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SISTEMA DE TRANSPORTE DE

PASSAGEIROS DO MUNICÍPIO
DE NÍSIA FLORESTA
PROPOSTA LEGISLATIVA
SUMÁRIO

1) Regulamento dos Serviços de Transporte de Passageiros..........................................04


2) Decreto – Táxi............................................................................................................45
3) Decreto – Moto-Táxi..................................................................................................53
4) Decreto – Transporte Misto........................................................................................60
5) Decreto – Transporte Escolar.....................................................................................64
6) Decreto – Bugue-Turismo..........................................................................................66
7) Decreto – Regimento Interno da JARI.......................................................................73
8) Organograma da DTT/NF..........................................................................................78
9) Proposta Organizacional para a DTT/NF...................................................................79

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JUSTIFICATIVA

Tem se verificado nas últimas décadas o crescimento desordenado de centros


urbanos nas mais diversas regiões do Brasil, o que vem exigindo investimentos cada vez
maiores no planejamento dos sistemas de trânsito e transporte, uma vez que o aumento
populacional ocorre em velocidade maior que o desenvolvimento de políticas públicas nesse
sentido.

Os acidentes e congestionamentos de trânsito são fatores que prejudicam o avanço


econômico de qualquer sociedade, sendo imprescindível, portanto, a adoção de medidas
preventivas, sobretudo em municípios com baixa densidade demográfica, onde é possível
realizar o eficiente planejamento de ações de longo prazo visando sempre a manutenção do
interesse público e a diminuição de gastos.

Nesse contexto, o sistema de transporte de passageiros merece especial atenção,


tendo em vista, principalmente, que a Constituição Federal garante a todos o direito de ir e
vir com segurança, cabendo ao Poder Público proporcionar meios eficazes que visem ao
pleno exercício de tal direito pelos cidadãos.

Cabe ressaltar, ainda, que conforme disposto na Lei Complementar nº 221, de


10.01.2002, que alterou a redação do §1º do art. 1º da Lei Complementar nº 152, de
16.01.1997, o município de Nísia Floresta integra a Região Metropolitana de Natal. Assim,
tendo em vista a realização pelo DER/RN dos estudos relativos ao estabelecimento do Plano
Diretor de Transportes para a área, faz-se necessário que o município se prepare para um
novo modelo de sistema de transportes que está por vir.

Dessa forma, encaminhamos à Câmara Legislativa Municipal o presente projeto de


Lei, esperando sua plena aprovação, a fim de estabelecer uma melhor organização do
sistema municipal de transporte de passageiros.

Nísia Floresta, 20 de agosto de 2007.

GEORGE NEY FERREIRA


PREFEITO MUNICIPAL

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Lei nº

Estabelece o regulamento dos Serviços


de Transporte de Passageiros do
Município de Nísia Floresta e dá outras
providências.

REGULAMENTO DOS SERVIÇOS DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS DO


MUNICÍPIO DE NÍSIA FLORESTA

CAPÍTULO I

Das Disposições Preliminares

Art. 1º. Os Serviços de Transporte de Passageiros do Município de Nísia


Floresta – STP/NF, caracterizados como prestação de serviço de interesse público, reger-se-
ão pela presente Lei, bem assim pelas normas complementares, editadas pela autoridade
competente, sendo explorados diretamente pelo Município, por pessoas físicas ou pessoas
jurídicas de direito privado, mediante concessão, permissão ou autorização, conforme o
caso, observados os princípios da licitação.

Art. 2º. A outorga para a exploração dos serviços previstos nesta Lei
pressupõe o atendimento do princípio da prestação de serviços adequados ao pleno
atendimento dos usuários, bem assim ao que dispõe nesta Lei para cada tipo de serviço.

Parágrafo único. Serviço adequado é o que satisfaz às condições de


regularidade, pontualidade, continuidade, segurança, eficiência, generalidade, cortesia na
sua prestação e modicidade das tarifas, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas
complementares e no respectivo contrato.

Art. 3º. A Divisão de Transporte e Trânsito do Município de Nísia


Floresta – DTT/NF compete o planejamento, a regulamentação, a concessão, a permissão, a
autorização, a fiscalização e o controle dos Serviços de Transporte de Passageiros, bem
como promover a implantação e o funcionamento de Pontos de Paradas e de Apoio.

Parágrafo único. A DTT/NF, por iniciativa própria ou por solicitação do


Órgão representativo das Operadoras, para maior eficácia da fiscalização operacional, ou

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mesmo administrativa, poderá manter convênios com órgãos correlatos do Estado do Rio
Grande do Norte ou de outros Municípios deste Estado.

Art. 4º. A DTT/NF promoverá a divisão do Município em áreas de


operação, visando a racionalização dos serviços, ao estabelecimento de uma política tarifária
adequada e a melhoria das condições de gerenciamento e controle do Sistema.

§ 1º. Será considerado, para efeito de exploração dos serviços, o conjunto


das linhas de cada Área de Operação.

§ 2º. A gestão dos Serviços de Transporte de Passageiros do Município


de Nísia Floresta será exercida pelo DTT/NF através de sua estrutura administrativa básica,
com a participação dos seguintes órgãos colegiados:

I . Junta Administrativa de Recursos de Infrações de Trânsito e


Transportes – JARI/DTT/NF;

II. Comissão Permanente de Licitação CPL/DTT/NF.

Art. 5º. A JARI/DTT/NF será constituída pelos seguintes membros:

I. 01(um) representante da Prefeitura, que a presidirá;

II. 01(um) representante do DTT/NF; e,

III. 01 - (um) representante da Associação dos Condutores cadastrada no


Município.

§ 1º. Os membros da JARI/DTT/NF serão designados pelo Prefeito do


Município, para um mandato de 02(dois) anos, admitida a sua recondução, por mais um
período, mediante a indicação das autoridades referidas nos incisos I a III deste artigo.
§ 2º. Será nomeado, juntamente com o titular, observado o mesmo
processo de indicação, um Suplente para cada membro da JARI/DTT/NF, o qual será
convocado em caso de ausência ou impedimento do respectivo titular.

§ 3º. O Presidente da JARI/DTT/NF, além do voto comum, terá direito ao


voto de qualidade.

§ 4º. A JARI/DTT/NF será assistida por um Assessor Jurídico e


secretariada por um Técnico de nível médio da DTT/NF.

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Art. 6º. A JARI/DTT/NF compete julgar, em grau de recurso, as
autuações decorrentes de infrações previstas nesta Lei e na Lei do CTB – Código de
Trânsito Brasileiro, para aplicação das penalidades nelas cominadas.

Art. 7º. A Comissão Permanente de Licitação – CPL/DTT/NF será


aquela já constituída pela prefeitura municipal.

CAPÍTULO II
Da Classificação e da Definição das Linhas e Serviços

SEÇÃO I
Da Classificação e Definição das Linhas

Art. 8º. As ligações entre localidades serão realizadas através de diversas


linhas, com itinerários e extensões determinados, classificadas em:

a) Linha Transversal (LTV) – é aquela que efetua a ligação entre


Distritos, com exceção do centro da Cidade de Nísia Floresta;

b) Linha Troncal (LTR) – é aquela que liga as sedes distritais dotadas de


pontos de paradas/apoio com o centro do Município de Nísia Floresta.

SEÇÃO II
Da Classificação e Definição dos Serviços

Art. 9º. Os Serviços de Transporte de Passageiros são aqueles


relacionados com o processamento e a movimentação de usuários, entre dois ou mais
distritos/localidades, desde que não ultrapassem os limites do Município, classificando-se,
conforme as suas características, em:

I. Serviços de Transporte de Passageiros de Médio Porte – STPMP;

II. Serviços de Transporte Especial:

a) Moto - Táxi;

b) Táxi;

c) Escolar;

d) Fretamento Misto; e,

e) Bugue Turismo.

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Art. 10. Os serviços a que se refere o artigo anterior desta Lei ficam
assim definidos:

I - SERVIÇOS DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS DE MÉDIO


PORTE – são aqueles realizados em regime de freqüência contínua, com itinerários, quadro
de horários e paradas definidas, utilizando veículos de médio porte, sendo permitido o
transporte de passageiro em pé, desde que o veículo seja dotado de corredor central e
observado o disposto no artigo desta lei que trata sobre o percentual de tolerância para se
levar passageiros em pé, com capacidade nominal de acordo com as características
veiculares definidas no Art.41, desta Lei.

II - SERVIÇOS DE TRANSPORTE ESPECIAL – são aqueles


realizados sem venda de passagem, entre 02(dois) ou mais Distritos ou localidades no
mesmo Município, mediante contrato específico, para o atendimento às necessidades de
transporte de grupos de pessoas, cuja viagem tenha objetivo comum e específico.

§ 1º. Os serviços de transportes especiais previstos no inciso II do Art. 9º


têm caráter ocasional, só podendo ser prestados em circuito fechado, sem implicar o
estabelecimento de serviços regulares ou permanentes e dependem de autorização da
DTT/NF independentemente de licitação.

§ 2º. Para os serviços previstos no inciso II do Art. 9º, não poderão ser
praticadas vendas de passagens e emissões de passagens individuais, nem a captação ou o
desembarque de passageiros no itinerário, vedados, igualmente, a utilização do terminal
rodoviário ou de Pontos de Paradas nos pontos extremos e no percurso da viagem, e o
transporte de encomendas ou mercadorias, que caracterizem a prática de comércio nos
veículos utilizados na respectiva prestação.

§ 3º. Os veículos, quando da realização de viagens de fretamento,


turísticas ou escolares, deverão portar cópia da autorização expedida pela DTT/NF.

§ 4º. O não atendimento ao disposto no parágrafo anterior, implicará a


apreensão do veículo, sem prejuízo da aplicação de outras penalidades previstas neste
Decreto.

§ 5º. A DTT/NF organizará e manterá cadastro das empresas, que


obtiverem autorização para a prestação do serviço de transporte de que trata este artigo.

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§ 6º. A empresa operadora que se utilizar do termo de autorização para
Serviços Especial, para a prática de qualquer outra modalidade de transporte diversa, da que
lhe foi autorizada, será declarada inidônea e terá seu registro cadastral cassado, sem prejuízo
da responsabilidade civil e das demais penalidades previstas nesta Lei, observado o devido
processo legal.

§ 7º. Todos os veículos deverão atender as exigências do Código de


Trânsito Brasileiro.

§ 8º. Os serviços de transporte especial serão disciplinados através de


normas a serem expedidas pelo Poder Executivo.

Art. 11. Os serviços a que se refere o Artigo 9º desta Lei, onde é


permitido o transporte de passageiros em pé, deverá observar as limitações seguintes, em
função da extensão da linha:

a) até 20,00 km: 50% (cinqüenta por cento) do número de assentos do


veículo;

b) de 20,01 a 40,00 km: 40% (quarenta por cento) do número de assentos


do veículo;

c) de 40,01 a 60,00 km: 20% (vinte por cento) do número de assentos do


veículo.

Parágrafo único. As linhas com extensão superior a 60,00 Km não


poderão transportar passageiros em pé.

Art. 12. São adotadas ainda as seguintes definições para elementos


constitutivos dos Serviços de Transporte Público de Passageiros:

I. SERVIÇO – é o atendimento de uma linha, através de determinado


número de veículo, em horários e itinerários definidos;

II. ORDEM DE SERVIÇO OPERACIONAL (OSO) – é o documento


que autoriza a operação e estabelece os dados operacionais e características da linha;

III. ITINERÁRIO – É o trajeto percorrido entre os terminais ou pontos


de início e retorno de uma linha, o qual é definido pelas vias e localidades atendidas;

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IV. INTERFERÊNCIA DE ITINERÁRIO – é a sobreposição de
itinerário de maneira a interferir no equilíbrio da demanda planejada;

V. LINHA – é a ligação regular realizada por veículos de transporte de


passageiros, de categoria especificada, efetuada através de itinerário determinado;

b) INTEGRAÇÃO DE LINHAS – é a conexão de linhas existentes, cujos


itinerários se completam;

c) VIAGEM – é o movimento de ligação entre os pontos inicial e/ou final


de uma determinada linha.

VI. TERMINAL – é o ponto de origem e destino de uma determinada


linha, prefixado pela DTT/NF;

VII. PONTO DE PARADA – é o local utilizado, exclusivamente para o


embarque e desembarque de passageiros, devendo a viagem ser reiniciada logo após a
conclusão dessas operações;

VIII. PONTO DE APOIO – é o local previamente estabelecido e


autorizado pelo DTT/NF para atendimento de serviço de manutenção, socorro e apoio aos
usuários;

IX. DEMANDA – é o volume de passageiros transportados por unidade


de veículos;

X. OFERTA – é o número de lugares postos à disposição dos usuários, por


unidade de tempo considerada;

XI. FREQÜÊNCIA – é o número de viagens em cada sentido, numa linha,


em um período de tempo determinado. Pode ser classificada, segundo o tempo de intervalo,
em:

a) Freqüência Contínua – é aquela caracterizada pelo intervalo máximo


de 30(trinta) minutos entre viagens sucessivas em cada sentido;

b) Freqüência Intermitente – é a que obedece a horários previamente


estabelecidos, com intervalo superior a 30(trinta) minutos.

XII. LOTAÇÃO – é o número de lugares sentados e em pé, oferecidos


pelo veículo em operação, conforme as características do serviço;

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XIII. FROTA – é a quantidade de veículos pertencentes, ou a serviço, de
uma empresa operadora;

XIV. VEÍCULO PADRÃO – é o veículo especificado pela DTT/NF para o


atendimento de um determinado serviço;

XV. TARIFA – é o preço pago pelo usuário de transporte de passageiros,


conforme valores determinados pela DTT/NF;

XVI. OPERADORA OU TRANSPORTADORA – é a pessoa física ou jurídica


que explora qualquer dos Serviços de Transporte aqui regulamentado, mediante concessão,
permissão ou autorização da DTT/NF, conforme o caso;

XVII. INFRAÇÃO – é a ação ou omissão dolosa ou culposa da operadora


ou de seus prepostos, contrária a esta Lei, atos, portarias e normas complementares da
DTT/NF;

XVIII. ATRASO DE HORÁRIO – é o descumprimento de qualquer dos


horários preestabelecidos para o início da viagem, especificados na OSO (Ordem de Serviço
Operacional).

XIX. OMISSÃO DE HORÁRIO – é a não realização da partida do veículo.

XX. SUSPENSÃO DE SERVIÇOS – é a não realização do serviço diário


autorizado para determinada linha, por uma operadora, salvo caso fortuito ou motivo de
força maior;

XXI. SUSPENSÃO PARCIAL DO SERVIÇO – é a não realização de, no


mínimo, 40% (quarenta por cento) dos horários autorizados para as linhas de característica
rodoviária, ou ausência de veículos, por tempo superior a 60 (sessenta) minutos, para as
linhas de freqüência contínua, salvo motivo de força maior;

XXII. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS – são os fatores de natureza


operacional, técnica e econômica, que devem ser considerados na estruturação das linhas,
apurados mediante o processamento dos seguintes fatores:

a) Demanda Média Horária – é a quantidade média de passageiros que se


utilizam de uma determinada linha, por hora, ao longo do seu itinerário e durante um dia
normal típico de tráfego;

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b)Demanda Planejada – é o volume de passageiros a ser transportado por
unidade de tempo, planejado para o equilíbrio da oferta da linha;

c) Dia Normal Típico – é o dia da semana em que o transporte se realiza


normalmente, sem afetação da receita e da freqüência de linha;

d) Passageiro x Quilômetro – é o produto do número de passageiros


equivalentes da linha x extensão de seu percurso;

e) Lugares Ofertados – é o número de viagens realizadas, multiplicado


pela capacidade média da frota de veículos em circulação;

f) Velocidade Comercial – é a relação entre a extensão do percurso


estabelecido e o tempo necessário para a sua realização;

g) Estabilidade Econômica-Financeira da Exploração – é a manutenção


da exploração dos serviços, com base nas condições previstas no Edital de Licitação e/ou no
Contrato de Permissão;

h) Passageiro Equivalente – é o coeficiente obtido na relação entre receita


total auferida e a tarifa máxima, oficializada no DTT/NF, cobrada em uma determinada
linha;

i) Índice de Passageiro x Viagem – é o produto do número de passageiros


equivalentes médio, por viagem de uma linha, pelo número de viagens efetuadas;

j) Índice de Viagens Extras – é a relação entre o número de viagens extras


e o número de viagens concedidas ou permitidas para uma linha;

l) Índice de Cancelamento de Viagem – é a relação do número de viagens


canceladas e o número de viagens concedidas ou permitidas para uma linha;

m) Índice de Quilometragem Prevista – é a relação entre a quilometragem


prevista ou planejada e a quilometragem efetuada;

n) Coeficiente Tarifário - é o valor da tarifa para cada unidade de


quilômetro de locomoção por tipo de serviço;

o) Padrão Operacional – é o conjunto de índices necessários para avaliar


o desempenho operacional de cada operadora;

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p) Índice de Aprovação em Vistoria – é o número de veículos aprovados
nas vistorias realizadas periodicamente pela DTT/NF, pelo número de veículos cadastrados
de cada empresa.

CAPÍTULO III
Do Planejamento dos Serviços

Art. 13. É da competência da DTT/NF a atividade de planejamento dos


Serviços de Transporte de Passageiros, que consiste em seu permanente acompanhamento,
controle e avaliação, objetivando o atendimento às demandas e o equilíbrio econômico-
financeiro dos contratos.

Parágrafo único. A DTT/NF não será responsabilizada pelo


desequilíbrio econômico financeiro decorrente da inadequada gerência dos operadores.

Art. 14. A DTT/NF procederá ao controle permanente da qualidade dos


serviços, de que trata a presente Lei, através de Norma Complementar, que se valerá de
dados estatísticos para avaliar cada Operadora.

§ 1º. Considerar-se-á qualitativamente atendido o mercado de transporte


quando, observadas as características das rodovias, a execução do serviço ocorrer sob
condições de conforto, higiene, regularidade, pontualidade e segurança, verificada ainda, a
existência dos seguintes itens:

I. Veículos, pontos de parada e pontos de apoio, em boas condições de


higiene, convenientemente equipados, de modo a apresentar todos os seus componentes em
bom estado de manutenção e utilização;

II. Esquema operacional obedecido, conforme programação aprovada


pela DTT/NF, especialmente no tocante ao horário de partida e chegada da viagem;

III. Pessoal da operadora, com atividade permanente junto ao público,


conduzindo-se de acordo com as disposições desta Lei, normas complementares e atos
editados pela DTT/NF.

§2º. Considerar-se-á quantitativamente suprido um mercado de


transporte, quando o total de passageiros equivalentes aferidos em pesquisa, durante o
período mínimo de 30 (trinta) dias, for igual a 90% (noventa por cento) dos lugares

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ofertados nos serviços definidos no Art. 9º, inciso I, no ponto de carregamento máximo
definido na pesquisa.

§3º. O Padrão Operacional das Operadoras será aferido a partir dos


seguintes parâmetros:

I. Índice de Desempenho, de acordo com definição contida no Artigo


12, Inciso XXI, letra "i" deste Decreto, não poderá ser inferior a 90% (noventa por cento);

II. Índice de cancelamento de viagens, de acordo com definição contida


no art. 12, inciso XXI, letra "m" deste Decreto, não poderá ser superior a 10%(dez por
cento);

III. Índice de Quilometragem Prevista, de acordo com definição contida


no Artigo 12, Inciso XXV, letra "n" deste Decreto, não poderá ser inferior a 90% (noventa
por cento);

IV. Índice de Aprovação em Vistoria, de acordo com definição contida no


Artigo 12, Inciso XXI, letra "q" deste Decreto, não poderá ser inferior a 90% (noventa por
cento);

V. Índice de quilometragem média entre falhas, de acordo com a


definição contida no art. 12, inciso XXI, letra "r" deste Decreto, não poderá ser superior a
10%(dez por cento) da quilometragem prevista ou planejada;

§ 4º. Constatada a insuficiência quantitativa ou qualitativa do Padrão


Operacional no atendimento ao mercado, a DTT/NF exigirá do operador a melhoria do
serviço prestado ou o aumento da oferta de transporte.

CAPÍTULO IV

Do Regime de Exploração das Linhas e dos Serviços

Art. 15. A exploração dos serviços de que trata esta Lei far-se-á sob
regime de concessão, permissão ou autorização, observada a legislação em vigor.

Parágrafo único. Os serviços previstos no inciso II do Art. 9º deste


Decreto devem ser adjudicados pelo regime de autorização.

SEÇÃO I
Da Concessão e da Permissão

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Art. 16. A adjudicação dos serviços pelos regimes de concessão ou de
permissão far-se-á através de licitação pública, observadas as normas legais vigentes e as
constantes do edital, sempre com o fim de garantir absoluta igualdade de competição e
obtenção da melhor prestação do serviço público.

Parágrafo único. Para efeito do cumprimento do disposto no caput deste


Artigo, serão observadas as seguintes prescrições:

I. Incumbe a DTT/NF decidir sobre a conveniência e a oportunidade da


licitação para prestação dos Serviços de Transportes Coletivo de Passageiros, considerando
os seguintes fatores:

a) a conveniência e a oportunidade para a implantação de novos serviços


serão aferidas, através da realização de estudo de mercado, que indique a possibilidade de
exploração do serviço;

b) poderão, ainda, ser implantados novos serviços em ligação já atendida,


quando for comprovado que esse não vem sendo executado de forma adequada, seja do
ponto de vista qualitativo, quantitativo ou do padrão operacional nos termos do Art.14 desta
Lei.

Art.17. O edital de licitação, observada a legislação pertinente, conterá,


sempre que cabível:

I. Local, dia e hora da realização do certame licitatório;

II. Autoridade que receberá a proposta;

III. Os objetivos e prazos da concessão ou permissão;

IV. Planejamento da linha, condições e características do serviço,


número de veículos para sua operação, conforme a previsão da demanda, itinerário,
freqüência mínima, horários, pontos de paradas, de apoio e de integração, se for o caso;

V. Organização administrativa básica exigida;

VI. As condições para participar na licitação e forma de apresentação


das propostas;

VII. Os prazos para recebimento das propostas, julgamento da licitação e


assinatura do contrato;

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VIII. A relação dos documentos exigidos para a aferição da habilitação
jurídica, qualificação técnica, qualificação econômica-financeira e regularidade fiscal;

IX. Condições mínimas de guarda e manutenção do equipamento,


inclusive no tocante a serviços mecânicos próprios ou contratados, com capacidade para
atender a frota nos pontos terminais e, quando exigidas, em pontos de apoio intermediários;

X. Características do veículo;

XI. Os parâmetros a serem utilizados no julgamento das propostas, de


acordo com o tipo da licitação, segundo os critérios de maior oferta de pagamento pela
outorga e de melhor técnica;

XII. Os parâmetros mínimos de qualidade e produtividade aceitáveis


para a prestação de serviço adequado;

XIII. A tarifa, os critérios e procedimentos para o seu reajuste e revisão;

XIV. Os direitos, garantias e obrigações da DTT/NF e da operadora do


serviço;

XV. Os direitos e deveres dos usuários;

XVI. Modelo de fiscalização das instalações, dos equipamentos e dos


métodos e práticas de execução do serviço, bem como a indicação do órgão competente para
exercê-la;

XVII. As penalidades a que se sujeita a operadora e a


forma de sua aplicação;

XVIII. Os casos de extinção da concessão ou


permissão;

XIX. As condições para a sua prorrogação;

XX. Condições para a assunção pela operadora da obrigação de


oferecer a seus usuários a cobertura de seguro facultativo;

XXI. A minuta do contrato, que conterá as cláusulas essenciais do


serviço;

XXII. O prazo para o início dos serviços;

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XXIII. Local onde serão prestadas informações sobre a
concorrência.

§ 1º. Caberá ao licitante propor:

I. Modo e forma de prestação do serviço;

II. Características dos veículos tais como: marca e modelo do chassi e


carroceria e ano de fabricação;

III. A quantidade de veículos que serão utilizados na prestação do


serviço;

IV. A freqüências mínimas;

V. Oferta pela delegação do serviço.

§ 2º. Serão julgadas vencedoras as propostas das licitantes que, atendidas


as exigências de habilitação jurídica, qualificação econômico-financeira e regularidade
fiscal, apresentarem a melhor capacitação técnica, considerando-se, ainda, o seguinte
critério: melhor oferta pela delegação do serviço: peso "3" (três), e melhor técnica: peso "7"
(sete).

§ 3º. Em caso de empate entre duas ou mais propostas a classificação


será, obrigatoriamente, por sorteio, em ato público, para o qual todos os licitantes serão
convocados, vedados quaisquer outros processos de desempate.

Art.18. Serão desclassificadas as propostas cujos itens não atendam às


exigências técnicas.

Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo a DTT/NF divulgará no


correspondente edital de licitação, a pontuação máxima e mínima aceitável para a proposta
técnica, considerando, cumulativamente, as características da frota, idade média do chassi,
idade média da carroceria, classificação média da frota, como veículo pesado, médio ou
leve, e avaliação das instalações da empresa.

Art. 19. É vedado aos Agentes Públicos admitir, prever, incluir ou


tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que:

I. Comprometam, restrinjam ou frustrem o caráter competitivo do


procedimento licitatório e a livre concorrência na execução do serviço;

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II. Estabeleçam preferência ou distinções entre os licitantes.

SEÇÃO II
Do Contrato

Art. 20. Os contratos de concessão, permissão ou autorização de que trata


esta Lei, constituem espécie do gênero contrato administrativo e regulam-se pelas suas
cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os
princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.

Art. 21. No ato da assinatura do contrato de concessão, de permissão ou


autorização, a operadora deverá comprovar o recolhimento aos cofres da DTT/NF do valor
inicial da outorga da concessão ou da permissão da linha, caso exista esta previsão e
conforme as especificações do Edital ou da proposta ganhadora do certame licitatório, bem
como o seguro de responsabilidade civil por acidente, que resulte morte ou danos pessoais
ou materiais, em favor da tripulação do veículo, dos passageiros, pedestres e terceiros.

§ 1º. Para efeito de contratação de seguro de responsabilidade civil, as


corretoras e suas respectivas seguradoras deverão estar credenciadas na forma da legislação
vigente.

§ 2º. O valor da apólice do seguro de responsabilidade civil será de no


mínimo R$ 5.000,00 (cinco mil reais).

Art. 22. Extingue-se tanto a concessão como a permissão nos casos


previstos em legislação vigente e nos respectivos editais de licitação e/ou contratos.

Art. 23. Ao vencedor da licitação será outorgada, mediante equilíbrio


econômico- financeiro dos contratos, concessão ou permissão, para exploração dos serviços
da linha licitada, no qual constará, sempre que cabível:

I. A área de operação e a localização da linha;

II. O prazo da concessão ou da permissão, que será sempre não


superior a 05 (cinco) anos.

III. A data de início, o modo, a forma e as condições de prestação do


serviço, inclusive tipos e quantidades mínimas de veículos;

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IV. Os critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros definidores da
qualidade e produtividade na prestação do serviço;

V. O itinerário e a localização dos pontos terminais de parada e de


apoio;

VI. Os horários de partida e de chegada e as freqüências mínimas;

VII. A forma de integração;

VIII. A tarifa, bem como os critérios e procedimentos para o seu reajuste;

IX. Os direitos, garantias e obrigações do poder concedente ou


permitente e da concessionária ou permissionária do serviço;

X. Os direitos e deveres dos usuários para obtenção e utilização do


serviço concedido ou permitido;

XI. A fiscalização das instalações, dos equipamentos e dos métodos e


práticas de execução do serviço, bem como a indicação do órgão competente para exercê-la;

XII. As penalidades a que se sujeita a concessionária ou permissionária e


a forma de sua aplicação;

XIII. Os casos de extinção da concessão ou permissão;

XIV. As condições para prorrogação do contrato, que poderá ser feita em


conformidade com o padrão operacional de cada operadora, definido no Art. 14 desta Lei;

XV. A obrigação, por parte da concessionária ou permissionária, de


assegurar aos usuários cobertura do seguro de responsabilidade civil;

XVI. A obrigatoriedade, a forma e a periodicidade das informações


operacionais da concessionária ou permissionária solicitadas pela DTT/NF;

XVII. A sujeição ao edital de licitação;

XVIII. O modo amigável para solução das


divergências contratuais;

XIX. O foro competente para solução das divergências contratuais;

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§ 1º. O reajuste tarifário será efetuado mediante avaliações de custo,
levadas a efeito pelas concessionárias e permissionárias juntamente com a DTT/NF, de
modo a fixar o valor, através dos mecanismos legais.

§ 2º. A tarifa será revista, conforme o caso, sempre que forem criados ou
alterados tributos e encargos legais, bem como sobrevierem disposições legais, que tenham
repercussão no custo do Sistema, ou, ainda, quando os preços de peças, insumos,
equipamentos, combustíveis e salários sofrerem alterações, bem como a demanda de
passageiros, com a finalidade de assegurar o equilíbrio econômico-financeiro da prestação
do serviço.

Art. 24. É vedada a transferência do controle societário das


concessionárias ou permissionárias, sem a prévia anuência da DTT/NF, que, entretanto, não
poderá se opor injustificadamente.

Parágrafo único. Para fins de obtenção da anuência de que trata o caput


deste Artigo, o pretendente deverá:

I. Atender as exigências de capacidade jurídica, capacidade técnica,


idoneidade financeira e regularidade fiscal necessárias à assunção do serviço;

II. Comprometer-se a cumprir as cláusulas do contrato em vigor;

III. Assumir as obrigações da empresa concessionária ou permissionária


do serviço.

SEÇÃO III
Da Extinção

Art. 25. Extingue-se o contrato de concessão ou permissão, por:

I. Advento do termo contratual;

II. Caducidade;

III. Rescisão por mútuo acordo;

IV. Desistência da exploração do serviço;

V. Anulação;

VI. Encampação;

19
VII. Falência ou extinção da empresa outorgada
com o serviço e falecimento ou incapacidade do titilar, no caso de empresa individual.

Art. 26. A caducidade da concessão ou permissão a critério da DTT/NF,


poderá ser declarada nas hipóteses legais e, especialmente, caso a operadora venha a:

I. Paralisar o serviço de uma linha por mais de 06 (seis) dias


consecutivos ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito
ou de força maior;

II. Executar menos da metade do número das freqüências mínimas


estabelecidas para determinada linha, durante o período de 30 (trinta) dias consecutivos ou
alternados, dentro de um prazo de seis meses, salvo por motivo de força maior, devidamente
comprovado;

III. Não realizar os serviços concedidos ou permitidos, por prazo igual ou


superior a 07 (sete) dias consecutivos, ou paralisar 30% (trinta por cento) dos horários
alternados de determinada linha, no período de 01 (um) ano;

IV. Perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para


manter a adequada prestação do serviço, desde que não ocasionados por desequilíbrios
econômico-financeiros do contrato na prestação do serviço;

V. Não atender intimação do DTT/NF para regularizar a prestação do


serviço;

§ 1º. A declaração de caducidade deverá ser precedida da verificação da


inadimplência da operadora em processo administrativo, no qual será assegurado o direito
de ampla defesa.

§ 2º. Não será instaurado processo administrativo de inadimplência antes


de comunicado à operadora o descumprimento contratual verificado, dando-lhe um prazo de
30 (trinta) dias para corrigir as falhas e transgressões apontadas, findo o qual, não tendo sido
sanadas completamente as irregularidades, nova e última intimação será feita, concedendo-
se o mesmo prazo para o enquadramento da transportadora nas cláusulas e condições
contratuais.

§ 3º. Instaurado o processo administrativo e comprovada a inadimplência,


a caducidade será declarada por ato do DTT/NF.

20
§ 4º. A declaração de caducidade impedirá a operadora de, durante o
prazo de 24 (vinte e quatro) meses, habilitar-se à nova outorga para exploração de qualquer
dos serviços.

§ 5°. No que diz respeito ao estabelecido nos itens I; II e III do caput


deste artigo, a Operadora poderá, previamente, solicitar uma prorrogação de prazo,
apontando, se for o caso, outra Operadora devidamente capacitada para suprir a falta
registrada.

§ 6°. Cabe a DTT/NF determinar o prazo que a Operadora mencionada no


parágrafo anterior ficará em operação e previamente ficará estabelecido que todos os ônus
decorrentes da prestação desses serviços serão de inteira responsabilidade da Operadora
solicitante.

Art. 27. A rescisão da concessão ou permissão por mútuo acordo


pressupõe a preservação dos interesses dos usuários.

Art. 28. A concessionária ou permissionária poderá desistir da


exploração do serviço, parcialmente ou totalmente, mediante notificação escrita dirigida a
DTT/NF.

Parágrafo único. No período de 60 (sessenta) dias subseqüentes à


notificação, a concessionária ou permissionária fica obrigada a cumprir integralmente as
cláusulas do respectivo contrato, findo o qual considerar-se-á revogada a outorga e
rescindido o contrato.

Art. 29. A anulação da concessão ou permissão decorrerá da constatação


de vício no processo licitatório ou na celebração do contrato, na forma da legislação
aplicável, podendo ser declarada administrativamente. Enquanto que a encampação é a
retomada dos serviços pelo poder concedente durante o prazo contratual, por motivo de
interesse público, após prévio pagamento de indenização.

SEÇÃO IV
Da Autorização

Art. 30. A autorização com feições de licença para a exploração do


serviço de que trata o inciso II do Art. 9º, dar-se-á mediante ato discricionário do titular da
DTT/NF, atendendo a requerimento da parte interessada, comprovado o cumprimento das

21
disposições legais, regulamentares e contidas em normas complementares que sejam
aplicáveis.

Parágrafo único. Os serviços a que se refere o presente artigo não


poderão ser explorados sob a forma de concessão ou permissão.

CAPÍTULO V
Da Operação das Linhas e dos Serviços

SEÇÃO I
Da Criação e Extinção das Linhas

Art. 31. As linhas serão criadas pela DTT/NF visando à satisfação do


interesse público e observadas a oportunidade e conveniência de implantação dos serviços.

§ 1º. Todo esse processo deverá ser suportado por estudo técnico, que
comprove a real necessidade do serviço, e principalmente, conter estudo de impacto
econômico-financeiro dessa medida que não prejudique o Sistema já em operação.

§ 2º. Concluído os estudos, deverá ser comunicado aos Operadores, aviso


da pretendida implantação, concedendo prazo de 30 (trinta) dias, contados da data de
comunicação, para que as operadoras do STP/NF. possam questionar as medidas propostas.
A DTT/NF terá 15 (quinze) dias, contados da data de protocolização, para analisar os
questionamentos e responder ao operador autor dos mesmos. Caberá recurso no prazo de 15
(quinze) dias, contados da data de recebimento da resposta expedida pela DTT/NF.

Art. 32. A DTT/NF extinguirá linhas, quando essas se mostrarem


operacionalmente inviáveis, devidamente comprovado, cabendo recurso por parte da
operadora.

SEÇÃO II

Das Modificações das Linhas

Art. 33. A DTT/NF poderá, a seu critério, ou a requerimento do


interessado, promover as seguintes modificações nas linhas:

I. Redefinição de itinerário;

II. Alteração no quadro de horários.

22
Parágrafo único. A modificação do inciso I, deste artigo, não poderá
interferir, em itinerários de linhas já existentes, sob qualquer pretexto, se comprovada a
interferência no seu equilíbrio econômico-financeiro ou na sua demanda, salvo acordo entre
as empresas envolvidas e com anuência da DTT/NF.

Art. 34. Será admitida a mudança de itinerário quando:

I. O aprovado se mostrar inadequado;

II. For entregue ao tráfego nova estrada ou trecho melhorado;

III. Por determinação da DTT/NF ou a requerimento do interessado, para


atendimento mais racional.

§ 1º. Ocorrendo inadequação do itinerário, a operadora realizará o serviço


por outra via, enquanto não se verificar o seu restabelecimento, comunicando o fato, no
prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a contar da alteração, a DTT/NF, cabendo a esse aceitar
ou definir provisória ou definitivamente outro trajeto.

§ 2º. A alteração de itinerário, decorrente da entrega ao tráfego de nova


via ou trecho melhorado, proporcionando atendimento mais econômico e confortável ao
usuário, poderá ser autorizada de ofício pela DTT/NF ou a requerimento do interessado,
desde que o anterior itinerário não fique desatendido.

§ 3º. As modificações dos incisos I, II e III deste artigo, não poderão


interferir, em itinerários de linhas já existentes, sob qualquer pretexto, se comprovada a
interferência no seu equilíbrio econômico-financeiro ou na sua demanda, salvo acordo entre
as empresas envolvidas e com anuência da DTT/NF.

Art. 35. Os horários serão fixados em função da demanda de transporte e


características de cada linha e serviço, bem como, quando for o caso, de sua integração,
objetivando a satisfação do usuário, a segurança do tráfego e a rentabilidade das viagens.

§ 1º. O número de horários será aquele que promova o equilíbrio


econômico-financeiro da operadora e assegure ao usuário condições de integração de linhas
e serviços, quando for o caso.

§ 2º. As viagens extraordinárias serão autorizadas sempre que ocorrer


acréscimo atípico de demanda.

23
Art. 36. A DTT/NF, atendendo às peculiaridades das linhas e dos
serviços e objetivando racionalizar e reduzir os custos operacionais poderá autorizar, de
ofício ou a requerimento do interessado, a fusão, o encurtamento ou a integração de linhas,
desde que seja assegurada ao usuário a boa qualidade do serviço.

§ 1°. Em casos excepcionais a Operadora poderá, ex-oficio, executar


horários extras ou complementares através de outros tipos de veículos desde que estejam
vistoriados pela DTT/NF.

SEÇÃO III
Dos Registros das Operadoras

Art. 37. A DTT/NF manterá registro atualizado, a cada 2 (dois) anos, das
operadoras dos Serviços de Transportes de Passageiros do Município.

Art. 38. Para a efetivação do registro de que trata o artigo anterior, as


operadoras deverão apresentar a seguinte documentação:

I. Instrumento constitutivo da empresa e respectivas alterações,


arquivados na Junta Comercial do Estado, de que conste como objetivo social a exploração
do Transporte Público de Passageiros;

II. Certidão negativa de débito para com as Fazendas Federal, Estadual e


Municipal de seu domicílio;

III. Certidões negativas de protesto de títulos, fornecidas por cartórios


onde for estabelecidas a sede da operadora e suas filiais, se for o caso;

IV. Certidão negativa fornecida pelos cartórios distribuidores, cível e


criminal.

Art. 39. As operadoras receberão o "Certificado de Registro", no qual


constarão:

I. Razão social, endereço, inscrição no CNPJ e nomes dos sócios-


gerentes e representantes legais da empresa;

II. Número do registro;

III. Categorias e modalidades do serviço em que operam;

IV. Número do processo de registro;

24
V. Data de emissão do certificado da concessão ou permissão e prazo de
validade;

VI. Nome, cargo ou função e assinatura da autoridade expedidora do


certificado;

VII. O DTT/NF expedirá o referido Certificado no


prazo de 30 (trinta) dias, impreterivelmente.

Art. 40. Toda e qualquer alteração contratual deverá ser comunicada a


DTT/NF, no prazo máximo de 15 (quinze) dias úteis, contados da data do arquivamento do
respectivo instrumento na Junta Comercial do Estado, sejam elas contratuais, dos estatutos
sociais ou referente ao registro empresarial.

SEÇÃO IV
Dos Veículos

Art. 41. Serão utilizados no STP/NF, veículos com características


específicas para cada tipo de serviço:

I. SERVIÇOS DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS DE MÉDIO PORTE –


deverão ser utilizados veículos com capacidade nominal variável de 08 (oito) a 25 (vinte e
cinco) lugares, com 02 (dois) desses lugares reservados para uso exclusivo dos operadores
(motorista e cobrador), obrigatoriamente dotados de equipamentos adequados ao controle de
velocidade, sendo permitido o transporte de passageiro em pé, desde que o veículo seja
dotado de corredor central e observado o disposto no art. 11, sendo permitido a utilização de
rodagens duplas no eixo traseiro. A vida útil dos veículos será de 10 (dez) anos.

Art. 42. Para controle do cumprimento das condições estabelecidas no


artigo anterior os veículos integrantes das frotas das operadoras deverão ser submetidos à
vistoria para efeito de registro na DTT/NF.

Art. 43. As disposições das cores, logotipos e símbolos utilizados nos


veículos serão, obrigatoriamente, diferenciadas e aprovadas para cada operadora, instruídos
nos respectivos pedidos de registro, através de requerimento a DTT/NF, com fotografias
coloridas dos veículos, nas posições laterais, anterior e posterior.

Art. 44. As vistorias dos veículos cadastrados na DTT/NF serão


realizadas pela Comissão de Vistoria e obedecerão aos seguintes prazos de validade:

25
I. Veículos com idade menor ou igual à vida útil definida no cálculo
tarifário: 01 (um) ano de validade;

II. Veículos com idade superior à vida útil definida no cálculo tarifário:
06 (seis) meses de validade.

§ 1º. As vistorias dos veículos serão realizadas pela DTT/NF em período,


local, data e hora previamente fixados ou por um Engenheiro Mecânico, com inscrição no
CREA, incluindo nesta uma solicitação de validação.

§ 2º. Caso os veículos a serem vistoriados não estejam disponíveis no dia


e hora estabelecidos, a operadora ficará obrigada a apresentá-los posteriormente em local
determinado pela DTT/NF.

§ 3º. Os veículos aprovados na vistoria receberão um certificado, do qual


deve constar, entre outras informações pertinentes, o prazo de sua validade.

§ 4º. Em casos excepcionais, quando o veículo for aprovado em vistoria,


mas não atender a outras exigências estabelecidas pela DTT/NF, esse fornecerá certificado
de vistoria provisório, com prazo de validade de 30 (trinta) dias.

§ 5º. Pode a DTT/NF, de acordo com as suas conveniências, celebrar


convênio com o Departamento Estadual de Trânsito – DETRAN/RN ou credenciar empresas
especializadas para a execução das tarefas de vistoria, observadas as características próprias
de cada frota, ou, ainda validar vistoria feita por um Engenheiro Mecânico, inscrito no
CREA.

Art. 45. A Comissão de Vistoria da DTT/NF é integrada por 03 (três)


membros, designados pelo Chefe da DTT/NF, com renovação anual de pelo menos 01 (um)
de seus componentes, observado o princípio da rotatividade.

Art. 46. Poderá a DTT/NF, através da Comissão de Vistoria ou por


intermédio de empresa credenciada, nos termos do § 5º do Art. 44, em qualquer época e sem
ônus para a operadora, realizar inspeção nos veículos, determinando, se for o caso, a sua
retirada de tráfego, até que sejam reparados os itens julgados necessários, procedendo-se à
comprovação da realização do reparo através de nova vistoria.

Art. 47. Além dos documentos exigidos pela legislação de trânsito, os


veículos deverão exibir em seu interior, em lugar visível, o adesivo ou o certificado
correspondente à vistoria realizada.

26
Art. 48. Os veículos a serem utilizados pelos operadores serão definidos,
em termos quantitativos e qualitativos, em função dos serviços concedidos ou permitidos a
critério da DTT/NF.

§1°. Para a prestação dos serviços de transporte, nos casos de não


titularidade do veículo, será exigido instrumento contratual de locação ou de arrendamento
do mesmo.

§2°. Após a realização do cadastramento, será emitida autorização para


emplacamento do veículo na categoria “aluguel” junto ao DETRAN/RN.

SEÇÃO V
Das Viagens

Art. 49. Os veículos registrados para a operação de uma linha são


obrigados a percorrer, integralmente, o seu itinerário.

§ 1º. No caso de interrupção da viagem, por motivo de força maior, a


operadora é obrigada a providenciar alojamento adequado para os passageiros e a indenizá-
los das despesas com alimentação e pousada.

§ 2º. Quando se verificar a interrupção da viagem e essa tiver que ser


completada por veículo de categoria superior, não será permitido à operadora, cobrar
complementação da tarifa.

§ 3º. Se a viagem for realizada em veículo de categoria superior e houver


interrupção, a sua complementação em veículo convencional obriga a concessionária a
devolver aos passageiros a diferença relativa à tarifa.

SEÇÃO VI
Da Fiscalização

Art. 50. A fiscalização dos serviços de que trata esta Lei será exercida
pela DTT/NF, através de seus agentes devidamente identificados, em quaisquer pontos do
Município.

Parágrafo único. A DTT/NF pode fazer convênios com Órgãos


Públicos, Federais, Estaduais ou Municipais, ou contratar, mediante licitação, a prestação de

27
serviço de apoio à fiscalização por parte de empresa privada através de delegação de poderes
para os referidos fins.

Art. 51. Compete ao Agente de Fiscalização da DTT/NF, lavrar autos


referentes às infrações cometidas pelas operadoras, por seus empregados e prepostos, na
execução dos serviços concedidos, permitidos ou autorizadas.

Art. 52. Fica assegurado à Fiscalização, em qualquer ponto do itinerário,


o acesso de seus Agentes ao interior dos veículos, para efeito de realização de inspeções.

Art. 53. A DTT/NF fica obrigada a coibir a operação de quaisquer


serviços de transporte de passageiros, que não seja concedida, permitida ou autorizada,
através de seus agentes de trânsito, em conformidade com o Código de Trânsito Brasileiro.

SEÇÃO VII
Da não Realização dos Serviços

Art. 54. A DTT/NF poderá autorizar a paralisação total ou parcial dos


serviços, quando ocorrer a impossibilidade de tráfego nas rodovias utilizadas.

Art. 55. Deverá a operadora comunicar, a DTT/NF, no prazo de 24 (vinte


e quatro) horas, a verificação da ocorrência que possa determinar a necessidade da
paralisação, que será autorizada a juízo sempre da DTT/NF.

CAPÍTULO VI
Sistema Tarifário dos Serviços

SEÇÃO I
Das Tarifas
Art. 56. A prestação dos Serviços de Transporte de Passageiros será
remunerada, mediante a cobrança de tarifas aos usuários, pelas concessionárias ou
permissionárias.

Parágrafo único. As tarifas serão fixadas em ato do Prefeito Municipal,


considerando estudo realizado pela DTT/NF, e destinar-se-ão a cobrir o custo operacional
dos serviços, viabilizar a melhor qualidade dos mesmos, remunerar o capital investido e
assegurar a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos das operadoras.

Art. 57. O cálculo tarifário deverá contemplar todos os custos fixos,


custos variáveis e custos de capital.

28
Parágrafo único. Deverá ainda ser contemplado no cálculo tarifário os
seguintes custos imputados a título de Remuneração de Serviços de Fiscalização e pelos
serviços de Gestão do STP/NF, o valor total de até 1,5% (um vírgula cinco por cento) sobre
o valor total da receita bruta tarifária mensal, nos termos do edital e respectivo contrato de
concessão, permissão ou autorização, e será recolhida mensalmente a DTT/NF que
regulamentará esse recolhimento em norma complementar.

Art. 58. Para a fixação do valor das tarifas, a DTT/NF adotará critérios
apropriados às condições operacionais dos serviços, observadas as diretrizes definidas pela
DTT/NF.

Art. 59. Além da contratação do seguro obrigatório e de responsabilidade


civil, as operadoras colocarão à disposição dos usuários o seguro facultativo de acidentes
pessoais.

Parágrafo único. O seguro facultativo de acidentes pessoais, terá o seu


valor previamente aprovado pela DTT/NF e somente poderá ser cobrado do usuário com a
sua anuência.

SEÇÃO II
Do Pagamento das Tarifas

Art. 60. É vedada a cobrança, aos usuários, de qualquer importância além


do preço autorizado pela respectiva passagem.

Art. 61. A venda de passagem é de responsabilidade direta e exclusiva de


cada operadora, podendo ser efetuada através de:

I. Seus veículos, ao longo do percurso;

II. Novas modalidades permitidas pela tecnologia.

Art. 62. Nos Serviços de Transportes de Passageiros de Médio Porte


poderão ser usados aparelhos de contagem mecânica ou eletrônica do número de
passageiros, desde que asseguradas às condições necessárias ao controle e à estatística, em
conformidade com o “lay out” do veículo.

29
CAPÍTULO VII
Dos Pontos de Parada

Art. 63. Os pontos de parada serão dispostos ao longo do itinerário, de


forma a assegurar, no curso das viagens e no tempo devido, a qualidade, o bem estar e a
segurança do transporte.

Parágrafo único. O reabastecimento dos veículos, durante a viagem, far-


se-á somente quando inevitável e, apenas, em paradas autorizadas.

CAPÍTULO VIII
Dos Direitos e dos Deveres

SEÇÃO I
Dos Usuários

Art. 64. Aos usuários dos Serviços de Transporte de Passageiros do


Município são assegurados pelas operadoras os seguintes direitos:

I. O transporte em condições de segurança, higiene e conforto, do início


ao término da viagem;

II. O atendimento, com urbanidade, pelos prepostos das operadoras;

III. O auxílio, no embarque e desembarque, pelos prepostos das


operadoras, em se tratando de crianças, gestantes, pessoas idosas e deficientes físicos,
quando solicitado;

IV. O recebimento de informações sobre as características dos serviços,


tais como tempo de viagem, localidades atendidas e outras de interesse dos passageiros;

V. O acesso ao Agente de Fiscalização da DTT/NF para obtenção de


informações, apresentação de reclamações e sugestão quanto aos serviços;

VI. O prosseguimento da viagem, no caso de sua interrupção, no mesmo


veículo ou em outro de características idênticas ou superiores às daquele inicialmente
utilizado;

VII. O recebimento, em caso de acidente, de


imediata e adequada assistência por parte da operadora;

30
Art. 65. Constitui obrigação do usuário zelar pelo patrimônio da
operadora e ainda:

I. Identificar-se, no ato de embarque, quando solicitado;

II. Observar as normas de embarque e desembarque de bagagem

Parágrafo único. Não será permitido o embarque, ou a permanência no


interior do veículo, do usuário que se apresentar nas seguintes condições:

I. Em visível estado de embriaguez;

II. Como portador de aparente moléstia infecto-contagiosa;

III. Em trajes manifestamente impróprios ou ofensivos à moral pública;

IV. Comprometendo a segurança, o conforto e a tranqüilidade dos


usuários;

V. Portando arma de fogo, salvo autoridades policiais e militares


devidamente identificados;

VI. Fazendo uso indevido de aparelhos sonoros, mesmo antes de


advertido pela tripulação do veículo;

VII. Pretendendo transportar animais domésticos


não devidamente acondicionados ou em desacordo com as disposições legais;

VIII. Pretendendo transportar animais silvestres.

SEÇÃO II
Do Poder Concedente

Art. 66. Incumbe a DTT/NF:

I. Fiscalizar, permanentemente, a prestação dos serviços concedidos,


permitidos ou autorizados;

II. Coibir a operação de quaisquer serviços de transporte de passageiros


que não seja concedida, permitida ou autorizada;

31
III. Aplicar as penalidades legais, contratuais e regulamentares, no âmbito
de sua competência;

IV. Declarar a extinção da concessão, permissão ou autorização, nos


casos previstos nesta Lei;

V. Estabelecer as tarifas dos serviços concedidos ou permitidos e


proceder ao seu reajuste e revisão, de forma a garantir o equilíbrio Econômico-financeiro
dos contratos das operadoras, bem como fiscalizar a sua fiel aplicação;

VI. Cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares e contratuais


dos serviços concedidos, permitidos ou autorizados;

VII. Zelar pela boa qualidade dos serviços, receber,


apurar e adotar as providências cabíveis quanto às queixas e reclamações dos usuários;

VIII. Estimular a melhoria da qualidade e da


produtividade dos serviços, a preservação do meio ambiente e a conservação dos bens e
equipamentos utilizados pelo Sistema;

IX. Prestar as informações técnicas solicitadas pelas operadoras dentro do


prazo de 10 dias corridos da data da notificação.

SEÇÃO III
Das Operadoras

Art. 67. Incumbe à Operadora:

I. Prestar serviço adequado, na forma prevista nesta Lei, nas normas


técnicas aplicáveis e no contrato de concessão e permissão.

II. Manter em dia o inventário, o cadastro e o registro dos bens utilizados


na prestação dos serviços;

III. Manter em dia o cadastro de pessoal utilizado na prestação dos


serviços;

IV. Permitir aos Agentes da Fiscalização o livre acesso, em qualquer


época, aos equipamentos e às instalações utilizados nos serviços;

V. Prestar contas da gestão a DTT/NF nos termos definidos no contrato;

32
VI. Cumprir e fazer cumprir as Normas do Serviço e as Cláusulas
Contratuais da Concessão e Permissão;

VII. Zelar pela manutenção dos bens utilizados na


prestação dos serviços.

SEÇÃO IV
Da Prestação de Serviços em Caráter Emergencial

Art. 68. Ocorrendo quaisquer dos casos de caducidade, anulação e


falência ou extinção da concessionária ou permissionária contratada, e desde que elas não
tenham condições de operação para suprir o transporte realizado na linha, a DTT/NF poderá
outorgar, mediante autorização, independentemente de licitação, a prestação do serviço, em
caráter emergencial, pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a fim de que outra
concessionária ou permissionária do sistema, com as mesmas características, explore os
serviços da respectiva linha, enquanto o Órgão gestor prepara o processo de licitação da
mesma, hipótese em que, excepcionalmente, se admitirá a inobservância do disposto no
parágrafo único do art. 90.

Parágrafo único. Para fins do disposto neste Artigo, a DTT/NF fixará


normas para prestação do serviço emergencial, bem assim a quantidade mínima dos veículos
a serem utilizados pela nova operadora e a freqüência mínima obrigatória.

SEÇÃO V
Do Pessoal Contratado pelas Permissionárias ou Concessionárias

Art. 69. A Concessionária ou Permissionária adotará processos


adequados de seleção, controle de saúde e aperfeiçoamento do seu pessoal, especialmente
daqueles que desempenham atividades relacionadas com a segurança do transporte e dos que
mantenham contato com o público.

§ 1º. As contratações, inclusive de mão-de-obra feita pela Operadora,


serão regidas pelas disposições de direito privado e pela legislação trabalhista, não se
estabelecendo qualquer relação entre os terceiros contratados por elas e o outorgante de
serviço público.

33
§ 2º. Nos pontos de parada e nos pontos de apoio, a transportadora não
poderá utilizar pessoas destinadas a aliciar passageiros.

Art. 70. O pessoal contratado na forma do artigo anterior, cuja atividade


se exerça em contato permanente com o público deverá:

I. Apresentar-se, quando em serviço, corretamente uniformizado e


identificado;

II. Conduzir-se com atenção e urbanidade;

III. Dispor, conforme a atividade que desempenhe, de conhecimento


sobre a operação da linha, de modo que possa prestar informações sobre os horários,
itinerários, tempos de percurso, distância e preço de passagens.

Art. 71. Sem prejuízo do cumprimento dos demais deveres na legislação


de trânsito e nesta Lei, os motoristas são obrigados a:

I. Dirigir o veículo de modo que não prejudique a segurança e o


conforto, bem como transportar e tratar com urbanidade os passageiros;

II. Não movimentar o veículo sem que estejam fechadas as portas e as


saídas de emergência, obedecendo as paradas obrigatórias;

III. Não fumar, quando em atendimento ao público;

IV. Não ingerir bebidas alcoólicas em serviço e nas 12 (doze) horas que
antecedem o momento de assumi-lo;

V. Não fazer uso de qualquer substância tóxica.

Parágrafo único. É vedada a permanência em serviço do preposto da


operadora, cujo afastamento tenha sido exigido pela Fiscalização.

SEÇÃO VI
Da Qualidade dos Serviços

Art. 72. Considerar-se-ão como indicadores de boa qualidade dos


serviços prestados:

I. As condições de segurança, conforto e higiene dos veículos e ponto


de parada, quando de propriedade da empresa;

34
II. Cumprimento das condições de regularidade, continuidade,
pontualidade, eficiência, segurança, atualidade e cortesia na prestação;

III. Desempenho profissional do pessoal contratado;

Parágrafo único. A DTT/NF procederá ao controle permanente da


qualidade dos serviços, inclusive valendo-se da realização de auditoria, especialmente para
avaliação da capacidade técnico-operacional das concessionárias e permissionárias, na
forma das disposições vigentes.

CAPÍTULO IX
Das Infrações e Penalidades

SEÇÃO I
Das Disposições Gerais

Art. 73. As infrações às disposições desta Lei, bem como às normas


legais e às cláusulas e condições contratuais sujeitarão o infrator, conforme a gravidade do
fato, às seguintes penalidades:

I. Advertência;

II. Multa;

III. Afastamento do preposto do serviço;

IV. Retenção e/ou apreensão do veículo;

V. Cassação da concessão, da permissão ou autorização;

VI. Declaração de inidoneidade.

§ 1º. A pena de advertência, a ser imposta por escrito, será aplicada em


caso de descumprimento desta Lei, quando o infrator for primário.

§ 2º. O infrator deixará de ser primário quando descumprir os deveres


instituídos por esta Lei por mais de uma vez, dentro do período de l (um) ano.

§ 3º. Cometidas, simultaneamente, duas ou mais infrações, aplicar-se-á a


penalidade correspondente a cada uma delas.

§ 4º. Caracteriza-se a reincidência específica, quando a mesma infração é


cometida dentro de um período de 6 (seis) meses, sendo, neste caso, a multa aplicada em
dobro.

35
§ 5º. O pagamento da multa imposta não desobriga o infrator de corrigir a
falta que lhe deu origem.

Art. 74. A aplicação das penalidades previstas nesta Lei dar-se-á sem
prejuízo da responsabilidade civil, da operadora, ou criminal, de seus dirigentes e prepostos.

Art. 75. As multas serão classificadas em função da gravidade da


infração cometida pelas Operadoras sendo o seu valor definido pelo número de quilômetros
correspondente ao grupo, multiplicado pelo custo quilométrico vigente na ocasião do
pagamento da seguinte forma:

I. GRUPO I – LEVE – 20 (vinte) QUILÔMETROS;

II. GRUPO II – GRAVE – 40 (quarenta) QUILÔMETROS;

III. GRUPO III – GRAVÍSSIMA – 60 (sessenta) QUILÔMETROS.

Parágrafo único. O custo quilométrico deste artigo é aquele calculado


pela DTT/NF.

Art. 76. Fica adotada a seguinte classificação de infrações para efeito do


disposto no artigo anterior:

I. GRUPO I – LEVE

a) O pessoal de operação não se apresentar corretamente uniformizado e/ou


identificado em serviço (código 101);

b) Abandonar o veículo ou posto de trabalho sem causa justificada


(código 102);

c) Tratar os passageiros com falta de urbanidade (código 103);

d) Alterar os pontos de parada, sem prévia expressa autorização da


DTT/NF (código 104);

e) Deixar de atender as paradas de embarque e desembarque (código


105);

f) Dar partida ao veículo, durante a operação de embarque e


desembarque dos passageiros ou transitar com a porta aberta (código 106);

36
g) Deixar de providenciar o transporte dos usuários, nos casos de
interrupção da viagem (código 107);

h) Deixar de inscrever as legendas obrigatórias, internas e externas nos


veículos (código 108);

i) Manter em serviço o preposto cujo afastamento tenha sido exigido


pela DTT/NF (código 109);

j) Alterar ou interromper o itinerário, sem motivo justificado (código


110);

k) Deixar de realizar os serviços total ou parcialmente, sem prévia e


expressa autorização da DTT/NF (código 111);

l) Deixar de cumprir, total ou parcialmente, os horários preestabelecidos


pela DTT/NF em ordem de serviço (código 112).

II. GRUPO II – GRAVE

a)Não preencher corretamente os documentos solicitados pela DTT/NF


(código 201);

b)Transportar passageiros em número superior à lotação autorizada


(passageiro em pé), observado os limites estabelecidos no Art. 11 desta Lei (código 202);

c)Deixar de cumprir ou não transmitir, adequadamente, as comunicações


determinadas pela DTT/NF (código 203);

d)Não apresentar a documentação necessária à renovação periódica do


licenciamento dos veículos e das outorgas das linhas nos prazos estabelecidos pela DTT/NF
(código 204);

e)Retiver indevidamente as remunerações e emolumentos de serviço


destinado a DTT/NF (código 205);

f)Não atender as notificações e aos prazos estabelecidos pela DTT/NF, na


prestação de informações técnicas, operacionais e financeiras/contábeis (código 206).

III. GRUPO III – GRAVÍSSIMA

37
a) Cobrar tarifa superior à fixada pelo município (código 301);

b) Opor-se à Fiscalização ou desacatá-la (código 302);

c) Operar os serviços concedidos, permitidos ou autorizados, sem que os


veículos estejam devidamente licenciados pela DTT/NF e nas mesmas condições que
ensejaram tal licenciamento (código 303);

d) Colocar em operação veículos sem os equipamentos obrigatórios


previstos na presente Lei, em normas complementares ou na legislação pertinente (código
304);

e) Realizar os serviços de transporte de passageiros de forma distinta


daquela concedida, permitida ou autorizada pela DTT/NF (código 305);

f) Adulterar documentos emitidos pela DTT/NF (código 306);

g) Realizar os serviços de transporte de passageiro sem a devida


concessão, permissão ou autorização da DTT/NF (código 307);

h) Manter em serviço o veículo cuja retirada de operação tenha sido


determinado pela DTT/NF (código 308).

Parágrafo único. As infrações dispostas no caput deste Artigo serão


aplicadas aos serviços definidos no inciso I do Art. 9º desta Lei.

SEÇÃO II
Dos Procedimentos

Art. 77. As penalidades aos infratores da presente Lei serão impostas


pelo titular da DTT/NF

Art. 78. A aplicação da pena de advertência é precedida de notificação ao


infrator para que se manifeste sobre o fato considerado irregular, no prazo de 5 (cinco) dias
úteis.

Art. 79. Depende de auto de infração a imposição da pena de multa.

§ 1º. O auto é lavrado pelos Fiscais da DTT/NF, em 03 (três) vias, no


momento da verificação da falta, e deve conter:

38
a) Identificação da razão social do infrator;

b) Indicação do número de ordem do veículo, ou placa;

c) Identificação da linha;

d) Local, data e hora da ocorrência;

e) Descrição sucinta da ocorrência e menção do dispositivo legal ou


regulamentar violado.

§ 2º. Formalizado o auto, a segunda via é remetida ao infrator, no prazo


de 15 (quinze) dias, para que apresente defesa a JARI/DTT/NF., no prazo igual de 15
(quinze) dias, a contar do seu recebimento.

§ 3º. No caso de oferecimento de defesa, são ouvidos a respeito, os


Fiscais autuantes, no mesmo prazo, findo o qual o processo será julgado.

§ 4º. Julgado procedente pela JARI/DTT/NF., o interessado será


notificado da decisão pelo correio.

§ 5º. Uma vez notificado, deverá o autuado recolher a multa em


estabelecimento bancário autorizado, no prazo máximo de 15 (quinze) dias.

§ 6º. É vedada a inutilização do auto, depois de lavrado e assinado.

§ 7º. A DTT/NF emitirá Norma Complementar para padronizar o modelo


do auto de infração a ser utilizado, o qual deverá ser numerado seqüencialmente ao longo de
cada exercício fiscal.

§ 8º. O DTT/NF poderá adotar equipamentos eletrônicos para o registro e


a emissão de autos de infração, desde que regulamentado o respectivo procedimento através
de Norma Complementar específica.

§9º. Em se tratando de veículos não autorizados, o só será liberado após o


pagamento das remunerações e multas pertinentes à infração, recebendo, na oportunidade, a
notificação de penalidades, para prosseguimento do trâmite legal, conforme discriminado
nesta seção.

Art. 80. A penalidade de afastamento de preposto da transportadora é


aplicada mediante processo sumário, em caso de grave violação de dever previsto nesta Lei,

39
ouvido previamente o infrator, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da respectiva
intimação.

Parágrafo único. O afastamento pode ser determinado liminarmente, em


caráter preventivo, pelo prazo de 30 (trinta) dias, por conveniência da apuração do fato e
para prevenir maiores prejuízos para o serviço.

Art. 81. A pena acessória de retenção do veículo é aplicada, sem prejuízo


da multa cabível, quando:

I. Resultar em ameaça à segurança dos passageiros;

II. O veículo não apresentar condições de limpeza, conforto e segurança


exigíveis;

III. O motorista apresentar, em serviço, evidentes sinais de embriaguez ou


de estar sob efeito de substância tóxica;

IV. A tarifa cobrada exceder o valor estabelecido pela DTT/NF em razão


das características do veículo;

V. Praticar itinerário diferente do autorizado pela concessão, permissão


ou autorização.

§ 1º. Nas hipóteses de que trata este Artigo, obriga-se a operadora a


promover a imediata correção da falha identificada, e, no caso do inciso III, proceder a
substituição do motorista.

§ 2º. A pena de retenção somente cessa, quando sanada a falha que a


houver provocado e lavrado o auto de infração específico, de acordo com a falha detectada.

Art. 82. A penalidade de apreensão do veículo é aplicada, sem prejuízo


da multa cabível, nos seguintes casos:

I. For colocado em operação veículo sem licença e sem vistoria feito


pela DTT/NF;

II. O veículo estiver realizando serviço de transporte de passageiro não


autorizado, não permitido ou não concedido pelo DTT/NF;

III. O veículo não apresentar equipamentos de segurança exigíveis,


conforme norma complementar do CONTRAN em vigência .

40
Parágrafo único. A liberação do veículo dar-se-á somente após o
recolhimento da multa cabível e demais emolumentos devidos, e solucionados os motivos
que provocaram a respectiva apreensão.

Art. 83. A pena de cassação da concessão, permissão ou autorização é


aplicada quando a operadora:

I. Deixar de atender os requisitos de capacidade técnica, financeira e


administrativa, desde que esteja assegurado o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos
da operadora;

II. Tiver decretado sua falência;

III. Realizar "lock out";

IV. Transferir a terceiro, no todo ou em parte, sem consulta prévia a


DTT/NF, a operação dos serviços;

V. Não der início à exploração da linha, no prazo de 30 (trinta) dias,


contados da expedição do termo de concessão, permissão ou autorização, salvo na hipótese
de caso fortuito ou de força maior;

VI. Transferir o controle societário da empresa, sem prévia comunicação


a DTT/NF, de acordo com o Artigo 24 desta Lei;

1º. A infração que justifique a aplicação da penalidade de cassação será


apurada por comissão de 03 (três) membros, designados pelo Chefe da Divisão da DTT/NF,
um dos quais como seu Presidente, garantido ao infrator, durante a instrução do processo, o
direito de acompanhar a produção de provas e requerer as de interesse para sua defesa, bem
como a assistência da entidade sindical do qual fizer parte.

§ 2º. Concluída a instrução e intimado o infrator para, no prazo de 30


(trinta) dias, oferecer defesa escrita, o processo é remetido ao Chefe de Divisão da DTT/NF,
para julgamento, com relatório da comissão.

§ 3º. O processo deve estar concluído no prazo de 30 (trinta) dias, e


julgado no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data do relatório referido no parágrafo
anterior.

CAPÍTULO X
Das Disposições Gerais e Transitórias

41
Art. 84. As operadoras em débito para com o Município e/ou em razão
do não recolhimento de quaisquer valores estabelecidos na legislação estadual, nesta Lei ou
nas demais normas aplicáveis, não poderão:

I. Solicitar ou promover quaisquer alterações nos serviços prestados;

II. Ter os seus contratos de outorga renovados;

III. Participar de quaisquer processos licitatórios no âmbito do Município;

IV. Ser contemplada com qualquer incremento de serviço, através de


linha, frota ou horário adicional, mesmo que em caráter provisório.

§ 1º. As restrições elencadas nos incisos anteriores serão revogadas,


imediatamente, a partir da efetiva comprovação do recolhimento devido.

§ 2º. A restrição elencadas nos incisos anteriores não se aplica aos


operadores que discutam seus débitos em via administrativa, ou judicial.

Art. 85. Os débitos das operadoras para com a DTT/NF na data de


publicação desta Lei, poderão ser parcelados em até 60 (sessenta) meses em seu valor
nominal.

Art. 86. A DTT/NF deverá apresentar estudos técnicos conclusivos a


respeito de um Plano Diretor de Transportes para o Município, bem como a implantação de
uma Rede de Serviços de Transporte de Passageiros.

Parágrafo único. Após a análise dos documentos técnicos referidos no


caput deste artigo, a DTT/NF realizará as licitações públicas pertinentes à implementação do
objeto de tais estudos.

Art. 87. Os atuais delegados dos Serviços Públicos de Transporte


continuarão a prestá-los, mediante autorização e tendo em vista a preservação do interesse
público à continuidade do serviço, até que sejam formalizados os novos contratos
administrativos, decorrentes do processo licitatório referido no parágrafo anterior, com
observância da disciplina processual referida no art. 88 desta Lei.

Art. 88. A DTT/NF, a fim de viabilizar a implantação do novo regime


contratual, deverá formalizar processos administrativos individualizados com os atuais
delegados, mediante ato administrativo próprio, até o término do processo licitatório,
assegurando-lhes a ampla defesa e o contraditório, dos quais resultarão:

42
I – a dissolução contratual, quando verificada a incompatibilidade da
relação jurídica travada entre o Poder Público Concedente e o Contrato com regime jurídico
pertinente; e

II – a alteração contratual, na hipótese em que, comprovada a


regularidade jurídica do vínculo obrigacional, houver apenas a necessidade de adaptar as
cláusulas de serviço do ajuste às exigências do novo regime contratual.

Art. 89. A DTT/NF tem prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados a
partir da publicação da presente Lei para adequar, através de Norma Complementar, a
política tarifária a ser adotada para os STP/NF.

Art. 90. Os atuais operadores do STP/NF continuarão a exploração do


serviço, mediante Autorização expedida pelo prazo renovável de 180 (cento e oitenta) dias,
tendo em vista a necessidade de continuidade dos serviços de transporte, em suas categorias
atuais até que sejam procedidas as licitações necessárias.

Parágrafo único: Aos atuais operadores do serviço de transporte


definido no inciso I do art. 9º somente será permitido o registro de uma única Concessão ou
Permissão, por área de operação.

Art. 91. Na contagem dos prazos aludidos nesta Lei, excluir-se-á o dia do
início e incluir-se-á o de vencimento.

Art. 92. Compete a DTT/NF baixar as normas complementares a esta


Lei, observando as suas disposições.

Art. 93. Fica o Município autorizado a cobrar pelo direito de exploração


de serviços públicos bem como pela emissão ou renovação dos certificados de autorização,
alvarás, declarações, certidões, vistorias e demais atos que impliquem na prestação de
serviço ao particular.

Parágrafo único: Os valores cobrados serão estabelecidos em ato do


chefe da DTT/NF.

Art. 94. A presente Lei entra em vigor, na data de sua publicação,


estando revogadas todas as disposições em contrário.

Nísia Floresta, 20 de Agosto de 2007.

43
Decreto nº

Regulamenta a exploração do serviço


de Táxi no município de Nísia Floresta
e dá outras providências.

O Prefeito do município de Nísia Floresta, no uso de suas atribuições legais, conferidas pelo
artigo 65 da Lei Orgânica Municipal,

Considerando a necessidade de regulamentação do transporte de passageiros no município;


Considerando o disposto no artigo 9º, II, “b”, da Lei nº XXXX, de XX de XXXX de 2007
(Regulamento dos Serviços de Transporte de Passageiros do Município de Nísia floresta),

DECRETA:

I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º. A exploração do serviço de transporte remunerado de passageiros em veículo


automotor, o qual se denomina como “Táxi”, será executada mediante autorização expedida
pela Divisão de Transporte e Trânsito do Município de Nísia Floresta – DTT/NF.

Art. 2º. Para efeitos deste Decreto, considera-se:

I – Táxi: Serviço de transporte de passageiros em veículo automotor destinado ao com


retribuição aferida por meio de taxímetro, possuidor de bandeira rotativa, atendidas as
especificações estabelecidas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e
Qualidade Industrial – INMETRO.

II – Autorizatário: Pessoa física ou jurídica detentora de autorização para a exploração do


serviço de transporte individual de passageiro em veículo automotor, outorgada pela
DTT/NF, em conformidade com os interesses e as necessidades da população, avaliada
ainda a conveniência administrativa;

III – Autorização de Tráfego: Documento que permite ao autorizatário utilizar veículo


automotor para explorar o serviço de Táxi.

§1º. No serviço de Táxi serão empregados automóveis de quatro (04) ou duas (02) portas
laterais, e terão tarifas fixadas pelo chefe do Poder Executivo Municipal com base em
estudos elaborados pela DTT/NF.

§2º. Nos veículos dotados de 02 (duas) portas laterais, será facultado ao operador retirar o
banco dianteiro direito de modo a facilitar o embarque dos passageiros.

Art. 3º. O número de táxis no Município de Nísia Floresta será fixado pela DTT/NF na
proporção de 01 (um) para cada 1.000 (mil) habitantes, ou, quando se fizer necessário seu

44
aumento, verificado por meio de estudo técnico, mantido o número atual de 40 (quarenta
unidades distribuídas por pontos pré-fixados pela mesma.

Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo serão tomados por base os índices de aumento
populacional estimados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

II - DAS AUTORIZAÇÕES

Art. 4º. A exploração do serviço de transporte de passageiros em táxi, será autorizada à


pessoa física ou à pessoa jurídica legalmente constituída sob forma firma individual ou
sociedade limitada, devendo constar como objetivo de seu contrato social a exploração do
serviço de transporte de passageiros em táxi.

Art. 5º. Todo e qualquer veículo autorizado à exploração do serviço de Táxi deverá possuir
certificado de autorização expedido pela DTT/NF, contendo, obrigatoriamente, os seguintes
dados:

I – Razão social da empresa autorizada ou completa identificação da pessoa física;

II - Identificação do veículo;

III - Categoria para a qual está autorizado;

IV - Prazo de validade;

V - Nome do(s) motorista(s) registrado(s).

§ 1º. As autorizações terão prazo 05 (cinco) anos, podendo ser renovada a critério da
DTT/NF e desde que observada a qualidade na prestação do serviço.

§2º. Na renovação da autorização serão exigidos todos os documentos indicados no art. 11


deste Decreto.

§3º. Os autorizados deverão obter alvará de licença para cada veículo, o qual será emitido
pela DTT/NF e renovado anualmente.

Art. 6º. Qualquer modificação pretendida pelo interessado referente a autorização que lhe
foi outorgada, dependerá de expressa concordância da DTT/NF.

Art. 7º. A outorga de novas autorizações deverá ser precedida, obrigatoriamente, da


verificação de existência de vagas, observando o disposto no art. 3º.

Art. 8º. A autorização de tráfego será extinta quando:

I - A pedido do autorizado;

II - Não for requerida a sua renovação até trinta (30) dias após o vencimento;

III – Houver a dissolução da empresa autorizatária;

45
IV – Se verifique o óbito ou incapacidade do titular, nos casos de firma individual ou pessoa
física;

V – Se verificar quaisquer outras ocorrências previstas em legislação específica;

VI – Haja o operador atingido pontuação, referente ao cometimento de infrações, suficiente


para gerar a suspensão do direito de dirigir, conforme estabelecido no Código de Trânsito
Brasileiro.

a) Ocorrendo a hipótese definida neste inciso, ficará o operador impedido de obter nova
autorização pelo prazo mínimo de 24 (vinte e quatro) meses.

VII – O operador deixe de cumprir com as determinações da DTT/NF no prazo estipulado,


salvo na ocorrência de caso fortuito ou força.

III – DO PROCEDIMENTO PARA OUTORGA DA AUTORIZAÇÃO DE TRÁFEGO

Art. 9º. Verificada a existência de vagas, nos termos do art. 3º, a DTT/NF dará ciência aos
interessados, por meio de edital com validade não inferior a 10 (dez) dias, e promoverá o
cadastramento dos mesmos.

Art. 10. O interessado deverá possuir pelo menos 21 (vinte e um) anos completos na data do
cadastramento, bem como no mínimo 01 (um) ano de habilitação para dirigir veículo
automotor, inscrito na categoria “B” ou superior.

Parágrafo único – Terá preferência sobre os demais, o interessado que apresentar as


melhores condições de operação, conforme critérios objetivos estabelecido em norma
regulamentar expedida pela DTT/NF. Em caso de empate, terá preferência aquele que tiver
idade mais elevada.

Art. 11. Para efetivação do cadastro o interessado deverá apresentar a seguinte


documentação:

I – Instrumento constitutivo da firma individual ou sociedade limitada, nos termos da


legislação vigente, em que conste como objetivo social a exploração do serviço de transporte
de passageiro em táxi;

II – Inscrição no Cadastro Fiscal da Secretaria Municipal de Finanças;

III – Comprovação de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ ou


Cadastro Nacional de Pessoa Física – CPF;

IV – Comprovação de endereço na sede no Município;

V – Comprovação de propriedade do veículo a ser utilizado no serviço;

46
VI – Certidões negativas de débitos para com as Fazendas Municipal, Estadual e Federal, da
pessoa física ou jurídica;

VII – Certidão negativa de protesto de títulos, expedida por cartório competente no


município, da pessoa física ou jurídica;

VIII – Certidões negativas expedidas pelos cartórios distribuidores cível e criminal, da


pessoa física ou dos sócios da pessoa jurídica.

IX – Cópias autenticadas do documento de Identidade e do documento de inscrição no


Cadastro de Pessoa Física – CPF dos sócios da pessoa jurídica;

X – Cópia autenticada da Carteira Nacional de Habilitação – CNH, com categoria mínima


“B”, da pessoa física ou do(s) motorista(s) indicado(s) pela pessoa jurídica;

XI – Certidão de quitação das obrigações eleitorais, expedida pelo Tribunal Regional


Eleitoral – TRE, da pessoa física ou do(s) integrante(s) da pessoa jurídica;

XII – Deverá o interessado apresentar, juntamente com o requerimento de cadastro,


certificado de conclusão de curso de direção defensiva e primeiros socorros. No caso de
pessoa jurídica, deverá ser apresentado o respectivo certificado de cada motorista.

Art. 12. Após a realização do cadastramento, sendo o interessado aprovado, será emitida
autorização para emplacamento do veículo na categoria “aluguel” junto ao DETRAN/RN.

§1º. Realizado o emplacamento do veículo na categoria “aluguel”, será expedida a


autorização de tráfego em favor do interessado.

§2º. Deverá o autorizatário comprovar, no prazo de 15 (quinze) dias, a realização de seguro


de responsabilidade civil por acidente, que resulte morte ou danos pessoais ou materiais, em
favor da tripulação do veículo, dos passageiros, pedestres e terceiros.

I – O valor da apólice do seguro de responsabilidade civil será de no mínimo R$ 2.000,00


(dois mil Reais).

§3º. Além do seguro obrigatório indicado no parágrafo anterior, poderá o operador oferecer
aos usuários seguro facultativo de acidentes pessoais, o qual terá seu valor submetido a
prévia aprovação da DTT/NF.

IV - DA TRANSFERÊNCIA DO TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE TRÁFEGO

Art. 13. A autorização será outorgada em caráter personalíssimo e só poderá ser transferida
com a prévia anuência da DTT/NF, que na hipótese de denegação do pedido deverá
justificar sua decisão.

47
Art. 14. Para efetivação da transferência da autorização será exigido do novo operador a
apresentação de toda a documentação referida no art. 11.

§1º. Caso exista débito em aberto, ainda que parcelado, o novo operador assumirá sua
responsabilidade nos mesmos termos anteriormente fixados.

Art. 15. Não será permitida a transferência de autorização dentro de um período de doze
(12) meses após a data em que a mesma foi outorgada ou realizada transferência anterior.

V - DOS VEÍCULOS E VISTORIA

Art. 16. A vida útil dos veículos utilizados no serviço de transporte de passageiros em táxi
será de 10 (dez) anos, contados a partir da data da primeira nota fiscal de compra.

§1º. Atingida a idade máxima permitida, terá o operador prazo improrrogável de 30 (trinta)
dias para proceder a substituição do veículo.

§2º. Na hipótese de ser ultrapassada a vida útil do veículo e não ser procedida sua
substituição no prazo estipulado no parágrafo anterior, a autorização será automaticamente
extinta.

Art. 17. Os veículos destinados à exploração do serviço de transporte de passageiros em táxi


no Município de Nísia Floresta serão identificados mediante padronização estabelecida em
norma regulamentar expedida pela DTT/NF.

Parágrafo único. Os veículos atualmente empregados no serviço de transporte de passageiros


em táxi poderão manter as atuais formas de identificação até que sejam substituídos.

Art. 18. Todo veículo deverá portar, em sua parte interna, em lugar visível, as informações
estabelecidas pela DTT/NF.

Art. 19. Todos os veículos deverão submeter-se a vistoria anual e quando da transferência
ou renovação da autorização, não excluída a possibilidade de realização de vistorias
extraordinárias por parte da DTT/NF.

§ 1º. O órgão vistoriador emitirá documento comprobatório, conforme modelo estabelecido


pela DTT/NF, que será afixado na parte interna do veículo, em local visível aos usuários e à
fiscalização;

§2º. O documento referido no parágrafo anterior deverá ser necessariamente assinado por
Engenheiro Mecânico com registro no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura –
CREA;

§3º. É absolutamente proibida a exploração do serviço de transporte de passageiros em táxi


com a utilização de veículos que não possuam documento comprobatório de vistoria ou

48
tenham o mesmo vencido, rasurado ou danificado de qualquer forma que impeça sua
perfeita leitura.

§4º. A critério da chefia da DTT/NF, poderá ser concedido prazo máximo e improrrogável
de trinta (30) dias, para correção das irregularidades identificadas na vistoria, desde que, por
sua relevância, não comprometam a segurança do mesmo.

Art. 20. Os veículos somente poderão ser conduzidos por motoristas cadastrados na
DTT/NF, de acordo com as disposições do Código de Trânsito Brasileiro e deste Decreto.

VI - DAS OBRIGAÇÕES DOS AUTORIZATÁRIOS E DO ÓRGÃO MÁXIMO


EXECUTIVO DE TRÂNSITO E TRANSPORTE MUNICIPAL

Art. 21. Os operadores do serviço de transporte de passageiros em táxis se obrigam a:

I - Manter o veículo utilizado em boas condições de tráfego;

II - Manter atualizados os documentos referente a contabilidade e sistema de controle


operacional da frota exibindo-os, sempre que solicitados, à fiscalização municipal;

III - Atender às obrigações trabalhistas, fiscais e previdenciárias;

IV – Entregar à DTT/NF a relação dos motoristas registrados, devendo mantê-la sempre


atualizada;

V - Comunicar à DTT/NF quaisquer alterações contratuais ou de operação no serviço;

Art. 22. Sem prejuízo dos deveres e proibições expressos no Código Trânsito Brasileiro
todos os operadores devem observar o seguinte:

I - Tratar com polidez e urbanidade os passageiros e o público;

II - Não recusar passageiros, salvo nos casos expressamente previstos em lei;

III - Não violar o taxímetro;

IV - Não cobrar acima da tabela;

V – Seguir o itinerário determinado pelo passageiro, podendo sugerir opções de rotas mais
eficientes;

VI - Não permitir excesso de lotação;

VII - Não efetuar transportes sob o sistema de lotação sem prévia autorização da DTT/NF.

49
Art. 23. Aos operadores será facultado transportar passageiro:

I - Cujos objetos ou animais que conduzam, ou roupas que usem, possam danificar o veículo
ou prejudicar-lhe o asseio;

II – Em visível estado de embriaguez ou sob efeito de entorpecente;

III - Facilmente reconhecíveis como portadores de moléstias infecto-contagiosas;

IV - Que, após às 22:00h (vinte e duas horas), não se identifique quando solicitado a fazê-lo.

VII - DO BANCO DE DADOS

Art. 24. A DTT/NF manterá banco de dados atualizado contendo, no mínimo as seguintes
informações:

I – Identificação dos operadores autorizados;

II – Identificação dos motoristas indicados pelas sociedades limitadas;

III – Identificação dos veículos utilizados pelos operadores.

VIII - DAS INFRAÇÕES, PENALIDADES E RECURSOS

Art. 25. A operação do serviço de transporte de passageiros em táxi será objeto de


permanente fiscalização por meio da DTT/NF.

Art. 26. Os procedimentos de autuação, recurso e julgamento das infrações será aquele
estabelecido pelo Código de Trânsito Brasileiro.

IX - DA REMUNERAÇÃO DOS SERVIÇOS

Art. 27. A prestação do serviço de transporte de passageiros em táxi será remunerada


observando-se as tarifas oficiais, aprovadas por ato do Prefeito Municipal, com base nos
estudos realizados pela DTT/NF.

Parágrafo único. Os estudos para atualização das tarifas poderão ser realizados por iniciativa
da Administração ou a requerimento do órgão de classe dos operadores.

X - DISPOSIÇÕES FINAIS

50
Art. 28. A pessoa física ou jurídica que explore o serviço de transporte de passageiros em
táxi não poderá desempenhar outro tipo de atividade, sob pena de extinção da autorização.

Parágrafo único: Somente será concedida uma única autorização para cada operador,
pessoa física ou jurídica.

Art. 29. A emissão ou renovação dos certificados de autorização, alvarás, declarações e


certidões, pela DTT/NF, estão sujeitos ao pagamento de remunerações de expediente,
fixadas em ato de seu titular.

Art. 30. Os pontos de parada serão fixados pela DTT/NF, somente neles podendo
estacionar os veículos relacionados conforme numeração de registro.

Art. 31. Os operadores que possuam veículos com idade acima daquela indicada no art. 12,
na data da entrada em vigor deste Decreto, terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias para
proceder sua substituição, sob pena de extinção da autorização.

Art. 32. Os casos omissos neste Decreto serão resolvidos mediante a emissão de norma
regulamentar pela DTT/NF, dentro de sua competência.

Art. 33. Este Decreto entra vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.

Publique-se, Registre-se e Cumpra-se.

Nísia Floresta, XX de XXXX de 20007.

George Ney Ferreira


Prefeito Municipal

51
Decreto nº

Regulamenta a exploração do serviço


de Moto-Táxi no município de Nísia
Floresta e dá outras providências.

O Prefeito do município de Nísia Floresta, no uso de suas atribuições legais, conferidas pelo
artigo 65 da Lei Orgânica Municipal,

Considerando a necessidade de regulamentação do transporte de passageiros no município;


Considerando o disposto no artigo 9º, II, “a”, da Lei nº XXXX, de XX de XXXX de 2007
(Regulamento dos Serviços de Transporte de Passageiros do Município de Nísia floresta),

DECRETA:

I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º. A exploração do serviço de transporte individual de passageiro em veículo


automotor, tipo motocicleta, o qual se denomina “Moto-Táxi”, será executada mediante
autorização expedida pela Divisão de Transporte e Trânsito do Município de Nísia Floresta
– DTT/NF.

Art. 2º. Para os efeitos deste Decreto, considera-se:

I - Moto-Táxi: Serviço de transporte individual de passageiro, realizado em veículo


automotor, tipo motocicleta, com retribuição estabelecida em ato do chefe do Poder
Executivo Municipal, conduzido por condutor devidamente autorizado e qualificado para
esse fim;

II – Autorizatário: Pessoa física ou Firma individual, detentora de autorização para a


exploração do serviço de transporte individual de passageiro em veículo automotor, tipo
motocicleta, outorgada pela DTT/NF, em conformidade com os interesses e as necessidades
da população, avaliada ainda a conveniência administrativa;

III – Autorização de Tráfego: Documento que permite à pessoa física ou firma individual
autorizatária utilizar veículo automotor, tipo motocicleta, para executar o serviço de Moto-
Táxi.

Art. 3º. Mantida a quantidade atual, o número de autorizações para execução do serviço de
Moto-Táxi no município de Nísia Floresta não poderá ultrapassar o total de 40 (quarenta
unidades distribuídas por pontos pela DTT/NF.

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II - DAS AUTORIZAÇÕES DE TRÁFEGO

Art. 4º. Todo e qualquer veículo empregado na exploração do serviço de Moto-Táxi deverá
possuir certificado de autorização expedido pela DTT/NF, contendo, obrigatoriamente, os
seguintes dados:

I – Razão social da empresa autorizada ou completa identificação da pessoa física;

II - Identificação do veículo;

III - Categoria para a qual está autorizado;

IV - Prazo de validade;

V - Nome do titular da firma individual autorizatária.

§ 1º. As autorizações terão prazo 01 (um) ano, podendo ser renovada a critério da DTT/NF e
desde que observada a qualidade na prestação do serviço.

§2º. Na renovação da autorização serão exigidos todos os documentos indicados no art. 10


deste Decreto.

Art. 5º. Qualquer modificação pretendida pelo interessado referente à autorização que lhe
foi outorgada dependerá de expressa concordância da DTT/NF.

Art. 6º. A outorga de novas autorizações deverá ser precedida, obrigatoriamente, da


verificação de existência de vagas, observando o disposto no art. 3º.

Parágrafo único: Somente será concedida uma única autorização para cada operador.

Art. 7º. A autorização será extinta quando:

I - A pedido do autorizatário;

II - Não for requerida a sua renovação até trinta (30) dias após o vencimento;

III – Se verifique o óbito ou incapacidade do titular, vedada a assunção do serviço por


qualquer sucessor hereditário;

IV – Se verificar quaisquer outras ocorrências previstas em legislação específica;

V – Haja o operador atingido pontuação, referente ao cometimento de infrações, suficiente


para gerar a suspensão do direito de dirigir, conforme estabelecido no Código de Trânsito
Brasileiro.

a) Ocorrendo a hipótese definida neste inciso, ficará o operador impedido de obter nova
autorização pelo prazo mínimo de 24 (vinte e quatro) meses.

53
III – DO PROCEDIMENTO PARA OUTORGA DA AUTORIZAÇÃO DE TRÁFEGO

Art. 8º. Verificada a existência de vagas, nos termos do art. 3º, a DTT/NF dará ciência aos
interessados, por meio de edital com validade não inferior a 10 (dez) dias, e promoverá o
cadastramento dos mesmos.

Art. 9º. O interessado deverá possuir pelo menos 21 (vinte e um) anos completos na data do
cadastramento, bem como no mínimo 02 (dois) anos de habilitação para dirigir veículo
automotor, inscrito na categoria “A”.

§1º. Terá preferência sobre os demais, o interessado que apresentar as melhores condições
de operação, conforme critérios objetivos estabelecidos em norma regulamentar expedida
pela DTT/NF. Em caso de empate, terá preferência aquele que tiver idade mais elevada.

Art. 10. Para efetivação do cadastro o interessado deverá apresentar a seguinte


documentação:

I – Certificado de conclusão de curso de direção defensiva e primeiros socorros;

II – Inscrição no Cadastro Fiscal da Secretaria Municipal de Finanças;

III – Comprovação de endereço na sede no Município, há pelo menos 01 (um) ano;

IV – Comprovação de propriedade do veículo a ser utilizado no serviço;

V – Certidões negativas de débitos para com as Fazendas Municipal, Estadual e Federal;

VI – Certidão negativa de protesto de títulos, expedida por cartório competente no


município;

VII – Certidões negativas expedidas pelos cartórios distribuidores cível e criminal.

VIII – Cópias autenticadas da carteira de Identidade e do documento de inscrição no


Cadastro de Pessoa Física – CPF;

IX – Cópia autenticada da Carteira Nacional de Habilitação – CNH;

X – Certidão de quitação das obrigações eleitorais, expedida pelo Tribunal Regional


Eleitoral – TRE;

XI – Cópia do documento de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Física – CPF ou no


Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, quando se tratar de firma individual.

Art. 11. Após a realização do cadastramento, sendo o interessado aprovado, será emitida
autorização para emplacamento do veículo na categoria “aluguel” junto ao DETRAN/RN.

54
IV - DA TRANSFERÊNCIA DO TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE TRÁFEGO

Art. 12. A autorização será outorgada em caráter personalíssimo e só poderá ser transferida
com a prévia anuência da DTT/NF, que na hipótese de denegação do pedido deverá
justificar sua decisão.

Art. 13. Para efetivação da transferência da autorização será exigido do novo operador a
apresentação de toda a documentação referida no art. 10.

§1º. Caso exista débito em aberto, ainda que parcelado, o novo operador assumirá sua
responsabilidade nos mesmos termos anteriormente fixados.

Art. 14. Não será permitida a transferência de autorização dentro de um período de doze
(12) meses após a data em que a mesma foi outorgada ou realizada transferência anterior.

V - DOS VEÍCULOS E VISTORIA

Art. 15. A vida útil dos veículos utilizados no serviço de Moto-Táxi será de 08 (oito) anos,
contados a partir da data da primeira nota fiscal de compra.

§1º. Atingida a idade máxima permitida, terá o operador prazo improrrogável de 30 (trinta)
dias para proceder a substituição do veículo.

§2º. Na hipótese de ser ultrapassada a vida útil do veículo e não ser procedida sua
substituição no prazo estipulado no parágrafo anterior, a autorização será automaticamente
extinta.

Art. 16. Os veículos destinados à exploração do serviço de Moto-Táxi no Município de


Nísia Floresta serão identificados mediante padronização estabelecida em norma
regulamentar expedida pela DTT/NF.

Parágrafo único. Os veículos atualmente empregados no serviço de Moto-Táxi poderão


manter as atuais formas de identificação até que sejam substituídos.

Art. 17. Todo veículo deverá portar, em lugar visível, as informações estabelecidas pela
DTT/NF.

Art. 18. Todos os veículos deverão submeter-se a vistoria anual e quando da transferência
ou renovação da autorização, não excluída a possibilidade da realização de vistorias
extraordinárias por parte da DTT/NF.

55
§ 1º. O órgão vistoriador emitirá documento comprobatório, conforme modelo estabelecido
pela DTT/NF, que será de porte obrigatório, devendo ser apresentado ao passageiro ou à
fiscalização sempre que for solicitado;

§2º. O documento referido no parágrafo anterior deverá ser necessariamente assinado por
Engenheiro Mecânico com registro no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura –
CREA;

§3º. É absolutamente proibida a exploração do serviço de Moto-Táxi com a utilização de


veículo que não possua documento comprobatório de vistoria ou esteja o mesmo vencido,
rasurado ou danificado de qualquer forma que impeça sua perfeita leitura.

§4º. A critério da chefia da DTT/NF, poderá ser concedido prazo máximo e improrrogável
de trinta (30) dias, para correção das irregularidades identificadas na vistoria, desde que, por
sua relevância, não comprometam a segurança do mesmo.

Art. 19. Os veículos somente poderão ser conduzidos por motoristas cadastrados na
DTT/NF, de acordo com as disposições do Código de Trânsito Brasileiro e desta Lei.

VI - DAS OBRIGAÇÕES DOS AUTORIZATÁRIOS E DO ÓRGÃO MÁXIMO


EXECUTIVO DE TRÂNSITO E TRANSPORTE MUNICIPAL

Art. 20. Sem prejuízo dos deveres e proibições expressos no Código de Trânsito Brasileiro
todos os operadores devem observar o seguinte:

I - Tratar com polidez e urbanidade os passageiros e o público;

II - Não recusar passageiros, salvo nos casos expressamente previstos em lei;

III - Não violar o taxímetro;

IV – Não cobrar tarifa acima da fixada pelo órgão máximo executivo de trânsito e
transporte;

V – Seguir o itinerário determinado pelo passageiro, podendo sugerir opções de rotas mais
eficientes;

VI - Não transportar mais de 01 (um) passageiro;

VII – Não transportar passageiro com menos de 12 (doze) anos de idade;

VIII – Manter o veículo utilizado em boas condições de tráfego.

Art. 21. Aos operadores será facultado transportar passageiro:

56
I - Cujos objetos ou animais que conduzam, ou roupas que usem, possam danificar o veículo
ou prejudicar-lhe o asseio;

II – Em visível estado de embriaguez ou sob efeito de entorpecente;

III - Facilmente reconhecíveis como portadores de moléstias infecto-contagiosas;

IV - Que, após às 22:00h (vinte e duas horas), não se identifique quando solicitado a fazê-lo.

Art. 22. A DTT/NF deverá coibir a execução do serviço por pessoas que não estejam
devidamente autorizadas, podendo, para tanto, celebrar convênios de cooperação com outros
órgãos correlatos, sejam eles municipais, estadual ou federal.

VII - DO BANCO DE DADOS

Art. 23. A DTT/NF manterá banco de dados atualizado contendo, no mínimo as seguintes
informações:

I – Identificação dos operadores autorizados;

II – Identificação dos veículos utilizados pelos operadores.

VIII - DAS INFRAÇÕES, PENALIDADES E RECURSOS

Art. 24. A operação do serviço de Moto-Táxi será objeto de permanente fiscalização por
meio da DTT/NF.

Art. 25. O procedimento de autuação, recurso e julgamento das infrações será aquele
estabelecido pelo Código de Trânsito Brasileiro.

IX - DA REMUNERAÇÃO DOS SERVIÇOS

Art. 26. A prestação do serviço Moto-Táxi será remunerada observando-se as tarifas


oficiais, aprovadas por ato do chefe do Poder Executivo Municipal, com base nos estudos
realizados pela DTT/NF.

Parágrafo único. Os estudos para atualização das tarifas poderão ser realizados por iniciativa
da Administração ou a requerimento do órgão de classe dos operadores.

57
X - DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 28. O autorizatário não poderá desempenhar outro tipo de atividade, sob pena de
extinção da autorização.

Art. 29. A emissão ou renovação dos certificados de autorização, alvarás, declarações e


certidões, pela DTT/NF, estão sujeitos ao pagamento de remunerações de expediente,
fixadas em ato de seu titular.

Art. 30. Os pontos de parada serão fixados pela DTT/NF, podendo nelas estacionar
qualquer veículo que opere regularmente no serviço Moto-Táxi, desde que tenha vaga.

Art. 31. Os operadores que possuam veículos com idade acima daquela indicada no art. 15,
na data da entrada em vigor deste Decreto, terão o prazo de 90 (noventa) dias para proceder
sua substituição, sob pena de extinção da autorização.

Art. 32. Os casos omissos neste Decreto serão resolvidos mediante a emissão de norma
regulamentar pela DTT/NF, dentro de sua competência.

Art. 33. Este Decreto entra vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.

Publique-se, Registre-se e Cumpra-se.

Nísia Floresta, XX de XXXX de 20007.

George Ney Ferreira


Prefeito Municipal

58
Decreto nº

Regulamenta a exploração do serviço


de transporte, categoria “Fretamento
Misto”, no município de Nísia Floresta
e dá outras providências.

O Prefeito do município de Nísia Floresta, no uso de suas atribuições legais,


conferidas pelo artigo 65 da Lei Orgânica Municipal,

Considerando a necessidade de regulamentação do transporte de passageiros no município;


Considerando o disposto no artigo 9º, II, “c”, da Lei nº XXXX, de XX de XXXX de 2007
(Regulamento dos Serviços de Transporte de Passageiros do Município de Nísia floresta),
Considerando, o disposto no art. 108 da Lei n°9.503, de 23 de setembro de 1997 – Código
Nacional de Trânsito;
Considerando, a necessidade de atendimento por transporte a demanda de produtos gerada
por pequenos produtores da zona rural;
Considerando, o a necessidade de atendimento por transporte a pessoas vinculadas a obras
ou empreendimentos agro-industriais;
Considerando, o atendimento das necessidades de execução, manutenção ou conservação
de serviços oficiais de utilidade pública.

DECRETA:

Art. 1° - Os Serviços de Transporte Especial de que trata a alínea “d”, inciso II, art. 9° da
Lei nº, de XX de XXXX de 2007, poderão ser autorizados pela Divisão de Transporte e
Trânsito do Município de Nísia Floresta – DTT/NF, desde que atendam aos requisitos
estabelecidos neste Decreto.

Art 2°- Considera-se Transporte Especial, categoria Fretamento Misto, aquele que utiliza,
para transporte de passageiros e carga, equipamentos tipo caminhões, caminhões ¾ e
camionetas, operados através de Cooperativas de Transportes ou Empresa com objetivo
específico, de acordo com este Decreto, legalmente constituídos, para executar o transporte
entre localidades de origem/destino situadas em Distritos limítrofes do município de Nísia
Floresta ou Distritos não limítrofes, quando não houver linha regular de transporte coletivo
ou as linhas existentes não forem suficientes para suprir as necessidades destes Distritos,
dentro do perímetro municipal, sendo expressamente vedado o transporte de passageiros
acima da capacidade estabelecida para os referidos veículos, vistoriados pelo DETRAN/RN.

Parágrafo Único – Os Serviços de que trata o caput deste artigo, serão explorados através
de certificados de registro e autorizações expedidas pela DTT/NF, nos termos do art. 1°, a
partir de solicitação escrita a ela encaminhada, pelo interessado, nas condições dispostas nos
artigos 3° ao 6°, a seguir.

Art. 3° - Os Serviços de Fretamento Misto serão cadastrados e autorizados pela DTT/NF,


para uma ou mais viagens por semana, desde que o período autorizado não ultrapasse a
validade do Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo, mediante a solicitação de
registro/autorização e apresentação da seguinte documentação:

59
a) Título de propriedade do veículo (em nome da Cooperativa/Empresa ou
dos Associados) - CRLV;

b) Certidão do DETRAN/RN estabelecendo o número máximo de pessoas a


serem transportadas (lotação permitida);

c) Laudo de vistoria do veículo, fornecido pelo DETRAN/RN;

d) Ata de constituição da Cooperativa, quando for o caso;

e) Estatuto Social/Contrato Social devidamente registrados em Cartório


competente, quando for o caso;

f) Certidões negativas de débitos para com as Fazendas, Federal, Estadual e


Municipal, da Cooperativa/Empresa solicitante;

g) Comprovante de endereço;

h) CPF e RG ou CNPJ;

i) Indicação dos motoristas (com CPF, RG, Curso de Direção Defensiva e


Carteira de Habilitação – tipo D, ou superior).

Art. 4°- Para que a DTT/NF autorize a execução dos Serviços de Transporte Especial –
Fretamento Contínuo por Transporte Misto, além da documentação exigida no artigo
anterior, serão necessárias as seguintes condições:

a) Ser o Serviço executado entre localidades de origem e destino


situadas em Distritos limítrofes do município de Nísia Floresta ou Distritos
não limítrofes, quando não houver linha regular de transporte coletivo ou as
linhas existentes não forem suficientes para suprir as necessidades destes
municípios, respeitando o disposto no art. 2° deste Decreto;

b) Ser portador de Registro Cadastral, cuja validade será de 12(doze)


meses ou de acordo com a validade do Certificado de Registro e
Licenciamento do Veículo, isto é, a validade do documento que se vencer
primeiro, a partir da data de emissão, podendo ser renovada, desde que
cumpridas as disposições desta Norma e da Lei nº XX de XXX de 2007
(Regulamento dos Serviços de Transporte de Passageiros do Município de
Nísia floresta);

c) Ser portador, também, de autorização para uma ou mais viagens/semana,


de acordo com a validade da mesma, não ultrapassando a validade do
Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo – CRLV, com renovação
bimestral, mediante informação do movimento de passageiros por viagem,
por mês, em formulário adotado pelo Órgão.

Art. 5° - São requisitos mínimos para concessão da autorização do Transporte mencionado


nos artigos anteriores, que os veículos estejam adaptados com:

60
I – bancos com encostos e cintos, fixados na estrutura da carroceria;

II – carroceria com guardas altas, em todo o seu perímetro, em material de


boa qualidade e resistência estrutural;

III – cobertura com estrutura em material de resistência adequada.

Parágrafo Único – Os veículos referidos neste artigo só poderão entrar em operação após
vistoria da autoridade competente para conceder a autorização (DTT/NF).

Art. 6° - Satisfeitos os requisitos enumerados no artigo anterior, a autoridade (DTT/NF),


definirá, no documento de autorização, as condições de higiene e segurança, além dos
seguintes critérios técnicos:

I - Razão social;

II – Número do Certificado de Registro e sua validade;

III - Indicação da modalidade do serviço;

IV – Nomes dos representantes legais;

V – Número do Processo Administrativo;

VI – Número de passageiros (lotação permitida) a serem transportados;

VII –Local de origem e destino do transporte;

VIII –Itinerário a ser percorrido;

IX – Pontos de parada para embarque/desembarque de passageiros e de carga;

X – Horário a ser observado, a partir da origem em todos os pontos de parada;

XI – Tarifa a ser paga por passageiro;

XII – Prazo de validade da autorização, dentro dos limites definidos no art.


4°, alínea “b”, deste Decreto.

Parágrafo Único: Para o transporte de passageiros nesta modalidade de veículos não será
utilizado, em hipótese alguma, os denominados “basculantes” e “boiadeiros”.

Art. 7° – Os veículos autorizados para execução dos Serviços de que trata este Decreto,
serão identificados através de faixa afixada em sua lateral, conforme modelo fornecido pelo
órgão, DTT/NF, ficando, os mesmos, autorizados a levar, somente, o número de passageiros
estabelecido no CRLV ou na vistoria realizada pelo DETRAN/RN.

61
Parágrafo Único – A autorização por veículo será renovada bimestralmente, conforme o
CRLV, o Certificado de Registro de Cadastro registrado no DER/RN e as informações de
demanda, observando, ainda, o Banco de Dados da DTT/NF.

Art. 8° – A DTT/NF, expedirá Certificado de Cadastro de Registro, mediante o


recolhimento da respectiva importância:

I – Caminhões, caminhões 3/4 e camionetas: R$ 400,00 (quatrocentos reais).

§1° – A remuneração de serviços de Vistoria, por veículo, quando realizados pelo DTT/NF e
nas instalações do órgão, conforme o ano de fabricação do veículo, corresponderá aos
seguintes valores:

a) veículos de 0 (zero) a 7(sete) anos de vida útil – vistoria


anual: R$50,00/Ano;

b) veículos acima de 7 (sete) anos de vida útil – vistoria


semestral: R$50,00/Semestre.

§2° - A Autorização por Veículo, que será bimestral, conforme o CRLV, corresponderá aos
seguintes valores:

a) veículos de 0 (zero) a 7(sete) anos de vida útil: R$50,00/Bimestre;

b) veículos acima de 7(sete) anos de vida útil: R$50,00/Bimestre.

Art. 9° – A DTT/NF poderá expedir Autorização de Viagem Especial por veículo e por
viagem, para o Transporte de Fretamento Contínuo por Transporte Misto, fora do itinerário
pré-determinado, caso o autorizatário apresente nota fiscal correspondente à viagem.

Art.10 – Pela inobservância ao disposto neste Decreto, fica o proprietário, ou o condutor do


veículo, conforme o caso, sujeito às penalidades da Lei nº XX de XXXX de 2007
(Regulamento dos Serviços de Transporte de Passageiros do Município de Nísia floresta),
bem como do Código de Trânsito Brasileiro.

Parágrafo Único – A DTT/NF poderá, a qualquer tempo, se constatado débito de multa


prevista na Lei nº XX de XXXX de 2007 (Regulamento dos Serviços de Transporte de
Passageiros do Município de Nísia floresta), ou relativo ao não pagamento das despesas
decorrentes da apreensão de veículos, prevista em norma específica, cancelar o registro
cadastral, sempre que a não quitação ultrapassar o prazo de 30 (trinta) dias, contado do
recebimento da comunicação do órgão.

Art. 11 – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas, integralmente,
as disposições em contrário.

Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.


Nísia Floresta, XX de XXXX de 2007

George Ney Ferreira


Prefeito Municipal

62
Decreto nº

Regulamenta a exploração do serviço


de Transporte Escolar no município de
Nísia Floresta e dá outras
providências.

O Prefeito do município de Nísia Floresta, no uso de suas atribuições legais,


conferidas pelo artigo 65 da Lei Orgânica Municipal,

Considerando a necessidade de regulamentação do transporte de passageiros no município;


Considerando o disposto no artigo 9º, II, “c”, da Lei nº XXXX, de XX de XXXX de 2007
(Regulamento dos Serviços de Transporte de Passageiros do Município de Nísia floresta),

DECRETA:

Art. 1 ° - Os Serviços de Transporte Especial, categoria Escolar, de acordo com a


especificação da alínea “c” do inciso II, art. 9° da Lei nº, de XX de XXXX de 2007, serão
explorados através de autorizações, expedidas pela Divisão de Transporte e Trânsito do
Município de Nísia Floresta – DTT/NF em favor de pessoa física ou firma individual, com
vigência de 12(doze) meses, podendo ser renovadas por igual período, utilizando veículos de
passageiros, com a categoria de aluguel, conforme prévia autorização da autoridade
competente.

Art. 2° - Os Serviços objetos deste Decreto serão cadastrados na DTT/NF e serão exigidos,
para tanto:

I – Registro como veículo de passageiro;


II – Título de propriedade do veículo;
III – Inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança –
Vistoria veicular/regulamentar – DTT/NF ou DETRAN;
IV – Contrato Social da firma e seus aditivos arquivados na junta Comercial do Estado;
V – Certidões Negativas de débitos, para com as Fazendas Federal, Estadual e Municipal;
VI – Comprovante de residência, RG, CPF e CART. de HAB. (Motorista e Autorizatário),
compatível com o Serviço;
VII – Pintura de faixa horizontal na cor amarela, com quarenta centímetros de largura, à
meia altura, em toda a extensão das partes laterais e traseira da carroçaria, com dístico
ESCOLAR, em preto, sendo que, em caso de veículo de carroçaria pintada na cor amarela,
as cores aqui indicadas devem ser invertidas;
VIII – Equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo;
IX – Lanternas de luz branca, fosca ou amarela dispostas nas extremidades da parte superior
dianteira e lanternas de luz vermelha dispostas na extremidade superior da parte traseira;
X – Cintos de segurança em número igual à lotação;
XI – Outros requisitos e equipamentos obrigatórios estabelecidos pelo CONTRAN;
XII – Certificado de conclusão de curso de direção defensiva e primeiros socorros de quem
for conduzir o veículo;

63
XIII – Seguro de responsabilidade civil por acidente, que resulte morte ou danos pessoais ou
materiais, em favor da tripulação do veículo, dos passageiros, pedestres e terceiros, com
valor mínimo de R$ 5.000,00 (cinco mil Reais) para a apólice.

Art. 3º - Após a realização do cadastramento, sendo o interessado aprovado, será emitida


autorização para emplacamento do veículo na categoria “aluguel” junto ao DETRAN/RN.

Parágrafo único – Realizado o emplacamento do veículo na categoria “aluguel”, será


expedida a Autorização de Tráfego em favor do interessado.

Art. 4° - A autorização de que trata este Decreto deverá ser sempre conduzida no ato da
operação, com inscrição da lotação permitida, sendo vedada à condução de escolares em
número superior à capacidade estabelecida pelo fabricante.

Art. 5° - O Condutor (Motorista) de veículo destinado à condução de escolares deve


satisfazer os seguintes requisitos:

I – Ter idade superior a vinte e um anos;


II – Ser habilitado na categoria D;
III – Não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser reincidente em
infrações médias durante os doze últimos meses;
IV – Ser aprovado em curso especializado, nos termos da regulamentação do CONTRAN.

Art. 6° - A DTT/NF, expedirá certificado de registro, mediante o recolhimento da


importância de:

I – Autorização de Registro para o Serviço de Transporte Especial – categoria Escolar:


R$300,00 – para Ônibus e R$250,00 – para outros tipos de veículos;
II – Renovação de Registro de Autorização deste Serviço: R$200,00 – para Ônibus e
R$150,00 – para outros tipos de veículos;
III – Remuneração de Serviço de Vistoria – R$50,00, por veículo.

Art. 7º. A operação do serviço de Transporte Escolar será objeto de permanente fiscalização
por meio da DTT/NF.

Art. 8º. O procedimento de autuação, recurso e julgamento das infrações será aquele
estabelecido pelo Código de Trânsito Brasileiro.

Art. 9º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.

Publique-se, Registre-se e Cumpra-se.

Nísia Floresta, XX de XXXX de 20007.

George Ney Ferreira


Prefeito Municipal

64
Decreto nº

Cria e Regulamenta a exploração do


serviço de Bugue-Turismo no município
de Nísia Floresta e dá outras
providências.

O Prefeito do município de Nísia Floresta, no uso de suas atribuições legais,


conferidas pelo artigo 65 da Lei Orgânica Municipal,

Considerando a necessidade de regulamentação do transporte de passageiros no município;


Considerando o disposto no artigo 9º, II, “e”, da Lei nº XXXX, de XX de XXXX de 2007
(Regulamento dos Serviços de Transporte de Passageiros do Município de Nísia floresta),

DECRETA:

I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º. A exploração do serviço de transporte turístico de passageiro em veículo automotor,


tipo bugue, o qual se denomina “Bugue-Turismo”, será executada mediante autorização
expedida pela Divisão de Transporte e Trânsito do Município de Nísia Floresta – DTT/NF.

Art. 2º. Para os efeitos deste Decreto, considera-se:

I – Bugue-Turismo: Serviço de transporte turístico de passageiros, realizado em veículo


automotor, tipo bugue, em circuito previamente estabelecido, exclusivamente dentro do
município de Nísia Floresta, e conduzido por condutor devidamente autorizado e qualificado
para esse fim;

II – Autorizatário: Pessoa física ou firma individual, detentora de autorização para a


exploração do serviço de transporte turístico de passageiros em veículo automotor, por sua
conta e risco e mediante remuneração dos usuários do serviço, tipo bugue, outorgada pela
DTT/NF, em conformidade com os interesses e as necessidades que o desenvolvimento do
turismo reclame, avaliada ainda a conveniência administrativa;

III – Autorização de Tráfego: Documento que permite à pessoa física ou firma individual
autorizatária utilizar veículo automotor, tipo bugue, para executar o serviço de Bugue-
Turismo.

Art. 3º. O número de autorizações para execução do serviço de Bugue-Turismo no município


de Nísia Floresta será estabelecido em ato do chefe da DTT/NF que levará em conta estudos
técnicos que indiquem a real necessidade do serviço.

II - DAS AUTORIZAÇÕES DE TRÁFEGO

65
Art. 4º. Todo e qualquer veículo empregado na exploração do serviço de Bugue-Turismo
deverá possuir certificado de autorização expedido pela DTT/NF, contendo,
obrigatoriamente, os seguintes dados:

I – Razão social da empresa autorizada ou completa identificação da pessoa física;

II - Identificação do veículo;

III - Categoria para a qual está autorizado;

IV - Prazo de validade;

V - Nome do titular da firma individual autorizatária.

§ 1º. As autorizações terão prazo 01 (um) ano, podendo ser renovada a critério da DTT/NF e
desde que observada a qualidade na prestação do serviço.

§2º. Na renovação da autorização serão exigidos todos os documentos indicados no art. 10


deste Decreto.

Art. 5º. Qualquer modificação pretendida pelo interessado referente à autorização que lhe
foi outorgada dependerá de expressa concordância da DTT/NF.

Art. 6º. A outorga de novas autorizações deverá ser precedida, obrigatoriamente, da


verificação de existência de vagas, observando o disposto no art. 3º.

Art. 7º. A autorização será extinta quando:

I - A pedido do autorizado;

II - Não for requerida a sua renovação até trinta (30) dias após o vencimento;

III – Se verifique o óbito ou incapacidade do titular, vedada a assunção do serviço por


qualquer sucessor hereditário;

IV – Se verificar quaisquer outras ocorrências previstas em legislação específica;

V – Haja o operador atingido pontuação, referente ao cometimento de infrações, suficiente


para gerar a suspensão do direito de dirigir, conforme estabelecido no Código de Trânsito
Brasileiro.

a) Ocorrendo a hipótese definida neste inciso, ficará o operador impedido de obter nova
autorização pelo prazo mínimo de 24 (vinte e quatro) meses.

VI – O operador deixe de cumprir com as determinações da DTT/NF no prazo estipulado,


salvo na ocorrência de caso fortuito ou força.

66
III – DO PROCEDIMENTO PARA OUTORGA DA AUTORIZAÇÃO DE TRÁFEGO

Art. 8º. Verificada a existência de vagas, nos termos do art. 3º, a DTT/NF dará ciência aos
interessados, por meio de edital com validade não inferior a 10 (dez) dias, e promoverá o
cadastramento dos mesmos.

Art. 9º. O interessado deverá possuir pelo menos 21 (vinte e um) anos completos na data do
cadastramento, bem como no mínimo 02 (dois) anos de habilitação para dirigir veículo
automotor, inscrito na categoria “B” ou superior.

§1º. Terá preferência sobre os demais, o interessado que apresentar as melhores condições
de operação, conforme critérios objetivos estabelecido em norma regulamentar expedida
pela DTT/NF. Em caso de empate, terá preferência aquele que tiver idade mais elevada.

Art. 10. Para efetivação do cadastro o interessado deverá apresentar a seguinte


documentação:

I – Certificado de conclusão de curso de direção defensiva e primeiros socorros, bem como


curso para Guia de Turismo, devendo todos ter o reconhecimento da Prefeitura Municipal;

II – Inscrição no Cadastro Fiscal da Secretaria Municipal de Finanças;

III – Comprovação de endereço na sede no Município, há pelo menos 01 (um) ano;

IV – Comprovação de propriedade do veículo a ser utilizado no serviço;

V – Certidões negativas de débitos para com as Fazendas Municipal, Estadual e Federal.;

VI – Certidão negativa de protesto de títulos, expedida por cartório competente no


município;

VII – Certidões negativas expedidas pelos cartórios distribuidores cível e criminal.

VIII – Cópias autenticadas da carteira de Identidade e do documento de inscrição no


Cadastro de Pessoa Física – CPF;

IX – Cópia autenticada da Carteira Nacional de Habilitação – CNH;

X – Certidão de quitação das obrigações eleitorais, expedida pelo Tribunal Regional


Eleitoral – TRE;

XI – Cópia do documento de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Física – CPF ou no


Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, quando se tratar de firma individual.

Art. 11. Após a realização do cadastramento, sendo o interessado aprovado, será emitida
autorização para emplacamento do veículo na categoria “aluguel” junto ao DETRAN/RN.

67
§1º. Realizado o emplacamento do veículo na categoria “aluguel”, será expedida a
autorização de tráfego em favor do interessado.

§2º. Deverá o autorizatário comprovar, no prazo de 15 (quinze) dias, a realização de seguro


de responsabilidade civil por acidente, que resulte morte ou danos pessoais ou materiais, em
favor da tripulação do veículo, dos passageiros, pedestres e terceiros.

§3º. Além do seguro obrigatório indicado no parágrafo anterior, poderá o operador oferecer
aos usuários seguro facultativo de acidentes pessoais, o qual terá seu valor submetido a
prévia aprovação da DTT/NF.

IV - DA TRANSFERÊNCIA DO TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE TRÁFEGO

Art. 12. A autorização será outorgada em caráter personalíssimo e só poderá ser transferida
com a prévia anuência da DTT/NF, que na hipótese de denegação do pedido deverá
justificar sua decisão.

Art. 13. Para efetivação da transferência da autorização será exigido do novo operador a
apresentação de toda a documentação referida no art. 10.

§1º. Caso exista débito em aberto, ainda que parcelado, o novo operador assumirá sua
responsabilidade nos mesmos termos anteriormente fixados.

Art. 14. Não será permitida a transferência de autorização dentro de um período de doze
(12) meses após a data em que a mesma foi outorgada ou realizada transferência anterior.

V - DOS VEÍCULOS E VISTORIA

Art. 15. Os veículos destinados à exploração do serviço de Bugue-Turismo no Município de


Nísia Floresta serão identificados mediante padronização estabelecida em norma
regulamentar expedida pela DTT/NF.

Art. 16. Todo veículo deverá portar, em lugar visível, as informações estabelecidas pela
DTT/NF.

Art. 17. Todos os veículos deverão submeter-se a vistoria semestral e quando da


transferência ou renovação da autorização, não excluída a possibilidade da realização de
vistorias extraordinárias por parte da DTT/NF.

§ 1º. O órgão vistoriador emitirá documento comprobatório, conforme modelo estabelecido


pela DTT/NF, que será de porte obrigatório, devendo ser apresentado ao passageiro ou à
fiscalização sempre que for solicitado;

68
§2º. O documento referido no parágrafo anterior deverá ser necessariamente assinado por
Engenheiro Mecânico com registro no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura –
CREA;

§3º. É absolutamente proibida a exploração do serviço de Bugue-Turismo com a utilização


de veículo que não possua documento comprobatório de vistoria ou esteja o mesmo vencido,
rasurado ou danificado de qualquer forma que impeça sua perfeita leitura.

§4º. A critério da chefia da DTT/NF, poderá ser concedido prazo máximo e improrrogável
de trinta (30) dias, para correção das irregularidades identificadas na vistoria, desde que, por
sua relevância, não comprometam a segurança do mesmo.

Art. 18. Os veículos somente poderão ser conduzidos por motoristas cadastrados na
DTT/NF, de acordo com as disposições do Código de Trânsito Brasileiro e deste Decreto.

VI - DAS OBRIGAÇÕES DOS AUTORIZATÁRIOS E DO ÓRGÃO MÁXIMO


EXECUTIVO DE TRÂNSITO E TRANSPORTE MUNICIPAL

Art. 19. Sem prejuízo dos deveres e proibições expressos no Código de Trânsito Brasileiro
todos os operadores devem observar o seguinte:

I - Tratar com polidez e urbanidade os passageiros e o público;

II - Não recusar passageiros, salvo nos casos expressamente previstos em norma legal;

III - Não cobrar tarifa acima da fixada pelo órgão máximo executivo de trânsito e
transporte;

IV – Seguir o itinerário determinado pela DTT/NF;

V - Não transportar passageiros em número acima da capacidade do veículo;

VI - Não efetuar transportes sob o sistema de lotação sem prévia autorização da DTT/NF;

VII – Manter o veículo utilizado em boas condições de tráfego.

Art. 20. Aos operadores será facultado transportar passageiro:

I - Cujos objetos ou animais que conduzam, ou roupas que usem, possam danificar o veículo
ou prejudicar-lhe o asseio;

II – Em visível estado de embriaguez ou sob efeito de entorpecente;

III - Facilmente reconhecíveis como portadores de moléstias infecto-contagiosas;

IV - Que, após às 22:00h (vinte e duas horas), não se identifique quando solicitado a fazê-lo.

69
Art. 21. A DTT/NF deverá coibir a execução do serviço por pessoas que não estejam
devidamente autorizadas, podendo, para tanto, celebrar convênios de cooperação com outros
órgãos correlatos, sejam eles municipais, estadual ou federal.

VII - DO BANCO DE DADOS

Art. 22. A DTT/NF manterá banco de dados atualizado contendo, no mínimo as seguintes
informações:

I – Identificação dos operadores autorizados;

II – Identificação dos veículos utilizados pelos operadores.

VIII - DAS INFRAÇÕES, PENALIDADES E RECURSOS

Art. 23. A operação do serviço de Bugue-Turismo será objeto de permanente fiscalização


por meio da DTT/NF.

Art. 24. O procedimento de autuação, recurso e julgamento das infrações será aquele
estabelecido pelo Código de Trânsito Brasileiro.

IX - DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 25. O autorizatário não poderá desempenhar outro tipo de atividade de transporte, sob
pena de extinção da autorização.

Art. 26. A emissão ou renovação dos certificados de autorização, alvarás, declarações e


certidões, pela DTT/NF, estão sujeitos ao pagamento de remunerações de expediente,
fixadas em ato de seu titular.

Art. 27. Os pontos de parada serão fixados pela DTT/NF, podendo neles estacionar
qualquer veículo que opere regularmente no serviço Bugue-Turismo, desde que tenha vaga.

70
Art. 28. Os casos omissos neste Decreto serão resolvidos mediante a emissão de norma
regulamentar pela DTT/NF, dentro de sua competência.

Art. 29. Este Decreto entra vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.

Publique-se, Registre-se e Cumpra-se.

Nísia Floresta, XX de XXXX de 20007.

George Ney Ferreira


Prefeito Municipal

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Decreto Nº---------, de -- de abril de 2007

Aprova o Regimento Interno da Junta


Administrativa de Recursos de
Infrações de Trânsito e Transportes –
JARI do Município de Nísia
Floresta/RN, da outras providências.

O Prefeito Municipal de Nísia Floresta/RN, no uso das atribuições legais


conferidas pelo art. 65 da Lei Orgânica Municipal e nos termos da Lei Complementar
nº003/2005 – GP/PMNF;
CONSIDERANDO o disposto na Resolução nº 233, de 30 de Março de 2007,
expedida pelo Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN;

D E C R E T A:

Art. 1º Fica aprovado o Regimento Interno, anexo a este Decreto, da Junta


Administrativa de Recursos de Infrações de Trânsito e Transportes – JARI do Município de
Nísia Floresta/RN.

Art. 2º O presente Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as


disposições em contrário.

Gabinete do Prefeito, XX de XXXX de 2007.

George Ney Ferreira


Prefeito Municipal

REGIMENTO INTERNO DA JUNTA ADMINISTRATIVA DE RECURSOS DE


INFRAÇÕES DE TRÂNSITO E TRANSPORTES DO MUNICÍPIO DE
NÍSIA FLORESTA/RN

CAPÍTULO I
Do âmbito da atuação, Competência e Composição

Art. 1º A Junta Administrativa de Recursos de Infrações de Trânsito e Transporte – JARI do


Município de Nísia Floresta/RN, tem a competência de julgar os recursos interpostos contra
decisões que imponham penalidades, aplicadas pelo órgão rodoviário municipal, regendo-se
pela Lei nº ---------------- e pela Lei nº - 9.503, de 23/09/97, por normas e resoluções
complementares e por este Regimento.

72
SEÇÃO I
Da Competência da JARI

Art. 2º Compete à JARI:

I - julgar os recursos interpostos de decisões proferidas em autuações decorrentes


de infrações previstas ao Regulamento de Transporte Coletivo Rodoviário municipal de
Passageiros do Município de Nísia Floresta e ao Código de Trânsito Brasileiro;
II – solicitar informações complementares, relativas aos recursos, a quaisquer
setores do DTT/NF e aos órgãos e entidades executivos de transporte e de trânsito, bem
como às autarquias rodoviárias;
III – encaminhar informações sobre problemas relacionados aos serviços de
transportes coletivos, observados nas autuações e apontados em recursos, que se repitam
freqüentemente, aos setores competentes do DTT/NF e aos órgãos e entidades executivas de
transporte e de trânsito, bem como às autarquias rodoviárias;
IV – zelar pelo fiel cumprimento das normas de trânsito e de transporte.

SEÇÃO II
Da composição da JARI

Art. 3º A JARI será constituída dos seguintes membros:

I – um representante da Prefeitura, com conhecimento na área de trânsito ou


transporte, que a presidirá;
II – um representante da Divisão de Transporte e Trânsito; e
III – um representante da Associação dos Condutores existente no Município.

§ 1º Os membros da JARI serão designados pelo Prefeito do Município, para um


mandato de dois anos, admitida a sua recondução, por mais um período mediante a
indicação dos dirigentes referidos nos incisos I a III deste artigo.

§ 2º Será nomeado, juntamente com o titular, observado o mesmo processo de


indicação, um suplente para cada membro da JARI, o qual será convocado em caso de
ausência ou impedimento do respectivo titular.

§ 3º O Presidente da JARI, além do voto comum, terá direito ao voto de qualidade.

§ 4º A JARI será assistida por um Assessor Jurídico e secretariada por um técnico


de nível médio, designados pelo Chefe da DTT/NF.

CAPÍTULO II
Da Tramitação dos Processos

Art. 4º Os recursos encaminhados à JARI serão distribuídos, alternadamente, aos seus


membros, inclusive o Presidente, os quais funcionarão como relatores, e julgados em ordem

73
cronológica de um interposição, assegurada preferência aos que discutam cassação ou
apreensão de documentos.

Parágrafo único. Caberá ao Presidente da JARI realizar a distribuição dos


recursos.

Art. 5º O relator, após o recebimento do processo, terá o prazo máximo de cinco dias úteis
para exame, devolvendo-o com o respectivo relatório, a fim de que o processo seja incluído
na pauta de julgamento.

§ 1º - O relator poderá solicitar às diligências que entender necessárias ao


julgamento do processo.

§ 2º - Atendidas as diligências, o processo retornará a quem as solicitou,


procedendo o relator na forma do caput deste artigo.

§ 3º - Qualquer membro da JARI poderá solicitar vista de processo, devendo


devolvê-lo, obrigatoriamente, na primeira sessão ordinária subseqüente, com relatório.

Art. 6º Devolvido o processo pelo Relator, o mesmo será, imediatamente, incluído na Pauta
de Julgamento.

Art. 7º Os processos deverão ser julgados no prazo máximo de trinta dias consecutivos,
contados a partir da data de entrada dos mesmos na JARI.

CAPÍTULO III
Das Sessões da JARI

Art. 9º A JARI reunir-se-á, ordinariamente, duas vezes por mês, em dia e hora previamente
fixados na primeira reunião ordinária de cada ano, e, extraordinariamente, sempre que
convocados pelo Presidente da JARI ou a pedido de, no mínimo, dois terços dos seus
membros, com antecedência de quarenta e oito horas.

§ 1º O quorum para a realização das sessões será o de maioria simples.

§ 2º Das sessões serão lavradas às respectivas atas.

Art. 10 No dia e hora indicados no ato de convocação e presentes os membros, o Presidente


abrirá a sessão e fará observar a seguinte ordem do dia:

I- leitura .discussão e aprovação da ata da sessão anterior;


II- discussão e julgamento dos recursos em pauta;
III- divulgação da distribuição dos recursos recebidos;
IV- informes

Art. 11 Anunciado a julgamento dos processos, o Presidente da JARI dará palavra a cada
membro, que, de forma escrita, apresentará seu relatório e voto, os quais serão debatidos e
apreciados durante a sessão.

74
Art. 12 Não será admitida sustentação oral do recorrente ao julgamento dos processos.

Art. 13 Os processos constantes de pauta e não julgados serão automaticamente incluídos,


de forma prioritária, na pauta de sessão seguinte.

Art. 14 As decisões da JARI serão tomadas por maioria de votos, cabendo ao presidente
anunciá-las e determinar a sua tramitação no processo correspondente.

CAPÍTULO IV
Das Atribuições dos integrantes da JARI

SEÇÃO I
Do presidente da JARI

Art. 15 são atribuições do presidente da JARI:

I-convocar a presidir as sessões e aprovar as respectivas pautas;


II- dirigir os trabalhos, resolver as questões de ordem, apurar as votações e
determinar que na ata o resultado de cada julgamento;
III- propor que a JARI se pronuncie sobre divergências de decisões relativas a
fatos similares;
IV- representar a JARI ativa e passivamente;
V- convocar os suplentes nas ausências, impedidos de férias dos respectivos
titulares;
VI- superintender todos os trabalhos da JARI, zelando pela sua boa ordem e
regularidade;
VII- comunicar ao Prefeito Municipal de Nísia Floresta e aos titulares das
entidades representadas na JARI a vacância do cargo eventualmente
ocorrida;
VIII- apresentar ao Chefe da DTT/NF relatório semestral das atividades da JARI;
IX- autorizar a restituição de documentos e a expedição de certidões, traslados
ou cópias;
X- cumprir e fazer cumprir o presente Regimento, bem como as normas da
DTT/NF, relativas a transporte e trânsito.

SEÇÃO II
Dos membros da JARI

Art. 16 são atribuições dos membros da JARI;

I - examinar os processos e assuntos que lhes foram submetidos a julgamento;


II - apresentar relatórios, quando cabível, e votos nos processos de cujo
julgamento participarem;
III - encaminhar à Presidência assuntos para serem incluídos em pauta de futura
sessão;
IV - sugerir ao Presidente metidas para aperfeiçoamento dos serviços da JARI;
V - cumprir e fazer cumprir o presente Regimento, bem como as normas da
DTT/NF, relativas a transporte e trânsito;

75
Art. 17 Os membros da JARI deverão declarar-se impedidos de funcionar, particular e votar
em processos de seu interesse, de pessoa física ou jurídica com a qual possui qualquer
vínculo direto ou indireto, especialmente:

I - quando processo envolver interesse direto ou indireto de parente


consangüíneo até o terceiro grau;
II - quando tiverem interesse particular na decisão.

Parágrafo único. Declarado o impedimento, este será formalizado por escrito, o qual à
presidência da JARI para nova distribuição.

SEÇÃO III
Do Secretário da JARI

Art. 18 São atribuições do Secretário da JARI:

I - preparar e divulgar a pauta de julgamento;


II - manter sob sua guarda o Livro de Ata e de Distribuição de processos;
III - organizar e manter atualizados registros e ementários de decisões da JARI;
IV - manter atualizado o Livro de entrada de processos;
V - preparar as atas das sessões.

CAPÍTULO V
Das disposições Finais

Art. 19 As despesas com o funcionamento da JARI correrão por conta do DTT/NF.

Art. 20 O presente Regimento Interno deverá ser encaminhado ao Conselho Estadual de


Trânsito – CETRAN, para conhecimento e cadastro.

Art. 21 As alterações deste Regimento serão feitas mediante Decreto do Prefeito Municipal
de Nísia Floresta e dependerão de prévia aprovação da maioria absoluta dos membros da
JARI.

Publique-se, Registre-se e Cumpra-se.

Nísia Floresta, XX de XXXX de 20007.

George Ney Ferreira


Prefeito Municipal

76
ORGANOGRAMA DA DIVISÃO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO

DIVISÃO DE
TRANSPORTE E
TRÂNSITO

Seção de Expediente e
Protocolo JARI

Comissão de Vistoria Serviço Financeiro

Serviço de Cadastro e Serviço de Atendimento aos


Análise de Estatísticas Usuários e aos Clientes do Sistema

Chefia do Setor de Chefia do Setor de


Educação do Trânsito Engenharia de Tráfego

Chefia do Setor de Fiscalização


de Transporte e Trânsito

77
PROPOSTA ORGANIZACIONAL PARA A DIVISÃO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO DE
NÍSIA FLORESTA – DTT/SMTOP - NF

De acordo com a Lei Complementar n°- 003/2005 é que propomos a seguinte estrutura para

a DTT – SMTOP/NF, conforme fluxograma anexo e respectivas competências:

Levando em consideração a Resolução Nº - 106, de 21/12/99, do CONTRAN, que dispõe

sobre a integração dos órgãos e entidades executivos municipais rodoviários e de trânsito ao Sistema

Nacional de Trânsito, é que propomos as seguintes competências para a Divisão de Transporte e

Trânsito, incluindo Chefias de Setor e de Serviços, e Seção, necessárias a reestruturação, conforme

análise da situação atual da referida Divisão.

À DTT – Divisão de Transportes e Trânsito, compete:

O cumprimento e a ação de fazer cumprir a legislação e as normas de Trânsito e Transportes;


O planejamento dos Serviços de Transporte e Trânsito do Município de Nísia Floresta;
O planejamento, o projeto, a regulamentação e a operação do trânsito de veículos, de pedestre e de
animais, promovendo, também, o desenvolvimento e a circulação, com segurança, do ciclista, sem
deixar de observar a necessidade de reorientação do tráfego de todos os meios de transporte, com o
objetivo de diminuir a emissão global de poluentes;
A execução dos Projetos para os Serviços de Transporte;
A normatização, o controle dos contratos de Concessão, Permissão e Autorização dos Serviços de
transporte;
A normatização complementar à regulamentação vigente, no que diz respeito aos Serviços de
Transporte;
O atendimento aos usuários e aos permissionários dos Serviços de Transporte;
O controle operacional, a coleta de dados e a análise estatística do Sistema de Transporte e Trânsito,
incluindo a elaboração de estudos sobre os acidentes de trânsito e suas causas;
A autorização e a fixação da planilha tarifária, por serviços de Transporte;
A fiscalização dos Serviços Concedidos, Permitidos ou Autorizados pela Divisão;
A fiscalização do Trânsito no Município, a autuação e a aplicação das medidas administrativas
cabíveis, por infração de circulação, de estacionamento e de paradas previstas no Código de Trânsito
Brasileiro, no exercício regular do Poder de Polícia de Trânsito;
A implantação e a manutenção do sistema de estacionamento rotativo pago, nas vias públicas;
O controle do nível de segurança da frota cadastrada por serviço, isto é, das vistorias veiculares,
conforme a regulamentação;
A multiplicação dos conceitos, através de convênio, visando a Educação de Trânsito, nas escolas;

78
A promoção e a participação de projetos e de programas de educação e segurança de Trânsito, de
acordo com as diretrizes do CONTRAN;
A realização de convênio com as estruturas ligadas a gestão do trânsito e de Transportes;
O credenciamento dos serviços de escolta e a adoção de medidas de segurança relativas aos
serviços de remoção de veículos e de carga individual;
A integração com outros órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito e de Transporte da
Região Metropolitana de Natal para fins de arrecadação e compensação de multas impostas na área
de sua competência, com vistas à unificação do licenciamento,`a simplificação, a celeridade das
transferências de veículos e de prontuários dos condutores e a cooperação técnica para fiscalizar o
sistema de transporte autorizado ou permitido por esta Divisão;
O registro e o licenciamento, na forma da legislação, veículos de propulsão humana e animal, além
de conceder autorização para condução dos citados veículos;
A concessão das autorizações para a condução dos veículos de propulsão humana e de tração;
A fiscalização do nível de emissão de poluentes e de ruídos dos veículos automotores ou de suas
cargas, caso necessário, vistoriar veículos que necessitem de autorização especial para transitar nas
rodovias municipais do Município, além de estabelecer requisitos técnicos a serem observados na
circulação dos mesmos;
O controle da obras e eventos que afetem direta ou indiretamente o sistema viário municipal;
A realização de qualquer outra atividade solicitada.

O SCAE – Serviço de Cadastro e Análise Estatística, compete:

O acompanhamento operacional, através de pesquisa de campo, dos Serviços de Transportes e


Trânsito;
A realização de pesquisa de custos operacionais, que incidem no cálculo tarifário dos Serviços de
Transportes;
O registro e o licenciamento, na forma da legislação, veículos de propulsão humana e animal, além
de conceder autorização para condução dos citados veículos;
A concessão das autorizações para a condução dos veículos de propulsão humana e de tração;
O acompanhamento processual das multas efetuadas pela Chefia de Setor da Fiscalização de
Transportes e Trânsito, para controle da arrecadação e diligencias a JARI;
O controle da arrecadação mensal dos Serviços de Transportes e Trânsito
A avaliação dos Serviços de Transportes, de acordo com os índices estipulados na regulamentação
vigente;
O controle operacional, a coleta de dados e a análise estatística do Sistema de Transporte e Trânsito,
incluindo a elaboração de estudos sobre os acidentes de trânsito e suas causas;
A autorização e a fixação da planilha tarifária, por serviços de Transporte;
O credenciamento dos serviços de escolta e a adoção de medidas de segurança relativas aos
serviços de remoção de veículos e de carga individual;
A realização de qualquer outra atividade solicitada.

O SF – Serviço Financeiro, compete:

A integração com outros órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito e de Transporte da


Região Metropolitana de Natal para fins de arrecadação e compensação de multas impostas na área
de sua competência, com vistas à unificação do licenciamento,`a simplificação, a celeridade das
transferências de veículos e de prontuários dos condutores e a cooperação técnica para fiscalizar o
sistema de transporte autorizado ou permitido por esta Divisão;
A realização de qualquer outra atividade solicitada.

79
O SAUCS – Serviço de Atendimento aos Usuários e aos Clientes do Sistema, compete:

O atendimento aos usuários e aos permissionários dos Serviços de Transporte;


A realização de qualquer outra atividade solicitada.

A CSETT – Chefia de Setor de Engª de Tráfego, compete:

O levantamento de dados, através de pesquisa, para execução de estudos e projetos de Engª de


Trânsito;
O planejamento dos Serviços de Transporte e Trânsito do Município de Nísia Floresta;
O planejamento, o projeto, a regulamentação e a operação do trânsito de veículos, de pedestre e de
animais, promovendo, também, o desenvolvimento e a circulação, com segurança, do ciclista, sem
deixar de observar a necessidade de reorientação do tráfego de todos os meios de transporte, com o
objetivo de diminuir a emissão global de poluentes;
O controle da obras e eventos que afetem direta ou indiretamente o sistema viário municipal;A
execução dos Projetos para os Serviços de Transporte;
A avaliação dos resultados das pesquisas;
Submeter preliminarmente o Planejamento e os Projetos a DTT;
O acompanhamento do Planejamento e dos Projetos de Trânsitos, executados por outros;
A organização da mapoteca dos referidos Projetos;
A realização de qualquer outra atividade solicitada.

A CSCFTT – Chefia de Setor de Controle e Fiscalização de Transporte e Trânsito, compete:

A normatização, o controle dos contratos de Concessão, Permissão e Autorização dos Serviços de


transporte;
A normatização complementar à regulamentação vigente, no que diz respeito aos Serviços de
Transporte;
Fiscalizar o Trânsito nas rodovias municipais;
Fiscalizar a operação dos Serviços de Transportes nas rodovias municipais, nos pontos de paradas e
nos seccionamentos;
O cumprimento e a ação de fazer cumprir a legislação e as normas de Trânsito e Transportes;
A fiscalização dos Serviços Concedidos, Permitidos ou Autorizados pela Divisão;
A fiscalização do Trânsito no Município, a autuação e a aplicação das medidas administrativas
cabíveis, por infração de circulação, de estacionamento e de paradas previstas no Código de Trânsito
Brasileiro, no exercício regular do Poder de Polícia de Trânsito;
A implantação e a manutenção do sistema de estacionamento rotativo pago, nas vias públicas;
A fiscalização do nível de emissão de poluentes e de ruídos dos veículos automotores ou de suas
cargas, caso necessário, vistoriar veículos que necessitem de autorização especial para transitar nas
rodovias municipais do Município, além de estabelecer requisitos técnicos a serem observados na
circulação dos mesmos;
O controle do nível de segurança da frota cadastrada por serviço, isto é, das vistorias veiculares,
conforme a regulamentação;
A realização de qualquer outra atividade solicitada.

A CSET – Chefia de Setor de Educação de Trânsito, compete:

A multiplicação dos conceitos, através de convênio, visando a Educação de Trânsito, nas escolas;

80
A promoção e a participação de projetos e de programas de educação e segurança de Trânsito, de
acordo com as diretrizes do CONTRAN;
A programação da metodologia e do conteúdo a ser multiplicado, de acordo com o CONTRAN;
A realização de qualquer outra atividade solicitada.

.A SEP – Seção de Expediente e Protocolo, compete:

O atendimento, o controle e a distribuição dos processos protocolados na Divisão de Transportee


Trânsito;
Secretariar a Chefia de Divisão e como também os demais Chefes ligados à mesma;
A realização de qualquer outra atividade solicitada.

A CVT – Comissão de Vistoria, compete:

A execução/acompanhamento/controle das vistorias veiculares da frota cadastrada nos Serviços de


Transporte do Município;
A inspeção veicular da frota cadastrada ou apreendida, quando necessário;
A realização de qualquer outra atividade solicitada.

A JARI – Junta Administrativa de Recursos e Infrações de Transporte e Trânsito, compete:

O julgamento dos recursos administrativos, provenientes das notificações impetradas pela Divisão de
Transporte e Trânsito, devido às autuações impostas por falha cometidas no sistema de Transporte e
Trânsito.

81
PROPOSTA DE QUADRO FUNCIONAL PARA A DTT/NF

CARGO REQUISITO Nº . NECESSÁRIO DE


SERVIDOR
ADVOGADO CONCLUSÃO DE CURSO DE 01
NÍVEL SUPERIOR EM
DIREITO, com OAB
ENGENEIRO CÍVIL CONCLUSÃO DE CURSO DE 02
NÍVEL SUPERIOR EM
ENGENHARIA CIVIL
ENGENHEIRO MECÂNICO CONCLUSÃO DE CURSO DE 01
NÍVEL SUPERIOR EM
ENGENHARIA MECÂNICA
PEDAGOGO CONCLUSÃO DE CURSO DE 01
NÍVEL SUPERIOR EM
PEDAGOGIA
ASSISTENTE SOCIAL CONCLUSÃO DE CURSO DE 01
NÍVEL SUPERIOR EM
SERVIÇO SOCIAL
PESQUISADOR/DIGITADOR CONCLUSÃO DE CURSO DE 04
NÍVEL MÉDIO E APROVAÇÃO
EM EXAME DE HABILIDADE
ESPECÍFICA
FISCAL DE TRANSPORTE E CONCLUSÃO DE CURSO DE 08
TRÂNSITO NÍVEL MÉDIO E APROVAÇÃO
EM EXAME DE HABILIDADE
ESPECÍFICA
TOTAL - 18

82

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