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AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DA

XXXXXXXX

Autos n° 0000000000000000
CONTRARRAZÕES

J-COUVE FLOR DAS CONTAS, brasileira, casada


(separada de fato), pedagoga, portadora da cédula de identidade RG
nº 0000000 SESP/PR, e inscrita no CPF/MF sob o nº 000000, e-mail:
couveflorjota2018@gmail.com, telefone 41 0000000, por si e
representando a menor impúbere, X COUVE FLOR MIRIN, brasileira,
solteira, estudante, portadora da certidão de nascimento matrícula nº
000000000000000000, inscrita no CPF/MF sob o nº 00000000, portadora RG
n° 00000000 SESP/PR, nascida aos 0000000, ambas domiciliadas no
Município de XXXXXXX, e residentes à Avenida XXXXXX, n° 0000,
Residencial XXXXXXX, casa 00000, bairro Centro, CEP XXXXXXX, por sua
advogada, com escritório na Rua XXXXX, nº 0000, Tatuquara, CEP 000000,
Curitiba, PR, e-mail: advogada.jotaxis@gmail.com, telefone 41 00000,
vêm perante esse d. Juízo, apresentar

CONTRARRAZÕES DA APELAÇÃO

com fulcro no art. 1010, § 1º do Código de Processo Civil, pelos motivos


de fato e de direito que a seguir serão expostos.
Requer, portanto, sejam estas apensadas aos
autos supra para as devidas providências, remetendo-se em seguida à
instancia superior, de acordo com art. 1010, § 3º do Código de Processo
Civil.
Outrossim, requer a secretaria retifique o
cadastro da advogada, uma vez que houve revogação da procuração
concedida a advogada da Prefeitura, consoante declaração anexa
aos autos, devendo todas as intimações e publicações serem
encaminhadas em nome da advogada subscritora, sob pena de
nulidade.

Termos em que
Pede Deferimento.

Curitiba/PR, 23 de março de 2.023.

J- COUVE FLOR

OAB/PR 9999999

CONTRARRAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO

APELANTE: XXXXXX
APELADO: YYYYYYY
Processo nº 0000000
ORIGEM: VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA XXXXXXX

Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara
Ínclitos Julgadores.

Eminente Relator,

I. Preliminar de intempestividade:

A intimação da r. decisão de não acolhimento


dos embargos declaratórios interpostos pelo apelante se deu em
19/01/2023, sendo certo que o início do prazo ocorreu em 23/01/2023, em
razão do recesso forenso, e o fim do prazo expirou em 10/02/2023. Por sua
vez, a interposição do recurso de apelação se deu em 13/02/2023, o que
se conclui, portanto, pela intempestividade do presente recurso de
apelação.

Portanto, inadmissível é o Recurso de Apelação


interposto pelo apelante, face a intempestividade devidamente
comprovada.

Assim, Eméritos Julgadores, preliminarmente, as


apeladas requerem que o recurso de apelação interposto pelo apelante
não seja conhecido por esse Egrégio Tribunal, em razão de sua
inadmissibilidade por faltar-lhe um dos requisitos essenciais a sua
admissibilidade, ou seja, tempestividade, devendo, por conseguinte, ser
certificado o trânsito em julgado da r. decisão guerreada.

II. DO MÉRITO
As razões acima arguidas em preliminar por si só
já bastam para que esse Egrégio Tribunal, com sua alta sabedoria, não
conheça o recurso de apelação interposto, entretanto, mesmo que
assim não ocorra, o que se admite apenas para argumentar, também no
mérito, o recurso de apelação interposto não merece provimento.

O apelante pede o acolhimento do Recurso de


Apelação para sobre decisão que negou acolhimento aos embargos de
declaração, os quais são manifestamente incabíveis, eis que inexiste erro
material, omissão, obscuridade ou contradição na r. sentença que julgou
extinto o processo sem resolução de mérito, com fundamento no artigo
485, inciso IV, do Código de Processo Civil.

Outrossim, como bem fundamentou o


magistrado a quo “os embargos de declaração não se prestam à
reanálise e rediscussão da causa, e nem para sanar o inconformismo da
parte com o resultado desfavorável no julgamento ou para rediscutir
questão probatória já decidida”.

Desse modo, tem-se que o apelado manejou o


recurso equivocado, posto que o que pretendia não era corrigir erro
material, omissão, obscuridade ou contradição, mas rediscutir a matéria,
interpondo os embargos declaratórios com a finalidade meramente
protelatória, com a finalidade de postergar o prazo do trânsito em
julgado e obter benefício em proveito próprio, uma vez que o pai da
menor não está descontando os alimentos em folha de pagamento, já
que trocou de emprego e sequer comunicou ao Juízo, deixando a menor
sem o necessário para o seu sustento, ficou vários meses sem depositar
quaisquer valores e posteriormente deposita valores que lhe convém sem
se importar com a real necessidade da menor, que realiza constantes
tratamentos médicos devido a alergia respiratória e alergia alimentar,
sendo necessário inclusive alimentação especial, o que aumenta os
gastos para a mãe da criança, que tem arcado com a maior parte do
sustento da menor, creche período integral, vestuário, medicamentos,
atendimento médico, lazer, entre outras necessidades.

Assim, data máxima venia, o que o apelante


deseja é postergar o trânsito em julgado da presente demanda, para
impedir o trâmite normal da demanda de número 000000000, posto que
nessa lide há decisão em tutela de urgência para determinar os
descontos em folha de pagamento da pensão alimentícia em favor da
menor, bem como a guarda provisória em favor da mãe, e a
determinação de que o pai compareça em entrevista com psicóloga
para que seja dado parecer para a regulação de visitas.

Ocorre que não é de interesse do genitor


nenhuma das 03 (três) determinações contidas na decisão de tutela de
urgência, e o mesmo pleiteia maliciosamente o presente recurso de
apelação, intempestivo, com a finalidade de que não seja certificado o
trânsito em julgado, e prejudique o julgamento do recurso de apelação
interposto naquela ação (autos de número 000000000000000000).

Assim, é nítido a má-fé do apelante, que atua


contrariamente ao superior interesse da criança, não está preocupado
com o bem-estar e necessários cuidados médicos de que ela precisa,
tampouco com o bom deslinde do feito em que se busca amparar, em
especial, os interesses da infante, mas ao contrário, o apelante tenta a
todo o custo tumultuar o processo, com interposição de embargos de
declaração e o presente recurso de apelação meramente protelatórios,
bem como tentou realizar audiência de conciliação quando o feito já
estava extinto, com a finalidade de prejudicar os interesses da menor e
da mãe, uma vez que a advogada destas não conseguia adentrar na
sala de audiências virtual, e mesmo ciente de que o feito havia sido
extinto, tentou ludibriar o conciliador para realização de audiência na
tentativa de cobrar valores que a mãe da menor não deve, a título de
suposta partilha.
Os argumentos apresentados pelo apelante
devem ser rechaçados, uma vez que houve revogação verbal da
representante legal da menor no tocante a advogada da Prefeitura,
uma vez que esteve pessoalmente no atendimento da assistência
judiciária e informou a aludida advogada de que não tinha interesse na
interposição da demanda, inclusive, informou que se mudou da cidade
de XXXXXXXXXXX, e portanto, sequer poderia fazer uso daquela
assistência do município. Ocasião em que a advogada informou que a
ação não havia sido interposta, tendo em vista os numerosos casos que
cuidava, e que portanto, não iria dar prosseguimento no caso, deixando
de colher a assinatura da assistida no tocante a desistência no
prosseguimento da interposição da ação.
Posteriormente, a advogada esqueceu do que
havia dito à assistida e protocolou a ação, sem que a parte tomasse
conhecimento disso, e, portanto, sem poderes para tanto, uma vez que
já havia sido revogado os poderes outrora concedido. Assim, devido o
não conhecimento da conduta praticada pela advogada da Prefeitura,
que já havia tido o seu mandato revogado, a parte contratou advogada
particular, que interpôs a demanda na Comarca competente para
apreciação da causa, qual seja, a Comarca da XXXXXX.
Logo que tomou conhecimento de que a
advogada da Prefeitura havia interposto ação sem o consentimento de
sua cliente, buscando atender o superior interesse da criança, a
advogada contratada atravessou petitório informando o ocorrido e
requereu a nulidade daquela ação, bem como a declaração de
incompetência do Juízo de XXXXXXXX.
A magistrada, por sua vez, não se manifestou
sobre o pedido de nulidade, porém, declinou da competência para a
Comarca competente, de modo que a própria advogada da Prefeitura
justificou o erro cometido com a informação de que atuava com mais
de 2000 processos, sendo, portanto, justificável a falha.
Nesse passo, inexiste a alegada falta de ética
profissional, uma vez que não se trata de contratação de outra
advogada na vigência de mandato outorgado, mas de um mandato
previamento revogado pela parte, que por falha da advogada da
Prefeitura de Araucária, em razão de sua atuação em mais de 2000
processos, ter atuado irregularmente, interpondo ação quando a
procuração outorgada já havia sido cancelada verbalmente e
presencialmente, conforme declarou a parte e sua testemunha,
consoante declarações em anexos.
Nesse passo, a falha da administração pública
da Prefeitura estava interferindo negativamente nos interesses da menor,
de modo que o princípio do superior interesse da criança deve ser
sopesado no presente caso, e a falha da administração não poderia ser
maior do que o interesse da infante que estava sendo colocado em risco,
consoante apontou o ilustre promotor de Justiça, e o nobre magistrado a
quo. Assim, não há o que se falar em falta de ética profissional, posto que
restou evidenciado que houve falha na prestação de serviços da
Prefeitura de XXXXXXX.

A r. sentença de primeiro grau não deve ser


reformada, anulada, ou inexiste qualquer erro material, omissão,
obscuridade ou contradição a serem aclarados, mas ao contrário, ela é
clara e cristalina e expôs corretamente os fundamentos de fato e de
direito do convencimento do magistrado, apontando, inclusive julgado
do Superior Tribunal de Justiça, consoante se destaca, in verbis:

XXXXXXXXXXXXXXXXX COPIAR A DECISÃO JUDICIAL (A


SEGUIR O JULGADO QUE CONSTOU NA DECISÃO
JUDICIAL).

QUESTÃO DE ORDEM. PROCESSUAL PENAL. PETIÇÃO NO


AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DECISÕES PROFERIDAS
NESTA CORTE SUPERIOR. INTIMAÇÃO PUBLICADA EM NOME
DE ADVOGADA QUE SUBSTABELECERA SEM RESERVA DE
PODERES. NULIDADE ABSOLUTA CONFIGURADA.
ADVOGADA QUE MESMO NÃO TENDO MAIS PODERES DE
REPRESENTAÇÃO INTERPÔS AGRAVOS REGIMENTAIS.
RECURSOS INEXISTENTES. SÚMULA N. 115 DO STJ.
PRESERVAÇÃO DA DECISÃO NA PARTE FAVORÁVEL À
DEFESA. VEDAÇÃO À REFORMATIO IN PEJUS. PEDIDO
PARCIALMENTE ACOLHIDO.
1. É pacífico o entendimento desta Corte Superior no
sentido de ser nula a intimação feita equivocadamente
em nome do advogado que não possui mandato para
atuar no feito, em razão de anterior substabelecimento
sem reserva de poderes.
2. São nulas, em relação à Defesa, as intimações de todas
as decisões, monocráticas e Colegiada, proferidas no
presente feito, nesta Corte Superior, pois publicadas em
nome da advogada que, ainda no Tribunal de origem,
substabelecera sem reserva de poderes.
3. Situação concreta em que a advogada que
substabelecera sem reserva de poderes, ao ser
equivocadamente intimada, mesmo não mais tendo
poderes para atuar no feito, interpôs agravos regimentais
contra as decisões monocráticas proferidas no Superior
Tribunal de Justiça. Contudo, os recursos subscritos pela
advogada que não mais possuía mandato são
juridicamente inexistentes, nos termos da Súmula n. 115 do
Superior Tribunal de Justiça.
4. Se o primeiro agravo regimental defensivo interposto
pela advogada, mesmo sem procuração, foi provido,
deve ser preservada a decisão que acolheu a referida
insurgência interna, sob pena de haver indevida
reformatio in pejus, pois a anulação desse decisum
revigoraria a decisão da Presidência que fora
desfavorável à Defesa. Assim, a nulidade deve ser
declarada a partir da intimação por decisão de minha
lavra que, não obstante tenha provido o agravo
regimental, não conheceu do agravo em recurso especial
defensivo por fundamento diverso.
5. Pedido de declaração de nulidade acolhido, em menor
extensão, para tornar sem efeito a certificação do trânsito
em julgado (fl. 1695) e anular o feito desde a intimação da
decisão que deu provimento ao agravo regimental,
porém não conheceu do agravo em recurso especial (fls.
1656-1660), disponibilizada em 19/08/2021 e considerada
publicada em 19/08/2021 (fl. 1661), determinando que
sejam quanto ao referido decisum, tão-somente em
relação à Defesa. (PET no AREsp 1902776/SP, Rel. Ministra
LAURITA VAZ, SEXTA TURMA, julgado em 15/02/2022, DJe
25/02/2022)

(FINAL DA DECISÃO JUDICIAL)


Tenho que falhas administrativas de representação
processual não podem se sobressair ao princípio do melhor
interesse da criança, o que tem sido prejudicado ante o
vício da representação processual, conforme salientado
pelo representante do órgão ministerial no mov. 105.1.
3. Diante do exposto, com fundamento no artigo 485, IV,
do CPC, julgo extinto o processo sem resolução de mérito.

Ademais, o magistrado não é obrigado a


pontuar em sua decisão todos os itens deseja a parte apelante, quando
a conclusão da sua fundamentação deixa clara os motivos que o
levaram ao seu convencimento, inclusive analisando o contexto
probatório.

Desse modo, observa-se que os embargos


declaratórios são incabíveis, eis que a r. sentença é clara e bem
fundamentada e atendeu ao princípio do superior interesse da criança,
inexistindo motivos justificadores para o conhecimento e provimento do
presente recurso de apelação, razão pela qual pugna pelo não
conhecimento e não provimento do recurso de apelação interposto pelo
genitor da criança.
Outrossim, requer a condenação do apelante
em custas e honorários de sucumbência, nos precisos termos do artigo
98, § 2°, do Código de Processo Civil.

Nestes termos, pede e espera deferimento.

Curitiba/PR, 23 de março de 2.023.

J-COUVE FLOR
OAB/PR 99999999

P.S. O RECURSO DO APELANTE NÃO FOI PROVIDO.


EU HAVIA CONSEGUIDO O RECONHECIMENTO DA NULIDADE POR FALTA DE
PODERES DA ADVOGADA PARA ATUAR NO FEITO. A CLIENTE HAVIA
DESTITUÍDO OS PODERES DA ADVOGADA DA ASSISTENCIA JURÍDICA DO
MUNICÍPIO (TIPO DEFENSORIA PÚBLICA), E ELA SE ESQUECEU E
PROTOCOLIZOU A DEMANDA, E POSTERIORMENTE, NÓS PROTOCOLIZAMOS
SEM SABER QUE A ADVOGADA DA ASSISTENCIA JURIDICA HAVIA
PROTOCOLIZADO ANTERIORMENTE E O JUIZ JULGOU A NOSSA AÇÃO
COMO LITISPENDENTE E EXTINGUIU POR SER A SEGUNDA A SER
PROTOCOLIZADA. ENTÃO, EU SOLICITEI A NULIDADE DA PRIMEIRA AÇÃO,
TENDO EM VISTA QUE A ADVOGADA JÁ NÃO TINHA PODERES PARA
PROTOLOCOLIZAR A DEMANDA EM NOME DA PARTE, E O JUIZ EXTINGUIU
AQUELE FEITO TAMBÉM, O QUE O REQUERIDO APELOU PORQUE A AÇÃO DA
ASSISTENCIA JURÍDICA ERA FALHA EM RELAÇÃO A NOSSA AÇÃO, PORÉM
NÃO ATENDIA AOS INTERESSES DA MENOR. POR ISSO, O TRIBUNAL NÃO
RECONHECEU O RECURSO. E NA AÇÃO QUE HAVIA SIDO EXTINTA PELA
LITISPENDENCIA NÓS RECORREMOS E FOI ANULADA A SENTENÇA, E O
PROCESSO DEU SEGUIMENTO COM A NOSSA AÇÃO. MAS O REQUERIDO
FICOU REALIZANDO INÚMEROS RECURSOS E EMBARGOS APENAS PARA
IMPEDIR O PROSSEGUIMENTO DO FEITO E OS DESCONTOS EM FOLHA DE
PAGAMENTO. TENHO OUTROS MODELOS DESSE CASO, IREI POSTÁ-LOS.

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