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Carolina Quixadá

Francisco Gerson Marques


Rogério Mâsih

Cartilha

Lei de Estágio
Dúvidas frequentes de estudantes,
unidades concedentes e instituições
de ensino superior
Agradecimentos
Nossos agradecimentos aos procuradores do Ministério
Público do Trabalho, Tadeu Henrique Lopes da Cunha,
Gustavo Ricardo Rizzo e Renan Bernardi Kalil, pelas valiosas
observações na versão final deste documento.

Todos os direitos reservados aos autores © 2023 •

Francisco Gérson Marques de Lima

Carolina Albuquerque Quixadá

Rogério Teixeira Mâsih

Coordenação editorial –

Carolina Albuquerque Quixadá

Rogério Teixeira Mâsih

Projeto gráfico, capa e editoração – Eduardo Freire

Contatos – carolinaquixada@unifor.br; rogeriom@ufc.br

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Quixadá, Carolina

Cartilha : lei de estágio [livro eletrônico] : dúvidas frequentes


de estudantes, unidades concedentes e instituições de ensino
superior / Carolina Quixadá, Francisco Gérson Marques de Lima,
Rogério Mâsih. -- Fortaleza, CE : Ed. dos Autores, 2023.

PDF

ISBN 978-65-00-81846-8

1. Ensino superior 2. Estágio Curricular Supervisionado 3. Estágio


(Educação) - Brasil 4. Trabalho - Leis e legislação - Brasil I. Lima,
Francisco Gérson Marques de. II. Mâsih, Rogério. III. Título.

23-174502 CDD-378.0071

Índices para catálogo sistemático:


1. Estágio Curricular Supervisionado : Ensino superior 378.0071
Tábata Alves da Silva - Bibliotecária - CRB-8/9253

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Apresentação

15 anos da Lei de Estágio:


conquistas e desafios

Em 2023, a Lei do Estágio completa 15 anos de vigência. Editada em


25 setembro de 2008, a Lei Nº 11.788 trouxe direitos e deveres para
os principais atores dessa atividade educacional: alunos, empresas
e instituições de ensino. A lei foi um divisor de águas, ao expressar
conquistas e proteção a esses atores, como por exemplo a definição de
carga horária máxima para os estágios e a garantia de que os estágios
não serão tratados como relações de emprego. O estágio proporciona
que os jovens aprendam na prática o que o conhecimento teórico
promete, inserindo-o no mercado de trabalho.

No estágio há uma relação de trabalho, mas não de emprego. O aluno


tem a oportunidade de vivenciar um ambiente profissional correlato
ao seu curso de graduação, orientado por um professor da IES e
supervisionado por profissional da empresa concedente, ambos com
formação ou experiência na área a ser desenvolvida no estágio. O fato
de não criar vínculo empregatício traz menos complexidade jurídica na
contratação e desligamento das relações de estágios.

Além disso, a Lei garante que todo estagiário estará protegido por um
seguro contra acidentes pessoais, o qual deve ser contratado pela
entidade concedente do estágio e, alternativamente, pela IES no caso do
estágio obrigatório. Outra conquista que merece destaque é o direito a
30 dias de recesso remunerado após um ano de estágio, a ser desfrutado
preferencialmente durante as férias escolares do aluno.

No entanto, a Lei trouxe igualmente desafios a esses atores, uma


vez que é desejável a formalização de convênio entre IES e unidades
concedentes de estágio, sendo obrigatória a celebração de um Termo
de Compromisso de Estágio (TCE), assinado igualmente pelas três
partes. Os desafios também contemplam os pré-requisitos necessários
à caracterização da relação de estágio, como por exemplo a garantia de
que o aluno permanecerá matriculado e com frequência regular ao seu
curso durante toda a vigência do seu estágio.

3
A Lei também determina que as atividades previstas para o estágio
sejam compatíveis ao projeto pedagógico do curso de graduação do
aluno. Assim sendo, o plano de atividades é parte essencial do estágio e
garante o seu caráter educacional, pois assegura que as atribuições no
ambiente de estágio estejam alinhadas à formação profissional.

Mesmo passados 15 anos da vigência da Lei, algumas questões


permanecem polêmicas. Uma delas é a definição do que pode ser
considerado como contraprestação nos casos de estágios não
obrigatórios. Nesses casos, a Lei indica que é compulsório a concessão
de bolsa ou outra forma de contraprestação, mas não detalha o que pode
compor essa contraprestação, deixando uma lacuna nas possibilidades
de interpretação. Outra polêmica diz respeito à necessidade de
cumprimento de reserva de 10% do número de vagas de estágio para
serem destinadas a pessoas com deficiência (estudantes PCDs).

Para as instituições de ensino o desafio é ainda maior. Pois além de


indicar professor orientador, cobrar relatório semestral de atividades
e celebrar Termos de Compromisso, as IES devem ainda gerir toda
essa documentação, o que por sua vez exige capacidade operacional
específica na lida com esse assunto. A Lei evidenciou, assim, a
necessidade das IES de aprimorarem os serviços de seus setores de
gestão de programa de estágio. Ademais, as instituições de ensino
precisam dispor de sistemas de informações que garantam a conexão
das oportunidades de estágio em tempo hábil com os alunos, de acordo
com os seus perfis de competência e avanços na matriz curricular de
seus cursos.

As IES podem contar com os serviços dos agentes de integração,


públicos ou privados, na medida em que estes identificam e intermediam
oportunidades de estágio em unidades concedentes, cadastram
estudantes interessados em estagiar e fazem o acompanhamento
administrativo das relações de estágio.

Um aspecto que extrapola as premissas legais da Lei de Estágio é


o potencial que os estágios têm de ser a principal porta de entrada
dos estudantes no mercado de trabalho. É por meio do estágio que o
discente tem acesso às empresas e pode demonstrar suas competências
no mercado de trabalho e ao mesmo tempo desenvolver outras. O
estágio, portanto, fomenta a empregabilidade dos jovens universitários.

A temática do estágio enfim é de suma importância para a sociedade


como um todo. Ela toca no quesito preparação qualificada de futuros

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profissionais e por conseguinte na melhoria da capacidade produtiva e
econômica de um país.

Nesse contexto, a Universidade Federal do Ceará (UFC), a Universidade


de Fortaleza (Unifor) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) se uniram
para promover a discussão das conquistas e desafios dos 15 anos da Lei
de Estágio por meio do I Seminário Nacional de Estágio, que foi realizado
nos dias 25 e 26 de setembro em Brasília e também on-line, a fim de
garantir que o debate ocorra em todo o território nacional. As inscrições
foram realizadas em um hotsite específico www.mundodoestagio.com,
que ainda está ativo.

A presente cartilha é fruto do referido evento, que reuniu em torno dessa


temática os diferentes atores protagonistas do assunto: empresas
privadas, instituições públicas, agentes de integração, operadores do
direito e estudantes de graduação e pós-graduação.

A cartilha foi estruturada a partir da associação das experiências de uma


universidade pública, outra privada e do Ministério Público do Trabalho
em torno das questões mais recorrentes que chegam sob a forma de
dúvidas a essas instituições e que sabemos ser comum a tantas outras
pelo país afora.

Espera-se que este trabalho possa contribuir para a ampliação do


conhecimento sobre a Lei de Estágio, e ajudar na uso e apropriação do
tema pelas unidades concedentes, instituições de ensino e estudantes.
A publicação não esgota as perguntas frequentes relativas ao objeto,
mas apenas elucidam os principais pontos vivenciados por estas
instituições.

Queremos inclusive que a cartilha se torne um painel vivo – com possíveis


atualizações e contribuições de outros atores pois este é um assunto
que diz respeito a forma mais inicial da maior parte da força produtora do
país, ou seja, os estagiários. Ela, por fim, diz respeito a todos nós.

5
CAPÍTULO I
DA DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO
E RELAÇÕES DE ESTÁGIO

?
Art. 1º Estágio é ato educativo
Qual o conceito de Estágio?
escolar supervisionado,
desenvolvido no ambiente de Estágio é um ato educativo
trabalho, que visa à preparação escolar supervisionado
para o trabalho produtivo desenvolvido no ambiente de
de educandos que estejam trabalho, que visa à preparação para
frequentando o ensino regular em o trabalho, ou seja, uma experiência
instituições de educação superior, prática em ambiente profissional
de educação profissional, de ensino que permite aplicação prática dos
médio, da educação especial e dos conhecimentos aprendidos na
anos finais do ensino fundamental, instituição de ensino.
na modalidade profissional da
educação de jovens e adultos.

?
§ 1º O estágio faz parte do projeto
pedagógico do curso, além de Quem pode estagiar?
integrar o itinerário formativo do Somente poderá estagiar
educando. aluno regularmente matriculado
§ 2º O estágio visa ao aprendizado e frequentando regularmente
de competências próprias o seu curso de graduação. Dessa
da atividade profissional e à forma aluno que esteja com
contextualização curricular, matrícula trancada, cancelada ou
objetivando o desenvolvimento do em abandono não podem realizar
educando para a vida cidadã e para atividades de estágio.
o trabalho.

?
Posso continuar estagiando
mesmo tendo concluído o
meu curso de graduação?

Não, uma vez que a conclusão


Legenda. Atenção prioritária para: de seu curso caracteriza o
Estudante encerramento da sua condição
de aluno e consequentemente de
Empresa
matrícula e frequência na IES.
Instituição de Ensino

6
? ?
Uma vaga de estágio pode Tenho que prever no PPC
ser ofertada para alunos de os requisitos de estágio
diferentes cursos? obrigatório e não obrigatório
do meu curso?
Sim, porque há interseções de
competências entre os vários cursos Sim, o estágio, em qualquer de suas
de graduação. A questão principal é modalidades, precisa estar previsto no
prever que no plano de atividades a projeto pedagógico do curso a fim de
serem desempenhadas pelo aluno garantir o itinerário formativo do aluno
que haja compatibilidade com o seu e o desenvolvimento das competên-
curso de graduação. cias atreladas à formação profissional.

Art. 2º O estágio poderá ser atividade opcional, acrescida à


obrigatório ou não-obrigatório, carga horária regular e obrigatória.
conforme determinação das
§ 3º As atividades de extensão,
diretrizes curriculares da etapa,
de monitorias e de iniciação
modalidade e área de ensino e do
científica na educação superior,
projeto pedagógico do curso.
desenvolvidas pelo estudante,
§ 1º Estágio obrigatório é aquele somente poderão ser equiparadas
definido como tal no projeto do curso, ao estágio em caso de previsão no
cuja carga horária é requisito para projeto pedagógico do curso.
aprovação e obtenção de diploma.

?
§ 2º Estágio não-obrigatório É necessário elaborar termo
é aquele desenvolvido como de compromisso para
atividades equiparadas ao

?
estágio?
Quais os tipos de estágio?
As atividades de extensão, de
As únicas modalidades de monitorias e de iniciação científica
estágio previstas na Lei são: na educação superior, desenvolvidas
estágio obrigatório e estágio pelo estudante, poderão ser
não-obrigatório. equiparadas ao estágio se houver
Estágio obrigatório é aquele cuja essa previsão no projeto pedagógico
carga horária é requisito para do curso. Nesse caso como não
aprovação e obtenção de diploma. se trata de fato de um estágio,
Ao passo que o estágio não- mas sim de uma equiparação não
obrigatório é aquele desenvolvido é necessário a elaboração de um
por opção do aluno. Termo de Compromisso de Estágio.

7
Art. 3º O estágio, tanto na § 2º O descumprimento de
hipótese do § 1o do art. 2o desta qualquer dos incisos deste
Lei quanto na prevista no § 2o artigo ou de qualquer obrigação
do mesmo dispositivo, não cria contida no termo de compromisso
vínculo empregatício de qualquer caracteriza vínculo de emprego
natureza, observados os seguintes do educando com a parte
requisitos: concedente do estágio para todos
os fins da legislação trabalhista e
I – matrícula e freqüência
previdenciária.
regular do educando em
curso de educação superior,

?
de educação profissional, de
No meu Termo de
ensino médio, da educação
Compromisso de Estágio
especial e nos anos finais
constam umas atividades
do ensino fundamental, na
e estou realizando outras. O
modalidade profissional da
que devo fazer?
educação de jovens e adultos
e atestados pela instituição de Primeiramente conversar com o seu
ensino; chefe e supervisor de estágio na
unidade concedente, solicitando ou
II – celebração de termo de
a retirada dessas atividades – caso
compromisso entre o educando,
não estejam compatíveis com o
a parte concedente do estágio
seu curso – ou a elaboração aditivo
e a instituição de ensino;
indicando as novas atividades
III – compatibilidade entre as executadas.
atividades desenvolvidas no
Você pode também solicitar ajuda do
estágio e aquelas previstas no
seu professor orientador de estágio
termo de compromisso.
ou a coordenação de estágios da sua
§ 1º O estágio, como ato educativo Instituição de Ensino (IES).
escolar supervisionado, deverá
ter acompanhamento efetivo pelo
professor orientador da instituição
de ensino e por supervisor da parte
concedente, comprovado por vistos
nos relatórios referidos no inciso IV
do caput do art. 7o desta Lei e por
menção de aprovação final.

8
? ?
Quais as precauções que Quando devo elaborar o
tenho que ter para não criar Termo de Compromisso de
vínculo empregatício entre Estágio?
o estagiário e a empresa
O momento correto é antes do
concedente de estágio?
início das atividades de estágio de
Primeiro solicitar comprovante forma a garantir os direitos previstos
de matrícula ao aluno no início de para todas as partes.
cada semestre; celebrar o Termo
de Compromisso de Estágio por
todas as partes, antes do início

?
das atividades de estágio. Neste
O cadastro no E-social
documento é preciso deixar claro
substitui o Termo de
que as atividades de estágio são
Compromisso?
compatíveis com o curso do aluno.
Não. A Lei de Estágio prevê a
Ainda, é fundamental que as
obrigatoriedade da celebração do
atividades que constem no Termo
Termo de Compromisso de Estágio.
de Compromisso correspondam
ao que efetivamente o estagiário
desempenha na prática.

?
Outra questão importante é a
obrigatoriedade da elaboração, Como atualizar o plano de
assinatura e envio de Relatórios de atividades do estagiário uma
Atividades por parte da empresa vez que o mesmo se mostrou
concedente e análise e assinatura do apto a realizar outras tarefas
professor orientador da IES vinculada. na empresa?

Destaca-se que a obrigação do O Termo de Compromisso de Estágio


envio dos relatórios é da empresa pode ser alterado por meio de
concedente de estágio. um Termo Aditivo, o que inclui a
possibilidade de ajuste no Plano de
Atividades, desde que as atividades
desenvolvidas estejam relacionadas
ao projeto pedagógico do curso.

9
? ?
O professor orientador E se o aluno mudar de curso
precisa realizar o durante o estágio?
acompanhamento do estágio
Uma vez que o aluno já esteja
in loco?
regularmente matriculado e
Não. Uma vez que a Lei de Estágio frequentando o novo curso, deve
sugere que o acompanhamento do apenas proceder com o Termo
professor orientador aconteça por Aditivo, indicando a mudança de
meio de vistos nos relatórios. curso, desde que as atividades
desenvolvidas estejam relacionadas
É importante lembrar que o
ao projeto pedagógico do novo
supervisor do estágio, vinculado
curso.
à unidade concedente do estágio,
deve realizar o acompanhamento in
loco do estágio.

?
Quais as informações
essenciais que devem
constar em um Termo de

?
Quem deve assinar os Compromisso de Estágio?
documentos de estágio em Devem constar no TCE os seguintes
nome da IES e da unidade dados: Qualificação das partes (IES,
concedente? unidade concedente de estágio,
O responsável legal pela instituição estudante e agente de integração,
de ensino e/ou pessoa(s) se houver); Professor orientador;
designada(s) pela mesma para tal por Supervisor da concedente;
meio de documentos oficiais, como Atividades a serem desenvolvidas;
portarias, resoluções e afins. Carga horária; Horário do estágio;
Apólice do seguro.
Na unidade concedente, os
documentos de estágio devem ser
assinados pelo responsável legal e/
ou supervisor de estágio designado
pela empresa.

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Art. 4º A realização de estágios, nos termos desta Lei, aplica-se aos
estudantes estrangeiros regularmente matriculados em cursos superiores no
País, autorizados ou reconhecidos, observado o prazo do visto temporário de
estudante, na forma da legislação aplicável.

Art. 5º As instituições de § 3º Os agentes de integração


ensino e as partes cedentes de serão responsabilizados civilmente
estágio podem, a seu critério, se indicarem estagiários para
recorrer a serviços de agentes de a realização de atividades não
integração públicos e privados, compatíveis com a programação
mediante condições acordadas em curricular estabelecida para cada
instrumento jurídico apropriado, curso, assim como estagiários
devendo ser observada, no caso de matriculados em cursos ou
contratação com recursos públicos, instituições para as quais não há
a legislação que estabelece as previsão de estágio curricular.
normas gerais de licitação.

§ 1º Cabe aos agentes de

?
integração, como auxiliares no O meu estágio será por
processo de aperfeiçoamento do intermédio de uma gente de
instituto do estágio: integração. Terei custos com
I – identificar oportunidades de isso?
estágio; Não. A Lei proíbe a cobrança de
II – ajustar suas condições de qualquer natureza aos alunos. A
realização; cobrança, caso exista, é apenas
para as unidades concedentes
III – fazer o acompanhamento que porventura fizerem uso dos
administrativo; serviços ofertados pelos agentes de
IV – encaminhar negociação integração.
de seguros contra acidentes
pessoais;

V – cadastrar os estudantes.

§ 2º É vedada a cobrança de Art. 6º O local de estágio pode ser


qualquer valor dos estudantes, selecionado a partir de cadastro de
a título de remuneração pelos partes cedentes, organizado pelas
serviços referidos nos incisos deste instituições de ensino ou pelos
artigo. agentes de integração.

11
CAPÍTULO II
DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

?
Art. 7º São obrigações das Quando devo apresentar o
instituições de ensino, em relação relatório de atividades de
aos estágios de seus educandos: estágio para a minha IES?

I – celebrar termo de O Relatório deve ser enviado pela


compromisso com o educando unidade concedente em período
ou com seu representante ou não superior a seis meses para a
assistente legal, quando ele IES. O Relatório de Atividades deve
for absoluta ou relativamente conter vista obrigatória do estagiário,
incapaz, e com a parte professor orientador da IES e
concedente, indicando as supervisor de estágio na unidade
condições de adequação do concedente.
estágio à proposta pedagógica
do curso, à etapa e modalidade
da formação escolar do

?
estudante e ao horário e A empresa em que estou
calendário escolar; estagiando não está
II – avaliar as instalações da cumprindo o que foi
parte concedente do estágio estabelecido no Termo de
e sua adequação à formação Compromisso. O que devo fazer?
cultural e profissional do A primeira coisa que o aluno deve
educando; fazer é procurar orientação da sua
III – indicar professor orientador, Instituição de Ensino. Em última
da área a ser desenvolvida no medida, caso haja desvirtuamento do
estágio, como responsável pelo contrato de estágio, o aluno poderá
acompanhamento e avaliação ingressar com reclamação trabalhista
das atividades do estagiário; requerendo seus direitos na Justiça
do Trabalho.
IV – exigir do educando a
apresentação periódica,
em prazo não superior a 6
(seis) meses, de relatório das
atividades;

12
?
V – zelar pelo cumprimento A IES precisa designar um
do termo de compromisso, professor orientador para
reorientando o estagiário acompanhar o aluno?
para outro local em caso de
Sim. Tanto no estágio obrigatório
descumprimento de suas
quanto no não obrigatório. A IES
normas;
precisa designar um professor da
VI – elaborar normas área a ser desenvolvida no estágio
complementares e instrumentos para acompanhar e avaliar as
de avaliação dos estágios de atividades do estagiário.
seus educandos;

VII – comunicar à parte


concedente do estágio, no

?
início do período letivo, as datas Existe requisito para o
de realização de avaliações professor ser orientador de
escolares ou acadêmicas. estágio?
Parágrafo único. O plano de Não. Apenas ter vínculo com a IES
atividades do estagiário, elaborado e ter experiência na área do estágio
em acordo das 3 (três) partes a que do aluno.
se refere o inciso II do caput do art.
Apesar de não haver exigência
3o desta Lei, será incorporado ao
legal na Lei de Estágio, no caso de
termo de compromisso por meio de
profissão regulamentada, é desejável
aditivos à medida que for avaliado,
que o professor orientador também
progressivamente, o desempenho
deva ter registro ativo no seu
do estudante.
conselho profissional.

13
?
Art. 8º É facultado às instituições Já tenho convênio com a
de ensino celebrar com entes IES. Preciso ainda celebrar
públicos e privados convênio de o Termo de Compromisso de
concessão de estágio, nos quais Estágio?
se explicitem o processo educativo
Sim. A Lei de Estágio não dispensa a
compreendido nas atividades
celebração do termo de compromisso
programadas para seus educandos
de estágio.
e as condições de que tratam os
arts. 6o a 14 desta Lei.

Parágrafo único. A celebração

?
de convênio de concessão de
A celebração de convênio
estágio entre a instituição de
com as empresas é
ensino e a parte concedente não
obrigatória?
dispensa a celebração do termo de
compromisso de que trata o inciso Não, é ato facultativo. A
II do caput do art. 3o desta Lei. celebração dos convênios, no
entanto, é altamente recomendada
uma vez que permite uma avaliação
inicial do campo de estágio.

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CAPÍTULO III
DA PARTE CONCEDENTE

Art. 9º As pessoas jurídicas de IV – contratar em favor do


direito privado e os órgãos da estagiário seguro contra
administração pública direta, acidentes pessoais, cuja apólice
autárquica e fundacional de seja compatível com valores
qualquer dos Poderes da União, de mercado, conforme fique
dos Estados, do Distrito Federal estabelecido no termo de
e dos Municípios, bem como compromisso;
profissionais liberais de nível V – por ocasião do desligamento
superior devidamente registrados do estagiário, entregar termo
em seus respectivos conselhos de de realização do estágio
fiscalização profissional, podem com indicação resumida das
oferecer estágio, observadas as atividades desenvolvidas, dos
seguintes obrigações: períodos e da avaliação de
I – celebrar termo de desempenho;
compromisso com a instituição VI – manter à disposição da
de ensino e o educando, fiscalização documentos que
zelando por seu cumprimento; comprovem a relação de estágio;
II – ofertar instalações
que tenham condições de

?
proporcionar ao educando
Profissionais liberais de nível
atividades de aprendizagem
superior podem contratar um
social, profissional e cultural;
estagiário?
III – indicar funcionário de
Sim nos casos em que este esteja
seu quadro de pessoal, com
devidamente registrado em seu
formação ou experiência
respectivo conselho de fiscalização
profissional na área de
profissional. A Lei veda a contratação
conhecimento desenvolvida
de estagiários por profissionais
no curso do estagiário, para
liberais que não possuam registro no
orientar e supervisionar
conselho de fiscalização profissional.
até 10 (dez) estagiários
simultaneamente;

15
?
VII – enviar à instituição de
O supervisor de estágio
ensino, com periodicidade
precisa ter a mesma
mínima de 6 (seis) meses,
formação do aluno?
relatório de atividades, com
O profissional designado pela vista obrigatória ao estagiário.
empresa para supervisionar e
Parágrafo único. No caso
orientar os estagiários deve possuir,
de estágio obrigatório, a
preferencialmente, formação na
responsabilidade pela contratação
mesma área do curso do estagiário.
do seguro de que trata o inciso
Alternativamente, o supervisor de IV do caput deste artigo poderá,
estágio pode possuir experiência alternativamente, ser assumida
na área na qual o estágio será pela instituição de ensino.
desenvolvido.

?
A IES já faz seguro contra
acidentes pessoais para

?
seus alunos. Mesmo assim, a
Quantos estagiários
unidade concedente precisa
um profissional pode
fazê-lo?
supervisionar?
A obrigação pela contratação
Até 10 estagiários simultaneamente.
do seguro contra acidentes é
da unidade concedente, com
exceção do estágio obrigatório, o
qual poderá alternativamente ser
assumida pela IES.

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CAPÍTULO IV
DO ESTAGIÁRIO

§ 2º Se a instituição de
Art. 10º A jornada de atividade em
ensino adotar verificações de
estágio será definida de comum
aprendizagem periódicas ou
acordo entre a instituição de ensino,
finais, nos períodos de avaliação,
a parte concedente e o aluno
a carga horária do estágio será
estagiário ou seu representante
reduzida pelo menos à metade,
legal, devendo constar do termo
segundo estipulado no termo de
de compromisso ser compatível
compromisso, para garantir o bom
com as atividades escolares e não
desempenho do estudante.
ultrapassar:

I – 4 (quatro) horas diárias e

?
20 (vinte) horas semanais,
É possível estagiar com
no caso de estudantes de
choque de horário nas
educação especial e dos anos
disciplinas matriculadas?
finais do ensino fundamental,
na modalidade profissional de Não, pois o horário do estágio
educação de jovens e adultos; deve ser compatível com as demais
atividades escolares.
II – 6 (seis) horas diárias e
30 (trinta) horas semanais,
no caso de estudantes do
ensino superior, da educação

?
profissional de nível médio e do Eu posso ter mais de um
ensino médio regular. estágio simultaneamente?

§ 1º O estágio relativo a cursos Sim, desde que não haja


que alternam teoria e prática, choque de horário com as demais
nos períodos em que não estão atividades escolares e que respeite
programadas aulas presenciais, o limite de 6 horas diárias e 30 horas
poderá ter jornada de até 40 semanais.
(quarenta) horas semanais,
desde que isso esteja previsto no
projeto pedagógico do curso e da
instituição de ensino.

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? ?
Existe estágio em home Em estágio de até 30 horas,
office? eu posso estagiar mais de 6
horas em um dia desde que a
Sim. No entanto, como estágio
carga horária não ultrapasse
é um ato educativo desenvolvido
o limite semanal?
no ambiente de trabalho, recomenda-
se que as atividades home office Não uma vez que a Lei indica o limite
sejam intercaladas com as atividades de 6 (seis) horas diárias para estágios
presenciais, respeitada a legislação de até 30 (trinta) horas semanais.
vigente sobre estágio.

É a unidade concedente que define


os requisitos e as características do
estágio.

Art. 11º A duração do estágio, na


mesma parte concedente, não
poderá exceder 2 (dois) anos, exceto

?
Meu estágio pode ter horário quando se tratar de estagiário
flexível? portador de deficiência.

Sim, desde que não haja


choque de horário com as demais
atividades escolares e que respeite
o limite de 6 horas diárias e 30 horas
Art. 12º O estagiário poderá
semanais.
receber bolsa ou outra forma de
contraprestação que venha a ser
acordada, sendo compulsória a sua
concessão, bem como a do auxílio-

?
No período de provas da transporte, na hipótese de estágio
minha instituição de ensino não obrigatório.
posso ter a carga horária de
§ 1º O estágio relativo a cursos
estágio reduzida?
que A eventual concessão
Sim, a Lei prevê essa redução desde de benefícios relacionados a
que tenha sido estipulado no termo transporte, alimentação e saúde,
de compromisso. É importante que entre outros, não caracteriza
o estagiário acorde previamente vínculo empregatício.
com a unidade concedente essa
§ 2º Poderá o educando inscrever-
data, tendo sido a mesma informada
se e contribuir como segurado
acerca do calendário das avaliações
facultativo do Regime Geral de
acadêmicas pela IES.
Previdência Social.

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? ?
A unidade concedente de Quais são as formas de
estágio é obrigada a pagar o contraprestação que
meu transporte? podem ser utilizadas em
Sim nos casos de estágio não substituição a bolsa de
obrigatório. estágio?

É importante destacar que o


estágio não obrigatório exige que
haja necessariamente pagamento

?
de bolsa ou contraprestação
E nos casos dos estágios
juntamente com auxílio transporte
acontecerem em home
por parte da unidade concedente.
office, a empresa precisa
pagar auxílio transporte? Ao optar por outra forma de
contraprestação diferente da
Em home office o auxílio transporte
bolsa, a unidade concedente pode
deixa de ser obrigatório uma vez que
oferecer por exemplo o pagamento
o estagiário realizará suas atividades
da mensalidade da faculdade, cursos
em casa. Caso fique definido que
de extensão ou mesmo a concessão
o estagiário irá até a concedente
de materiais didáticos correlatos ao
em alguns dias fixos da semana ou
curso.
mesmo esporadicamente, então ele
deverá receber o auxílio transporte A Lei busca permitir que as partes
proporcional a esses dias. envolvidas no estágio tenham
flexibilidade para definir o que é
mais benéfico para o estagiário em
termos de contraprestação, desde

?
que esteja em conformidade com
O estágio obrigatório pode a legislação vigente. Portanto, se
ser remunerado? o pagamento da mensalidade da
faculdade, o custeio de cursos ou
Sim. A lei, no entanto, prevê a
a concessão de materiais didáticos
obrigatoriedade da bolsa ou outra
forem acordados entre as partes
forma de contraprestação apenas
como uma forma de contraprestação,
para o estágio não obrigatório.
isso é permitido pela Lei.

Contudo, destaca-se que esta


substituição da bolsa, não exime
as demais obrigações da unidade
concedente como, por exemplo, o
recesso (férias), o seguro e o auxílio
transporte.

19
?
Art. 13º É assegurado ao O meu estágio é de um ano
estagiário, sempre que o estágio de duração. Como vou tirar
tenha duração igual ou superior férias?
a 1 (um) ano, período de recesso
O período aquisitivo que garante
de 30 (trinta) dias, a ser gozado
as férias é de um ano após o
preferencialmente durante suas
início do estágio. A empresa pode
férias escolares.
fracionar as férias em intervalos
§ 1º O recesso de que trata este preferencialmente durante as férias
artigo deverá ser remunerado escolares do estagiário.
quando o estagiário receber bolsa
Caso ocorra alguma
ou outra forma de contraprestação.
excepcionalidade e o aluno não tire
§ 2º Os dias de recesso previstos férias durante esse período de um
neste artigo serão concedidos de ano, a empresa, no momento do
maneira proporcional, nos casos encerramento do contrato, deverá
de o estágio ter duração inferior a 1 remunerar o aluno pelas férias não
(um) ano. gozadas.

? ?
A empresa pode se negar a Perco minhas férias se sair
dar minhas férias do estágio antes do término da vigência
durante minhas férias do estágio?
escolares?
Não. As férias devem ser pagas
Sim, pois não há obrigação legal para proporcionais ao período estagiado,
isso. O ideal é que o aluno negocie na medida de um mês para cada ano.
com antecedência junto ao seu
Por exemplo, o estágio deveria ter
supervisor de estágio a data das
durado doze meses, mas o aluno
férias.
resolveu sair após três meses. Nesse
caso, ele deverá receber 3/12 do valor
de sua bolsa de estágio.

?
Durante as férias eu perco a
minha bolsa de estágio?

Não. Pois férias remuneradas é


um direito do estagiário garantido
na Lei do Estágio.

20
?
Art. 14º Aplica-se ao estagiário Quem deve fornecer os EPIs
a legislação relacionada à dos estagiários?
saúde e segurança no trabalho,
A obrigação pelo fornecimento
sendo sua implementação
do EPIs é obrigatoriamente da
de responsabilidade da parte
unidade concedente.
concedente do estágio.
Há, no entanto, a possibilidade
de haver acordo entre IES e
unidade concedente para que o
fornecimento de EPIs seja realizado
pela IES. Isso geralmente ocorre
em estágios obrigatórios para que
sejam viabilizados mais campos
de estágios, diminuindo o ônus da
unidade concedente.

CAPÍTULO V
DA FISCALIZAÇÃO

Art. 15º A manutenção de § 2º A penalidade de que trata o


estagiários em desconformidade § 1o deste artigo limita-se à filial
com esta Lei caracteriza vínculo ou agência em que for cometida a
de emprego do educando com irregularidade.
a parte concedente do estágio
para todosades escolares e não
ultrapassar:

§ 1º A instituição privada ou pública


que reincidir na irregularidade
de que trata este artigo ficará
impedida de receber estagiários
por 2 (dois) anos, contados da data
da decisão definitiva do processo
administrativo correspondente.

21
CAPÍTULO VI previstos nos incisos deste artigo
serão aplicados a cada um deles.
DAS DISPOSIÇÕES
GERAIS § 3º Quando o cálculo do
percentual disposto no inciso
IV do caput deste artigo
resultar em fração, poderá ser
Art. 16º O termo de compromisso
arredondado para o número inteiro
deverá ser firmado pelo estagiário
imediatamente superior.
ou com seu representante ou as-
sistente legal e pelos representan- § 4º Não se aplica o disposto no
tes legais da parte concedente e caput deste artigo aos estágios
da instituição de ensino, vedada a de nível superior e de nível médio
atuação dos agentes de integração profissional.
a que se refere o art. 5o desta Lei § 5º Fica assegurado às pessoas
como representante de qualquer portadoras de deficiência o
das partes. percentual de 10% (dez por cento)
Art. 17º O número máximo de das vagas oferecidas pela parte
estagiários em relação ao quadro de concedente do estágio.
pessoal das entidades concedentes

?
I – de 1 (um) a 5 (cinco) Quais são os direitos
empregados: 1 (um) estagiário; assegurados aos estagiários
PcDs?
II – de 6 (seis) a 10 (dez)
empregados: até 2 (dois) Existem dois direitos específicos
estagiários; aos PcDs assegurados na Lei de
Estágio. O primeiro deles é que
III – de 11 (onze) a 25 (vinte e
as unidades concedentes devem
cinco) empregados: até 5 (cinco)
garantir 10% das vagas de estágio
estagiários;
aos candidatos PcDs. Aos PcDs
IV – acima de 25 (vinte e cinco) não se aplica a restrição máxima de
empregados: até 20% (vinte por permanência de dois anos de estágio.
cento) de estagiários. Ou seja, estagiários PcDs podem
§ 1º Para efeito desta Lei, permanecer na mesma unidade
considera-se quadro de pessoal concedente por mais de dois anos.
o conjunto de trabalhadores A Lei de Estágio assim viabiliza
empregados existentes no e estimula a cultura inclusiva
estabelecimento do estágio. às pessoas com deficiência,
§ 2º Na hipótese de a parte con- promovendo a igualdade de
cedente contar com várias filiais ou oportunidades entre todos.
estabelecimentos, os quantitativos

22
Art. 18º A prorrogação dos Art. 20º O art. 82 da Lei no 9.394,
estágios contratados antes do de 20 de dezembro de 1996, passa
início da vigência desta Lei apenas a vigorar com a seguinte redação:
poderá ocorrer se ajustada às suas
“Art. 82. Os sistemas de ensino
disposições.
estabelecerão as normas de
realização de estágio em sua
Art. 19º O art. 428 da Consolidação jurisdição, observada a lei
das Leis do Trabalho – CLT, apro- federal sobre a matéria”
vada pelo Decreto-Lei no 5.452, de Parágrafo único. (Revogado).”
1o de maio de 1943, passa a vigorar (NR).
com as seguintes alterações:

“Art. 428. ...........................................”


Art. 21º Esta Lei entra em vigor na
§ 1º A validade do contrato de data de sua publicação.
aprendizagem pressupõe anotação
na Carteira de Trabalho e Previdên-
cia Social, matrícula e freqüência do Art. 22º Revogam-se as Leis nos
aprendiz na escola, caso não haja 6.494, de 7 de dezembro de 1977,
concluído o ensino médio, e inscri- e 8.859, de 23 de março de 1994, o
ção em programa de aprendizagem parágrafo único do art. 82 da Lei no
desenvolvido sob orientação de 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
entidade qualificada em formação e o art. 6o da Medida Provisória no
técnico-profissional metódica. 2.164-41, de 24 de agosto de 2001.

[...]

§ 3º O contrato de aprendizagem
não poderá ser estipulado por mais
de 2 (dois) anos, exceto quando se
tratar de aprendiz portador de defi-
ciência. (Vide Medida Provisória
nº 1.116, de 2022)

[...]

§ 7º Nas localidades onde não


houver oferta de ensino médio
para o cumprimento do disposto
no § 1o deste artigo, a contratação
do aprendiz poderá ocorrer sem a
freqüência à escola, desde que ele
já tenha concluído o ensino funda-
mental.” (NR)

23
A Lei do Estágio (Nº 11.788/08) completa
15 anos de vigência em 2023. Ela trouxe
direitos e deveres para os principais atores
dessa atividade educacional: alunos,
unidade concedentes (empresas públicas e/
ou provadas) e instituições de ensino – no
caso específico deste trabalho, relativo à
educação de nível superior. A lei assegura
que os estágios não serão tratados como
relações de emprego e proporciona aos
jovens experiência de aprendizagem prática,
ajudando-os em sua inserção no mercado de
trabalho. Espera-se que este trabalho possa
contribuir para a ampliação do conhecimento
sobre a Lei de Estágio, e ajudar na uso
e apropriação do tema pelas unidades
concedentes, instituições de ensino e
estudantes. A publicação não esgota as
perguntas frequentes relativas ao objeto,
mas apenas elucidam os principais pontos
vivenciados por estas instituições.

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