Você está na página 1de 7

à ação revisional de alimentos proposta por .....

, pelos motivos de fato e de direito


a seguir aduzidos.

DOS FATOS

Alega o Requerente, em síntese, "...PLEITEAR A REDUÇÃO DA VERBA ALIMENTAR


QUE PAGA AO SEU FILHO, CONSIDERADA EM PROPORÇÃO DEMASIADA E, MAIS,
QUE SE ALTEROU A SUA SITUAÇÃO ECONÔMICA - O QUE ENVOLVE UMA MEDITAÇÃO
JURÍDICA EM RELAÇÃO AO DISPOSTO NO ART. 1694 DO CÓDIGO CIVIL
BRASILEIRO."

Que ficou consagrado, desde a época da separação judicial consensual -............., o


valor equivalente a 06 salários mínimos, a título de pensão alimentícia para o seu
filho e que sempre honrou esse compromisso.

Ao final da exordial, o Autor requereu a redução da verba alimentar de 06 para 02


salários mínimos.

As pretensões não merecem acolhida, pois ausentes os motivos fáticos e jurídicos


que autorizem o reconhecimento da procedência desse pedido, senão vejamos:

DO DIREITO

1. DA ALEGADA ALTERAÇÃO ECONÔMICA DO AUTOR - INEXISTÊNCIA

Com a finalidade de redução da verba alimentar, fundamenta o Autor que alterou a


sua situação econômica.

Entretanto, não demonstrou o Requerente o declínio de seu poder aquisitivo, ao


contrário, dos autos constata-se que o mesmo há mais de 03 anos vem percebendo
em média o salário de R$ .............., sem contar outros proventos não declarados,
não justifica, desse modo, redução da pensão alimentícia ao seu filho.

Ressalte-se, foi o próprio Autor que se ofereceu a pagar os 06 salários mínimos ao


Requerido, veja termo de acordo às fls. 20. Então, não se vê motivo plausível de
redução de pensão, uma vez que não se alterou a sua situação econômica desde
aquela época até a presente data.
Não há que se falar, também, que a constituição de nova família está sendo o
motivo ensejador para redução de pensão de seu filho, isto porque a sua atual
esposa tem recursos próprios, não sendo dependente economicamente do
Requerente.

Outro fator que ficou fixado, na época da separação, foi a condição imposta pelo
Requerente de que pagaria a pensão de 06 salários mínimos, desde que fosse
vendido o imóvel onde morava o casal e filho: " O separando Celso pagará, nos
primeiros 06 meses uma pensão de 05 salários mínimos, que será elevada para 06
salários, uma vez concretizada a venda do imóvel, para o sustento do filho".

Então, não justifica a redução da pensão, porque não se instalou desequilíbrio entre
as prestações alimentares, bem como não ficou demonstrado necessidade dessa
alteração, assim como não houve diminuição dos rendimentos auferidos pelo
alimentante-autor, conforme anteriormente explicitado.

O artigo 1699, do Novo Código Civil Brasileiro, impõe que somente haverá a
possibilidade de ser modificado o valor da pensão alimentícia, se bem demonstrar o
interessado alteração econômica ou impossibilidade de seu cumprimento, senão
vejamos:

" Art. 1699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudanças na situação financeira de
quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz,
conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo."

Como se depreende do exposto indevida a redução da pensão alimentícia.

2. DA NECESSIDADE DO ALIMENTÁRIO

Por outro lado, o Requerido não poderá desprover ou sequer reduzir a sua pensão
alimentícia, ante a sua necessidade básica.

Conforme o capítulo anterior, ficou sobejamente demonstrado que o Requerente


tem, como sempre teve, possibilidades econômicas de suportar a pensão
alimentícia de 06 salários mínimos mensais.

Sob outro prisma, se faz mister dizer que o alimentário tem o direito da
manutenção da pensão, repita-se, para prover as suas necessidades básicas.
Em anexo, documentos que comprovam alguns gastos realizados a favor do
Requerido, desde janeiro do corrente ano, que importam aproximadamente em 06
salários mínimos mensal, sendo que os mais significativos são as despesas com a
educação R$ ......; transporte R$ ......; alimentação, vestuário, saúde, habitação,
R$ ...... Estes são os gastos mínimos necessários para o sustento do requerido.

Quanto a mãe do Requerido, não dispõe de grandes recursos financeiros, mas nem
por isso deixa de contribuir com a sua parcela, sem contar o afeto diário e
dedicação ao seu filho.

A mãe do Requerido recebe atualmente o salário bruto de R$ ........ e deste valor


mensal são dependentes ela própria, seu filho ........, sua filha............. (3 anos) e
sua genitora............. Todos residem na mesma casa. A demonstrar a dificuldade
financeira que enfrenta a mãe do Requerido, anexo comprovante de penhor de 2
anéis e 1 pulseira, para fazer frente as despesas emergentes.

O vínculo existe entre alimentante e alimentado. Por isso, a pensão devida por um
dos cônjuges ao filho menor não é influenciada pela mudança na fortuna do outro
consorte. (RJTJRS 150/542).

Destarte, o Requerente não logrou êxito em provar que houve variação patrimonial
nem o seu e nem do Requerido, devendo, por este motivo, permanecer inalterado a
pensão alimentícia.

3. DA IMPUGNAÇÃO DA REDUÇÃO PARA 02 SALÁRIOS MÍNIMOS

Diante das explanações acima, impugna-se veementemente a redução de 06 para


02 salários mínimos a pensão alimentícia do Requerido.

Os documentos apresentados ditam que os gastos básicos necessários para a


manutenção do Requerido, são bem superiores a 02 salários mínimos, eis que
extrapolam quase todos os meses o valor equivalente a 06 salários mínimos.

Que desde o início do pagamento da pensão até a presente data, os ora litigantes
não alteraram o status, não havendo redução do poder aquisitivo ou econômico do
Autor ou enriquecimento por parte do Réu, assim inexiste prova de desfalque do
Requerente ou aumento de fortuna do alimentando.
Entretanto, em respeito ao princípio da eventualidade, somente na hipótese de ser
reconhecido o direito de redução da pensão, o que não se acredita, esta não deverá
ser inferior a 05 salários mínimos, ante, gize-se, as necessidades básicas do menor.

4. OUTROS ESCLARECIMENTOS

Ao contrário do que tenta o Requerente demonstrar a esse juízo, desde a separação


o mesmo tem se apresentado com elevado status de vida, inclusive atualmente
com aquisição de novos veículos, aquisição de imóvel novo, etc., que, embora
algumas das propriedades dos bens não estejam em seu nome, em momento
oportuno será devidamente provado que a ele pertencem esses bens.

Como se prova, em anexo, contrato de compra e venda de imóvel, sendo


adquirente o pai do Requerente, porém quem está financiando essa aquisição é o
próprio Requerente. Alerte-se, que este imóvel é o mesmo onde este reside.

De mesmo modo, foi com relação a recente compra dos veículos - ....... e ..... -
importando um gasto superior a R$........., conforme certidão anexa.

Em sendo assim, fica evidente que os valores pagos a título de pensão alimentícia
são compatíveis as condições do Autor, ou melhor dizendo, que o mesmo não deve
descurar dessa obrigação, por ser questão de direito e de justiça.

DOS PEDIDOS

EX POSITIS", requer a Vossa Excelência, seja julgado totalmente improcedente o


presente feito, condenando o Autor ao pagamento das custas processuais e
honorários advocatícios, por ser medida de direito e da mais límpida JUSTIÇA.

Requer pela produção de todas as provas admitidas em direito, em especial,


depoimento pessoal do Requerente, documental, pericial, se necessário for, e oitiva
de testemunhas.

Nesses Termos,
Pede Deferimento.

[Local], [dia] de [mês] de [ano].


[Assinatura do Advogado] DOS FATOS

É completamente descabida de verdade a insinuação do requerido sobre a


possibilidade da genitora e representante do menor, absolutamente incapaz, de
valer-se em benefício próprio da revisão alimentar por estar desempregada. E,
como diz o próprio requerente em sua contestação, “Alegar e não provar é o
mesmo que não alegar”. Mesmo assim existe outro meio processual para suas
alegações e não em peça de contestação de revisão alimentícia, mas sim em
ação de prestação de contas em razão de alimentos devidos aos filhos.

Observa-se Meritíssimo Senhor Juiz que o requerido, na sua infinita mesquinharia, não
reconhece os documentos acostados, de fls. 09, 10, 14 e 15, alegando não serem contas
do requerente, apenas por estarem em nome de sua genitora.

-----------------------------------------------------------------------------------------

O Código Civil de 2002 dispõe que os menores de 16 (dezesseis)


anos são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos
da vida civil. No mesmo sentido a lei 8069/90, Estatuto da Criança e
do Adolescente, considera criança a pessoa até os 12 (doze) anos de
idade e que aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação
dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a
obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.

Para um melhor esclarecimento considera-se alimento tudo o que for


necessário para a manutenção de uma pessoa, aí incluídos os
alimentos naturais, habitação, saúde, educação, vestuário e lazer. A
chamada pensão alimentícia deve ser suficiente para cobrir todos
esses itens. Se essa pensão não é o suficiente, cabe pedir revisão
para que a mesma possa cobrir os gastos do menor alimentado.

Sendo assim meritíssimo juiz, com a máxima data vênia, que o


requerido só pode ser um pobre coitado, que não sabe, nem mesmo,
que seu filho tem apenas 09 (nove) anos de idade e por isso,
logicamente, não poderia ter alguma conta em seu nome.

Entretanto Excelência, o requerido mostra realmente sua atitude de


mesquinharia ao alegar sendo sócio da TRAMBIQUES E TRAMOIAS
LTDA, documento acostado, de fls.12 e 13, possuindo 50% do capital
social, logra uma situação econômica precária e financeira péssima,
incapaz de suportar qualquer tipo de majoração da pensão alimentícia
pretendida nestes autos. Isso é brincar com a nossa sabedoria Vossa
Excelência! Pois uma EMPRESA com mais de 20 anos de mercado,
sediada em ponto comercial de maior valor econômico do Estado,
certamente lhe garante uma vida econômica e social estável como
poucos afortunados. E mais, mostrando que seu objetivo é de encobrir
a verdade real dos fatos, nos mostra um documento de pró-labore,
feito por ele mesmo, com um valor irreal dos seus ganhos. É muito
fácil para um empresário fazer uma declaração de ganhos e ele
mesmo assinar. Por que não juntou sua declaração de imposto de
renda? Não juntou porque seu interesse é ludibriar a verdade deste
processo.

DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Diante do exposto, respeitosamente requer e pede a Vossa


Excelência:

1 - A procedência do pedido inicial, para tanto que não sejam


acatadas as alegações apresentadas pelo requerido em sua
contestação;
2 – Que seja oficiado a Receita Federal para que possa apresentar
aos autos as 03 últimas declarações de imposto de renda do
requerido, assim como de sua empresa, TRAMBIQUES E TRAMOIAS
LTDA, com objetivo que se faça prova do alegado e obtenhamos a
verdade real de sua renda.

3 – Que seja oficiado o Detran-mg para que informe aos autos se


houve transferência de veículos ou se há veículos em nome do
requerido nos últimos 15 meses.

4 – Que seja oficiado o Conselho Regional de Trambiques (CRT - MG)


seção Minas Gerais, para que possa informar a retirada média e o
salário da categoria.

Você também pode gostar