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JUSTIÇA FEDERAL DE PORTO ALEGRE CONCEDE DIREITO A MILITAR NA RESERVA A MAIS DE CINCO ANOS A

CONVERTER EM PECÚNIA PERÍODO DE LESP NÃO UTILIZADO MESMO DE FORMA PROPORCIONAL.

ADVOGADO: ANTONIO LOPES OAB/RS 110.566


51 – 981803440 (WATTS)

JUSTIÇA FEDERAL
Seção Judiciária do Rio Grande do Sul
6ª Vara Federal de Porto Alegre
PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL Nº 5051412-72.2020.4.04.7100/RS
AUTOR: HAMILTON PINTO CASENOTE
RÉU: UNIÃO - ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO

SENTENÇA

Trata-se de ação de procedimento comum ajuizada por HAMILTON PINTO CASENOTE em face da UNIÃO -
ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO, por meio da qual o autor, militar, busca o reconhecimento do direito à conversão em
pecúnia de licença especial não usufruída, computada para fins de inatividade.

(...)

A União Federal contesta (evento 9). Argui a ocorrência de prescrição, visto que já transcorridos 05 anos
da transferência para a reserva remunerada do militar, ocorrida no ano de 2013. Requer a improcedência do feito.

Sobreveio réplica (evento 13).

Os autos vieram conclusos para sentença.

É o relatório.

Decido.

II - Fundamentação

Prejudicial de mérito

Prescrição

(...)

Contudo, se a Administração Pública procede ao reconhecimento de um direito ao servidor quando já transcorrido o


prazo de prescrição quinquenal, a jurisprudência deste Tribunal Regional entende que resta configurada a hipótese
de renúncia à prescrição do fundo de direito, cujos efeitos retroagem à data do surgimento do direito e a há início de
novo curso do prazo prescricional em sua integralidade, nos termos do art 191 do Código Civil, in verbis:

Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro,
depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis
com a prescrição.

Como visto, a renúncia à prescrição ocorre apenas quando já fluiu todo o prazo prescricional, havendo o início de
novo curso pela totalidade do prazo, ao contrário da interrupção, que se opera quando o prazo ainda está em curso e
a retomada se dá por metade, na forma do art. 9º do Decreto n. 20.910/32.
No que se refere aos militares, em 24/05/2018 foi editada a Portaria Normativa nº 31/GM-MD, por meio da qual a
Administração Pública reconheceu a possibilidade de conversão em pecúnia de licença especial não usufruída, nem
computada para fins de inatividade, inclusive nos casos em que o militar das Forças Armadas tenha auferido
vantagens financeiras decorrentes da permanência em atividade (percepção de adicionais por tempo de serviço e
de permanência), hipótese em que devem ser abatidos e compensados tais valores, desde a origem, com o
montante total a ser indenizado. (Grifei)

A superveniência da Portaria Normativa nº 31/GM-MD, em 24/05/2018, reconhecendo aos militares das Forças
Armadas a possibilidade de conversão em pecúnia de licença especial não usufruída, nem computada para fins de
inatividade, consubstancia renúncia à prescrição do fundo de direito, incidindo, na hipótese, a prescrição
quinquenal das parcelas, contada retroativamente à data do do ajuizamento da ação. (Grifei)

Dessa forma, considerando que a renúncia à prescrição retroage à data do surgimento do direito, ou seja, à data da
inativação, não há falar em prescrição de fundo de direito, provido o recurso no ponto."

Assim, é de ser afastada a prescrição da ação.

Mérito

Trata-se de ação por meio da qual o autor, militar, busca a conversão em pecúnia de licença especial não usufruída,
nem computada para fins de inatividade.

Inicialmente, acerca do tema, faz-se necessário esclarecer a situação das demandas ajuizadas no âmbito da Justiça
Federal da 4ª Região.

A Turma Nacional de Uniformização, em incidente de uniformização interposto nos autos do Recurso Cível nº
5007902-42.2016.4.04.7102/RS, firmou a seguinte tese:

"é possível a conversão em pecúnia de licença especial não gozada pelo militar e nem computada em dobro para fins
de transferência para a inatividade remunerada, mas que fora utilizada para majoração do percentual de adicional
de permanência, mediante a exclusão da respectiva licença especial da base de cálculo dessa vantagem bem como a
devida compensação dos valores já recebidos a esse título, não havendo necessidade de pedido expresso do
demandante da aludida compensação".

Todavia, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região admitiu o Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas nº
5011693-48.2017.4.04.0000 e determinou a suspensão de todas as ações acerca do tema na Justiça Federal da 4ª
Região em decisão datada de 03.08.2017.

A tese jurídica a ser apreciada no IRDR (Tema 13) foi assim sintetizada:

Possibilidade de conversão em pecúnia de licença especial de militar não usufruída nem computada para fins de
inatividade.

Assim sendo, foi determinado, em cada processo em trâmite, o sobrestamento até julgamento final do Incidente de
Resolução de Demandas Repetitivas nº 5011693-48.2017.4.04.0000 (IRDR TEMA 13) admitido (processo SEI
0009268-92.2017.404.8000).

Pois bem.

Em julgamento havido no dia 22/10/18, cuja ementa a seguir transcrevo, deu-se o julgamento final do referido
Incidente.

Cito:
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS. MILITAR. LICENÇA
ESPECIAL NÃO USUFRUÍDA NEM COMPUTADA PARA FINS DE INATIVAÇÃO. CONVERSÃO EM PECÚNIA.
POSSIBILIDADE. PORTARIA NORMATIVA N.º 31/GM-MD, DE 24 DE MAIO DE 2018. PERDA SUPERVENIENTE DE
OBJETO.

A edição superveniente da Portaria Normativa n.º 31/GM-MD, de 24 de maio de 2018 - por meio da qual a
Administração Pública reconheceu a possibilidade de conversão em pecúnia de licença especial não usufruída, nem
computada para fins de inatividade, inclusive nos casos em que o militar das Forças Armadas tenha auferido
vantagens financeiras decorrentes da permanência em atividade (percepção de adicionais por tempo de serviço e de
permanência), hipótese em que devem ser abatidos e compensados tais valores, desde a origem, com o montante
total a ser indenizado -, acarretou a perda de objeto do incidente de de resolução de demandas repetitivas, uma vez
que (1) o pedido formulado pelo suscitante é a consolidação do entendimento sobre o tema, firmado pelos tribunais,
notadamente o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, (2) a finalidade do incidente de uniformizar a jurisprudência,
fixando tese jurídica sobre questão exclusivamente de direito até então controvertida, (3) o reconhecimento pela
Administração da possibilidade de conversão em pecúnia de licença especial não usufruída, nem computada para fins
de inatividade, nos moldes em que é assegurada nos precedentes jurisprudenciais mencionados, e (4) não remanesce
controvérsia jurídica hábil a justificar o pronunciamento - em caráter abstrato - desta Corte no incidente, porquanto
a própria União aderiu à diretriz que seria consolidada, afastado o risco de ofensa à isonomia ou à segurança jurídica
(artigo 976 do CPC). Eventuais questões envolvendo a efetiva aplicação da Portaria Normativa a casos concretos já
judicializados deverão ser resolvidas em cada demanda individual, não havendo razão para fixação de uma
orientação jurídica em tese.

“ (...)

ADMINISTRATIVO. MILITAR. LICENÇA ESPECIAL NÃO GOZADA. CONVERSÃO EM PECÚNIA. POSSIBILIDADE. Possível a
conversão em pecúnia da licença especial não gozada e não contada em dobro para fins de inativação, sob pena de
enriquecimento sem causa por parte da Administração Pública. (TRF4, APELAÇÃO CÍVEL Nº 5035888-
11.2015.404.7100, 4ª TURMA, Des. Federal LUÍS ALBERTO D AZEVEDO AURVALLE, POR UNANIMIDADE, JUNTADO
AOS AUTOS EM 05/05/2016)

Nessa perspectiva, o militar faria jus à conversão de licença especial não gozada em pecúnia, o que afastaria a
possibilidade de manter o seu cômputo em dobro e, consequentemente, as vantagens daí decorrentes (tempo de
serviço e permanência). Com efeito, o respectivo período restaria excluído do cálculo de tais vantagens, com
a compensação das importâncias já recebidas a esse título, sob pena de locupletamento ilícito, tudo a ser apurado
em liquidação de sentença. Assim, os valores recebidos em decorrência do cômputo dobrado eram devidamente
compensados desde o início da percepção indevida, ainda que em momento anterior à passagem do militar para a
inatividade.

Ocorre que, após a instauração do incidente, foi publicada, no Diário Oficial da União, a Portaria Normativa n.º
31/GM-MD, de 24 de maio de 2018, por meio da qual a Administração Pública reconheceu a possibilidade de
conversão em pecúnia da LE não usufruída nem computada para fins de inatividade, inclusive nos casos em que
o militar das Forças Armadas tenha auferido vantagens financeiras decorrentes da permanência em atividade
(percepção de adicionais por tempo de serviço e de permanência), hipótese em que devem ser abatidos e
compensados tais valores, desde a origem, com o montante total a ser indenizado (evento 29, PORT3).

Essa orientação administrativa afeiçoa-se à diretriz jurisprudencial observada por esta Corte e pelo e. Superior
Tribunal de Justiça, como denotam, inclusive, os precedentes paradigmas citados pelo próprio suscitante na inicial
deste incidente: TRF4, 4ª Turma, AC 5001008-93.2016.404.7120, Relator CANDIDO ALFREDO SILVA LEAL JUNIOR,
juntado aos autos em 10/03/2017, e TRF4, 4ª Turma, AC 5003516-91.2015.404.7105, Relator SÉRGIO RENATO
TEJADA GARCIA, juntado aos autos em 06/02/2017).

Cite-se ainda:
Passo, pois, à análise da hipótese dos autos.

O art. 68 da Lei nº. 6.880/80 assegurava a licença especial aos militares, consistente na autorização para
afastamento do serviço por seis meses a cada decênio de tempo de serviço:

Art. 68. Licença especial é a autorização para o afastamento total do serviço, relativa a cada decênio de tempo de
efetivo serviço prestado, concedida ao militar que a requeira, sem que implique em qualquer restrição para a sua
carreira.

§ 1º A licença especial tem a duração de 6 (seis) meses, a ser gozada de uma só vez; quando solicitado pelo
interessado e julgado conveniente pela autoridade competente, poderá ser parcelada em 2 (dois) ou 3 (três) meses.

§ 2º O período de licença especial não interrompe a contagem de tempo de efetivo serviço.

§ 3° Os períodos de licença especial não-gozados pelo militar são computados em dobro para fins exclusivos de
contagem de tempo para a passagem à inatividade e, nesta situação, para todos os efeitos legais.

(...)

Com o advento da Medida Provisória n°. 2.131/2000, restou revogado o referido dispositivo legal, estabelecendo o
seguinte:

Art. 33. Os períodos de licença especial, adquiridos até 29 de dezembro de 2000, poderão ser usufruídos ou contados
em dobro para efeito de inatividade, e nessa situação para todos os efeitos legais, ou convertidos em pecúnia no caso
de falecimento do militar.

Com a edição da Portaria do Comando de Exército nº. 348 de 2001, foi assim regulamentado o referido dispositivo
legal:

O COMANDANTE DO EXÉRCITO, no uso da competência que lhe confere o art. 30, inciso VI, da Estrutura Regimental
do Ministério da Defesa, aprovada pelo Decreto nº 3.466, de 17 de maio de 2000, e de acordo com o que propõem o
Departamento-Geral do Pessoal e a Secretaria de Economia e Finanças, resolve:

Art. 1º Estabelecer que a opção de que trata o art. 33 da Medida Provisória nº 2.188-7/2001, relativa aos períodos de
Licença Especial adquiridos e não gozados até 29 de dezembro de 2000, deverá ser expressa pelos militares em
serviço ativo, por meio da apresentação do Termo de Opção, conforme modelo anexo à presente Portaria.

§ 1º O Termo de Opção de que trata o caput deste artigo tem por finalidade permitir que os militares da ativa
manifestem sua opção pela conversão dos períodos de Licença Especial adquiridos e não gozados até 29 de dezembro
de 2000 em pecúnia, por ocasião do seu falecimento, e, alternativamente, pelo seu gozo, ou caso não venham a ser
gozados, pela sua contagem em dobro na passagem à inatividade remunerada, e nessa situação para todos os
efeitos legais.

No caso dos autos, a concessão da aposentadoria integral deu-se em razão do tempo de serviço prestado, não tendo
o autor se utilizado do período de licença especial adquirido para fins de majoração do adicional de tempo de serviço
e adicional de permanência.

Mesmo que assim não fosse, destaque-se que o Superior Tribunal de Justiça recentemente firmou entendimento no
sentido de que a majoração do percentual do adicional por tempo de serviço não afasta o direito do militar em
converter em pecúnia a licença especial não gozada, sob pena de enriquecimento ilícito da Administração:

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC/73. INEXISTÊNCIA. DEVIDO


ENFRENTAMENTO DAS QUESTÕES RECURSAIS. SÚMULA 568/STJ. CONVERSÃO EM PECÚNIA DE LICENÇA-
PRÊMIO NÃO USUFRUÍDA E NÃO CONTADA EM DOBRO. POSSIBILIDADE. ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO.
EXCLUSÃO DO PERÍODO DE CONVERSÃO E COMPENSAÇÃO DOS VALORES RECEBIDOS.

1. Inexiste violação do art. 535 do CPC/73 quando a prestação jurisdicional é dada na medida da pretensão deduzida,
com enfrentamento e resolução das questões abordadas no recurso.

2. Nos termos da jurisprudência pacífica do STJ, é devida ao servidor público aposentado a conversão em pecúnia
da licença-prêmio não gozada, ou não contada em dobro para aposentadoria, sob pena de enriquecimento ilícito da
Administração.

3. No caso dos autos, consignou o Tribunal de origem de que a contagem em dobro do tempo de serviço dos períodos
de licença-especial não gozados pelo autor, a despeito de aumentar o percentual concedido a título de adicional de
tempo de serviço na forma do art. 30 da MP 2.215-10/2001, não exclui o direito à conversão em pecúnia da licença-
especial. Isso porque os dois períodos de licença-prêmio a que o autor fazia jus não influenciaram o tempo de serviço
necessário à jubilação, já que mesmo sem a conversão já teria tempo suficiente para passar à inatividade.

4. Nesse contexto, não há que falar em concessão de dois benefícios ao autor pela mesma licença especial não
gozada, quais sejam, a contagem em dobro de tempo de serviço e conversão em pecúnia.

5. O suposto locupletamento do militar foi afastado pela Corte regional que ressalvou que, tendo o autor optado pela
conversão em pecúnia da licença-especial, deve ser o respectivo período excluído do adicional de tempo de serviço,
bem como compensados os valores já recebidos a esse título. (STJ, AgInt no REsp nº 1.570.813/PR, Segunda Turma,
Relator Ministro Humberto Martins, unânime, julgado em 07/06/2016)

Da mesma forma, vem decidindo o E. TRF4:

ADMINISTRATIVO. MILITAR. LICENÇA ESPECIAL NÃO GOZADA. CONVERSÃO EM PECÚNIA. POSSIBILIDADE. CÔMPUTO
PARA FINS DE ANUÊNIOS. EXCLUSÃO. COMPENSAÇÃO. Possível a conversão em pecúnia da licença especial não
gozada e não contada em dobro para fins de inativação, sob pena de enriquecimento sem causa por parte da
Administração Pública. O período de licença especial não utilizado para fins de inativação deve ser excluído dos
adicionais incidentes (tempo de serviço e permanência), bem como compensados os valores já recebidos a esse título,
sob pena de locupletamento ilícito, tudo a ser apurado em liquidação de sentença. (TRF4, AC 5001234-
35.2015.404.7120, 4ª Turma, Relatora Vivian Josete Pantaleão Caminha, juntado aos autos em 18/07/2016)

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR MILITAR. LICENÇA-PRÊMIO NÃO GOZADA POR OCASIÃO DA TRANSFERÊNCIA À


RESERVA REMUNERADA. CONVERSÃO EM PECÚNIA. POSSIBILIDADE. PERCEPÇÃO DE ADICIONAL POR TEMPO DE
SERVIÇO NÃO OBSTA O DIREITO. EXISTÊNCIA DE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO POR PARTE DA ADMINISTRAÇÃO.
PRECEDENTES.

1. Em regra, o servidor militar, transferido para a reserva sem ter usufruído da licença-prêmio, nem dela se valido
para fins de aposentadoria, tem direito à conversão em pecúnia, sob pena de enriquecimento sem causa por parte da
Administração.

2. Segundo a interpretação adotada pelo e. Superior Tribunal de Justiça, a majoração do percentual de gratificação
por tempo de serviço não afasta o direito do servidor militar na conversão da licença-prêmio não gozada em pecúnia.

3. Os valores previamente alcançados sob a rubrica do adicional por tempo de serviço devem ser então abatidos,
compensando-se do montante a ser pago ao Servidor por ocasião da execução do julgado, sob pena de
enriquecimento sem causa deste. (TRF4, AC 5008498-48.2015.404.7009, 3ª Turma, Relator Fernando Quadros da
Silva, juntado aos autos em 29/11/2016)

Dessa forma, cabível o reconhecimento do direito pleiteado pelo autor à conversão em pecúnia do período de
licença especial não gozado.
Contudo, deve ser o respectivo período excluído de eventuais adicionais incidentes (tempo de serviço e
permanência), bem como compensados os valores já recebidos a esse título.

Vejam-se os seguintes precedentes do STJ e TRF4:

ADMINISTRATIVO. MILITAR. LICENÇA ESPECIAL NÃO GOZADA. CONVERSÃO EM PECÚNIA. POSSIBILIDADE. Possível a
conversão em pecúnia da licença especial não gozada e não contada em dobro para fins de inativação, sob pena de
enriquecimento sem causa por parte da Administração Pública. (TRF4, AC 5053917-55.2014.4.04.7000, 4ª Turma,
Relator Luís Alberto D'azevedo Aurvalle, juntado aos autos em 02/06/2016)

ADMINISTRATIVO. MILITAR. LICENÇA ESPECIAL NÃO-GOZADA. CONVERSÃO EM PECÚNIA. POSSIBILIDADE.


EXISTÊNCIA DE ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA POR PARTE DA ADMINISTRAÇÃO. PRECEDENTES.

1. O servidor militar reformado sem ter usufruído da licença especial (licença-prêmio) tampouco utilizado tal período
para fins de inativação, tem direito à conversão em pecúnia, sob pena de enriquecimento sem causa por parte da
Administração.

2. O aumento do adicional de gratificação por tempo de serviço devido ao cômputo em dobro da licença prêmio
não gozada não afasta o direito à conversão em pecúnia da referida licença. O período computado em dobro para
fins da majoração do adicional por tempo de serviço deve ser excluído, compensando-se os valores já pagos a este
título.

3. Apelação provida. (TRF4, AC 5003917-96.2015.404.7200, 3ª Turma, Relatora Marga Inge Barth Tessler, juntado
aos autos em 05/04/2017)

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC/73. INEXISTÊNCIA. DEVIDO


ENFRENTAMENTO DAS QUESTÕES RECURSAIS. SÚMULA 568/STJ. CONVERSÃO EM PECÚNIA DE LICENÇA-
PRÊMIO NÃO USUFRUÍDA E NÃO CONTADA EM DOBRO. POSSIBILIDADE. ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO.
EXCLUSÃO DO PERÍODO DE CONVERSÃO E COMPENSAÇÃO DOS VALORES RECEBIDOS.

1. Inexiste violação do art. 535 do CPC/73 quando a prestação jurisdicional é dada na medida da pretensão deduzida,
com enfrentamento e resolução das questões abordadas no recurso.

2. Nos termos da jurisprudência pacífica do STJ, é devida ao servidor público aposentado a conversão em pecúnia
da licença-prêmio não gozada, ou não contada em dobro para aposentadoria, sob pena de enriquecimento ilícito da
Administração.

3. No caso dos autos, consignou o Tribunal de origem de que a contagem em dobro do tempo de serviço dos períodos
de licença-especial não gozados pelo autor, a despeito de aumentar o percentual concedido a título de adicional de
tempo de serviço na forma do art. 30 da MP 2.215-10/2001, não exclui o direito à conversão em pecúnia da licença-
especial. Isso porque os dois períodos de licença-prêmio a que o autor fazia jus não influenciaram o tempo de serviço
necessário à jubilação, já que mesmo sem a conversão já teria tempo suficiente para passar à inatividade.

4. Nesse contexto, não há que falar em concessão de dois benefícios ao autor pela mesma licença especial não
gozada, quais sejam, a contagem em dobro de tempo de serviço e conversão em pecúnia.

5. O suposto locupletamento do militar foi afastado pela Corte regional que ressalvou que, tendo o autor optado
pela conversão em pecúnia da licença-especial, deve ser o respectivo período excluído do adicional de tempo de
serviço, bem como compensados os valores já recebidos a esse título. (STJ, AgInt no REsp 1.570.813/PR, 2ª Turma,
Relator Ministro Humberto Martins, POR UNANIMIDADE, julgado em 07/06/2016 - grifei)

PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO NACIONAL. ADMINISTRATIVO. CONVERSÃO EM PECÚNIA DA LICENÇA ESPECIAL NÃO


USUFRUÍDA POR MILITAR E NÃO CONTADA EM DOBRO PARA FINS DE INATIVIDADE. POSSIBILIDADE. UTILIZAÇÃO
PARA FINS DE ADICIONAL DE PERMANÊNCIA. EXCLUSÃO DO PERÍODO DE CONVERSÃO E COMPENSAÇÃO DOS
VALORES RECEBIDOS. INCIDENTE CONHECIDO E PROVIDO.A Turma Nacional de Uniformização, por unanimidade,
decidiu conhecer e dar provimento ao pedido de uniformização, para: (i) afirmar a tese de que "é possível a
conversão em pecúnia de licença especial não gozada pelo militar e nem computada em dobro para fins de
transferência para a inatividade remunerada, mas que fora utilizada para majoração do percentual de adicional de
permanência, mediante a exclusão da respectiva licença especial da base de cálculo dessa vantagem bem como a
devida compensação dos valores já recebidos a esse título, não havendo necessidade de pedido expresso do
demandante da aludida compensação"; e (ii) anular o acórdão da Turma Recursal de origem, para que esta promova
a adequação do julgado de acordo com a premissa jurídica acima fixada. (Pedido de Uniformização de Interpretação
de Lei (Turma) 5007902-42.2016.4.04.7102, SERGIO DE ABREU BRITO - TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO.)

ADMINISTRATIVO. MILITAR. LICENÇA ESPECIAL NÃO GOZADA. CONVERSÃO EM PECÚNIA. POSSIBILIDADE. CÔMPUTO
PARA FINS DE ANUÊNIOS. EXCLUSÃO. COMPENSAÇÃO. IMPOSTO DE RENDA. NÃO INCIDÊNCIA.

1. Possível a conversão em pecúnia da licença especial não gozada e não contada em dobro para fins de inativação,
sob pena de enriquecimento sem causa por parte da Administração Pública.

2. O período de licença especial não utilizado para fins de inativação deve ser excluído do cálculo de vantagens
apuradas com base no tempo de serviço, compensando-se os valores já recebidos a esse título.

3. Não incide imposto de renda sobre os valores resultantes da conversão em pecúnia de licença especial não
usufruída, porquanto visam recompor o prejuízo decorrente da impossibilidade de exercício de um direito (caráter
indenizatório). (TRF4, AC 5001008-93.2016.4.04.7120, 4ª Turma, Relator Cândido Alfredo Silva Leal Junior, juntado
aos autos em 10/03/2017)

ADMINISTRATIVO. MILITAR. LICENÇA ESPECIAL NÃO GOZADA. CONVERSÃO EM PECÚNIA. POSSIBILIDADE. CÔMPUTO
PARA FINS DE ANUÊNIOS. EXCLUSÃO. COMPENSAÇÃO. IMPOSTO DE RENDA. NÃO INCIDÊNCIA.

1. Possível a conversão em pecúnia da licença especial não gozada e não contada em dobro para fins de inativação,
sob pena de enriquecimento sem causa por parte da Administração Pública.

2. O período de licença especial não utilizado para fins de inativação deve ser excluído do cálculo de vantagens
apuradas com base no tempo de serviço, compensando-se os valores já recebidos a esse título.

3. Não incide imposto de renda sobre os valores resultantes da conversão em pecúnia de licença especial não
usufruída, porquanto visam recompor o prejuízo decorrente da impossibilidade de exercício de um direito (caráter
indenizatório). (TRF4, AC 5003516-91.2015.4.04.7105, 4ª Turma, Relator Sérgio Renato Tejada Garcia, juntado aos
autos em 06/02/2017)

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC/73. INEXISTÊNCIA. DEVIDO


ENFRENTAMENTO DAS QUESTÕES RECURSAIS. SÚMULA 568/STJ. CONVERSÃO EM PECÚNIA DE LICENÇA-
PRÊMIO NÃO USUFRUÍDA E NÃO CONTADA EM DOBRO. POSSIBILIDADE. ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO.
EXCLUSÃO DO PERÍODO DE CONVERSÃO E COMPENSAÇÃO DOS VALORES RECEBIDOS.

1. Inexiste violação do art. 535 do CPC/73 quando a prestação jurisdicional é dada na medida da pretensão deduzida,
com enfrentamento e resolução das questões abordadas no recurso.

2. Nos termos da jurisprudência pacífica do STJ, é devida ao servidor público aposentado a conversão em pecúnia
da licença-prêmio não gozada, ou não contada em dobro para aposentadoria, sob pena de enriquecimento ilícito da
Administração.

3. No caso dos autos, consignou o Tribunal de origem de que a contagem em dobro do tempo de serviço dos períodos
de licença-especial não gozados pelo autor, a despeito de aumentar o percentual concedido a título de adicional de
tempo de serviço na forma do art. 30 da MP 2.215-10/2001, não exclui o direito à conversão em pecúnia da licença-
especial. Isso porque os dois períodos de licença-prêmio a que o autor fazia jus não influenciaram o tempo de serviço
necessário à jubilação, já que mesmo sem a conversão já teria tempo suficiente para passar à inatividade.

4. Nesse contexto, não há que falar em concessão de dois benefícios ao autor pela mesma licença especial não
gozada, quais sejam, a contagem em dobro de tempo de serviço e conversão em pecúnia.

5. O suposto locupletamento do militar foi afastado pela Corte regional que ressalvou que, tendo o autor optado pela
conversão em pecúnia da licença-especial, deve ser o respectivo período excluído do adicional de tempo de serviço,
bem como compensados os valores já recebidos a esse título.

Agravo interno improvido. (AgInt no REsp 1570813/PR, Rel. Ministro Humberto Martins, 2ª Turma, julgado em
07/06/2016, DJe 14/06/2016)

ADMINISTRATIVO. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO N. 3/STJ. MILITAR. LICENÇA ESPECIAL. CONVERSÃO EM PECÚNIA.


ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO. EXCLUSÃO DO PERÍODO DE CONVERSÃO. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES.

1. Aduz a agravante que o militar já percebe aumento no adicional por tempo de serviço, de forma que a conversão
culminaria em dupla vantagem.

2. A Corte de Origem afastou a possibilidade de enriquecimento ilícito do militar ao determinar a exclusão do período
no cálculo do adicional. Precedentes do STJ.

3. Agravo interno não provido. (AgInt no AREsp 1221228/RS, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, 2ª Turma,
julgado em 17/05/2018, DJe 24/05/2018)

ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. PRESCRIÇÃO. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO.


SÚMULAS 282 E 356 DO STF. MILITARINATIVO. LICENÇA ESPECIAL NÃO USUFRUÍDA E NÃO CONTADA EM DOBRO.
CONVERSÃO EM PECÚNIA. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. ÔNUS SUCUMBENCIAIS. REVISÃO DA DISTRIBUIÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 7/STJ.

1. Extrai-se do acórdão recorrido que o art. 1º do Decreto n. 20.910/1932 e a tese a ele correlata não foram objeto de
apreciação pelo Tribunal de origem, estando ausente o requisito do prequestionamento. Incidência das Súmulas 282
e 356 do STF.

2. Consoante a jurisprudência desta Corte Superior, é possível ao servidor público aposentado a conversão em
pecúnia da licença-prêmio não gozada ou não contada em dobro para a aposentadoria, sob pena de enriquecimento
ilícito da administração pública.

3. A Segunda Turma do STJ, no julgamento do AgInt no REsp 1.570.813/PR, reafirmou referido entendimento,
registrando a inexistência de locupletamento domilitar no caso, porquanto, ao determinar a conversão em pecúnia
do tempo de licença especial, o Tribunal a quo impôs a exclusão desse período no cálculo do adicional por tempo de
serviço, bem como compensou os valores correspondentes já pagos.

4. O Superior Tribunal de Justiça possui orientação consolidada de que "a via do especial não se presta para
quantificar a proporção de decaimento das partes de modo a modificar a distribuição dos encargos sucumbenciais,
em face do óbice contido na Súmula 7 desta Corte, haja vista a imperiosa necessidade de revolver o acervo fático dos
autos" (AgInt no AREsp 442.595/SC, Rel. Ministro Gurgel de Faria, Primeira Turma, julgado em 26/9/2017, DJe
23/11/2017).

5. Recurso especial conhecido em parte e, nessa extensão, não provido.(REsp 1710433/RS, Rel. Ministro Og
Fernandes, 2ª Turma, julgado em 03/04/2018, DJe 10/04/2018)

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO 3/STJ. MILITAR. LICENÇA ESPECIAL.


CONVERSÃO EM PECÚNIA. POSSIBILIDADE NA HIPÓTESE.
1. A controvérsia no recurso especial cinge-se sobre a possibilidade de conversão em pecúnia da licença prêmio não
gozada, mas computada em dobro, porém, na hipótese de que a contagem de tempo de serviço não é relevante
senão, apenas, para o percentual de adicional de tempo de serviço e de permanência (com a ressalva de que esses
serão reajustados por ocasião do provimento jurisdicional).

2. Em hipótese como a dos autos, entende esta Corte Superior que o militar não aufere a referida vantagem de
maneira duplicada.

Precedentes: REsp 1666525/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin, 2ª Turma, julgado em 23/05/2017, DJe 16/06/2017;
AgInt no REsp 1570813/PR, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 07/06/2016, DJe
14/06/2016.

3. Agravo interno não provido. (AgInt no REsp 1667976/SC, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, 2ª Turma,
julgado em 20/02/2018, DJe 26/02/2018)

Dos juros e da correção monetária incidentes sobre as parcelas devidas (Lei n° 11.960/2009)

Sobre as diferenças, deverão incidir juros e correção, esta última desde a data da aposentadoria.

No que tange à taxa de juros e índices de correção monetária, apreciando o RE n° 870.947, Tema 810 da repercussão
geral, em 20.09.2017 o STF fixou as seguintes teses:

1) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina os juros
moratórios aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de
relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a Fazenda Pública
remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia (CRFB, art. 5º, caput); quanto às
condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos juros moratórios segundo o índice de
remuneração da caderneta de poupança é constitucional, permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art.
1º-F da Lei nº 9.494/97 com a redação dada pela Lei nº 11.960/09; e 2) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação
dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à
Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor
restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica como medida
adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os fins a que se destina.

3. Índices aplicáveis a depender da natureza da condenação.

3.1 Condenações judiciais de natureza administrativa em geral. As condenações judiciais de natureza administrativa
em geral, sujeitam-se aos seguintes encargos: (a) até dezembro/2002: juros de mora de 0,5% ao mês; correção
monetária de acordo com os índices previstos no Manual de Cálculos da Justiça Federal, com destaque para a
incidência do IPCA-E a partir de janeiro/2001; (b) no período posterior à vigência do CC/2002 e anterior à vigência da
Lei 11.960/2009: juros de mora correspondentes à taxa Selic, vedada a cumulação com qualquer outro índice; (c)
período posterior à vigência da Lei 11.960/2009: juros de mora segundo o índice de remuneração da caderneta de
poupança; correção monetária com base no IPCA-E.

3.1.1 Condenações judiciais referentes a servidores e empregados públicos. As condenações judiciais referentes a
servidores e empregados públicos, sujeitam-se aos seguintes encargos: (a) até julho/2001: juros de mora: 1% ao mês
(capitalização simples); correção monetária: índices previstos no Manual de Cálculos da Justiça Federal, com
destaque para a incidência do IPCA-E a partir de janeiro/2001; (b) agosto/2001 a junho/2009: juros de mora: 0,5% ao
mês; correção monetária: IPCA-E; (c) a partir de julho/2009: juros de mora: remuneração oficial da caderneta de
poupança; correção monetária: IPCA-E.

(...)
4. Preservação da coisa julgada. Não obstante os índices estabelecidos para atualização monetária e compensação
da mora, de acordo com a natureza da condenação imposta à Fazenda Pública, cumpre ressalvar eventual coisa
julgada que tenha determinado a aplicação de índices diversos, cuja constitucionalidade/legalidade há de ser aferida
no caso concreto.

Assim, deve ser utilizado o IPCA-E/IBGE, como índice de correção monetária.

Quanto ao juros de mora, contados desde a citação, a partir da edição da Lei nº 11.960/2009, os juros devem ser de
0,5% a.m., até abril/2012; a partir de maio/2012, com a alteração do art. 12 da Lei nº 8.177/1991 pela MP nº
567/2012 convertida na Lei nº 12.703/2012, os juros deverão ser capitalizados de forma simples, no percentual de
0,5% ao mês, caso a taxa SELIC ao ano seja superior a 8,5% e em 70% da taxa SELIC ao ano, mensalizada, nos demais
casos.

Considerando que deve ser excluído o período referente aos adicionais porventura recebidos, o julgamento é de
parcial procedência.

Imposto de Renda

Considerando o entendimento consolidado da jurisprudência, foi editada a S.136 do STJ que trata da matéria, in
verbis:

"O pagamento de licença-prêmio não gozada por necessidade do serviço não está sujeito ao imposto de renda".

Valores devidos. O cálculo deverá ser realizado pelo Núcleo de Cálculos Judiciais de acordo com o entendimento
deste Juízo e, no retorno do cálculo aos autos, passa a ser parte integrante da presente sentença.

III - Dispositivo

Ante o exposto, rejeito a prejudicial de prescrição e, no mérito, julgo parcialmente procedente a ação para o fim
de condenar a União Federal a pagar ao Autor o valor relativo à conversão em pecúnia de períodos de Licença
Especial, com base na última remuneração percebida em atividade, acrescidos de correção monetária e juros de
mora, sem a incidência de Imposto de Renda, excluindo-se, consequentemente, o respectivo período da base de
cálculo de eventuais adicionais incidentes (tempo de serviço e permanência), bem como compensando-se os valores
já recebidos a esse título, com atualização desde a data do pagamento, tudo nos termos da fundamentação.

Sem condenação em custas processuais ou honorários de advogado (artigo 55 da Lei nº 9.099/1995).

Remetam-se os autos à Contadoria do Juízo para elaborar os cálculos, nos termos da decisão.

Intimem-se as partes.

Com o trânsito em julgado, dê-se baixa e arquivem-se os autos.

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