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QUESTIONÁRIO DE FIXAÇÃO:
TEORIA DAS DECISÕES JUDICIAIS, DOS VÍCIOS E COISA JULGADA
8. Como devem ser alegadas as nulidades absolutas? Em que tempo? Até quando podem
produzir efeito? Quem deu causa pode vir a alegar nulidade absoluta, beneficiando-se
de sua própria torpeza? Como se dá a convalidação dos atos ou decisões absolutamente
nulos? Somente com o decurso do prazo da ação rescisória ou também se atingir a sua
finalidade e não causar prejuízo? O prejuízo não seria presumido nos casos de nulidade
absoluta? Dê exemplos de aplicação do princípio do aproveitamento e da
instrumentalidade das formas em matéria de nulidades absolutas? Uma sentença
absolutamente nula é eficaz?
9. “A” ajuíza ação contra o Município de Natal pedindo a condenação do réu a cumprir
obrigação de fazer decorrente do disposto expressamente em uma lei municipal. Em sua
contestação, o réu pede a improcedência do pedido com base na alegação de
inconstitucionalidade da lei municipal. Na sentença, o juiz reconhece a
constitucionalidade da lei e determina o cumprimento da obrigação. A sentença transita
em julgado. Pergunta-se: a) é possível, atualmente, a questão prejudicial de mérito
controvertida fazer coisa julgada? Para tanto, é preciso satisfazer quais requisitos?; b)
no caso concreto, a questão prejudicial fez coisa julgada? Poderia ser rediscutida a
questão da constitucionalidade da lei em outro processo entre as partes?
10. Analise a seguinte situação concreta: sujeitos de um contrato garantido por fiança
litigam sobre se o contrato foi ou não inteiramente cumprido, sem que do processo
participe o fiador. O réu contesta e pede a improcedência em razão da invalidade do
contrato (questão prejudicial), além de, em face do princípio da eventualidade, alegar o
inteiro cumprimento do contrato. Foram produzidas provas sobre o mérito e a questão
prejudicial. Na sentença, o juiz, na fundamentação, reconhece a validade do contrato e,
na parte dispositiva, julga improcedente o pedido, pois o contrato foi inteiramente
cumprido. Pergunta-se: a) a questão prejudicial (validade do contrato), decidida na
fundamentação, faz coisa julgada à luz do art. 503, §1°, do CPC/2015? A coisa julgada
formada no capítulo da sentença que reconheceu o cumprimento integral do contrato
poderá ser, em outro processo, invocada pelo fiador, em seu benefício, sem ter
participado do primeiro processo, diante do fato de que extinta a obrigação principal,
extingue-se também a fiança, à luz do art. 5061 do CPC/2015?
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Art. 506. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros. (Grifos
acrescentados).