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MARLI, nacionalidade, estado civil, portadora do RG n.º XXXX, inscrita no CPF/MF sob o
n.º XXX, residente e domiciliada na Rua XX, Bairro XXX, Cidade, Estado, CEP XXXX,
inconformada com a sentença proferida no MANDADO DE SEGURANÇA, de número em
epígrafe, proposta em face da UNIÃO FEDERAL, pessoa jurídica de direito público, inscrita
CNPJ n.º XXX, com sede na Rua X, n.º X, Bairro XXX, Cidade X, XX, CEP XXX, telefone
(XX) XXXX-XXXX, por sua advogada signatária, a Bela. Alexia Lélis Castro, inscrita na
OAB/BA sob o n.º XX.XXXX, com escritório profissional na Rua XXX, n.º XX, Bairro XX,
Cidade, Estado, onde recebe as comunicações e os avisos forenses, constituída na forma do
incluso mandato, vem, com fulcro no art. 1.009 do Código de Processo Civil, à presença de
Vossa Excelência, interpor RECURSO DE APELAÇÃO cujas razões e guia comprobatória
de preparo seguem acostadas.
Por oportuno, requer a intimação da União Federal, nos termos do §1 do art. 1010 do CPC, para
apresentar suas contrarrazões e, após tal formalidade, sejam os autos remetidos ao Tribunal de
Justiça do Estado X/ Tribunal Regional Federal da X Região.
Nesses termos,
Pede deferimento.
OAB XX.XXX
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO XX/ TRIBUNAL REGIONAL
FEDERAL DA X REGIÃO.
Ref.:
Apelante: Marli
Apelada: União Federal
Processo n.º: XXXX
No início do ano de 2021 a Apelante cursava o último semestre do curso de Direito. Entretanto,
já com planos futuros após sua faculdade, resolveu se inscrever no concurso público para
Auditor Fiscal da Receita Federal.
Como resultado, no mês de agosto do corrente ano, uma semana antes da sua formatura na
faculdade, a Apelante foi aprovada em primeiro lugar no concurso, mediante publicação no
Diário Oficial da União.
Sendo assim, após contato com os responsáveis pelo concurso, foi informada que seria nomeada
em dezembro daquele ano. Contudo, a Apelante estava com uma viagem marcada para Portugal,
local onde foi para celebrar a conclusão do seu curso. Por essa razão, outorgou procuração
específica para que sua mãe assinasse o termo de posse.
Ocorre que ao comparecer dentro dos prazos legais ao órgão público para tomar posse em nome
de sua filha, a mãe da Apelante foi impedida pela autoridade da Receita Federal, sob o pretexto
de não ser possível o provimento do cargo ocorrer através de procuração. Além disso, a
autoridade destacou o não cumprimento, por parte da Apelante, de um dos requisitos para
investidura no cargo, qual seja, o diploma de nível superior, uma vez que tanto na data da sua
inscrição quanto na homologação do resultado final ela ainda não havia colado grau.
Ao tomar ciência do fato, a Apelante interrompeu sua viagem e retornou de imediato ao Brasil
e 10 (dez) dias depois da negativa de posse pela autoridade da Receita Federal, impetrou
mandado de segurança, com objetivo de anular o ato que denegou a posse, a fim de garanti-la,
mediante a apresentação dos argumentos jurídicos pertinentes.
Dessa forma, com o devido processamento do mandado de segurança e com a prestação de
informações da autoridade coatora, o juízo de primeiro grau, a saber, a 1ª Vara Federal da
Capital, denegou a ordem e ratificou a justificativa dada pela autoridade da Receita Federal.
2- DO CABIMENTO DO RECURSO
Inicialmente, cumpre destacar que o recurso preenche todos os pressupostos para sua
admissibilidade.
No presente caso, o magistrado prolatou sentença, nos termos dos arts. 487 e 203, §1º, do CPC,
e, portanto, tem cabimento o recurso de apelação, como previsto nos arts. 994, I, e 1.009 do
mesmo Código.
Além disso, o recurso está sendo interposto pela Autora, parte no processo e legítima para o
apelo, como prevê o art. 996 do CPC.
O recurso é tempestivo, pois está sendo apresentado no prazo de 15 dias, como estabelecem o
art. 1.003, “caput” e §5º, do Código de Processo Civil.
O recurso também está sendo acompanhado da guia do preparo, inclusive as partes, como
determina o art. 1.007 do CPC.
3- DO MÉRITO
A sentença prolatada impediu a Apelante de tomar posse no concurso público de Auditor Fiscal,
com base em duas justificativas, sendo essas:
Ademais, a Súmula n.º 266 do STJ salienta que “o diploma ou habilitação legal para o exercício
do cargo deve ser exigido na posse e não na inscrição para o concurso público”. Sabe-se,
portanto, que no momento da posse a Apelante já estava com o seu diploma.
Dessa forma, a sentença merece ser reformada pelas razões de fato e de Direito apresentadas.
4- DO PEDIDO DE REFORMA
Isto posto, requer a esse Egrégio Tribunal seja o recurso CONHECIDO e PROVIDO para
reformar a sentença recorrida, no sentido de que se admita a Apelante à posse no concurso em
que esta foi aprovada.
Requer, ainda, PROCEDÊNCIA do pedido da medida de segurança, para que seja determinada
a anulação do ato administrativo que negou a posse e, por consequência, garantir seu direito à
posse no cargo público.
Nesses termos,
Pede deferimento.
OAB XX.XXX