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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __a VARA CIVEL DA COMARCA

DE JACAREÍ - SP.
Nome, brasileira, casada, idosa, portadora da cédula de identidade RG nº. 00000-00, e
inscrita no CPF nº. 000.000.000-00, residente e domiciliado na EndereçoCEP nº. 00000-
000, por sua advogada que esta subscreve (instrumento procurató rio anexo), vem à
presença de Vossa Excelência propor:
AÇÃ O DE CONCESSÃ O DE BENEFÍCIO ASSISTENCIAL BPC/LOAS IDOSO C/C PEDIDO DE
TUTELA ANTECIPADA
contra o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), Pessoa Jurídica de Direito
Pú blico, regularmente inscrita no CNPJ nº B- 29979036035106, com agência situada na
Endereço, Bairro Centro, Cidade Jacareí, Estado Sã o Paulo, CEP: 00000-000, com telefone:
(00)00000-0000, e endereço eletrô nico: email@email.com, na pessoa do seu representante
legal, pelos e motivos que passo a expor.
I -PRELIMINARMENTE
I.a - BENEFÍCIO DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Nos termos dos arts. 98 e 99, do CPC, informa nã o possuir condiçõ es de arcar com as
despesas processuais e honorá rios advocatícios sem prejuízo do pró prio sustento, razã o
pela qual, considerando a remota probabilidade de interposiçã o de recurso, requer
antecipadamente o deferimento do BENEFÍCIO DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA .
I.b - DA TUTELA ANTECIPADA
Aduz o art. 273 do CPC:
"O Juiz poderá a requerimento da parte antecipar total ou parcialmente os efeitos da tutela pretendida no pedido
inicial desde que existindo prova inequívoca se convença da verossimilhança da alegação e.
I - haja fundamento receio de dano irreparável ou de difícil reparação;
...omissis..."

Pois bem, conforme o disposto na redaçã o legal, a Autora faz jus à concessã o da tutela
antecipada, pois, preenche todos os requisitos por ela exigidos,ou seja:
1) prova inequívoca dos fatos;
2) dano irrepará vel.
Assim o primeiro requisito prova inequívoca do fato, que está claramente demonstrado por
meio da documentaçã o acostada aos autos, ou seja, idade igual ou superior a 65 anos e
impossibilidade financeira de se manter ou de ver suprida esta necessidade por seus
familiares.
Portanto, as provas apresentadas nesta oportunidade evidenciam a necessidade da Autora.
Ademais, como já exaustivamente aludido a Autora depende da ajuda do esposo
(aposentado) e filhos que também sã o pessoas pobres na acepçã o da palavra e que tem
seus compromissos familiares já assumidos.
Apreciado e devidamente demonstrado o primeiro requisito necessá rio faz - se que
passemos a avaliaçã o da segunda exigência ou seja que dano seja irrepará vel, neste caso
necessá rio se faz que haja a comprovaçã o do fumus boni jú ris e perinculum in mora .
Pois bem, quanto ao primeiro requisito como já exaustivamente aludido evidenciado por
meio de provas que ora se juntam aos autos a Autora faz jus a concessã o do benefício
pleiteado levando-se em consideraçã o que esta está impossibilitada de prover seu pró prio
sustento; em virtude de sua avançada idade e debilidade de sua saú de.
A legislaçã o Constitucional e abaixo dela também lhe garante o auxilio independentemente
de contribuiçã o à Seguridade Social.
Desta forma, se comprova o fumus boni jú ris do fato apreciado.
No que tange ao segundo requisito periculum in mora , já é cediço de que a Autora vem
passando por sérias dificuldades tendo que contar somente com os rendimentos de seu
esposo.
Assim a Requerente vem sobrevivendo de forma extremamente precá ria.
Portanto, se a providência for postergada até Sentença final, acreditamos que a Autora Nã o
encontrará outros meios para sua sobrevivência .
Desta forma, como está garantido em preceito constitucional, toda pessoa tem direito de
viver em condiçõ es no mínimo dignas; todavia, o que podemos perceber é que, no presente
caso, está havendo um sacrifício notadamente, exacerbado por parte do autor, pois tem lhe
faltado os meios de prover a tal sobrevivência.
Assim, requer, desde já , seja concedida a tutela antecipada por nã o restarem dú vidas a
respeito da necessidade da autora e o direito que lhe ampara, sob pena de agravar-se ainda
mais a situaçã o.
Cabe ressaltar ainda, que a jurisprudência em sua maioria absoluta, repele que a concessã o
do benefício fique adstrita somente ao valor recebido pela família, que deve figurar
obrigatoriamente em 1⁄4 do salá rio mínimo. E, diz mais, "esta corte assentou o
entendimento de que o critério constante do art. 20, § 3º, da lei nº 8742/93, nã o é o ú nico,
podendo o juiz da causa verificar o preenchimento das condiçõ es de beneficiá rio por outros
meios de prova". STJ, AG. 00.000 OAB/UF.
Portanto, se pode concluir do exposto acima, que cabe ao juiz verificar o preenchimento
dos demais requisitos para verificaçã o de pobreza, e nã o sendo absoluto o critério da renda
de 1⁄4 do salá rio mínimo.
Em se analisando o quadro familiar, levando-se em conta as despesas médicas, com
alimentos, á gua, luz, telefone, e demais despesas com as crianças, somente se pode concluir
que é impossível para uma família de idosos, manter-se com o salá rio de R$
00.000,00mensais, portanto necessita urgente da concessã o do benefício assistencial.
Para que sua família possa viver com maior dignidade.
II - DOS FATOS
A Autora é pessoa extremamente pobre, com 68 anos de idade, com pouquíssimo estudo e
ao longo da vida nada conseguiu construir em termos de patrimô nio.
Quando mais jovem, muito pouco conseguiu emprego registrada, por isso, nã o conta com
contribuiçõ es sociais suficientes para requerer o benefício da aposentadoria por idade.
A Autora convive com seu esposo, e ainda cria, educa e sustenta, uma neta, em virtude de
sua filha nã o poder mantê-las.
Por ser pessoa muito pobre, a mesmo nunca regularizou a situaçã o da guarda da menina,
por isso nã o possui termo de tutela, da sua neta.
Diante de tal situaçã o, a autora requereu o benefício de amparo ao idoso, junto ao INSS,
conforme (doc. anexo).
O protocolo de benefício ficou sob o nº (00)00000-0000, datado de 28/09/2017 (Doc.
anexo).
O benefício da autora fora negado em 12/06/2018, sob o fundamento de que a renda da
família é superior a 1⁄4 de salá rio mínimo, portanto nã o fazia jus ao recebimento do
benefício.

III - DO DIREITO
A pretensã o da autora em receber o benefício assistencial encontra-se devidamente
amparada pela Lei Maior, especificamente no artigo 203 da Constituiçã o Federal:
"Art. 203. A assistência Social será prestada a quem dela necessitar, e tem por objetivos: independentemente da
contribuição da Seguridade Social
omissis
V - a garantia de 1 salário mínimo de benefício mensal a pessoa portadora de deficiência, ao idoso que comprovem
não possuir meios de prover a própria manutenção ou tê- la provido por sua família conforme dispuser a lei.
(grifarmos)."

Com efeito, a Lei nº 8.742/93, a qual dispõ e sobre a organizaçã o da Assistência Social,aduz
que:
"Art. 2º A assistência social, tem por objetos: ...omissis...
V - a garantia de 1 (um) salário mínimo de beneficio mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que
comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família."
...omissis..... (grifarmos).
Pois bem, a lei supra mencionada, garante a concessã o do beneficio assistencial mediante a
comprovaçã o de 02 requisitos, ou seja:
1) Idoso com mais de 65 (sessenta e cinco) anos ou
pessoa portadora de deficiência;
2) impossibilidade de prover seus pró prios meios de
subsistência ou tê-la provido pela família.
No tocante à subsistência é valido mencionarmos mais uma vez que sendo extremamente
pobre nã o podendo contar com ajuda de seus familiares por estarem na mesma situaçã o de
pobreza atualmente conta com a comiseraçã o de pessoas solidá rias para garantir de sua
subsistência.
Preceitua o inciso V, art. 203 da Carta Magna que a assistência social será prestada a quem
dela necessitar garantindo 01 (um) salá rio mínimo de beneficio mensal á pessoa portadora
de deficiência que nã o consiga prover sua subsistência.
Impende mencionar Excelência que a necessidade de uma família é pú blica e notó ria, ainda
mais quando se encontra na mesma casa, um casal de idosos, ele 70 e ela 64 anos de idade.
Se já nã o bastassem as necessidades bá sicas do casal, alimento, vestuá rio, á gua, luz,
telefone, o casal possui despesas extras em virtude de inú meros tratamentos de saú de, que
os dois se submetem, e necessitam de remédios que muitas vezes nã o sã o encontrados no
posto.
Como, se já nã o fosse o suficiente para constatar a situaçã o de miséria em que vive o casal,
o autor, em virtude da necessidade de deixar suas netas sem moradia, trouxe consigo as
duas para que com ele convivam, e desta forma, as necessidades de recurso da família se
multiplicaram, e o que já era difícil está se tornando insuportá vel, em dignidade, é
impossível falar, por isso atende o autor a todos os requisitos impostos pela lei, e faz jus ao
benefício.
Verificamos, portanto que a pretensã o da Autora está perfeitamente amparada pela lei, ou
seja, preenche todos os requisitos legais, quais sejam, a Idade, igual ou superior a 65 anos e
a impossibilidade de prover sua subsistência ou contar com a renda de seus familiares.
Assim deverá ser-lhe concedido o beneficio de concessã o de beneficio assistencial.
IV - DO PEDIDO
Assim, requer a procedência da presente açã o, condenando o Instituto Réu, à CONCESSÃ O
DO AUXÍLIO DE AMPARO AO IDOSO , na data do protocolo administrativo, ou seja,
28/09/2017.
Outrossim, requer a concessã o da tutela antecipada, com a implantaçã o imediata do
benefício de auxílio de amparo ao idoso.
Requer a citaçã o do INSS, na pessoa de seu representante legal, sob as penas da revelia e
confissã o.
Requer que o Instituto Réu, seja compelido a juntar, nos autos, có pia do processo
administrativo referente ao benefício Nº (00)00000-0000;
Requer, ainda, os benefícios da Assistência Judiciá ria Gratuita, nos termos da lei 1060/50,
por ser a Autora pessoa pobre no sentido jurídico do termo, nã o podendo arcar com o ô nus
processual sem prejuízo de sua subsistência.

V - DAS PROVAS
Requer provar o alegado através de todos os meios de prova admitidos em direito,
especialmente documental, pericial e testemunha, e se necessá rio for através de visita
assistente social.

VI - DO VALOR DA CAUSA
Dá -se a causa o valor de R$ 00.000,00
Nestes termos;
Pede deferimento.
Jacareí, 14 de Novembro 2018.
Nome
OAB/SP 399.357

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