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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL

DA COMARCA DE FORTALEZA-CE.

AUTOS N° XXXXXXXXX

REQUERENTE: MARÍLIA

REQUERIDO: JEAN

MICHEL, representado por sua genitora MARÍLIA, devidamente qualificada,


nos presentes autos, vem por intermédio de seu advogado e procurador que a este
subscreve, nos autos da Ação De Tutela De Urgência E Guarda De Menor Com
Pedido De Tutela Antecipada promove em face de JEAN, vem respeitosamente e
respectivamente presença de Vossa Excelência interpor RECURSO DE APELAÇÃO,
com fulcro legal no artigo 1.009 do Código de Processo Civil.

Requer desta forma, a juntada da inclusa de guia de preparo.

Nesses termos,
Pede deferimento,

Cidade, Estado, (dia) de (mês) de (ano).

Advogado
OAB/UF n°
RAZÕES DA APELAÇÃO

Apelante: Marília

Apelado: Jean

Processo de origem: XXXXXXX

Egrégio Tribunal,

Conceituada Câmara.

Eméritos Desembargadores.

I - DOS FATOS

A reclamante é mãe do menor, que é fruto de um relacionamento entre a mesma


e o Requerido. A criança nasceu no dia 21 de dezembro de 2016.

Entretanto, na época da gestação da criança, ambos os pais eram jovens e


desempregados. Em virtude disto, ficou acordado que a Autora iria criar a criança
sozinha e sem pedir pensão ao requerido, o mesmo faria uma visita quinzenal a criança,
porém passava meses sem visitar a criança.

No decorrer do tempo, a reclamante desta respectiva ação entendeu que o


Requerido já tinha condições financeiras de arcar com as despesas em relação à criação
do filho, visto que o mesmo se formou e trabalha de forma remunerada em uma grande
Empresa de Engenharia.

Entretanto, na audiência de instrução o Magistrado tentou conduzir as partes a


um acordo, porém, sem êxito.

Haja vista que, no decorrer das oitivas de testemunhas, a professora do menor


declarou que o pai foi convidado de forma direta pela instituição de ensino para
participar do encontro entre pais e mestres e festividades dos dias dos pais, porem,
nunca teve respostas referentes aos convites.
Muito embora a sentença tenha como decisões nos termos de guarda partilhada,
com referencia de lar o endereço da mãe e a fixação do percentual de 15% do salário
líquido do pai, a Apelante solicita a respectiva revisão do percentual, visando, o bem
comum do menor.

II - DOS DIREITOS

O artigo 1.699 do Código Civil assim diz:

Art. 1.699. Se, fixados os alimentos, sobrevier


mudança na situação financeira de quem os supre,
ou na de quem os recebe, poderá o interessado
reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias,
exoneração, redução ou majoração do encargo.

A fundamentação do M.M juiz é baseado na realidade dos pais do menor que


nunca constituíram família, no qual, deve se observar que os custos atualmente
influencia no sustento do menor e da genitora.

Não é demais ressaltar que o binômio alimentar se sujeita à cláusula rebus sic
stantibus, segundo o qual mudado o contexto fático que originou a obrigação, faz-se
necessário seu reajuste para adequá-la ao contexto vigente.

Neste sentido, o artigo 15 da Lei n° 5.478/68, in verbis:

Art. 15. A decisão judicial sobre alimentos não


transita em julgado e pode a qualquer tempo ser
revista, em face da modificação da situação
financeira dos interessados.

Haja vista que, conforme a realidade da genitora do alimentando encontra-se


sem trabalho, a autora necessita arcar com novas despesas essenciais, e o apelado
apresenta crescimento financeiro com a renda da empresa, evidencia-se a alteração nos
dois pólos do binômio necessidade-possibilidade, ensejando a majoração do valor
anteriormente acordado.
Dessa forma, requer-se que a pensão alimentícia em favor do menor seja
aumentada para 30% (trinta por cento) do salário mínimo, a ser depositado na conta da
genitora do menor (informar dados da conta da genitora), a ser pago até o dia 15 de cada
mês.

Consoante o entendimento do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, senão


vejamos:

AGRAVO DE INSTRUMENTO - DIREITO DE


FAMILIA - REVISIONAL DE ALIMENTOS -
REDUÇÃO DO QUANTUM - REQUISITOS -
ART. 1.699 DO CÓDIGO CIVIL -
COMPROVAÇÃO.

É condição essencial para a redução, majoração ou


exoneração de pensão alimentícia, a comprovação de
modificação na situação financeira do alimentante,
ou do beneficiário, capaz de alterar as condições do
binômio da necessidade/ possibilidade, existentes
quando do momento da fixação do encargo. (Agravo
de Instrumento Cv 1.0672.12.009196-8/001, Rel.
Des.(a) Dárcio Lopardi Mendes, 4ª CÂMARA
CÍVEL, julgamento em 18/10/2012, publicação da
súmula em 23/10/2012)

IV - DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS

É relevante o intuito da figura da pensão alimentícia tem como fulcro de garantir


à aquele que necessita o suficiente para o atendimento de suas necessidades, de forma,
que mesmo antes da sentença, o artigo 4° da Lei 8.478/68 prevê a fixação de alimentos
provisórios em favor de quem os pede, como forma de assegurar desde o inicio do
processo, o seu direito.

Desta forma, requer-se a concessão provisória dos alimentos em favor do


apelante com a majoração apresentada.
V - DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer:

a) A prioridade na tramitação do feito, com fulcro no artigo 4°, parágrafo único, b,


do ECA e artigo 1.048, do Código de processo Civil, II e §2°;

b) A concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, nos termos do artigo 5°, LXXIV,
da Constituição federal e do artigo 98 da lei 13.105/15;

c) A fixação dos alimentos provisórios seja majorada colocar os valores e conta da


genitora.

d) Para que haja fixação de forma definitiva da majoração dos alimentos, conforme
pedido especificado nos alimentos provisórios;

e) Que haja produção de provas; e

f) Ao final, que sejam julgados procedentes todos os pedidos formulados na


presente ação.

Dá-se à presente causa o valor de R$ 8.000,00 (seis mil reais)

Nesses termos,
Pede deferimento,

Local e Data

Advogado (a)

OAB/UF nº ...

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