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Rio Grande do Sul
TÍTULO I
CAPÍTULO I
Art. 1º A Política e o Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado têm por finalidade
seguintes diretrizes:
III - adoção de práticas de mercado nas transações imobiliárias que envolvam o setor
privado;
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Art. 3º Consideram-se bens imóveis, para os fins desta Lei, o solo e tudo quanto se lhe
incorporar natural ou artificialmente, bem como os direitos reais sobre imóveis, as ações que os
asseguram, o direito à sucessão aberta e todos os demais definidos nos arts. 79, 80 e 81 da Lei
Federal nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil.
V - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem sob seu domínio, excluídas
aquelas sob domínio da União, dos Municípios ou de terceiros;
VI - os terrenos marginais dos rios e lagos navegáveis que correm ou ficam situados em
seu território, em zonas não alcançadas pela influência das marés;
VII - os terrenos marginais dos rios que, embora não navegáveis, porém caudais e
sempre corredios, contribuam com suas águas, por confluência direta, para tornar outros
navegáveis;
VIII - a faixa marginal rio-grandense e acrescidos dos rios ou trechos de rios que, não
sujeitos à influência das marés, divisem com Estado limítrofe;
Pública Direta;
XI - todos os bens imóveis que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser
atribuídos por adjudicação, incorporação ou transferência, ou que por qualquer outra causa
jurídica vierem a compor o seu patrimônio, inclusive mediante procedimentos judiciais ou
administrativos, por dação em pagamento e aqueles que tenham sido incorporados em razão
de extinção ou privatização de entidades integrantes da Administração Pública Indireta.
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CAPÍTULO II
DA ESTRUTURA DO SISTEMA
IV - Unidades de Relacionamento.
Seção I
IV - o Procurador-Geral do Estado.
II - deliberar sobre a desafetação dos bens imóveis de uso especial destinados a serviço
ou estabelecimento dos serviços públicos do Poder Executivo pertencentes ao Estado, suas
autarquias e fundações;
III - deliberar sobre o uso dos recursos gerados no âmbito do Sistema de Gestão do
Patrimônio Imobiliário do Estado e creditados em conta vinculada do Fundo Estadual de Gestão
Patrimonial - FEGEP, de que trata a Lei nº 12.144, de 1º de setembro de 2004;
VII - deliberar, nas hipóteses que lhe forem submetidas, sobre a aplicabilidade das
avaliações intervalares, por laudo resumido ou planta genérica de valores;
Administração Pública Estadual em pautas específicas, bem como requerer a órgãos públicos e
Colegiado.
§ 4º Poderão ter assento e voz os representantes das autarquias e fundações sempre que
houver deliberação acerca de seu patrimônio imobiliário.
Seção II
II - fiscalizar, zelar e expedir orientações aos órgãos executivos destinatários para que
sejam mantidos a finalidade da destinação, o interesse público, o uso e a integridade física dos
imóveis que se encontram afetados às atividades e serviços públicos estaduais;
fundações, promovendo o seu uso racional, catalogando-os e submetendo o respectivo rol para
deliberação pelo Comitê Gestor de Ativos acerca de sua alienação, observado o interesse
público;
Seção III
Art. 11. Os órgãos do Estado, suas autarquias e fundações em favor dos quais estiverem
afetados os imóveis públicos têm a atribuição de órgão executivo destinatário para os fins desta
Lei.
Seção IV
bens imóveis, as quais exercerão a gestão e a administração de seus imóveis de uso especial,
sob a supervisão do Órgão Executivo Central do Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário
do Estado, devendo observar as deliberações do Comitê Gestor de Ativos e fornecer todas as
informações necessárias à consecução dos objetivos desta Lei.
TÍTULO II
DO PROGRAMA PERMANENTE DE APROVEITAMENTO E GESTÃO EFICIENTE DE
IMÓVEIS PÚBLICOS
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CAPÍTULO I
Imóveis Públicos, com o objetivo de melhor aproveitar e gerir com eficiência os imóveis públicos
estaduais, assim compreendidos os de propriedade do Estado, de suas autarquias e
fundações, por meio de:
III - destinação dos bens imóveis do Estado, suas autarquias e fundações, classificados
como dominicais ou daqueles cuja desafetação tenha sido já determinada, desde que a sua
Eficiente de Imóveis Públicos de que trata este Título, observadas as normas aplicáveis,
poderá:
III - contratar instituições financeiras, bancárias ou não, tais como sociedades de créditos,
financiamentos e investimentos, entre outras entidades dos mercados financeiros e de capitais
autorizadas e submetidas à supervisão do Banco Central, para a prestação de serviços de
administração dos contratos, arrecadação e cobrança administrativa decorrentes da alienação e
do uso oneroso dos imóveis estaduais, observados os procedimentos definidos em
regulamentação específica;
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II - ter prazo de duração de até 20 (vinte) anos, quando incluir investimentos iniciais
relacionados à realização de obras e ao fornecimento de bens.
Art. 15. Serão classificados como imóveis irrecuperáveis, mediante declaração administrativa
I - não mais puderem ser utilizados para o fim a que se destinam devido à perda de suas
características, como nos casos de destruição ou deterioração de benfeitorias; ou
§ 2º Nos casos dos bens irrecuperáveis referidos no inciso II do "caput" deste artigo, o
Comitê Gestor de Ativos poderá, mediante decisão fundamentada, determinar que se proceda à
sua baixa cadastral no Sistema de Gestão Patrimonial do Estado.
CAPÍTULO II
Aproveitamento e Gestão Eficiente de Imóveis Públicos de que trata este Título, fica o Poder
Executivo do Estado autorizado, nos termos do disposto no inciso XXVII do art. 53 da
Constituição do Estado, a realizar a alienação dos imóveis constantes dos Anexos I, II e III
desta Lei, de propriedade do Estado, de suas autarquias e fundações, procedendo, quando se
tratar de bem de uso especial, à prévia desafetação, observadas as seguintes modalidades:
V - doação, com ou sem encargo, para quaisquer pessoas jurídicas de direito público ou
privado, mediante justificativa específica, dos imóveis classificados como irrecuperáveis, na
forma do disposto no art. 15 desta Lei.
§ 1º A alienação dos bens imóveis de que trata o "caput" deste artigo dependerá do
II - avaliação prévia;
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§ 5º A dação em pagamento dos imóveis de que trata o "caput" deste artigo poderá ser
realizada para quitação ou abatimento de quaisquer dívidas públicas estaduais, inclusive para
pagamento de obras ou serviços.
§ 6º A alienação dos imóveis de que trata o "caput" deste artigo por meio de permuta
pode dar-se:
II - por área construída, compreendida como a construção a ser realizada de tudo quanto
se possa incorporar ao solo, como edificações, rodovias e quaisquer outros tipos de bens
imóveis, inclusive as obras de ampliação, reforma e pavimentação.
4º deste artigo, as doações de bens imóveis do Estado, suas autarquias e fundações não se
Art. 17. Serão destinados, prioritariamente, para alienação ou inclusão em outro programa de
Art. 18. A alienação dos bens imóveis dominicais do Estado, suas autarquias e fundações
poderá ser realizada por lote, se essa modalidade implicar, conforme demonstrado em parecer
técnico:
II - maior liquidez para os imóveis cuja alienação isolada seja difícil ou não recomendada;
ou
alienação de imóveis dominicais do Estado, suas autarquias e fundações serão públicos e a ele
serão admitidos a participar as pessoas naturais e jurídicas, bem como consórcios, desde que
atendidos os critérios e as garantias fixadas pela Administração Pública Estadual, de acordo
com as particularidades de cada caso.
Parágrafo único. Não poderão participar dos certames licitatórios, direta ou indiretamente,
servidor ou dirigente lotado ou designado para atuar junto aos órgãos superior e executivo que
integram a estrutura do Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado, bem como
seus parentes, em linha reta ou colateral, por consanguinidade ou afinidade, até o terceiro grau,
inclusive.
Art. 20. Os imóveis serão ofertados à venda como coisa certa e determinada, no estado de
Art. 21. A iniciativa para a obtenção dos documentos e a responsabilidade pelo pagamento de
Art. 22. As ações possessórias existentes até o dia imediatamente anterior à data da
publicação do respectivo edital de alienação serão nele informadas, com cláusula expressa de
que é ônus do adquirente proceder na forma do art. 109 da Lei Federal nº 13.105, de 16 de
março de 2015 - Código de Processo Civil.
Seção I Da Venda
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A venda de bens imóveis do Estado, suas autarquias e fundações será feita por
Art. 23.
Parágrafo único. Os procedimentos licitatórios de que trata este artigo poderão ser
realizados integralmente por meio de recursos de tecnologia da informação, com a utilização de
sistemas próprios ou disponibilizados por terceiros, mediante acordo ou contrato, devendo ser
adotada, preferencialmente, a modalidade eletrônica.
Art. 25. A escrituração do contrato de compra e venda com cláusula de alienação fiduciária
deverá conter cláusula resolutiva expressa, nos termos do art. 474 da Lei Federal nº 10.406/02
- Código Civil, estabelecendo a reversão da venda do imóvel caso o adquirente não quite o
saldo devedor do preço do imóvel dentro do prazo assinalado no edital, independentemente de
qualquer aviso ou notificação judicial, extrajudicial ou qualquer outra medida.
Art. 26. O adquirente somente será imitido na posse do imóvel após o pagamento integral do
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Art. 28. As demais condições da compra e venda deverão ser previstas no regulamento e no
edital de licitação.
Seção II
Art. 29. Na hipótese de resultar deserta ou fracassada a concorrência ou o leilão público para
alienação de bem imóvel estadual, poderá ser concedido, no segundo certame, mediante
deliberação fundamentada do Comitê Gestor de Ativos, desconto de até 25% (vinte e cinco por
cento) sobre o valor de avaliação vigente.
§ 1º O disposto no "caput" deste artigo poderá ser realizado mediante leilão com lance
mínimo equivalente a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o valor de avaliação vigente, sendo
vencedor o licitante que ofertar o maior valor, ou mediante sessões públicas com prazos
definidos e aplicação de descontos sucessivos, até o limite de 25% (vinte e cinco por cento)
sobre o valor de avaliação vigente.
Art. 30. Havendo interesse público justificado, os imóveis de que trata o art. 16, "caput" e § 4º,
desta Lei, assim como aqueles que já tenham autorização legislativa para alienação, poderão
ser permutados por outros imóveis ou por área construída, compreendida como a construção a
ser realizada de tudo quanto se possa incorporar ao solo, como edificações, rodovias e
quaisquer outros tipos de bens imóveis, inclusive as obras de ampliação, reforma e
pavimentação de imóveis públicos, observado o disposto nesta Lei.
Art. 31. Na permuta de imóvel público estadual por outro imóvel ou área construída, os valores
das avaliações dos bens ou das obras a serem permutados devem ser equivalentes ou, em não
havendo equivalência, a diferença não poderá ultrapassar o limite de 50% (cinquenta por cento)
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Parágrafo único. Quando os valores das avaliações dos imóveis e das eventuais obras a
serem permutados não forem equivalentes, a Administração Pública Estadual poderá:
Art. 32. Na avaliação da área a ser construída, para fins de permuta, poderão ser considerados
Art. 33. A permuta por área construída será formalizada, primeiramente, por meio de contrato
Art. 34. A execução da obra deverá ser acompanhada por Comissão Técnica
Art. 35. Cumpridas as obrigações contraídas pelos promitentes, com o recebimento definitivo
Art. 36. Após a edificação ser recebida definitivamente pelo órgão destinatário e atestada pela
Art. 37. Deverá ser apresentado pelo promitente permutante a seguinte documentação mínima
I - Habite-se;
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Art. 38. Caberá ao promitente permutante contratado, por ocasião da assinatura da Escritura
Pública de Permuta por Área Construída, dar integral quitação pelo recebimento dos imóveis,
na forma e no estado em que eles se encontrarem, ficando sob sua responsabilidade a adoção
de providências para eventuais regularizações que se fizerem necessárias.
Art. 39. A Escritura Pública de Permuta por Área Construída deverá ser levada ao Registro de
Imóveis por ambos os promitentes, a fim de que seja registrada a transferência das
propriedades dos imóveis permutados e averbada a construção, devendo cada parte arcar com
os respectivos custos, salvo estipulação em contrário prevista no edital ou contrato.
Art. 40. O adquirente de imóvel público estadual mediante permuta deverá arcar com todas as
Seção IV Da Doação
Art. 41. As doações de bens imóveis do Estado, suas autarquias e fundações, que poderão
dar-se com ou sem encargo ao donatário, serão realizadas para atendimento de interesse
público justificado e dependerão de lei autorizativa específica, ressalvados os casos de que
tratam os incisos IV e V do "caput" e o § 4º do art. 16 desta Lei.
os eventuais encargos previstos na lei autorizativa da doação modal, juntamente com o termo
de aceitação do donatário, o prazo de seu cumprimento e cláusulas de reversão, de
inalienabilidade e impenhorabilidade, conforme o caso, sob pena de nulidade do ato.
Art. 43. O imóvel doado pelo Estado, suas autarquias ou fundações ficará submetido às
I - programas habitacionais; ou
II - regularização fundiária.
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Art. 44. O donatário ficará responsável pela elaboração e aprovação de todo material técnico
Art. 45. O donatário deverá arcar com todas as despesas, custas e emolumentos devidos aos
Art. 46. O Estado, suas autarquias e fundações poderão receber bens imóveis em doação,
doação; e
Art. 47. A reversão de imóvel doado pelo Estado ocorrerá, independentemente de autorização
§ 1º A reversão ao ente estadual da propriedade do imóvel por este doado não enseja
indenização ao donatário quanto às benfeitorias e acessões, encargos ou contrapartidas
executados.
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Art. 48. Nas doações com encargo realizadas pelo Estado, suas autarquias ou fundações,
inclusive as já perfectibilizadas na data da vigência desta Lei, em que não tenha havido
expressa previsão de termo final para cumprimento dos encargos, o Órgão Executivo Central
do Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado providenciará a constituição do
donatário em mora, mediante notificação, concedendo-lhe prazo compatível com a
complexidade da incumbência para atendimento das obrigações previstas no ato autorizativo
ou constitutivo da doação, sob pena de reversão.
Art. 49. A reversão de bens imóveis doados ao Estado, suas autarquias e fundações, a seus
Parágrafo único. O Comitê Gestor de Ativos, diante das circunstâncias fáticas, poderá
renunciar a eventual indenização por benfeitorias ou acessões físicas no imóvel, averbadas ou
não.
Art. 50. Nos casos em que se verificar a transferência, para órgão ou entidade municipal, da
prestação de serviço público de ensino, saúde ou assistência social antes prestado por órgão
ou entidade estadual em imóvel doado pelo município, a reversão dar-se-á, de ofício ou a
requerimento, independentemente de indenização por eventuais benfeitorias, desde que o
imóvel permaneça destinado para o atendimento das finalidades públicas.
Seção V
Art. 51. Ao adquirente de imóvel público estadual somente será efetivada a transferência da
III - no momento convencionado entre as partes, nos casos de doação com ou sem
encargo; e
Art. 52. Excepcionalmente, mediante decisão fundamentada do Comitê Gestor de Ativos, nos
Art. 53. Nos casos de promessa de permuta ou promessa de dação em pagamento de imóvel
público por área construída, a posse provisória dos bens públicos a serem permutados ou
dados em pagamento poderá ser repassada antes de observado o disposto no inciso II do art.
51 desta Lei, ficando o possuidor responsável por eventuais perdas e danos e pelo pagamento
das taxas e tributos incidentes durante o período de uso provisório do imóvel e desde que
presente garantia suficiente, conforme decisão do Comitê Gestor de Ativos.
CAPÍTULO III
DA MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE
Art. 54. Mediante deliberação do Comitê Gestor de Ativos, poderão ser publicados editais de
II - indicar:
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Art. 56. Publicado o edital de que trata o art. 55 desta Lei, os interessados apresentarão
de que trata o art. 56 desta Lei será conferida mediante deliberação do Comitê Gestor de Ativos
e:
III - não implicará, por si só, direito a ressarcimento de valores envolvidos em sua
elaboração;
IV - tornada sem efeito, em caso de superveniência de dispositivo legal que, por qualquer
motivo, impeça o recebimento dos projetos, levantamentos, investigações ou estudos.
Art. 58. Poderá ser instituída Comissão Especial ou Grupo de Trabalho Executivo Intersetorial
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Art. 59. Nenhum dos projetos, levantamentos, investigações e estudos selecionados vincula a
Administração Pública, e cabe a seus órgãos técnicos e jurídicos avaliar, opinar e aprovar a
legalidade, a consistência e a suficiência dos projetos, levantamentos, investigações e estudos
eventualmente apresentados.
nos termos dos arts. 55 a 59 desta Lei, serão ressarcidos, exclusivamente pelo vencedor da
licitação, aos autores ou responsáveis econômicos, desde que os projetos, levantamentos,
investigações e estudos tenham sido efetivamente utilizados em licitação para contratação do
empreendimento, observado o disposto em regulamento e no respectivo edital de chamamento.
I - será devida qualquer quantia pecuniária pelo Poder Público em razão da realização de
projetos, levantamentos, investigações e estudos, inclusive na hipótese de decisão
administrativa de não licitar o projeto;
e estudos apresentados nos termos desta Lei poderão participar direta ou indiretamente da
licitação ou da execução de obras ou serviços, nos casos autorizados em lei.
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CAPÍTULO IV
Art. 63. A cessão de uso a terceiros de imóveis dominicais pertencentes ao Estado, suas
autarquias e fundações, conforme deliberação do Comitê Gestor de Ativos, terá caráter oneroso
e duração não superior a 30 (trinta) anos.
§ 3º O uso por terceiros na forma do § 2º deste artigo será feito sob condição resolutiva
até que a obrigação seja integralmente cumprida pelo cessionário.
CAPÍTULO V
Art. 65. Considera-se aforamento ou enfiteuse ato pelo qual o Estado atribui a terceiros o
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Art. 66.O valor do domínio pleno do terreno do Estado será obtido com base em planta
genérica de valores ou laudo de avaliação, a critério da Administração, excluídas as
benfeitorias.
§ 1º Constitui domínio pleno o somatório dos domínios direto e útil, reunindo todos os
atributos da propriedade.
§ 3º O domínio útil é constituído pela proporção econômica de 83% (oitenta e três por
cento) de terreno do Estado, de titularidade do enfiteuta ou foreiro.
Art. 67. Para o cálculo e lançamento de débitos relativos ao foro e outras receitas
extraordinárias será utilizado como parâmetro o valor do domínio pleno do terreno, excluídas as
benfeitorias com base na planta genérica de valores ou laudo de avaliação, a critério da
Administração.
Art. 68. A transferência onerosa, entre vivos, do domínio útil ou de cessão de direito a eles
Art. 69. A remição de aforamento para fins de consolidação do domínio pleno do imóvel pelo
foreiro fica sujeita ao pagamento da importância correspondente a 17% (dezessete por cento)
do valor do domínio pleno do terreno, segundo os critérios de avaliação ou planta genérica de
valores previstos nesta Lei, excluídas as benfeitorias realizadas pelo foreiro.
§ 2º O foreiro que não optar pela remição do foro continuará submetido ao regime
enfitêutico na forma da legislação vigente.
Seção I
Do Laudo de Avaliação
Art. 70. O valor de referência para fins de alienação ou uso oneroso do domínio pleno, útil ou
direto dos imóveis do Estado e de suas autarquias será o valor indicado no laudo de avaliação,
elaborado por profissional habilitado, observadas as normas técnicas da Associação Brasileira
de Normas Técnicas - ABNT, conforme regulamento.
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§ 1º O laudo de avaliação de que trata o "caput" terá validade de 2 (dois) anos a partir
§ 2º Nos casos de avaliação intervalar, o Comitê Gestor de Ativos definirá o valor a ser
adotado para o negócio, limitado entre o valor mínimo e máximo do intervalo apontado no
respectivo laudo de avaliação, consideradas as especificidades do caso concreto e os
parâmetros de mercado.
Art. 71. Mantidas as condições físicas do imóvel inalteradas e desde que inocorrentes
alterações substanciais nos parâmetros de mercado em que inserido o imóvel, poderá o laudo
de
avaliação não expirado ser revalidado por até mais 1 (um) ano, não podendo a sua validade
total ultrapassar 3 (três) anos da data de referência do laudo de avaliação original.
Art. 72. Os laudos de avaliações dos imóveis para fins de alienação e uso oneroso de terceiros
Distrito Federal, dos Estados ou dos Municípios cuja atividade-fim seja o desenvolvimento
urbano ou imobiliário; e
III - pela pessoa natural ou jurídica que manifestar interesse na aquisição do imóvel.
Art. 73. É vedada a avaliação por empresas especializadas cujos sócios administradores
Seção II
Art. 74. Admitir-se-á a avaliação por planta de valores genéricos, fundamentada em índices ou
II - imóveis rurais até o limite do módulo fiscal definido pelo Instituto Nacional de
III - para fins de cobrança ou de remição de foro e de laudêmio, além de outras receitas
patrimoniais extraordinárias;
IV - cálculo do ônus incidente para utilização temporária de espaços físicos, tais como
salas, auditórios, ginásios, entre outros, para a realização de eventos temporários, de natureza
recreativa, esportiva, cultural, religiosa, educacional ou corporativa, a ser autorizada mediante
termo de compromisso ou sob o regime de permissão de uso, por ato do titular da Secretaria de
Estado ou do órgão responsável pela administração do imóvel, publicado no Diário Oficial
Eletrônico do Estado;
Art. 75. A avaliação expedita ou por planta de valores deverá ser baseada em métodos
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TÍTULO III
receitas obtidas com as alienações dos imóveis do Estado, suas autarquias e fundações, serão
creditados em conta especial vinculada ao FEGEP, de que trata a Lei nº 12.144/04, e somente
poderão ser utilizados mediante prévia aprovação do Comitê Gestor de Ativos, para despesas
correntes e de capital relacionadas com atos e atividades da Gestão de Ativos do Estado.
Art. 77. O Estado, suas autarquias e fundações ficam isentos do pagamento de emolumentos
e selos nos Tabelionatos de Notas e de Protestos, bem como nas Serventias de Registro de
Imóveis, Pessoas Jurídicas, Títulos e Documentos e Registro Civil de Pessoas Naturais no que
diz respeito a quaisquer certidões, documentos e atos realizados nos serviços notariais e
registrais em que os entes públicos forem interessados.
Art. 79. Os documentos produzidos pela Administração Pública são dotados de presunção de
Art. 80. As terras devolutas e imóveis destinados à regularização fundiária bem como aqueles
Art. 81. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, aplicando-se aos procedimentos
III - com exceção dos arts. 17, 18 e 22, todos os demais da Lei nº 15.127, de 24 de janeiro
de 2018.
https://leisestaduais.com.br/rs/lei-ordinaria-n-15764-2021-rio-grande-do-sul-dispoe-sobre-a-politica-e-o-sistema-de-gestao-do-patrimonio-imobi… 25/25