, planejar a aposentadoria é uma maratona e não
uma corrida de 100 metros. É importante acompa-
nhar e ir fazendo ajustes. O principal deles é saber se
sua carteira o está deixando mais próximo ou não da
sua meta. Você precisará acompanhar a evolução do
seu patrimônio para saber se ele será suficiente ou
não para financiar o benefício que você deseja.

Então, faça um acompanhamento regular e observe:

Qual o montante que você quer


alcançar?

A rentabilidade da sua carteira mais os seus aportes


o estão deixando mais próximo do seu objetivo?

Sim. Parabéns, você está no caminho certo.

Não. Por quê? A rentabilidade do seu plano está


fora da média do mercado? Você deixou de aplicar
em alguns meses?

13
5 Como acompanhar

No caso de seu plano estar com rentabilidade muito


fora da média do mercado, é bom conferir o que está
acontecendo e se não ficar satisfeito você poderá
migrar para outro gestor, ou outro plano.

Note que é preciso migrar e não resgatar. Resgatar


significa que você será tributado e tudo o que você
não precisa é ter despesas com impostos neste
momento. Ao migrar você não tem que pagar im-
postos.

14
6. Viver no
exterior é
uma alternativa

Neste maravilhoso mundo novo da previdência


você poderá investir no exterior, morar em outros
países e até mesmo trabalhar como um nômade
digital. E sabe o que é ainda mais espetacular?
Você não precisará ter milhões, mas fundamental-
mente ter as informações corretas para todas as
suas demandas.

O investimento no exterior não só é possível como


desejável, pois é uma forma de você diversificar
sua carteira de investimentos também em moeda
estrangeira. Neste aspecto, o mais importante é fa-
zer o processo formal e colocar na sua declaração
de Imposto de Renda esses investimentos. Inves-
tir no exterior não é crime, nem pecado, mas pode
criar problemas se você não o registrar na sua de-
claração do ajuste anual do IR.

Formas de investir
Você pode abrir uma conta no exterior num banco ou
corretora e aplicar nos produtos oferecidos tanto em
renda fixa como variável. Atenção ao custo da remes-
sa do dinheiro para este banco ou corretora. Hoje o
processo é muito simples, pode ser por aplicativos
em seu celular e há muita concorrência na oferta
desse serviço, o que significa que o custo caiu.

15
6 Viver no exterior
é uma alternativa

É possível também investir no Brasil, mas em pro-


dutos que aplicam no exterior. Hedge funds é um
caso clássico, há muitos com fatias em aplicações
dolarizadas, por exemplo. Mas há outras alterna-
tivas, inclusive os próprios planos de previdência
que estão autorizados a aplicar uma fatia da cartei-
ra em ativos no exterior. Procure as ofertas no seu
banco ou corretora.

Receber meu benefício em ou-


tro país é possível?
Perfeitamente. E há países que inclusive oferecem
benefícios para aposentados estrangeiros. Para
receber seu benefício da previdência em outro país
você precisará avisar ao ministério e pagará um im-
posto alto por isso. Daí a importância de se informar
se o país que você escolher para morar tem acor-
dos com o Brasil.

Outro ponto muito comum são os acordos de pre-


vidência que o Brasil têm com outros países. Aqui,
nesta página do governo, você encontrará todos
os países e a íntegra dos acordos.

Nesses países você poderá contabilizar seu tempo


de contribuição no Brasil para se aposentar no país.
Cada um deles terá regras específicas para a o pe-
dido de benefício.

16
Conclusão

Ficou clara a importância de você começar hoje


a organizar sua aposentadoria, independente da
sua idade. Até porque, sabemos que, quanto antes,
melhor mesmo. Você vai ter chance de, se errar, ar-
rumar o prumo do seu investimento. E, se acertar,
ver que cada ano que passa você fica mais perto de
parar de trabalhar com mais tranquilidade. A dica
de ouro é: perca tempo na escolha do investimen-
to. Analise sua situação financeira, onde você quer
chegar e quando você quer chegar. Faça contas. Se
não tiver todo o conhecimento, converse com quem
de fato entende. Escolher entre o PGBL, o VGBL ou
gerir sua própria carteira não é tarefa fácil. Mas
você vai sofrer uma vez só.

Robert Kiyosaki, autor do best seller mundial Pai


rico, pai pobre tem uma máxima que se encaixa
bem nesse contexto. Diz ele:

“ A maioria das pessoas não


entende que, quando se trata
de ser rico, não é sobre quanto
dinheiro você ganha. É sobre
quanto dinheiro você mantém.”
Robert Kiyosaki

17
Conclusão

E, para manter o padrão de vida que você leva hoje


daqui a 30, 40 ou 50 anos você terá que incluir um
fator que hoje provavelmente você dá menos im-
portância que saúde. Não estou falando de dor de
cabeça, uma luxação que surgiu na academia ou
a batida no dedinho do pé. Estou falando de pro-
blemas de pressão, diabetes, enfim, doenças que
exigem tratamento contínuo e nem sempre baratos.

O Censo de 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro


de Geografia e Estatística (IBGE) agora em outubro
de 2023, mostra que o número de idosos com 100
anos ou mais pulou de 22,7 mil em 2020 para 37,8
mil. Ou seja: é um crescimento de 67% na quantida-
de de centenários no Brasil. O que é incrível, mas
também preocupante. Em geral, os idosos não tra-
balham mais ou reduzem o ritmo da jornada – muito
embora muitos ainda sejam arrimo de família. No
primeiro caso, daqueles que se aposentam, a luta é
pelo menos manter o que foi conquistado.

Abaixo você acompanha as cidades com a maior


quantidade de idosos, em relação à população.

AS 20 CIDADES COM MAIOR NÚMERO


DE IDOSOS COM 100 ANOS OU MAIS:

População População
Ranking Município com 100 anos
Total ou mais

1o São Paulo 11.451.999 1761


(SP)

2o Rio de 6.211.223 1390


Janeiro (RJ)
Belo
3o Horizonte 2.315.560 652
(BH)

Fonte: IBGE

18
Conclusão

População População
Ranking Município com 100 anos
Total ou mais

4o Salvador 2.417.678 516


(BA)

5o Fortaleza 2.428.708 434


(CE)

6o Recife (PE) 1.488.920 338

7o Porto Alegre 1.332.845 325


(RS)

8o Belém (PA) 1.303.403 307

9o Brasília 2.817.381 300


(DF)

10o São Luís 1.037.775 264


(MA)

11o Curitiba 1.773.718 237


(PR)

12o Manaus 2.063.689 206


(AM)

13o Natal (RN) 751.300 191

14o Teresina 866.300 171


(PI)

15o Goiânia 1437.366 171


(GO)

16o Campinas 1.139.047 169


(SP)

17o Maceió 957.916 165


(AL)
Fonte: IBGE

19
Conclusão

População População
Ranking Município com 100 anos
Total ou mais

18o Niterói (RJ) 481.749 162

Feira de
19 o
Santana 616.272 157
(BA)

20o João Pessoa 833.932 154


(PB)

Fonte: IBGE

Você pode até fazer parte desse grupo aí em cima -


aliás, é que queremos! Mas que você tenha chance
de ter uma excelente qualidade de vida, com aces-
so a bons hospitais, podendo comprar sua medi-
cação, e ainda viajando, namorando, comprando
roupa boa, enfim, fazendo tudo o que você sempre
quis. Para isso, porém, é preciso ter um sólido pla-
nejamento financeiro. Daí a importância de você
começar agora.

Combinados?

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Guia Inteligência Financeira

Previdência:
Tudo o que você precisa
saber para se aposentar do
jeito que você quiser

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