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Introdução ......................................................................................................................... 4
1. Objectivos.................................................................................................................. 4
Conclusão ....................................................................................................................... 12
Legislação ....................................................................................................................... 13
Doutrina .......................................................................................................................... 14
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Introdução
1. Objectivos
O presente trabalho tem como objectivo geral estudar a Recursos em Processo Penal.
2.1. Noção
3. Recursos Ordinários
O recurso visa alterar uma decisão sobre a qual se não concorda, ainda que
exclusivamente no interesse do arguido.3 A justiça penal visa a descoberta da verdade
material.
O Ministério Público de acordo com o artº 2º do seu Estatuto e a CRPM está sujeito a
critérios de legalidade (deve cumprir e fazer cumprir a lei), objectividade (deve olhar a
realidade judiciária sem “paixões, crenças ou ideologias”) e isenção (não deve tomar
partido e o seu partido deve ser a Justiça).
Assim deve recorrer sempre que entenda que não foi realizada justiça por violação de
normas processuais ou substantivas ou deficiente análise da realidade da vida que
constitui o objecto daquele processo. Compreende-se, pois, que o Ministério Público
não tenha o estatuto de “parte”, mas de fiscal da legalidade e promotor da justiça. Daí
que, em determinadas situações tenha obrigatoriamente que recorrer.
1
Eiras, Henriques. (2004). Processo penal elementar. (5a. Edição). Sociedade Editora. Lisboa. Pág.42.
2
Idem. 165-166.
3
Justiça criminal em Moçambique-notas essenciais. (2017). Centro de Estudo, jurisdição penal. Pág. 2
6
Como é de sua natureza e função processual, o recurso não pode ter como objecto a
decisão de questões novas, constituindo apenas um remédio processual que permite a
reapreciação, em outra instância, de decisões expressas sobre matérias e questões já
submetidas e objecto de decisão do tribunal de que se recorre. Em fórmula impressiva,
no recurso não se decide, em rigor, uma causa, mas apenas questões específicas e
delimitadas que tenham já sido objecto de decisão anterior pelo tribunal recorrido e que
um interessado pretende ver reapreciadas.
Nos termos do art. 453º do CPP, só pode recorrer quem tiver interesse em agir,
nomeadamente:
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Art.456 do CPP
1. É admissível a limitação do recurso a uma parte da decisão quando a parte recorrida puder ser separada
da parte não recorrida, por forma a tornar possível uma apreciação e uma decisão autónomas.
2. Para efeito do disposto no número 1, é nomeadamente autónoma a parte da decisão que se referir:
a) A matéria penal, relativamente àquela que se referir a matéria civil;
b) Em caso de concurso de crimes, a cada um dos crimes;
c) Em caso de unidade criminosa, à questão da culpabilidade, relativamente àquela que se referir à
questão da determinação da sanção;
d) Dentro da questão da determinação da sanção, a cada uma das penas ou medidas de segurança. 3. A
limitação do recurso a uma parte da decisão não prejudica o dever de retirar da procedência daquele as
consequências legalmente impostas relativamente a toda a decisão recorrida.
5
4 Miguel, João Manuel da Silva, GUERRA, Paulo Alexandre Pereira. (2017). Justiça criminal em
Moçambique -notas essenciais. Centro de estudo judiciário, jurisdição penal, Julho. Pág. 229
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Se foi interposto recurso da 1a instância para relação com o fim de resolver divergência
sobre questão interlocutória, resolvida esta o processo a baixo à 1a instância e prossegue
a sua tramitação. Do acórdão daquela não há recurso, a decisão não é recorrível para o
Supremo Tribunal de Justiça.
Se for aplicável pena superior a oito anos de prisão há uma 2a via do recurso. Há
também 2a via de recurso dos acórdãos condenatórios que apliquem pena compreendida
entre cinco a oito anos de prisão, se não confirmarem a decisão da 1a instância.
O recurso pode abranger toda a decisão ou parte dela se o recorrente não limitar objecto,
o recurso abrange a totalidade da decisão. Para que o recorrente possa limitar o objecto
é necessário que a aparte recorrida separável da parte não recorrida de modo que seja
possível uma apreciação e uma decisão automática7.
6
Eiras, Henriques. (2004). Processo penal elementar. (5a Edição). Sociedade Editora. Lisboa. Pág. 166.
7
Eiras, Henriques. (2004). Processo penal elementar. (5a Edição). Sociedade Editora. Lisboa. Pág. 166.
8
8
Art. 465º do CPP
1. Sempre que a lei não restringir a cognição do tribunal ou os respectivos poderes, o recurso pode ter
como fundamento quaisquer questões de que pudesse conhecer a decisão recorrida.
2. Mesmo nos casos em que a lei restrinja a cognição do tribunal de recurso à matéria de direito, o recurso
pode ter como fundamentos, desde que o vício resulte do texto da decisão recorrida, por si só ou
conjugada com as regras da experiência comum:
a) a insuficiência para a decisão da matéria de facto provada;
b) a contradição insanável da fundamentação ou entre a fundamentação e a decisão;
c) erro notório na apreciação da prova. 3. O recurso pode ainda ter como fundamento, mesmo que a lei
restrinja a cognição do tribunal de recurso a matéria de direito, a inobservância de requisito cominado sob
pena de nulidade que não deva considerar-se sanada.
9
Pinto, António Augodto tolda. Novo código processual penal. (2 Edição). Editora rei dos livros. Lisboa.
Pág. 503.
10
Eiras, Henriques. (2004). Processo penal elementar. (5a Edição). Sociedade Editora. Lisboa. Pág. 172-
173.
9
Se responderem diversos réus e for interposto recurso da decisão final, ainda que
relativamente a alguns deles, o tribunal de recurso conhecera da causa em relação a
todos. Os não recorrentes não serão, em caso algum, condenados em imposto de justiça.
O mesmo se observará nos recursos interpostos dos despachos de pronúncia ou
equivalente. Se houver diversos recursos interpostos de despachos de pronúncia, não
pronúncia e não forem julgados conjuntamente, o tribunal que conhecer dos recursos
posterior julgá-los-á livremente, quaisquer que sejam as decisões anteriores. Se, porem,
as decisões forem inconciliáveis, o M.P, a aparte acusadora e quaisquer e qualquer dos
réus poderão recorrer para o Supremo Tribunal de Justiça, que decidirá em tribunal
pleno, independentemente de vistos, e quanto a todos os réus.
11
Barreiros, José António. Processo penal-1. Editora Almedina Coimbra. Pág. 415.
12
Art. 463º, no seu todo, do CPP.
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6. Resposta ao recurso
7. Recursos Extraordinários
a) A fixação de jurisprudência;
b) A revisão; e
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Miguel, João Manuel da Silva, GUERRA, Paulo Alexandre Pereira. (2017). Justiça criminal em
Moçambique -notas essenciais. Centro de estudo judiciário, jurisdição penal. Pág. 237.
14
Miguel, João Manuel da Silva, GUERRA, Paulo Alexandre Pereira. (2017). Justiça criminal em
Moçambique -notas essenciais. Centro de estudo judiciário, jurisdição penal. Pág. 242.
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Exemplo: nos termos do artº 127 do CP um Tribunal decretou que a pena atendível para
efeitos de aplicação deste artigo é a pena concretamente aplicada e outro Tribunal
declarou que o critério atendível é a pena abstracta.
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Idem.
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Miguel, João Manuel da Silva, GUERRA, Paulo Alexandre Pereira. (2017). Justiça criminal em
Moçambique -notas essenciais. Centro de estudo judiciário, jurisdição penal. Pág. 242.
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homicídio doloso por envenenamento vem a descobrir que quem pôs o veneno no copo
que deu a beber ao morto foi “C”, facto que se desconhecia ao tempo do julgamento;
e) Quando, por exame médico forense feito em qualquer réu que esteja
cumprindo pena e, por quaisquer diligências necessárias, se mostrar que a sua falta de
integridade mental poderia ter determinado a sua inimputabilidade e a sua
irresponsabilidade pelo crime ou infracção em que foi condenado.
Conclusão
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Eiras, Henriques. (2004). Processo penal elementar. (5a Edição). Sociedade Editora. Lisboa. Pág. 100.
18
Fundamento do Processo Penal. Pag.1.
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Referências Bibliográficas
Legislação
Doutrina
Barreiros, José António. Processo penal-1. Editora Almedina Coimbra. Pág. 415.
Eiras, Henriques. (2004). Processo penal elementar. (5a Edição). Sociedade Editora.
Lisboa. Pág. 172-173.
Germano Marques Da Silva. Curso de Processo Penal, III. (2.ª Edição). pág. 351.
Miguel, João Manuel da Silva, GUERRA, Paulo Alexandre Pereira. (2017). Justiça
criminal em Moçambique -notas essenciais. Centro de estudo judiciário, jurisdição
penal. Pág. 237.