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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA DE FAMÍLIA E

SUCESSÕES DA COMARCA DE [domicílio do menor]/__

"ALVO SEVERO POTTER", brasileiro, menor de idade, nascido em xxxxxxxxxxxxxxxxx, CPF


nº xxxxxxxxxxxxxxx, natural de xxxxxxxxxxxx, residente e domiciliado na [ENDEREÇO
COMPLETO], neste ato representada por sua genitora GINA WEASLEY, e GINA WEASLEY,
brasileira, solteira, jogadora de Quadribol profissional , portadora do CPF sob o nº
xxxxxxxxxxxxxx, residente e domiciliada na [ENDEREÇO COMPLETO], sem endereço
eletrô nico conhecido, por intermédio de sua procuradora, que junta instrumento
profissional em anexo, com endereço completo para receber intimaçõ es e notificaçõ es,
propor a presente
AÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS E DEFINITIVOS, GUARDA COMPARTILHADA E
REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS
Em face de HARRY JAMES POTTER, brasileiro, empresá rio e autor, portador do CPF nº
xxxxxxxxxxx, residente e domiciliado na [ENDEREÇO COMPLETO], sem endereço eletrô nico
conhecido, pelas razõ es de fato e de direito a seguir expostas.
DOS FATOS
O Requerente, nascido em xxxxxxxxxxxxxxx, com apenas um ano de idade, é filho de Gina
Weasley e Harry Potter.
Ocorre que, em janeiro de 2020, os mencionados pais do Requerente passaram um tempo
residindo na casa dos pais do Requerido, contudo, ocorreram brigas do casal, a genitora do
Requerente decidiu por ir visitar sua mã e (avó materna do requerente) levando o mesmo
junto, momento em que o Requerido também decidiu sair do local e passou a residir em sua
pró pria empresa, local aonde ainda se encontra.
Apó s tentarem reatar o relacionamento, os pais do Requerente perceberam que já nã o
havia mais possibilidades de assim continuarem e decidiram de vez se separarem, isto em
maio de 2020.
Vale salientar que por um período a genitora do menor e este residiram com a tia materna
do Requerente, sendo que agora em junho deste ano, foram entregues as chaves do novo
apartamento onde a genitora do Requerente passou a residir com o menor, sendo que
atualmente assumiu entã o novos gastos para sua sobrevivência e de seu filho, à saber:
gastos com o financiamento à construtora (R$ 392,70) e à Caixa Econô mica Federal (mais
R$ 390,00) – isto sem contar os demais gastos da vida cotidiana com uma criança em idade
tenra como o Requerente.
Além destes gastos, a genitora do Autor ainda arca com o valor de R$ 180,00 (estimados)
em fraldas mensais ao Requerente, R$ 50,00 (estimados) de produtos de higiene ao
Requerente, R$ 500,00 de FIES, além de despesas como e luz (que se estima em R$ 100,00,
podendo ser mais, pois como ainda nã o vieram as primeiras contas da genitora, a mesma
nã o tem como apontar os valores médios que serã o com estes custos), sem contar ainda
com compras de mercado, farmá cia, lazer, dentre outras despesas ordiná rias.
Vejamos abaixo uma tabela exemplificativa dos gatos da genitora do autor e os gastos que
deveriam ser suportados pelo requerido:
Atualmente, conforme renda anexa, a genitora, que é autô noma, tem conseguido retirar
uma média de R$ 1.500,00 mensais, no má ximo, valor este que é todo empregado nos
custos fixos da vida cotidiana, sendo que, desde a separaçã o, o Requerido apenas arca
apenas com o plano de saú de do menor, e por gentileza, o da genitora, sendo que
raramente lhe defere outros valores para o sustento da criança.
Importante salientar que o Requerido é proprietá rio de duas empresas, quais sejam:
“Empresa xxxxxxxxxxxxxxxxx”, na qual é só cio, e empresa “xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx”, na
qual é dono e aufere renda mensal superiores à R$ 4.000,00. Além disto, o Requerido
possui o veículo HONDA FIT 2011 financiado, com o valor médio da tabela FIPE de R$ R$
33.085.
No entanto, apesar disto, somente agora em julho propô s um acordo extrajudicial com a
genitora do Requerente, onde se comprometia a pagar míseros R$ 300,00 mensais, valor
este totalmente abaixo do que seu filho necessita e desproporcional à remuneraçã o do
Requerido.
Ao analisarmos o binô mio da possibilidade e necessidade (ou trinô mio, envolvendo
também a razoabilidade), podemos perceber que a mencionada proposta de acordo nã o o
satisfaz.
Isto porque, como já bem explicado e demonstrado no decorrer desta inicial, o
Demandado é sócio e proprietário de duas empresas, possui veículo no valor médio
de R$ 30.000,00 e aufere renda mais que o suficiente para arcar com muito mais do
que o que foi proposto.
Ora, Excelência, claramente o valor de R$ 300,00 para uma criança de um ano de
idade, com tantas necessidades, não é nem de longe o suficiente, ainda mais se o
próprio pai da mesma é dono de empresas e pode pagar bem mais, a ponto da
mesma ter dignidade humana.
Aos poucos, conversando com a entã o dita procuradora do Requerido (conforme
mensagens anexas), a Requerente informou todos os gatos que tinha com o menor, sendo
que o Requerido ofertou 80% do salá rio mínimo, mais o plano de saú de até dezembro de
2020, ou seja, notoriamente tinha condiçã o desde o começo da oferta de alimentos
extrajudiciais, ofertando menor do que o devido apenas para prejudicar a requerente, sem
pensar em seu filho.
Por este motivo, obviamente nã o foi aceito o acordo, haja vista que o valor proposto pelo
Requerido é absolutamente desproporcional à sua renda e à necessidade de uma criança de
um ano de idade, que precisa de fraldas, lenços, compras em farmá cia, mercado, roupas,
dentre muitos outros itens de higiene pessoal, alimentaçã o, moradia e muito mais.
Assim sendo, torna-se imprescindível o ajuizamento da presente açã o como ú nico meio de
satisfazer as necessidades basilares da criança, regulamentando também o direito de
guarda e de visitas.
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
DOS ALIMENTOS
Inicialmente, importante salientar que os Alimentos sã o imprescindíveis ao filho, motivo
pelo qual a Constituiçã o Federal de 1988 aponta que:
“Art. 227. É dever da família, sociedade e Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o
direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão;”
“Art. 229. Os pais tem o dever de assistir, criar e educar os filhos menores e os filhos maiores tem o dever de ajudar
e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade;”

Transcreve-se, no mesmo sentido, o teor dos artigos 1.634, I do CC/2002, quanto à criaçã o
e educaçã o dos filhos menores, e no artigo 22 ,do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei
8.069/90- ECA) relativo ao dever de sustento, criaçã o e educaçã o:
“Art. 1634. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores:
I- dirigir-lhes a criação e educação;
Art. 22 da Lei 8069/90. Aos pais incube o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes
ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir as determinações judiciais.”

O § 1º do artigo 1694 do CC/2002 citado, dispõ e que, para que possa ocorrer sua
concessã o, precisa-se de dois requisitos (binô mio), sendo estes: necessidade do
alimentando e capacidade do alimentante. Inclusive, para a doutrina, há também a
razoabilidade do valor, logo, chama-se de trinô mio.
Desta forma, como o menor impú bere nã o possui qualquer condiçã o de auto sustento e a
autora está enfrentando muitas dificuldades, pois seu rendimento nã o é suficiente para o
sustento pró prio e do filho, o réu deve ser compelido a efetuar o pagamento de pensã o
alimentícia.
Destaca-se o Enunciado 573 da VI Jornada de Direito Civil do STJ, que determina que
devem ser observados os sinais exteriores de riqueza na apuraçã o da possibilidade do
alimentante, nas hipó teses de ausência ou insuficiência de prova específica dos
rendimentos reais do alimentante. A ló gica é: os sinais exteriorizados do padrã o de vida do
devedor de alimentos revelam seu real poder aquisitivo, muitas vezes diverso da renda
declarada.
Vejamos algumas PROVAS DA CONDIÇÃO ECONÔMICA DO ALIMENTANTE, já que este
é SÓCIO/PROPRIETÁRIO DA EMPRESA xxxxxxxxxxxxxxx E SÓCIO DA EMPRESA
xxxxxxxxxxxxxxxxx:
1. O REQUERIDO É SÓCIO/PROPRIETÁRIO DA EMPRESA xxxxxxxxxxxxxx (site):
2. O REQUERIDO É SÓCIO/PROPRIETÁRIO DA EMPRESA xxxxxxxxxxxxxx (site):
Ainda, podemos ver que possui alto poder aquisitivo, pois possui limites de crédito altos
nos bancos, vejamos
FATURA E LIMITE DO CARTÃO DE CRÉDITO DO REQUERIDO:
[IMAGEM DEMONSTRATIVA]
O REQUERIDO SE INTITULA EMPRESÁRIO, CONFORME SUAS REDES SOCIAIS
[IMAGEM DEMONSTRATIVA]
Salienta-se, para deixar este juízo preparado, que se a parte requerida alegar
hipossuficiência financeira, requer seja intimado para juntar seus últimos extratos
de cartão de crédito, das movimentações bancárias, o extrato/balanço financeiro de
suas duas empresas, e seu ultimo IR, pois certamente este irá dificultar e ocultar seu
patrimônio e condição financeira, somente para pagar alimentos de baixo valor,
como assim já disse à genitora do requerente.
Neste sentido, temos os seguintes precedentes quanto à aplicabilidade dos alimentos
respeitando o binô mio da possibilidade e necessidade:
“EMENTA: DIREITO DE FAMÍLIA - AÇÃO DE ALIMENTOS - APELAÇÃO CÍVEL - ALIMENTOS - FILHO - FIXAÇÃO -
BINÔMIO POSSIBILIDADE/NECESSIDADE. Os alimentos devidos pelos pais aos filhos decorrem dos deveres
inerentes ao poder familiar. Sua fixação deve se dar na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos
da pessoa obrigada (binômio possibilidade/necessidade). (TJMG - Apelação Cível XXXXX-6/001, Relator (a): Des.(a)
Dárcio Lopardi Mendes, 4ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 23/07/2015, publicação da sumula em 30/07/2015)”

No mesmo sentido:
“AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE ALIMENTOS. REDUÇÃO DO VALOR DOS
ALIMENTOS. IMPOSSIBILIDADE. PATAMAR FIXADO DE ACORDO COM O BINÔMIO NECESSIDADE X POSSIBILIDADE.
ALTERAÇÃO. INCURSÃO NO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ.
GRATUIDADE DE JUSTIÇA DEFERIDA EM SENTENÇA. MANUTENÇÃO. SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DAS CUSTAS E
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. AGRAVO INTERNO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. O Tribunal de origem, à luz do
binômio necessidade-possibilidade, concluiu como razoável e proporcional a pensão alimentícia no valor de 30%
(trinta por cento) do salário mínimo a ser paga pelo ora agravante ao filho menor. A pretensão de revisar tal
entendimento, considerando as circunstâncias do caso concreto, demandaria revolvimento de matéria fático-
probatória, o que é inviável em sede de recurso especial. 2. É assegurada a quem foi concedido os benefícios da
gratuidade de justiça a suspensão da exigibilidade dos honorários e custas processuais (AgInt no AREsp XXXXX/MS,
Rel. Ministro Marco Aurélio Bellizze, Terceira Turma, julgado em 18/03/2019, DJe de 22/03/2019). 3. Agravo
interno parcialmente provido para determinar a suspensão da exigibilidade dos honorários advocatícios e custas
processuais, uma vez que o ora agravante litiga sob o pálio da gratuidade de justiça. (STJ - AgInt no AREsp: XXXXX
MS XXXXX/XXXXX-1, Relator: Ministro RAUL ARAÚJO, Data de Julgamento: 04/05/2020, T4 - QUARTA TURMA, Data
de Publicação: DJe 18/05/2020)”

Uma vez demonstrado o grau de parentesco relativo ao menor e o réu, reconhece-se o


dever deste ú ltimo em prestar alimentos, requerendo desde já o arbitramento de pensã o
em 30% dos proventos econô micos do Requerido (com as duas empresas, e todos os
demais que por ventura existir, tal como participaçã o nos lucros), ou sendo este percentual
abaixo de 1 salá rio mínimo, que se fixe entã o 1 salá rio mínimo atual (ou seja, o que melhor
for para o menor), a título de alimentos definitivos a serem homologados posteriormente.
Sabe-se que o Requerido pretende vender uma ou mais empresas, de sorte que se
requer, ainda, seja deferido alimentos sobre o lucro que este auferir com a venda da
(s) empresa (s).
DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS
Nas Açõ es de Alimentos, o magistrado deverá fixar alimentos provisó rios, quanto a
fundamentaçã o legal da qual dispõ e o artigo 4º da Lei 5.478/68 que:
“Art. 4º da Lei 5.478/68. As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo
devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.
Parágrafo único. Se se tratar de alimentos provisórios pedidos pelo cônjuge, casado pelo regime da comunhão
universal de bens, o juiz determinará igualmente que seja entregue ao credor, mensalmente, parte da renda líquida
dos bens comuns, administrados pelo devedor.”

No caso dos autos, mostra-se necessidade de fixaçã o de tal previsã o legal, uma vez de que a
situaçã o financeira da autora fatalmente dificulta o sustento do filho.
“Art. 13º da Lei 5.478/68. O disposto nesta lei aplica-se igualmente, no que couber, às ações ordinárias de desquite,
nulidade e anulação de casamento, à revisão de sentenças proferidas em pedidos de alimentos e respectivas
execuções.
§ 1º. Os alimentos provisórios fixados na inicial poderão ser revistos a qualquer tempo, se houver modificação na
situação financeira das partes, mas o pedido será sempre processado em apartado.
§ 2º. Em qualquer caso, os alimentos fixados retroagem à data da citação.
§ 3º. Os alimentos provisórios serão devidos até a decisão final, inclusive o julgamento do recurso extraordinário.”

Destaca-se que não há dúvidas quanto à paternidade do réu, desta forma, observa-se
total má -fé quanto à inércia deste, resultando a privaçã o do Autor quanto aos bens tã o
necessá rios aqui tratados.
Quanto ao exposto, mostra-se oportuno o presente pleito quanto à determinaçã o de
pagamento de alimentos provisó rios, no importe de R$ 1.045,00, (até que se tenha ciência
do total de proventos econô micos do requerido) para que o filho menor possa subsistir
tendo como assegurado seus direitos oriundos à dignidade da pessoa humana, qual seja, o
direito à vida, à saú de, à alimentaçã o, à educaçã o, ao lazer, à profissionalizaçã o, à cultura, à
dignidade e ao respeito.
DA GUARDA COMPARTILHADA COM LAR DE REFERÊNCIA DA GENITORA
Sem dú vidas, o melhor interesse da criança deve ser priorizado (art. 226 da CF) e a
convivência simultâ nea com ambos os genitores irá insculpir na menor o sentimento de
uniã o e de solidariedade familiar indispensá vel à formaçã o e ao desenvolvimento físico,
psíquico, moral e social de qualquer cidadã o.
Assim, de acordo com esses valores, a nova lei da Guarda Compartilhada, de nº 13.058, em
vigor desde 23/12/14, que alterou o Có digo Civil, houve por bem regulamentar a divisã o
de responsabilidades, a decisã o conjunta, o tempo de convivência de cada um dos pais,
garantindo, assim, o melhor para seus filhos.
A Lei 13.058/2014 estabelece que, por regra, a guarda deve ser compartilhada. Dessa
forma pede-se que seja deferido o pedido de guarda compartilhada, tendo em vista que o
requerente tem a possibilidade de exercer a guarda compartilhada.
Desta forma, o instituto da guarda foi criado com o objetivo de proteger o menor,
salvaguardando seus interesses em relaçã o aos pais que disputam o direito de acompanhar
de forma mais efetiva e pró xima seu desenvolvimento, ou mesmo no caso de nã o haver
interessados em desempenhar esse papel.
Visto que os pais já nã o convivem juntos, fica necessá rio definir a guarda do Requerente,
filho menor.
Assim dispõ e o art. 1.584, inciso II e § 2º, do Có digo Civil:
“Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser:
II – decretada pelo juiz, em atenção a necessidades específicas do filho, ou em razão da distribuição de tempo
necessário ao convívio deste com o pai e com a mãe. (...)
§ 2º Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, encontrando-se ambos os genitores
aptos a exercer o poder familiar, será aplicada a guarda compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao
magistrado que não deseja a guarda do menor.”

A aplicaçã o de referido instituto reforça os laços familiares por meio do esforço conjunto na
criaçã o e educaçã o do menor, mantendo a necessá ria referência materna e paterna, além de
reduzir as possibilidades de alienaçã o parental, sendo certo que, por tais motivos, a guarda
compartilhada protege o melhor interesse da criança como vêm decidindo o STJ.
Quanto ao tema, leciona Conrado Paulino da Rosa: “Imperioso ressaltar, nessa esteira, que
guarda e convivência são institutos distintos. Embora comumente confundidos, o primeiro diz
respeito ao modo de gestão dos interesses da prole – que pode ser de forma conjunta ou
unilateral – e o segundo, anteriormente tratado como direito de visitas, versa sobre o período
de convivência que cada genitor terá com os filhos, sendo necessária a sua fixação em
qualquer modalidade de guarda”.
Nas palavras da Ministra Nancy Andrighi: “A custódia física conjunta é o ideal a ser buscado
na fixação da guarda compartilhada, porque sua implementação quebra a
monoparentalidade na criação dos filhos, fato corriqueiro na guarda unilateral, que é
substituída pela implementação de condições propícias à continuidade da existência de fontes
bifrontais de exercício do Poder Familiar”.
No caso em tela, a genitora do Requerente, nã o se opõ e de forma alguma à guarda
compartilhada, pois entende como necessá ria a presença do pai na vida de um filho.
Assim, embora a guarda deva ser compartilhada, o lar de referência deve ser o da
genitora, pois o menor possui apenas um ano de idade e se alimenta do leite
materno.
Assim, é neste sentido que entendem os mais diversos julgados a respeito do assunto,
vejamos:
APELAÇÃO CÍVEL. GUARDA COMPARTILHADA. CRIANÇA DE 07 ANOS DE IDADE QUE ATUALMENTE VIVE COM A
MÃE. SUPERIOR INTERESSE DA MENOR. LAR DE REFERÊNCIA. MATERNO. Inquestionável que a presença de ambos
os pais é de relevante importância para o adequado desenvolvimento dos filhos, sempre sob a perspectiva de que
esse dever-direito seja preservado e o princípio do superior interesse do menor seja respeitado. Considerando as
peculiaridades do caso, mantém-se a guarda compartilhada, estabelecendo, contudo, o lar materno como o de
referência. (TJ-DF XXXXX20168070019 - Segredo de Justiça XXXXX-72.2016.8.07.0019, Relator: CARMELITA BRASIL,
Data de Julgamento: 11/12/2019, 2ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no PJe : 22/01/2020 . Pág.: Sem
Página Cadastrada.) (grifos nossos).

Também:
“DIREITO CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA. PRELIMINAR. GRATUIDADE DE JUSTIÇA. IMPUGNAÇÃO. REJEITADA. LAUDO
PSICOSSOCIAL APÓCRIFO. ASSINATURA DIGITAL. POSSIBILIDADE. APELAÇÃO. GUARDA COMPARTILHADA E
REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS. LAR DE REFERÊNCIA MATERNO. AUSÊNCIA DE MOTIVOS PARA ALTERAÇÃO.
SENTENÇA MANTIDA. 1. Trata-se de apelação interposta em face de sentença que julgou parcialmente procedente
os pedido formulado na inicial, estabelecendo que a guarda do menor deverá ser compartilhada entre os
genitores e fixado o lar materno como de referência para moradia. (...) 7. A modificação do lar de referência
deve atender ao interesse do menor, não sendo viável quando não demonstrada sua necessidade e não
recomendada pelo estudo técnico. 8. Recurso conhecido e desprovido. Preliminar rejeitada. (TJ-DF
XXXXX20178070004 - Segredo de Justiça XXXXX-80.2017.8.07.0004, Relator: SANDOVAL OLIVEIRA, Data de
Julgamento: 22/05/2019, 2ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE : 28/05/2019 . Pág.: Sem Página
Cadastrada.)” (grifos nossos).

Ainda:
“FAMÍLIA. AÇÃO DE DIVÓRCIO COM PARTILHA DE BENS E AÇÃO DE GUARDA. FIXAÇÃO DA GUARDA
COMPARTILHADA TENDO COMO LAR DE REFERÊNCIA O MATERNO. PEDIDO DO GENITOR PARA MUDANÇA PARA
GUARDA UNILATERAL. PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA. AUSÊNCIA DE PROVA QUE DESABONE A
CONDUTA DA MÃE NA CRIAÇÃO DO FILHO. MANTIDA A GUARDA FIXADA NA SENTENÇA. PENSÃO ALIMENTÍCIA.
VALOR ESTIPULADO ACIMA DO PLEITEADO. INEXISTÊNCIA DE JULGAMENTO EXTRA PETITA. REDUÇÃO DOS
ALIMENTOS PARA ADEQUAR AO BINÔMIO POSSIBILIDADE X NECESSIDADE. SENTENÇA PARCIALMENTE
REFORMADA. 1. Com efeito, a guarda compartilhada é regra no ordenamento jurídico, devendo-se dar
prevalência à guarda unilateral quando essa atender ao melhor interesse da criança e quando houver
beligerância entre os genitores. 2. In casu, em que pese o genitor sugira que a criança possa não receber o
tratamento adequado no lar materno, não trouxe aos autos nenhum documento ou prova que pudesse corroborar
concretamente tal afirmação, não cumprindo, portanto, com o ônus que lhe é imposto; qual seja, comprovar fato
modificativo, extintivo ou impeditivo do direito da autora, nos termos do artigo 373, inciso II, do CPC. 3. Diante da
ausência de provas que demonstrem qualquer prejuízo ao menor, por ter como lar de referência o materno e, não
demonstrado nos autos qualquer situação que desabone a conduta da ré, ora apelada, na criação do filho, não há
razão para modificar a guarda fixada na sentença. Ressalta-se que a sentença recorrida não faz coisa julgada
material; ou seja, não se torna imutável e indiscutível, podendo se sujeitar à nova apreciação se houver mudanças
nas circunstâncias fáticas. 4. Como é sabido, nas ações que versam sobre alimentos, é permitido ao magistrado
relativizar o princípio da adstrição, fixando alimentos em patamar diferente daquele pleiteado pela parte interessa,
desde que atendido o binômio possibilidade x necessidade, não se configurando julgamento extra petita. 5. Impõe-
se a redução da verba alimentar para atender ao critério do binômio possibilidade x necessidade. 6. Recurso
parcialmente provido. (TJ-DF XXXXX - Segredo de Justiça XXXXX-36.2017.8.07.0006, Relator: JOSAPHA FRANCISCO
DOS SANTOS, Data de Julgamento: 13/03/2019, 5ª TURMA CÍVEL, Data de Publicação: Publicado no DJE :
20/03/2019 . Pág.: 294/300)” (grifos nossos).

Logo, requer desde já que seja a guarda compartilhada entre os genitores do menor, sendo
o lar materno o de referência do Requerente.
DAS VISITAS
O direito de visitaçã o está relacionado com alguns princípios constitucionais, como o
princípio da afetividade, da solidariedade familiar, da dignidade da pessoa humana e o
melhor interesse da criança.
Nesse sentido, considerando a prioridade absoluta que a constituiçã o buscou assegurar à s
crianças e aos adolescentes, se faz necessá rio analisarmos todo o contexto desta relaçã o,
buscando efetivar tais garantias.
As visitas aos filhos encontram previsã o no art. 1.589, do Có digo Civil de 2002, que dispõ e,
in verbis:
“Art. 1.589. O pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos, poderá visitá-los e tê-los em sua companhia,
segundo o que acordar com o outro cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua manutenção e
educação.”
Parágrafo único. O direito de visita estende-se a qualquer dos avós, a critério do juiz, observados os interesses da
criança ou do adolescente”

Assim, requer o Demandante desde já que o Demandado o visite, porém, SEM QUE
HAJA A PERNOITE, vez que esse possui apenas um ano de idade e necessita do leite
materno de sua genitora a cada duas horas (no máximo, pois a alimentação do
Requerente é a livre demanda).
É neste sentido que seguem as Jurisprudências:
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO DE FAMÍLIA. AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE VISITA. TODA CRIANÇA TEM
DIREITO AO AMPLO CONVÍVIO COM AMBOS OS GENITORES, CONDIÇÃO NECESSÁRIA AO SEU SALUTAR
DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL, SOCIAL E AFETIVO. MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA. MENOR QUE CONTA COM
TRÊS ANOS DE IDADE E VIVE ATUALMENTE COM OS AVÓS MATERNOS, OS QUAIS, APESAR DE INTIMADOS, AINDA
NÃO SE MANIFESTARAM EM CONTRARRAZÕES. PAI QUE NÃO PODE SER PRIVADO DA CONVIVÊNCIA COM O FILHO,
DEVENDO SER GARANTIDA A VISITAÇÃO AINDA QUE DE FORMA PROVISÓRIA E ACOMPANHADA DOS AVÓS.
IMPOSSIBILIDADE DE PERNOITE, NESSE MOMENTO, BEM COMO A VISITAÇÃO SEM ACOMPANHAMENTO, ATÉ QUE
SE DÊ O CONTRADITÓRIO E ESTUDO SOCIAL E PSICOLÓGICO. VISITAÇÃO PROVISÓRIA QUE SE CONCEDE
SEMANALMENTE, AOS SÁBADOS OU DOMINGOS, PELO PERÍODO DE QUATRO HORAS, COMPREENDIDO ENTRE ÀS
10H E 19H, SEMPRE ACOMPANHADO DOS AVÓS. AGRAVO A QUE SE DÁ PARCIAL PROVIMENTO. (TJ-RJ - AI:
XXXXX20198190000, Relator: Des (a). FERNANDO FERNANDY FERNANDES, Data de Julgamento: 02/09/2019,
DÉCIMA TERCEIRA CÂMARA CÍVEL).” (grifos nossos).

COLOCA-SE UMA SUGESTÃO ABAIXO, PENSANDO NO BEM ESTAR E VÍNCULO QUE A


GENITORA QUER QUE O MENOR TENHA COM SEU PAI ORA REQUERIDO, SEM DEIXAR
QUE A IDADE TENRA E A DEPENDÊNCIA DO MENOR POSSAM PREJUDICÁ-LO, OU SEJA,
VISANDO O MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA.
SUGESTÃO DE VISITAS
• - Que as visitaçõ es ao final de semana sejam intercaladas. No 1º final de semana, o
genitor retira o menor no sá bados à s 14h e devolve para a genitora no mesmo sá bado
as 16h, e no 2º Final de semana o genitor retira o menor no domingo as 14h e entrega
o menor no mesmo domingo as 16h.
• - Durante a semana, o genitor pode retirar o menor para passeio nas terças e quinta,
das 18h30 à s 20h;
• - Nos feriados prolongados, se o feriado cair na sexta, ou sá bado, o menor ficará com a
genitora por todo o final de semana (para assim ser possível viagens à lazer, eis que a
família materna do requerente encontra-se a cerca de 480km de distâ ncia deste), se o
feriado ocorrer no domingo ou segunda, será mantido o direito de visitaçõ es tal como
anteriormente sugerido no primeiro item.
• - Nas festas de final de ano, nos anos ìmpares o menor passará 4h com o pai (16h –
20h) “Natal” e o Ano Novo com a mã e, invertendo-se nos anos pares, ou seja, nos anos
pares o menor passará 4h com o pai (16h – 20h) “Ano Novo” e o “Natal” com a mã e.
• - No Dia das Crianças, o genitor retira o menor no à s 14h e devolve para a genitora no
mesmo dia, à s 16h.
• - Na Pá scoa, o genitor retira o menor no à s 14h e devolve para a genitora no mesmo
dia, à s 16h.
• - No dia das mã es e no aniversá rio desta, o menor passará com a mã e;
• - No dia dos pais e no aniversá rio deste, o genitor retira o menor no à s 14h e devolve
para a genitora no mesmo dia, à s 16h.
• - No aniversá rio do menor, o genitor retira o menor no à s 14h e devolve para a
genitora no mesmo dia, à s 16h.
• - Por duas vezes no ano, a genitora do menor faz uma viagem para Goiá s, para vendas e
férias ao mesmo tempo (aproveita a genitora para ver sua família, mas faz boas vendas
na regiã o neste período), motivo pelo qual requer-se que neste período (2x ao ano,
com aviso prévio de 15 dias antes de cada período) sejam suspensas por 30 dias ou
menos (a depender do período de afastamento) sendo mantido o contato do menor
com o genitor mediante vídeo chamadas, 2x na semana, nas quartas e aos sá bados, à
partir das 19h.
Portanto, requer desde já que seja fixada a visita nos termos mencionados, com a
impossibilidade de pernoite, pelo menos neste momento.
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
A parte Autora é pessoa pobre na acepçã o do termo e nã o possui condiçõ es financeiras
para arcar com as custas processuais e honorá rios advocatícios sem prejuízo do pró prio
sustento, razã o pela qual desde já requer o benefício da Gratuidade de Justiça, assegurados
pela Lei nº 1060/50 e consoante o art. 98, caput, do novo CPC/2015, verbis:
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas,
as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.

Mister frisar, ainda, que, em conformidade com o art. 99, § 1º, do novo CPC/2015, o pedido
de gratuidade da justiça pode ser formulado por petiçã o simples e durante o curso do
processo, tendo em vista a possibilidade de se requerer em qualquer tempo e grau de
jurisdiçã o os benefícios da justiça gratuita, ante a alteraçã o do status econô mico.
Para tal benefício, parte Autora junta declaraçã o de hipossuficiência e comprovante de
renda, os quais demonstram a inviabilidade de pagamento das custas judicias sem
comprometer sua subsistência, conforme clara redaçã o do Có digo de Processo Civil de
2015:
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para
ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
§ 1o Se superveniente à primeira manifestação da parte na instância, o pedido poderá ser formulado por petição
simples, nos autos do próprio processo, e não suspenderá seu curso.
§ 2o O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos
pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a
comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos.
§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.

Assim, por simples petiçã o, sem outras provas exigíveis por lei, faz jus, parte Autora, ao
benefício da gratuidade de justiça:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. JUSTIÇA GRATUITA. INDEFERIMENTO DA GRATUIDADE PROCESSUAL. AUSÊNCIA DE
FUNDADAS RAZÕES PARA AFASTAR A BENESSE. CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. CABIMENTO. Presunção relativa que
milita em prol da autora que alega pobreza. Benefício que não pode ser recusado de plano sem fundadas razões.
Ausência de indícios ou provas de que pode a parte arcar com as custas e despesas sem prejuízo do próprio
sustento e o de sua família. Recurso provido. (TJ-SP XXXXX20178260000 SP XXXXX-48.2017.8.26.0000, Relator:
Gilberto Leme, Data de Julgamento: 17/01/2018, 35ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 17/01/2018)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. GRATUIDADE DA JUSTIÇA. CONCESSÃO. Presunção de veracidade da alegação de
insuficiência de recursos, deduzida por pessoa natural, ante a inexistência de elementos que evidenciem a falta
dos pressupostos legais para a concessão da gratuidade da justiça. Recurso provido. (TJ-SP XXXXX20178260000
SP XXXXX-66.2017.8.26.0000, Relator: Roberto Mac Cracken, 22ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação:
07/12/2017)

A assistência de advogado particular nã o pode ser parâ metro ao indeferimento do pedido:


AGRAVO DE INSTRUMENTO. PEDIDO DE GRATUIDADE DE JUSTIÇA. CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. HIPOSSUFICIÊNCIA.
COMPROVAÇÃO DA INCAPACIDADE FINANCEIRA. REQUISITOS PRESENTES. 1. Incumbe ao Magistrado aferir os
elementos do caso concreto para conceder o benefício da gratuidade de justiça aos cidadãos que dele efetivamente
necessitem para acessar o Poder Judiciário, observada a presunção relativa da declaração de hipossuficiência. 2.
Segundo o § 4º do art. 99 do CPC, não há impedimento para a concessão do benefício de gratuidade de Justiça o
fato de as partes estarem sob a assistência de advogado particular. 3. O pagamento inicial de valor relevante,
relativo ao contrato de compra e venda objeto da demanda, não é, por si só, suficiente para comprovar que a parte
possua remuneração elevada ou situação financeira abastada. 4. No caso dos autos, extrai-se que há dados
capazes de demonstrar que o Agravante, não dispõe, no momento, de condições de arcar com as despesas do
processo sem desfalcar a sua própria subsistência. 4. Recurso conhecido e provido. (TJ-DF XXXXX20178070000 DF
XXXXX-85.2017.8.07.0000, Relator: GISLENE PINHEIRO, 7ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE :
29/01/2018)

Assim, considerando a demonstraçã o inequívoca da necessidade da parte Autora, tem-se


por comprovada sua necessidade, fazendo jus ao benefício.
Cabe destacar que o a lei nã o exige atestada miserabilidade do requerente, sendo suficiente
a "insuficiência de recursos para pagar as custas, despesas processuais e honorários
advocatícios"(Art. 98, CPC/15), conforme destaca a doutrina:
"Não se exige miserabilidade, nem estado de necessidade, nem tampouco se fala em renda familiar ou
faturamento máximos. É possível que uma pessoa natural, mesmo com bom renda mensal, seja merecedora do
benefício, e que também o seja aquela sujeito que é proprietário de bens imóveis, mas não dispõe de liquidez. A
gratuidade judiciária é um dos mecanismos de viabilização do acesso à justiça; não se pode exigir que, para ter
acesso à justiça, o sujeito tenha que comprometer significativamente sua renda, ou tenha que se desfazer de
seus bens, liquidando-os para angariar recursos e custear o processo." (DIDIER JR. Fredie. OLIVEIRA, Rafael
Alexandria de. Benefício da Justiça Gratuita. 6ª ed. Editora JusPodivm, 2016. p. 60)

Por tais razõ es, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituiçã o Federal e pelo artigo 98 do
CPC, requer seja deferida a gratuidade de justiça parte Autora.
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
Manifesta-se a parte autora sobre seu interesse na realizaçã o de audiência de conciliaçã o
ou mediaçã o, nos termos do art. 319, VII do CPC.
DO PEDIDO
Pelo exposto, REQUER a Vossa Excelência:
1. O benefício da gratuidade proceual, nos termos dos artigos 5º, inciso LXXIV da
Constituiçã o Federal e Art. 98 e ssss. do NCPC, por ser, a autora pessoa pobre, na
acepçã o jurídica da palavra, nã o podendo arcar com as custas processuais e
honorá rios advocatícios sem prejuízo do pró prio sustento;
2. A citaçã o do réu, no endereço mencionado, para responder a presente demanda e,
querendo, conteste a presente açã o, sob pena de revelia;
3. A condenaçã o do requerido, pelo princípio da sucumbência, (Art. 82 do Novo CPC), aos
honorá rios advocatícios sobre o valor da açã o, em 20%, custas e demais cominaçõ es
legais;
4. A intimaçã o do Digníssimo Representante do Ministério Pú blico, para intervir em
todos os atos do processo com base ao Art. 178, II do Novo Có digo de Processo Civil;
5. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova de direito admitidas nos
termos do Art. 369 do Novo Có digo de Processo Civil;
6. Requer a procedência da demanda para:
• Requer seja arbitrados alimentos provisórios, nos termos das alegaçõ es supra, no
importe de R$ 1.045,00, para que a menor tenha garantida seus direitos oriundos à
dignidade da pessoa humana, qual seja, o direito à vida, à saú de, à alimentaçã o, à
educaçã o, ao lazer, à profissionalizaçã o, à cultura, à dignidade e ao respeito.
• Requer, ainda, seja deferido alimentos sobre o lucro que este auferir com a
venda da (s) empresa (s).
• Requer-se a fixaçã o dos alimentos definitivos, em 30% dos proventos econô micos do
Requerido (com as duas empresas, e todos os demais que por ventura existir, tal como
participaçã o nos lucros), ou sendo este percentual abaixo de 1 salá rio mínimo, que se
fixe entã o 1 salá rio mínimo atual (ou seja, o que melhor for para o menor), tendo em
vista que o Requerido possui capacidade para arcar com este valor alimentício e é
só cio e proprietá rio de duas empresas;
• Requer ainda que seja mantido o plano de saú de que o Requerido para ao menor;
• Seja definida a guarda compartilhada do menor, bem como seja fixado o regime de
visitaçã o, o que melhor atender ao menor, sugerindo-se o desta exordial;
Dá -se à causa o valor de R$ 12.540,00.
Nestes termos, pede e espera deferimento.
CIDADE, 6 de julho de 2020.
ADVOGADO
OAB
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Trabalho elaborando peças para cada caso concreto do cliente advogado.
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