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ATIVIDADE A SER REALIZADA

 A partir da leitura da decisão do STJ, o grupo deverá analisar o disposto nos artigos 1º

a 12 do Código de Processo Civil e, identificar qual ou quais artigos poderiam ser

utilizados para fundamentar a decisão do tribunal.

 O grupo deverá redigir um texto para explicar as razões pelas quais utilizou o artigo ou

artigos do CPC, mencionando obras e portais jurídicos consultados.

PROCESSO REsp 1677957 / PR

RECURSO ESPECIAL2016/0322963-5 RELATOR Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA (1147)

ÓRGÃO JULGADOR T3 - TERCEIRA TURMA DATA DO JULGAMENTO 24/04/2018 DATA DA

PUBLICAÇÃO/FONTE DJe 30/04/2018 EMENTA

RECURSO ESPECIAL.

DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. PRELIMINARES. SUSPENSÃO DO

PROCESSO CÍVEL. DESNECESSIDADE. INDEPENDÊNCIA DAS

INSTÂNCIAS. AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO. DESNECESSIDADE.

JULGAMENTO ANTECIPADO. POSSIBILIDADE. JULGAMENTO EXTRA

PETITA. NÃO COMPROVADO. NULIDADES. AFASTAMENTO.

ADVOGADO. ESTATUTO DA OAB. IMUNIDADE PROFISSIONAL

RELATIVA. LEGALIDADE E RAZOABILIDADE. OFENSAS À MAGISTRADA.

EXCESSO DE LINGUAGEM. FALSA IMPUTAÇÃO DE CRIME. DANO

MORAL. CONFIGURAÇÃO. DEVER DE INDENIZAR. VALOR DA

INDENIZAÇÃO. PROPORCIONALIDADE. REVISÃO. NÃO CABIMENTO.

SÚMULA Nº 7/STJ.

1.Recurso especial interposto contra acórdão publicado na vigência do

Código de Processo Civil de 1973 (Enunciados Administrativos nºs 2 e

3/STJ)

2. É faculdade do juiz cível suspender a ação reparatória de danos

morais até a resolução definitiva do processo criminal caso julgue haver


prejudicialidade entre as demandas. Não há nulidade devido ao

processamento simultâneo, sobretudo quando demonstrada a ausência

de prejuízo no caso concreto. Incidência dos princípios da

independência das instâncias e da instrumentalidade das formas.

3. A ausência de audiência de conciliação não induz à nulidade do

processo, nas hipóteses previstas no art. 330, inciso I, do CPC/1973,

notadamente quando o julgamento antecipado da lide for embasado

em prova documental robusta e suficiente. Precedentes.

4. Não há julgamento extra petita quando o órgão julgador não

afrontou os limites objetivos da pretensão inicial, tampouco concedeu

providência jurisdicional diversa da requerida, tendo sido respeitado o

princípio da congruência.

5. A imunidade conferida ao advogado para o pleno exercício de suas

funções não possui caráter absoluto, devendo observar os parâmetros

da legalidade e da razoabilidade e não abarcando violações de direitos

da personalidade, notadamente da honra e da imagem de outras partes

ou profissionais que atuem no processo. Precedentes.

6. O princípio da boa-fé processual impõe que todos os sujeitos do

processo se pautem por critérios de lealdade e cooperação mútua

para realização da justiça.

7. No caso concreto, as instâncias ordinárias decidiram pela

procedência do pleito da autora, entendendo que a requerida

extrapolou os limites do exercício da advocacia ao tecer comentários

ofensivos, satíricos e desnecessários à defesa dos interesses da parte

representada, além de realizar acusações infundadas e

desproporcionais contra a magistrada, imputando-lhe falsamente a

prática de prevaricação e fraude processual.

8. Na hipótese, não é cabível a revisão do montante fixado a título de


indenização por danos morais (R$ 20.000,00 - vinte mil reais) por não se

mostrar irrisório ou abusivo, haja vista o quadro fático delineado nas

instâncias locais, sob pena de afronta à Súmula nº 7/STJ.

9. A quantificação do dano extrapatrimonial deve levar em

consideração parâmetros como a capacidade econômica dos

ofensores, as condições pessoais das vítimas e o caráter pedagógico e

sancionatório da indenização, critérios cuja valoração requer o exame

do conjunto fático-probatório.

10. Recurso especial não provido. ACÓRDÃO Vistos e relatados estes

autos, em que são partes as acima indicadas, decide a Terceira Turma,

por unanimidade, negar provimento ao recurso especial, nos termos

do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Marco Aurélio

Bellizze (Presidente), Moura Ribeiro, Nancy Andrighi e Paulo de Tarso

Sanseverino votaram com o Sr. Ministro Relator.

RESPOSTAS:

Para analisar a decisão do STJ e identificar os artigos do Código de Processo Civil (CPC) que
poderiam fundamentar a decisão do tribunal, é necessário considerar os argumentos e
fundamentos apresentados na decisão. Vamos analisar ponto a ponto:

1. **Suspensão do Processo Cível:** O tribunal menciona que é faculdade do juiz cível


suspender a ação reparatória de danos morais até a resolução definitiva do processo criminal,
caso julgue haver prejudicialidade entre as demandas. Isso está relacionado à independência
das instâncias e da instrumentalidade das formas. Os artigos do CPC que tratam dessas
questões são os artigos 1º, 2º e 6º, que estabelecem os princípios do devido processo legal, da
ampla defesa e do contraditório.

2. **Audiência de Conciliação:** O tribunal afirma que a ausência de audiência de conciliação


não induz à nulidade do processo, desde que o julgamento antecipado da lide seja embasado
em prova documental robusta e suficiente. O artigo relevante do CPC é o artigo 330, inciso I,
que trata das situações em que o julgamento antecipado é permitido.
3. **Julgamento Extra Petita:** O tribunal menciona que não houve julgamento extra petita,
ou seja, o órgão julgador não concedeu providência jurisdicional diversa da requerida. Isso se
relaciona ao princípio da congruência, que está implícito no CPC, especialmente no artigo 492.

4. **Imunidade Profissional do Advogado:** O tribunal argumenta que a imunidade conferida


ao advogado para o pleno exercício de suas funções não é absoluta e deve observar os
parâmetros da legalidade e razoabilidade, não abrangendo violações de direitos da
personalidade. Esse tema está relacionado aos princípios gerais do exercício da advocacia e à
legislação relacionada à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

5. **Boa-Fé Processual:** O tribunal menciona o princípio da boa-fé processual, que exige que
todos os sujeitos do processo se pautem por critérios de lealdade e cooperação mútua para a
realização da justiça. Embora não seja especificamente mencionado no texto, a boa-fé
processual é um princípio fundamental subjacente ao CPC.

6. **Dano Moral e Indenização:** A decisão também se relaciona com o valor da indenização


por danos morais e destaca que sua revisão não é cabível, desde que não seja irrisório ou
abusivo. Esse tema envolve a quantificação do dano extrapatrimonial, que é regido por
princípios gerais do direito, e não especificamente pelos artigos do CPC.

Portanto, os artigos do CPC que podem ser relevantes para fundamentar a decisão do tribunal
incluem o artigo 330 (julgamento antecipado da lide) e o princípio da congruência
(implicitamente abordado). No entanto, a decisão também se baseia em princípios e normas
gerais de direito, bem como em precedentes do STJ. Não há menção a artigos específicos do
CPC além do mencionado no ponto 2.

Além disso, a análise da imunidade profissional do advogado e do dano moral envolve


princípios e regulamentações específicas da advocacia, que não estão contidos no CPC.
Portanto, consultas a obras e portais jurídicos específicos sobre direito civil, processual civil e
de advocacia podem fornecer uma compreensão mais completa desses aspectos legais.

OPÇÃO 2:

A decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) apresentada no processo REsp 1677957 / PR


aborda diversas questões de direito civil e processual civil. Para identificar os artigos do Código
de Processo Civil (CPC) que poderiam fundamentar a decisão do tribunal, é necessário analisar
os pontos principais do caso e verificar quais dispositivos legais foram utilizados. Abaixo estão
os principais pontos da decisão e os possíveis artigos do CPC relacionados:
1. Suspensão do Processo Cível:

- O juiz cível tem a faculdade de suspender a ação reparatória de danos morais até a
resolução definitiva do processo criminal, caso julgue haver prejudicialidade entre as
demandas.

- Princípio da independência das instâncias e instrumentalidade das formas.

2. Audiência de Conciliação:

- A ausência de audiência de conciliação não induz à nulidade do processo, nas hipóteses


previstas no art. 330, inciso I, do CPC/1973, especialmente quando o julgamento antecipado da
lide for embasado em prova documental robusta e suficiente.

3. Julgamento Extra Petita:

- Não há julgamento extra petita quando o órgão julgador não afrontou os limites objetivos
da pretensão inicial, tampouco concedeu providência jurisdicional diversa da requerida, tendo
sido respeitado o princípio da congruência.

4. Imunidade Profissional do Advogado:

- A imunidade conferida ao advogado para o pleno exercício de suas funções não é absoluta e
deve observar os parâmetros da legalidade e razoabilidade. Não abarca violações de direitos da
personalidade, como a honra e a imagem de outras partes ou profissionais que atuem no
processo.

5. Princípio da Boa-Fé Processual:

- O princípio da boa-fé processual impõe que todos os sujeitos do processo se pautem por
critérios de lealdade e cooperação mútua para a realização da justiça.

Considerando esses pontos, os artigos do CPC que poderiam ser utilizados para fundamentar a
decisão do tribunal incluem:

- Artigo 330, inciso I, do CPC/1973: Dispõe sobre a possibilidade de julgamento antecipado da


lide quando houver prova documental robusta e suficiente, sem a necessidade de audiência de
conciliação.

- Princípios gerais do CPC, como a independência das instâncias, a instrumentalidade das


formas e a congruência entre a decisão e a pretensão inicial.
Além disso, a decisão faz referência à Súmula nº 7/STJ em relação à revisão do montante fixado
a título de indenização por danos morais, o que mostra que o tribunal também considerou
jurisprudência para embasar sua decisão.

Para elaborar um texto explicando as razões para a utilização desses artigos do CPC na decisão,
é necessário detalhar como cada ponto da decisão está alinhado com os dispositivos legais
mencionados e mencionar obras e portais jurídicos consultados, caso tenham sido utilizados
como referência para a análise.

OPÇÃO 3:

A análise da decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) no processo REsp 1677957/PR requer
a identificação dos artigos do Código de Processo Civil (CPC) que poderiam ser utilizados para
fundamentar a decisão do tribunal. Abaixo estão os artigos do CPC que podem ser relevantes
para a fundamentação da decisão:

1. **Independência das Instâncias (Artigo 485, I, do CPC)**: A decisão do tribunal mencionou a


independência das instâncias como princípio relevante. Isso significa que, mesmo em casos
envolvendo questões cíveis e criminais relacionadas, o juiz cível pode optar por não suspender
o processo civil até a resolução definitiva do processo criminal, caso julgue que não há prejuízo.
Esse entendimento é consistente com o artigo 485, inciso I, do CPC, que trata da extinção do
processo sem resolução de mérito.

2. **Julgamento Antecipado da Lide (Artigo 330 do CPC)**: A decisão também mencionou a


possibilidade de julgamento antecipado da lide, especialmente quando baseado em prova
documental robusta e suficiente. O CPC no artigo 330 permite o julgamento antecipado da lide
quando não há necessidade de produção de outras provas.

3. **Congruência (Artigo 492 do CPC)**: A decisão destacou a importância de respeitar o


princípio da congruência, que significa que o órgão julgador não deve proferir uma decisão que
exceda os limites objetivos da pretensão inicial. Isso está alinhado com o artigo 492 do CPC,
que estabelece que o julgamento deve ser congruente com os pedidos formulados pelas
partes.

4. **Imunidade Profissional do Advogado (Artigo 2º da Lei 8.906/94 - Estatuto da OAB)**: A


decisão abordou a imunidade profissional do advogado, observando que essa imunidade não é
absoluta e deve observar os parâmetros da legalidade e razoabilidade, especialmente quando
se trata de violações de direitos da personalidade. A imunidade do advogado é regulamentada
pelo Estatuto da OAB (Lei 8.906/94), especialmente no artigo 2º.
5. **Princípio da Boa-fé Processual**: A decisão enfatizou o princípio da boa-fé processual,
que impõe que todos os sujeitos do processo ajam com lealdade e cooperação mútua para a
realização da justiça. Embora esse princípio não esteja diretamente vinculado ao CPC, é um
princípio fundamental no sistema jurídico brasileiro.

Os artigos mencionados acima podem ser usados para fundamentar a decisão do tribunal no
processo REsp 1677957/PR, conforme a interpretação do relator Ministro Ricardo Villas Bôas
Cueva e da Terceira Turma do STJ. Para uma análise mais aprofundada e específica, é
recomendável consultar obras jurídicas e portais especializados em direito que possam
fornecer detalhes sobre a jurisprudência e a interpretação desses artigos em casos
semelhantes.

OPÇÃO 4:

A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aborda diversas questões relacionadas ao direito
civil e processual civil. Para fundamentar essa decisão, o grupo pode se apoiar nos artigos do
Código de Processo Civil (CPC) que são relevantes para cada ponto discutido. Abaixo estão as
análises dos principais aspectos da decisão e os possíveis artigos do CPC que podem ser
utilizados:

1. **Suspensão do Processo Cível**: O tribunal discutiu a possibilidade de suspender a ação


reparatória de danos morais até a resolução definitiva do processo criminal, caso haja
prejudicialidade entre as demandas. Para fundamentar essa decisão, o grupo pode se basear
no **Artigo 313 do CPC**, que aborda a suspensão do processo quando houver
prejudicialidade entre ação penal e cível.

2. **Independência das Instâncias**: O tribunal invocou o princípio da independência das


instâncias para justificar a não suspensão do processo cível. O grupo pode referenciar o
**Artigo 189 do CPC**, que trata da independência das instâncias cível e penal.

3. **Audiência de Conciliação**: Foi mencionado que a ausência de audiência de conciliação


não induz à nulidade do processo, nas hipóteses previstas no **Artigo 330, inciso I, do
CPC/1973**, especialmente quando o julgamento antecipado da lide for embasado em prova
documental robusta e suficiente.

4. **Julgamento Extra Petita**: O tribunal discutiu a falta de julgamento extra petita. Para
embasar esse ponto, o grupo pode citar o **Artigo 141 do CPC**, que determina que o juiz
não pode decidir além do que foi pedido.
5. **Imunidade Profissional Relativa do Advogado**: A decisão mencionou que a imunidade
do advogado não é absoluta e deve observar os parâmetros da legalidade e da razoabilidade.
Isso pode ser relacionado ao **Artigo 187 do CPC**, que fala sobre abuso de direito e ao
**Artigo 8 do Estatuto da OAB**, que estabelece os limites da atuação do advogado.

6. **Boa-Fé Processual**: O tribunal destacou o princípio da boa-fé processual. O grupo pode


se basear no **Artigo 5 do CPC**, que estabelece o dever de lealdade e cooperação mútua das
partes no processo.

7. **Dano Moral e Indenização**: Para a questão do valor da indenização por dano moral, o
grupo pode fazer referência ao **Artigo 944 do Código Civil**, que trata da reparação dos
danos morais e materiais.

Portais jurídicos e obras relevantes consultados podem incluir jurisprudência do STJ, doutrinas
de direito civil e processual civil de autores renomados, como Theodoro Júnior e José Carlos
Barbosa Moreira, e manuais de prática jurídica que explicam o uso desses dispositivos legais
em casos reais. É fundamental enfatizar a aplicação dos dispositivos legais ao caso específico e
como eles foram interpretados à luz das circunstâncias e das leis vigentes na época do
julgamento.

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