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SECRETARIA DE ESTADO DE

EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTES


DIRETORIA DE ENSINO – DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA - DIVISÃO DE ENSINO MÉDIO

ESCOLA ESTADUAL DR. JOÃO BATISTA AGUIAR


PROFESSOR(A): COMPONENTE SÉRIE: TURMAS:
Antonio Neto CURRICULAR: 1ª
ELETIVA

Tipos de trabalho: formal, informal, autônomo, liberal. Encontre o melhor


modelo para você
Entender os tipos de trabalho existentes no mercado é muito importante para saber em qual modelo
você se encaixa melhor e, assim, poder trilhar um caminho de sucesso na sua carreira.
O trabalho formal, ou assalariado, ainda é reconhecido pela maioria da população como o desejado,
mas há outras atividades econômicas ganhando força.
Os profissionais liberais conquistaram visibilidade com o incremento da educação e a formalização
das profissões. Em tempo, é possível dizer que os modelos que têm tido destaque nos últimos
tempos são os de trabalhador autônomo, freelancer ou eventual.
Essas últimas modalidades citadas ganham terreno por permitir a organização de horários conforme
suas necessidades pessoais, além de maior liberdade para definir qual tipo de atividade será aceita
ou não.

Trabalho Formal ou Assalariado


O trabalho formal ou assalariado é o que se caracteriza, conforme comentamos, como relação de
emprego: nesses casos o empregador e o empregado estão cumprindo um contrato que estabelece
direitos e deveres de ambas as partes, e que é regido pelas regras da CLT (Consolidação das Leis
do Trabalho).
Por exemplo, enfermeiros contratados de instituições de saúde podem trabalhar um determinado
número de horas por turno, tendo como contrapartida do empregador outro turno para descanso.
Além de regular o número de horas que o empregado fica disponível para prestação dos serviços, os
contratos formais de trabalho organizam todo o tipo de obrigação legal, tanto do empregador para o
empregado quanto vice-versa.
Outra parte importante no processo das relações de trabalho formais são os sindicatos, que reúnem
os trabalhadores de cada categoria profissional e, de forma conjunta, negociam com os
empregadores melhores condições de trabalho e salários.
Neste tipo de contratação os empregadores precisam respeitar todas as condições colocadas pela
legislação e, inclusive, indicar ao funcionário que cumpra o que é determinado. Esta é uma das
dificuldades para algumas áreas de atuação, que acabam migrando para a contratação por outros
formatos: o funcionário tem que ter um horário rígido de trabalho, é preciso cumprir a carga horária
em geral no escritório da empresa, há horário específico para almoço e descanso – e é necessário
controle de ponto para garantir que as regras sejam respeitadas.
Os contratados neste formato recebem benefícios como vale-alimentação, vale-transporte, férias,
13º salário e outros. Além das vantagens mencionadas, os profissionais têm direito a aposentadoria
de acordo com as condições previstas na legislação vigente.

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* Os níveis de complexidade estão de acordo com a Taxonomia de Bloom.
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Profissionais liberais
Profissional Liberal é alguém que exerce uma profissão de nível técnico ou superior – se chama
liberal justamente porque a formação que concluiu lhe concede “liberdade” para exercer determinada
função que somente aqueles que concluíram tal tipo de estudos podem exercer.
Tanto podem ser empregados em uma empresa quanto podem exercer sua atividade como liberais
e recolher seus tributos diretamente.
As atividades são remuneradas de acordo com os serviços prestados, e a forma como deve ser
praticada a profissão está regulamentada pelo Conselho responsável pela área de atuação. São
exemplos deste tipo de trabalho médicos, dentistas e engenheiros.
Mesmo neste tipo de profissão, que tem o direito ao exercício garantido através da pessoa física,
muitas vezes há vantagens em constituir pessoa jurídica.

Trabalho Autônomo e Freelancer


Autônomo é como chamamos alguém que, independentemente da qualificação, quer trabalhar com
liberdade, sem vínculo empregatício. O termo “freelancer”, que vem do inglês, significa a mesma
coisa: são profissionais que não estão subordinados a ninguém, que organizam seu horário e escala
de trabalho e prestam serviços eventualmente para outras pessoas ou empresas. O tipo de serviço
acontece por projeto, por exemplo, e tem início e fim bem marcados.
Os autônomos podem prestar serviços para diversos clientes e escolher seus horários de trabalho –
podem resolver acumular mais trabalho em um período do ano e deixar outro tempo com menor
atividade, ou utilizar o seu melhor horário do dia para o trabalho e fazer outras atividades nos
momentos menos produtivos.
É preciso organização extra para exercer este tipo de trabalho: a remuneração varia bastante
conforme a quantidade de projetos e clientes, não há férias remuneradas ou 13º salário.
Muitas vezes os profissionais autônomos optam também por atuar através da criação de uma
pessoa jurídica própria.

Trabalhador Eventual
O trabalhador eventual é aquele que presta serviços sem vínculo empregatício, não tendo como
característica do trabalho a permanência – por exemplo, um técnico que faz manutenção nos
elevadores de uma empresa, pode ser considerado um trabalhador eventual.
É claro que a atividade a ser realizada não pode ser a principal atividade da empresa contratante –
não caracteriza um trabalhador eventual, por exemplo, um cozinheiro contratado por um restaurante.
Trabalhos como o de diaristas, jardineiros e carregadores também podem ser caracterizados como
eventuais, cumprindo a regra de não estarem em atuação constante para o mesmo contratante.
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Trabalho Voluntário
Esta modalidade de trabalho tem muito a ver com altruísmo, uma vez que não há remuneração
envolvida. Não existe vínculo, porque o trabalho voluntário é organizado em prol de causas sociais e
humanitárias, em geral comandado por instituições sem fins lucrativos.
Neste caso, quem exerce o trabalho está de fato fazendo uma doação do seu tempo e habilidade – a
atividade é feita em função de objetivos maiores, que podem ser cívicos, culturais, educacionais,
científicos, recreativos ou de assistência à pessoa, conforme a LEI Nº 9.608.

Empregado Doméstico
Qual seria a diferença entre o emprego formal ou assalariado e os empregados domésticos? O que
muda especificamente é que nas contratações assalariadas conforme a CLT o empregado pode
realizar diversos tipos de atividades dentro da empresa, inclusive as que tenham finalidade de lucro
para o empregador – e a atividade doméstica não pode gerar retorno financeiro para a empresa
contratante.
Os trabalhadores domésticos também se caracterizam por prestarem serviços dentro de residências,
em prol dos ocupantes das mesmas.

Para este tipo de atividade há legislação específica, que também contempla férias, 13° salário e
horário máximo de jornada de trabalho, dentre outras especificações.

Estágio Profissional
O estágio profissional é ainda outro tipo de relação de trabalho possível e bastante utilizada em
grandes empresas. Assim como no caso dos trabalhadores domésticos, os estagiários estão
regulamentados por uma legislação específica – e no caso deles está claro que o estágio não
configura vínculo empregatício.
Quer dizer: o estagiário recebe remuneração direta (a bolsa-estágio), participa das atividades da
empresa cotidianamente, mas sua atividade se estabelece como uma parte adicional da formação
estudantil pela qual está passando – seja do ensino superior ou médio.
Portanto, é dever da empresa para com o estagiário orientá-lo sobre como proceder
profissionalmente, inclusive oferecendo a ele um apoio orientador de um funcionário que exerça
atividades relacionadas ao mesmo tipo de curso que ele está fazendo.

Trabalho Informal
É conhecido como trabalho informal aquele tipo de atividade econômica em que o trabalhador não
faz suas contribuições para a Previdência nem declara sua renda para a Receita Federal, nem tem
nenhum tipo de contrato com quem faz os pagamentos pela atividade. Em outras palavras: quem
exerce trabalho informal não tem nenhum tipo de amparo legal.

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Em geral, a maioria das pessoas que está em situação de trabalho informal está praticando uma
atividade simples, como o comércio de alimentos ou de roupas de porta em porta. Este é um tipo de
trabalho muito comum no Brasil, uma vez que a escassez de oportunidades na economia formal faz
com que as pessoas busquem formas de se sustentar minimamente.
Como fica claro pela falta de registro perante órgãos públicos, a dificuldade maior deste tipo de
trabalho é justamente não contar tempo de aposentadoria nem permitir que o profissional tenha
direitos, como a licença-saúde ou aposentadoria por invalidez.
A criação do modelo de empresa Micro Empreendedor Individual (MEI) foi feito especificamente para
ajudar este grande grupo de brasileiros a estar formalizado e contar com assistência do Estado: com
o pagamento de uma taxa pequena por mês, está registrado com CNPJ e incluído em diversos
benefícios sociais.

Trabalho forçado/Escravizado
Em geral o trabalho forçado ou escravo presente nos dias atuais é levado a cabo de forma mais sútil
do que a escravidão como a conhecemos do passado: o que se verifica atualmente são casos de
trabalhadores informais que estão atuando sob ameaça ou coação de algum mandatário, por isso
sendo obrigados a prestação dos serviços.
A legislação brasileira coíbe o trabalho escravo através de três artigos do Código Penal, conforme
apresentado pelo Senado:

Art. 149 – Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos
forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer
restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou
preposto (…)
Art. 203 – Frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado pela legislação do trabalho (…)
Art. 207 – Aliciar trabalhadores, com o fim de levá-los de uma para outra localidade do território
nacional (…)

O que são relações de trabalho?


As relações de trabalho nada mais são do que as formas de vínculo que uma pessoa física ou
jurídica pode utilizar para contratar os serviços de alguém. Há relações de trabalho de diversos tipos:
é preciso ressaltar, no entanto, que nem todos os tipos de relações de trabalho são relações de
emprego – você pode ter uma relação de trabalho autônomo, eventual ou avulso, e em nenhuma
destas opções será uma relação de emprego.
Além disso, em diversas áreas econômicas as relações de trabalho têm se dado através de pessoas
jurídicas: uma empresa contrata outra empresa para prestação de serviços, não mantendo vínculo
empregatício com os funcionários que atuarão em seus projetos – é claro, respeitando as exigências
legais para que se caracterize o trabalho eventual e não contínuo.
Então, por relações de trabalho podemos tomar qualquer tipo de laços profissionais entre empresas
ou pessoas físicas – e a nossa legislação permite uma série de tipos de relações de trabalho,
conforme veremos a seguir.
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Diferenças entre relação de emprego e relação de trabalho


Quando falamos de relação de emprego, estamos falando especificamente do tipo de relação de
trabalho existente nos empregos assalariados, com carteira assinada, como são comumente
chamados.
Neste tipo de atividade, os trabalhadores estão protegidos pela legislação trabalhista vigente para
que os contratos sejam justos e não ultrapassem determinados limites, que visam justamente a
preservação da saúde física e mental dos trabalhadores.
Da mesma forma, os empregadores recebem orientações sobre o que podem exigir dos seus
contratados, em especial a respeito de uma carga horária de trabalho que deverá ser cumprida pelo
funcionário.
A diferenciação para os outros tipos de relação de trabalho está justamente na prestação de
serviços não eventual – ou seja, na relação de emprego, o contratado atua constantemente para o
mesmo empregador, dependendo financeiramente dele através do pagamento do salário.

Entre as diversas espécies de trabalhadores, vale a pena se tornar empresário?


Ser empresário nada mais é do que fazer parte da constituição de uma empresa, seja ela de sócio
único ou com mais participantes. Embora pareça confuso, muitas das atividades profissionais
descritas como atividades autônomas ou realizadas por profissionais liberais podem também serem
oferecidas dentro de uma empresa própria.
Funciona assim: o médico, por exemplo, ao invés de receber os valores e realizar os pagamentos de
seus fornecedores diretamente utilizando seu CPF, passa a fazê-lo através da empresa constituída e
tem seus rendimentos tributados por outro modelo.
A mesma coisa vale para os mais diversos tipos de profissões, como jornalistas, dentistas,
advogados ou mesmo técnicos em informática.
Além disso, como já comentado, os atuantes em atividades que podem ser registradas como MEI
contam com essa opção para sair da informalidade.

Rio Branco – AC, ____ de __________ de 2022.

ANEXOS

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