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TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA - IRPF. ISENÇÃO.

NEOPLASIA
MALIGNA. ART. 6º, XIV, DA LEI Nº 7.713/1988. RESERVA REMUNERADA. ISENÇÃO.
OFENSA AO ART. 111 DO CTN NÃO CARACTERIZADA. 1. Comprovada a enfermidade
constante no rol do inciso XIV do art. 6º da Lei nº 7.713/1988, deve ser afastada a tributação,
pelo Imposto de Renda Pessoa Física - IRPF, sobre os proventos de aposentadoria do
recorrido. 2. O egrégio Superior Tribunal de Justiça reconheceu que: "A reserva remunerada
equivale à condição de inatividade, situação contemplada no art. 6º, XIV, da Lei 7.713/88, de
maneira que são considerados isentos os proventos percebidos pelo militar nesta condição"
(Resp. 1125064, Rel. Ministra Eliana Calmon,Segunda Turma, Julgado 06/04/2010). 3.
Conforme julgado do egrégio Superior Tribunal de Justiça, "Não se configura em dano moral
ou material a cobrança de um tributo indevido ou"a maior". (...)." (RESP 200900515078,
ELIANA CALMON, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:10/02/2010 ..DTPB:.) 3. Apelação,
remessa oficial e recurso adesivo não providos.

(TRF-1 - AC: 00059475920134013801, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL HERCULES


FAJOSES, Data de Julgamento: 03/09/2019, SÉTIMA TURMA, Data de Publicação:
13/09/2019)

APELAÇÃO CÍVEL - MANDADO DE SEGURANÇA - POLICIAL MILITAR - RESERVA


REMUNERADA - ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA - PORTADOR DA DOENÇA DE
PARKINSON - PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DE PARCELAS - IMPOSSIBILIDADE.
Considerando que restou cabalmente demonstrado que o apelante foi diagnosticado com a
doença de Parkinson, o que também não foi questionado pelo apelado, e considerando, ainda,
que a reserva remunerada equivale à condição de inatividade, assim como a reforma, impõe-
se o provimento parcial do recurso, para que seja reconhecida a isenção do imposto de renda
pretendida pelo impetrante. Em relação ao pedido de restituição das parcelas desde a época
do diagnóstico da doença, não pode ser acolhido, porquanto o mandado de segurança não
pode ser usado como sucedâneo de ação de cobrança. Precedentes do STF.

(TJ-MG - AC: 10000170525695001 MG, Relator: Yeda Athias, Data de Julgamento:


12/09/2017, Câmaras Cíveis / 6ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 20/09/2017)

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. SERVIDOR ESTADUAL DA RESERVA


REMUNERADA. ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA POR SE TRATAR DE PORTADOR DE MOLÉSTIA GRAVE. OMISSÃO.
EXTENSÃO DA ISENÇÃO AO IMPOSTO DE RENDA. POSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DA
ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA REQUERIDA EM GRAU RECURSAL. TERMO
INICIAL DA RESTITUIÇÃO QUE DEVERÁ OBSERVAR A DATA DA COMPROVAÇÃO DA
DOENÇA POR LAUDO MÉDICO. EMBARGOS CONHECIDOS E PROVIDOS, COM A
CONCESSÃO DE EFEITOS INFRINGENTES. (TJPR - 4ª Turma Recursal - 0000894-
10.2021.8.16.0069 - Cianorte - Rel.: JUIZ DE DIREITO DE COMARCA DE ENTRÂNCIA FINAL
GUILHERME CUBAS CESAR - J. 28.03.2022)

(TJ-PR - ED: 00008941020218160069 Cianorte 0000894-10.2021.8.16.0069 (Acórdão),


Relator: Guilherme Cubas Cesar, Data de Julgamento: 28/03/2022, 4ª Turma Recursal, Data
de Publicação: 28/03/2022)
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO - VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC - IMPOSTO DE
RENDA - ART. 6º , XIV , DA LEI 7.713 /1988 - NEOPLASIA MALIGNA - DEMONSTRAÇÃO DA
CONTEMPORANEIDADE DOS SINTOMAS - DESNECESSIDADE
- RESERVA REMUNERADA - ISENÇÃO - OFENSA AO ART. 111 DO CTN NÃO-
CARACTERIZADA - INCIDÊNCIA DA SÚMULA 83/STJ. 1. Descabe o acolhimento de violação
do art. 535 do CPC, se as questões apontadas como omissas pela instância ordinária não são
capazes de modificar o entendimento do acórdão recorrido à luz da jurisprudência do STJ. 6.
Reconhecida a doença grave, não se exige a demonstração da contemporaneidade dos
sintomas, nem a indicação de validade do laudo pericial, ou a comprovação de recidiva da
enfermidade, para que o contribuinte faça jus à isenção de Imposto de Renda prevista no art. 6º ,
inciso XIV , da Lei 7.713 /88. Precedentes do STJ. 7. A reserva remunerada equivale à condição
de inatividade, situação contemplada no art. 6º , XIV , da Lei 7.713 /88, de maneira que são
considerados isentos os proventos percebidos pelo militar nesta condição. Precedente da
Primeira Turma. 8. É firme o entendimento do STJ, no sentido de que a busca do real
significado, sentido e alcance de benefício fiscal não caracteriza ofensa ao art. 111 do CTN .
Incidência da Súmula 83/STJ no tocante à divergência jurisprudencial. Recurso especial
conhecido parcialmente e não provido. ( REsp 1125064/DF , Rel. Ministra ELIANA CALMON,
SEGUNDA TURMA, julgado em 06/04/2010, DJe 14/04/2010)

JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA. ISENÇÃO IMPOSTO DE RENDA. REPETIÇÃO


DE INDÉBITO. MILITAR RESERVA REMUNERADA EQUIVALE À SITUAÇÃO DE
INATIVIDADE. CORREÇÃO MONETÁRIA. INPC. SELIC. RECURSO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Acórdão lavrado de acordo com a disposição inserta nos
artigos 2º e 46, da Lei 9.099, de 26.09.1995 e artigo 103, §§ 1º e 2º, do Regimento Interno das
Turmas Recursais. Presentes os pressupostos específicos, conheço do Recurso. 2. O Distrito
Federal, ora recorrente, interpôs recurso inominado em face da sentença proferida pelo 2º
Juizado Especial da Fazenda Pública do Distrito Federal que julgou parcialmente procedente o
pedido inicial: ?para (i) declarar o direito à isenção tributária ao IRPF sobre os proventos de
aposentadoria, a partir de junho de 2016; (ii) condenar o réu à repetição do indébito a título de
IRRF, no valor de R$ 29.356,07, no período de 06/2016 até 12/2018, a ser atualizado e
corrigido monetariamente. A correção monetária, por se tratar de indébito tributário, dar-se-á a
partir da data do efetivo pagamento do tributo pelo INPC, e serão acrescidos, ainda, de juros
de mora desde o trânsito em julgado da sentença condenatória, em acordo com a Lei
Complementar nº 435/2001, até 1º de junho de 2018, e, a partir desta data, pela SELIC, em
consonância com a Lei Complementar Distrital nº 943/2018, tudo conforme o entendimento
esposado pelo excelso STF no julgamento do RE 870947/SE, de 20/9/2017, bem como com
fundamento na Súmula nº 188 do STJ.?. 3. Afirma que não se trata de devolução de quantia
certa, mas sim de pedido de restituição do valor pago a título de imposto de renda, o que
enseja aplicação de regras próprias atinentes à atualização monetária (juros e correção
monetária). Esclarece que se insurge com o valor da condenação e os critérios fixados na
sentença. Afirma que o tributo é federal, sendo apenas revertido em favor do Estados e Distrito
Federal quando descontado de seus servidores, devendo ser atualizado pelo mesmo índice
utilizado para sua cobrança, conforme já definido pelo Supremo Tribunal Federal, no RE
870947, Tema 810. Requer a reforma da sentença para utilização do índice correto, qual seja,
a Taxa Selic, que abrange juros e correção monetária, sem a acumulação de qualquer outro
índice a título de juros de mora. 4. O recorrido, em contrarrazões, requer a manutenção da
sentença, pois, está em conformidade com a Lei 943/2018 e pacificado pelo Supremo Tribunal
Federal no RE 870947/SE. 5. Tanto a reserva remunerada como a reforma são sinônimos de
inatividade do militar, o que corresponde à aposentadoria do civil. Aos militares da reserva
remunerada e ao reformado são garantidas as isenções tributárias do imposto de renda
previstas na Lei n. 7.713/1988, nos casos de doenças graves, doenças profissionais ou em
casos de reforma por acidentes em serviço. Nesse sentido, entendimento do C. STJ. "Verbis":
"PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO - VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC - IMPOSTO DE
RENDA - ART. 6º, XIV, DA LEI 7.713/1988 - NEOPLASIA MALIGNA - DEMONSTRAÇÃO DA
CONTEMPORANEIDADE DOS SINTOMAS - DESNECESSIDADE - RESERVA
REMUNERADA - ISENÇÃO - OFENSA AO ART. 111 DO CTN NÃO-CARACTERIZADA -
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 83/STJ. 1. Descabe o acolhimento de violação do art. 535 do CPC,
se as questões apontadas como omissas pela instância ordinária não são capazes de
modificar o entendimento do acórdão recorrido à luz da jurisprudência do STJ. 6. Reconhecida
a doença grave, não se exige a demonstração da contemporaneidade dos sintomas, nem a
indicação de validade do laudo pericial, ou a comprovação de recidiva da enfermidade, para
que o contribuinte faça jus à isenção de Imposto de Renda prevista no art. 6º, inciso XIV, da
Lei 7.713/88. Precedentes do STJ. 7. A reserva remunerada equivale à condição de
inatividade, situação contemplada no art. 6º, XIV, da Lei 7.713/88, de maneira que são
considerados isentos os proventos percebidos pelo militar nesta condição. Precedente da
Primeira Turma. 8. É firme o entendimento do STJ, no sentido de que a busca do real
significado, sentido e alcance de benefício fiscal não caracteriza ofensa ao art. 111 do CTN.
Incidência da Súmula 83/STJ no tocante à divergência jurisprudencial. Recurso especial
conhecido parcialmente e não provido. ( REsp 1125064/DF, Rel. Ministra ELIANA CALMON,
SEGUNDA TURMA, julgado em 06/04/2010, DJe 14/04/2010). 9. Assim, o autor/recorrido faz
jus à repetição de indébito dos valores retidos desde junho/2016, data em que, segundo a
perícia médica oficial, ID 87230797, foi acometido da doença e fora transferido para a reserva
remunerada. 10. Nas condenações judiciais de natureza tributária, a correção monetária e a
taxa de juros de mora incidentes na repetição de indébitos tributários devem corresponder às
utilizadas na cobrança de tributo pago em atraso. 11. A Lei Distrital nº 435/2001, que disciplina
a forma de atualização dos tributos de competência do Distrito Federal, teve seu artigo 2º
declarado inconstitucional, sem redução de texto, no bojo da ação nº 2016.00.2.031555-3,
julgada pelo Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. Dessa
forma, a atualização deve se dar pelo INPC até fevereiro de 2017 (quando houve o julgamento
pelo Conselho); devendo ser aplicada, a partir de então, a taxa Selic. 12. Quanto aos juros de
mora, cumpre observar que, no que tange aos tributos indevidamente pagos até fevereiro de
2017, aplicar-se-á o índice de 1% ao mês, a partir do trânsito em julgado, ao passo que, em
relação aos tributos indevidamente pagos a partir de março de 2017, não incidirão juros de
mora, pois já abarcados pela taxa Selic. 13. No sentido aqui exposto, cabe destacar o
precedente: (Acórdão 1308943, 07170533520208070016, Segunda Turma Recursal, data de
julgamento: 9/12/2020, publicado no DJE: 18/12/2020. Pág.: Sem Página Cadastrada.). 14. No
caso, portanto, a sentença deve ser reformada quanto às datas de aplicação dos respectivos
índices, de modo a se compatibilizar com o entendimento sedimentado no âmbito deste
Tribunal. 15. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. Sentença reformada
tão-somente para condenar o Distrito Federal a pagar ao recorrido, a título de repetição de
indébito, desde Junho/2016 até Dez/2018, o valor de R$ 29.356,07 (vinte e nove mil, trezentos
e cinquenta e seis reais e sete centavos), ID 2211932, que deverá ser corrigido
monetariamente pelo INPC até o trânsito em julgado da sentença/acórdão e pela SELIC a
partir do trânsito em julgado da sentença/acórdão. Mantidos os demais termos da sentença.
16. Sem custas e sem honorários, nos termos do art. 55 da Lei 9099/95, tendo em vista não
haver recorrente totalmente vencido.
(TJ-DF 07164277920218070016 DF 0716427-79.2021.8.07.0016, Relator: ANTONIO
FERNANDES DA LUZ, Data de Julgamento: 24/09/2021, Primeira Turma Recursal, Data de
Publicação: Publicado no DJE : 11/10/2021 . Pág.: Sem Página Cadastrada.)

RECURSO ESPECIAL Nº 1522504 - RN (2015/0064914-2) DECISÃO Trata-se de recurso


especial interposto pela FAZENDA NACIONAL com fundamento na alínea a do permissivo
constitucional contra acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região assim
ementado (e-STJ fl. 73): Tributário. Isenção do imposto de renda. Apelação interposta de
sentença que julgou procedente o pedido de isenção do recolhimento do imposto de renda
incidente sobre os proventos, por força do art. 6º, inciso XIV, da Lei nº 7.713/88. 1. A Lei nº
7.713/88, em seu art. 6º, inciso XIV, isenta do imposto de renda os proventos percebidos por
portadores de moléstia grave, com base em conclusão médica especializada. 2. Caso em que
o autor é militar da reserva remunerada do Exército Brasileiro, que passou para a inatividade
profissional por ser portador de doença grave [neoplasia maligna]. 3. A jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça já pacificou o entendimento no sentido de que a isenção do
imposto de renda incidente sobre os proventos de aposentadoria, reforma ou pensão, com
base no art. 6º, inciso XIV, da Lei nº 7.713/88, alcança, também, os proventos recebidos por
militar transferido para a reserva remunerada, por se tratar de rendimentos decorrentes da
inatividade [ REsp 1125064/DF, Min. Eliana Calmon, ale de 14 de abril de 2010] 4. (....)ANTE
O EXPOSTO, ratificando os termos da tutela antecipada, para julgo procedente a pretensão
declarar o autor isento de IRPF, condenando a réu a restituir os valores indevidamente
recolhidos a esse título, desde a data do requerimento administrativo (24.02.2012), acrescidos
de juros e correção monetária pela taxa SELIC, nos moldes do art. 39, § 4º, da Lei nº 9.250/95.
Condeno a ré em R$ 2.000,00 (dois mil reais) a título de honorários advocatícios, na forma do
art. 20, § 4º, do Código de Processo Civil . (....). Na hipótese vertente, o autor é militar da
reserva remunerada do Exército Brasileiro e objetiva a declaração de inexistência de relação
jurídico-tributária concernente aos valores descontados a título de imposto de renda sobre
seus ganhos, amparado na circunstância jurídica de ser portador de doença grave [melanoma
maligno -C43], enquadrada no rol taxativo do art. 6º, inc. XIV, da Lei nº 7.713/88 . (....).De outra
linha, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça já pacificou o entendimento no sentido
de que a isenção do Imposto de Renda incidente sobre os proventos de aposentadoria,
reforma ou pensão, com base no art. 6º, inciso XIV, da Lei nº 7.713/88, alcança, também, os
proventos recebidos por militar transferido para a reserva remunerada, por se tratar de
rendimentos decorrentes da inatividade . Eis o precedente jurisprudencial: Processual Civil e
Tributário - Violação do art. 535 do CPC - Imposto de Renda - art. 6º, XIV, da Lei 7.713/1988 -
Neoplasia maligna - Demonstração da contemporaneidade dos sintomas - Desnecessidade -
Reserva remunerada - Isenção - Ofensa ao art. 111 do CTN não caracterizada. Incidência da
Súmula 83/STJ . 1. Descabe o acolhimento de violação do art. 535 do CPC, se as questões
apontadas como omissas pela instância ordinária não são capazes de modificar o
entendimento do acórdão recorrido à luz da jurisprudência do STJ. 2. Reconhecida a neoplasia
maligna, não se exige a demonstração da contemporaneidade dos sintomas, nem a indicação
de validade do laudo pericial, ou a comprovação de recidiva da enfermidade, para que o
contribuinte faça jus à isenção de Imposto de Renda prevista no art. 6", inciso XIV, da Lei
7.713/88. Precedentes do STJ. 3. A reserva remunerada equivale à condição de inatividade,
situação contemplada no art. 6", XIV, da Lei 7.713/88, de maneira que são considerados
isentos os proventos percebidos pelo militar nesta condição. Precedente da Primeira Turma .
(....) Ora, ainda que o recorrente considere insubsistente ou incorreta a fundamentação
utilizada pelo Tribunal nos julgamentos realizados, não há necessariamente ausência de
manifestação. Não há como se confundir o resultado desfavorável ao litigante com a falta de
fundamentação. No mérito, a pretensão não merece ser acolhida uma vez que " a reserva
remunerada equivale à condição de inatividade, situação contemplada no art. 6º, XIV, da Lei
7.713/88, de maneira que são considerados isentos os proventos percebidos pelo militar nesta
condição, a contar da data em que a doença foi contraída, quando identificada no laudo
pericial"( REsp 981.593/PR, Rel. Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA TURMA, julgado em
23/06/2009, DJe 05/08/2009). No tema, destaco, ainda: PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO
- VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC - IMPOSTO DE RENDA - ART. 6º, XIV, DA LEI
7.713/1988 - NEOPLASIA MALIGNA - DEMONSTRAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE DOS
SINTOMAS - DESNECESSIDADE - RESERVA REMUNERADA - ISENÇÃO - OFENSA AO
ART. 111 DO CTN NÃO-CARACTERIZADA - INCIDÊNCIA DA SÚMULA 83/STJ . 1. Descabe
o acolhimento de violação do art. 535 do CPC, se as questões apontadas como omissas pela
instância ordinária não são capazes de modificar o entendimento do acórdão recorrido à luz da
jurisprudência do STJ. 2. Reconhecida a neoplasia maligna, não se exige a demonstração da
contemporaneidade dos sintomas, nem a indicação de validade do laudo pericial, ou a
comprovação de recidiva da enfermidade, para que o contribuinte faça jus à isenção de
Imposto de Renda prevista no art. 6º, inciso XIV, da Lei 7.713/88. Precedentes do STJ. 3. A
reserva remunerada equivale à condição de inatividade, situação contemplada no art. 6º, XIV,
da Lei 7.713/88, de maneira que são considerados isentos os proventos percebidos pelo militar
nesta condição. Precedente da Primeira Turma . 4. É firme o entendimento do STJ, no sentido
de que a busca do real significado, sentido e alcance de benefício fiscal não caracteriza ofensa
ao art. 111 do CTN . 5. Incidência da Súmula 83/STJ no tocante à divergênc ia jurisprudencial.
6. Recurso especial conhecido parcialmente e não provido. ( REsp 1125064/DF, Rel. Ministra
ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/04/2010, DJe 14/04/2010) Ante o
exposto, com base no art. 255, § 4º, II, do RISTJ, NEGO PROVIMENTO ao recurso especial.
Publique-se. Intimem-se. Brasília, 27 de abril de 2021. Ministro GURGEL DE FARIA Relator

(STJ - REsp: 1522504 RN 2015/0064914-2, Relator: Ministro GURGEL DE FARIA, Data de


Publicação: DJ 29/04/2021)

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