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DOS FATOS
DO DIREITO
Outro fator que ficou fixado, na época da separação, foi a condição imposta pelo
Requerente de que pagaria a pensão de 06 salários mínimos, desde que fosse
vendido o imóvel onde morava o casal e filho: " O separando Celso pagará, nos
primeiros 06 meses uma pensão de 05 salários mínimos, que será elevada para 06
salários, uma vez concretizada a venda do imóvel, para o sustento do filho".
Então, não justifica a redução da pensão, porque não se instalou desequilíbrio entre
as prestações alimentares, bem como não ficou demonstrado necessidade dessa
alteração, assim como não houve diminuição dos rendimentos auferidos pelo
alimentante-autor, conforme anteriormente explicitado.
O artigo 1699, do Novo Código Civil Brasileiro, impõe que somente haverá a
possibilidade de ser modificado o valor da pensão alimentícia, se bem demonstrar o
interessado alteração econômica ou impossibilidade de seu cumprimento, senão
vejamos:
" Art. 1699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudanças na situação financeira de
quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz,
conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo."
2. DA NECESSIDADE DO ALIMENTÁRIO
Por outro lado, o Requerido não poderá desprover ou sequer reduzir a sua pensão
alimentícia, ante a sua necessidade básica.
Sob outro prisma, se faz mister dizer que o alimentário tem o direito da
manutenção da pensão, repita-se, para prover as suas necessidades básicas.
Em anexo, documentos que comprovam alguns gastos realizados a favor do
Requerido, desde janeiro do corrente ano, que importam aproximadamente em 06
salários mínimos mensal, sendo que os mais significativos são as despesas com a
educação R$ ......; transporte R$ ......; alimentação, vestuário, saúde, habitação,
R$ ...... Estes são os gastos mínimos necessários para o sustento do requerido.
Quanto a mãe do Requerido, não dispõe de grandes recursos financeiros, mas nem
por isso deixa de contribuir com a sua parcela, sem contar o afeto diário e
dedicação ao seu filho.
O vínculo existe entre alimentante e alimentado. Por isso, a pensão devida por um
dos cônjuges ao filho menor não é influenciada pela mudança na fortuna do outro
consorte. (RJTJRS 150/542).
Destarte, o Requerente não logrou êxito em provar que houve variação patrimonial
nem o seu e nem do Requerido, devendo, por este motivo, permanecer inalterado a
pensão alimentícia.
Que desde o início do pagamento da pensão até a presente data, os ora litigantes
não alteraram o status, não havendo redução do poder aquisitivo ou econômico do
Autor ou enriquecimento por parte do Réu, assim inexiste prova de desfalque do
Requerente ou aumento de fortuna do alimentando.
Entretanto, em respeito ao princípio da eventualidade, somente na hipótese de ser
reconhecido o direito de redução da pensão, o que não se acredita, esta não deverá
ser inferior a 05 salários mínimos, ante, gize-se, as necessidades básicas do menor.
4. OUTROS ESCLARECIMENTOS
De mesmo modo, foi com relação a recente compra dos veículos - ....... e ..... -
importando um gasto superior a R$........., conforme certidão anexa.
Em sendo assim, fica evidente que os valores pagos a título de pensão alimentícia
são compatíveis as condições do Autor, ou melhor dizendo, que o mesmo não deve
descurar dessa obrigação, por ser questão de direito e de justiça.
DOS PEDIDOS
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Observa-se Meritíssimo Senhor Juiz que o requerido, na sua infinita mesquinharia, não
reconhece os documentos acostados, de fls. 09, 10, 14 e 15, alegando não serem contas
do requerente, apenas por estarem em nome de sua genitora.
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