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Como os profissionais liberais podem organizar as finanças?

Conheça os três pilares para uma boa filosofia de organização financeira e investimentos

Tenho certeza de que você ouviu bastante nos últimos anos termos como “viver de renda” e
“liberdade financeira”, assuntos sobre investimentos, aposentadoria e finanças pessoais
aparecem com frequência na internet e em conversas do dia a dia.

Essa popularização aconteceu especialmente pelo trabalho dos influencers nas redes sociais,
que trouxeram mais conhecimento para o público geral e simplificaram diversos jargões que
antes eram conhecidos apenas dentro do mercado financeiro.

Seja qual for o nível de conhecimento, é essencial buscar mais informações para começar um
planejamento financeiro. Mas há alguns profissionais que precisam de ainda mais atenção para
esse planejamento: os profissionais liberais.

Os profissionais liberais são aqueles que podem trabalhar por conta própria, sem a
necessidade de vínculo de emprego ou registro profissional, sendo necessário apenas o
registro em uma ordem ou conselho profissional, por exemplo. Alguns exemplos de
profissionais liberais são: médicos, veterinários, advogados, jornalistas contadores, corretores
de imóveis, economistas, engenheiros, arquitetos, psicólogos, dentistas etc.

Para estes profissionais, é ainda mais importante o planejamento das finanças, pois, sem um
vínculo empregatício e menor previsibilidade do fluxo de caixa, é preciso organização para
investir uma parcela dos ganhos mensais. A boa notícia, é que a organização é mais simples do
que parece.

Uma boa filosofia de organização financeira consiste em buscar três pilares: segurança,
eficiência fiscal e rentabilidade no longo prazo.

Vamos à um passo a passo simples?

Passo 1: Identificar qual é o seu custo de vida mensal e avaliar quais são os seus sonhos para o
longo prazo. Pagar a faculdade dos filhos? Viajar pelo mundo? Ter uma aposentadoria
tranquila? Seja quais forem os planos, pense a respeito do que é importante para você.

Passo 2: Sabendo qual é o seu custo de vida mensal, podemos calcular a chamada “Reserva de
Emergência”, que é o custo mensal multiplicado por 6 a 12 meses. Essa reserva trará mais
tranquilidade e deve estar em aplicações com fácil acesso a resgates e poucos riscos. Um
exemplo, são os Títulos Públicos atrelados à Selic ou ainda fundos de Renda Fixa Simples.
Ou seja, se o seu custo de vida é de R$ 5.000,00 por mês, a reserva que você deve buscar antes
de seguir para outros investimentos está entre R$ 30.000,00 a R$ 60.000,00 reais.

Passo 3: Reserva de longo prazo. Aqui, a prioridade é escolher bons produtos e buscar
eficiência fiscal ao máximo. Uma das formas, é através de planos de Previdência
Complementar. Entre eles, o PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres) traz uma excelente
eficiência fiscal, pois é possível o abatimento de até 12% da renda bruta tributável que tenha
sido investida durante o ano.

Se você tem uma Renda Tributável de R$ 100.000,00, pode realizar um aporte em PGBL de até
R$ 12.000,00 no ano e esse valor aportado será deduzido na sua próxima declaração de IR.
Assim, a base tributável que era de R$ 100.000,00, passa a ser de R$ 88.000,00. Na prática, as
aplicações no plano são deduzidas na Declaração de IR seguinte, diminuindo a base tributável
e gerando uma economia anualmente. Você paga menos imposto e ainda pode receber uma
boa restituição da Receita!

Os planos de Previdência Complementar, nada mais são do que investimentos onde as


aplicações realizadas são alocadas em fundos. Hoje o mercado tem diversas opções, desde
fundos de Renda Fixa até Renda Variável e Internacionais. Com o aumento de opções
disponíveis, a qualidade dos produtos está cada vez mais elevada. Nessa etapa, é importante
buscar um fundo previdenciário de acordo com o seu perfil de investidor, seja ele mais
conservador ou agressivo. O perfil do fundo irá impactar diretamente na rentabilidade e riscos
da aplicação.

Esses são três pilares básicos para o planejamento financeiro, levando em consideração tanto
o presente quanto o futuro. Perceba que o primeiro passo é entender de verdade quais são os
seus gastos mensais e quais são os planos para o futuro. Só depois de entender essas
questões, seguimos para os investimentos.

Aqui, o desafio está em manter o planejamento com disciplina e não deixar de buscar
conhecimento ou mesmo ajuda de profissionais e empresas de confiança.

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